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RESENHA 1492 - A conquista do paraíso

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Assista o filme 1492 - A conquista do paraíso.
Produza uma resenha com ressaltando suas impressões do filme e destacando uma cena. Vincule a cena com o que você já aprendeu na disciplina. 
 Ridley Leighton Scott (South Shields, 30 de novembro de 1937) é um renomado diretor e produtor de cinema britânico, notório por realizar grandes produções de ficção científica, suspense e épico mesclando ocasionalmente os três gêneros em uma mesma obra. Ao longo de uma extensa e aclamada carreira cinematográfica, Scott dirigiu alguns dos filmes mais bem-sucedidos de sua geração, como o suspense Alien (1979), o distópico Blade Runner (1982), o filme de aventura Thelma and Louise (1991) e os épicos Gladiator (2000), Black Hawk Down (2001) e Kingdom of Heaven (2005), sendo este último também uma representação de eventos históricos.
Em 1492: Conquista do Paraíso (1492: Conquest of Paradise) conhecemos o explorador italiano Cristóvão de Colombo (Gérard Depardieu) depois de ele ter tentado por sete anos obter financiamento para uma viagem que acreditava levar a uma nova rota para a China. Há também uma representação da família de Colombo especificamente sua companheira e dois filhos.
Logo no início há uma contextualização do período no qual Colombo iniciou sua empreitada, com o símbolo inconfundível do século XV, um ato de punição sendo executado pela inquisição, com algumas pessoas sendo queimadas vivas em praça pública. Eventualmente, enquanto vivia em um mosteiro na Espanha, ele consegue uma audiência com a Rainha Isabella (Sigourney Weaver), que concordou em pagar pela viagem. 
A viagem em si é brevemente descrita como uma jornada torturante, e quando os três navios de Colombo pousam em seu novo paraíso, eles encontram nativos amigáveis, embora cautelosos, enquanto a tripulação se deleita com a beleza natural de seus arredores. Após estabelecerem relações pacificas Colombo segue com o auxílio de um nativo para outras localidades próximas e em 05/12/1492 aporta no que viria a ser o atual Haiti.
Posteriormente seguro de seu feito Colombo retorna triunfante à Espanha e convence a rainha a participar de uma expedição ainda maior, que inclui a construção de uma cidade nas ilhas e mais exploração das áreas vizinhas enquanto a tripulação coleta ouro. Mas a falta de respeito de Colombo pela nobreza e sua incapacidade de encontrar uma quantidade substancial de ouro leva, em 1496, à violência e revolta no assentamento, os atos de rebeldia contra a autoridade de Colombo são liderados por Adrián Moxica (Michael Wincotte) após a resolução e opressão desse pequeno levante o conflito dá lugar a uma guerra entre os nativos e os intrusos espanhóis. 
Nesses conflitos é perceptível o uso da liberdade criativa na direção e composição das cenas, pois em retaliação a violência dos espanhóis os nativos se usam de armadilhas compostas por restos mortais humanos em decomposição, cito a liberdade criativa, pois em muitos casos alguns desses feitos desumanos por parte dos nativos existiam apenas na imaginação assustada dos colonos. Diante de um descontrole no território Colombo apela para o uso da força ao lidar com os nativos.
Subsequentemente chegam a corte e aos ouvidos da Rainha Isabella narrativas que desqualificam Colombo. Novamente, Colombo retorna à Espanha, desta vez em desgraça. Ele é preso e em 1500 deixa a autoridade sobre o território recém tomado para o nomeado a vice-rei Francisco de Bobadilla (Mark Margolis), Colombo então na audiência de declaração do descobrimento do novo continente descobre que o crédito de seu sucesso na descoberta foi dado a Américo Vespúcio. Posteriormente manifesta interesse e retornar ao Novo Mundo e assim o faz junto de seu filho Fernando. Ele ousou desafiar a poderosa Inquisição, abriu vasto território desconhecido para o resto do mundo e transformou a Espanha medieval em um poderoso império mundial. Poucos eventos na história mundial tiveram um impacto tão profundo quanto a viagem de Colombo ao hemisfério ocidental.
“1492: Conquista do Paraíso" personifica Cristóvão Colombo em uma revisão iluminada da figura tradicional, tratando os índios da mesma forma que os nobres espanhóis e parecendo contente com a noção de que a natureza, não o Deus católico, é sua divindade. Colombo também é muito mais convincente como ser humano. Vale a pena mencionar que o filme é baseado nos relatos escritos do próprio filho de Colombo, Fernando, não um historiador, que naturalmente reverenciava e simpatizava com os julgamentos de seu pai e o filme deixa o espectador abertamente ciente disso do começo ao fim com sua narração.
Por fim ao lançar um olhar aguçado e refletir sobre o conteúdo estudado é possível constatar a riqueza da narrativa, debates burocráticos, como a leitura do enunciado de posse logo ao pisar no Novo mundo, a disputa de interesses entre nações, a variada relação com os indígenas ,detalhes que poderiam passar despercebidos, me refiro a importância de chegar as “índias” para Colombo, que ilustra que acima de um conquistado, ele foi um homem que tinha algo a provar rico de evidente humanismo e sensibilidade, coisa que não se vislumbra facilmente nos livros e registros. Aponto também a retratação de conflitos, entre espanhóis de alto posto, no território especificamente entre Colombo e Adrián Moxico, e confesso que jamais ouvira falar do segundo, que desde sua primeira aparição na obra desdenhou do feito de Colombo.

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