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Na época da primeira geração do Romantismo no Brasil, houve um forte sentimento nacionalista que valorizava a pátria e os elementos, conforme narração na obra de Gonçalves Dias. No entanto, passados muitos anos, a realidade brasileira é achar que todo o Mundo presta, menos o Brasil, vive-se um abismo entre a realidade e o ufanismo. Nesse sentido, dentre as causas dessa problemática, podemos citar o afastamento do governo em relações aos problemas sociais bem como a falta de noção de pertencimento do povo. Com isso, é necessário analisar tal quadro intrinsecamente ligado a aspectos governamentais e sociais, para assim chegarmos a um sentimento de amor à pátria fugindo do patriotismo excessivo. É importante ressaltar, em primeiro plano, que o afastamento do governo é evidente frente a falta de assistência. Saúde abandonada, escolas sucateadas e falta de ensino de qualidade para todos, violência excessiva, esses fatores contribuem para criar na população razões para não crer em qualquer sentimento de valorização do país. Além disso, a corrupção diária dos que detêm poder desestimula bem como afasta mais a população, dessa forma influencia a desvalorização. Logo, é notório que os brasileiros são vítimas de vários crimes contra a pátria, crenças, cultura, língua mas seguem a fazer piada da própria desgraça e enfrentam os desgostos sambando. Cabe mencionar, em segundo plano, a falta de noção de pertencimento de nossos cidadãos. Nessa lógica, isto se dá pelo desconhecimento da nossa história, ao não conhecermos os nossos passado na qual nossa cultura, língua e costumes foram castrados para uma cultura “mais forte” reinar e suas terríveis consequências, não tomamos atitudes que visem uma construção de identidade pelo próprio povo fomentando no pertencimento. Com base nisso, essa falta de uma identidade própria bem como a falta de ser sentir parte de uma nação faz com que os brasileiros não tenham autoestima, os mesmos maximizam os pontos negativos, pois como diz Nelson Rodrigues, o brasileiro é um Narciso às avessas pois valoriza em demasia o que não lhe caracteriza como povo. Por fim, o complexo de vira-lata é diariamente reforçado pelos brasileiros propagando a depreciação a cultura, economia e a moral nacional. Infere-se, portanto, que para mudar o futuro do Brasil deve-se encontrar um meio termo entre a realidade e o ufanismo. Para tanto, é responsabilidade do MEC potencializar a base nacional comum curricular aulas voltadas a História do Brasil, cultura brasileira, as nossas raízes culturais, com o fito de, ao conhecermos nosso passado, possamos construir novos caminhos sem persistir no erro, confirmando assim as palavras do filósofo George Santayana. Além disso, cabe à sociedade civil organizada participar da vida política para cobrar dos seus representantes transparência, ações e projetos que busquem a revitalização bem como à melhoria da vida da população. Com isso, retomaremos aquele sentimento sonhado e vivido pelos representantes do nosso Romantismo.
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