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Epidemiologia 3 Conceitos

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Aula 3: Conceitos Básicos em epidemiologia
Prof.ª Msc. Camila Amato Montalbano
Doutoranda do PPGDIP-UFMS
 Estudo sobre o que acontece com o povo
Ramo da medicina que estuda os diferentes fatores que intervêm na difusão e propagação de doenças, sua frequência, seu modo de distribuição, sua evolução e a colocação dos meios necessários a sua prevenção ou erradicação.
Epidemiologia
Uma epidemia se caracteriza pela incidência, em curto período de tempo, de grande número de casos de uma doença. 
O termo tem origem no grego clássico: epi (sobre) + demos (povo) e sabe-se ter sido utilizado por Hipócrates no século VI a.C..
A ocorrência, numa comunidade ou região, de casos de doença, acidente, malformação congênita, comportamento especificamente relacionado com a saúde ou outros acontecimentos relacionados com a saúde que ocorre em um determinado momento e espaço, é normal, já que interagimos com o ambiente e outras formas de vida. 
Um surto epidêmico ocorre quando há um grande desequilíbrio com o agente (ou surgimento de um), sendo este posto em vantagem. Este desequilíbrio é comum quando uma nova estirpe do organismo aparece (mutação) ou quando o hospedeiro é exposto pela primeira vez ao agente.
Epidemia
O número de casos indicativos da presença de uma epidemia devido a um agente transmissível varia de acordo com o agente, dimensão, tipo e estado imunitário da população exposta, experiência ou falta de experiência prévia com o agente responsável e com o tempo, local, forma de ocorrência e seu comportamento na população.
Incidência máxima esperada = Media da incidência + 2 x Desvio padrão
Bioestatística. 
Para exemplificar, pegaremos uma doença X, que tem sua incidência medida de ano em ano. Se o número de casos que ocorreram no ano atual superar o valor da ‘’’incidência máxima esperada’’’, temos um caso epidêmico, se for inferior, temos um caso endêmico.
Epidemia Dengue
Gripe espanhola, a gripe suína,etc
Doença epidêmica
Infecção endêmica numa população acontece quando é mantida nela sem necessidade de contaminação proveniente do exterior.
Por exemplo: a varicela (catapora) é endêmica no Reino Unido, mas a malária não. 
Todos os anos, há alguns casos de malária descritos no Reino Unido, mas estes casos não conseguem manter a transmissão na população devido à falta do vetor necessário (mosquito do género Anopheles).
Endemia
A endemia difere da epidemia por ser de caráter mais contínuo e restrito a uma determinada área. No Brasil, por exemplo, existem áreas endémicas de febre amarela na Amazônia, áreas endémicas de dengue, já que existem, constantemente, e tem- se novos casos a cada ano.
Por vezes, uma endemia pode evoluir para uma epidemia, existindo, nesse caso, uma doença endemoepidémica. 
O termo "endêmico" passou a referir-se, de forma mais ajustada, ao grau de prevalência de uma doença, ou seja, à proporção entre o número total de casos da doença e o número de indivíduos em risco de a adquirir numa área geográfica e temporalmente bem definida.
Endemia versus Epidemia
É uma epidemia de doença 
infecciosa que se espalha entre a população localizada em uma grande região geográfica como, por exemplo, um continente, ou mesmo o planeta. As três condições para que haja uma pandemia são:
O aparecimento de uma nova doença à população.
O agente infecta humanos, causando uma doença séria.
O agente espalha-se fácil e sustentavelmente entre humanos.
Pandemia
Ao longo do tempo a relação entre agente e hospedeiro tende a mudar de predatória (favorecendo o agente) para comensal (que não favorece nem um nem outro).
 Com o tempo e um ambiente estável a ocorrência de doença passa de epidêmica para endêmica e depois para esporádica. 
O hospedeiro mais resistente tem maior probabilidade de sobrevivência. 
Interação parasito- hospedeiro
Microorganismos: produzir doença e/ou morte não favorece a perpetuação dele. 
Portanto, a seleção natural favorece os menos patogênicos.
Para exemplificar o que foi dito, pegamos o vírus da mixomatose intencionalmente introduzido na Austrália para controlar os coelhos provocou uma mortalidade elevada (80% a 90%). Depois de alguns anos verificou-se que a taxa de fatalidade inicial de 99% passou para 90% e o tempo entre a infecção e a morte aumentou. Em 15 anos a população de coelhos chegou aos 20%.
Interação parasito- hospedeiro
Infecção é a invasão de tecidos corporais de um organismo hospedeiro por parte de organismos capazes de provocar doenças, a sua multiplicação e a reação dos tecidos do hospedeiro a estes organismos e às toxinas por eles produzidas.
O hospedeiro é capaz combater a infeção através do seu sistema imunitário. 
Infecção 
É gerada pelo sistema imunitário
A inflamação ou processo inflamatório é uma reação do organismo a uma infecção ou lesão dos tecidos.
Vermelhidão e quente: ocorre devido a um aumento do fluxo de sangue e demais líquidos corporais migrados para o local. 
Dor, inchaço e perda de função: pelo de acúmulo de células provenientes do sistema imunológico (leucócitos, macrófagos e linfócitos), e essa dor é mediada por certas substâncias químicas produzidas pelo organismo. No processo, os leucócitos destroem o tecido danificado e enviam sinais aos macrófagos (células), que ingerem e digerem os antígenos ( substância do patógeno) e o tecido morto. Em algumas doenças esse processo pode apresentar caráter destrutivo.
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Inflamação
Corresponde a qualquer doença clinicamente evidente que seja o resultado de uma infeção, presença e multiplicação de agentes biológicos patogénicos no organismo hospedeiro. As infecções são causadas por agentes infecciosos como os vírus, microorganismos como as bactérias, por nematódeos (vermes), por artrópodes (moscas), ácaros, pulgas e piolhos, protozoários por fungos e por outros macroparasitas.
Exemplos: Aids, Sífilis, micoses, verminoses
Doença infecciosa
 O agente causador não é nem vírus, nem microorganismo, nem nenhum ser vivo
Câncer, Hipertensão, Obesidade, Diabetes (doenças crônicas degenerativas)
Doenças auto- imunes, síndromes metabólicas, doenças alérgicas
O agente causador é alimento, radiação, substâncias químicas, fumaça
Doença não- infecciosa
imune inato: é o primeiro sistema que age quando surge um patógeno (agente causador de doença). É simples e envolve mecanismos simples de defesa Envolve muitas vezes a inflamação à qual sucede uma resposta do sistema imune adquirido.
Sistema imune adquirido: Precisa entrar em contato com o patógeno e chega posterior ao inato. É mais específico e produz anticorpos e células de defesa específicas para aquele ser invasor que acabou de invadir.
Sistema de defesa
DOENÇAS CONTAGIOSAS: transmissíveis de pessoa a pessoa através com contato
Doenças transmissíveis: podem ser transmitidas, como o próprio nome diz, através de determinadas vias. Ex: HIV pode ser transmissível por relação sexual 
Doenças não- transmissíveis:não podem ser transmitidas (Hipertensão, câncer)
OUTRAS DEFINIÇÕES
OBRIGADA!!!!!!
montalbano.c@hotmail.com

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