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SOC 22 SISTEMAS PRODUTIVOS

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SOCIOLOGIA
PRÉ-VESTIBULAR 1PROENEM.COM.BR
SISTEMAS PRODUTIVOS22
O TRABALHO E A INDÚSTRIA
Frederick Winslow Taylor (1856 – 1915) 
https://www.flickr.com/photos/rosenfeldmedia/9200908315
A mudança em relação ao trabalho ocorrida por decorrência de 
uma mudança em relação ao lucro, vai ser ampliada na Revolução 
Industrial, um dos maiores acontecimentos da história moderna. A 
Revolução Industrial vai alterar modelos, formas de entendimento 
do mundo, concepções de trabalho e compreensões sociais. O 
mundo nunca mais vai ser o mesmo, o trabalho também não. Vão 
surgir modelos industriais complexos que alteram a forma de vida 
e a forma de produção industrial.
TAYLORISMO
Entre os modelos industriais que alteraram e mudaram a 
história, vale destacar o taylorismo.Formado e elaborado pelo 
americano Frederick Taylor, o taylorismo caracteriza-se pela ênfase 
nas tarefas, uma percepção de que as tarefas devem ser realizadas 
e amplamente divididas, que a divisão de tarefas vai levar ao ganho 
de tempo e de produtividade. 
Taylor também propôs um aumento de trabalho dos 
funcionários, acreditando que funcionários passaram a se sentir 
mais valorizados e isso fez com que exercessem seus ofícios 
com mais prazer, maior acolhimento e enaltecimento dentro da 
empresa. 
FORDISMO
As ideias de Taylor vão ser acolhidas por Henry Ford, 
americano que vai originar o fordismo, com a implementação de 
algo fundamental que foi a “linha de montagem”. 
Ford Modelo T. Produzido entre 1908 e 1927
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/74/1910Ford-T.jpg
Ford estabeleceu fábricas totalmente verticalizadas, 
praticando e elaborando todas as etapas da produção e elaboração, 
buscava-se um barateamento da produção, gerando uma maior 
possibilidade de barateamento do produto final. O modelo fordista 
vai ser amplamente utilizado, tornando-se referência da indústria 
automobilística, grandes estoques, produção em série e em massa. 
TOYOTISMO
O fordismo e a produção em massa entram em crise nos 
anos 1960-70 e começam aos poucos, sendo substituídos pela 
produção curta, modelo de produção baseado no Sistema Toyota 
de Produção, também chamado de toyotismo. O toyotismo 
busca uma produção por demanda, em que vende-se o produto 
para posteriormente fabricá-lo ou montá-lo, estabelecimento de 
estoque mínimo e produção altamente flexível, em que o cliente 
tem o poderio de escolha de elementos da produção. A produção 
toyotista busca altíssima qualidade, existe uma preocupação 
contínua com não existência de defeitos, tentativa de buscar 
perceber os defeitos em sua origem. 
Fábrica Toyota (2011) Ohira, Miyagi - Japão
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/da/Toyota_Plant_Ohira_Sendai.jpg
PRÉ-VESTIBULARPROENEM.COM.BR2
SOCIOLOGIA 22 SISTEMAS PRODUTIVOS
PROTREINO
EXERCÍCIOS
01. Aponte duas características do taylorismo.
02. Aponte duas características do fordismo.
03. Aponte duas características do toyotismo.
04. Defina produção “just in time”.
05. Aponte a principal característica da especialização do trabalho 
no modelo taylorista-fordista.
PROPOSTOS
EXERCÍCIOS
01. (ENEM (PPL))
A figura representada por Charles Chaplin critica o modelo de 
produção do início do século XX, nos Estados Unidos da América, 
que se espalhou por diversos países e setores da economia e teve 
como resultado 
a) a subordinação do trabalhador à máquina, levando o homem a 
desenvolver um trabalho repetitivo. 
b) a ampliação da capacidade criativa e da polivalência funcional 
para cada homem em seu posto de trabalho. 
c) a organização do trabalho, que possibilitou ao trabalhador o 
controle sobre a mecanização do processo de produção.
d) o rápido declínio do absenteísmo, o grande aumento da 
produção conjugado com a diminuição das áreas de estoque. 
e) as novas técnicas de produção, que provocaram ganhos de 
produtividade, repassados aos trabalhadores como forma de 
eliminar as greves.
02. (ENEM) Um trabalhador em tempo flexível controla o local do 
trabalho, mas não adquire maior controle sobre o processo em si. A 
essa altura, vários estudos sugerem que a supervisão do trabalho 
é muitas vezes maior para os ausentes do escritório do que para 
os presentes. O trabalho é fisicamente descentralizado e o poder 
sobre o trabalhador, mais direto. 
SENNETT, R. A corrosão do caráter: consequências pessoais do novo capitalismo. 
Rio de Janeiro: Record, 1999 (adaptado).
Comparada à organização do trabalho característica do 
taylorismo e do fordismo, a concepção de tempo analisada no 
texto pressupõe que 
a) as tecnologias de informação sejam usadas para democratizar 
as relações laborais. 
b) as estruturas burocráticas sejam transferidas da empresa para 
o espaço doméstico. 
c) os procedimentos de terceirização sejam aprimorados pela 
qualificação profissional.
d) as organizações sindicais sejam fortalecidas com a valorização 
da especialização funcional. 
e) os mecanismos de controle sejam deslocados dos processos 
para os resultados do trabalho.
03. (ENEM) 
Na imagem, estão representados dois modelos de produção. A 
possibilidade de uma crise de superprodução é distinta entre eles 
em função do seguinte fator: 
a) Origem da matéria-prima. 
b) Qualificação da mão de obra. 
c) Velocidade de processamento. 
d) Necessidade de armazenamento. 
e) Amplitude do mercado consumidor. 
04. (ENEM (PPL)) A introdução da organização científica taylorista 
do trabalho e sua fusão com o fordismo acabaram por representar 
a forma mais avançada da racionalização capitalista do processo 
de trabalho ao longo de várias décadas do século XX. 
ANTUNES. R. Os sentidos do trabalho: ensaio sobre a afirmação e a negação do 
trabalho. São Paulo: Boitempo, 2009 (adaptado). 
O objetivo desse modelo de organização do trabalho é o alcance da 
eficiência máxima no processo produtivo industrial que, para tanto, 
a) adota estruturas de produção horizontalizadas, privilegiando 
as terceirizações. 
b) requer trabalhadores qualificados, polivalentes e aptos para as 
oscilações da demanda. 
c) procede à produção em pequena escala, mantendo os estoques 
baixos e a demanda crescente. 
PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR
22 SISTEMAS PRODUTIVOS
3
SOCIOLOGIA
d) decompõe a produção em tarefas fragmentadas e repetitivas, 
complementares na construção do produto. 
e) outorga aos trabalhadores a extensão da jornada de trabalho 
para que eles definam o ritmo de execução.
05. (ENEM PPL) A Segunda Revolução Industrial, no final do século 
XIX e início do século XX, nos EUA, período em que a eletricidade 
passou gradativamente a fazer parte do cotidiano das cidades 
e a alimentar o motores das fábricas, caracterizou-se pela 
administração científica do trabalho e pela produção em série.
MERLO, A. R. C.; LAPIS, N. L. A saúde e os processos de trabalho no capitalismo: 
reflexões na interface da psicodinâmica do trabalho e da sociologia do trabalho. 
Psicologia e Sociedade, n. 1, abr. 2007.
De acordo com o texto, na primeira metade do século XX, o 
capitalismo produziu um novo espaço geoeconômico e uma 
revolução que está relacionada com a 
a) proliferação de pequenas e médias empresas, que se equiparam 
com as novas tecnologias e aumentaram a produção, com 
aporte do grande capital. 
b) técnica de produção fordista, que instituiu a divisão e a 
hierarquização do trabalho, em que cada trabalhador realizava 
apenas uma etapa do processo produtivo. 
c) passagem do sistema de produção artesanal para o sistema de 
produção fabril, concentrando-se, principalmente, na produção 
têxtil destinada ao mercado interno. 
d) independência política das nações colonizadas, que permitiu 
igualdade nas relações econômicas entre os países produtores 
de matérias-primas e os países industrializados. 
e) constituição de uma classe de assalariados, que possuíam 
como fonte de subsistência a venda de sua força de trabalho e 
que lutava pela melhoria das condições de trabalho nas fábricas. 
06. (ENEM) 
Na imagem do início do século XX,identifica-se um modelo 
produtivo cuja forma de organização fabril baseava-se na 
a) autonomia do produtor direto. 
b) adoção da divisão sexual do trabalho. 
c) exploração do trabalho repetitivo. 
d) utilização de empregados qualificados. 
e) incentivo à criatividade dos funcionários. 
07. (ENEM PPL) Outro importante método de racionalização do 
trabalho industrial foi concebido graças aos estudos desenvolvidos 
pelo engenheiro norte-americano Frederick Winslow Taylor. Uma 
de suas preocupações fundamentais era conceber meios para que 
a capacidade produtiva dos homens e das máquinas atingisse seu 
patamar máximo. Para tanto, ele acreditava que estudos científicos 
minuciosos deveriam combater os problemas que impediam o 
incremento da produção.
TayIorismo e Fordismo. Disponível em www.brasilescola.com. Acesso em: 28 fev. 2012. 
O Taylorismo apresentou-se como um importante modelo 
produtivo ainda no inicio do século XX, produzindo transformações 
na organização da produção e, também, na organização da vida 
social. A inovação técnica trazida pelo seu método foi a 
a) utilização de estoques mínimos em plantas industriais de 
pequeno porte. 
b) cronometragem e controle rigoroso do trabalho para evitar 
desperdícios. 
c) produção orientada pela demanda enxuta atendendo a 
específicos nichos de mercado. 
d) flexibilização da hierarquia no interior da fábrica para estreitar a 
relação entre os empregados. 
e) polivalência dos trabalhadores que passaram a realizar funções 
diversificadas numa mesma jornada. 
08. (UNESP) A divisão capitalista do trabalho – caracterizada pelo 
célebre exemplo da manufatura de alfinetes, analisada por Adam 
Smith – foi adotada não pela sua superioridade tecnológica, mas 
porque garantia ao empresário um papel essencial no processo 
de produção: o de coordenador que, combinando os esforços 
separados dos seus operários, obtém um produto mercante.
(Stephen Marglin. In: André Gorz (org.). Crítica da divisão do trabalho, 1980.)
Ao analisar o surgimento do sistema de fábrica, o texto destaca 
a) o maior equilíbrio social provocado pelas melhorias nos 
salários e nas condições de trabalho. 
b) o melhor aproveitamento do tempo de trabalho e a autogestão 
da empresa pelos trabalhadores. 
c) o desenvolvimento tecnológico como fator determinante para 
o aumento da capacidade produtiva. 
d) a ampliação da capacidade produtiva como justificativa para 
a supressão de cargos diretivos na organização do trabalho. 
e) a importância do parcelamento de tarefas e o estabelecimento 
de uma hierarquia no processo produtivo. 
09. (UNESP) Observe a imagem, cena do personagem Carlitos no 
filme Tempos modernos, 1936.
Tempos modernos, de Charles Chaplin, representa a situação 
econômica e social dos Estados Unidos da América dos anos trinta 
do século passado. No filme, as aventuras de Carlitos transcorrem 
numa sociedade 
PRÉ-VESTIBULARPROENEM.COM.BR4
SOCIOLOGIA 22 SISTEMAS PRODUTIVOS
a) capitalista em desenvolvimento e conflagrada pelos 
movimentos operários de destruição das máquinas. 
b) globalizada, em que o poder financeiro tornava desnecessário 
o uso das máquinas na produção de mercadorias. 
c) imperialista e mecanizada, que aplicava os lucros adquiridos 
na exploração dos países pobres em benefício dos operários 
americanos. 
d) abalada pelo desemprego e caracterizada pela submissão do 
trabalho humano ao movimento das máquinas. 
e) pós-capitalista, na qual o emprego da máquina libertava o 
homem da opressão do trabalho industrial. 
10. (ENEM PPL) Existe uma concorrência global, forçando 
redefinições constantes de produtos, processos, mercados e 
insumos econômicos, inclusive capital e informação.
CASTELLS, M. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 2011.
Nos últimos anos do século XX, o sistema industrial experimentou 
muitas modificações na forma de produzir, que implicaram 
transformações em diferentes campos da vida social e econômica. 
A redefinição produtiva e seu respectivo impacto territorial ocorrem 
no uso da 
a) técnica fordista, com treinamento em altas tecnologias e 
difusão do capital pelo território. 
b) linha de montagem, com capacitação da mão de obra em 
países centrais e aumento das discrepâncias regionais. 
c) robotização, com melhorias nas condições de trabalho e 
remuneração em empresas no Sudeste asiático. 
d) produção just in time, com territorialização das indústrias em 
países periféricos e manutenção das bases de gestão nos 
países centrais. 
e) fabricação em grandes lotes, com transferências financeiras 
de países centrais para países periféricos e diminuição das 
diferenças territoriais. 
11. (ENEM) A mundialização introduz o aumento da produtividade 
do trabalho sem acumulação de capital, justamente pelo caráter 
divisível da forma técnica molecular-digital do que resulta a 
permanência da má distribuição da renda: exemplificando mais 
uma vez, os vendedores de refrigerantes às portas dos estádios 
viram sua produtividade aumentada graças ao just in time dos 
fabricantes e distribuidores de bebidas, mas para realizar o valor 
de tais mercadorias, a forma do trabalho dos vendedores é a mais 
primitiva. Combinam-se, pois, acumulação molecular-digital com o 
puro uso da força de trabalho.
OLIVEIRA, F. Crítica à razão dualista e o ornitorrinco. Campinas: Boitempo, 2003.
Os aspectos destacados no texto afetam diretamente questões 
como emprego e renda, sendo possível explicar essas 
transformações pelo(a) 
a) crise bancária e o fortalecimento do capital industrial. 
b) inovação toyotista e a regularização do trabalho formal. 
c) impacto da tecnologia e as modificações na estrutura 
produtiva. 
d) emergência da globalização e a expansão do setor secundário. 
e) diminuição do tempo de trabalho e a necessidade de diploma 
superior. 
12. (ENEM) No final do século XX e em razão dos avanços da ciência, 
produziu-se um sistema presidido pelas técnicas da informação, 
que passaram a exercer um papel de elo entre as demais, unindo-
as e assegurando ao novo sistema uma presença planetária. Um 
mercado que utiliza esse sistema de técnicas avançadas resulta 
nessa globalização perversa.
SANTOS, M. Por uma outra globalização. Rio de Janeiro: Record, 2008 (adaptado).
Uma consequência para o setor produtivo e outra para o mundo 
do trabalho advindas das transformações citadas no texto estão 
presentes, respectivamente, em: 
a) Eliminação das vantagens locacionais e ampliação da 
legislação laboral. 
b) Limitação dos fluxos logísticos e fortalecimento de associações 
sindicais. 
c) Diminuição dos investimentos industriais e desvalorização dos 
postos qualificados. 
d) Concentração das áreas manufatureiras e redução da jornada 
semanal. 
e) Automatização dos processos fabris e aumento dos níveis de 
desemprego. 
13. (ENEM) Um carro esportivo é financiado pelo Japão, projetado 
na Itália e montado em Indiana, México e França, usando os mais 
avançados componentes eletrônicos, que foram inventados em 
Nova Jérsei e fabricados na Coreia. A campanha publicitária 
é desenvolvida na Inglaterra, filmada no Canadá, a edição e as 
cópias, feitas em Nova Iorque para serem veiculadas no mundo 
todo. Teias globais disfarçam-se com o uniforme nacional que 
lhes for mais conveniente.
REICH, R. O trabalho das nações: preparando-nos para o capitalismo no século XXI. 
São Paulo: Educador, 1994 (adaptado).
A viabilidade do processo de produção ilustrado pelo texto 
pressupõe o uso de 
a) linhas de montagem e formação de estoques. 
b) empresas burocráticas e mão de obra barata. 
c) controle estatal e infraestrutura consolidada. 
d) organização em rede e tecnologia da informação. 
e) gestão centralizada e protecionismo econômico. 
14. (ENEM PPL) O fechamento de seis unidades de uma empresa 
calçadista na Bahia deve resultar na demissão de 1 800 funcionários. 
Enquanto demite no Brasil, a empresa abre uma fábrica na Índia. 
Nas seis unidades fechadasna Bahia eram produzidos cabedais de 
calçados esportivos que serão fabricados também na Índia. 
O Globo. 17 dez 2011 (adaptado). 
A estratégia produtiva adotada pela empresa, que explica o 
processo econômico descrito, está indicada na: 
a) Redução dos custos logísticos. 
b) Expansão dos benefícios sociais. 
c) Planificação da produção industrial. 
d) Modificação da estrutura societária. 
e) Ampliação da qualificação profissional. 
15. (UNICAMP) Detroit foi símbolo mundial da indústria automotiva. 
Chegou a abrigar quase 2 milhões de habitantes entre as décadas 
de 1960 e 1970. Em 2010, porém, havia perdido mais de um milhão 
de habitantes. O espaço urbano entrou em colapso, com fábricas 
em ruínas, casas abandonadas, supressão de serviços públicos 
essenciais, crescimento da pobreza e do desemprego. Em 2013, foi 
decretada a falência da cidade. Essa crise urbana vivida por Detroit 
resulta dos seguintes processos: 
a) ascensão do taylorismo; protecionismo econômico e 
concorrência com capitais europeus; deslocamento de 
indústrias para cidades vizinhas. 
b) consolidação do regime de acumulação fordista; protecionismo 
econômico e concorrência com capitais europeus; 
deslocamento de indústrias para outros países; 
PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR
22 SISTEMAS PRODUTIVOS
5
SOCIOLOGIA
c) declínio do toyotismo; liberalização econômica e concorrência 
com capitais asiáticos; deslocamento de indústrias para 
cidades vizinhas. 
d) ascensão do regime de acumulação flexível; liberalização 
econômica e concorrência com capitais asiáticos; 
deslocamento de indústrias para outros países. 
16. (UERJ) A empresa-rede pode realizar uma integração 
horizontal quando as diferentes unidades de produção fabricam 
produtos finais que constituem a essência do fluxo entre unidades 
que estão localizadas em países diferentes. Trata-se, na realidade, 
de uma especialização por produto. Um exemplo é a organização 
da Toyota no sudeste asiático, cuja distribuição de unidades de 
produção entre Tailândia, Malásia, Filipinas e Indonésia gera 
intenso fluxo intracorporativo.
Adaptado de PIRES DO RIO, G. A espacialidade da economia: superfícies, fluxos e redes. 
In: CASTRO, I. e outros. Olhares geográficos: modos de ver e viver o espaço. 
Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2012.
O sucesso da estratégia empresarial descrita depende da seguinte 
característica econômica entre os países participantes: 
a) reduzidos índices de tarifas aduaneiras 
b) eficientes sistemas de proteção laboral 
c) elevados níveis de desenvolvimento tecnológico 
d) semelhantes magnitudes de mercados consumidores 
17. (UERJ) 
As diferenças observadas entre a fábrica fordista e a fábrica 
pós-fordista são explicadas, principalmente, pela introdução da 
estratégia de organização produtiva denominada: 
a) regulação 
b) terceirização 
c) padronização 
d) hierarquização 
18. (UNESP) Analise o mapa para responder à questão.
Papel dirigente dos municípios, segundo o número de 
assalariados externos aos seus limites territoriais, 2011
 
O número de funcionários lotados em filiais situadas fora dos 
limites territoriais dos municípios onde estão instaladas as 
empresas matrizes possibilita uma compreensão geral da lógica 
de organização produtiva do território.
Considerando o mapa e conhecimentos geográficos sobre o tema, 
é correto afirmar que a moderna lógica de organização produtiva 
do território brasileiro é caracterizada pela 
a) centralização da gestão, atrelada à desconcentração 
geográfica da produção. 
b) descentralização da gestão, associada à desconcentração 
geográfica da produção. 
c) centralização da gestão, associada à concentração geográfica 
da produção. 
d) descentralização da gestão, associada à rarefação geográfica 
da produção. 
e) descentralização da gestão, atrelada à concentração 
geográfica da produção. 
19. (UERJ) Quando os auditores do Ministério do Trabalho entraram 
na casa de paredes descascadas num bairro residencial da capital 
paulista, parecia improvável que dali sairiam peças costuradas 
para uma das maiores redes de varejo do país. Não fossem as 
etiquetas da loja coladas aos casacos, seria difícil acreditar que, 
através de uma empresa terceirizada, a rede pagava 20 centavos 
por peça a imigrantes bolivianos que costuravam das 8 da manhã 
às 10 da noite.
Os 16 trabalhadores suavam em dois cômodos sem janelas de 
6 metros quadrados cada um. Costurando casacos da marca da 
rede, havia dois menores de idade e dois jovens que completaram 
18 anos na oficina.
Adaptado de Época, 04/04/2011.
PRÉ-VESTIBULARPROENEM.COM.BR6
SOCIOLOGIA 22 SISTEMAS PRODUTIVOS
A comparação entre modelos produtivos permite compreender a 
organização do modo de produção capitalista a cada momento 
de sua história. Contudo, é comum verificar a coexistência de 
características de modelos produtivos de épocas diferentes.
Na situação descrita na reportagem, identifica-se o seguinte par de 
características de modelos distintos do capitalismo: 
a) organização fabril do taylorismo – legislação social fordista 
b) nível de tecnologia do neofordismo – perfil artesanal 
manchesteriano 
c) estratégia empresarial do toyotismo – relação de trabalho pré-
fordista 
d) regulação estatal do pós-fordismo – padrão técnico sistêmico-
flexível 
20. (UERJ) O capitalismo já conta com mais de dois séculos de 
história e, de acordo com alguns estudiosos, vive-se hoje um 
modelo pós-fordista ou toyotista desse sistema econômico. 
Observe o anúncio publicitário:
Uma estratégia própria do capitalismo pós-fordista presente neste 
anúncio é: 
a) concentração de capital, viabilizando a automação fabril 
b) terceirização da produção, massificando o consumo de bens 
c) flexibilização da indústria, permitindo a produção por demanda 
d) formação de estoque, aumentando a lucratividade das 
empresas 
APROFUNDAMENTO
EXERCÍCIOS DE
01. (FUVEST) As novas formas de organização da produção 
industrial foram chamadas por alguns autores de pós-fordismo, 
para diferenciá-las da produção fordista.
a) Apresente dois aspectos do processo industrial fordista e dois 
do pós-fordista.
b) Caracterize o espaço industrial no fordismo e no pós-fordismo. 
02. (UFG) Observe a imagem e o texto a seguir.
Cena do Filme "Tempos Modernos"
"Tempos modernos", filme de 1936, cuja temática ultrapassa a 
tragédia da existência individual e coloca em cena o conflito entre 
o homem e o taylorismo.
BODY-GENDROT, Sophie. Uma vida privada francesa segundo o modelo americano. 
 In: DUBY, Georges; ARIES, Philippe. "História da vida privada". V.3, p. 535. [Adaptado].
Considerando a imagem e o fragmento,
a) indique duas características do taylorismo; 
b) explique o novo tipo de conflito sugerido no texto. 
03. (UERJ)
O patrono
Um estudo recente encomendado pelo banco BNP Paribas, 
francês e insuspeito, mostrou que nos últimos cinco anos a classe 
C brasileira cresceu e aumentou sua renda mais do que as classes 
A/B, enquanto as classes D/E diminuíram de tamanho. O que deve 
interessar a todo o mundo é que está se criando uma coisa que até 
agora não existia no Brasil. E o patrono desta transformação não é 
Karl Marx, é Henry Ford.
Henry Ford ficou na história porque criou o fordismo, um 
método revolucionário de produção de carros em série que mudou 
para sempre os costumes e a paisagem da América.
Luís Fernando Veríssimo. Adaptado de O Globo, 15/04/2010
De acordo com o texto, há um elemento do fordismo verificado 
no Brasil apenas recentemente. Aponte esse elemento. Nomeie 
ainda o atual modelo produtivo capitalista, sucessor do fordismo, 
e apresente duas de suas características. 
PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR
22 SISTEMAS PRODUTIVOS
7
SOCIOLOGIA
04. (UFPR) 
Na primeira imagem, uma cena do filme Tempos Modernos, 
com Charles Chaplin, retrata o trabalho nas fábricas fordistas 
no século XX, considerado o século da produção em massa. Na 
segunda imagem, observa-se a produção de automóveis realizada 
porrobôs. Estabeleça uma comparação entre o fordismo e a 
acumulação flexível, ressaltando os problemas tecnológicos e 
econômicos que explicam as mudanças na maneira de trabalhar 
e produzir no século XXI. 
05. (UEL) O capitalismo tornou-se hegemônico na última década 
do século XX. No curso do seu desenvolvimento, esse sistema 
socioeconômico sofreu muitas transformações. Entre elas, cabe 
destacar, na esfera das relações de produção, a transição do 
padrão de estruturação técnica e organizacional fordista pelo 
padrão toyotista – que alguns, de modo abrangente, denominam 
“acumulação flexível”. Nessa transição, uma série de mudanças 
políticas, jurídicas e culturais ocorreram de modo entrelaçado, seja 
respondendo àquelas transformações ou, então, antecipando-se 
a elas. De acordo com o sociólogo brasileiro Ricardo Antunes, na 
década de 1980, o toyotismo penetra, mescla ou mesmo substitui o 
padrão fordista dominante em várias partes do mundo globalizado. 
Vivem-se formas transitórias de produção, cujos desdobramentos 
são também agudos, no que diz respeito aos direitos do trabalho.
(ANTUNES, R. Ensaio sobre as metamorfoses e a centralidade do mundo do trabalho. 
2.ed. São Paulo: Cortez, 1995. p.16.)
Com base nessa contextualização e os conhecimentos científicos 
sobre o tema, explique os motivos pelos quais a recente 
reestruturação técnica e organizacional do modo de produção 
capitalista repercutiu sobre a legislação trabalhista e intensificou 
os conflitos sindicais e políticos no Brasil atual. 
. GABARITO
 EXERCÍCIOS PROPOSTOS
01. A
02. E
03. D
04. D
05. B
06. C
07. B
08. E
09. D
10. D
11. C
12. E
13. D
14. A
15. D
16. A
17. B
18. A
19. C
20. C
 EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO
01. a) Fordista: produção em linha de montagem, em série, tarefas repetitivas, produção 
em massa. Pós-fordista: produção regulada a partir de tarefas diárias, pouco estoque, 
diversificação, terceirização em altos níveis.
b) Fordista: grandes fábricas, almoxarifados gigantescos exigindo processos de controle 
complexos. Pós-fordismo: desconcentração espacial, entregas diárias de peças, controle 
simplificado, maior dinamismo. 
02. Serão consideradas duas dentre essas características:
a) Frederick Taylor (1856-1915) concebeu o que se denominaria o "taylorismo", que se 
caracteriza por:
- aplicação de métodos científicos para obter uniformidade na produção e reduzir custos;
- planejamento das etapas de trabalho (metodologia para o trabalho), visando ao 
aumento da produção;
- treinamento de trabalhadores para produzir mais e com mais qualidade;
- especialização do trabalho (o trabalho deve ser realizado tendo em vista uma sequência 
e um tempo pré-determinados para que não haja desperdício operacional);
- inserção de supervisão funcional e do planejamento de cargos e tarefas (todas as fases 
do trabalho devem ser acompanhadas, o que aumenta o controle sobre a atividade e o 
tempo de trabalho do operário);
- o fordismo (anos 20) é expressão prática da concepção taylorista. 
b) a presença das máquinas e a necessidade do trabalhador de acompanhar seu ritmo 
para que se alcance o maior índice de produtividade provoca uma sujeição do homem à 
máquina, sujeição marcada pela repetição reflexa dos movimentos e pelo aparecimento 
de novas enfermidades ligadas ao espaço de trabalho. As sequências do filme "Tempos 
Modernos" explicitam a crítica no que diz respeito à adequação corporal do trabalhador a 
esse novo mundo da produção, dominado pelas máquinas. 
03. O fordismo como sistema de produção propiciou a expansão do consumo de massa, 
pelo grande aumento da oferta de produtos. 
O fordismo deu lugar ao toyotismo (pós-fordismo), com base na acumulação flexível, cujas 
características principais, entre outras, são: fragmentação da produção, engajamento 
ambiental, terceirização de boa parte da produção, robotização/automação, flexibilização 
e diversificação de produtos com ciclos curtos de sua produção e mão de obra cada vez 
mais qualificada e em menor número. 
04. No modelo fordista, os trabalhadores executavam atividades repetitivas, tendo 
basicamente uma única função no processo produtivo. Já no modelo de acumulação 
flexível, essas atividades são executadas quase que exclusivamente por máquinas 
robotizadas. Ao mesmo tempo em que isso gerou a diminuição de postos de trabalho 
nas indústrias, também produziu novas formas de trabalho, relacionadas à manutenção 
e criação de novas tecnologias. Assim, o trabalhador muitas vezes não ocupa uma única 
função na cadeia produtiva, mas deve ser capaz de se adaptar a novos contextos e 
novas funções, resultantes das transformações tecnológicas e econômicas aos quais é 
submetido. 
05. O capitalismo é um sistema socioeconômico bastante dinâmico, tendo passado 
por muitas transformações ao longo de sua história. No século XX, o padrão produtivo 
fordista significou a concentração dos trabalhadores em grandes fábricas e, por 
conseguinte, o fortalecimento de sua organização sindical e política. Especialmente 
nos países centrais, essa situação resultou em uma legislação trabalhista e em uma 
rede de proteção social de grande importância, tendo como resultado a diminuição da 
desigualdade social em praticamente todos eles. Com a acumulação flexível, a produção 
passou a ser organizada, cada vez mais, sob novas formas: as linhas de produção 
foram modificadas, os trabalhadores tornaram-se mais flexíveis e polivalentes, houve 
certa reversão da concentração geográfica da produção e os trabalhadores tornaram-
se menos concentrados no interior das fábricas. Essa maior flexibilidade na produção 
ensejou mudanças na legislação do trabalho. Isto ocorreu, de um lado, porque, em 
razão do aumento da competitividade e da necessidade de diminuição dos custos, os 
empresários passaram a demandar trabalhadores em jornadas e relações jurídicas mais 
flexíveis; de outro, porque o crescimento do desemprego e a fragilização sindical dos 
trabalhadores dificultaram a organização e a luta contra essas mudanças. Nesse sentido, 
com a consolidação do novo padrão produtivo e a modificação no ambiente político, 
observa-se, atualmente, no Brasil, o recrudescimento das disputas em torno de interesses 
e visões distintas – por exemplo, CNI X centrais sindicais, partidos de direita X partidos 
de esquerda – sobre as consequências da reforma da legislação trabalhista. Para uns, 
essa reforma aparece como necessária e modernizante; para outros, como casuística e 
regressiva quanto à proteção social. 
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SOCIOLOGIA 22 SISTEMAS PRODUTIVOS
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