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A globalização do capital

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Internacional II
A Globalização do 
Capital 
Barry Eichengreen
Prof.ª Luiza Dantas 
Introdução
A história do Sistema Monetário Internacional – 1850
a 1990;
1. Padrão ouro, entre 1870 até o começo da 1º Guerra
Mundial;
2. O período entre guerras;
3. Acordo de Bretton Woods de 1944;
4. Regimes cambiais de taxa de câmbio flutuantes e
unificação monetária;
SISTEMA MONETÁRIO INTERNACIONAL
O que é?
É a cola que mantém ligadas as economias dos 
diferentes países. 
Seu papel? 
Ordem e estabilidade de Balanço de Pagamentos, 
propiciar o acesso ao crédito em caso de crises. 
SISTEMA MONETÁRIO INTERNACIONAL (SMI)
• Antes da 1º Guerra Mundial – não existiam controles sobre
as transações financeiras internacionais e os fluxos
internacionais alcançavam fluxos elevados;
• Entre guerras: colapso do SMI com a imposição do controle
do capital e o declínio do seu movimento;
• 1970: relaxamento dos controles e recuperação dos fluxos
financeiros internacionais.
Temáticas abordadas
• Justificar a substituição do câmbio fixo para o câmbio flutuante
em decorrência da crescente mobilidade de capital;
• 1945-1971: os fluxos de capitais levaram a um distanciamento
entre objetivos macroeconômicos x mercado cambial.
• Ou seja, os governos passaram a orientar suas políticas para o
crescimento + pelo emprego, sem preocupações sobre a taxa de
câmbio.
• Através do crescimento dos mercados privados
internacionais de capitais – tornou difícil a manutenção das
taxas de câmbio fixas.
• Manutenção das taxas de câmbio fixas:
1. Equilíbrio das contas externas;
2. Crescimento da economia;
3. Pleno emprego.
• Abandono em 1973 dos padrão ouro e regimes de câmbio fixo por
diversos países;
• Nos caso dos países em desenvolvimento – regimes de taxas de
cambiais fixas, protegidas por barreiras a controlar os fluxos de
capitais.
Brasil – alguns fatos
• Nação tipicamente devedora;
• Interação entre vários regimes cambiais:
1. Entrada e saída de recursos financeiros do exterior;
2. Endividamento externo.
• Política orientada ao endividamento externo para financiar o
crescimento econômico.
Brasil – alguns fatos
Plano Cruzado
• Congelamento da taxa de câmbio em 1986;
• Políticas macroeconômicas expansionistas FUGA 
DAS RESERVAS CAMBIAIS;
• Moratória da dívida externa (1987);
• Após a moratória o cambio passou a sofrer 
minidesvalorizações cambiais, acompanhando a inflação e 
taxa de juros. 
Brasil – alguns fatos
• Ano 1991
• Cruzado Novos;
• Terceiro ciclo de endividamento – empréstimos diretos aos
credores internacionais;
Brasil – alguns fatos
• Plano Real – 1994;
• Reduziu a taxa de inflação e normalizou as relações 
financeiras internacionais;
• Renegociação da dívida externa;
• Retorno dos investimentos diretos externos. 
Brasil – alguns fatos
• Crise mexicana em 1994 – levou o Brasil a modificar o câmbio para o
regime de bandas em março de 1995;
• A partir de 1997: a taxa de câmbio passou a funcionar como âncora do
programa de estabilização, passando o câmbio a operar de forma
flexível;
• Taxa de juros alta para atrair investimentos externos, permitindo a
manutenção do câmbio dentro da flexibilidade.
• O financiamento externo possibilitou essa flexibilidade cambial.
• 15/01//1999 – adotou o câmbio flutuante.
O Padrão Ouro
Surgiu antes da 1º 
Guerra Mundial para 
facilitar as trocas de 
commodities e 
moedas mercadorias 
que surgiram antes 
do desenvolvimento 
do papel moeda e da 
prática da reserva 
bancária fracionária. 
O Padrão Ouro
• Seu desenvolvimento
foi considerado um
dos grandes
acidentes da
história.
• Como começou?
Em 1717, na Grã-Bretanha,
quando sir Isaac Newton,
responsável pela casa da moeda,
fixou para a prata um preço
equivalente em ouro
excessivamente baixo.
Resultado: desapareceram de
circulação as moedas em prata,
com exceção das gastas ou
danificadas.
O Padrão Ouro – Rev. Industrial
A importância da Inglaterra
como potência financeira e
comercial do mundo.
Suas práticas se tornaram
uma alternativa atraente à
moeda baseada na prata
para todos os países que
praticam o comercio e
demandam empréstimos.
Assim nasceu: Sistema
Nacional de Câmbio Fixo.
Prioridade a estabilidade da
moeda e das taxas de
câmbio.
Primeira Guerra mundial
• As condições anteriores já
haviam sido arruinadas;
• Expansão dos países
trouxe um problema para o
padrão ouro: reserva
bancária fracionária.
“Os bancos em condições 
de financiar empréstimos 
com depósitos de seus 
correntistas ficavam 
vulneráveis a corridas dos 
depositantes na 
eventualidade perda de 
confiança”. (p. 30)
Primeira Guerra mundial
• Resultado:
Vulnerabilidades dos bancos
colocava em risco o sistema
financeiro e assim criava a
justificativa para a
intervenção de um
emprestador de ultima
instância.
• Dilema – Bancos Centrais e 
Governos: 
1. Suprir um crédito
coerente ao padrão-ouro;
2. Suprir a liquidez adicional
esperada de um
emprestador de ultima
instância.
Mesmo assim o padrão-ouro não desmoronou, DEVIDO a SOLIDARIEDADE
INTERNACIONAL em tempos de crise!
Pré-história
• Roma: moedas de ouro;
• Revolução comercial: ouro; símbolo de riqueza
(metalismo) e balança comercial favorável.
• Prata: moeda predominante durante toda a idade média e
moderna.
• Cobre: Suécia (1625);
Quanto surgiu efetivamente?
“Surgiu após 1870, quando foi estabelecido o 
câmbio fixo baseado no padrão-ouro para 
operacionalizar as transações no SMI”. 
Os dilemas do bimetalismo
• Século XIX – os estatutos monetários de muitos países
permitiam a cunhagem e a circulação simultâneas de
moedas de ouro e prata.
• Grã-Bretanha: padrão-ouro.
• Estados Alemães, Império Austro-Húngaro, Escandinávia,
Rússia e extremo Oriente: padrões-prata.
• França: bimetálica – prática da arbitragem;
• O ouro e a prata circulavam simultaneamente em
situações em que as proporções no mercado de
cunhagem eram suficientemente próximas;
• Os governos cobravam uma comissão (brassage) para
cunhar moedas a partir de lingotes de ouro.
• A arbitragem levava tempo para ser concluída;
• Custos de transporte e seguros;
Fato interessante
“Quando o preço da prata caía até a arbitragem estar a ponto
de se tornar lucrativa, os negociantes, percebendo que o
sistema bimetálico estava a ponto de absorver prata e liberar
ouro, compravam prata em antecipação. Assim, o patamar
inferior da banda em torno da proporção bimetálica constituía
um piso no qual se dava o suporte ao preço relativo do metal
abundante”.
A atração do bimetalismo
• A dificuldade de operacionalizar o bimetalismo no século
XIX;
• Estipular o valor na moeda – sua cunhagem;
• Moedas representativas;
• A questão dos falsários;
O advento do padrão ouro
• Crescimento das transações internacionais;
• Adoção das máquinas a vapor para cunhagem da moeda –
eliminando o obstáculo técnico;
Padrão ouro
• Século XX;
• Sistema Internacional baseado no ouro;
• Os Bancos Centrais – ofereciam empréstimos sem juros a
importadores de ouro para incentivar a entrada do metal
em seus países.
Como funcionava o padrão ouro 
• Modelo de fluxo de moedas 
metálicas de David Hume;
• Como funcionava? 
- Exportação: entrada de
ouro (que eram cunhados
internamente).
- Importação: saída de ouro.
• Em caso de déficit
comercial:
↓ ouro→↓preços;
• Em caso de superávit:
↑ ouro→↑ preços;
• Com o encarecimento das importações ↓ nas
importações internas.
• Para os estrangeiros que tinham os produtos importados
mais baratos↑ nas importações internas.
• Haveria um crescimento nas exportações do país
deficitário, e suas importações cairiam, até a eliminação
do desequilíbrio comercial.
Outros pontos:
• O padrão ouro como instituição característica de um
momento histórico;
• Solidariedade internacional;
• O emprestador em ultima instância;
• O caso da periferia.
Curiosidades 
• Os nomes das moedas correspondiam ao peso de metal
contido em uma unidade monetária (como é o caso da libra
que, além de ser a moeda inglesa, designa também uma
unidade demedida de peso: 1 libra corresponde a 453,49
gramas).
• França em que vigorava a relação, em peso, de 15,5 de prata
para 1 de ouro.
Adoção do padrão ouro
• O bimetalismo oferecia alguma dificuldade para sua gestão.
Qualquer mudança que um país promovesse no grau de pureza
da moeda (ou seja, na quantidade efetiva do metal na
unidade monetária), provocava a expulsão da moeda de um
país para outro;
• Em 1865 foi formada a União Monetária Latina (englobando
França, Bélgica, Itália, Suíça e, mais tarde, Grécia).
• No entanto, em consequência da guerra franco-prussiana
(cujo fim coincide com a unificação alemã em 1870-1871,
envolvendo a conquista de territórios franceses e uma
grande indenização de guerra), vários países suspenderam a
conversibilidade de suas moedas, colocando em questão o
bimetalismo.
• O crescente papel da Grã-Bretanha no comércio mundial era
uma forte razão para outros países aderirem ao padrão-
ouro;
• Por exemplo, o Império Alemão, logo após sua constituição
em 1870, aboliu a cunhagem de prata e adotou o ouro como
base da nova moeda – o marco.
• É provável que o fato de grande parte do comércio alemão se
realizar por Londres tenha induzido a essa decisão, pois
facilitaria as transações desses países
• Com a adoção do padrão-ouro pelas duas maiores economias
da época – Grã-Bretanha e Alemanha – outros países foram
levados a seguir o mesmo caminho: Dinamarca, Noruega,
Suécia e a União Monetária Latina o fizeram ainda na década
de setenta; Áustria-Hungria e Itália.
• Os Estados Unidos abandonaram progressivamente a prata
como base de sua moeda e, em 1879, ao retomarem a
conversibilidade, adotaram na prática o padrão-ouro.
• Rússia e Japão, no fim do século XIX, também se integraram
ao grupo do padrão-ouro, e a Índia, ao atrelar sua moeda à
libra, indiretamente vinculava-se ao padrão-ouro.
• Na América Latina também houve algumas tentativas de
adoção do padrão-ouro na Argentina, no México, no Peru e no
Uruguai;
• Brasil, entre 1906 e 1914, emitiu papel moeda conversível em
libras – por meio da chamada Caixa de Conversão –
aproximando-se indiretamente do padrão ouro.
Como se justifica esse rápido deslocamento 
em direção ao padrão-ouro?
• Descoberta e exploração de novas minas de ouro e o peso da
doutrina econômica dominante podem ser arguidos para
explicar o fato.
• Mais importante, predomínio britânico na economia mundial à
época (em especial na esfera financeira), que lhe dava uma
posição central nas trocas internacionais: ter uma moeda
definida no mesmo padrão da moeda britânica facilitaria as
trocas entre esses países e daria maior estabilidade ao
sistema monetário.
• No padrão-ouro, a unidade monetária de um Estado Nacional
é definida em termos da quantidade de ouro que ela contém;
• Por exemplo, a unidade monetária padrão da Grã-Bretanha
antes de 1914 – libra ouro – continha 113,0016 grãos de ouro
(cada grão corresponde a 0,0648 gramas).
• Uma parte da moeda em circulação poderia ser constituída
por moedas de ouro; porém isto não era necessário à
definição do padrão-ouro.
• O essencial é que a autoridade monetária (no caso da Grã-
Bretanha, o Banco da Inglaterra) garantisse a
conversibilidade do papel moeda em circulação por ouro, quer
dizer, que o portador de uma nota representativa de libras
pudesse ir à autoridade monetária e receber dela a
quantidade correspondente de ouro.
• Para tanto, a autoridade monetária deve manter uma reserva
em ouro, suficiente para garantir o direito de conversão do
papel-moeda.
• Essa reserva não precisaria ser “integral”: ou seja, não era
preciso manter uma quantidade de ouro que correspondesse
exatamente ao papel-moeda em circulação; ela poderia ser
proporcional desde que suficiente para garantir a conversão
em ouro para aqueles portadores que eventualmente
procurassem a autoridade monetária (pois é improvável que
todos os portadores de papel-moeda solicitassem a
conversão em ouro ao mesmo tempo).
• Na verdade, mais do que a reserva em ouro, o padrão-ouro
era garantido pela confiança do público de que a conversão
seria realizada.

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