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MODULO 2 - AMPLA DEFESA E CONTRADITORIO

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15/09/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/4
Tivemos até hoje dois documentos firmados por vários países que se constituíram em meros protocolos de intenções, sem a força de Tratados, denominados
"Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1789" (França) e "Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948" (ONU) Foram recomendações muito
importantes para todos os países. O nome das Declarações pode variar, p. ex., para "Declaração Universal dos Direitos do Homem" ou, simplesmente, "Declaração
dos Direitos do Homem".
Segundo estas Declarações, o direito de defesa, com todos os meios a ele inerentes, é "sagrado". O art. XI, da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948
(ONU), diz que: "Toda pessoa acusada de um ato delituoso tem o direito de ser presumida inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a
lei, em julgamento público no qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias à sua defesa".
Os arts. 7º e 9º, da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1789 (França), diziam: "Ninguém pode ser acusado, preso ou detido senão nos casos determinados
pela lei e de acordo com as formas por esta prescritas"; "Todo acusado é considerado inocente até ser declarado culpado". De notar-se que esta primeira Declaração
dos Direitos Humanos não trouxe, expressamente, o princípio da ampla defesa.
Nossa Constituição atual, de 1988, em seu art. 5º, inc. LV, trouxe expressamente o princípio da ampla defesa: “Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo,
e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes”. No inciso LIV há uma disposição desnecessária,
referente ao "devido processo legal". Aliás, o "contraditório", deste inciso, também não precisaria estar no texto constitucional, uma vez que a ampla defesa já
engloba, logicamente, "contraditório" e "devido processo legal".
O contraditório e ampla defesa são direitos fundamentais públicos, isto é, se aplicariam apenas a processos públicos, judiciais e administrativos. Contraditório é a
bilateralidade dos atos processuais, a possibilidade de contestar um ato processual da outra parte. Portanto, permite-se o acesso a todo tipo de provas e atos tendentes à
defesa. Contraditar é responder. Qualquer juntada de documento deve ser mostrada à parte contrária. Qualquer petição deve ser vista pela parte contrária, dando-se-lhe
a oportunidade de rebater às alegações. A falta de abertura do contraditório para uma das partes enseja a nulidade total do processo a partir de onde ocorreu.
O STF, contudo, no Recurso Extraordinário nº 201.819 e no Mandado de Segurança nº 24.268, decidiu pela aplicação da ampla defesa e do contraditório também no
âmbito do Direito Privado, no caso de expulsão ou exclusão de sócio de sociedade sem fins lucrativos. Ainda, no Recurso Extraordinário nº 158.215/RS, o STF
determinou a aplicação da ampla defesa e contraditório no procedimento de expulsão ou exclusão de associado de Cooperativa.
Firmou-se, assim, a expressão "constitucionalização do Direito Privado", isto é, a aplicação de princípios de defesa que antes eram só para processos públicos,
previstos na CF, também para processos de entidades privadas. A questão é muito debatida pois, caso um grupo de pessoas forme um pequeno "clube", p. ex., nele
poderão entrar e sair quem elas determinarem. Em tese, não se necessitaria de ampla defesa para expulsão de quem não estivesse agindo de acordo com a vontade do
clube! Mas o STF tende a determinar o direito de defesa para o particular, face a uma entidade particular. É a "constitucionalização do Direito Privado".
O STF utilizou-se principalmente da dignidade da pessoa humana (art. 1º, III, CF), além da previsão, em nosso art. 3º e seus incisos, da proibição de discriminação e
exigência de fraternidade, solidariedade e outros princípios e direitos fundamentais da Constituição. Os princípios do devido processo legal, contraditório e ampla são
princípios públicos, aplicáveis até hoje apenas a processos judiciais que tramitassem no Poder Público.
O movimento atual do STF é no sentido de exigir a aplicação dos princípios públicos de direitos fundamentais (no caso, direitos individuais processuais), antes só
aplicáveis a processos judiciais e administrativos, também à esfera privada. A eficácia dos direitos fundamentais seria fortíssima e deveria extrapolar os muros do
Direito Público e dos processos meramente públicos, aplicando-se às relações de Direito Privado. Teríamos, então, a novidade da “constitucionalização do Direito
Privado”.
Exercício 1:
"As duas Declarações de Direitos do Homem que tivemos até hoje, de _______ e _______, foram
_____________". Complete os espaços em branco com a alternativa correta abaixo:
A)
1945/1988/Tratados obrigatórios para os países signatários
B)
1789/1948/meros documentos de intenções, não obrigando os países signatários
C)
1822/1888/leis internacionais obrigatórias para todos os países do mundo
D)
1742/1964/protocolo de intenções entre os países ocidentais, obrigando-os ao seu cumprimento
E)
1922/1924/decretos internacionais firmados pelos Estados brasileiros
15/09/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/4
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Exercício 2:
A todos os acusados em geral:
A)
são asseguradas a ampla defesa e Adin, para defesa de seus interesses em juízo
B)
é assegurado o contraditório, como possibilidade de não revelar provas indispensáveis à sua soltura
C)
é assegurada a ampla defesa, com quaisquer meios a ela inerentes
D)
é assegurado o devido processo legal, que se traduz pela possibilidade dos acusados impetrarem Adin e Adecon no
STF para garantia de seus direitos fundamentais
E)
é devida a prisão domiciliar ou prisão progressiva
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Exercício 3:
A expressão "constitucionalização do Direito Privado" significa que:
A)
o Direito Público e Privado, agora, são um só
B)
o Direito Público está, aos poucos, abraçando os princípios do Direito Privado
C)
o Direito Privado prepondera sobre o Direito Público
D)
o Direito Privado é o mesmo que Direito Constitucional
E)
alguns princípios de Direito Público, como a ampla defesa, estão gradativamente sendo aplicados a relações
privadas
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online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/4
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Exercício 4:
Um dos fundamentos para que o STF aplique o princípio da ampla defesa ao âmbito privado é:
A)
dignidade da pessoa humana
B)
direito fundamental de moradia
C)
direito ao lazer
D)
direito à segurança pública
E)
direito à publicidade
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Exercício 5:
A aplicação da ampla defesa aos processos internos de uma empresa ou associação privada fundamenta-se,
segundo recentes julgados do STF, nos princípios da:
A)
publicidade e eficiência
B)
legalidade e impessoalidade
C)
moralidade e efetividade
D)
fraternidade e solidariedade
E)
publicidade e eficiência
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Exercício 6:
Assinale a alternativa que melhor conceitua o direito ao contraditório:
15/09/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 4/4
A)
a citação deve ser ato realizado por Oficial de Justiça
B)
nenhuma condenação passará da pessoa do condenado
C)
o acesso à Justiça é sempre franqueado a quem se sentir ameaçado ou sofrer efetiva lesão
D)
a juntada de um documento nos autos deve ser comunicada à parte ex adversa
E)
o sigilo telerônicosó pode ser quebrado pelo juiz
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