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Fígado

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SOI IV CÓDIGO INDICAÇÃO PASSEI DIRETO: iana524 IANA BARBOSA MARTINS 
Sistemas Orgânicos Integrados IV, MED 31 - Uninovafapi. CÓDIGO INDICAÇÃO PASSEI DIRETO: iana524
 
1 
Introdução 
❖ Maior glândula do corpo humano. 
❖ Segundo maior órgão do corpo humano, perdendo 
para a pele. 
❖ Glândula parenquimatosa/sólida. 
❖ Divididas em lobos e segmentada por ligamentos 
que fazem sua sustentação no abdômen. 
❖ Pesa aproximadamente 1,4kg em um adulto médio. 
❖ Movimenta órgãos: pulmão direito mais alto que 
esquerdo, rim direito mais baixo que esquerdo. 
❖ Empurra as vísceras no lado direito. 
❖ Transição do cólon ascendente p/ transverso se dá 
na margem inferior direita do fígado. 
❖ Palpável no rebordo costal, fígado esquerdo mais 
difícil de palpar. 
❖ Hepatomegalia: palpação e percussão bem 
evidentes no rebordo costal. 
❖ Ocupa maior parte do hipocôndrio direito e parte 
das regiões epigástricas da cavidade 
abdominopélvica. 
❖ Quase totalmente recoberto pelo peritônio visceral, 
exceto a chamada parte nua, localizada na face 
posterior direita ao lado da veia porta. 
❖ Completamente coberto por camada de tecido 
conjuntivo denso irregular que se encontra 
profundamente ao peritônio. 
 
Anatomia do Fígado 
 
Correlações anatômicas e faces do fígado 
❖ Face superior ou diafragmática 
❖ Face inferior ou visceral 
❖ Suas correlações anatômicas se dão com o 
diafragma, estômago, duodeno, vesícula biliar e 
intestino (porção ascendente). 
• Inferiormente ao diafragma 
• Ocupa 
 
 
Impressões do fígado 
❖ Na parte inferior/visceral direita: 
• Fossa da vesícula dividindo o lobo direito do lobo 
quadrado do fígado 
• Impressão cólica (intestino grosso faz curva) 
• Impressão renal e suprarrenal 
❖ Parte inferior esquerda: 
• Impressão gástrica e esofágica 
❖ Na parte superior direita e lateral direta: 
• Impressão diafragmática 
❖ Na parte superior esquerda: 
• Impressão cardíaca 
❖ Face 
 
Divisões e ligamentos 
❖ Duas divisões anatômicas principais: 
Na parte superior. 
• Lobo hepático direito e lobo hepático esquerdo. 
• Dividas pelo ligamento falciforme: 
Se estende da face inferior do diafragma entre os 
dois lobos até a face superior do fígado ajudando a 
suspendê-lo na cavidade abdominal, ligando-o ao 
diafragma. 
• Ligamento redondo: 
Na margem livre do ligamento falciforme. 
 SOI IV CÓDIGO INDICAÇÃO PASSEI DIRETO: iana524 IANA BARBOSA MARTINS 
Sistemas Orgânicos Integrados IV, MED 31 - Uninovafapi. CÓDIGO INDICAÇÃO PASSEI DIRETO: iana524
 
2 
remanescente da veia umbilical do feto 
Este cordão fibroso se estende do fígado ao 
umbigo. 
Liga o fígado ao umbigo pela linha alba. 
• Ligamentos coronários: 
Direito e esquerdo são extensões estreitas do 
peritônio parietal que suspendem o fígado do 
diafragma 
• 
❖ Outras divisões anatômicas: 
Na parte inferior. 
• Lobo quadrado, lobo caudado posterior. 
• Divididas 
Vascularização 
❖ O fígado recebe sangue proveniente de duas fontes. 
❖ Pela artéria hepática obtém sangue oxigenado, e 
pela veia porta do fígado recebe sangue venoso 
contendo nutrientes recém absorvidos, fármacos e, 
possivelmente, microrganismos e toxinas do canal 
alimentar. 
❖ Ramos tanto da artéria hepática quanto da veia 
porta do fígado levam o sangue para os vasos 
sinusoides hepáticos, onde o oxigênio, a maior parte 
dos nutrientes e determinadas substâncias tóxicas 
são absorvidas pelos hepatócitos. Os produtos dos 
hepatócitos e os nutrientes necessários por outras 
células são secretados de volta para o sangue, que 
então drena para a veia central e, por fim, para uma 
veia hepática. Como o sangue do canal alimentar 
passa pelo fígado como parte da circulação porta 
hepática, o fígado é frequentemente o local para 
metástases de câncer que se originam no canal 
alimentar. 
 
 
 
 
 
Histologia 
Vários componentes. 
Histologicamente, o fígado é composto por hepatócitos, 
canalículos de bile e sinusoides hepáticos. 
 
Hepatócitos: 
❖ Principais células funcionais do fígado. 
❖ Função metabólica, secretora e endócrina. 
❖ Células epiteliais especializadas com 5 a 12 lados que 
compõe + - 80% do volume do fígado. 
❖ Sulcos nas membranas celulares entre hepatócitos 
vizinhos fornecem espaços para os canalículos onde 
os hepatócitos secretam bile. 
❖ Bile, um líquido amarelo, marrom ou verdeoliva 
secretado pelos hepatócitos, atua tanto como um 
produto de excreção quanto como uma secreção 
digestória. 
❖ Lâminas hepáticas: 
• Arranjos tridimensionais complexos formados pelos 
hepatócitos. 
• Placas de hepatócitos de uma célula de espessura 
limitada em ambos os lados por espaços vasculares 
revestidos por células endoteliais chamados 
sinusoides hepáticos. 
• Estruturas irregulares altamente ramificadas. 
 
 SOI IV CÓDIGO INDICAÇÃO PASSEI DIRETO: iana524 IANA BARBOSA MARTINS 
Sistemas Orgânicos Integrados IV, MED 31 - Uninovafapi. CÓDIGO INDICAÇÃO PASSEI DIRETO: iana524
 
3 
 
 
 
Canalículos da bile: 
❖ Pequenos ductos entre os hepatócitos. 
❖ Coletam bile produzida pelos hepatócitos. 
❖ Dos canalículos a bile para os ductos biliares e em 
seguida para os ductos biliares. 
❖ Ductos hepáticos esquerdo e direito: união dos 
ductos biliares. 
Maiores que o hepático comum. 
❖ Ducto hepático comum: união dos ductos hepáticos 
esquerdo e direito. 
❖ Ducto cístico: 
Da vesícula biliar. 
Se une ao ducto hepático forma o ducto colédoco. 
❖ Ducto colédoco: transporta a bile para o duodeno e 
intestino delgado para participar da digestão. 
 
Sinusoides hepáticos: 
❖ Capilares sanguíneos altamente permeáveis entre 
fileiras de hepatócitos que recebem sangue 
oxigenado de ramos da artéria hepática e sangue 
venoso rico em nutrientes de ramos da veia porta do 
fígado. 
❖ Presença de fagócitos fixos chamados células 
estreladas do fígado, que destroem eritrócitos e 
leucócitos envelhecidos, bactérias e outros materiais 
estranhos do sangue venoso que drena do canal 
alimentar. 
❖ Veia porta do fígado traz o sangue venoso dos 
órgãos gastrintestinais e baço para o fígado. 
❖ Sinusoides hepáticos convergem e entregam o 
sangue a uma veia central. 
❖ Veias centrais: a partir delas, o sangue flui para as 
veias hepáticas, que drenam para a veia cava 
inferior. 
❖ Em contraste com o sangue, que flui em direção à 
veia central, a bile flui na direção oposta. 
❖ Juntos, o ducto biliar, um ramo da artéria hepática e 
um ramo da veia hepática são chamados tríade 
portal. 
 
 
 SOI IV CÓDIGO INDICAÇÃO PASSEI DIRETO: iana524 IANA BARBOSA MARTINS 
Sistemas Orgânicos Integrados IV, MED 31 - Uninovafapi. CÓDIGO INDICAÇÃO PASSEI DIRETO: iana524
 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Organização anatomofuncional 
❖ Os hepatócitos, o sistema de ductos biliares e os 
sinusoides hepáticos podem ser organizados em 
unidades anatômicas e funcionais de três maneiras 
diferentes. 
 
Lóbulo hepático 
❖ De acordo com este modelo, cada lóbulo hepático 
tem o formato de um hexágono (estrutura de seis 
lados) (Figura 24.16D, à esquerda). No seu centro 
está a veia central, e irradiando para fora dele estão 
fileiras de hepatócitos e sinusoides hepáticos. 
Localizada nos três cantos do hexágono está uma 
tríade portal. Este modelo baseiase em uma 
descrição do fígado de porcos adultos. No fígado 
humano é difícil encontrar estes lóbulos hepáticos 
bem definidos circundados por camadas espessas de 
tecido conjuntivo. 
 
Lobo portal 
❖ Este modelo enfatiza a função exócrina do fígado, 
isto é, a secreção biliar. 
❖ Ducto biliar de uma tríade portal é considerado o 
centro do lóbulo portal.❖ O lóbulo portal tem uma forma triangular e é 
definido por três linhas retas imaginárias que ligam 
três veias centrais que estão mais próximas à tríade 
❖ Este modelo não ganhou ampla aceitação. 
 
Ácino hepático 
❖ Nos últimos anos, a unidade estrutural e funcional 
preferida do fígado é o ácino hepático. 
❖ Cada ácino hepático é uma massa ligeiramente oval 
que inclui partes de dois lóbulos hepáticos vizinhos. 
 SOI IV CÓDIGO INDICAÇÃO PASSEI DIRETO: iana524 IANA BARBOSA MARTINS 
Sistemas Orgânicos Integrados IV, MED 31 - Uninovafapi. CÓDIGO INDICAÇÃO PASSEI DIRETO: iana524
 
5 
❖ Eixo curto do ácino hepático é definido por ramos da 
tríade portal – ramos da artéria hepática, veia e 
ductos biliares – que correm ao longo da margem 
dos lóbulos hepáticos. 
❖ Eixo longo do ácino é definido por duas linhas curvas 
imaginárias, que ligam duas veias centrais mais 
próximas ao eixo curto. 
❖ Hepatócitos do ácino hepático estão dispostos em 
três zonas ao redor do eixo curto, sem fronteiras 
nítidas entre eles. 
❖ Células na zona 1: 
• Mais próximas aos ramos da tríade portal e as 
primeiras a receber oxigênio, nutrientes e toxinas 
que chegam pelo sangue que entra 
• As primeiras a captar a glicose e armazená-la como 
glicogênio após uma refeição e clivam o glicogênio 
em glicose durante o jejum. 
• Primeiras a mostrar alterações morfológicas após a 
obstrução do canal biliar ou exposição a 
substâncias tóxicas. 
• Últimas a morrer se a circulação for prejudicada e 
as primeiras a se regenerar. 
❖ Células da zona 3: 
• Mais distantes dos ramos da tríade portal. 
• Últimas a mostrar os efeitos da obstrução biliar ou 
exposição a toxinas. 
• Primeiras a mostrar os efeitos da circulação 
prejudicada. 
• Últimas a se regenerar. 
• As primeiras a mostrar evidências de acúmulo de 
gordura. 
❖ As células da zona 2 
• Características estruturais e funcionais 
intermediárias entre as células das zonas 1 e 3. 
❖ A menor unidade estrutural e funcional do fígado. 
❖ Proporcionam uma descrição e interpretação de 
(1) padrões lógicos de armazenamento e liberação de 
glicogênio 
(2) efeitos tóxicos, degeneração e regeneração em 
relação à proximidade das zonas acinares com os 
ramos da tríade portal. 
 
Fisiologia 
 
Bile 
❖ Os hepatócitos secretam diariamente de 800 a 1.000 
mℓ de bile, um líquido amarelo, marrom ou verde-
oliva. 
❖ pH entre 7,6 e 8,6. 
❖ Constituído principalmente por água, sais biliares, 
colesterol, um fosfolipídio chamado lecitina, 
pigmentos biliares e vários íons. 
❖ A bile é parcialmente um produto de excreção e 
parcialmente uma secreção digestória. 
❖ Sais biliares: 
• Sais de sódio e sais de potássio dos ácidos biliares 
(principalmente ácidos quenodesoxicólico e cólico), 
desempenham um papel na emulsificação, a 
fragmentação de grandes glóbulos lipídicos em uma 
suspensão de pequenos glóbulos lipídicos. 
• Ajudam na absorção de lipídios após a sua digestão. 
❖ Pequenos glóbulos lipídicos 
• Apresentam uma área de superfície muito grande 
que possibilita que a lipase pancreática realize mais 
rapidamente a digestão dos triglicerídios. 
❖ Produção e secreção continuada de bile pelos 
hepatócitos, sendo aumentada quando o sangue do 
sistema porta contém mais ácidos biliares. 
❖ Conforme a digestão e a absorção prosseguem no 
intestino delgado, a liberação de bile aumenta. 
❖ Entre as refeições, depois que a maior parte da 
absorção ocorreu, a bile flui para dentro da vesícula 
biliar para armazenamento, porque o músculo do 
esfíncter da ampola hepatopancreática fecha a 
entrada para o duodeno. 
❖ O esfíncter circunda a ampola hepatopancreática. 
 
Bilirrubina 
❖ O principal pigmento biliar é a bilirrubina. 
 SOI IV CÓDIGO INDICAÇÃO PASSEI DIRETO: iana524 IANA BARBOSA MARTINS 
Sistemas Orgânicos Integrados IV, MED 31 - Uninovafapi. CÓDIGO INDICAÇÃO PASSEI DIRETO: iana524
 
6 
❖ A fagocitose dos eritrócitos envelhecidos libera 
ferro, globina e bilirrubina (derivada do heme). 
❖ O ferro e a globina são reciclados; a bilirrubina é 
secretada na bile e, por fim, é decomposta no 
intestino. 
❖ Um de seus produtos de degradação – a 
estercobilina– dá às fezes a sua coloração marrom 
normal. 
 
Síntese e secreção de bilirrubina 
1. Os macrófagos no baço, no fígado ou na medula 
óssea vermelha fagocitam hemácias rompidas ou 
gastas. 
2. As porções globina e heme da hemoglobina são 
separadas. 
3. A globina é degradada em aminoácidos, que podem 
ser reutilizados na síntese de outras proteínas. 
4. O ferro é removido da porção heme na forma de Fe 
3+, que se associa à proteína plasmática transferrina, 
um transportador de Fe 3+ na corrente sanguínea. 
5. Nas fibras musculares, nos hepatócitos e nos 
macrófagos do baço e do fígado, o Fe 3+ se desliga 
da transferrina e se fixa a uma proteína que 
armazena ferro chamada ferritina. 
6. Ao ser liberado de um local de reserva ou absorvido 
do sistema digestório, o Fe 3+ se fixa novamente à 
transferrina. 
7. O complexo Fe 3+–transferrina é levado para a 
medula óssea vermelha, onde as células precursoras 
de hemácias os captam por meio de endocitose 
mediada por receptores para uso na síntese de 
hemoglobina. 
O ferro é necessário para a porção heme da 
molécula de hemoglobina e os aminoácidos para a 
porção globina. 
A vitamina B12 também é essencial para a síntese de 
hemoglobina. 
8. A eritropoese na medula óssea vermelha resulta na 
produção de hemácias, que entram na circulação. 
9. Quando o ferro é removido da heme, a porção sem 
ferro da heme é convertida em biliverdina, um 
pigmento verde e, em seguida, em bilirrubina, um 
pigmento amareloalaranjado. 
10. A bilirrubina entra no sangue e é transportada para 
o fígado. 
11. No fígado, a bilirrubina é liberada pelos hepatócitos 
na bile, passa para o intestino delgado e, depois, 
para o intestino grosso. 
12. No intestino grosso, bactérias convertem bilirrubina 
em urobilinogênio. 
13. Parte do urobilinogênio é absorvida de volta ao 
sangue, convertida em um pigmento amarelo 
chamado urobilina e excretado na urina. 
14. A maior parte do urobilinogênio é eliminada nas 
fezes na forma de um pigmento marrom chamado 
de estercobilina, que confere às fezes sua cor 
característica. 
 
 
 
Outras funções 
Além de secretar bile, que é necessária para a absorção 
das gorduras dietéticas, o fígado desempenha outras 
funções vitais: 
Metabolismo de carboidratos. 
❖ O fígado é especialmente importante na 
manutenção de um nível normal de glicose no 
sangue. Quando a glicose no sangue está baixa, o 
fígado cliva o glicogênio em glicose e libera glicose 
para a corrente sanguínea. O fígado também pode 
converter determinados aminoácidos e o ácido 
láctico em glicose, e pode converter outros açúcares, 
como a frutose e a galactose, em glicose. Quando a 
glicemia está elevada, como ocorre logo depois de 
uma refeição, o fígado converte a glicose em 
glicogênio e triglicerídios para armazenamento 
Metabolismo de lipídios. 
❖ Os hepatócitos armazenam alguns triglicerídios; 
clivam ácidos graxos para gerar ATP; sintetizam 
lipoproteínas, que transportam ácidos graxos, 
triglicerídios e colesterol de e para as células do 
corpo; sintetizam colesterol; e utilizam o colesterol 
para produzir sais biliares Metabolismo de proteínas. 
Os hepatócitos desaminam (removem o grupo 
amino, NH2) dos aminoácidos, de modo que eles 
possam ser utilizados para a produção de ATP ou ser 
convertidos em carboidratos ou gorduras. A amônia 
(NH3) resultante é então convertida em ureia, que é 
muito menos tóxica e é excretada na urina. Os 
hepatócitos também sintetizam a maior parte das 
proteínas plasmáticas, como a alfaglobulina e 
betaglobulina, a albumina, a protrombina e o 
fibrinogênio 
Processamento de fármacos e hormônios. 
❖ O fígadodesintoxica substâncias, como o álcool 
etílico, e excreta medicamentos como a penicilina, a 
eritromicina e as sulfonamidas na bile. Também 
pode alterar quimicamente ou excretar hormônios 
 SOI IV CÓDIGO INDICAÇÃO PASSEI DIRETO: iana524 IANA BARBOSA MARTINS 
Sistemas Orgânicos Integrados IV, MED 31 - Uninovafapi. CÓDIGO INDICAÇÃO PASSEI DIRETO: iana524
 
7 
tireóideos e esteroides, como estrogênio e 
aldosterona 
Excreção de bilirrubina. 
❖ Conforme observado anteriormente, a bilirrubina, 
derivada do grupo heme de eritrócitos envelhecidos, 
é absorvida pelo fígado a partir do sangue e 
secretada na bile. A maior parte da bilirrubina da 
bile é metabolizada no intestino delgado por 
bactérias e eliminada nas fezes 
Síntese de sais biliares. 
❖ Os sais biliares são utilizados no intestino delgado 
durante a emulsificação e absorção de lipídios 
Armazenamento. 
❖ Além do glicogênio, o fígado é o principal local de 
armazenamento de determinadas vitaminas (A, B12 , 
D, E e K) e minerais (ferro e cobre), que são liberadas 
do fígado quando necessárias em outras partes do 
corpo 
Fagocitose. 
❖ As células estreladas do fígado fagocitam eritrócitos 
envelhecidos, leucócitos e algumas bactérias 
Ativação da vitamina D. 
❖ A pele, o fígado e os rins participam na síntese da 
forma ativa da vitamina D 
 
Clínica 
 
Icterícia 
❖ Coloração amarelada da esclera (partebrancados 
olhos), pele e túnicas mucosas em decorrência do 
acúmulo de um composto amarelo chamado 
bilirrubina. 
❖ Depois que a bilirrubina é formada a partir da 
decomposição do pigmento heme de eritrócitos 
envelhecidos, é transportada para o fígado, onde é 
processada e eventualmente excretada na bile. 
As três principais categorias de icterícia são: 
❖ (1) icterícia pré-hepática, decorrente do excesso de 
produção de bilirrubina; 
❖ (2) icterícia hepática, decorrente da doença 
congênita do fígado, cirrose hepática ou hepatite; 
❖ (3) icterícia extra-hepática, decorrente do bloqueio 
da drenagem debilepor cálculos biliares ou câncer 
intestinal ou pancreático. 
❖ Como o fígado de um recém-nascido funciona mal 
na primeira semana ou próximo disso, muitos bebês 
têm uma forma leve de icterícia chamada icterícia 
neonatal (ͅsiológica), que desaparece conforme o 
fígado amadurece. 
❖ Normalmente, é tratada expondo a criança à luz 
azul, que converte a bilirrubina em substâncias que 
os rins são capazes de excretar. 
 
Provas de função hepática 
❖ As provas de função hepática (PFH) são exames de 
sangue para medir a presença de determinadas 
substâncias químicas liberadas pelos hepatócitos. 
❖ Incluem a globulinase albumina, a alanina 
aminotransferase (ALT), a aspartato 
aminotransferase (AST), a fosfatase alcalina (ALP), a 
gamaglutamil-transpeptidase (GGT) e a bilirrubina. 
❖ As PFH são utilizadas para avaliar e monitorar 
doenças ou danos hepáticos. 
❖ As causas mais comuns de elevação nas enzimas 
hepáticas incluem anti-in͆amatórios não esteroides, 
hipolipemiantes, alguns antibióticos, álcool etílico, 
diabetes, infecções (hepatite viral e mononucleose), 
cálculos biliares, tumores do fígado e uso excessivo 
de fͅitoterápicos, como cava-cava, confrei, poejo, 
raizdo dente-de-leão, solidéu (escutelária) e éfreda. 
 
Cálculos Biliares 
❖ Se a bile contém sais biliares ou lecitina insuͅficientes 
ou excesso de colesterol, o colesterol pode se 
cristalizar formando cálculos biliares. 
❖ À medida que crescem em tamanho e quantidade, 
os cálculos biliares podem causar obstrução mínima, 
intermitente ou completa ao fluxo de bile da 
vesícula biliar para o duodeno. 
❖ O tratamento consiste no uso de medicamentos que 
dissolvem o cálculo biliar, litotripsia (terapia por 
ondas de choque) ou cirurgia. 
❖ Para as pessoas com uma história de cálculos biliares 
ou para as quais os fármacos ou a litotripsia não são 
opções, a colecistectomia – a remoção da vesícula 
biliar e do seu conteúdo – é necessária. 
❖ Mais de meio milhão de colecistectomias são 
realizadas a cada ano nos EUA. Para evitar os efeitos 
colaterais resultantes da perda da vesícula biliar, os 
pacientes devem fazer alterações no estilo de vida e 
alimentação, incluindo: (1) limitar a ingestão de 
gordura saturada; (2) evitar o consumo de bebidas 
alcoólicas; (3) ingerir pequenas quantidades de 
comida durante uma refeição e fazer de 5 a 
6pequenas refeições por dia, em vez de 2 a 3 
 SOI IV CÓDIGO INDICAÇÃO PASSEI DIRETO: iana524 IANA BARBOSA MARTINS 
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refeições maiores; e (4) tomar suplementos 
vitamínicos e minerais.

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