Buscar

História de Alagoas - Aula 01 - Alagoas Colonial

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

w w w . p h d c u r s o s . c o m . b r
História de Alagoas
Prof. Jaison Xanchão
1
ALAGOAS COLONIAL
(1500 - 1822)
 
=> TRATADO DE TORDESILHA (1494)
 Divisão de territórios
 Portugal X Espanha
=> DESCOBRIMENTO DO BRASIL (1500)
=> CAPITANIAS HEREDITÁRIAS (1534)
 Povoar e Ocupar
 Martim Afonso de Souza
 Capitania de Pernambuco
=> AÇUCAR-INTERESSE HOLANDÊS 
(Transporte e Comércio)
=> FORMAÇÃO DE PENEDO (1545)
 Duarte Coelho
=> BISPO SARDINHA - MORTE E DIZIMAÇÃO 
DOS ÍNDIOS CAETÉS
=> VILA DE PENEDO E PORTO CALVO
 Principais Freguesias
=> INVASÕES HOLANDESAS (1630)
 Domingos Fernandes Calabar
 (Morto em 1653)
Obs.: Julgamento Histórico em 2018
=> QUILOMBO DOS PALMARES: Ganga 
Zumba e Zombi
=> COMARCA DE ALAGOAS (1711)
 Autonomia
=> CANA E ALGODÃO
 (Bandeira de Alagoas)
=> REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA
 (06/03/1817)
=> EMANCIPAÇÃO DE ALAGOAS (16/09/1817)
 Sebastião Francisco de Melo (22/01/1819)
TRATADO DE TORDESILHAS 
 O Tratado de Tordesilhas foi um acordo 
entre o reino de Portugal e o reino de Castela, 
celebrado em 7 de junho de 1494, na cidade de 
Tordesilhas (Espanha).
 Por este tratado, castelhanos e portugueses 
dividiram o novo mundo, através de um meridiano 
a 370 léguas a oeste do Arquipélago de Cabo 
Verde, na África. A parte oriental pertenceria a 
Portugal, e a ocidental, à Espanha.
HISTÓRIA DO TRATADO DE TORDESILHAS
 Os reinos de Castela (Espanha) e Portugal 
foram pioneiros na expansão marítimo-comercial 
no século XV e XVI e havia uma disputa entre as 
duas coroas pela posse dos novos territórios.
 Desta maneira, os dois reinos assinaram 
vários tratados a fim de resolver a quem pertencia 
as novas terras. O primeiro deles foi o Tratado de 
Alcáçovas (1479) que traçava um paralelo a partir 
das Ilhas Canárias. Assim, as regiões descobertas 
ao norte seriam de Castela e as do sul, de Portugal.
 No entanto, esta perspectiva mudou com 
a chegada de Cristóvão Colombo à América, em 
1492. Por isso foram assinados a Bula "Inter 
Coetera", em 1493 e o Tratado de Tordesilhas, 
em 1494, que substituíam o paralelo por um 
meridiano.
 O Tratado de Tordesilhas expandia as terras 
estabelecidas pela Bula Inter Coetera. A diplomacia 
portuguesa conseguiu que o limite do meridiano 
fosse aumentado de 100 para 370 léguas a oeste 
do Arquipélago de Cabo Verde na África.
 Diante da assinatura do Tratado de 
Tordesilhas, países como França, Holanda e 
Inglaterra, questionaram a divisão de terras entre 
Castela e Portugal. Desta maneira, armaram 
expedições para atacar os territórios já ocupados 
w w w . p h d c u r s o s . c o m . b r w w w . p h d c u r s o s . c o m . b r
História de Alagoas
Prof. Jaison Xanchão
2
por portugueses e espanhóis.
FIM DO TRATADO DE TORDESILHAS
 O limite estabelecido pelo Tratado de 
Tordesilhas caiu em desuso quando houve a 
União Ibérica (1580-1640). Neste momento, 
tanto Portugal como suas possessões passaram 
a fazer parte da Coroa espanhola. Os colonos 
portugueses não precisavam ficar somente na 
costa e começaram a se aventurar no interior do 
território.
 Com esta expansão, foi necessário refazer 
os limites das colônias americanas entre os dois 
países o que ocorreu através do Tratado de Madri, 
em 1750.
BULA INTER COETERA
 Em 4 de maio de 1493, o Papa Alexandre 
VI assinou a Bula "Inter Coetera" (do latim, “entre 
outros”).
 Este documento estabeleceu uma linha 
imaginária a 100 léguas a oeste do Arquipélago do 
Cabo Verde, na África. Assim, as terras localizadas 
a oeste do meridiano seriam espanholas, e as que 
estivessem a leste, seriam portuguesas.
 No entanto, a Coroa portuguesa ficou 
descontente com o acordo, pois o limite estabelecido 
dificultava as navegações portuguesas no Oceano 
Atlântico. No ano seguinte, Dom João II, rei de 
Portugal, pediu a reformulação do tratado e 
conseguiu sua modificação em Tordesilhas.
CONSEQUÊNCIAS DO TRATADO DE 
TORDESILHAS
 Com o Tratado de Tordesilhas, os 
portugueses garantiram para si parte das terras 
americanas do Hemisfério Sul.
 Aliás, a insistência da parte do rei Dom 
João II em rever a Bula "Inter Coetera", para 
alguns historiadores, é apontada como prova que 
os portugueses sabiam que já havia terras nesta 
região.
 Por isso, a expedição de Pedro Álvares 
Cabral, em 1500, teria também a missão de 
confirmar se esta suposição era verdadeira ou não.
CURIOSIDADES SOBRE O TRATADO DE 
TORDESILHAS
• Na atual configuração do Brasil, a linha de 
Tordesilhas passaria de Belém (PA) Pará, à 
cidade de Laguna (SC).
• Considerando que uma légua marítima tinha 5,5 
quilômetros, a linha do Tratado de Tordesilhas 
estaria a 2.035 quilômetros de Cabo Verde.
DESCOBRIMENTO DO BRASIL
 O “Descobrimento” do Brasil aconteceu 
em 22 de abril de 1500, momento em que os 
portugueses chegaram nas terras que hoje 
pertencem ao Brasil.
 Esse evento, que marcou a história do 
nosso país, foi fruto do esforço intelectual e de 
várias expedições marítimas realizadas pelos 
navegadores portugueses.
 Cada vez mais a expressão “descobrimento” 
está sendo questionada pelos estudiosos por não 
descrever com exatidão este fato histórico. Isso 
porque "descobrimento" é um termo eurocêntrico, 
uma vez que significa não haver habitantes nas 
terras encontradas pelos portugueses.
 Desse modo, a expressão “Chegada dos 
Portugueses ao Brasil” seria mais precisa, pois 
reconhece a existência de povos autóctones nestas 
terras.
RESUMO DO DESCOBRIMENTO DO BRASIL
 A “Descoberta” do Brasil deve, antes de 
tudo, ser considerada no contexto das Grandes 
Navegações e Descobrimentos Marítimos 
promovidos nos séculos XV e XVI por castelhanos 
e portugueses.
 Nesta época, Portugal e o Reino de Castela 
(que formaria a futura Espanha) se lançaram ao 
mar em busca de novas terras e, principalmente, 
metais preciosos. Com isso, sabemos que anos 
antes dos portugueses, navegadores a serviço da 
coroa de Castela já teriam avistado terras no sul 
da América.
QUEM DESCOBRIU O BRASIL?
 A história oficial consagrou o nome de 
Pedro Álvares Cabral como o primeiro a encontrar 
as novas terras.
 Essas expedições marítimas eram 
realizadas no maior segredo, pois Portugal e 
Castela concorriam entre si para descobrir terras 
além da Europa.
 Deste modo, foram muitos os navegadores 
que avistaram as terras da América do Sul e assim, 
w w w . p h d c u r s o s . c o m . b r w w w . p h d c u r s o s . c o m . b r
História de Alagoas
Prof. Jaison Xanchão
3
antecederam a Pedro Álvares Cabral.
 Podemos citar Vicente Yáñez Pinzón, 
Diego de Lepe, João Coelho da Porta da Cruz e 
Duarte Pacheco Pereira. Este teria comandado 
uma expedição secreta de 1498, para confirmar a 
existência das terras brasileiras.
A EXPEDIÇÃO ATÉ O BRASIL
 A esquadra que chegou ao Brasil era 
bastante numerosa e composta por experientes 
navegadores.
 Seu objetivo principal era alcançar as 
Índias para negociar tratados comerciais, após a 
bem-sucedida viagem feita por Vasco da Gama 
em 1498. No entanto, antes de seguir para Ásia, 
deveriam verificar as terras que existiam a oeste.
 Contudo, devido às hostilidades dos povos 
locais, Vasco da Gama recomendou o uso da força 
para realização do comércio de especiarias nas 
Índias; daí a pujança da próxima esquadra.
 Treze embarcações partem de Lisboa, no dia 
9 de março de 1500, com mantimentos para mais 
de dezoito meses, e cerca de mil e quatrocentos 
homens. No comando estava o fidalgo Pedro 
Álvares Cabral, acompanhado de estudiosos como 
o navegador Duarte Pacheco Pereira.
 Assim, em 22 de março, os navegantes 
contornaram a Ilha de Cabo Verde de onde 
seguiram para oeste, atravessando o Oceano 
Atlântico.
 Por muito tempo, acreditou-se que essas 
terras teriam sido descobertas casualmente. No 
entanto, a experiência dos navegadores revela que 
eles não se perderiam tão facilmente. Igualmente, 
segundo os diários de bordo, nenhuma tempestade 
foi registrada.
22 DE ABRIL - O DIA DO DESCOBRIMENTO 
DO BRASIL
 Sem relatos de qualquer tipo de dificuldade 
ou imprevisto, a esquadra de Cabral cruzaaproximadamente 3.600 quilômetros em um mês, 
até encontrarem os primeiros sinais de terra.
 Chegando ao litoral sul do atual estado 
da Bahia, as caravelas da esquadra portuguesa 
avistaram um monte, o qual foi batizado de Monte 
Pascoal. Nessa data, 22 de abril, uma pequena 
incursão da frota aportaria no litoral, local que 
ficou conhecido como Porto Seguro.
 Imediatamente, Gaspar de Lemos, 
navegador veterano e comandante da naveta 
de mantimentos, recebeu ordens de retornar a 
Portugal. Ele entregaria o relato de Pero Vaz de 
Caminha, a famosa Carta, ao rei Dom Manuel I 
w w w . p h d c u r s o s . c o m . b r 4
sobre o achamento do Brasil.
O ENCONTRO COM OS NATIVOS
 Dois dias após a chegada, os portugueses 
travaram conhecimento com os indígenas que 
habitavam a região. Cabral, então, embarcou 
alguns indígenas em sua caravela.
 O litoral baiano era ocupado pelos índios 
Tupinambás e Tupiniquins, enquanto no interior 
viviam os Aimorés.
 Na caravela, os índios experimentaram – e 
não gostaram – dos alimentos dos portugueses e 
se espantaram com os animais, como as galinhas.
 Segundo Pero Vaz Caminha, ao verem 
objetos de prata e ouro, os indígenas deram a 
entender que os conheciam e apontaram para a 
terra. Assim, os portugueses pensaram que eles 
possuíam aqueles metais, o que não foi confirmado 
pelas pesquisas que fizeram.
 O estranhamento também vinha dos 
portugueses, os quais não compreendiam o fato 
dos índios andarem nus. Igualmente, como não 
encontraram estátuas representando deuses, 
concluíram que os indígenas não tinham religião.
DE ILHA DE VERA CRUZ PARA BRASIL
 Mais adiante, no dia 26 de abril, foi celebrada 
a primeira missa em solo brasileiro, realizada por 
Frei Henrique de Coimbra.
 Após rezar a missa e renovar os suprimentos 
da esquadra, Pedro Álvares Cabral rumou para as 
Índias. Como acreditavam que a terra descoberta 
não passava de uma ilha, nomeou-a Ilha de Vera 
Cruz, posteriormente seria substituído por Terra 
de Santa Cruz, pois os navegantes perceberam se 
tratar de um continente.
 Por fim, decidiram chamá-la de Brasil em 
1511, devido a grande quantidade de árvores de 
pau-brasil na região. Mesmo assim, alguns autores 
europeus referiam-se às novas terras como "terra 
w w w . p h d c u r s o s . c o m . b r 5
dos papagaios" pela grande quantidade desses 
pássaros encontrada na região.
 Apesar do achamento e do relato feito ao 
rei, a Coroa portuguesa tinha outras prioridades. 
Por isso, nenhuma expedição foi mandada a 
princípio para ocupar as terras encontradas. Os 
portugueses somente negociavam com os índios 
em troca do pau-brasil.
 A notícia da riqueza das novas terras também 
atraiu o interesse de franceses, holandeses e 
ingleses, com quais a Coroa portuguesa não tinha 
assinado nenhum tratado como o de Tordesilhas.
 Por isso, a partir de 1530, uma expedição 
foi organizada por Martim Afonso de Souza, a fim 
de se apropriar das novas terras.
CAPITANIAS HEREDITÁRIAS
 As Capitanias Hereditárias foram um 
sistema administrativo implementado pela Coroa 
Portuguesa no Brasil em 1534.
 O território do Brasil, pertencente a Portugal, 
foi dividido em faixas de terras e concedidas aos 
nobres de confiança do rei D. João III (1502-
1557). Essas poderiam ser passadas de pai pra 
filho e por isso, foram chamadas de hereditárias.
 Os principais objetivos eram povoar a 
colônia e dividir a administração colonial. As 
Capitanias Hereditárias, porém, tiveram vida curta 
e foram abolidas dezesseis anos após sua criação.
RESUMO SOBRE AS CAPITANIAS 
HEREDITÁRIAS
 Após a descoberta das terras a leste do 
Tratado de Tordesilhas, em 1500, por Pedro 
Álvares Cabral, o foco da Coroa portuguesa na sua 
colônia da América Portuguesa era a extração dos 
recursos da terra, como o pau-brasil.
 Isso se devia ao fato de não terem sido 
encontrados metais preciosos como foi o caso dos 
espanhóis nas suas possessões.
 O sistema de capitanias hereditárias foi 
implantado a partir da expedição de Martim Afonso 
de Sousa, em 1530. Os portugueses tiveram 
receio de perderem suas terras conquistadas para 
outros europeus que já estavam negociando com 
os indígenas e buscavam se fixar ali.
 Para tanto, a Coroa Portuguesa 
imediatamente adotou medidas para povoar 
a colônia, evitando, dessa maneira, possíveis 
ataques e invasões.
 O sistema de capitanias havia sido 
implementado pelos portugueses na Ilha da 
Madeira, nos Arquipélagos dos Açores e de Cabo 
Verde.
 Assim, ficou estabelecido a criação de 15 
capitanias e seus 12 donatários, uma vez que 
uns receberam mais que uma porção de terra e 
as Capitanias do Maranhão e São Vicente foram 
divididas em duas porções.
MAPA DAS CAPITANIAS HEREDITÁRIAS
 Segue abaixo o nome de cada e de seus 
respectivos donatários:
w w w . p h d c u r s o s . c o m . b r 6
• Capitania do Maranhão: João de Barros e Aires 
da Cunha e Fernando Álvares de Andrade
• Capitania do Ceará: Antônio Cardoso de Barros
• Capitania do Rio Grande: João de Barros e 
Aires da Cunha
• Capitania de Itamaracá: Pero Lopes de Sousa
• Capitania de Pernambuco: Duarte Coelho 
Pereira
• Capitania da Baía de Todos os Santos: Francisco 
Pereira Coutinho
• Capitania de Ilhéus: Jorge de Figueiredo 
Correia
• Capitania de Porto Seguro: Pero do Campo 
Tourinho
• Capitania do Espírito Santo: Vasco Fernandes 
Coutinho
• Capitania de São Tomé: Pero de Góis da Silveira
• Capitania de São Vicente: Martim Afonso de 
Sousa
• Capitania de Santo Amaro: Pero Lopes de 
Sousa
• Capitania de Santana: Pero Lopes de Sousa
DIREITOS E OBRIGAÇÕES DO DONATÁRIO
 O rei Dom João III concedeu as terras para 
nobres de sua confiança. Cada Capitão Donatário 
era considerado a autoridade máxima, ficando 
responsável por povoar, administrar, proteger o 
território, fundar vilas e desenvolver a economia 
local. Por sua parte, a Coroa Portuguesa não dava 
nenhuma ajuda financeira aos donatários para 
esse empreendimento.
 Os donatários, por outro lado, possuíam 
alguns privilégios jurídicos e fiscais como:
• escravizar indígenas;
• cobrar tributos e doar lotes de terra não 
cultivados (sesmarias);
• explorar a região e usufruir de todos seus 
recursos naturais (donde uma porcentagem 
pertencia à coroa), desde animais, madeira e 
minérios.
 A despeito de possuírem grande poder, as 
capitanias não pertenciam aos donatários e sim 
à Coroa Portuguesa que cobrava um imposto 
denominado “dízimo”, ou seja, 10% da produção 
da capitania.
 No entanto, o sistema de capitanias 
sofreu com a falta de recursos, algumas foram 
abandonadas e em outras jamais seus donatários 
estiveram ali. Igualmente sofreram ataques 
indígenas, os quais lutavam contra a invasão de 
suas terras.
 Desta maneira, o empreendimento das 
capitanias hereditárias fracassou. Somente duas 
foram bem-sucedidas:
• Capitania de Pernambuco, comandada por 
Duarte Coelho, responsável por introduzir o 
cultivo da cana de açúcar;
• Capitania de São Vicente, comandada por 
Martim Afonso de Sousa, graças ao tráfico de 
indígenas que realizavam naquelas terras.
 Após a inviabilidade das Capitanias 
Hereditárias, a colônia passou por uma reforma 
administrativa e foi instituído o Governo Geral.
FORMAÇÃO DE PENEDO (1545)
 O nome Penedo originou-se de a grande 
pedra. O povoado, fundado por Duarte Coelho de 
Albuquerque (filho de Duarte Coelho Pereira), das 
principais cidades históricas do Brasil, foi elevado 
a vila de São Francisco em 1636 e em fins do 
século XIX passou a ser denominada Penedo do 
Rio São Francisco. Sua arquitetura atrai turistas de 
numerosas origens. A Igreja de Santa Maria dos 
Anjos é uma das obras primas mais visitadas.
 Entretanto, os historiadores alagoanos 
discordam quanto a sua origem. Uns dizem que 
a criação do povoado está relacionada a Duarte 
Coelho Pereira, primeiro donatário da Capitania 
de Pernambuco. Os que discordam, afirmam que 
o responsável foi Duarte Coelho de Albuquerque, 
segundo donatário da Capitania, que herdou do 
pai. Entre os que defendem essa hipótese está 
CraveiroCosta, para quem a conquista de Alagoas 
começou em 1560. Duarte Coelho de Albuquerque 
organizou duas bandeiras, uma com destino ao 
norte de Olinda e outra para o sul. A bandeira que 
se dirigiu ao sul, à qual se incorporaram o próprio 
Duarte Coelho de Albuquerque e seu irmão, atingiu 
o rio São Francisco entre 1560 e 1565 e teria dado 
origem ao povoado.
 A primeira sesmaria registrada na região 
data de 1596; outras foram distribuídas e, a partir 
de 1613, na sesmaria recebida por Cristóvão da 
Rocha, acredita-se ter sido fundado oficialmente o 
povoado.
BISPO SARDINHA - MORTE E DIZIMAÇÃO 
DOS ÍNDIOS CAETÉS
 Pedro Fernandes Sardinha era filho de Gil 
Fernandes Sardinha e de Lourença Fernandes. 
Diplomou-se em Teologia, cerca de 1528, na 
Universidade de Paris, e ensinou nas Universidades 
w w w . p h d c u r s o s . c o m . b r 7
de Coimbra e de Salamanca.
 Foi provisor e vigário geral na Índia após 
1546.
 Designado bispo do Brasil em 25 de 
fevereiro de 1551, foi ordenado, em 7 de fevereiro 
de 1552, pelo bispo Dom Fernando de Menezes 
Coutinho e Vasconcellos, chegou à cidade do 
Salvador na Bahia no dia 25 de fevereiro de 1551, 
e tomou posse do cargo no dia 22 de junho de 
1552.
 Em 1556 é chamado à Metrópole pelo que 
resigna, entrega a gestão da diocese ao vigário-
geral Francisco Fernandes e embarca, em 2 de 
junho de 1556, na nau Nossa Senhora da Ajuda.
 No dia 16 de julho de 1556, a nau naufraga 
nos baixios de D. Rodrigo, junto à foz do rio 
Coruripe, a seis léguas do São Francisco. Os 
passageiros são capturados pelos índios caetés 
que, no arroio de S. Miguel das Almas, os matam 
e comem.
 Em uma enseada, junto a este rio, 
alguns anos depois, sucedeu o triste 
desastre do naufrágio do bispo D. Pedro 
Fernandes Sardinha, primeiro do Brasil, 
que dando nela á costa, foi cativo dos 
índios Caetens, cruéis e desumanos, 
que conforme o rito da sua gentilidade, 
sacrificaram à gula, e fizeram pasto 
de seus ventres, não só aquele santo 
varão, mas também a centena e tantas 
pessoas, gente de conta, a mais dela 
nobre, que lhe faziam companhia 
voltando ao reino de Portugal.
VASCONCELLOS, Simão de. Chronica da Companhia de Jesu de 
Estado do Brasil (...). Lisboa : na Officina de Henrique Valente 
de Oliveira impressor del Rey N.S., 1663, Livro I, n.º 46, p. 32.
 Dom Pedro Fernandes Sardinha foi sucedido 
na Sé Primacial do Brasil por Dom Pedro Leitão 
(1519-1573).
 Em 1928, Oswald de Andrade utilizou-se do 
episódio para datar o Manifesto Antropofágico.
INVASÕES HOLANDESAS
 As invasões holandesas no Brasil 
ocorreram quando os holandeses ocuparam 
territórios no Nordeste brasileiro no século XVII. 
Essa invasão estava diretamente relacionada com 
as questões diplomáticas envolvendo Portugal, 
Espanha e a própria Holanda naquele período. 
Os holandeses procuraram construir sua própria 
colônia na América ao se apropriar de uma das 
principais praças produtoras de açúcar da América 
Portuguesa.
 Os holandeses permaneceram no Brasil 
de 1630 a 1654, e sua presença aqui ficou 
profundamente marcada pela administração de 
Maurício de Nassau, militar alemão enviado pela 
Companhia das Índias Ocidentais para governar 
a colônia holandesa. A expulsão dos holandeses 
aconteceu por meio da mobilização popular 
contra os holandeses motivada pela Guerra de 
Restauração, que teve início em 1640.
Com a crise da dinastia de Avis, o rei da Espanha, Filipe 
II, acabou sendo coroado rei de Portugal.
POR QUE OS HOLANDESES INVADIRAM O 
BRASIL?
 A invasão do Nordeste brasileiro pelos 
holandeses resultou diretamente das relações 
diplomáticas entre Portugal, Espanha e Holanda 
w w w . p h d c u r s o s . c o m . b r 8
no final do século XVI. Até 1580, a Holanda tinha 
um envolvimento direto com o negócio do açúcar 
produzido no Brasil, pois foram eles que financiaram 
o desenvolvimento do negócio aqui e eles também 
participavam do refino e da comercialização do 
açúcar na Europa. 
 A atividade açucareira rendeu bastante 
lucro para Portugal e Holanda. No entanto, essa 
situação sofreu profundas modificações com a 
crise da dinastia de Avis em Portugal, no final do 
século XVI. Essa crise de sucessão deflagrou-se 
quando d. Henrique, rei de Portugal, morreu e não 
deixou herdeiros diretos.
 Assim sendo, uma disputa aconteceu e 
resultou na coroação de Filipe II, da Espanha, 
como rei de Portugal. Como desdobramento, as 
coroas de Espanha e Portugal foram unificadas 
sob o domínio do mesmo rei. Isso ficou conhecido 
como União Ibérica e representava, naturalmente, 
que mudanças drásticas aconteceriam nas relações 
diplomáticas entre Holanda e Portugal, pois a 
Holanda estava em guerra contra a Espanha desde 
1568.
Essa guerra entre Espanha e Holanda tinha relação 
com a luta dos holandeses por sua independência 
(até 1581, a Holanda estava sob o domínio dos 
Habsburgo, a dinastia que reinava na Espanha). 
Por conta desse contexto, os inimigos da Espanha 
tornaram-se os inimigos de Portugal, já que os dois 
países passaram a ser governados pelo mesmo rei.
 Assim, os holandeses acabaram sendo 
excluídos do negócio do açúcar e isso resultou 
em uma ação dos holandeses contra Portugal. 
Em 1595, os holandeses saquearam portos 
portugueses no continente africano e, em 1604, 
atacaram a cidade de Salvador, na Bahia, mas 
o ataque dos holandeses acabou fracassando. 
Depois disso, os holandeses permaneceram em 
trégua com os espanhóis até 1621.
Invasão do Nordeste
 A trégua da Holanda com a Espanha 
encerrou-se em 1621 e, no mesmo ano, a 
Companhia das Índias Ocidentais (West-Indische 
Compagnie, em holandês) foi fundada. Esses 
acontecimentos fizeram com que a guerra fosse 
retomada. A WIC (sigla da companhia no holandês) 
tinha como objetivo tomar o controle dos locais 
produtores de açúcar de Portugal, bem como dos 
postos de comércios de escravos na África.
 Em 1624, veio o primeiro grande ataque 
dos holandeses contra a capital do Brasil, a cidade 
de Salvador, e eles a conquistaram após 24 horas 
de batalha. O domínio dos holandeses concentrou-
se nos limites da cidade, uma vez que a resistência 
dos colonos e dos portugueses não permitiu que 
os holandeses se expandissem pelo Recôncavo 
Baiano.
 Depois de um ano, a resistência portuguesa 
conseguiu expulsar os holandeses de Salvador. Isso 
foi possível, em grande parte, graças à chegada 
de aproximadamente 12 mil homens para lutar 
contra os holandeses. Depois de expulsos, em 
1625, os holandeses retornaram dois anos depois, 
em 1627, para saquear a capital do Brasil.
Invasão de Pernambuco
Depois de terem sido expulsos de Salvador, os 
holandeses voltaram-se contra Pernambuco, 
outra capitania brasileira que prosperava com 
a produção de açúcar. Em 1630, uma expedição 
holandesa formada por 65 embarcações e 7280 
homens atacou Olinda|1|. Com essa força, os 
holandeses conseguiram conquistar Olinda em 14 
de fevereiro de 1630.
Com a invasão holandesa, Maurício de Nassau foi indicado 
para administrar a colônia holandesa no Nordeste.
w w w . p h d c u r s o s . c o m . b r 9
 Entre 1630 e 1637, os holandeses 
estenderam o seu domínio pelo Nordeste brasileiro 
e conquistaram regiões como a Paraíba e o Rio 
Grande do Norte. Para isso, contaram com a 
preciosa ajuda de um colono chamado Domingo 
Fernandes Calabar. O conhecimento que ele tinha 
da terra foi crucial para o sucesso dos holandeses.
 A partir de 1637, foi enviado pela WIC o 
alemão Maurício de Nassau para administrar a 
colônia holandesa. Ele era um militar e foi indicado 
para assumir o cargo e aqui permaneceu até 
1643. A administração de Nassau foi um momento 
importante para o estabelecimento dos holandeses 
no Brasil.
 Maurício de Nassau realizou inúmeras ações 
para o desenvolvimento da colônia. Ele procurou 
recuperar a economia açucareira de Pernambuco 
ao vender engenhos que tinham sido abandonados 
durante a guerra entre portugueses e holandeses 
e procurou estabelecer algumas normas para a 
melhoria da vida, como a obrigatoriedade de se 
plantar mandioca,proibição de se jogar lixo nas 
ruas, entre outras medidas.
 Maurício de Nassau também incentivou 
a vinda de cientistas e artistas para o Brasil. Os 
cientistas promoveram uma série de estudos sobre 
a fauna e a flora locais, assim como estudaram 
doenças tropicais que atingiam a população. Os 
artistas, por sua vez, retrataram o modo de vida 
local, alguns retratando paisagens do cotidiano, 
enquanto outros retratavam indígenas e escravos 
que habitavam a região.
 A partir da década de 1640, a WIC entrou 
em processo de falência, e Maurício de Nassau 
acabou entrando em conflito com a administração 
da WIC. Em 1643, Nassau recebeu ordens de 
retornar para a Holanda. A partir daí, a colônia 
holandesa no Brasil só entrou em decadência.
Decadência da colônia holandesa
A decadência da colônia holandesa pode ser 
explicada por alguns fatores. Primeiramente, houve 
a falência da Companhia das Índias Ocidentais, 
o que acabou prejudicando severamente o 
empreendimento, uma vez que eles eram os 
responsáveis. Nessa questão, podemos destacar 
também a demissão de Maurício de Nassau de sua 
função de governador-geral da colônia.
Os problemas econômicos da WIC acabaram 
fazendo com que ela não investisse o necessário 
para garantir a segurança de sua colônia. Isso foi 
um erro muito grande, porque desde a Restauração 
de Portugal, em 1640, os rumores de que os 
portugueses se lançariam em uma guerra contra 
os holandeses por Pernambuco só aumentavam.
 A Restauração de Portugal ocorreu quando 
Portugal readquiriu sua independência, e seu trono 
passou a ser ocupado por d. João IV, inaugurando 
a dinastia dos Bragança. Com esse acontecimento, 
os portugueses deram início a esforços para 
recuperar sua colônia e passaram a incentivar os 
colonos para que os holandeses fossem expulsos 
do Nordeste.
 A guerra entre holandeses e portugueses 
estourou a partir de 1645 e estendeu-se até 1654. 
Esse período de batalhas ficou conhecido como 
Guerras Brasílicas e contou com lideranças locais 
importantes na luta contra os holandeses, tais 
como André Vidal de Negreiros e João Fernandes 
Vieira. A mobilização contra os holandeses teve 
a participação de donos de engenhos, negros e 
indígenas.
 Os holandeses enfraqueceram-se 
consideravelmente com as duas derrotas sofridas 
na Batalha de Guararapes, em 1648 e 1649. 
Os recursos holandeses, que já eram escassos, 
diminuíram mais ainda a partir de 1652, quando 
Holanda e Inglaterra entraram em guerra. Nesse 
cenário, ficou impossível manter a colônia no 
Nordeste.
 Por fim, em 1654, uma esquadra portuguesa 
cercou Recife e acabou retomando a região 
depois de 24 anos de domínio dos holandeses. 
A reconquista de territórios pelos portugueses 
também aconteceu na África, com a expulsão dos 
holandeses de regiões que eles haviam tomado 
w w w . p h d c u r s o s . c o m . b r 10
dos portugueses na década de 1630.
QUILOMBO DOS PALMARES
 O Quilombo dos Palmares foi um dos muitos 
quilombos da era colonial brasileira e sua origem 
remonta a 1580.
 Palmares era o refúgio dos escravos fugitivos 
de engenhos das Capitanias de Pernambuco e da 
Bahia.
O QUE É QUILOMBO?
 A palavra “quilombo” possui etimologia 
bantu e refere-se aos acampamentos de guerreiros 
na mata.
 Será, contudo, em 1740, reportando-se ao 
rei de Portugal, que o Conselho Ultramarino irá 
definir quilombo sendo:
“Toda habitação de negros fugidos, 
que passem de cinco, em parte 
despovoada, ainda que não tenham 
ranchos levantados e nem se achem 
pilões nele”.
 Contudo, dentre todos os quilombos, o mais 
emblemático foi o de Palmares, o qual se opôs à 
administração colonial por quase dois séculos.
HISTÓRIA: RESUMO
 No princípio, Palmares era povoado por 
poucos quilombolas.
 Porém, a guerra contra os holandeses 
tornou a vigilância colonial fraca e centenas de 
escravos fogem para constituírem o primeiro 
núcleo de povoação.
 Embora tenha surgido no final do século 
XVI, o apogeu do Quilombo dos Palmares foi na 
segunda metade do século XVI.
 O lugar abrigava aproximadamente 20 mil 
quilombolas. Os habitantes subsistiam da caça, 
pesca e coleta de frutas (manga, jaca, abacate e 
outras), bem como da agricultura (feijão, milho, 
mandioca, banana, laranja e cana-de-açúcar).
 Além disso, os quilombolas produziam 
artesanatos (cestas, tecidos, cerâmica, metalurgia) 
e os excedentes eram comercializados com as 
populações vizinhas. Isso gerava uma economia 
razoavelmente intensa na região do quilombo.
 O primeiro rei de Palmares foi Ganga Zumba, 
filho de uma princesa do Congo. Sua liderança foi 
fundamental para organizar e resistir aos ataques 
externos. Posteriormente seria substituído por 
Zumbi.
 Havia uma diferença entre o status dos 
quilombolas. Estes eram divididos entre:
• aqueles que chegavam aos quilombos pelos 
próprios meios (mais prestigiados);
• aqueles libertados por incursões de guerrilha 
(desconsiderados e indicados para os trabalhos 
mais pesados).
 Note que o Quilombo dos Palmares podia 
ser decomposto em diversos mocambos (núcleos 
de povoamento). Isso supõe a configuração política 
de descentralização do poder entre os diferentes 
grupos.
 Em Palmares encontramos também a 
escravidão. No entanto, era semelhante àquela 
praticada entre os brancos da Europa na Alta 
Idade Média, uma escravidão voluntária e menos 
degradante.
LOCALIZAÇÃO
 O Quilombo dos Palmares foi o porto seguro 
para os escravos que escapavam das fazendas da 
região.
 Estava localizado na Serra da Barriga, 
no estado de Alagoas, uma região coberta de 
palmeiras, daí seu nome.
w w w . p h d c u r s o s . c o m . b r 11
A Queda de Palmares
 A prosperidade de Palmares seduzia os 
colonizadores. Com a expulsão dos holandeses 
do nordeste do Brasil, os senhores de engenho 
necessitavam de um número crescente de escravos 
para retomar a produção açucareira.
 Por isso, o Quilombo representava a 
possibilidade de conseguir mão de obra, além 
de representar um perigoso exemplo para os 
escravos.
 Foram necessárias, entretanto, dezoito 
campanhas, para destruir absolutamente o 
Quilombo dos Palmares.
 Após múltiplas ofensivas ingratas 
contra Palmares, a corte portuguesa contrata o 
bandeirante Domingos Jorge Velho, experiente na 
guerra de extermínio contra os indígenas.
 Contudo, mesmo suas tropas tiveram 
grandes dificuldades em vencer as táticas de 
guerrilha dos quilombolas. O quilombo só teria seu 
fim logo após a morte de seu líder mais conhecido, 
Zumbi.
 A região do Quilombo dos Palmares cresceu 
após a derrota dos negros. Com o passar do tempo, 
transformou-se na Vila Nova Imperatriz, elevada à 
categoria de cidade em 20 de agosto de 1889.
 Porém, será em 1944 que será denominada 
União dos Palmares em homenagem ao quilombo.
ZUMBI DOS PALMARES
 Nascido em Palmares, atual estado do 
Alagoas, em 1655, Zumbi dos Palmares foi o 
chefe guerreiro de maior destaque na história do 
quilombo.
 Foi capturado ainda jovem e oferecido ao 
Padre Antônio Melo, que lhe ensinou português e 
latim, além de batizá-lo com o nome de Francisco.
 Anos depois, em 1670, foge da paróquia 
e regressa ao Quilombo, onde se transforma em 
líder por organizar a resistência.
 Por isso ganha o nome de Zumbi (titulo 
militar de chefe da guerra) após planejar uma 
série de estratégias de guerrilha bem sucedidas.
 Isto incluía assaltos repentinos aos 
engenhos para libertar escravos e conquistar 
armas, munições e suprimentos para realização de 
novos ataques.
 Contudo, após varias vitórias, inclusive 
contra as expedições dos mercenários bandeirantes, 
Zumbi é encurralado e morto em novembro de 
1695.
 Sua cabeça é decepada e transportada para 
Recife, onde foi exibida em praça pública. Assim, 
sem o comando militar de Zumbi, o quilombo 
desintegrou por completo em 1710.
 O "Dia da Consciência Negra" é comemorado 
em 20 de novembro. A data é um tributo a Zumbi 
dos Palmares e a todos os negros que combateram 
bravamente contra a escravidão.
COMARCA DE ALAGOAS
 Já então apresentavam as Alagoas indícios 
de prosperidadee desenvolvimento, quer do ponto 
de vista econômico, quer do cultural. Sua principal 
riqueza era o açúcar, sendo além disso produzidos, 
embora em menor escala, mandioca, fumo e milho; 
couros, peles e pau-brasil eram exportados. 
 As matas abundantes forneciam madeira 
para a construção de naus. Nos conventos de 
Penedo e das Alagoas os franciscanos mantinham 
cursos e publicavam sermões e poesias. Tudo isso 
justificou o ato régio de 9 de outubro de 1710, 
criando a comarca das Alagoas, que somente se 
w w w . p h d c u r s o s . c o m . b r
História de Alagoas
Prof. Jaison Xanchão
12
instalou em 1711. Daí em diante, a organização 
judiciária restringia o arbítrio feudal dos senhores, 
e até o dos representantes da metrópole.
 A comarca desenvolvia-se. Já em 1730 
o governador de Pernambuco, propondo a el-rei 
a extinção da decadente capitania da Paraíba, 
assinalava a prosperidade de Alagoas, com seus 
quase cinquenta engenhos, dez freguesias, e 
apreciável renda para o erário real. Ao lado do 
açúcar, incrementou-se a cultura do algodão. Seu 
cultivo foi introduzido na década de 1770; em 
1778, já se exportavam para Lisboa amostras de 
algodão tecido nas Alagoas.
 Em Penedo e Porto Calvo, fabricava-se 
pano ordinário, para uso, sobretudo, de escravos. 
Em 1754, frei João de Santa Ângela publicou, 
em Lisboa, seu livro de sermões e poesias; é a 
primeira obra de um alagoano. A população 
crescia, distribuindo-se em várias atividades. Um 
cômputo demográfico mandado realizar em 1816 
pelo ouvidor Antônio Ferreira Batalha registrava 
uma população de 89.589 pessoas.
EMANCIPAÇÃO DE ALAGOAS (16/09/1817)
 A região onde hoje se encontra hoje o estado 
de Alagoas foi invadida por franceses no início do 
século XVI. Seria retomada pelos portugueses em 
1535, sob o comando de Duarte Coelho, donatário 
da capitania de Pernambuco.
 Ele organizou duas expedições e percorreu 
a região. Fundou alguns vilarejos, como o de 
Penedo. Foi responsável pelo incentivo ao plantio 
de cana-de-açúcar e a formação de engenhos.
 Em 1630, os holandeses invadiram 
Pernambuco, chegando a ocupar Alagoas até 
1645, quando os portugueses reconquistaram o 
controle da região.
 Em 1706, Alagoas é elevada à condição de 
comarca. Quase 30 anos depois, em 1730 já tinha 
cerca de 50 engenhos e 10 freguesias.
A emancipação política do estado só aconteceu em 
1817, quando a comarca foi elevada à condição de 
capitania.
 Durante os anos seguintes, vários levantes 
contra os portugueses se sucederam em Alagoas.
Em meio crises políticas, em 11 de junho de 1891, 
a primeira Constituição do Estado foi assinada.
 Alagoas também ficaria conhecida por ter 
sido lugar da maior revolta de escravos do país, 
no quilombo de Palmares, por volta de 1630. 
Sob a direção de Zumbi, Palmares chegou a ter 
população de 30 mil habitantes, distribuídos em 
várias aldeias, onde plantavam vários produtos 
da agricultura, além de conseguirem extrair um 
excedente que era comercializado com povoados 
vizinhos. O quilombo foi destruído em 1694.
 Localizado na região Nordeste, Alagoas 
ocupa uma área de 27.848,140 km². Possui 102 
municípios, fazendo limites com Pernambuco, 
Sergipe, Bahia e Oceano Atlântico.

Continue navegando

Outros materiais