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Escolas Penais

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As Escolas Penais são agrupamentos de ideias trazidas por estudiosos no âmbito do Direito Penal em determinado período da história. As principais Escolas Penais são:
Escola Clássica:
Com influência do Iluminismo, surge no final do século XVII e metade do século XIX a partir do questionamento sobre o totalitarismo do Regime Absolutista. Esse nome foi dado de forma pejorativa pelos positivistas, pois acreditavam se tratar de ideias ultrapassados. Seus principais doutrinadores foram: Beccaria; Francesco Carrara; Carmignani e Rossi. Eles eram jusnaturalistas e utilizavam o método racionalista e dedutivo, isto é, partiam de uma observação geral para alcançar um fato específico. Esta linha de pensamento considera o crime um conceito jurídico, uma vez que constitui a violação de um direito. Logo, o indivíduo que comete, de forma voluntaria e consciente, um crime deve ser punido pelo tal ato. Desta forma, a pena surge como tutela jurídica e retribuição pelo crime cometido.
Escola Positiva:
Com o crescimento da criminalidade e sob forte influência dos estudos da sociologia e da biologia, surge em meados do século XIX a Escola Positiva. Essa escola penal foi dividida em três fases: antropológica, sociológica e jurídica. A fase antropológica é marcada pela realização de métodos experimentais feitos por Cesare Lombroso. A partir desses experimentos, Lombroso concluiu que existia um padrão físico entre os criminosos e assim surgiu a teoria do criminoso nato, segundo a qual o delinquente é um primata ressuscitado por um fenômeno de atavismo. Já a fase sociológica traz como principal representante Enrico Ferri, segundo ele o criminoso não comete um crime por vontade própria, mas sim em razão do meio social em que vive. Por último, destaca-se Rafael Garofalo na fase jurídica. Ele é o responsável por abordar o conceito de delito natural, entendido como “ação prejudicial e que fere ao mesmo tempo alguns desses sentimentos que se convencionou chamar o senso moral de uma agregação humana”.
Escola Correcionalista:
Surge na Alemanha em 1839, após a publicação do livro “Comentatio na poena malum esse debeat”, de Karl David August Röeder. Para ele, a pena tem a finalidade de corrigir a injusta e perversa vontade do criminoso e, dessa forma, não pode ser fixa e determinada, mas sim que deveria durar enquanto fosse necessária para corrigir a conduta do criminoso. Outros adeptos dessa teoria foram Pedro Dorado Montero, Alfredo Calderón, Rafael Salillas, Concepción Arenal, Giner de los Rios e Romero y Girón.
Escola Técnico-Jurídica:
Surge na Itália no século XIX, com o objetivo de solucionar a confusão metodológica gerada pela escola positiva. Essa confusão se deu na utilização dos métodos e na falta de preocupação com os aspectos jurídicos do crime. Dessa forma, as principais características da Escola Técnico-Jurídica são: o crime é uma relação jurídica, de conteúdo individual e social; a pena é consequência do crime e tem função preventiva; utilização do método técnico-jurídico de pesquisa; recusa-se a aplicação da Filosofia no campo do Direito Penal. Os principais defensores dessa corrente foram Rocco, Manzini, Massari, Delitala, Cicala, Vannini, Conti e Binding.
Escola da Defesa Social:
A verdadeira ideia de defesa social surgiu no início do século XX, em decorrência dos pensamentos da Escola Positiva do Direito Penal. O fundamento básico dessa corrente é a defesa social pela adaptação do delinquente e não pela sua neutralização. Sua essência se encontra, portanto, na defesa social contra o fenômeno crime e na ressocialização do delinquente. Pode-se destacar como representantes dessa corrente Germain, Vasalli, Herzog, Pinatel, Graven, Cornil, Versele, Barbero Santos, Novolone, Vernet, Kinberg, Besson, Araújo Júnior.

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