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Análise Econômica dos Governos FHC e Lula

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RESENHAS 2
7 - GOVERNO LULA: CONTRADIÇÕES E IMPASSES DA POLÍTICA ECONOMICA
O texto faz uma análise econômica dos dois Governos do presidente Fernando HenriqueCardoso (1994-2002) e o primeiro ano do Governo Lula (2003). Compara as políticaseconômicas dos dois presidentes, o contexto macroeconômico mundial e nacional durante operíodo dos governos e as consequências das políticas adotadas por eles para o país. O
objetivo dos autores nesta análise comparativa é encontrar dentro do cenáriomacroeconômico e na situação econômica do país respostas que justifiquem a manutenção,pelo Governo Lula, das políticas econômicas do Governo FHC.
O Plano Real e as políticas econômicas liberais aprofundaram dois problemas estruturais daeconomia brasileira: a vulnerabilidade externa do país e a fragilidade financeira das
finanças públicas. No 1° ano do governo Lula as tendências econômicas do fim do GovernoFHC se mantiveram, pois, o PT não implantou mudança na política econômica, ao contrário,rendeu-se a políticas econômicas liberais, trazendo com isso o apoio de instituições comoFMI e Banco Mundial.
Segundo Filgueiras e Pinto, \u201ccom a dinâmica perversa \u2013 de vulnerabilidade externa daeconomia e a instabilidade cambial, que levam ao aumento da taxa de juros e, comoconsequência, ao crescimento da dívida pública, à estagnação econômica e à elevação dataxa de desemprego \u2013 dificilmente será alterada com a obtenção de superávits fiscais, nemmuito menos com as reformas previdenciária, trabalhista e tributária.\u201d mesmasmedidas, mesmas consequências.
8 – Desindustrialização setorial e estagnação de longo prazo da manufatura brasileira
Nos últimos anos tem-se observado uma preocupação crescente entre os economistas e o público em geral a respeito de um possível processo de desindustrialização da economia brasileira. Nesse contexto, podemos observar duas posições claramente definidas. De um lado, temos os assim chamados "novo-desenvolvimentistas" que defendem a tese de que a economia brasileira vem passando por um processo de desindustrialização nos últimos 20 anos, causado pela combinação perversa entre abertura financeira, valorização dos termos de troca e câmbio apreciado. Do outro lado, temos os assim chamados "economistas ortodoxos" que afirmam que as transformações pelas quais a economia brasileira passou nas últimas décadas não tiveram um efeito negativo sobre a indústria e que a apreciação do câmbio real resultante dessas reformas favoreceu a indústria ao permitir a importação de máquinas e equipamentos tecnologicamente mais avançados, o que permitiu a modernização do parque industrial brasileiro e, consequentemente, a expansão da própria produção industrial.
Isso posto, esse pequeno artigo tem por objetivo aprofundar o debate sobre a questão da desindustrialização (ou não) da economia brasileira. Inicialmente, iremos definir de forma precisa o termo "desindustrialização" para isolar o debate em consideração de temas conexos como, por exemplo, "re-primarização da pauta de exportações" e "doença holandesa". Na sequência iremos nos debruçar sobre as possíveis causas do processo de desindustrialização e as suas possíveis consequências sobre o crescimento de longo prazo de uma economia capitalista. Iremos finalizar essa nota com algumas evidências empíricas a respeito da ocorrência da desindustrialização na economia brasileira.
9 – Politicas Publicas e estado: Plano Real
O artigo aborda o papel do Plano Real na reconstrução do Estado brasileiro. A tese principal é que havia então uma crise sociopolítica do Estado (crise de hegemonia do pacto de dominação) e não apenas uma crise de governabilidade, segundo avaliava o pensamento predominante na literatura da ciência política brasileira à época. O sucesso do Plano Real explica-se por ele ter sido o carro-chefe de um programa de mudança que foi conduzido num processo de repactuação sociopolítica liberal do poder de Estado. O envolvimento da esfera político institucional nesse processo de mudança logrou a superação da crise de governabilidade existente até 1993. No período histórico aberto pelo Plano Real, até o principal partido de esquerda, o PT, foi induzido a aderir, ao seu modo, desde a campanha eleitoral de 2002, a uma política macroeconômica liberal, embora o governo de coalizão de Lula esteja executando também políticas contra hegemônicas. A análise identifica a origem e os determinantes da crise e algumas conjunturas de seu processo, com ênfase no governo Itamar Franco. O argumento mostra a importância da liderança política de Fernando Henrique Cardoso no processo do Plano Real, mas não adere a uma explicação voluntarista ou indeterminista, pois insere as ações dos sujeitos nos constrangimentos estruturais.
O objetivo do artigo é demonstrar a efetividade do Plano Real na indução do processo de reconstrução da estrutura de poder do Estado brasileiro. O argumento explicativo é que o Plano Real resolve, embora não a ponto de solucionar, questões-chave e interdependentes da crise multidimensional então existente no país. O Plano Real resolve problemas relacionados: 1) à nova inserção internacional orientada para o mercado dos setores público e privado da economia brasileira; 2) à repactuação sociopolítica, que deixa para trás mais de uma década de crise de hegemonia, aberta pela ruptura da aliança desenvolvimentista; 3) à ordem político-institucional; 4) e à esfera ideológica, por assegurar, de imediato, e induzir, ao longo do tempo, a um ambiente nacional muito mais propício à expansão da cultura e da agenda liberais, sob diferentes matizes, entre os agentes de mercado, elites políticas e atores sociais.
10 – Evolução da produtividade no Brasil: Comparações Internacionais
Como mostra a análise comparativa feita neste volume, a produtividade do trabalhobrasileira é baixa em comparação com os países desenvolvidos e mesmo em relação aalguns países da América Latina, como o Chile.3 Além disso, após um período deconvergência para a produtividade dos Estados Unidos no pós-guerra, a produtividadebrasileira cresceu pouco desde 1980, o que reverteu a trajetória de convergência para afronteira tecnológica.
Como discutiremos em mais detalhe na próxima seção, a literatura recente temenfatizado a importância de analisar o comportamento da produtividade em diferentessetores da economia para entender a evolução da produtividade agregada.
Emparticular, argumenta-se que o setor de serviços, ou algumas das atividades quecompõem o setor (serviços tradicionais), são menos dinâmicas que segmentos daindústria de transformação e do próprio setor de serviços (serviços modernos). Namedida em que o setor de serviços tende a absorver a maior parcela do emprego aolongo do processo de desenvolvimento, a evolução da sua produtividade torna-sedeterminante para a dinâmica da produtividade agregada.
Por outro lado, diversos autores argumentam que existem diferençassignificativas de produtividade setorial entre países. Em particular, a produtividade dosetor de serviços em países desenvolvidos é muito superior à de países emdesenvolvimento.7 O mesmo se verifica na indústria e na agricultura, embora existamevidências de convergência na produtividade da indústria manufatureira.O objetivo deste capítulo é fazer comparações internacionais de produtividadesetorial e analisar em que medida a baixa produtividade brasileira está associada adiferenças no nível de produtividade setorial ou na participação do emprego em cadasetor. Para isso, utilizamos dados de produtividade e emprego de 35 atividadeseconômicas e dos três grandes setores: agropecuária, indústria e serviços.
11 - INTERPRETAÇÕES SOBRE O BRASIL\u201d In Maria Rita Loureiro, org. (1997) 50 anos de Ciência Econômica no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 1997: 17-6
O artigo fala sobre as duas interpretações em conflito pela disputa da hegemonia política no Brasil no período da revolução industrial, interpretação da burguesia nacional e da vocação agraria. Também versa sobre o regime militar de um lado se tem a burocracia autoritáriae do outro o capitalismo funcional, imperialismo e a nova subordinação. Por fim tem-se o retorno do Brasil a democracia, onde as interpretações eram a neoliberal, a social liberal e a do desenvolvimento social.
Durante todo o texto o autor tentar analisar as interpretações intelectuais ligadas aos períodos já citados.
O autor nos dá nove interpretações, a interpretação nacional-burguesa, de esquerda, apontando para o futuro. Interpretação da vocação agrária olhava para o passado. A funcional-capitalista olha para o passado. A da superexploração capitalista era irrealista.A de esquerda que olhava para o futuro. A autoritário-modernizante buscava apenas legitimar o presente. A social-desenvolvimentista que olha para o passado. A interpretação neoliberal olha para um passado mais distante. A social-liberal que aponta para o Estado do século XXI.
12 – A inserção externa da economia brasileira 1999 - 2010
O conceito de inserção externa envolve duas dimensões essenciais, a comercial e a financeira. A análise de sua evolução requer a consideração de aspectos macroeconômicos (como o regime cambial adotado, que define o método de fixação da taxa de câmbio e sua dinâmica de ajustamento) e estruturais (essencialmente, os graus de abertura comercial e financeira das economias e a estrutura de comércio exterior e do sistema financeiro). A interação entre os dois conjuntos de fatores moldar· as características dos fluxos financeiros e comerciais entre o país e o exterior. Todavia, o volume e a composição efetiva desses fluxos dependem também de fatores externos aos países, especificamente, da dinâmica da economia internacional em cada momento da história. A influência desta dinâmica revela-se mais intensa no caso dos paísesperiféricos, como o Brasil. No contexto atual de globalização financeira, a relação entre o regime cambial e o comportamento dos fluxos comerciais e financeiros tornou-se ainda mais complexa. Nos países que adotaram um grau elevado de abertura financeira, a dinâmica dos fluxos de capitais sobrepõe-se, em geral, ‡aquela dos fluxos comerciais, exercendo influência decisiva sobre a trajetória dos balanços de pagamentos e o comportamento da taxa de câmbio. Neste contexto, a escolha do regime cambial constitui uma decisãoestratégica (e no trivial) de políticaeconômica. Os regimes de câmbio administrado (fixo ou bandas cambiais), que prevaleceram nos paísesperiféricosaté meados da década de 1990, tem o mérito de garantir a estabilidade da taxa de câmbio nominal, um dos preços-chave das economias capitalistas, mas se revelaram extremamente suscetíveisaapreciação da taxa de câmbio real e a ataques especulativos, que culminaram em sucessivas crises cambiais na segunda metade daquela década, dentre as quais a crise brasileira de 1998-1999. Após essas crises, as políticas de câmbio fixo ou semifixo (tipo crawling peg) cederam lugar aos regimes de flutuação suja na maioria desses países, incluindo o Brasil. Todavia, num contexto de alta mobilidade de capitais, esses regimes podem resultar em volatilidade excessiva da taxa de câmbio, com implica negativas sobre as decisões de investimento e de exportação. Essa volatilidade, por sua vez, depender· tanto do grau de abertura financeira da economia como da forma de interação entre a autoridade monetária e os agentes privados no mercado de câmbio.
Parte-se da hipótese de que este ambiente constituiu um determinante fundamental das mudanças na inserção externa do Brasil no período analisado. Isto não quer dizer que as decisões de políticaeconômica foram irrelevantes; contudo, não houve alterações substantivas, em relação seja ao regime cambial, seja a abertura externa da economia. Enquanto a linha de continuidade no caso dessa política inicia-se em 1999, quando foi adotado o regime de câmbio flutuante, no ‚âmbito da abertura externa essa linha remonta ao início dos anos 1990, quanto se iniciaram os processos de liberalização comercial e financeira externa da economia brasileira.

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