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• • ,'A14 ! VãIor ! Sexta-feira e fim de semana, 27.28 e 29 de julho de 2012 pinião -----, I De .L I p.•.•..•(). ~ -=- C,~\)a2""o .- tL ts~ L.~. '~"t'" ... L:.">l--l. Jo~na11rconômíco de circulação nacional, publicado desde 2 de maio de 2000 pela Valor Ecqmíco SA Diretora de Redação: Vera Brandimarte Conselho Editorial; Alexandre Caldini Neto, Aluízio Maranhão Gomes da Silva, Antonio Manuel Teixeira Mendes, Celso Pinto, João Roberto Marinho, Luiz Frias, otavio Frias Filho, Roberto Irineu Marinho e Vera Brandimarte Diretor-presidente: Alexandre Caldini Neto Conselho de Administração; Antonio Manuel Teixeira Mendes, Luiz Frias, ~~~~lIo Henrique Monteiro de Moraes, Roberto Irineu Marinho Consumo está na rota dos desequílíbríos da economia 11 Brasil tem aquilo quequase todos os países não têm no momento: demanda de consumo." Aafirmação do economista-chefe do Bradesco, Octavio de Barros, registrada em reportagem do Valor (24/7), deixa claro que o atual impulso de consumo dos brasileiros, alvo de várias críticas, é na verdade cobiçado por quase 'todos os países do mundo. AChina, por exemplo, tenta há tempos transferir o motor de sua economia do comércio internacional para as vendas ao mercado interno. Oobjetivo foi explicitamente extemado no último plano quinquenal, anunciado há pouco mais de um ano, mas a transição está longe de ser concluída. Nos Estados Unidos, a economia capenga, apesar de todos os estímulos fiscais e monetários injetados, porque o consumo interno ainda não se recuperou dos excessos do passado. Não se pode negar que a vida da zona do euro seria bem melhor com um consumo mais aquecido. Já no Brasil,o consumo em alta émotivo de preocupação edebate a respeito de sua duraçãoe elasclistorçõesque produz. Ainda assimcontinua cresc<:lldolafunentado pelo desemprego em patamareshist0ri~entebaixos epelo aumento dossalârios.que mantêm a confiança do consumídorem níveiselevados, Nesta semana saíram dados que indicamque o fôlego do consumo está longe do esgotamento. Os indicadores dó mercado de trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)e do Instituto BrasileirodeGeografia e Estatística (lBGE)mostramque,apesaide alguma desaceleração,o emprego continua firme e os salários em expansão.' . Emjunho, íoramcríados 120'4'-lIllilnovos postos de trabalho em termos uquidos, de acordo com o Cadastro GeraldeEItlpregados e Desempregados (Caged)doMTE.sórnando 858,3 mil novospostos em todo ópaísnoselIlestre, apesar de o ritmo sermais lento em setores como a indústria de transfórmação'Quatrodecinco regiões metropolitanas;pesquisaci.1sestáo com mais empregosdoque há umano,ségundo pesquisa parcial divulgadapelolliGEontem, Além disso, a expansão salarial contin1l3 vigorosa, ainda em reflexoAoamnent() do salário mínimó,dareduçãoclainflação e d() desemprego.Depois de ter subido6,4!tiemrnaio em comparação com igual mês de 2011, os salários de admissão tiveram reajuste real de 6,1%em junho e de 5,9%no semestre, segundo o Caged.Nos dados do IBGE,o aumento do rendimento médio real do trabalhador desacelerou em todas as regiões em junho, em comparação com 2011, mas continua crescendo. Há ainda o crédito, que mesmo tendo arrefecido alimenta o consumo. Dados divulgados ontem pelo Banco Central indicam maior oferta de crédito novo. Depois de terem caído 4,5%em maio sobre abril, as concessões de crédito para pessoas físicas aumentaram 6,4%em junho. Ainadimplência das pessoas físicas reçuou ligeiramentepara? ,8~, o que abre espaço para novos endividamentos. Comessecombustível, o consumidor brasileiro vemmantendo ocomércio aquecido. Ocomércio varejista ampliado cresceu 5,8%dejaneiro amaio e 5,3%em 12meses,apesar do recuo de 0,8%das vendas de veículose autopeças no período.Já o comércio restrito saltou 9%no acumulado de janeiro a maio e 7,3%em 12meses.Alguns itens avançammais,mesmosem incentivo tributário, como é o caso das vendas de equipamentos e materiais de informática eescritório, que subiram 28,ll1iIioaêUllluladódciano. Aexpansão da venda desse tipo de produto revela UIIl outro aspecto do mercado brasileiro atual, que é a expansão de outros tipos de despesas, como acesso à internet, 1V a cabo, celular, finandamentoimobiliário, educação privada e passagens aéreas. Se,como disse o economista Dani Rodrik, professor da Universidade deHarvard, em passagem pelo Brasilnesta semana, as nações que crescerão mais nos próximos anos serão as mais voltadas ao mercado doméstico (Valor . 23f7), por que se critica tanto a expansão do consumo no Brasil?Até o Fundo Monetário Internacional (FMI)endossou essas críticas na avaliação do país feita no âmbito do artigo IV do estatuto do organismo, Oprincipal problema é o desequilIôrio da economia. Enquanto oconsumo cresce, o investimento fica para trás no Produto Interno Bruto (PIB).Aindústrianãoconsegue atender a demanda por falta de competitívídade e o consumo acaba incentivando as importações. O governo está acordando agora para esse desequilibrio e promete incentivar os investimentos com um pacote de medidas no próximo mês. Resta esperar que acerte o alvo. Seu efeito imediato seria contr I um ac~amento da í:flação. p Desíndexação de de longo prazo: u Nasúltimas semanas di- mobiliãria brasileira éversosmembros do go- da por meio de títulos'.' vemoaventaramapos-.,," xados (títulOSP.ré-fix.asibilidade depromover prazo desses títulos é C' a desindexação de contratos no ca de 1,6 ano). Ostítuk setor elétrico. Fala-se em condi- zos mais longos são t<;> cionar a prorrogação de contra- xados. Essa composíçã. tos de concessão de energia à de- da pública não é aleatôr sindexação das tarifas. A desin- de um esforço contínuo dexação de contratos reduziria a taria do Tesouro Nacie inércia inflacionária; o que facili- minimizar o ônus da d taria o controle da inflação.Ape- vemamental. sar disso, desindexar contratos Talarranjo não êum: de longo prazo - como os que ridade brasileira. MeSI prevalecem no setor elétrico - vemo dos EstadosUnic não é uma boa estratégia para o ricamente uma das e' país porque seus malefídos su- mais estáveis do mund perariam osseusbenefícios.ga títulos indexados-o; Em atividades que requerem Inflation Protected vultosos investimentos de longa (TIPS).O governo opta maturação êessencial o estabe- títulos indexados porq lecímento de' compromissos de sumir o risco inflacion longo prazo. Essescompromís- segue prêmios de risco ~rn~••••..•~~ •••~.~••••••••~~~~~~-~-~' .~._~.~,~~~~~~~~~~~~~~=~=.~_=,_:.,.::..x:..:h:":< __=" ...~.!!?~~~~~s:E?LI!!.eio de,,~_red_.~~~(),cUS!o.~'!2! Quinta-feira, 2 de agosto de 2012 Investimentos Doe:: 2_~YL ECi>\.JC,M/C-o A incerteza e üYlseü,LL de ficar fora da bolsa Palavra do gestor 'Walter Mendes á algum tempo os analistas e gestores têm dedicado mais .tempo a fazer diagnósticos da situação do mercado do que a tentar prever a sua evolução. Isso decorre da surpresa com a crescente deterioração do cenário externo e da estagnação da economia brasileira. Seguindo essa tendência, não me furtarei a fazer um diagnóstico. No cenário externo, os EUA continuam com sua recuperação anêmica, apesar de todo o ativismo do Fed. Na China, a desaceleração é lenta e gradual, ainda sem sinais de reversão. Nesses dois campos, embora não haja deterioração, também não há força para contrabalançar a recessão europeia. Na Europa, o temido contágio da Grécia acabou se materializando e a Espanha entrou no olho do furacão, arrastando por tabela a Itália. As taxas dos títulos desses países alcançaram níveis insustentáveis. Ocorreu o que não podia acontecer e não há qualquer esperança não há qualquer esperança de que haja uma solução imediata, já que não há inclusive nem consenso sobre as medidas adequadas nem instrumentos legais à disposição para colocá-Ias em prática de imediato. O nível de incerteza permanece muito alto e as economias vão aprofundando a queda. No Brasil, a surpresa da falta de crescimento no primeiro trimestre foi seguida pela decepção com a estagnação no segundo, e parece que o terceiro trimestre também será fraco. Apolíticamonetária expansionista e os incentivos fiscais do governo por enquanto tiveram pouco efeito para motivar os consumidores, já bastante endividados, a aumentar sua alavancagem, bem como os bancos a aumentarem o crédito num ambiente .de alta inadimplência. Interessante que não haja sequer consenso sobre as razões da estagnação brasileira e nem a respeito das medidas para retomar o crescimento. Só muito recentemente parece estar se chegando à constatação de que é necessário aumentar o investimento, particularmente na área de infraestrutura, onde há grande carência e disposição da iniciativa privada para mobilizar recursos. Mas ainda falta a disposição para privatizar, abrir concessões e organizar projetos atrativos de investimentos. O sucesso da primeira leva de privatização de aeroportos não foi incentivo suficiente para acelerar esse. processo, mas há notícias de um possível pacote de concessões este mês. Isso é positivo, mas vem muito tarde para ajudar o crescimento deste ano e talvez até do ano que vem. Pode-se imaginar a decepção dos investidores estrangeiros com esse desempenho da economia e com a falta de consenso e de medidas capazes de reativar o crescimento, o que tomou o Brasil um dos mercados emergentes mais afetados pela crise internacional. Nesse quadro de incerteza externa e interna, não é surpresa que o mercado de ações brasileiro tenha ! i apresentado um desempenho tão fraco no primeiro . semestre e o Ibovespa tenha flutuado na estreita banda de 52.500-57.500 pontos desde o início de junho, após a forte queda de maio, , num compasso de espera da definição do cenário. Também não é inesperado que o Brasil tenha apresentado uma . queda em relação ao índice de mercados emergentes da ordem de 31%desde dezembro de 2009 até junho deste ano. Desse total de perda relativa de performance, 18,5%ocorreram apenas de fevereiro a junho de 2012. Essa queda parecia excessiva, como já havia mencionado em comentários anteriores. Mas seria difícil antever uma recuperação i efetiva sem um catalizador, como uma indicação de recuperação do crescimento. Nesse contexto, como explicar a forte recuperação de 9%do mercado de ações brasileiro em apenas três pregões, uma alta de 6%sobre o índice de mercados emergentes? Poderia ser o início de um processo de recuperação sustentável do mercado? Infelizmente, parece que ainda não é o'caso. A alta recente foi motivada pelo comentário do presidente do BCEde que a instituição faria todo o possível para salvar o euro. Isso foi entendido como disposição para comprar títulos soberanos da Espanha, baixando o "yield" insustentável desses papéis.()~~ insustentável desses papéis. Os investidores entenderam que ele não afirmaria isso se não tivesse medidas efetivas em andamento, devidamente avalizadas pela Alemanha. Embora sem nada concreto, os investidores devem ter resolvido realizar lucros, eliminando ou reduzindo suas posições vendidas, enquanto aguardam a divulgação das eventuais medidas. Nesse sentido, os "yields" dos títulos de Itália e Espanha caíram (embora continuem em patamar insustentável no longo prazo) e os mercados de ações subiram 14%e 15%,respectivamente. Tudo leva a crer que estamos vendo mais um movimento técnico de alta de ativos relativamente muito depreciados, semelhante ao ocorrido em janeiro, embora muito mais breve. Dado que a complexa situação europeia não deverá ser resolvida com uma bala de prata, possivelmente continuaremos a observar flutuações desse tipo, no contexto de um mercado relativamente leve, em que o nível de caixa é alto e há muita posição vendida. Isso é um indicador de que quando os cenários externo e interno começarem a apontar sinais de efetiva melhora os mercados deverão responder com muita intensidade. A alta incerteza mantém baixo o apetite para risco, mas diante de taxas decrescentes de juros e da rapidez de uma potencial reversão da confiança do investidor, também é arriscado ficar fora do mercado acionário. Walter Mendes é sócio egestor da Cultinvest Asset Management . E-mail walter.mendes@cultinvest com.br Este artigo reflete as opiniões do autor. e não do jornal Valor Econômico. Ojornal não se responsabiliza e nem PQpeser responsabilizado pelas íntormações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso destas informações. MOéSJc~FrsrJ~~~!~~,tl' >---- , c~a~~~~:;i:~~~;1to>-[~ff~(0~~!1~r.lªt~f~~il,~li' I" .......' .•.,.< "'.'~~~~~~)~::::~:;;,%:~;,m I;}:j::';;ihi~~~~:i\~ No~itOt()'a.t~al, ..,. ..' teve cresCimen1:0deCepc~cin.a.nt.e"1 Ip.eNrcOe.nc.·tua••s.··oa.ii..dSo~.oB·"r.~.aP,·s•..ol',l·.,;.'o··.·.:,·.s•..•.,·::•.ki(M.:·.~x..iC()pod.epa:ssâr .' AcorttTIbuiç.ãopàca~itaL.·.C; '.'.' . " humano ao PIE caru deuma. i preveern ,que,acoIlt:lJ96Brasilem 2022 média anual de 1,1 ponto i.capital humano l:ctâ;<fr percentual no período . .' limit?dadaquÍ,~f.,.,. '1992·2001 par? 0,6(oe~tre2002>. :,colürãiiód(Jq"ú .~Orecente sucesso brasileÍr0e 2010. Entre as razôes.estãoa;' I pef'Ípd(re1l:tÍe~ estâ relacionado ao boom dos emergência d~C1JlnúoriW,;~':/ IAdemais, o mo' , preços decommodities ~. potência exportadora de ··'i'i'.. ' i I i:rescin:~tÜQ.,~çl \deflagrado, e~ 2003, pelo rápido produtos industrializados.c " ' ; tem pnvil,egiaq crescirnénto da China. Esse .' .baixo nível.educacional do.:;.) !S~r;0ço~, 4égl~ fenômeno fez o Brasil , . ioperário mexican6,u[[lm~rCádo(.\ IprodutlVldaçl.~. l~iJ~~f~~~l\;:::l~~~li~it~;I,\i'~lilJ:l!l~~;';1 Total dos Fatores (PTF).. . Ioligopôlios e moIlopolicisnos porqu.e,pOtl1a1:l,l~eza;osetorÇle,: ....! l\ estabilização da economia a' ! setores privatizados ':"./ .: conirnoditíésj áexceçãóê O sêt6I' ,,/1' partir de 1994 e as reformas .', i (telecomunicaçÕe:S.eC:~~ntb,. . petr()life,r·ó)riãomcómo'a::/. .......•.•.•.. econômicas realizadas naquela: i par exemplo ):Ap;rFcatu; no;., graildes/n,?8~ç~:s tecI<Olópças,,: " década, além elaaeloçãodo tripê Iperíodo, deO,5%paraO,ljK:' ;' -.' oupelo InSn()s nao.no mesmo " ~' metas para inflação-câmbio .!. Os economistas da:,Netp.~r~.. rihnQq1ie.8)s~t~ririd,~str,i?gf!·;:iH,. ~~~:~t~~~i~~ia;~:sfi;~~!, a' . ,\.:~~::~~;;~~ i:~ri~~X:~~,co'~ rqt~u'~ee.a e .~s.'.pIr.o.'e:""'.c,.(..a,I·1.a:.e.e,•.lii.··.P.•.~.:.,'.00.'a:1,lma..s'..~:•..d'."o.•.é..es'~.•a·.,.l.[.,·.,.;.àors~.-s'.'.p.·a~!..~•.,.l..·o.d.•,.·:..·.'..··,a.•.:..'..·...·'"".',. rf,·..•.•'atração de capitaisea expansão' basicamente dedoisfato.res:.o: .."'. do crêdíto domésticó, que saltou. desaquecimento d.oIÍleréadó~ •.· ewnorDiâ'elni:6Ínfuôdities,torri"'" de 25%do PIE enr2005para: 50% imobiliário americano,queesta~;a ~el(lstii.ãpêr~enelo pfsd,nossa 1', do PIE agora. O maioracesso a forçando imigrantesI1léxicanosà, .,PTFcaie, portaIli:o,tâmbéfri? t','.' crédito aumentou a demanda da retomarem a seu país; ê(): .....:';. nossocl:esi:im~nto'\dizVolpon, \h , populaçãopo.rbens e sei0.~o~~o . iaume1l:todos c:-rst()~d~~a~alho " que ajudou a incorporar l~~oes, ..na Chirl,a:)Yl':l1~n,a:9on~1~, .: 'o·: "i; de pessoas ao mercado fo~~+, 9~. Írldus!TIalses~a(Jproc~I,aIl<:lS2,,;(; trabalho e, assim.a reduzir o ,"/,MéxicO em buséad~ custos ""':i desemprego, que ant~s déss~ ,; .'.:;\nenores.Isso ajudaráa,;J:.,,': n'Iovimento estava effi13%rtas, [aumentara PIF da:econorrnai;" r~giõesrr&trci'poiitariase !loje:: gue vaisebéIiêfici:U-ta.n:!J~J11tla dtáemtoIllo de6%; ...,', maior contribuição daforç~~e ;' .f'A qualidac:l.é;d?forçade<':;';':;~<lpalho ao ci:escjJ11~r:t?yrn.:; tiabalhdtambemmelhoro~l:à"j? outro fator fàvorâvelê o , , " nhmerod{tr<,tbalhaôqrescóm',: ' ;enascimento' da indústria ~;, '. .; educaçãotercláiiaêr~sceu7% ao' imericana, ãqual à indústria '; !brásileu;{jJ;tJÇSét9re~ei;. ! ~-~!f!fif~i;:~f~~'.~~;§~t~~J;f,::::····.i!r~;!~i~fí~l~·....~jl" .l'Nes.se.periqaode boú?nç?d?" ~ongresso, dealguma~I.e~~J:ffi'!ê;>i i.'1i)fra~s,\:W!:Hr?,geS9~,sg' ','I ~!\~;~!?gNi:~rt;::!"~e~f;e·~n·.~d·~ltcIPl:o!~a~~d;.N·eàsto:I~.l·~e~r!a!ç':a~oS.~."c'lia:,~'{1i:.~~~j~lg~..,~.',..'.~.:~.}.·.:.'p.l.p.,:f.,.,.m~,1.J} filiaTi2~frasdós~h~s90~\'";",{ 1 . . . 7~~:~r;~~irt~~:?:í{~8,. '1·, ~~~1.~;~!'i\iro,.·...,'·:.•~~,~1~k,:.:.!t,',:.~,r.t,1.),~,,'t~ni liCraçãoumbilicaUvlesmo: . " tJhdobavà~ç~do émreformas I 1 I ,co ~""I.. '.+' '( .1. .I -," rasil e México há. tempos se revezam' ,i no posto de maior i economia da 1 América Latina. Nos'- anos 90 do século passado, o PIE mexicano, apesar da grave crisefinanceirade 1994, desceu de forma mais rápida e chegou a-superar o brasileiro (em 37%,em2002, se medido emdôlaramericano ).Na. . primeira.décadadonovo ' 'séculd,deuBrasil:Neste ..' rnorriento.a economia. . , ,.mexicana dá sinais de maior, dinamismo.enquanto a .•........ brasileiracomeçaa.fraquejar. .•.•••Mais importanfe que'descobrir overícedorde umsuposto . campeonato entrepaíses é identificar asrazôes que '', permitiramâo Brasil crescer de forma rnàisvigorosa no período mencionado eas que estão levando oMéxico a acelerar seu .ritmo c1éexpansão. Depois de pratic;rr#nte,dobrar a . velocidade de crescimento nos ahos·2000,àéCÓnornia.brasileÍra, voli:cl1iacrescer-a taxas, .. . medíocres (2,7% eÍn;Z011 e . provavelmente rn~l1os de,29fem 2012). A rriexicana, após quase uma dêcadade baixo •.•. , crésóriientoi:~vànçou3,9%no·· ano passádoe'neste ano;' . segundo estimativa do FMI,deve expandir -se à taxa de 3,6%. 'Economistas da Nomura Securities estimam que, sob as condições atuais, o México pode _."_ alcançar ,taxamédia de-'-c"" ... " . c.rescLl!"!ento"anúal de atê 4,7:-5%: ' entre 2012 e2022, énquárito o Bra~jl corre o riscodepatinar, avançando, no mesmo período, a , ". -~''-: .,-" ; '''?:;' Ouarta-feiraô. ' Ia é um bom indicador para me- percentual de alunos com desem- dir nosso atraso relativo. É verda- penha abaixo do adequado em de que entre 2000 e 2010 o nú- matemática foi de 8%na Coreia do mero de anos médios de escolari- Sul, 22% na média dos países da dade da População Econornica- OCDE,23% nos EUA,30% na Gré- mente Ativa (PEA) no Brasil au- cia, 42% na Turquia e constrange- mentou 1,1 ano. Ocorre que: dores 69% no Brasil. Nos exames . i) na década anterior, tinha au- do Sistema Nacional de Avaliação mentado 1,9 anos; da Educação Básica (SAEB),o per- ii) na primeira década deste sé- centual de alunos com desempe- culo, a escolaridade média se ele- nho em Matemática considerado vou também '1,1 ano nos países adequado ã sua série já é baixo no selecionados da. periferia euro- 5º- ano do Ensino Fundamental ste é o quarto artigo peia e nos "tigres" asiáticos e em (apenas33%)ecaiaindamais,par~ acerca do meu livro com 0,9 anos nos maiores países da apenas 15%,no 9º- ano e para 11% Armando Castelar América Latina exceto Brasil; e no 3º-ano do Ensino Médio. ("Além da euforia", Ed. iii) no conjunto de países da Alguém poderia alegar que o Carnpus) referente aos proble- tabela, em 2010 o Brasil fica problema é de escassez de verbas. mas da nossa realidade e que se- muito atrás em qualquer com- Essa é uma questão controversa, rão um 'obstáculo para a cónti-' paração feita. mas objetivamente: a) o gasto em nuídade do crescimento, Depois Estamos mal na foto- e o filme educação no Brasil passou de de um primeiro texto geral, os ar- não chega a ser a~ador. O Brasil 3,9%pata 5%do PIE entre os anos tigos posteriores trataram da evoluiu, mas o resto do mundo de 2000 e 2010; e b) neste último nossa baixa produtividade e da também. Consequentemente, nos- ano, o gasto em educação no Bra- poupança doméstica e hoje ire- so atraso relativo permanece, Uma sil como fração do PIB,pelos da- mos.abordar o tema da educa- realidade similar se observa em di- dosda OCDE, era maior do que ção. O desenvolvimento susten- versos indicadores. Na notade ma- 1 tâvel.ipara além di! "etapa fácil" ternâtíca do Programme for lnter- daocupação de capacidade ocio- national Student Assessrnent (Pi- Escolat'idade sa e da:redução da taxa de desern- sal, hoje o melhor "termômetro" População Economicamente Ativa (PEA) - número de anos preg(), 'se constrói sobre alicerces comparativo da qualidade da edu-!,~f~e~rS;t~j?,ii:~Yi2'5k<5~i.;;'~h[:;;,SJitXiGn'i~(~ii~96(j;~/i'W~~~:i98Ó:;:n99(m:.2boq:~L2"o:!.O 'qtie, no Brasil, deixam a desejar - cação em diversos países, mesmo Paísesdelínguainglesa' 8,2 9,2 10,2 10,6 11,1 11.7 . realidade' essa· que; se não for· considerando o avanço recente, .6- Europa~~~ti~e-;'ti--." """"--- -"- ..- -".-6,1"" -i,i -" "8,2" -"" 9;0' - - - 9~9..""iei,6 ~~~~~~~~;~i~~~~;~~;:~o~ontra ~~~~~~~~~~s~o:~n~~!bsé~~íS~~ :~~~:t~~~~i~~i~~!~~i~:e:~u!g~iã::-.:: -.-.::Ir:: ~:~::::~,~."-.-.-.1:~-'-.::~f::-~~,~~::~:::i::~ira;~ 'Ii:~~~'~;~~l~~ia , .Q capítulo sobre educação foi países' como Argentina, México, "Maiõ;es"p~íse~"Ãm;;~i~Lãiin~"s~mB;~s;I"'- 3,9"" 4~i-""6.Õ -" -6,~ ---7:8" ~ã,7 BrasileiraContemporânea:1945/2010" .~. ~~j~lrJ~~n~~~~~o a~~rl~a:~~: ~~s~~~s~~a:iT~:~:~~~n~:z~~~~~ }!~EI,~1~Iz'2~')i{'L:22~2~:~{:.~~·?~r(:·:~~~~:i;I~ê:~;~i;~~~TIr~,~;~(1t}~~~~I:~;s~~~~~:),:-~:~~emensalmente '\~~.: .•-'c~•.•.: •.,,,,,,.... :~m~'.,,,'~'_Pe.•._aq","--,..•~"_m.......•_"~•..'~'c:-"-:d_>,_s",,._A+-t.,..a..,.b_e..,.-,.,."',.,.tãcco..,.._N_?".,.,m."...."""-m.....,..,"_p.,..I."..SA",."'• .,.,'n""' :"'o...,o.,..9,,..,0~••.. ;--: '.:" <'-~: ••~:" ••~•• -:':.~.:.:~::"~:, .•..:::::":'''mb. ;.,~. ..•.......... -"---'--'---- ----_.. --, "--- - i I Fabio Giambiagi nos EUAe do que a média da OC- DE, além de ser também superior ao de Polônia, Holanda, Canadá, Espanha, Coréia do Sul, Alema- nha, Austrália, Chile eJapão. País priorlza o ensino dírecionado à formação do cidadão, ao invés de ensinar matemática e português Parte do. nosso atraso vem de longa data e resulta da opção que as elites dirigentes fizeram há dé- cadas ao adotar um modelo forte- mente concentrador de renda' e com escassas preocupações com a melhora de oportunidades para os filhos das famílias mais humildes, através da priorização da educa- ção. ACoreia do Sul fez exatamen- te o contrário a partir dos anos 50, com resultados espetaculares. Parte do problema, porém, de- riva de escolhas recentes, como aquelas associadas a certo tipo de r' ensino voltado para a formação ; do cidadão, em oposição à priori- zação do aprendizado de mate- trI'!tica e português. Sem uma ba- se forte nessas disciplinas, é im- possível esperar que o aluno te- nha um bom desempenho nas demais. Cabe destacar, como um bom sinal, o empenho do setor privado e da academia em favor do avanço da avaliação da eficá- cia de diferentes tipos de inter- venções educacionais, a despeito . da resistência de parte do setor de educação pública. É imperativo que os governos assumam opa- pel de multiplica dores das expe- riências inovadoras de sucesso. Na educação, o Brasil tem hoje uma atitude oposta à que assume no futebol, no qual o segundo lu- gar é visto como uma derrota. Comparativamente, a autocongra- tulação em relação aos resultados educacionais de nossas crianças e jovens é de uma complacência inadmissível. Aspirar a um cresci- mento sustentável de 5% ao ano, desse jeito, é apenas um sonho.
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