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- Nicolau Maquiavel - Presente para Lorenzo de Médici manter o poder em Florença - Absolutismo Monárquico - Ensina como chegar, se manter, expandir o poder - Maquiavel não fala o fim justifica os meios -> deram essa frase para ele. O que ele deixa a entender é que um dos princípios básicos do príncipe é que ele tenha limites acima do comum. - Para um príncipe se manter no poder: “força de um leão e astúcia de uma raposa”. - Virtu e fortuna. Virtu: qualidades para governar. Fortu: acaso, oportunidades. - É melhor ser temido do que amado? É melhor que seja temido, o amor torna as pessoas muito próximas e um dia estas poderiam tentar derrubá-lo. - O príncipe tem que estar acima de moral e ética para governar. - Entender Maquiavel é entender relações de poder. - “Existe uma distância tão grande entre como se age e como se deveria agir que aquele que despreza o mundo real para viver num mundo imaginário encontrará antes sua ruína do que sua salvação.” -> existem todas as visões utópicas de como deveríamos ser, ter e agir, mas, na verdade, o que acontece é que na realidade é totalmente diferente. Viva o mundo real. - “O príncipe que deseja manter a sua autoridade deve aprender a não ser bom, e usar esse conhecimento, ou abster-se de usá-lo, segundo a necessidade.” - “É preciso, de um lado, parecer efetivamente piedoso, fiel, humanitário, íntegro e religioso; e de outro, ter o ânimo de agir de maneira oposta quando as circunstâncias demandarem que assim o seja.” - “De todas as ações e virtudes de um príncipe, nada confere maior prestígio do que realizar grandes obras e servir, ele próprio, como raro modelo para seu povo.” - Maquiavelismo virou sinônimo de maldade. - Maquiavel acreditava que as pessoas são maldosas, mentirosas. - Objetivo: manual que ajudava o príncipe a manter o poder no mundo maldoso. - O destino é guiado pela virtude e pela fortuna. Fortuna: acaso. Virtude: o que planeja e faz. Alguns confiam demais na fortuna -> comodismo. O príncipe não pode se deixar valer sempre pela sorte - Os principados: hereditários e novos *hereditários: basta saber lidar com os costumes *novos: acabaram de ser conquistados. Extinguir todos ou deixar o povo seguir a vida do seu jeito ou anexar - Estrangeiros: príncipe deve cuidar e dar um pouco de poder aos fracos e diminuir o poder dos fortes. Duplo benefício: príncipe ganha apoio da população e garante que nenhum dos mais fortes tenha poder para se tornar um concorrente. O príncipe deve mudar para o novo território, assim, ele conseguirá conter rebeliões que possam surgir. - Chegando ao poder: 4 formas de conquistar um principado *virtude: criar um principado através da virtu é mais fácil para se manter no poder. Ex: Rómulo fundador de Roma *fortuna: criar um principado através da fortuna é fácil de conquistar e difícil de manter o poder. *golpes e crimes: golpes e ações criminosas dentro da própria pólis. A violência deve ser rápida e pontual, de modo a não precisar renová-la a cada dia. Além disso, é necessário conquistar os súditos com benefícios vindos desta violência. Os crimes devem ser feitos de uma vez, para que ofendam menos. Já os benefícios devem ser feitos aos poucos, para que sejam mais bem apreciados e para que sempre tenha o que dar. *por apoio do povo ou das elites (prestígio): em todas as cidades, há 2 tendencias diferentes: o povo que não quer ser mandado e nem oprimido pelos poderosos e os poderosos que desejam governar e oprimir o povo. Desses dois anseios diferentes, o príncipe pode ganhar poderes. Maquiavel sugere que seja pelo apoio do povo. A elite é mais difícil de manobrar e o povo está acostumado a obedecer, é a mais fácil proteger a inimizade dos grandes, porque são poucos e concorrem entre si. As elites sempre mudam, o povo é sempre o povo. O príncipe deve preservar a amizade do povo. - Milicias e soldados mercenários: meios ofensivos e defensivos que o principado tem. Essas armas podem ser suas próprias, auxiliares ou mercenárias. É perigoso a segurança do principado depender de forças auxiliares ou mercenárias. Mercenários são ambiciosos e infiéis, podem ser contratados por você ou pelo seu inimigo. Auxiliares podem ter interesses diferentes do seu e você sempre sai devendo a este. - A arte da guerra: um príncipe não deve ter nenhum objetivo se não a guerra. Essa virtude é o que torna os príncipes, príncipes. Quando um príncipe pensa mais na corte do que nas armas, ele perde. O pensamento guerreiro deve ser pela ação e pela mente. Ação: mantem as tropas organizadas, disciplinadas e preparadas, ele sugere os exercícios de guerra como uma forma dos soldados se acostumarem com o cansaço da guerra. O príncipe deve estar pronto mentalmente também, analisando os casos dos soldados, analisando suas vitórias e derrotas. Um príncipe bom nunca fica ocioso em tempo de paz. Quando a fortuna vier, ele estará preparado - Fama e infâmia: temores internos. Evitar ser odiado e desprezado pelo povo. São estes que analisam sua fama ou infâmia. O ódio e o desprezo é a causa de quedas de imperadores. O príncipe deve evitar a infâmia e buscar as boas qualidades. Para ele, qualidade virtuosa é aquela que ajuda o príncipe a manter ou conquistar algo. As boas qualidades do povo podem ser ruins para o príncipe. O ideal é ser amado e temido, mas na falta das duas coisas, o melhor é ser temido. O medo da punição é mais resistente do que o afeto - Lidando com o povo: o príncipe deve buscar a fama de piedoso ou cruel? Ele deve ser conhecido como o mais piedoso possível, mas deve tomar cuidado para não ser trapaceado. A mesma coisa com o cruel. Cultivar a fama de ser sempre piedoso, fiel, integro, inteligente. Deve ser e não ser isso para manter o seu poder e estado. O príncipe deve estimular as virtudes do povo e prêmios devem ser instituídos ao povo que faz da melhor forma. Sempre que alguém faz algo extraordinário de bom ou ruim, deve a ver punição ou premiação. Pão e circo. - Lidando com a corte: combater os bajuladores. Não te ofendem dizendo a verdade. Sugere que o príncipe escolha sábios a quem confie a verdade e dê conselhos quando solicitado. Conselhos devem ser somente solicitados e não sempre falados. Conhecer um bom ou mal subalterno/ministro: basta ver se ele se interessa a si mesmo ou nos interesses do príncipe, ele deve escolher aquele que escolhe primeiro os interesses do príncipe - Como não perder a coroa: principais razões de perder o trono: negligência das próprias armas, inimizade do povo e falta de sucesso de se proteger das elites. Comum com quem passa anos no poder e esquece disso. O grande defeito: na bonança, não se preocupar com a tempestade. A chave para não se perder é se adaptar as mudanças. A fortuna deve ser dominada ou contrariada até que se faça vencer pela audácia de um príncipe obstinado. Não confie no acaso, esteja sempre preparado. Aliado poderoso: povo.
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