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Introdução a Neoplasias: - lesão irreversível - hiperplasia, metaplasia e displasia podem evoluir p/ neoplasia - neoplasia = proliferação de um novo tecido – não deveria estar ali (corpo não consegue limitar esse crescimento) - definida como: “Massa anormal de tecido, de excessivo crescimento e sem coordenação com os tecidos normais, persistindo em seu crescimento, mesmo após a interrupção do estimulo que o originou” – Sir RUpet Willis, 1952 - neoplasia normalmente é tratada como sinônimo de câncer, porem na etimologia o que acontece é que o câncer é um dos processos que se enquadra dentro da neoplasia - antigamente, na Grécia antiga foi empregada a palavra Karkynos (crustáceo) – câncer - neoplasias são processos que possuem tanto macro como microscopicamente elementos que lembram um caranguejo (prolongamentos vão infiltrando os tecidos adjacentes na tentativa de disseminar) - neoplasias tendem a disseminar a partir de um foco original, para outros locais - câncer é empregado apenas para neoplasia maligna - na fase maligna que apresenta esse formato de crustáceo, na benigna isso não aparece História: Hipócrates (460 a. C – 370 a. C) - nomeou câncer (karkynas) - carcinoma (aumento de volume causado por esse crescimento em formato de crustáceo) Claudia Galeno (129 d. C – 210 d. C) - nomeou onco (ankos, massa, aumento de volume) - reservou o termo hipocrático karkynos para as neoplasias malignas Neoplasia benigna x Neoplasia maligna: - benigna: neoplasia bem delimitada, proliferação das celulas diferem das normais - malignas: conseguem romper essa delimitação e invadir outros tecidos (celulas precisam de nutrientes p/ se Marina Reuter Pierote replicar, portanto param a divisão e migram para outros tecidos em busca) *neoplasia pode surgir como benigna e evoluir para maligna ou já surgir como maligna *diagnóstico precoce melhor a chance de cura; é possível fazer a remoção da neoplasia benigna e remover tudo já a maligna não é possível garantir que todas foram eliminadas; pode ficar uma célula para trás e recidivar (voltar a crescer) ou até mesmo disseminar para outros órgãos Transformação maligna: neoplasia surge como benigna e se transforma em maligna, de caráter infiiltrativo - todos esses processos que envolvem as neoplasias estão ligados, principalmente a alterações em nível genômico – uma vez mutado o DNA, proteína pode se produzida mutada e funcionar mal ou de maneira equivocada Câncer é uma doença genética: - de fato o câncer é uma doença genética – se baseia no gene - não confundir com hereditário (informação genômica herdável) Neoplasias hereditárias e ambientais: - hereditária: indivíduo herdou uma informação genômica que leva ao descontrole celular - ambientais: adquiridas; interação com o meio ambiente pode vir a desenvolver neoplasia; vírus, bactérias, certos agentes físicos, substancias químicas variadas - resultado de alterações geradas por pressão de agentes ambientais em um indivíduo geneticamente susceptível *neoplasias são comuns em pessoas mais velhas e são minoria em crianças (normalmente hereditário) *neoplasias ambientais normalmente demoram anos para se desenvolver, a não ser que a influencia de um agente que cause câncer esteja sendo presente Agentes carcinogênicos (carcinógenos): - químicos - físicos - microbianos - hidrocarbonetos policíclicos: derivam da combustão incompleta do carvão mineral, petróleo, tabaco, etc - depende da intensidade e duração da exposição - aminas aromáticas: derivados da anilina - nitrosaminas: formadas no organismo a partir de nitritos e aminas ou amidas Marina Reuter Pierote ingeridas com alimentos (microrganismos utilizados na fermentação de alimento são capazes de produzir) - aflatoxinas: produzidas por algumas cepas de Aspergillus flavus - asbesto: extração e o processamento industrial do amianto (extremamente carcinogênico) Canceres preveníveis: Carcinógenos físicos: Radiação ultravioleta: - raios solares (UVB) - formação de dímeros de pirimidina no DNA = RAS e TP53 Radiação ionizante: - eletromagnéticas (raios x e gama) - particuladas (partículas alfa e beta, prótons e nêutrons) Carcinógenos microbianos: Bactérias e helmintos: - Helicobacter pylori (ulcera péptica) – VacA e CagA – linfoma gástrico - Shcistossoma haematobium e japonicum – câncer de bexiga *Schistossoma mansoni presente no Brasil não tem essa associação Vírus: - papiloma vírus (papovaviridade) - flavírus (hepatite C) - herpesviridae (vírus Epstein – Baarr/EBV, KSHV/HHV-8 - hepadnavírus (hepatite B) *vírus integram seu DNA ao humano e levam a produção de proteínas anômalas que levam ao descontrole da replicação Etapas da carcinogênese: 1- Iniciação: - célula normal a sofrer ação de agente carcinogênico (agente químico, vírus, radiações, mutações espontâneas) - ocorre alteração genômica – perde controle da replicação - interação da mutação que leva a célula ao estágio alterado e não é feita a correção, célula não é destruída e tem potencial para proliferar de maneira descontrolada - modificações genômicas permanentes, processo irreversível, precisa do agente promotor 2- Promoção: - célula alterada começa a replicar, sofre expansão clonal e se divide ao ponto de chegar em uma quantidade onde a vigilância imunitária não consegue remover - replicação é gerada por substancias que induzem proliferação (inflamação pode Marina Reuter Pierote favorecer a replicação – aproveitamento dessas substancias de fator de crescimento geradas na inflamação p/ favorecer a replicação) - proliferação das celulas iniciadas; efetiva as alterações genômicas; processo reversível -> regressão do processo a um nível mais controlado 3- Progressão - evolução do processo neoplásico ao longo do seu organismo que culmina na formação de focos adicionais em órgãos a distância (ex: fígado, pulmão e cérebro) -> chamado de foco secundário (comumente de metástase) - metástase – parte da progressão quando tem celulas simultaneamente em dois locais ou mais diferentes - propriedades mais agressivas ou não; mutações sucessivas; celulas mais instáveis - morte dos pacientes muito ligada a metástase pois para as células replicarem elas precisam de espaço e acabam destruindo celulas do órgão atingido Marina Reuter Pierote
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