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Rousseau e a Fórmula de Contrato Para encontrar uma forma de associação que defendesse e protegesse com toda força comum a pessoa e os bens de cada associado, de modo que cada um não obedecesse mais do que a si mesmo e permanecesse livre, Rousseau considerou que era necessário que cada um se desse inteiro ao todo (um por todos), em condição igual para todos e que ninguém desse nada a ninguém em particular. Uma vez que o todo teria a soma das forças de cada um, era preciso definir quem comandaria esse poderoso todo, já que não poderia ser ninguém em particular. Rousseau imaginou então que só podia ser uma Vontade Geral acima de todas as vontades particulares. Essa vontade não deveria ser a soma das vontades particulares, muito menos uma vontade particular que viesse a predominar. Era a vontade própria da cidadania, que seria definida por votação (sufrágio), na qual cada membro do todo votasse como cidadão e não por vontade particular. E para compreendê-la melhor deve-se lembrar que inspirou a Sociologia de Durkheim e a sua ideia de consciência coletiva. Por fim, cada pessoa, sob a direção suprema da Vontade Geral, receberia em corpo cada membro como parte indivisível do todo (todos por um). Isso equivale a dizer que, quando alguém presta um serviço para alguém em sociedade, está agindo em favor como parte indivisível dessa sociedade, desse todo ao qual pertence, ao qual se deu todo inteiro antes de agir por ele em favor de suas partes. Por exemplo, médicos, professores, motoristas de ônibus, lavradores, operários e outros trabalhadores seriam parte indivisível do todo a agir pelas partes que, tal como eles, formaram esse todo que os formou em suas variadas profissões.
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