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Os valores e a moral

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Sumário
Introdução
1 - Os valores e a moral
2 - Caráter histórico, social e pessoal
3 - Desejo e vontade
Considerações Finais
Parabéns!
Unidade Concluída.
Veja as referências utilizadas pelo(a)
autor(a). Você pode ainda enriquecer seu
aprendizado com os materiais
complementares.
Introdução
Seja muito bem-vindo(a)!
Prezado (a) estudante, preste muita atenção, pois se em você
ocorreu um despertar ou um fascínio sobre assunto desta
disciplina, observando a pro�ssão escolhida, é o início de um
grande desa�o que vamos triunfar juntos. Proponho uma
construção conjunta sobre a ideia de ética e moral, visto que
em nossa sociedade se fala muito do ser ético, mas não se
tem uma formação correta desse conceito, muitos se dizem
éticos pro�ssionalmente, mas não sabem nem o que é ser
ético. Vamos conhecer os conceitos de Moral e ética e suas
subdivisões para interpretarmos os componentes que a
constroem, uma vez que, em nosso dia a dia, indicamos
valores as pessoas, e vamos entender em qual momento
devemos usar e identi�car esse processo.
Dentro desse desa�o, iremos conhecer muito além da ética e
moral, considerando que o ser humano é feito de desejos e
vontades, o que nos faz perceber, através do senso comum,
que isso compreende a responsabilidade humana, além de
sabermos que temos um dever a cumprir e que, por muitas
vezes, exigimos nossa liberdade sem saber o que é liberdade
de fato.
Por �m, vamos conhecer o processo da liberdade humana e
todo seu ato moral. Assim, esperamos um docente com um
posicionamento ético e social de maneira positiva e
construtiva na sociedade, tornando-se um pro�ssional
exemplar e que some no desenvolvimento social e humano.
Muito obrigado e bom estudo!
Os valores e a moral
Em pleno século XXI, ainda confundimos ética, moral, valores,
entre outras palavras e/ou conceitos. Vale ressaltar que,
constantemente, encontramos o uso ambíguo de palavras
como "moral e ética", "valores e ética" e "valores e normas".
Você consegue rapidamente diferenciar e de�nir cada uma
delas? Caso você conheça, é um passo gigantesco para
estudo de nossa disciplina. No entanto, precisamos
diferenciá-las para não causar confusão em nossa vida. Assim,
você poderá melhorar sua comunicação e a elaboração do
pensamento. Qual o código de ética de sua pro�ssão?
Esperamos que embarque nessa viagem �losó�ca para que
se crie um pro�ssional re�exivo, crítico, responsável com a
sociedade, com as normas legais e compreendendo melhor
seu papel social.
Antes de começar diretamente os debates sobre valores,
moral e ética, tema este muito discutido e pouco conhecido
verdadeiramente pelas pessoas,  empresas e, até mesmo, por
pro�ssionais em plena atuação de suas funções, quero
compartilhar um pensamento adquirido no decorrer do
tempo, do senso comum, do conhecimento cientí�co, entre
outros, ou seja, destaco que vivemos numa sociedade na qual
os valores morais são levados em consideração em vários
setores da sociedade, principalmente em uma época onde as
redes sociais são repletas de pessoas que acreditam ter
conhecimento de tudo, seja em relação à posição política,
religiosa, entre outros. Porém, a maioria não sabe ou não
compreende o verdadeiro signi�cado de valores, moral e
ética.
Diante disso, precisamos compreender Moral e Ética, pois
vale ressaltar que ambas se completam e, assim, podemos
debater como, por exemplo, os valores. No dicionário Aurélio
online (2014), a de�nição das palavras Ética e Moral são as
seguintes:
(ÉTICA, 2020): substantivo feminino:
Segmento da �loso�a que se dedica à análise
das razões que ocasionam, alteram ou
orientam a maneira de agir do ser humano,
geralmente tendo em conta seus valores
morais. [Por Extensão] Reunião das normas
de valor moral presentes numa pessoa,
sociedade ou grupo social: ética parlamentar;
ética médica.
(MORAL, 2020): Preceitos e regras que,
estabelecidos e admitidos por uma
sociedade, regulam o comportamento de
quem dela faz parte. Leis da honestidade e do
pudor; moralidade. [Filoso�a] Parte da
�loso�a que trata dos costumes, dos deveres
e do modo de proceder dos homens nas
relações com seus semelhantes.
Já etimologicamente, o termo “moral” vem de More (latim) e
signi�ca costume, enquanto “ética” é Ethos (Grego), também
signi�cando costume.
SAIBA MAIS
Você sabe dizer o signi�cado da palavra
costume? De onde vêm os costumes? Os
costumes de cada sociedade originam-se dos
valores instituídos por ela e orientam o agir das
pessoas, promovendo, assim, uma convivência
saudável entre os indivíduos, ou seja, os valores
são características morais que todos os seres
humanos possuem. Servem ao indivíduo para
orientar seus comportamentos e ações, na
satisfação de determinadas necessidades.
Após compreendermos os costumes, temos que dar um
passo à frente em nosso estudo e adentrarmos nas
características morais, complementando �loso�camente
nosso futuro conceito de ética e moral.
Observe a imagem abaixo:
Figura 1 - Características Morais
Valores: coragem, piedade, humildade, respeito,
solidariedade e honestidade.
Fonte: o autor.
Podemos a�rmar, portanto, que valores como os citados
acima norteiam o homem e seu agir em sociedade,
tornando-a uma sociedade onde a convivência é totalmente
possível e norteando até mesmo suas leis.
Um ponto de extrema importância para a compreensão dos
valores é entender que eles podem variar de acordo com a
sociedade, ou até mesmo entre grupos sociais diferentes. Por
exemplo, se perguntar a uma brasileira o que ela acharia da
ideia caso seu marido lhe �zesse a proposta de ter várias
mulheres, provavelmente, ela teria a atitude de se separar, ao
passo que em países muçulmanos é normal o homem ter
várias esposas. Da mesma forma, é normal, nos países
muçulmanos, o uso da burca e, para nós, o uso de biquínis, ou
seja, em uma sociedade, o cobrir o corpo ou não depende de
cada cultura adquirida através de sua moral formando os
valores de um grupo de indivíduos. Portanto, o que é moral
para mim pode ser imoral para outros.
Diante disso, podemos a�rmar que os valores morais são
baseados em vários fatores, como cultura, tradição, religião,
convivência diária, entre outros de um determinado grupo ou
de um povo. Vale ressaltar que a manutenção dos valores
morais de uma sociedade vem determinar comportamentos
e a orientação de como agir do grupo em questão,
garantindo, assim, a ordem e a existência de uma sociedade.
Caráter histórico,
social e pessoal
Num primeiro momento, podemos a�rmar que os valores
morais citados acima são herdados, pois, quando nascemos,
já existe uma cultura determinada na sociedade e, com isso,
aprendemos desde cedo as suas regras, seguindo-as e
absorvendo-as sem perceber e identi�cando como agir
moralmente ou imoralmente.
Nesse determinado ponto, devemos diferenciar a Ética da
moral, pois, segundo Comte-Sponville (1998. Pg 14), “A Moral
ordena; a Ética aconselha. A Moral responde à pergunta: “o
que devo fazer?”; a Ética, à pergunta: “como devo viver?”.
Assim, podemos a�rmar que a moral não é algo de�nido
cienti�camente, mas objeto desse algo cientí�co e a ética
estuda os atos humanos, atos estes que devem ser
“Conscientes, Livres e Voluntários”, pois, assim, podemos
con�rmar a a�rmação de Comte-Sponville acima.
No cotidiano ouvimos a a�rmação de que alguém foi imoral,
porém você já parou para pensar sobre o conceito de imoral?
Já ouviu falar em amoral? E no não moral? Qual a diferença
de imoral, amoral e não moral? Talvez você já deva estar
pensando que agora começamos com a “chatice” e
complicação. No entanto, estas dúvidas são de fácil
entendimento e compreensão, como nas de�nições abaixo:
Observe o quadro abaixo para auxiliar na compreensão do
tema:
Quadro 1 - Diferença entre ética e moral
Fonte: o autor.
Com o texto e a imagem acima, podemos compreender
melhor os atos morais e entender que eles são uma espécie
de ponto �nal. Assim, para facilitar esse processo de se agir
moralmente, também chamado de “atos morais”, e analisá-
los enquanto fenômenos, vamos dividi-los em duas
categorias: as espécies e a estruturae agir moralmente ou
atos morais.
Podemos acrescentar ainda que, dentro do caráter histórico
da moral, temos sua formação em vários períodos históricos,
seja no período feudal na Idade Média, da moral burguesa na
Idade Moderna, entre outros. Assim, a�rmo que a moral pode
ser considerada um fato histórico que, para o momento, é
instituído, mas pode ser modi�cada com o tempo sem
cometer anacronismos, considerando cada moral em cada
período. Segundo Adolfo Sanchez Velasquez (2017, p. 80), esse
historicismo moral no campo da re�exão ética tem três
direções fundamentais a ser respeitada.
a. DEUS COMO ORIGEM OU FONTE MORAL: No caso as
normas morais derivam de um poder sobre-humano [...].
Logo, as raízes morais não estariam no próprio homem,
mas fora e acima dele.
b. A NATUREZA COMO ORIGEM OU FONTE MORAL: A
conduta moral do homem não seria senão um aspecto
da conduta natural, biológica. [...] Teriam origem nos
instintos, e, por isso, poderiam ser encontradas não só
naquilo que o homem é como ser natural, biológico,
mas inclusive nos animais, pois Darwin chega a a�rmar
que os animais experimentam sentimentos humanos
como o amor, a felicidade, a lealdade entre outros.
c. O HOMEM COMO ORIGEM OU FONTE MORAL: O
homem é dotado de uma essência eterna e imutável
inerente a todos os indivíduos [...]. A moral constituiria
um aspecto dessa maneira de ser, que permanece e
dura através das mudanças históricas e sociais.
Essas três concepções históricas têm origem fora do homem
como um ser histórico, pois, na primeira, presenciamos um
ser superior, onipotente, onipresente e onisciente, que não
precisa do homem, já o segundo, no mundo natural, seguido
do terceiro, baseia-se no homem abstrato, fora da sociedade
e da história. Assim, todas a�rmam que a moral independe
do homem, mesmo que constituída desde sua origem, pois
as sociedades instituem sua moral independentemente do
indivíduo e do tempo.  Você talvez compreendeu com
facilidade, pois na história temos o surgimento da
propriedade privada que elimina a moral comunal existente
anteriormente. Você pode compreender que, na atualidade,
as morais que seus avós possuíam já mudaram com o tempo
e você sente todos os dias no seu cotidiano. Assim é na
história, com a moral aplicada na divisão do trabalho, na
sociedade escravista, entre outras. Para exempli�car,
podemos a�rmar que era normal descartar o negro como um
ser humano simplesmente pela sua cor, pois acreditavam ser
superiores pela cor da pele, o Darwinismo social aplicado e
aceito em um determinado período histórico.
REFLITA
Será que você aceitaria a moral inserida na
sociedade medieval, onde reinava o
Teocentrismo, no qual Deus era o centro do
universo e o homem era desprezado até o
aparecimento do antropocentrismo e da
ascensão da sociedade burguesa?
Historicamente, a moral vai sendo construída com a evolução
da sociedade, pois tínhamos a divisão do trabalho e o
desprezo humano na revolução industrial com exploração
desacerbada do trabalho infantil, feminino, chegando ao
ponto de incendiar uma fábrica com as mulheres dentro,
dando origem ao dia das mulheres e à valorização feminina.
Também temos o movimento feminino, que busca a
igualdade moral até hoje. Para exempli�car, podemos citar as
tribos dos pigmeus, onde o sexo e o casamento são liberados
aos 10 anos de idade, ou em tribos africanas, onde as
mulheres têm seu órgão genital mutilado, pois o prazer é
exclusivo ao sexo masculino.
Vale ressaltar que esse processo histórico da moral vem
sendo construído e constituído dependendo dos atos morais
implantados em diferentes sociedades. Por isso, iremos falar
agora das espécies de atos morais.
Espécies de Atos Morais
Para se entender melhor os atos morais, vamos apresentar a
você a divisão destes nas três vertentes citadas acima, ou seja,
os chamados atos morais, imorais e amorais.
Iremos começar pelos chamados atos morais, que consistem
em quando a�rmamos que são os atos nos quais o indivíduo
possui conhecimento e entendimento, ou seja, ele tem
“ciência” das regras da sociedade e das normas para
convivência coletiva, escolhendo livremente segui-las,
reconhecendo e compreendendo a importância das regras
sociais impostas.
Já os chamados de atos imorais são parecidos com os atos
morais. No entanto, o indivíduo faz a opção de não aceitá-las
ou obedecê-las, ou seja, os atos imorais são aqueles em que o
indivíduo sabe que existem regras de convivência coletiva e
toma a decisão individual de não segui-las, pois ele não aceita
que essas regras impostas têm validade ou importância
social.
O mais simples dos três são os atos amorais, pois o indivíduo
não possui ciência alguma da existência de normas e regras
vigentes da sociedade. Por exemplo, um determinado
indivíduo chega a um novo país e tem comportamentos
proibidos para aquele determinado território sem ter
compreensão disso.
Estrutura do Ato Moral
Para iniciarmos e implantarmos o mundo moral, precisamos
ter uma consciência crítica, também chamada de
consciência moral, que avalia todas as normas e regras
vigentes na sociedade, orientando assim o agir humano. Vale
ressaltar que a escolha é a consciência humana chamada
para que ocorra o discernimento entre o valor moral e atos
morais.
Podemos analisar e entender que a �loso�a em si estuda
toda a ética e moral humana, indicando se você é um sujeito
moral, imoral ou amoral de uma determinada sociedade.
Assim, podemos a�rmar que, para complementar essa teoria
�losó�ca, temos o chamado ato moral, que apresenta dois
aspectos: o chamado de normativo e o fatual, ou seja, o
normativo consiste em todas as regras que devem ser
seguidas, já o fatual apresenta a decisão humana de segui-las
ou não. Destacando ainda que o normativo são as normas ou
regras de ação, o que explica o “dever ser”, Já o fatual são os
atos humanos enquanto se realizam efetivamente.
Segundo Adolfo Sanchez Velásquez (2017, p. 80), o ato moral é
ligado a um sujeito real que pertence a uma determinada
comunidade humana historicamente determinada com
normas ou regras, como a citação abaixo:
O ato moral como ato de um sujeito real que
pertence a uma comunidade humana,
historicamente determinada, não pode ser
quali�cado senão em relação com o código
moral que nela vigora. Mas seja, qual for o
contexto normativo e histórico-social no qual
o situamos, o ato moral se apresenta como
uma totalidade de elementos – motivo,
intenção ou �m, decisão pessoal, emprego de
meios adequados, resultados e
consequências – numa unidade indissolúvel.
Assim, podemos dizer que o ato será moral quando estiver de
acordo com as regras estabelecidas pela sociedade vigente.
MORAL
A Moral é o ato que está de acordo
com uma norma ética ou indicação
de conduta social.
IMORAL
Já o Imoral é o ato que fere uma
norma ética ou uma conduta
estabelecida pela moral social ou
individual. É o ato pelo qual se dão
os anti valores: da injustiça, do mal,
etc. (vai contra a introjeção da
norma).
AMORAL
Amoral é o ato que não pode ser
avaliado do ponto da ética ou da
moral, pois nele não se dão as
condições transcendentais para a
moralidade (não há introjeção).
NÃO-MORAL
Não-moral é o ato em que não
estão envolvidos diretamente os
valores morais, como, por exemplo,
assistir a um jogo de futebol ou ir à
praia.
@freepik
Desejo e vontade
Após compreender que a Moral é um conjunto de regras que
norteiam e orientam as pessoas, devemos acrescentar que
isso só funciona se ocorrer a aceitação dessas normas,
mesmo elas sendo exteriores ao indivíduo. Vale ressaltar que
o ser humano evolui com o tempo, cresce em “graça” e
estatura, pois a palavra graça, aqui, quer dizer a maturidade.
Quando o homem abandona a infantilidade e passa a ter
uma maior consciência de seus atos, passa a tomar decisões
que fazem parte de seu ser, como os desejos e vontades.
Você já parou para pensar na diferença entre desejos e
vontades? Como saber agir contra os desejos?
Você precisa saber distinguir a diferença entre desejo e
vontade, pois a�rmo que será impossível dominar nosso
corpo de emoções implícitasou explícitas e ter um ótimo
controle sobre nossa vida. Vale ressaltar que a de�nição de
desejo consiste nas necessidades do corpo, o chamado
“tesão” sem controle, um instinto humano. Já a vontade
consiste em quando você decide algo, uma ação pela qual
você deixou a mente vencer corpo, as situações que a mente
domina, como, por exemplo, a vontade de comer chocolate,
ou seja, ela é mais calma e tranquila, enquanto o desejo
envolve compulsão. Importante salientar ainda que o desejo
pode estar atrelado a sonhos e fantasias, enquanto a vontade
está ligada à ânsia. Desejo são relacionados também a
sentimentos e emoções, enquanto a vontade está ligada à
lógica e à razão.
SAIBA MAIS
“Vontade distingue-se de desejo. O desejo não
depende de escolha, surge involuntariamente em
nós. Já a vontade supõe a disposição consciente
para agir e depende do poder de re�exão para
satisfazer ou não o desejo. Seguir o impulso do
desejo sempre que ele se manifesta é negar e
moral e a possibilidade de qualquer vida em
comum”.
Fonte: Aranha (2003).
Para agir contra os desejos, precisamos nos lembrar de tudo
que foi estudado sobre a moral e praticá-la rotineiramente.
Será que conseguimos entender a relação entre desejos e
vontades e suas diferenças? Para exempli�car melhor a
diferença observe o quadro abaixo:
Quadro 2 - Diferenças entre Desejo e Vontade
DESEJO VONTADE
* Provêm de
estímulos dos
sentidos
* Provêm do pensamento e da
razão.
* Precisa se
consumir. * Precisa se realizar.
* Satisfaz
caprichos e
fantasias.
* Satisfaz necessidades na luta pela
vida.
* Prevalecem as
forças do instinto.
* Prevalecem as forças da razão e
da lógica.
* É tênue e
indireto. * É �rme e direta.
* De regra,
depende do
consentimento.
* Só depende da própria criatura e
do seu de outras criaturas.
“Querer”.
* Utiliza artifícios e
artimanhas. * Vai direta ao alvo.
* Leva aos vícios da
conduta.
* Não contamina nem leva aos
vícios.
* É impulsivo e de
difícil controle.
* É racional, controlada pelo
pensamento.
* Não forti�ca o
caráter. * Realça e fortalece o caráter.
* Coloca pouca
força na
consumação.
* Exige força e luta para vencer.
* É aleatório,
inconstante,
variável.
* Ajusta-se às circunstâncias e
objetivos.
* É quase sempre
imediatista. * É persistente e exige paciência.
Fonte: Samel (2010).
Responsabilidades, Dever e
Liberdade
Após estudarmos toda consciência moral, imoral e amoral
acima, podemos considerar aparentemente confusa a ideia
de relacioná-las com liberdade, não é? Como ser livre e ser
moral ao mesmo tempo? Parece confuso. Entretanto,
podemos construir a compreensão juntos, pois o con�ito ou
da retórica utilizada acima ou a consciência humana é uma
das principais razões que nos separa dos animais, nos
permitindo a racionalidade e o desenvolvimento do saber,
além da separação do verdadeiro ou falso. Essa “graça” é
transformada em consciência moral, que nos permite a
observação de nossa própria conduta e, assim, formular juízos
sobre nossos atos, tanto no passado quanto no presente e no
futuro. Logo, ao analisarmos e julgarmos nossas ações,
podemos fazer escolhas que nortearão a vida. Essa
possibilidade de escolher sua vida, podemos chamar de
liberdade.
A liberdade vem atrelada às nossas escolhas, que
nem sempre são as ideais, pois, através da
coerção, podemos determinar ações que às vezes
não são livres, como, por exemplo, quando
bandidos sequestram um membro da família e
exigem que tomemos atitudes não éticas,
tirando-nos a liberdade e fazendo com que, nesse
período de sequestro, nos esqueçamos da
consciência moral.
Claro que, quando somos livres para decidir e fazer nossas
escolhas, nos tornamos responsáveis por nossas ações, ou
seja, assumimos as ações dos atos conscientemente,
respondendo pelas consequências praticadas. Vale ressaltar
que o comportamento moral é livre e responsável, além de
obrigatório dentro da sociedade vigente, criando em você,
em mim e em nós o que chamamos de dever.
Desse modo, quando somos responsáveis e cumprimos
nosso dever, somos livres, cumprindo nosso dever moral. É
importante destacar que, assim, o dever moral não vem de
uma causa externa, mas, sim, através da norma livremente
assumida. Ainda podemos a�rmar que essa responsabilidade
não deve ser interpretada como defesa de um relativismo,
onde todas as formas de conduta podem ser aceitas
livremente.
Os direitos do homem, tais como em geral
têm sido enunciados a partir do século XVIII,
estipulam condições mínimas do exercício da
moralidade. Por certo cada um não deixará de
aferrar-se à sua moral; deve, entretanto,
aprender a conviver com outras, reconhecer a
unilateralidade de seu ponto de vista. E com
isso está obedecendo à sua própria moral de
uma maneira especialíssima, tomando os
imperativos categóricos dela como um
momento particular do exercício humano de
julgar moralmente. Desse modo, a moral do
bandido e a do ladrão tornam-se
repreensíveis d ponto de vista da moralidade
pública, pois violam o princípio da tolerância e
atingem direitos humanos fundamentais
(GIANOTTI, 1992, p. 245).
A responsabilidade vai criar um dever comportamental
moral, pois o compromisso humano é a obediência da
decisão tomada por cada ser humano.
REFLITA
Na sua obra a República, Platão relata a lenda
sobre um anel que tornaria invisível quem
conseguisse virar o engaste para dentro. Foi o
que teria acontecido ao pastor Giges, que vivia a
serviço do rei da Lídia. Após ter se salvado de um
terremoto, ele retirou de um cadáver o referido
anel. Ao perceber que podia �car invisível sempre
que quisesse, entrou no castelo, seduziu a rainha,
tramou com ela a morte do rei e obteve o poder.
Esse mito nos faz pensar sobre os motivos que
estimulam ou coíbem uma ação. Se pudesse �car
invisível em uma loja, você roubaria um celular,
por exemplo? Ou o que seria determinante para
que, mesmo invisível, você roubasse?
Fonte: Aranha (2003).
Considerações Finais
Caro acadêmico (a), chegamos ao �nal dessa unidade e, no
decorrer dela, contemplamos diversas temáticas sobre a
relação entre ética e moral e suas vertentes. Você consegue
se lembrar? Espero que nesse momento do processo de
ensino/aprendizagem você esteja encantado ou fascinado,
sabendo diferenciar ética de moral, valores e moral, desejo de
vontade, além de identi�car a responsabilidade, dever e
liberdade.  
Você aprendeu que, em nosso cotidiano, valorizamos as
pessoas sem entender a ideia de valores. Agora, sabendo o
que são valores, você poderá identi�car melhor essa
diferença, a�rmando que uma pessoa corajosa, respeitosa e
humilde é uma pessoa virtuosa.
Demonstramos o caráter histórico, social e pessoal da moral
e, com isso, aprendemos desde cedo que as regras da
sociedade são impostas. Com isso, passamos a agir
moralmente ou imoralmente, conhecendo até mesmo o ser
amoral.
Acredito que ler trechos sobre a espécie da moral e a
estrutura da moral tenha acarretado em você um
entendimento da formação moral do indivíduo, fazendo com
que você se reconheça nesse processo.
Além disso, conhecemos as diferenças de desejos e vontades
com exemplos de comparações para que o indivíduo se torne
um ser moral em todos os aspectos, entendendo que a
liberdade tem em sua composição a responsabilidade e o
dever.
Por �m, quero agradecer a você por esse tempo de estudos
que passamos juntos, com a certeza de que o conhecimento
adquirido acerca dos valores e da moral vão promover em
você uma corrente de expansão desse conhecimento, pois,
durante o processo, foi descortinada toda beleza e riqueza
desse processo de formação humana.
En�m, sucesso e nos vemos no próximo capítulo.
Obrigado!
01
Espécies de atos morais: divididas em
três categorias que estudamos acima,
os chamados de atos morais
(positivos), atos imorais (negativos) e
atos amorais (não sabe qual a moral da
sociedade vigente).
Plano de Estudo
1. Os Valores e a Moral
2. O Caráter Histórico, Social e Pessoal
3. A Espécie do Ato Moral
4. A Estrutura do Ato Moral
5. Desejo e Vontade
6. Responsabilidade, Dever e Liberdade
Objetivos de Aprendizagem1. Conhecer os Conceitos e De�nições de Moral e
Ética;
2. Entender a Valorização: Valores e diferenças
culturais;
3. Contextualizar todo o processo histórico, social e
pessoal de Ética e Moral;
4. Estabelecer os pontos do ato moral e suas
divisões;
5. Compreender a diferença de desejo e vontade
humana, além da responsabilidade, dever e
liberdade.
< >
Os valores e a moral
AUTORIA
Cleber Henrique Sanitá Kojo
Guilherme França Fusco
Cleber Henrique Sanitá Kojo
Especialista em História e Geogra�a pela
Cleber Henrique Sanitá Kojo
Especialista em Gestão Escolar, Supervisão e Orientação pela
ESAP - Faculdades Integradas do Vale do Ivaí.
Guilherme França Fusco
Especialista Personal Trainer pela UNESPAR - FAFIPA
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