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SEMINARIO 2021

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Socialização - Seminário V
Gisele Ghizzo Marcon
Jaciara Amália Marques Delfino
Letícia Umbelino da Silva
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GESTÃO DE CUSTOS E A RELAÇÃO COM O ORÇAMENTO EMPRESARIAL
INTRODUÇÃO
Considerando que o mundo dos negócios está cada vez mais competitivo, as empresas tem demandado ainda mais dados e informações, visando disparar suas vendas, melhorar os custos e aumentar os lucros, de forma que aumente suas vantagens quando comparados com seus concorrentes, visto que se torna cada dia mais alta a competição entre empresas do mesmo ramo. Para que as empresas consigam tais dados, é utilizada uma importante ferramenta, que proporciona uma melhor tomada de decisão em relação à formação dos preços. Tal ferramenta é chamada de contabilidade de custos, que analisa todos os gastos da empresa e permite a identificação de melhorias e tomada de decisão baseada em evidências, relacionado com a formação de preços. Traremos os dois principais métodos de custeamento, o Método de Custeio por Absorção que segue os Princípios Fundamentais de contabilidade, e o Método de Custeio Direto e Variável, que não é um sistema aceito legalmente pelo fisco e sua utilização limita-se à contabilidade para efeitos internos da empresa.
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 DEFINIÇÃO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS
 
Segundo Leone (1997, p. 19/20), "a Contabilidade de Custos é um ramo da Contabilidade que se destina a produzir informações para os outros níveis gerenciais de uma entidade, como auxílio às funções de determinação de desempenho, de planejamento e controle das operações e de tomada de decisões”.
Em resumo, a contabilidade de custos é um conjunto de normas que possibilitam o registro e controle de toda a atividade no processo produtivo, juntamente com a associação de todos os itens que formam o valor dos bens produzidos ou os que estão em processo de produção. Assim, consegue fornecer informações que conduzem as atividades de controle, planejamento e tomada de decisões.
OBJETIVOS DA ANÁLISE DE CUSTOS
 
 GESTÃO DE CUSTOS
A gestão de custos é uma importante ferramenta quando se trata de tomada de decisões, considerando que ela possibilita a melhor visualização dos gastos, pois identifica as atividades que envolvem o processo de produção de um determinado produto ou prestação de serviço, tendo uma ação efetiva no controle de custos.
A análise de custo é uma estratégia de custeio adotada pelas empresas que desejam ter um maior conhecimento e exatidão dos gastos da produção de bens e serviços de um determinado período.
MÉTODOS DE CUSTEAMENTO
 
Método de custeio ou método de custeamento é a forma como as empresas agregam ao preço de venda os seus custos para fabricar tal produto e tem por objetivo separar os custos fixos e variáveis, definindo seu peso no preço de venda do produto.
	Para Martins (2003): 
			“Custeio significa apropriação de Custos. O principal 						objetivo do sistema de custeio é determinar o custo 						incorrido no processo de produção de bens ou 							prestação de serviços”.
Dentre os métodos de custeio estão o Método de Custeio por Absorção e o Método de Custeio Direto e Variável, que são os principais. Reforçando que apenas o método de custeio por absorção segue os Princípios Fundamentais de Contabilidade.
CUSTEIO POR ABSORÇÃO
 
Este método é baseado no princípio de que os custos, sejam eles diretos ou indiretos, fixos ou variáveis, que tiveram origem na produção sejam destinados a todos os produtos, e que todas as despesas ocorridas durante a comercialização sejam consideradas gastos do período.
	Conforme Leone (1996, p. 238), “o custeamento por absorção é aquele que faz debitar ao custo dos produtos todos os custos de fabricação, sejam estes definidos como custos diretos ou indiretos, fixos ou variáveis”.
Para Wernke (2004, p. 20), “este é o método mais tradicional de custeio e é empregado quando se deseja atribuir um valor de custos ao produto, atribuindo-lhe também uma parte dos custos indiretos. Consiste na apropriação de todos os custos de produção aos produtos, de forma direta ou indireta mediante critérios de rateios”. Como este método é permitido pela legislação brasileira, ele é o mais utilizado para as finalidades contábeis.
CUSTEIO DIRETO
 
De acordo com Martins (2000, p. 216), “o método de custeio direto consiste em alocar aos produtos os custos variáveis, ficando os fixos separados e considerados como despesas do período, indo diretamente para o resultado; para os estoques só vão, como consequência, custos variáveis”. Este método não é permitido pela legislação brasileira, pois fere um dos princípios contábeis (princípio da competência), porém é muito utilizado para relatórios e dados internos da empresa.
QUADRO I – PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE OS MÉTODOS DE CUSTEIO
ORÇAMENTO EMPRESARIAL
 
Orçamento empresarial é um recuso do planejamento financeiro que permite projetar as receitas e despesas da empresa em um intervalo de tempo ou determinado período. Esse recuso costuma ser elaborado anualmente ou mensalmente, dependendo da demanda ou necessidade da empresa, fazendo parte do planejamento estratégico.
 O orçamento empresarial tem por objetivo facilitar que a estratégia da empresa em atingir as metas seja executada, reduzindo os custos e despesas e maximizando as oportunidades que ainda não foram exploradas.
METODOLOGIA
 
 
	Com foco em atingir os objetivos citados neste trabalho, ficou definido o delineamento das pesquisas dentre as tipologias metodológicas existentes, às quais apresentam-se em três categorias, segundo Beuren (2003): quanto aos objetivos; quanto aos procedimentos; e quanto à abordagem do problema.
	Nesta situação-problema, trata-se de uma pesquisa descritiva. O trabalho enquadra-se ainda como sendo estudo de caso, pois trata de um estudo sobre a forma como a gestão de custos está relacionada ao orçamento empresarial, no qual concentramos os esforços em aprofundar o conhecimento a respeito do assunto.	Andrade (2002) explica que a pesquisa descritiva se configura como um estudo intermediário entre a pesquisa exploratória e a explicativa, ou seja, não é tão preliminar como a primeira nem tão aprofundada como a segunda. Nesse contexto, descrever significa identificar, relatar, comparar, entre outros aspectos.
RESLTADOS E DISCUSSÕES
 
 
	Diante dos fatos trazidos para essa pesquisa, pudemos observar que, apesar de serem operações diferentes, a gestão de custos e o orçamento empresarial andam lado a lado e se complementam em prol da saúde financeira da empresa.
	Para que se tenha um orçamento empresarial eficaz, a gestão de custos deve ser feita para ter clareza nos dados a serem apresentados e analisados, antes que seja executado o orçamento. Esta execução proporcionará resultados que vai possibilitar a empresa a atingir os seus objetivos. No quadro a seguir, trouxemos os principais motivos pelos quais a empresa não elabora o orçamento empresarial. Destaque para o fato de que 33% das empresas consideram péssima a qualidade de suas informações para o orçamento e 17% consideram regulares. Nota-se que metade das empresas julgam suas informações péssimas e regulares, o que dificultaria o trabalho de implementação de orçamento empresarial.
 
QUADRO II – MOTIVOS PELOS QUAIS A EMPRESA NÃO ELABORA O ORÇAMENTO EMPRESARIAL
CONCLUSÃO
 
	Esta pesquisa teve por objetivo demonstrar a relação entre a gestão de custos e o orçamento empresarial e de que forma estes mecanismos podem contribuir para o sucesso da empresa, trazendo dados relevantes e que auxiliam na tomada de decisão, evitando custos desnecessários, perdas de venda e fazendo comparativos em relação a concorrência, criando estratégias para atingir os objetivos e metas da empresa.
Após o estudo, podemos concluir que o orçamento empresarial, atrelado com a gestão de custos, se mostram como importantes instrumentos de mensuração quantitativa por permitir analisar a situação financeira com antecedência, por possibilitar a visualização de informações gerais de negócio, mostrando outra percepçãoe pontos de vista que não foram avaliados, transformando-os em números e permitindo a comparação entre os dados planejados e realizados.

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