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MODELO SAÚDE DOENÇA

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MODELO SAÚDE – DOENÇA 
MODELO BIOMÉDICO 
· Boorse (1975): doença é o estado interno do organismo biológico resultante do funcionamento subnormal de alguns dos seus órgãos ou subsistemas 
· Algumas doenças podem evoluir para enfermidades caso provoquem consequências:
· Psicológicas e sociais 
· Limitações ou incapacidade; que sejam indesejáveis para o sujeito, constituam justificativas para o comportamento social normalmente reprovável 
· Doença é o negativo de saúde, como a condição mecânica de um artefato 
· Doença: “desajustamento ou falha nos mecanismos de adaptação do organismo ou uma ausência de reação aos estímulos a cuja está exposto. Processo que conduz a uma perturbação da estrutura ou da função de um órgão, de um sistema ou de todo o organismo ou de suas funções vitais.”
· Historicamente o conceito de doença tem sido abordado a partir de perspectivas:
· Patológica 
· Clinica médica 
· A patologia valoriza o mecanismo etiopatogênico subjacente às doenças 
· Clinica privilegia uma abordagem semiológica e terapêutica de sinais e sintomas 
· Agudos – doenças de curta duração 
· Crônicos – doenças que se desenrolam a longo prazo 
· Da etiopatogenia 
· Infecciosas 
· Não infecciosas 
· OPAS (1992): “doença infecciosa é a doença do homem ou dos animais que resulta em infecção”.
· Infecção não é sinônimo de doença infecciosa 
· Modelo biomédico foi desenvolvido privilegiando as doenças infecciosas 
· Nesse modelo as doenças não infecciosas são definidas por exclusão
· Trata-se de estados mórbidos que não resultam de processos infecciosos:
· Silicone 
· Doença coronariana 
· Diabetes 
· Agentes etiológicos: radiação, poluentes químicos do ar, da água, do solo, dos alimentos, álcool, fumo, drogas usadas como remédio ou por dependência química, entre outros.
Classificação de doenças quanto à duração e a etiologia 
 
DOENÇAS INFECCIOSAS 
· Patógeno: é um agente etiológico e um ser vivo 
· Chamamos de infecção à penetração e o desenvolvimento ou multiplicação do patógeno no organismo de uma pessoa ou animal. Tem que ter penetração do patógeno no meio interno do organismo 
· Agente infeccioso: seres vivos variado grau de complexidade biológica (vírus, bactéria, fungo, protozoário ou helminto) que, mediante uma das formas que assumo no seu ciclo reprodutivo (esporo, ovo, cisto, larva, adulto), pode ser introduzindo no meio interno de outro organismo, desenvolvendo-se ou multiplicando-se 
· Dependendo da disposição intrínsecas do hospedeiro, pode-se ai gerar ou não um estado patológico – doença infecciosa 
· Doença transmissível: “qualquer doença causada por agente infeccioso específico, ou seus produtos tóxicos, que se manifesta pela transmissão desses agentes ou de seus produtos, de uma pessoa ou animal infectados ou de um reservatório a um hospedeiro suscetível, direta ou indiretamente por meio de um hospedeiro intermediário, de natureza vegetal ou animal, de um vetor ou do meio ambiente 
· Trata-se de doença cujo etiológico é vivo transmissível 
· Doença contagiosa: doenças infecciosas cujos agente etiológicos difundem através do contato direto com os indivíduos infectados 
· Exemplo: sarampo, transmitidos por secreções da orofaringe e as IST’s
· Toda doença contagiosa é infecciosa, porém o inverso não é verdadeiro 
· No modelo biomédico de doença infecciosa, as propriedades dos patógenos que mais importam são aquelas que regem sua relação com o hospedeiro e as que contribuem para o aparecimento de doenças como produto dessa relação 
· Infectividade 
· Patogenicidade 
· Virulência 
· Imunogenicidade 
· Infectividade: conjunto de qualidade específicas do a gente que lhe permitem vencer barreiras externas e penetrar em outro organismo vivo, multiplicando-se com mais ou menos facilidade 
· Agentes dotados de alta infectividade – vírus da gripe 
· Baixa infectividade – fungos 
· Patogenicidade: capacidade do agente infeccioso de uma vez instalado no organismo do homem e de outros animais, produzir sintomas em maior ou menos proporção entre os hospedeiros infectados
· Sarampo - alta patogenicidade, quase todos os infectados desenvolvem sintomas e sinais específicos 
· Pólio – patogenicidade muito reduzida 
· Virulência: capacidade de um bioagente produzir graves ou fetais 
· Associa-se as propriedades bioquímicas do agente relacionadas com a produção de toxinas e à sua capacidade de multiplicação no organismo parasitado, o que o torna metabolicamente exigente, com prejuízo do parasitário 
· Alta virulência indica proporção de casos fetais ou graves. Exemplo: raiva 
· Sarampo – baixa virulência mesmo com alta patogenicidade e infectividade 
· Imunogenicidade: poder imunogênico, capacidade que tem um dado bioagente de induzir imunidade no hospedeiro 
· Alto poder imunogênico – uma vez infectada as pessoas ficam imune para o resto da vida. Exemplo: rubéola, sarampo, caxumba, varicela
· Baixo poder imunogênico - apenas conferem imunidade temporária. Exemplo: vírus da gripo, dengue, salmonelas e shigelas 
Uma doença pode assumir várias formas:
· Manifesta: apresenta todas as características semiológicas que lhe são típicas 
· Abortiva: nem todos os sinais clínicos da doença emergem acima do horizonte clínico 
· Fulminante: ocorre de forma excepcionalmente grave, com elevado coeficiente de letalidade 
· Inaparente ou subclínica: o individuo não apresenta sinais ou sintomas clínicos. Meningite meningocócica e na poliomielite, a proporção de infecções inaparentes é muito superior à da doença manifesta 
· Período de incubação: intervalo de tempo que decorre entre exposição a um agente infeccioso e aparecimento de sinais ou sintomas de doença, durante o qual não existe sinais clínicos manifestados da doença e o doente ainda não constitui fonte de contágio 
· Período de transmissibilidade: é o intervalo no qual o agente infeccioso pode ser transferido, direta ou indiretamente, de um indivíduo infectado a outro, ou de um animal ao homem ou de um home a um animal 
DOENÇAS NÃO INFECCIOSAS 
· É aquela que não se relaciona à invasão do organismo por outros seres vivos parasitários 
· Grande parte pode ser classificada como doenças crônicas 
· É impossível afirmar-se inequivocamente sua associação a um agente causal 
· O termo risco é usado nesse sentido para indicar probabilidade de doença e não certeza de sua ocorrência em todos os casos 
· Fatores etiológicos 
· Fatores de risco: exógenos e endógenos (físicos, químicos, biológicos)
· Multicausalidade 
· Fatores socioeconômicos-culturais, isoladamente ou em interação com aqueles fatores de risco, no processo de produção das doenças 
· Baixa patogenicidade 
· Exposição aguda: alta concentração. Exemplo: leucemia após exposição única à radiação ionizante de alta intensidade 
· Exposição reiterada e intermitente: ocorrem a um fator durante algum tempo. Exemplo: fumaça de cigarro, associada a câncer de pulmão, dose subletais de mercúrio e chumbo, resultando em hidrargirismo 
· Exposição múltipla a fatores: que atuam sinergicamente. Exemplo: exposição conjunta de cigarro e asbesto, associado ao câncer de pulmão, com período de latência muito inferior aquele que seria necessário ao cigarro ou ao asbesto, isoladamente, para produzir carcinoma
 
MODELO PROCESSUAL 
· Leavell e Clark, 1976: “história natural da doença o conjunto de processos interativos que criam os estímulos patológicos no meio ambiente, ou em qualquer outro lugar, passando pela resposta do homem ao estímulo, ate as alterações que levam a um defeito, invalidez, recuperação ou morte.”
· Objetivo principal deste modelo é dar sentido aos diferentes métodos de prevenção e controle de doenças e problemas de saúde 
· Abrange a determinação de doenças em dois domínios mutuamente exclusivos, consecutivos e complementares (meio externo e meio interno) 
· Nesse modelo considera-se também a evolução dos processos patológicos em dois períodos consecutivos que se articulam e se complementam 
· Pré – patogênese – manifestações patológicas ainda não se manifestam 
· Patogênese – processos patológicos já se encontramativos 
· Pré – patogênese: compreende a evolução das inter-relações dinâmicas entre condicionantes ecológicos e socioeconômicos – culturais e condições intrínsecas do sujeito 
· Envolve interações entre elementos ou fatores que estimulam o desencadeamento das doenças no organismo sadio e condições que permitam a existência desses fatores 
 
 
 
 
 
· Agentes físicos e químicos 
· Biopatógenos: “vermes”
· Agentes nutricionais: carência ou excesso de um fator 
· Agentes genéticos 
· Determinantes econômicos 
· Determinantes culturais 
· Determinantes ecológicos 
· Determinantes biológicos 
· Determinantes psicossociais 
PATOGÊNESE 
· Inicia com as primeiras alterações que agentes patogênicos provocam no sujeito afetado 
· Alterações celulares: distúrbios na forma e função do órgão e sistema, evoluindo para defeito permanente (sequela), cronicidade, morte ou cura 
1. Interações agente-sujeito: má nutrição à ação patogênica do bacilo da tuberculose 
2. Alterações bioquímicas, histológicas e fisiológicas: doença já implantou no organismo afetado. Ainda não se percebe manifestações clínicas, já há alterações em nível subclínico.
3. Sinais e sintomas: superado o horizonte clínico, sinais da doença ainda confusos, tonam-se nítidos, transformando-se em sintomas. Estágio clínico. Doença se encaminha então a um desfecho: evolui para cronicidade, passa ao período de cura ou progride para invalidez ou morte 
4. Cronicidade: a doença pode conduzir o sujeito para uma cronicidade ou incapacidade física por tempo variável

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