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SUMÁRIO 
LEI 8069/1990 (ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE) ......................................................................... 2 
FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL ................................................................................................................. 2 
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – ECA ..................................................................................... 5 
DISPOSIÇÕES GERAIS ................................................................................................................................. 5 
ATO INFRACIONAL ..................................................................................................................................... 9 
DIREITOS INDIVIDUAIS GARANTIDOS AO ADOLESCENTE INFRATOR ...................................................... 10 
QUESTÕES EXTRAS .......................................................................................................................................... 15 
GABARITO .................................................................................................................................................... 16 
 
 
LEI 8069/1990 (ESTATUTO DA CRIANÇA E DO 
ADOLESCENTE) 
FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL 
A Constituição Federal de 1988 positivou os mais variados direitos fundamentais à pessoa 
humana, além disso, tratou as crianças e adolescentes com absoluta prioridade nas políticas 
sociais, evidenciando-se uma proteção maior a esses indivíduos, pois certamente são pessoas 
que futuramente desenvolverá as mais diversas atividades para manutenção do país. 
Diante disso, a CF criou normas a fim de proteger a criança, o adolescente e o jovem com 
absoluta prioridade, assegurando-se todos os direitos necessários para garantir a dignidade 
desses indivíduos e seu desenvolvimento. A normativa não ficou somente na disposição de 
direitos, mas também os protegendo de negligências, discriminações, explorações, violências, 
crueldades e opressões, tendo em vista que a maioria desses grupos têm origem carente, e pode 
facilmente sofrer consequências psicológicas graves, além de toda fragilidade que envolve os 
jovens, sobretudo, as crianças. 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à 
criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito 
à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à 
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e 
à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de 
toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, 
crueldade e opressão. 
Ademais, foram criadas obrigações à família, à sociedade e, principalmente, ao Estado com 
o objetivo de assegurar todos os direitos e proteções elencados no texto acima. Assim como as 
crianças e adolescentes estão em constante mudança cultural e em fases distintas ao longo de 
sua vida, isso também ocorre com os dispositivos normativos no Estado Brasileiro, pois desde 
o advento da CF, houve várias alterações e inserções protetivas nas legislações pertinentes ao 
tema. 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
Art. 227 (...) 
§ 1º O Estado promoverá programas de assistência integral à 
saúde da criança, do adolescente e do jovem, admitida a 
participação de entidades não governamentais, mediante políticas 
específicas e obedecendo aos seguintes preceitos: (Redação dada 
Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010) 
I - aplicação de percentual dos recursos públicos destinados à saúde 
na assistência materno-infantil; 
II - criação de programas de prevenção e atendimento especializado 
para as pessoas portadoras de deficiência física, sensorial ou mental, 
bem como de integração social do adolescente e do jovem portador 
de deficiência, mediante o treinamento para o trabalho e a 
convivência, e a facilitação do acesso aos bens e serviços coletivos, 
com a eliminação de obstáculos arquitetônicos e de todas as formas 
de discriminação. (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 
65, de 2010) 
Os programas de assistência integral à saúde da criança, do adolescente e do jovem é uma 
das garantias constitucionais de proteção especial a essa classe, que abrangerá direitos 
individuais e sociais específicos, visando atingir fundamentos e objetivos da República 
Federativa, tais como os valores sociais do trabalho, a construção de uma sociedade livre, justa 
e solidária, a garantia do desenvolvimento nacional e a promoção do bem sem preconceito de 
idade. 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
Art. 227 (...) 
§ 3º O direito a proteção especial abrangerá os seguintes aspectos: 
I - idade mínima de quatorze anos para admissão ao trabalho, 
observado o disposto no art. 7º, XXXIII; 
II - garantia de direitos previdenciários e trabalhistas; 
III - garantia de acesso do trabalhador adolescente e jovem à escola; 
IV - garantia de pleno e formal conhecimento da atribuição de ato 
infracional, igualdade na relação processual e defesa técnica por 
profissional habilitado, segundo dispuser a legislação tutelar 
específica; 
V - obediência aos princípios de brevidade, excepcionalidade e 
respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento, quando 
da aplicação de qualquer medida privativa da liberdade; 
VI - estímulo do Poder Público, através de assistência jurídica, 
incentivos fiscais e subsídios, nos termos da lei, ao acolhimento, sob a 
forma de guarda, de criança ou adolescente órfão ou abandonado; 
VII - programas de prevenção e atendimento especializado à criança, 
ao adolescente e ao jovem dependente de entorpecentes e drogas 
afins. 
 
 
É importante discutir o que dispõe o inciso I do § 3º, art. 227, pois fixa em 14 anos a idade 
mínima para admissão ao trabalho, fazendo referência ao disposto no art. 7º, XXXIII, que proíbe 
o trabalho noturno, insalubre, perigoso ou penoso aos menores de 18 anos e de qualquer 
trabalho a menores de 16 anos, exceto na condição de aprendiz (ou menor aprendiz) a partir 
dos 14 anos. 
Portanto, a possibilidade que está descrita no inciso I do § 3º, do art. 227 é de admissão 
na condição de APRENDIZ, pois com 16 já pode exercer atividade laboral comum, mas com 
PROTEÇÃO 
ESPECIAL
BREVIDADE, 
EXCEPCIONALIDADE 
E RESPEITO
DIREITOS 
PREVIDÊNCIÁRIOS 
E TRABALHAISTAS
ACESSO À 
ESCOLA, NO CASO 
DE 
TRABALHADOR 
JOVEM
GARANTIA 
PROCESSUAL EM 
CASO DE ATO 
INFRACIONAL
ESTÍMULO DO 
PODER PÚBLICO
IDADE MÍNIMA DE 
14 ANOS PARA O 
TRABALHO
algumas limitações, como atividades noturna, insalubre ou perigosa. Então tome cuidado, sob 
a ótica constitucional, se a banca afirmar de maneira genérica sobre a possibilidade de admissão 
ao trabalho, a resposta será 14 anos. E se afirmar que há proibição de qualquer trabalho a 
menores de 16 anos, também estará correta a assertiva, mas deverá conter a informação da 
condição de aprendiz. Complicado? Veja como já caiu em prova! 
 
(COPS-UEL - 2018) Sobre a proteção à criança, ao adolescente e ao jovem, 
relativamente à idade mínima para admissão a trabalho, assinale a alternativa 
correta. 
 a) 10 anos 
b) 12 anos 
c) 14 anos 
d) 16 anos 
e) 18 anos 
 ALTERNATIVA: C 
COMENTÁRIO: Sob o Prisma da proteção especial à criança, ao adolescente e 
ao Jovem, relativa à idade mínima para admissão ao trabalho, permite-se essa 
atividade a partir dos 14 anos, mas na condição de aprendiz, conforme art. 227, § 
3º, I da CF combinado com o art. 7º, XXXIII. Essa proteção tem como objetivo 
viabilizar uma das garantias aplicadas aos adolescentes, tendo em vista que essa 
atividade vai auxiliar no desenvolvimento à profissionalização, que é um dos direitos 
fundamentais assegurado a esses indivíduos. Cuidado com esse tipo de questão, pois 
o art. 7º trata sobre os direitos dos trabalhadores urbanos e rurais e o art. 227, sobre 
os direitos da criança, do adolescente e do jovem. Apesar de o artigo 7º da 
Constituição Federal afirmar que é proibido qualquer tipo de trabalho aos menores 
de 16 anos, é aberta uma exceçãono caráter de aprendiz, pois nesse caso há um 
cunho mais de aprendizado do que estritamente laboral. Por outro lado, dos 16 anos 
aos 18, é possível, sim, a atividade laboral estrita, sem ser na condição de aprendiz, 
mas como profissional de fato, desde que não exerça atividade noturna, insalubre ou 
perigosa. 
 CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
Art. 227 (...) 
§ 3º O direito a proteção especial abrangerá os seguintes aspectos: 
I - idade mínima de quatorze anos para admissão ao trabalho, observado o 
disposto no art. 7º, XXXIII; 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
Art. 7º (...) 
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a 
menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de 
dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze 
anos; 
 
MENOR 
APRENDIZ
14-16 
ANOS
VEDAÇÃO ÀS 
ATIVIDADES 
PERIGOSAS, 
INSALUBRES 
E NOTURNAS
16-18 
ANOS
TODAS AS 
ATIVIDADES
18 
ANOS
Importa destacar que essa proteção especial se desdobra na responsabilidade de o Estado 
proteger e punir severamente o abuso, a violência e a exploração sexual da criança e do 
adolescente, além de observar as ações governamentais na área da assistência social quando 
o tema for atendimento à criança e ao adolescente, garantindo-lhes também adoção assistida, 
pelo Poder Público, estabelecendo critérios específicos se o adotante for estrangeiro. 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
Art. 227 (...) 
§ 4º A lei punirá severamente o abuso, a violência e a exploração 
sexual da criança e do adolescente. 
§ 5º A adoção será assistida pelo Poder Público, na forma da lei, que 
estabelecerá casos e condições de sua efetivação por parte de 
estrangeiros. 
§ 6º Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por 
adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer 
designações discriminatórias relativas à filiação. 
§ 7º No atendimento dos direitos da criança e do adolescente levar-
se- á em consideração o disposto no art. 204. 
Em um contexto constitucional, o art. 228 da CF/88 tratou sobre a responsabilidade penal 
desses indivíduos, afirmando que são penalmente inimputáveis os menores de 18 anos, sujeitos 
às normas da legislação especial. Significa dizer que a criança ou adolescente são inteiramente 
incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse 
entendimento, sujeitando-se às normas da legislação especial, sendo o Estatuto da Criança e do 
Adolescente, que tipifica a conduta ilícita desses indivíduos como ato infracional, e não como 
crime. Tema que começaremos a tratar no próximo tópico! 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
Art. 228. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, 
sujeitos às normas da legislação especial. 
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – ECA 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
A Lei 8069/1990 dispõe sobre o conceito de criança e adolescente, a proteção integral a 
esses indivíduos e dá outras providências. A proteção, disposta no art. 1º desse estatuto, refere-
se à aplicação dos direitos que o adulto possui além dos demais constitucionalmente 
garantidos, como o direito à cultura, lazer, à convivência familiar, à profissionalização e outros 
direitos que, porventura, sejam convenientes ao caso. A tutela completa pelo Poder Público é 
realizada a fim de garantir o desenvolvimento da criança e do adolescente, primando pela 
Dignidade da Pessoa Humana juvenil. Além disso, cria-se uma vinculação ao Estado no 
momento da criação de políticas públicas, dando prioridade absoluta a esses grupos. 
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao 
adolescente. 
(...) 
Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos 
fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção 
integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por 
outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes 
facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, 
em condições de liberdade e de dignidade. 
Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-se a 
todas as crianças e adolescentes, sem discriminação de nascimento, 
situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, religião ou crença, 
deficiência, condição pessoal de desenvolvimento e aprendizagem, 
condição econômica, ambiente social, região e local de moradia ou 
outra condição que diferencie as pessoas, as famílias ou a 
comunidade em que vivem. 
 
Conforme disposição do ECA, a lei é aplicada às crianças, cuja idade vai até 12 anos 
incompletos, e adolescentes, entre 12 e 18 anos. Todavia, é possível aplicar, excepcionalmente, 
às pessoas com idade entre 18 e 21 anos. Veremos mais à frente esses detalhes particulares da 
lei. 
Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até 
doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e 
dezoito anos de idade. 
Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se 
excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito e vinte e um 
anos de idade. 
Esclarecendo a tecnicidade da lei, 12 anos incompletos significa dizer criança até 11 anos 
de idade. Ao completar de fato os 12 anos, primeiro minuto de aniversário, o indivíduo passa a 
ser adolescente e assim será até os 18 anos. Faz-se necessário esse entendimento para 
responder questões que trazem situações hipotéticas, que geralmente costumam confundir o 
candidato na hora de marcar o gabarito. As questões mais recorrentes são referentes à 
imputabilidade penal e aplicações de medidas socioeducativas ou protetivas, já que esses 
indivíduos não estão sujeitos às regras comuns do Código Penal. 
 
(QUADRIX – 2018) A pessoa com até doze anos de idade incompletos será 
considerada como criança e a com idade entre doze e dezoito anos será considerada 
como adolescente. 
 GABARITO: CERTO 
COMENTÁRIO: Meu aluno, a questão está totalmente de acordo com o 
Estatuto da Criança e do Adolescente. A lei conceitua criança como a pessoa até 12 
anos incompletos. Nesse contexto, a normativa quer dizer o indivíduo com no 
máximo 11 anos, e que a partir do momento em que completa 12 anos, ou seja, 
após o primeiro minuto da meia-noite do dia do seu aniversário, ela passa a ser 
considerada adolescente, que perdurará esse conceito até os 18 anos, seguindo o 
mesmo raciocínio anterior. Dei esse exemplo para você fixar melhor esse assunto, 
mas para fins de prova, o conceito exposto será sempre o termo elencado no texto 
da lei, 12 anos incompletos, para criança; e entre 12 e 18, adolescente. É sempre 
bom tomar cuidado com as questões que tratam sobre situações hipotéticas, pois 
elas podem querer te enganar ao afirmar que o indivíduo tem somente 12 anos e 
classificar como criança, o que estaria errado. 
 
 
 
0 CRIANÇA 12 ADOLESCENTE 18 MAIOR IDADE 
|________________|______________|________________| 
 
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) aprovou uma súmula que trata da apuração de ato 
infracional e aplicação de medida socioeducativa à pessoa que atinge a maioridade penal. Essa 
exceção é aplicada aos indivíduos com idade entre 18 e 21 anos, mas que praticaram ato 
infracional análogo a crime no período da adolescência, sendo, naquele tempo, submetido à 
medida socioeducativa. O tema inclusive também foi analisado pelo Supremo Tribunal Federal. 
Acompanhe as decisões abaixo e guarde no seu coração. As bancas gostam de afirmar que a 
medida socioeducativa cessará com a maioridade penal. 
STF E STJ 
O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE NÃO MENCIONA A 
MAIOR IDADE CIVIL COMO CAUSA DE EXTINÇÃO DA MEDIDA 
SOCIOEDUCATIVA IMPOSTA AO INFRATOR. 
(STF, HC 94.938/RJ, 1.ª T., rel. Cármen Lúcia, 12.08.2008, v.u.) 
 
Súmula 605 - STJ: A superveniência da maioridade penal não interfere 
na apuração de ato infracional nem na aplicabilidade de medida 
socioeducativa em curso, inclusive na liberdade assistida, enquanto não 
atingida a idade de 21 anos. 
Assim como a CF, a presente lei não criou apenas direitosàs crianças e aos adolescentes, 
impôs também obrigações à família, à comunidade, à sociedade em geral e ao poder público de 
assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos fundamentais das pessoas em 
desenvolvimento. Esse rol, que não é exaustivo, compreende: 
 
 Primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias; 
 Precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública; 
 Preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas (pilar da 
garantia da absoluta prioridade) 
 Destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a 
proteção à infância e à juventude. 
 
A consolidação dessa tutela especial está disposta no art. 5º do ECA: nenhuma criança ou 
adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, 
violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou 
omissão, aos seus direitos fundamentais. Nada mais justo do que proteger um grupo que nem 
mesmo tem voz na vida real. E é nesse sentido que a lei cria a obrigação de assegurar os direitos 
e proteção à criança e ao adolescente. 
 
(CESPE - 2018) O ECA considera como criança a pessoa de zero a doze anos 
de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade 
completos. Por essa razão, o ECA não pode ser aplicado às pessoas maiores de 
dezoito anos. 
 GABARITO: ERRADO. 
COMENTÁRIO: Futuro aprovado, o conceito de criança e adolescente já foi 
tratado em momentos anteriores: até 12 anos incompletos e entre 12-18 anos. 
Entretanto, o final da assertiva a torna errada, observe “o ECA não pode ser aplicado 
às pessoas maiores de dezoito anos”. Por expressa previsão legal, no art. 2º, 
parágrafo único, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre 18 e 21 
anos de idade. O STJ, inclusive, já julgou casos nesse sentido, considerando-se a 
idade do indivíduo ao tempo do fato, aplicando-se as medidas socioeducativas ainda 
que sobrevenha maioridade penal no curso do processo, impondo a medida até que 
o autor complete 21 anos. 
(STJ, HC 89.846/RJ, 5.ª T., rel. Arnaldo Esteves Lima, 15.09.2009, v.u.) 
SÚMULA 605 – STJ – A superveniência da maioridade penal não interfere na 
apuração de ato infracional nem na aplicabilidade de medida socioeducativa em 
curso, inclusive na liberdade assistida, enquanto não atingida a idade de 21 anos. 
 
Nesses termos, percebe-se que a circunstância de o indivíduo ter atingido a 
maioridade penal, não cessa o efeito de conduta ilícita que ele praticou quando da 
menoridade ao tempo do fato. Portanto, o trecho final da assertiva torna a questão 
errada, haja vista ser possível a aplicação até os 21 anos. 
 
Para fiel execução desse estatuto, levar-se-ão em conta os fins sociais a que essa lei se 
dirige, as exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e, sobretudo, 
a condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento, conforme 
preceitua o art. 6º dessa lei. 
PARA MELHOR APLICAÇÃO DA LEI 8069/1990, O INTERESSE MAIS 
RELEVANTE É O DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. 
 
(CESPE - 2015) O ECA dispõe sobre a proteção social à criança e ao 
adolescente e, em casos específicos previstos em lei, a proteção integral. 
 GABARITO: ERRADO. 
COMENTÁRIO: A normativa trata sobre questões de proteção social aos 
indivíduos em desenvolvimento, como crianças e adolescentes. Entretanto, há uma 
falha entre vírgulas na assertiva acima: “em casos específicos”. Não há de se falar 
em circunstâncias específicas para aplicação de proteção a esses indivíduos, pois o 
mandamento constitucional, corroborado pelo ECA, trata da proteção especial, 
integral e com prioridade absoluta, aplicando-se a normativa de acordo com o 
interesse mais relevante da criança e do adolescente. Portanto, a proteção integral 
permeia todo o estatuto. 
Segue abaixo os princípios e prioridades que permeiam a Lei 8069/1990 
 
 
ATO INFRACIONAL 
No campo do Direito Penal, a infração penal é gênero que comporta as espécies crime e 
contravenção penal, havendo diferença apenas na gravidade da pena. Por outro lado, quando 
tratamos da criança e do adolescente, não falamos em infração penal, mas em ATO 
INFRACIONAL, que é a conduta descrita como crime ou contravenção penal. Portanto, quando 
algum desses indivíduos praticam uma conduta ilícita na seara do direito penal, a classificação 
será de ato infracional análogo a crime ou contravenção penal, mas nunca crime ou 
contravenção penal. Estou batendo nesses conceitos para que você não caia em pegadinhas da 
banca. 
Art. 103. Considera-se ato infracional a conduta descrita como crime 
ou contravenção penal. 
 
Futuro aprovado, tratamos sobre o tema de imputabilidade penal através dos 
fundamentos constitucionais quando contextualizamos o assunto, mas o ECA reforça esse 
dispostivo no art. 104, explicando que as crianças e adolescentes são inimputáveis, portanto, 
não tendo capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com 
esse entendimento. Observa-se uma política criminal com a finalidade de proteção desses 
indivíduos que ainda estão em desenvolvimento, adotando, nesse caso, o sistema biológico para 
inimputabilidade, que considera exclusivamente a idade, independentemente se, na realidade, 
ele sabia ou não o que estava fazendo. 
Em relação às consequências da prática desses atos, considera-se a idade do adolescente 
à data do fato, sujeitando-se às medidas socioeducativas, mas as crianças serão submetidas às 
medidas previstas no art. 101, que são medidas de proteção. 
MEDIDAS DE PROTEÇÃO 
I - encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de 
responsabilidade; 
II - orientação, apoio e acompanhamento temporários; 
III - matrícula e freqüência obrigatórias em estabelecimento oficial 
de ensino fundamental; 
IV - inclusão em serviços e programas oficiais ou comunitários de 
proteção, apoio e promoção da família, da criança e do adolescente; 
V - requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em 
regime hospitalar ou ambulatorial; 
VI - inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, 
orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos; 
VII - acolhimento institucional; 
VIII - inclusão em programa de acolhimento familiar; 
IX - colocação em família substituta. 
 
(QUADRIX – 2019) Suponha‐se que Joana, de onze anos de idade, tenha 
cometido um ato infracional. Nesse caso, conforme o Estatuto da Criança e do 
Adolescente, ela deverá ser encaminhada à autoridade competente para aplicação de 
medida socioeducativa. 
 GABARITO: ERRADO 
COMENTÁRIO: Meu aluno, em um dos tópicos acima, em te expliquei em 
outras palavras o que seria criança de acordo com o Estatuto, trazendo um exemplo 
prático no qual o indivíduo que estivesse com 11 anos de idade estaria dentro do 
termo 12 anos incompletos. Agora nós temos uma questão que apresenta um caso 
hipotético informando a idade de Joana, 11 anos. O primeiro ponto é saber que, para 
a Lei 8069/1990, Joana ainda é considerada criança e que isso atribui implicações no 
campo do Direito. Apesar de a normativa conferir uma proteção especial ao grupo 
objeto desse Estatuto, as crianças são revestidas de maior proteção, haja vista sua 
imaturidade. Nesse contexto, uma das diferenças elencadas pelo ECA entre a criança 
e o adolescente é a consequência no campo prático quando praticado um ato 
infracional, pois os adolescentes estarão sujeitos às medidas socioeducativas 
(elencadas no art. 112 do ECA), mas as crianças serão submetidas às medidas de 
proteção (previstas no art. 101 do ECA). Por isso que a questão está errada. As 
bancas sempre vão querer fazer essa pegadinha, afirmando que criança e 
adolescentes são submetidos às medidas socioeducativas, quando na verdade 
somente os adolescentes que serão. Veja como a banca CESPE cobrou em 2018 o 
mesmo assunto e com a mesma pegadinha:(CESPE – 2018) Crianças e adolescentes que cometam atos infracionais estão 
sujeitas a medidas socioeducativas previstas no Estatuto da Criança e do 
Adolescente. 
 
 
 
Art. 104. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, 
sujeitos às medidas previstas nesta Lei. 
Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, deve ser considerada a 
idade do adolescente à data do fato. 
Art. 105. Ao ato infracional praticado por criança corresponderão 
as medidas previstas no art. 101. 
 
DIREITOS INDIVIDUAIS GARANTIDOS AO ADOLESCENTE INFRATOR 
Meu aluno, se você já estudou processo penal, sobretudo, restrições cautelares, entenderá 
com mais facilidade esse tópico, pois se trata justamente dos direitos fundamentais à pessoa 
humana em desenvolvimento quando praticada uma conduta ilícita análoga a um crime ou 
ATO 
INFRACIONAL
ADOLESCENTE
MEDIDA 
SOCIOEDUCATIVA
ATO 
INFRACIONAL
CRIANÇA
MEDIDA 
DE 
PROTEÇÃO
contravenção penal. É a reprodução dos direitos constitucionais, mas moldado aos menores 
infratores, tendo os mesmos direitos que os maiores de dezoito anos quando praticam condutas 
ilícitas. Nenhum adolescente será privado de sua liberdade senão em flagrante de ato 
infracional ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, 
além disso, assim como os que já atingiram a maioridade penal, os adolescentes têm direito à 
identificação dos responsáveis pela sua apreensão, devendo ser informado acerca de seus 
direitos. 
Art. 106. Nenhum adolescente será privado de sua liberdade senão 
em flagrante de ato infracional ou por ordem escrita e fundamentada 
da autoridade judiciária competente. 
Parágrafo único. O adolescente tem direito à identificação dos 
responsáveis pela sua apreensão, devendo ser informado acerca de 
seus direitos. 
Dentro do mesmo contexto de restrição de liberdade, tal medida e o local em que está 
apreendido serão incontinenti comunicados ao juiz, à família do apreendido ou a pessoa por ele 
indicada, conforme art. 107 do ECA. Observa-se os mesmos procedimentos estabelecidos no 
Código de Processo Penal, mas agora por Lei Específica, que tutela um grupo especial. Um 
destaque importante a esse artigo, pois ele não cita a figura da criança, já que a ela é imposta 
medida de proteção. Portanto, NÃO HÁ PRIVAÇÃO DE LIBERDADE DA CRIANÇA!!! 
Art. 107. A apreensão de qualquer adolescente e o local onde se 
encontra recolhido serão incontinenti comunicados à autoridade 
judiciária competente e à família do apreendido ou à pessoa por ele 
indicada. 
Parágrafo único. Examinar-se-á, desde logo e sob pena de 
responsabilidade, a possibilidade de liberação imediata. 
 
OS DIREITOS GARANTIDOS AOS MAIORES DE DEZOITO ANOS NA 
SEARA PROCESSUAL PENAL TAMBÉM SERÃO APLICADOS AOS 
ADOLESCENTES QUANDO DA PRÁTICA DE ATO INFRACIONAL. 
 
 Futuro aprovado, lembra da prisão preventiva do Código de Processo Penal? Pronto! Há 
um disposição no ECA que regulamenta a internação por decisão fundamentada antes da 
sentença do magistrado, sendo, nesse caso, uma espécie de medida cautelar, devendo 
preencher os pressupostos cautelares, como indícios suficientes de autoria, materialidade do 
fato e a necessidade imperiosa do procedimento, que é a garantia da ordem pública, requisitos 
apresentados no parágrafo único do art. 107, bem como art. 174 da mesma lei, obedecendo 
sempre aos princípios da brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar. 
 
A INTERNAÇÃO, ANTES DA SENTENÇA, PODE SER DETERMINADA PELO 
PRAZO MÁXIMO DE 45 DIAS. 
Art. 108 da Lei 8069/1990 – Estatuto da Criança e do Adolescente 
 
A MEDIDA CAUTELAR DE INTERNAÇÃO, ANTES DA SENTENÇA, NÃO 
PODE SE ESTENDER POR PRAZO SUPERIOR A QUARENTA E CINCO DIAS 
(STJ – (RHC 83326-SE, 5ª.T., rel. Félix Fischer, 20.06.2017) 
 
Assim como o inciso LVIII do art. 5º da CF garante que o civilmente identificado não será 
submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei, o adolescente também 
não será compulsoriamente identificado pelos órgãos policiais, de proteção e judiciais, a não 
ser para fins de confrontação, havendo dúvida fundada, conforme preceitua o art. 109 do 
ECA. 
(VUNESP – 2019) A respeito da prática de ato infracional e dos direitos 
individuais do adolescente, o Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece que 
 
a) Para a caracterização do ato infracional, deve ser considerada a data da 
prisão do adolescente. 
b) Nenhum adolescente poderá ser privado de sua liberdade, ainda que em 
flagrante de ato infracional, sendo indispensável ordem judicial. 
c) O adolescente não terá direito à identificação dos responsáveis pela sua 
apreensão, devendo, contudo, ser informado dos seus direitos. 
d) A apreensão do adolescente será imediatamente comunicada ao Ministério 
Público ou à pessoa por ele indicada. 
e) A internação, antes da sentença, pode ser determinada pelo prazo máximo 
de quarenta e cinco dias. 
 ALTERNATIVA: E 
COMENTÁRIO: Meu aluno, a questão quer testar seu conhecimento sobre o 
assunto de ATO INFRACIONAL e DIREITOS FUNDAMENTAIS. 
a) Para a caracterização do ato infracional, deve ser considerada a data da 
prisão do adolescente considera-se a idade do adolescente à data do fato, por 
expressa previsão legal, art. 104, parágrafo único, corroborado por decisões dos 
Tribunais Superiores. 
 
b) Nenhum adolescente poderá ser privado de sua liberdade, ainda que em 
flagrante de ato infracional, sendo indispensável ordem judicial senão em flagrante 
de ATO INFRACIONAL ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária 
competente. Vivemos em um Estado Democrático de Direito, onde a liberdade é a 
regra, havendo casos excepcionais de restrição desse direito. Além disso, há um 
cuidado especial quando o objeto da restrição é a criança ou adolescente. 
 
c) O adolescente não terá direito à identificação dos responsáveis pela sua 
apreensão tem direito à identificação dos responsáveis pela sua apreensão, direito 
constitucional amplamente estendido a pessoa em desenvolvimento. Esse direito 
evita condutas arbitrárias por parte dos agentes e responsáveis pelo ato, devendo 
ser informado acerca de seus direitos, devendo, contudo, ser informado dos seus 
direitos. 
 
d) A apreensão do adolescente e o local onde se encontra recolhido serão 
imediatamente comunicada ao Ministério Público comunicados ao juiz, à família ou à 
pessoa por ele indicada. Trata-se de previsão expressa no art. 107 do ECA. 
 
e) A internação, antes da sentença, pode ser determinada pelo prazo 
máximo de quarenta e cinco dias. 
Medida cautelar aplicada antes da sentença. CUIDADO com o prazo máximo: 
QUARENTA E CINCO DIAS, NÃO SE ESTENDENDO ESSE PRAZO. Quem determina? 
APENAS O JUIZ! 
Embora não esteja definido no edital, é importante você saber que os procedimentos 
necessários após a apreensão do Adolescente em flagrante de ato infracional nos casos que 
envolvam violência ou grave ameaça são a imediata comunicação ao juiz, à família ou a pessoa 
por ele indicada e a lavratura do a lavratura auto de apreensão pela autoridade policial. 
Bastante atenção ao termo anterior, pois a banca cobrará o rigor técnico da lei. Dessa maneira, 
não existe auto de prisão quando o infrator for menor, já que o adolescente será tão somente 
apreendido. 
Por outro lado, quando o adolescente infrator pratica um ato infracional sem violência ou 
grave ameaça, poder-se-á substituir os procedimentos por um boletim de ocorrência 
circunstanciada desde que haja o comparecimento dos pais, assinando o termo de 
responsabilidade para comparecer aos demais atos. 
Os adolescentes são sujeitos de garantias processuais, assim como os adultos, mas com 
algumas peculiaridades que a lei lhes confere. 
Art. 110. Nenhum adolescente será privado de sua liberdade sem o 
devido processo legal. 
Art. 111. São asseguradas ao adolescente, entre outras, as seguintes 
garantias: 
 
I - pleno e formal conhecimento da atribuição de ato infracional, 
mediantecitação ou meio equivalente; 
II - igualdade na relação processual, podendo confrontar-se com 
vítimas e testemunhas e produzir todas as provas necessárias à sua 
defesa; 
III - defesa técnica por advogado; 
IV - assistência judiciária gratuita e integral aos necessitados, na 
forma da lei; 
V - direito de ser ouvido pessoalmente pela autoridade competente; 
VI - direito de solicitar a presença de seus pais ou responsável 
em qualquer fase do procedimento. 
(VUNESP – 2019) O Estatuto da Criança e do Adolescente assegura, entre 
outras, a seguinte garantia processual ao adolescente: 
a) Terá o direito de solicitar a presença de seus pais ou responsável em 
qualquer fase do procedimento. 
b) Terá direito a um advogado, mas poderá dispensá-lo quando decidir fazer 
acordo com o Promotor de Justiça. 
c) Em nenhum momento poderá confrontar-se com vítimas e testemunhas de 
acusação no processo judicial. 
d) Nenhum adolescente será preso sem ordem escrita do Juiz ou do Delegado 
de Polícia. 
e) E não poderá ser apreendido pelo simples cometimento de ato infracional, 
somente podendo ser preso em flagrante delito. 
 ALTERNATIVA: A 
COMENTÁRIO: O enunciado traz uma situação específica em relação ao 
adolescente, que é a garantia processual, já que ele pode ser apreendido por ato 
infracional e ser submetido à MEDIDA SOCIOEDUCATIVA. 
a) Terá o direito de solicitar a presença de seus pais ou responsável em 
qualquer fase do procedimento. 
 
b) Terá direito a um advogado, mas poderá dispensá-lo quando decidir fazer 
acordo com o Promotor de Justiça nos atos do processo, sendo causa de nulidade 
absoluta a falta de defesa técnica. Importante destacar que a defesa técnica deve 
ser eficaz, feita por um advogado. 
 
c) Em nenhum momento poderá confrontar-se Poderá confrontar-se com 
vítimas e testemunhas de acusação no processo judicial, haja vista ser garantido o 
direito constitucional do contraditório e ampla defesa. Portanto, para sua defesa e 
devidos esclarecimentos na seara processual, o adolescente pode confrontar-se com 
esses personagens. 
 
d) Nenhum adolescente será preso sem ordem escrita do Juiz ou do Delegado 
de Polícia. 
O adolescente poderá ter sua liberdade restringida por flagrante de ato 
infracional ou ordem escrita e fundamentada por autoridade judiciária competente. 
Portanto, a ordem autônoma de apreensão do adolescente é cláusula de reserva 
jurisdicional. Destaca-se que o termo correto a ser utilizado na restrição de liberdade 
do adolescente é APREENSÃO. 
 
e) E não poderá ser apreendido pelo simples cometimento de ato infracional, 
somente podendo ser preso em flagrante delito. O adolescente poderá ter sua 
liberdade privada por flagrante de ato infracional ou ordem escrita e fundamentada 
de autoridade judiciária competente. Não é demais relembrar que a internação 
poderá ser decretada, ANTES DA SENTENÇA, até o prazo máximo de QUARENTA E 
CINCO DIAS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÕES EXTRAS 
1. (CESPE – 2018) Julgue o item a seguir, relativo a Conselho Tutelar, medidas de 
proteção, direito à convivência familiar e consequências da prática de atos 
infracionais. 
Crianças e adolescentes que cometam atos infracionais estão sujeitas a medidas 
socioeducativas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente. 
CERTO ( ) ERRADO ( ) 
2. (CESPE – 2014) Acerca do direito aplicado à saúde, ao idoso e à criança, julgue o item 
a seguir. 
Nos casos de flagrante de ato infracional cometido sem uso de violência ou sem 
ocasionar risco à vida, o menor infrator poderá ser liberado da internação, mediante 
assinatura de termo por seu responsável legal. 
CERTO ( ) ERRADO ( ) 
3. (VUNESP – 2019 MODIFICADA) Aristarco tinha 17 anos de idade e praticou uma 
conduta descrita como crime no Código Penal. Mas a Polícia, após um período de 
investigações, veio a detê-lo por conta do referido delito somente quanto ele já havia 
completado 18 anos de idade. Nessa situação hipotética, o Estatuto da Criança e do 
Adolescente estabelece que Aristarco Não poderá sofrer qualquer punição, uma vez 
que o crime prescreveu quando atingiu a maioridade. 
CERTO ( ) ERRADO ( ) 
4. (VUNESP – 2019 MODIFICADA) O art. 106 do ECA (Estatuto da Criança e do 
adolescente) disciplina que nenhum adolescente será privado da sua liberdade, senão 
por flagrante de ato infracional ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade 
judiciária competente. 
CERTO ( ) ERRADO ( ) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GABARITO 
1. E (pág. 10) 
2. C (pág. 13) 
3. E (pág. 7) 
4. C (pág. 11)

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