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3
A PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA CONSTRUÇÃO DA ESCOLA DEMOCRÁTICA
Maria Viviane Gomes Silva Santos
 Maria Elizabeth Rafain Amancio
	
RESUMO
O presente trabalho buscou pesquisar e entender a dinâmica que envolve a escola e a comunidade na construção da escola democrática. Através da pesquisa bibliográfica foi possível entender a importância da gestão democrática para desenvolvimento de valores e aprendizados socioculturais, adquiridos por meio das relações interpessoais dos sujeitos que compõem os conselhos escolares; sendo eles: gestão, professores, alunos, pais e comunidade. Como objetivo o estudo buscou analisar e refletir a cerca desses relacionamentos e sua importância no âmbito educacional, percebendo sua relevância para formação integral do aluno, com uma abordagem crítica-reflexiva a respeito da cidadania. 
Palavras-chave: Gestão Democrática; Cidadania; Conselhos Escolares.
ABSTRACT
The present work sought to research and understand the dynamics that involve the school and the community in the construction of a democratic school. Through bibliographical research, it was possible to understand the importance of democratic management for the development of sociocultural values and learning, acquired through the interpersonal relationships of the subjects who make up the school councils; namely: management, teachers, students, parents and community. As objective, the study sought to analyze and reflect about these relationships and their importance in the educational field, realizing their relevance for the integral formation of the student, with a critical-reflective approach regarding citizenship.
Keywords: Democratic Management; Citizenship; School Councils.
1. INTRODUÇÃO
 A sociedade atual vive em uma cúpula arbitrária de individualismo que abarca todas as esferas da vida humana. Ao falar em educação, é fundamental enxergarmos esses conceitos que contradizem o princípio da cidadania, o qual a escola é principal agente para formação plena do indivíduo. Seguindo esta linha de pensamento a LDB 9.394/ 96 em seus artigos 14 e 15 trata do contraponto a esta postura autocrata na administração das escolas: a Gestão Democrática.
 Art. 14 - Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:
I. participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola;
II. participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes. Art. 15 - Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de educação básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financeira, observadas as normas de direito financeiro público.
A democratização das escolas contempla dois aspectos distintos:
O interno – trata dos processos administrativos, e a participação da comunidade escolar no PPP (Projeto político pedagógico); o externo – traz a função social da escola, participação da escola na comunidade e vice-versa; trabalhando para construir o que chama Freire (2004) de um ambiente (a escola) de relações saudáveis.
 A partir dessa explanação a pesquisa buscou responder aos engajamentos entre a escola e a comunidade/sociedade, tentando compreender a importância da relação entre ambas, como meio de promoção de uma escola democrática que tenha como finalidade empreender a participação de todos. O objetivo é perceber e analisar as relações interpessoais que sondam os ambientes educacionais e trazer a reflexão da importância desses relacionamentos.
 Para desenvolvimento deste trabalho o método utilizado foi o hipotético-dedutivo, e para compreensão maior do tema foi necessário estudar publicações de estudiosos e pesquisadores que tratam do assunto com a ênfase devida, tornando a pesquisa qualitativa de cunho bibliográfico; essas referências bibliográficas possibilitou maior entendimento do tema, e trouxe apoio as ideias pré-existentes.
2. DEMOCRACIA NA ESCOLA 
	A escola tem autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financeira assegurada na LDB 9394/96. Isso significa liberdade para se trabalhar e desenvolver competências e habilidades para o bem melhor e comum da comunidade escolar, segundo Souza em um artigo publicado no Portal Educação a melhoria da escola depende da busca de sintonia com ela mesma e com outros, uma escola de qualidade em sua identidade integra equipe interna, pais, alunos e comunidade. Ainda para o autor: É importante observar e refletir sobre a importância do papel do diretor como responsável pela articulação da comunidade em processos decisórios, o que configura a descentralização e a divisão de poder, caracterizando, desta forma, uma escola democrática a partir do envolvimento dos sujeitos na sua gestão. (Keller et al).
É fundamental lutar para manter as conquistas democráticas constitucionais. É preciso ir além e se comprometer com uma construção democrática cotidiana em diferentes setores da sociedade e do Estado. As práticas do cotidiano escolar constituem um horizonte para o surgimento, crescimento e consolidação de um projeto democrático alternativo. (Souza)
 
 Antes de falarmos em relações entre comunidade e comunidade escolar é 
importante entendermos o que disse Souza, citado logo à cima; a democracia precisa fazer parte do cotidiano, a escola é um dos principais veículo e meio para sua consolidação. É papel da escola formar cidadãos de forma integral e para isso precisa educar pela e para democracia. Segundo Maya (2005 pág. 73): “Educar para a democracia é uma necessidade premente, porque as democracias atuais sofrem uma crise que só poderá ser superada quando da democracia como procedimento se passe para democracia como forma de vida, como perfil da cidadania. Nisso é de vital importância a tarefa da escola”. 
Uma das formas da escola cumprir sua tarefa de propagar a democracia são os 
chamados conselhos escolares, que traz a participação de vários indivíduos para a tomada de decisões, convívio e participação.
É importante observar e refletir sobre a importância do papel do diretor como responsável pela articulação da comunidade em processos decisórios, o que configura a descentralização e a divisão de poder, caracterizando, desta forma, uma escola democrática a partir do envolvimento dos sujeitos na sua gestão. (Keller et al).
Estes sujeitos são além da equipe gestora e professores; pais e alunos, comunidade;
que se têm uma participação ativa, dentro da escola. Esta participação se dar por meio dos conselhos escolares e formam uma relação de mutualismo e cooperação na construção de práticas sociais e educativa. Vejamos:
Uma comunidade participativa implica compreender que os alunos e seus pais produzem vidas em seu bairro, e, sua cidade, em seu país, e este, em relação ao mundo. Por sua vez os procedimentos educativos se constituem em práticas sociais mediadoras e vinculadas a sociedade, não se constituindo em práticas sociais neutras, pois podem subsistir como meios para a crítica às relações sociais vigentes. (Campos, 2021).
Para construir uma participação democrática na gestão e na proposta pedagógica da escola é preciso estabelecer relações de convívio que perpassam o cotidiano e não enxergam a democracia como mera formalidade ou ato simplório, a democracia nos atribui deveres, no entanto estes são ofuscados pelos direitos exercidos. Neste contexto os conselhos escolares são de grande importância para constituir práticas críticas e reflexiva no âmbito educacional. 
Segundo Paro (2002, p. 17), a participação da comunidade na escola, é um caminho que se faz ao caminhar. Não se pode falar em comunidade participativa sem participação, ou restringindo-a apenas a eleições escolares. A escola com a inserção da comunidade se torna um lugar de interação social, e de modelo de cidadania. Para Freire (2004) a escola precisa convocar o maior número possível de participação ao entorno e dentro desta,para que haja engajamento em ações, que desenvolverão um espírito democrático e execução dos direitos do cidadão.
A relação entre comunidade participativa e escola traz grandes benefícios aos educadores e aos alunos, ambos podendo integrar os conselhos escolares; têm oportunidades de ampliar seus horizontes e ter uma visão mais ampla quanto a valores culturais, históricos e afetivos; através da vivência entre as partes. Para Ferreira (2000) a aprendizagem e as vivências são indissociáveis. Para democracia se concretizar no cotidiano escolar é preciso desconstruir os caminhos de poder centralizado, priorizar a educação para aprendizagem e formação integral dos alunos que se dar por meio destas relações.
Silva (2014. P,17) declara: “E além da participação, a autonomia, a transparência, a publicidade e a pluralidade se tornam características essenciais à formação de uma cultura democrática escolar.” A educação precisa avançar na prática sobre estes valores, ir além de planos e projetos escritos numa ata, a comunidade não tem que ser inserida, ela precisa fazer parte num movimento natural no contexto da democracia escolar. Enquanto isto não for uma realidade, não estaremos formando integralmente os cidadãos que farão o futuro diferente do que foi no passado.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
 Este trabalho foi realizado por meio de uma pesquisa qualitativa de caráter bibliográfico, 
Com leituras para investigar o processo de democratização das escolas e por conseguinte do ensino. Com a pesquisa procurou-se observar as propostas que a educação tem apresentado, de que forma pode-se incluir uma participação ativa da comunidade escolar na construção do PPP. Através de alguns livros foi possível reconhecer os sujeitos envolvidos na gestão da escola e seu papel na aproximação dos indivíduos. 
 Portanto utilizando estes métodos de investigação por meio de instrumentos e recursos aplicados, no decorrer de alguns dias foi feito o estudo, registro e análise de artigos, livros, jornais e blogs da internet, fontes sobre o assunto. Após a leitura de diversos trabalhos, uma identificação foi feita para localizar as ideias que se relacionava com o tema ou problema do assunto abordado na pesquisa. Foi feito um compilamento e fichamento das informações e ideias mais importantes dos escritos revisados, junto com as referências de cada autor. 
 A coleta de dados se deu através de livros, e ao acesso à internet que possibilitou acessar diversas fontes de consultas, bem como tirar dúvidas, e pesquisar mais a fundo pensamentos e teorias educacionais, a organização das ideias e análise foram feitas através do método hipotético-dedutivo. O estudo foi realizado durante o mês de agosto, ocorreu por meio virtual, e para a coleta, análise e escrita das informações foi utilizada o word; o Google acadêmico para pesquisa de dados. Outra fonte de material de estudo e instrumento de reflexão utilizado durante a pesquisa foi a figura abaixo: 
	 
FIGURA 1: GESTÃO DEMOCRÁTICA
Fonte: http://gestaodemonasescolas.blogspot.com/ Acesso em: 09/09/2021
A figura 1 retrata o fundamento da gestão democrática, constituída por conselhos escolares; formados por professores, alunos, pais e funcionários. Chama atenção também para diversidade existente e para a necessidade de inclusão, a imagem denota ainda a importância de cada indivíduo ter vez e voz, com o intuito não de se impor, mas de propor, debater e apresentar seus conceitos e ideias. Os conselhos escolares possuem representantes de cada grupo de pessoas que está ligado direta ou indiretamente à escola, havendo um amplo espaço para a comunidade.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 	
A sociedade vem de um passado histórico autoritário e escravocrata, onde o poder era centralizado a poucos grupos de indivíduos. Infelizmente essa conduta, modo de pensar e filosofia ainda continuam vivos e integram o ambiente educacional da escola. Contudo existem leis que garantem a igualdade a todos os povos em todas as esferas da vida humana, na educação a LDB 9.394/96 trata desses direitos no âmbito educacional ao citar a democracia e os conselhos escolares.
A escola com uma gestão democrática possui estreita relação com a comunidade interna e externa. Enquanto professores, pais, alunos, gestão e comunidade se envolvem na proposta da escola, desenvolvem respeito mútuo as diferenças e encontram com mais facilidade a solução de problemas ou ainda, identificam situações que anteriormente não eram percebidas, pois cada sujeito é único dotado de bagagens únicas, que adquirem em seus ambientes de convívio. Neste contexto os conselhos escolares se destacam como instrumento de participação e ferramenta para o uso do gesto da instituição, o qual deve se empenhar para que haja uma política igualitária de inclusão.
5. CONCLUSÃO
Só se pode falar em igualdade de direitos, quando houver igualdade de participação nos espaços de tomadas de decisões. A escola deve servir de exemplo de um regime político democrático, educar pela e para democracia, isto ocorre exclusivamente com o acesso e participação da comunidade no meio escolar. A gestão democrática é isso; a soma das diferenças num ambiente de igualdades, onde são discutidos desde o PPP quanto outras questões de cunho público e burocrático.
A comunidade como participante do cotidiano educacional exerce grande influência na aprendizagem e formação dos alunos e do corpo docente. A democratização da escola não é apenas uma concepção que a sociedade opta, mas uma primazia para qualidade de uma educação eficaz. Um dos meios verificados que cumpre este papel são os conselhos escolares como processo deliberativo de participação.
Além dos conselhos escolares há também outras ferramentas que podem estreitar a relação da comunidade com a gestão da escola, são eles: Grêmio estudantil, Conselho de classe, e Conselho de pais e mestres. Evidentemente o gestor precisa observar sua realidade para implantar o que mais convém para alcançar a efetiva democracia da escola, descentralizando o poder e as atividades que englobam o cargo. Pois apesar das leis existentes a organização tradicional da escola é um desafio que precisa ser vencido, para implantação do diálogo igualitário, e do fazer coletivo; processos esses que estão em permanente mudanças.
Mudar, no entanto, em muitas das vezes causa medo, inseguranças, confusão e desordem. Imagine um processo que vive em mudança permanente, o que causa na gestão? Esta é a diligência do fazer coletivo e do diálogo igualitário. O homem muda e transforma o meio em que vive conforme as suas próprias alterações pessoais, o que implica que os processos educacionais precisam adequar seu currículo com o que ocorre na comunidade, dando sentido a proposta pedagógica que é fundamentada no desenvolvimento e aprendizagem dos alunos.
REFERÊNCIAS
BRASIL, Lei 9394/1996 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. 20 de dezembro de 1996.
CAMPOS, Maurílio Tadeu de. Escola e comunidade: uma relação democrática. (Livro eletrônico). 1° ed. Santos – SP: Comunicar, 2021. PDF.
FERREIRA, Carlos Alberto de Mattos. Psicomotricidade: da educação infantil á gerontologia. São Paulo: Lovise, 2000.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários a prática educativa. São Paulo: Paz e Terra.2004.
KELLER, Priscila Sangineti et al. A participação da comunidade escolar na construção da democracia. XII Salão de Iniciação Científica PUCRS – Universidade Federal de Santa Maria – Rio Grande do Sul. Disponível em: https://editora.pucrs.br/ Acesso em: 12/08/2021
MAYA, Beatriz munõz. Educar Para a Educação Alternativa de Conflitos como via de Aprofundamento da Democracia. P 75 – 83. IN: VINYMATA, Eduardo (org.). aprender a partir do Conflito: Conflitologia e Educação. Tradução: Ernani Rosa. Porto Alegre: Artes Médicas, 2005.
PARO, Vitor Henrique. Gestão Democrática da escola pública. 3 ed. São Paulo: Ática, 2002. 
SILVA, Michele Pereira. A PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR NA GESTÃO DEMOCRÁTICA: Os mecanismos de participação. 2014. 64 f. Monografia (especializaçãoem gestão escolar). Universidade de Brasília, Brasília 2014.
SOUZA, Valdivino A. De. A Gestão Educacional e a LDB. Portal Educação. (s.d.) Disponível em: https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/pedagogia/a-gestao-educacional-e-a-ldb/2366# Acesso em: 12/08/2021.
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