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Direitos humanos

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Resumos @morais_concurseira 
1 
 
@RESUMOS_TABELADOS - DIREITOS HUMANOS 
SUMÁRIO 
Teorias Sobre Os Direitos Humanos ................................................................................................................................................ 2 
Estrutura Normativa dos Direitos Humanos ................................................................................................................................. 2 
Características dos Direitos Humanos ........................................................................................................................................... 3 
Conceito e histórico dos Direitos Humanos .................................................................................................................................. 4 
Afirmação Histórica Dos Direitos Humanos .................................................................................................................................. 5 
Vertentes dos Direitos Humanos ...................................................................................................................................................... 7 
Precedentes Históricos da Proteção Internacional dos Direitos Humanos ....................................................................... 7 
Sistemas de Proteção Internacional dos Direitos Humanos ................................................................................................... 8 
Tratados Internacionais de Direitos Humanos ............................................................................................................................. 10 
Sistema GLOBAL de Proteção dos Direitos Humanos ................................................................................................................. 10 
Sistemas Regionais- OEA ................................................................................................................................................................... 11 
Direitos Humanos e Constituição Federal ..................................................................................................................................... 13 
Incidente de deslocamento de competência- idc ........................................................................................................................ 13 
Proteção NACIONAL de Direitos Humanos .................................................................................................................................... 14 
Hierarquia dos Tratados Internacionais de DH ............................................................................................................................ 14 
Constituição Federal e Tratados Internacionais de Direitos Humanos ................................................................................... 15 
Política Nacional de Direitos Humanos .......................................................................................................................................... 18 
Outros ASSUNTOS cobrados em prova ......................................................................................................................................... 23 
 
 
 
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2 
 
 
TEORIAS SOBRE OS DIREITOS HUMANOS 
Teorias/Fundamentos sobre Direitos Humanos 
Jusnaturalista Racional Positivista Moral 
Os DH seriam equivalentes aos 
direitos naturais. Direito pré-
existente ao direito (oriundo de 
Deus ou da natureza). 
Crítica: os DH são históricos 
Visão Laica dos Direitos Humanos. 
Diante disso, aquilo que o homem, 
por intermédio de uma reflexão 
racional, procura estabelecer 
como inerente à condição humana 
constituirá fundamento para os 
direitos humanos 
Nega-se a pré-existência de DH, 
pois todos deviam decorrer de 
normas estatais (só os escritos 
legais são considerados DH). 
Teoria Moralista ou de Perelman: 
Está pautada em direitos 
subjetivos, baseados em princípios 
independente de regras prévias, 
do campo da consciência moral e 
da experiência do convívio social, 
que acaba por configurar o 
spiritus razonales. 
Bobio= defende a Impossibilidade de delimitação dos fundamentos. Pois 1) Existem divergências quanto à definição de qual seria o conjunto de direitos 
abrangidos. 2) Em razão de sua historicidade (está em constante evolução) 3) DH constitui uma categoria de direitos heterogênea. 
Fundamento da dignidade= é usada como Parâmetro Interpretativo. 
1. Elemento negativo: vedação à imposição de tratamento discriminatório 
2. Elemento positivo: busca por condições mínimas de sobrevivência, da qual decorre a ideia de mínimo existencial. 
 
ESTRUTURA NORMATIVA DOS DIREITOS HUMANOS 
Os Direitos Humanos possuem estrutura normativa ABERTA (se pautam em princípios). E há maior incidência de princípios do 
que de regras. 
Regras Princípios 
Mandados de determinação 
Aplicação por subsunção 
Técnica do “tudo ou nada” 
Mandados de otimização 
Aplicado por ponderação de interesses 
Técnica do “mais ou menos” 
 
 
 
 
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3 
 
CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS HUMANOS 
Características dos Direitos Humanos 
Historicidade: Os direitos humanos não surgiram todos ao mesmo tempo, são frutos de conquistas históricas; são construídos 
gradualmente e vão se expandindo ao longo da história, devido a luta de movimentos sociais para que se afirme a 
dignidade da pessoa humana 
Universalidade: Garante que os direitos humanos engloba todos os indivíduos, pouco importando a nacionalidade, a cor, a opção 
religiosa, sexual, política, etc. Ou seja, esses direitos se destinam a todas as pessoas e possuem abrangência 
territorial universal (em todo mundo). 
Relatividade: Os direitos humanos não são absolutos, podendo sofrer limitações no caso de confronto com outros direitos, ou 
ainda, em casos de grave crise institucional, como ocorre, por exemplo, na decretação do Estado de Sítio. 
Essencialidade: Os direitos humanos são inerentes ao ser humano, tendo dois aspectos, o aspecto material que representa os 
valores supremos do homem e sua dignidade e o aspecto formal, isto é, assume posição normativa de destaque. 
Irrenunciabilidade: Não é possível a renúncia dos direitos humanos. 
Imprescritibilidade: A pretensão de respeito e concretização de direitos humanos não se esgota pelo passar dos anos, podendo ser 
exigida a qualquer momento. 
Inviolabilidade: Impossibilidade de desrespeito ou descumprimentos por determinações infraconstitucionais ou por atos das 
autoridades públicas, sob pena de responsabilização civil, administrativa e criminal. 
Complementaridade, Unidade 
e Indivisibilidade: 
Os direitos humanos não devem ser interpretados isoladamente, mas de forma conjunta e interativa com os 
demais direitos. 
Efetividade: A atuação do Poder Público deve ser no sentido de garantir a efetivação dos direitos humanos e garantias 
fundamentais previstos, através de mecanismos coercitivos, pois a Constituição Federal não se satisfaz com o 
simples reconhecimento abstrato, os direitos devem ser garantidos no caso concreto. 
Interdependência: Os direitos, apesar de autônomos, possuem diversas interseções para atingirem suas finalidades. 
Inalienabilidade: Os direitos humanos não são objeto de comércio e, portanto, não podem ser alienados, transferidos. A dignidade 
pessoa humana, por exemplo, não pode ser vendida. 
Concorrência: Possibilidade dos direitos humanos serem exercidos concorrentemente, cumulativamente, ao mesmo tempo. 
CESPE: nos termos da Declaração e Programa de Ação de Viena - 1993, adotada consensualmente, em 
plenário, pela Conferência Mundial dos Direitos Humanos, em 25 de junho de 1993, que definiu formalmente o 
caráter universal, indivisível, interdependente e inter-relacionado dos direitos humanos internacionais 
 
 
 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988Resumos @morais_concurseira 
4 
 
CONCEITO E HISTÓRICO DOS DIREITOS HUMANOS 
Conceito de Direitos Humanos 
CESPE e Flávia Piovesan: O Direito dos Direitos Humanos NÃO REGE AS RELAÇÕES ENTRE IGUAIS; opera precisamente em defesa dos ostensivamente 
mais fracos. Nas relações entre desiguais, posiciona-se em favor dos mais necessitados de proteção. Não busca obter um equilíbrio abstrato entre as 
partes, mas remediar os efeitos do desequilíbrio e das disparidades". 
A PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS NÃO ESTÁ LIMITADA À SOBERANIA. 
Documentos históricos de Direitos Humanos 
 
Antiguidade 
Código de Hammurabi: um dos primeiros exemplos da ideia de presuncao de inocencia e tbm sugere que tanto o 
acusador como o acusado tinham a oportunidade de apresentar provas(ampla defesa/contraditorio). Os primeiros indícios 
do princípio de talião foram encontrados no Código de Hamurábi, em 1 780 a.C. no reino da Babilônia. Esse 
princípio impede que as pessoas façam justiça por elas mesmas e de forma desproporcionada, no respeitante ao tratamento 
de crimes e delitos, é o princípio "olho por olho, dente por dente" 
Idade Média 1215→ Carta Magna Inglesa (Bill of Rights) 
Idade Moderna 1689→ Declaração Inglesa de Direitos 
1ª Dimensão dos 
Direitos Humanos 
1797→ Constituição dos Estados Unidos 
1789→ Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão 
2ª Dimensão dos 
Direitos Humanos 
1917→ Constituição Mexicana 
1919→ Constituição de Weimar na Alemanha 
3ª Dimensão dos 
Direitos Humanos 
 
Inaugurou o 
Sistema Global de 
Proteção aos 
Direitos Humanos 
Carta Internacional dos Direitos Humanos, integrada pela 
1948→Declaração Universal dos Direitos Humanos**, na ONU→Não é tratado, é uma 
resolução da Assembleia geral da ONUA partir da aprovação da Declaração Universal de 1948 e a partir da 
concepção contemporânea de direitos humanos por ela introduzida, começa a se desenvolver o Direito Internacional dos 
Direitos Humanos, mediante a adoção de inúmeros tratados internacionais voltados à proteção de direitos fundamentais”. 
1966→ Pacto Internacional de Proteção dos Direitos Civis e Políticos, →É tratado, adotado pelo BR 
1966-->Pacto Internacional de Proteção dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais→É tratado, 
adotado pelo BR 
1969 Convenção Americana dos Direitos Humanos→ Pacto de San José da Costa Rica: criou a Corte 
Interamericana de Direitos Humanos 
Sobre a DUDH: Sendo UMA RESOLUÇÃO da ONU, a Declaração Universal não é considerada fonte formal do Direito 
Internacional, não possui força vinculante, e não contém instrumentos ou órgãos próprios para obrigar ao seu 
cumprimento, SENDO CONSIDERADA MAIS UMA DECLARAÇÃO POLÍTICA, DE IMPORTÂNCIA MORAL, como vetor de orientação, 
notadamente por ter sido aprovada por unanimidade pela assembleia-geral, e somente a União Soviética e a Arábia 
Saudita se abstiveram. 
 
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5 
 
AFIRMAÇÃO HISTÓRICA DOS DIREITOS HUMANOS 
Dimensões dos DH: expressão para referir-se a determinado grupo de direitos, surgidos numa determinada época histórica, 
com características bem peculiares. NÃO há superação da geração anterior, mas uma AMPLIAÇÃO na dimensão. Os DH são 
Históricos. Devem vedar o retrocesso: nunca poderão ser supridos. 
1ª Dimensão 2ª Dimensão 3ª Dimensão 4ª Dimensão 5ª Dimensão 
Direitos de LIBERDADE: 
➔ Civis 
➔ Políticos 
Impõe uma ABSTENSÃO Estatal. 
Caráter NEGATIVO: limitações 
legais à atuação do Estado. 
Transição do Estado 
Absolutista, para o Estado de 
Direito. 
 
Direitos relacionados à 
IGUALDADE: 
➔ Sociais 
➔ Econômicos 
➔ Culturais 
Direitos PRESTACIONAIS. 
Caráter POSITIVO: o estado deve 
prestar, apenas se abster não é 
suficiente 
São direitos de 
SOLIDARIEDADE 
(Fraternidade): 
Direitos Transindividuais: 
➔ Direitos Difusos. 
Ex.: meio ambiente 
➔ Direitos Coletivos: 
Direitos do 
Consumidor 
Direito relacionados 
à: 
→Pesquisas 
biogenéticas 
→Bioética 
→Pluralismo político 
 
→Direito à PAZ 
1688- Revolução Gloriosa, 
Inglaterra 
1776- Independência dos EUA 
1789- Revolução Francesa 
1910- Revolução Mexicana. 
1917- Revolução Russa, que 
culminou com o comunismo na 
URSS 
 
Final da 2ª Guerra Mundial 
São direitos reconhecidos ao 
homem pela mera condição 
humana. 
Proteção se destina à 
COLETIVIDADE 
 
Lei de Biossegurança 
(marco jurídico) 
 
Atentado de 11 de 
setembro 
O Contrato Social- Jacques 
Rosseu 
Segundo Tratado sobre o 
Governo- Jhon Locke 
1891- Encíclica Rerum Novarum, 
Papa Leal XII (advertiu sobre as 
condições precárias de emprego) 
1848- Manifesto do Partido 
Comunista, Karl Marx 
1948- Declaração 
Universal dos Direitos 
Humanos 
1787- Constituição dos 
EUA 
1789- Declaração dos 
Direitos do Homem e do 
Cidadão 
1917- Constituição Mexicana- 
primeiro texto constitucional 
a proclamar direitos sociais. 
1919- Constituição de 
Weimar, Alemanha 
 OBS.: CESPE usa a nomenclatura “Gerações” 
Obs.: A Magna Carta (1215) não é um marco histórico, mas é por meio dela que o rei se encontra vinculado 
pelas próprias leis que edita e traz a essência do Devido Processo Legal. 
 
 
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6 
 
Teoria dos Status de Jellinek 
São os resultados da relação do indivíduo com o Estado. São 4: 
Status de sujeição/ 
(subjectionis) 
Status de Defesa 
(negativus/libertatis) 
Status Prestacional 
(positivus/civitatis) 
Status Participativo 
(activus) 
Relação na qual a pessoa 
encontra-se em estado de 
sujeição em relação ao 
Estado. 
Relação na qual a pessoa 
detém tão somente a 
prerrogativa de exigir uma 
abstenção do Estado. 
Defesa dos direitos de 
liberdade. 
Negativos. 
Relação na qual a pessoa tem 
a possibilidade de exigir 
prestações do Estado 
 
Promoção dos direitos de 
igualdade. 
Positivos. 
Relação na qual a pessoa 
poderá participar na 
formação da vontade do 
Estado. Ex.: voto. 
 
Exigem ao mesmo tempo 
abstenção e prestação. São 
mistos. 
OBS.: Atualmente, se tem a ideia de transcender a visão subjetiva da classificação de Jellinek, levando em consideração a 
coletividade como todo. Dessa forma, se viabiliza a aplicação dos Direitos Humanos às relações entre particulares. 
 
Doutrina de André Ramos de Carvalho 
Estrutura os Direitos Humanos em 4 tipos de Direitos 
Direito- PRETENSÃO Direito-LIBERDADE Direito-PODER Direito- IMUNIDADE 
O estado deve realizar uma 
conduta para realizar o 
direito. Ex.: educação 
Abstenção do Estado Direito à assistência jurídica Pessoa nem estado podem 
interferir. Ex.: vedação de 
prisão arbitrária. 
 
Outras Teorias: 
Universalismo de chegada: Universalismo de chegada é reconhecer a coexistência de vários direitos humanos e de várias culturas, tudo ao mesmo 
tempo, numa relação de complementariedade; sem que tenha de haver a afirmação ou negação de um em detrimento de outro. Sintetiza as garantias 
universais aptas a sustentar uma teoria dos direitos humanos intercultural. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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7 
 
VERTENTES DOS DIREITOS HUMANOS 
Vertentes da Proteção dos Direitos Humanos- Convenção de Viena-1993 (consagração das vertentes) 
Direitos Humanos Direito Humanitário Direito dos Refugiados 
Direitos Humanos em sentido 
estrito. 
Os Estados decidem, por livre e 
espontânea vontade (no exercício 
da soberania) firmar tratados 
internacionais para a proteção de 
direitos humanos 
Os Estados assumem 
espontaneamente a obrigação de 
proteger os DH, sob pena de 
responsabilização em razão de 
denúncia por outros Estados ou 
pela reclamação do sujeito que teve 
seus direitos violados. 
Organismos: ONU, OEA 
Documentos: Cartas das Nações 
Unidas, no âmbito da ONU e 
Convenção Americana dos DH (OEA) 
Criar condições de paz e de segurança às pessoas que se encontram 
em situações de vulnerabilidade em razão de conflitos militares e 
bélicos. 
O Direito Humanitário nunca pode ser suspenso ou derrogado. 
Organismos: 
→Cruzvermelha e 
→Tribunal Penal Internacional 
OBS.: Tribunal Penal Internacional (TPI) foi estabelecido em 2002, nos 
termos do Estatuto de Roma, como a primeira Corte Permanente 
Internacional, com o objetivo de julgar crimes contra direitos humanos 
COMETIDOS POR INDIVÍDUOS enquanto representantes ou não de 
Estados, não tendo função de julgar países mas pessoas. O Brasil, por 
meio da Emeda Constitucional 45/04, adotou: § 4º O Brasil se submete 
à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha 
manifestado adesão. 
Documentos: Direito de Genebra, Direitos de Haia, Direitos de Nova 
Iorque. 
Proteção aos Direitos Civis, em 
decorrência de discriminação 
(cultural, racial, de limitação às 
liberdades de expressão e de opinião 
política. 
Documento: 1951→ Estatuto dos 
Refugiados 
OBS.: Deslocados internos, também 
conhecidos como 
refugiados internos (em inglês, 
internally displaced people, IDP), são 
pessoas forçadas a fugir de suas 
casas mas, diferentemente dos 
refugiados, não cruzaram uma 
fronteira internacional para 
encontrar um santuário, 
permanecendo dentro do seu país. 
PRECEDENTES HISTÓRICOS DA PROTEÇÃO INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS 
 
1. Direito 
Humanitário 
É também uma vertente. 
Conjuntos de normas e medidas que objetivam proteger direitos humanos em períodos de guerra, em especial, 
prisioneiros, combatentes e civis envolvidos. 
OBS.: Antes da 1ª G. M tinha-se o Movimento da Cruz Vermelha (movimento da comunidade internacional voltado à 
prestação de assistência humanitária, com o objetivo de proteger a vida e a saúde das pessoas envolvidas em 
conflitos armados 
2. A Liga das 
Nações 
Criada em 1920, após a 1ª Guerra Mundial, teve por finalidade promover a cooperação, a paz e a segurança 
internacional. Foi o “embrião” da ONU. 
3. OIT Organização Mundial do Trabalho: organismo Internacional que teve por objetivo instituir e promover normas 
internacionais de condições mínimas e dignas de trabalho. 
Esses precedentes marcam o surgimento dos Direitos Humanos, que irão se consolidar APÓS A 2ª Guerra Mundial. 
A internalização dos DH é a expansão, para além das fronteiras nacionais, dos direitos fundamentais da pessoa humana, bem como a consagração das 
normas jus cogens. OBS.: Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH): É o principal instrumento do Sistema Global. É a principal contribuição 
para a universalização dos Direitos Humanos. 
 
 
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8 
 
SISTEMAS DE PROTEÇÃO INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS 
Se divide em 2 sistemas: 
1. Sistema Global→ ONU 
2. Sistemas Regionais: 
→Sistema Europeu de Direitos Humanos 
→Organização dos Estados Americanos (OEA)→ Sistema Interamericano de Proteção dos Direitos Humanos. 
→Organização da Unidade Africana 
 
Considerações Importantes 
Natureza Objetiva da 
Proteção Internacional de 
Direitos Humanos 
Os tratados de direitos humanos (caráter erga omnes) preveem SOMENTE OBRIGAÇÕES AOS Estados. Não 
assumem direitos e obrigações recíprocas. 
Esgotamento dos 
Recursos Internos na 
Proteção dos DH 
Sistema Internacional Contencioso Subsidiário: 
Os órgãos internacionais somente devem atuar de forma subsidiária, quando os órgãos internos demonstrarem-
se ineficientes para promover a tutela dos direitos humanos 
Limites dos Direitos 
Humanos na Ordem 
Internacional 
A soberania é exercida na sua plenitude no momento em que o país decide firmar um pacto internacional. 
A partir desse momento, ao menos, o signatário abre mão de sua parcela de soberania em prol do bem comum. 
ATENÇÃO:A proteção dos Direitos humanos NÃO ESTÁ limitada à Soberania: existe um conjunto de regras mínimas 
protetivas que devem ser observadas independentemente das diversidades políticas, econômicas, sociais ou 
culturais 
 
Mecanismos 
Convencionais e não 
convencionais 
Convencionais: previstos em tratados de DH. Aplicam-se SOMENTE nos países signatários dos tratados 
internacionais 
Não-Convencionais: NÃO previstos em tratados de DH. Aplicam-se a TODOS os países. 
Convenções Gerais e 
Convenções Especiais 
Gerais: Destinam-se a todos os seres humanos. Ex.: Declaração Universal dos DH 
Especiais: destinam-se a grupos de seres humanos marginalizados. Ex.: Convenção sobre os Direitos das Pessoas 
com Deficiência. 
 
 
 
 
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Mecanismos de Fiscalizações dos Tratados Internacionais 
Órgãos Executivos Tribunais 
Internacionais 
Relatórios Comunicações Interestatais Petições Individuais Investigações de 
inciativa própria 
FISCALIZAÇÃO do cumprimento 
do tratado. E REECEBEM 
RECLAMAÇÕES. 
 
Recebem reclamações, petições, 
comunicações interestatais, 
objetivam acordos. INVESTIGAM. 
JULGAM reclamações 
 
Função JULGADORA, 
contenciosa, consultiva. 
Não podem ser 
provocados por pessoas 
Envio periódico, e quando 
solicitado de informações 
atinentes ao cumprimento 
do tratado 
internacional→consta nos 
tratados 
Comunicação feita por Estado a outro 
Estado, quanto ao descumprimento de DH. 
O Estado comunicado tem o dever de 
informar o Estado emissor. 
→É possível a atuação de órgão 
executivo desde que: 
a) Haja esgotamento das vias internas. 
b) Não exista procedimento 
pendente relativo ao mesmo assunto. 
Possibilidade de a vítima de DH denunciar 
violações. 
Depende de previsão no Tratado 
Internacional. 
Existem requisitos específicos em cada 
tratado, porém 3 podem ser 
apresentados: 
1. Identificação e Assinatura 
2. Não houver outro procedimento 
pendente 
3. Esgotamento dos recursos 
internos 
Instauração própria pelo 
órgão executivo de 
procedimento 
investigatório. 
Ocorre de ofício. 
 
Responsabilidade Internacional dos Estados Conceito: violada uma norma de Direito Internacional, surge o dever daquele que infringiu a norma, reparar o dano causado. 
Responsabilidade Objetiva Pré-requisitos para a 
Responsabilização 
Sujeito Passivo e Sujeito Ativo Possibilidades de consequências da 
responsabilização do Estado 
Responsabilidade e Normas Jus Cogens 
O Estado será responsabilizado pela 
simples violação da norma 
internacional, INDEPENDENTE da 
demonstração de dolo ou culpa. 
 
Finalidades da Responsabilização: 
1.Preventiva 
2.Repressiva 
3.Limitativa: busca impor limites à 
atuação leviana e arbitrária dos 
Estados, capaz de abalar as relações 
pacíficas. 
1º. Se aplica as normas de DH às 
PESSOAS não signatárias dos 
tratados internacionais 
 
2º. Há a necessidade que haja o 
esgotamento dos mecanismos 
internos antes da aplicação das 
normas de Direito Fundamental. 
Sujeito Ativo: ESTADO. 
→DIRETA: decorrente de ação ou omissão 
pelas violações que causar a seus nacionais 
ou contra outra Estado, indivíduo ou grupos de 
indivíduos. 
→INDIRETA: decorrente da omissão estatal 
pelas violações perpetradas por RESIDENTES 
contra indivíduos ou grupo de indivíduos, 
quando o Estado NÃO tomar providências. 
Sujeito Passivo: pessoas, comunidades, ou 
grupos. 
Obrigações dos Estados: 
-Cessação da violação do Direito 
-Abster-se de praticar futuras 
condutas violadoras de direitos 
humanos 
-Restituição=uma vez violado o 
direito, compete ao Estado repará-lo 
-Satisfação=corresponde a todas as 
formas imateriais de satisfação. Ex.: 
desculpas oficiais, etc 
-Indenizações. 
Tratados internacionais de proteção aos direitos 
humanos qualificados como jus cogens, são 
aquelas que NÃO SE ACEITA VIOLAÇÃO POR 
NENHUM ESTADO, ainda que o Estado violado não 
tenha assumido compromisso internacional em 
respeitá-lo. Logo, A proteção conferida por esses 
tratados não pode ser derrogada por meio de 
acordo entre os Estados. 
Contém um conjunto de valores que os DH 
consideram essenciais, de maneira que possuem 
superioridade normativa em relação às demais 
normas internacionais. 
 
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TRATADOS INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS 
➔ OsDH no âmbito internacional são positivados (são documentados em forma de texto com normatividade), em regra, 
por meio de tratados e convenções internacionais. 
 
APLICAÇÃO 
No TEMPO No ESPAÇO 
REGRA: Irretroatividade dos tratados. Eficácia Ex nunc. 
Exceção: havendo previsão expressa no tratado ou se 
evidencie a intenção diferente no tratado possuirá 
retroatividade (efeito ex tunc). 
Um tratado obriga cada uma das partes em relação a 
todo o seu território, a não ser que o próprio tratado 
disponha de forma contrária. 
SISTEMA GLOBAL DE PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS 
Formado por 
Mecanismos convencionais- Documentos Mecanismos extra-convencionais –Instituições 
São criados no âmbito de tratados específicos, como 
→o Pacto de Direitos Civis e Políticos 
→ Pacto Internacional dos direitos Econômicos, sociais e 
Culturais 
→ Convenção das Nações Unidas Contra a Tortura e 
Tratamentos Degradantes. 
 
Tais instrumentos estabelecem os Órgãos que fiscalizam e 
monitoram a observância dos Tratados. 
 
Funcionam no âmbito de organizações internacionais como a 
ONU. Apesar de sua atuação fundamentar-se, também em 
tratados, a exemplo da Carta da ONU, suas funções são 
entendidas de forma ampla e genérica e não focada em um 
ou outro tratado, mas em vários tratados ou convenções, 
além de outras fontes do direito internacional. 
Outras questões: 
→Em 2013, a Assembleia Geral da ONU aprovou a resolução A/RES/68/167, intitulada "O direito à privacidade na era digital", 
originalmente proposta por Brasil e Alemanha. O fato de que foi aprovada pelo consenso dos 193 Estados-membros 
demonstra o reconhecimento pela comunidade internacional, de princípios universais defendidos pelo Brasil, como a proteção 
do direito à privacidade e à liberdade de expressão, especialmente contra ações extraterritoriais de países em matéria de 
coleta de dados, monitoramento e interceptação de comunicações. O documento inovou, também, ao expressar o 
reconhecimento de que os direitos dos cidadãos devem ser protegidos tanto "offline" como "online". 
 →Organização das Nações Unidas defende que a Internet se paute no princípio da neutralidade da rede, como forma de 
proteção da liberdade de expressão. Justificativa do Cebraspe/Cespe: O PRINCÍPIO DA NEUTRALIDADE é um componente 
importante da liberdade de expressão. O Relatório da ONU sobre Liberdade de Expressão e Internet aponta os riscos que a 
ausência de neutralidade pode causar aos direitos dos usuários. 
 
 
 
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SISTEMAS REGIONAIS- OEA 
OBS.: Sentenças Proferidas por Tribunais Internacionais NÃO necessitam de homologação do STJ para valerem em território 
brasileiro, como acontecem com as sentenças estrangeiras. 
Sistema Interamericano de Proteção dos Direitos Humanos –OEA 
Documento 1969- Convenção Americana de Direitos Humanos (Pacto de San Jose da Costa Rica)** 
Formado por →Comissão Interamericana de Direitos Humanos (Comissão ou CIDH) e 
→Corte Interamericana de Direitos Humanos (Corte) 
 
Pacto de San Jose da Costa Rica 
COMISSÃO Interamericana de Direitos Humanos CORTE Internacional de Direitos Humanos (CIDH) 
→Formula recomendações aos organismos 
 
→Recebe, analisa e investiga petições INDIVIDUAIS 
 
→Apresenta casos à jurisdição da Corte Interamericana 
 
→Qualquer pessoa, grupo de pessoas ou ONG, poderá 
apresentar à Comissão petição que contenham denúncias ou 
queixas de violação da convenção por um Estado-parte. 
 
→Funciona como órgão intermediário das demandas individuais. 
 
→Investiga ESTADOS e não pessoas. 
 
Competência EXCLUSIVA para propositura de ações: 
→Somente os Estados-partes e a Comissão têm direito de 
submeter um caso à decisão da Corte. Só esses dois possuem 
competência exclusiva. 
 
→Composta por 7 juízes (não pode ter 2 com a mesma 
nacionalidade) 
 
→ Detém, além de competência contenciosa, de caráter jurisdicional, 
competência consultiva. 
➔ A Corte Interamericana de Direitos Humanos, instituída em 1979, juntamente com a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, de 1959, são 
dois órgãos consagrados pela Convenção Americana de Direitos Humanos, para proteção desses direitos. O Brasil somente reconheceu a competência 
da Corte Interamericana de Direitos Humanos, em 8/11/2002, por meio do Decreto Presidencial 4.463/2002. 
 
➔ Cláusula facultativa de jurisdição obrigatória: 1 Todo Estado Parte pode, no momento do depósito de seu instrumento de ratificação ou em qualquer 
outro momento posterior, declarar que reconhece como obrigatória de pleno direito e sem convenção especial, a competência da Corte sobre todos os 
casos relativos à interpretação ou à aplicação dessa convenção. →Essa cláusula prevê a Competence de la competence: Ainda que dependa do 
reconhecimento de sua competência pelo Estado que aceite sua jurisdição para atuar, caberá, todavia, à própria Corte definir o alcance de sua própria 
competência, falando-se, aqui, em compétence de la compétence.Depois de reconhecida pelo Estado-parte, a jurisdição dessa corte só cessará se 
houver a denúncia da Convenção Americana de Direitos Humanos. 
 
➔ CESPE: “Justiça de Transição”: O Sistema Regional Interamericano de Proteção dos Direitos Humanos adota um modelo de justiça de transição 
que inclui a persecução penal de autores de atos de afronta a direitos humanos durante períodos de autoritarismo, de ditadura, de conflitos ou de graves 
lutas civis na América Latina. 
 
 
 
Resumos @morais_concurseira 
12 
 
Direito de Petição no Sistema Interamericano (pressuposto de esgotamento da jurisdição interna): 
REGRA: será necessário: 
a. QUE HAJAM SIDO INTERPOSTOS E ESGOTADOS OS RECURSOS DA JURISDIÇÃO INTERNA , de acordo com os princípios de 
direito internacional geralmente reconhecidos; 
b. que seja apresentada dentro do prazo de 6 meses, a partir da data em que o presumido prejudicado em seus direitos tenha sido 
notificado da decisão definitiva; 
c. que a matéria da petição ou comunicação não esteja pendente de outro processo de solução internacional; 
d. que, no caso do artigo 44, a petição contenha o nome, a nacionalidade, a profissão, o domicílio e a assinatura da pessoa ou 
pessoas ou do representante legal da entidade que submeter a petição. 
EXCEÇÃO, 
2. As disposições das alíneas a e b do inciso 1 deste artigo não se aplicarão quando: 
a. não existir, na legislação interna do Estado de que se tratar, o devido processo legal para a proteção do direito ou direitos que 
se alegue tenham sido violados; 
b. não se houver permitido ao presumido prejudicado em seus direitos o acesso aos recursos da jurisdição interna, ou houver sido ele 
impedido de esgotá-los; e 
c. houver demora injustificada na decisão sobre os mencionados recursos. 
Ou seja, poderá a Comissão receber eventual petição a ela apresentada, pois, embora os recursos internos na proteção dos 
direitos humanos ainda não tenham se esgotado, está configurada a demora injustificada na apreciação do recurso de apelação 
pelo Poder Judiciário. 
 
Outras Questões sobre a Corte Interamericana de Direitos Humanos 
 
→ A Corte decidiu que, embora a Convenção Americana de Direitos Humanos proteja a vida em geral, os embriões não podem 
ser considerados pessoas. 
→Não há previsão do direito à migração na Convenção Americana, mas do direito de livre circulação. 
→Quanto a essas sentenças internacionais, NÃO HÁ NECESSIDADE DE HOMOLOGAÇÃO PARA QUE POSSAM ELAS SER 
EXECUTADAS EM TERRITÓRIO NACIONAL. 
→ O ser humano é individualmente considerado ou um grupo de indivíduos NÃO tem direito de acesso à Corte (jus standi). 
Todavia, ele tem direito ao acesso à Comissão Interamericana de DH e esta pode submeter para a corte. 
→ A corte é exclusiva e reconhece a responsabilidade DO ESTADO (não pune particulares). MAS o Estado deverá ser 
responsabilizado pelos casos de transgressão aos Direitos Humanos de atos de particulares, em virtude da falta de devida 
diligência do Estado nos casos emque seus órgãos podiam ter atuado para prevenir ou reprimir o comportamento ilícito dos 
particulares. 
 
 
 
Resumos @morais_concurseira 
13 
 
DIREITOS HUMANOS E CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
 CESPE: A possibilidade de extensão aos estrangeiros que estejam no Brasil, mas que não residam no país, dos 
direitos individuais previstos na CF deve-se ao princípio da primazia dos direitos humanos nas relações internacionais do 
Brasil. 
INCIDENTE DE DESLOCAMENTO DE COMPETÊNCIA - IDC 
 
 
O TIPO 
art. 109, 5º Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da República, com a 
finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos 
humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, EM 
QUALQUER FASE do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência para a Justiça 
Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004). 
 
 
Entendimento 
STJ 
Os requisitos do incidente de deslocamento de competência são três: 
a) grave violação de direitos humanos; 
b) necessidade de assegurar o cumprimento, pelo Brasil, de obrigações decorrentes de tratados 
internacionais; 
c) incapacidade oriunda de inércia, omissão, ineficácia, negligência, falta de vontade política, de condições 
pessoais e/ou materiais etc. de o Estado-membro, por suas instituições e autoridades, levar a cabo, em toda 
a sua extensão, a persecução penal. 
 
Sobre o Pacto de San José da Costa Rica: STF entende que a subscrição, pelo Brasil, do Pacto de São José da Costa Rica 
conduziu à inexistência de balizas a determinados comandos constitucionais, tendo, por isso,indicado a derrogação das normas 
legais definidoras da custódia de depositário infiel, tornando-se ilegal a sua prisão. 
STF entende que a subscrição, pelo Brasil, do Pacto de São José da Costa Rica conduziu à inexistência de balizas a determinados comandos constitucionais, 
tendo, por isso,indicado a derrogação das normas legais definidoras da custódia de depositário infiel, tornando-se ilegal a sua prisão. 
 
 
 
Resumos @morais_concurseira 
14 
 
PROTEÇÃO NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS 
 
HIERARQUIA DOS TRATADOS INTERNACIONAIS DE DH 
Tratados de Direitos humanos com 
QUÓRUM de emenda constitucional 
Tratados de Direitos Humanos com 
quórum de normas infraconstitucionais 
Demais Tratados Internacionais 
Status CONSTITUCIONAL, tem a mesma 
hierarquia que as constituições. 
 Temos 2 tratados aprovados 
com quórum qualificado: 
1. Convenção da ONU sobre os 
Direitos das Pessoas com 
Deficiência e seu Protocolo 
facultativo (2007/2009) 
2. Tratado de Marraqueche 
=facilitar o acesso de obras 
publicadas às pessoas cegas. 
 
Status SUPRALEGAL (está acima dos 
atos normativos primários (leis 
ordinárias, complementares, 
decretos)). 
Essa regra abrange não apenas os 
tratados posteriores à Emenda 
Constitucional de 45, mas 
especialmente os tratados 
internacionais já aprovados e 
perfeitamente internalizados em nosso 
ordenamento. 
Ex.: Pacto de San José da Costa Rica 
OBS.: O Pacto de São José da Costa 
Rica influenciou diretamente a edição 
da súmula vinculante proferida pelo 
STF, a qual veda a prisão do depositário 
infiel. 
Independentemente do quórum de 
aprovação possuem status de NORMA 
INFRACONSTITUCIONAL. 
OBS.: Convenções da OIT são tratadas como Tratados Internacionais de Direitos humanos e sua hierarquia vai depender do 
quórum pelo qual ela foi aprovada. 
 
 
Resumos @morais_concurseira 
15 
 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL E TRATADOS INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS 
 
 
 
 
Fases de 
Incorporação 
1. Assinatura Internacional 
 
2. Aprovação pelo Congresso Nacional: 
 
3. Ratificação e Depósito, perante os organismos internacionais: Vincula o Estado no cenário 
Internacional*** 
 
4. Promulgação Interna Transformação do Tratado Internacional em LEI interna no país. Vincula o 
Estado no cenário Interno (DOUTRINA, geralmente) ** No brasil, há ponderações 
Observações: 
OBS.: O presidente possui competência privativa para celebrar tratados internacionais. A competência 
privativa somente poderá ser delegada nas hipóteses expressamente previstas em lei. Para celebração 
de tratados internacionais não existe previsão expressa de delegação de competência. 
OBS.: Referendo do Congresso Nacional: a aprovação será necessária somente quando o tratado, acordo 
ou ato internacional acarretar encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional. Mas os 
Tratados de DH sempre são compromissos gravosos, logo, sempre dependem do referendo do congresso. 
 
 
 
 
 
Modelos de 
Vontades 
 
Duplicidade de Vontades: precisa de 2 vontades, dois poderes devem se manifestar para o tratado gerar 
efeitos internamente. 
1. Assinatura do Chefe do Estado 
2. Aprovação pelo Poder Legislativo. 
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: (...) VIII - celebrar tratados, convenções e 
atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional (desde que impliquem em encargo). 
Modelo adotado no Brasil. 
O modelo de duplicidade de vontades reflete a separação de poderes. Tendo em vista que ao chefe de 
Estado é dado representar o Brasil internacionalmente e, por consequência, poderá firmar compromissos 
internacionais, e considerando que o Poder Legislativo é o responsável pela edição das normas que regem 
nossa sociedade, adota-se o modelo de duplicidade, que respeita ambas as esferas de poder que agem 
em harmonia. 
Unicidade de Vontades: somente a manifestação do Poder Executivo (Chefe de Estado) seria suficiente. 
 
 
Resumos @morais_concurseira 
16 
 
 
 
 
Teorias sobre o 
momento que o 
Tratado 
vincularia a 
ordem interna e 
Externa 
(NENHUMA é 
adotada no BR) 
Teoria MONISTA: basta a ratificação e depósito do tratado para vinculação INTERNA e EXTERNA. 
Há um ato para vinculação Interna E Internacional 
Vinculação interna e externa: na 3ª fase, de Ratificação e Depósito 
Teoria DUALISTA: Externamente o tratado internacional vincula a partir da ratificação e do depósito. Internamente, o 
tratado internacional vinculará com a promulgação do tratado internacional. 
Dois atos, um para vinculação interna, outro para vinculação externa. 
Vinculação Externa: na 3ª fase, com a Ratificação e Depósito 
Vinculação Interna: na 4ª fase, com a Promulgação do tratado (Tratado→Lei) 
BRASIL-sistema MISTO: no Brasil, em relação á vinculação na ordem EXTERNA, também se faz com a 
Ratificação e Depósito. 
O problema é em razão da Vinculação na ORDEM INTERNA: No Brasil, os tratados precisam ser 
PUBLICADOS na ordem INTERNA (o que afasta a teoria monista). E NÃO SÃO TRANSFORMADOS EM LEI 
INTERNA (o que afasta o dualismo). No Brasil o que há é a promulgação de um Decreto Executivo 
autorizando a execução do tratado na ordem interna. 
No Brasil não há a necessidade desse tratado APROVADO ser convertido em lei, bastaria uma simples ato 
de ciência da população para vincular na ordem interna. 
No Brasil, como 
ficam as fases: 
1. Assinatura→Presidente 
2. Aprovação→Congresso Nacional→ Decreto Legislativo (Ato normativo PRIMÁRIO), autorização para 
que o Estado se obrigue internacionalmente. 
3. Ratificação e depósito →Presidente. Vincula o Brasil ao cenário Internacional. 
4. Promulgação→Presidente→Decreto Executivo (Ato normativo SECUNDÁRIO), marca a execução interna 
do tratado. Só aqui ele passa a ser exigível. 
Os tratados 
internacionais de 
DH possuem 
regime especial 
de incorporação, 
EC n.º 45/2004. 
Se o tratado Internacional Versar SOBRE DIREITOS HUMANOS 
+ 
For aprovado na Câmara dos Deputados, em 2 turnos, por 3/5 dos votos dos respectivos membros 
+ 
Se for aprovado no Senado Federal, em 2 turnos, por 3/5 dos votos dos respectivos membros 
= Equivalem (status) a Emendas Constitucionais 
 
 
 
Resumos @morais_concurseira 
17 
 
Resumo:Resumos @morais_concurseira 
18 
 
POLÍTICA NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS 
De onde surgiu: Esses Programas Nacionais de Direitos Humanos decorreram da reunião e assunção pelo Brasil da Declaração de Viena e Programa de Ação, editado na II Conferência 
Mundial sobre os Direitos do Homem, em 1993, em Viena. Nessa conferência ficou estabelecido que os Estados devem agir no sentido de criar programas de implementação dos direitos 
humanos no âmbito interno de seus respectivos países. 
Conceito: Programas do Governo Federal, criados a partir de um Decreto do Presidente da República, que estabelecem uma série de diretrizes e medidas a serem adotadas pelos órgãos 
governamentais de direitos humanos. Dever do Estado frente aos direitos Humanos: Proteger E implementar. 
Abrangência: Embora o Programa seja instituído no âmbito federal e voltado para a implementação de políticas públicas pelo Governo Federal, o art. 5º prevê a 
possibilidade de adesão ao PNDH 3 pelos Estados-membros, municípios e órgãos dos demais poderes (Legislativo e Judiciário), bem como do Ministério Público. 
PNDH 1 PNDH 2 PNDH 3 
1996- Primeiro governo de FHC 2002- Primeiro Governo Lula 2010- Segundo Governo Lula, está vigente até hoje. 
Conferiu ênfase aos direitos civis e foi estruturado 
em propostas a serem implementadas pelos órgãos 
governamentais definindo metas de curto, médio e 
longo prazos. 
Conferiu maior ênfase na promoção e defesa dos direitos civis, 
prevendo centenas de propostas de ações governamentais 
prioritariamente voltadas para:  integridade física  liberdade 
 garantia dos direitos das pessoas submetidas a 
vulnerabilidade e/ou discriminação. 
 NÃO HÁ NO PNDH 1 MECANISMOS DE INCORPORAÇÃO DAS 
PROPOSTAS. Além disso, esse programa continha uma série de 
rEGRAS E PROPOSTAS GENÉRICAS, no sentido de apoiar, 
estimular, incentivar, dotadas de pouca efetividade 
Incluiu os direitos sociais, econômicos e culturais, ao prever 
ações específicas para a área do direito à educação, 
previdência e assistência social, trabalho, moradia, meio 
ambiente, alimentação, cultura e lazer. Além disso, conforme 
leciona a doutrina o referido plano teve por objetivo a “construção e 
consolidação de uma cultura de respeito aos direitos humanos” 
O Estado Brasileiro não se preocupou apenas com os direitos civis e 
políticos, mas também com os direitos sociais, econômicos e culturais. 
A finalidade do PNDH 2 foi influenciar a discussão em torno da elaboração 
do Plano Plurianual 2004-2007,. Segundo a doutrina essa finalidade 
constitui avanço relativamente ao plano anterior, na medida em que se 
procurou dar consistência e concretude à proteção dos direitos básico 
do cidadão, com a formulação de políticas públicas e destinação de 
recursos para sua execução. 
É o mais amplo dos programas nacionais, abrangendo extenso 
rol de direito e de medidas para serem implementadas a partir 
de uma visão de TRANSVERSALIDADE- consideração, para a 
adoção de políticas públicas, passando por (atravessando) 
diversos órgãos e poderes estatais, com o objetivo de 
conjuntamente elaborar e monitorar políticas e ações voltadas 
para a realização dos propósitos do PNDH 3. 
EIXO ORIENTADOR, possui 6 eixos orientadores: conjunto de assuntos de 
direitos humanos considerado fundamental para a adoção das políticas de Governo 
em matéria humanística. 
DIRETRIZES, possui 25: Linhas delimitadas de atuação que devem ser observadas 
OBJETIVOS ESTRATÉGICOS: são pretensões específicas dentro de cada diretriz 
AÇÕES PROGRAMÁTICAS: ações espefícifas a serem adotadas. 
 
 
Resumos @morais_concurseira 
19 
 
 
 
 
PNDH 3 
Generalidades: 
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s Eixo Orientador I: Interação democrática entre Estado e 
sociedade civil 
Eixo Orientador II: Desenvolvimento e Direitos Humanos 
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 Instrumento de 
fortalecimento da 
DEMOCRACIA 
PARTICIPATIVA. 
 POLÍTICAS 
PÚBLICAS E DE 
INTERAÇÃO 
DEMOCRÁTICA. 
Integração e AMPLIAÇÃO DOS 
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM 
DIREITOS HUMANOS e 
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, Valorização da PESSOA HUMANA, 
como sujeito Central no processo de 
desenvolvimento 
DIREITOS AMBIENTAIS COMO DIREITOS 
HUMANOS, incluindo gerações futuras 
como sujeitos de direitos 
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Garantia da 
participação e do 
controle social das 
políticas públicas 
em Direitos 
Humanos, em 
diálogo plural e 
transversal entre 
os vários atores 
sociais. 
Ampliação do 
controle externo 
dos órgãos 
públicos. 
 
Promoção dos 
Direitos 
Humanos como 
princípios 
orientadores das 
políticas públicas 
e das relações 
internacionais. 
 
Desenvolvimento de mecanismos de 
controle social das políticas públicas 
de Direitos Humanos, garantindo o 
monitoramento e a transparência das 
ações governamentais. 
Monitoramento dos compromissos 
internacionais assumidos pelo Estado 
brasileiro em matéria de Direitos 
Humanos. 
Implementação de políticas 
públicas de desenvolvimento com 
inclusão social. 
Fortalecimento de modelos de 
agricultura familiar e 
agroecológica. 
Desenvolvimento de tecnologias 
socialmente inclusivas, 
emancipatórias e ambientalmente 
sustentáveis. 
Garantia do direito a cidades 
inclusivas e sustentáveis. 
Garantia da participação e do controle 
social nas políticas públicas de 
desenvolvimento com grande impacto 
socioambiental. 
Afirmação dos princípios da dignidade 
humana e da equidade como 
fundamentos do processo de 
desenvolvimento nacional. 
Afirmação dos direitos ambientais como 
Direitos Humanos. 
 
Resumos @morais_concurseira 
20 
 
 
 PNDH 3 
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Eixo Orientador III: Universalizar direitos em um CONTEXTO DE DESIGUALDADES 
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 Garantia dos Direitos Humanos de forma universal, 
indivisível e interdependente, ASSEGURANDO A 
CIDADANIA PLENA. ** 
 
Promoção dos direitos de 
CRIANÇAS E ADOLESCENTES 
Combate às 
DESIGUALDADES 
ESTRUTURAIS. 
 
GARANTIA DA IGUALDADE NA DIVERSIDADE. 
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Eixo Muito COBRADO, atentar que está no eixo orientador: 
“Universalizar direitos em um contexto de DESIGUALDADES” e 
não para “desenvolvimento de DH 
Universalização do registro civil de nascimento e ampliação do 
acesso à documentação básica. 
Acesso à alimentação adequada 
Garantia do acesso à terra e à moradia para a população de 
baixa renda e grupos sociais vulnerabilizados. 
Sistema de saúde de qualidade. 
Acesso à educação de qualidade e garantia de permanência na 
escola. Ações programáticas: Fomentar as ações afirmativas 
para o ingresso das populações negra, indígena e de baixa renda 
no ensino superior. a)Ampliar o acesso a educação básica, a 
permanência na escola e a universalização do ensino no 
atendimento à educação infantil. 
Garantia do trabalho decente, Combate e prevenção ao trabalho 
escravo. 
Promoção do direito à cultura, lazer e esporte como elementos 
formadores de cidadania. 
Garantia da participação igualitária e acessível na vida política 
Proteger e garantir os direitos de 
crianças e adolescentes por meio da 
consolidação das diretrizes nacionais 
do ECA, da 
Consolidar o Sistema de Garantia de 
Direitos de Crianças e Adolescentes, 
com o fortalecimento do papel dos 
Conselhos Tutelares e de Direitos. 
Proteger e defender os direitos de 
crianças e adolescentes com maior 
vulnerabilidade. 
Enfrentamento da violência sexual 
contra crianças e adolescentes. 
Garantir o atendimento especializado 
a crianças e adolescentes em 
sofrimento psíquico e dependência 
química. 
Erradicação do trabalho infantil em 
todo o território nacional. 
Implementação do Sistema Nacional 
de Atendimento Socioeducativo 
(SINASE). 
Igualdade e proteção 
dos direitos das 
populações negras, 
historicamente 
afetadas pela 
discriminação e 
outras formas de 
intolerância. 
Garantia aos povos 
indígenas da 
manutenção e 
resgate das 
condições de 
reprodução, 
assegurando seus 
modos de vida. 
Garantia dos direitos 
das mulheres para o 
estabelecimento das 
condições 
necessáriaspara sua 
plena cidadania. 
Afirmação da diversidade para construção de uma sociedade igualitária. 
Proteção e promoção da diversidade das expressões culturais como Direito 
Humano. 
Valorização da pessoa idosa e promoção de sua participação na sociedade. 
Promoção e proteção dos direitos das pessoas com deficiência e garantia da 
acessibilidade igualitária. 
Garantia do respeito à LIVRE ORIENTAÇÃO SEXUAL E IDENTIDADE DE 
GÊNERO.Ações Programáticas: 
 →Reconhecer e incluir nos sistemas de informação do serviço público todas 
as configurações familiares constituídas por lésbicas, gays, bissexuais, 
travestis e transexuais, com base na desconstrução da heteronormatividade. 
→ Apoiar projeto de lei que disponha sobre a união civil entre pessoas do 
mesmo sexo. 
Respeito às diferentes crenças, liberdade de culto e garantia da laicidade do 
Estado. 
 
 
Resumos @morais_concurseira 
21 
 
 
 
 PNDH 3 
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s Eixo Orientador IV:Segurança Pública, Acesso à Justiça e Combate à Violência *** LER 
 
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Democratização e 
MODERNIZAÇÃO do 
sistema de segurança 
pública** 
 
Transparência e 
participação 
popular no sistema 
de segurança 
pública e justiça 
criminal.** 
Prevenção da violência e da 
criminalidade e profissionalização 
da investigação de atos criminosos 
Combate à violência 
institucional, com ênfase na 
erradicação da tortura e na 
redução da letalidade policial 
e carcerária. 
Garantia dos direitos 
das vítimas de 
crimes e de 
proteção das 
pessoas ameaçadas. 
Modernização da 
política de execução 
penal, priorizando a 
aplicação de penas e 
medidas alternativas à 
privação de liberdade 
e melhoria do sistema 
penitenciário. 
Promoção de sistema de justiça mais 
acessível, ágil e efetivo, para o 
conhecimento, a garantia e a defesa dos 
direitos. 
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Modernização do marco 
normativo do sistema 
de segurança pública 
Modernização da 
gestão do sistema de 
segurança pública. 
Promoção dos Direitos 
Humanos dos 
profissionais do 
sistema de segurança 
pública, assegurando 
sua formação 
continuada e 
compatível com as 
atividades que 
exercem. 
 
Publicação de 
dados do sistema 
federal de 
segurança pública. 
Consolidação de 
mecanismos de 
participação 
popular na 
elaboração das 
políticas públicas 
de segurança. 
. 
Ampliação do controle de armas de 
fogo em circulação no País. 
Qualificação da investigação 
criminal. 
Produção de prova pericial com 
celeridade e procedimento 
padronizado. 
Fortalecimento dos instrumentos de 
prevenção à violência. 
Redução da violência motivada por 
diferenças de gênero, raça ou etnia, 
idade, orientação sexual e situação 
de vulnerabilidade. 
Enfrentamento ao tráfico de 
pessoas. 
 
Fortalecimento dos 
mecanismos de controle do 
sistema de segurança 
pública. 
Padronização de 
procedimentos e 
equipamentos do sistema de 
segurança pública. 
Consolidação de política 
nacional visando à 
erradicação da tortura e de 
outros tratamentos ou penas 
cruéis, desumanos ou 
degradantes. 
Combate às execuções 
extrajudiciais realizadas por 
agentes do Estado. 
 
Instituição de 
sistema federal que 
integre os 
programas de 
proteção. 
Consolidação da 
política de 
assistência a vítimas 
e a testemunhas 
ameaçadas. 
Garantia da proteção 
de crianças e 
adolescentes 
ameaçados de morte. 
Garantia de proteção 
dos defensores dos 
Direitos Humanos e 
de suas atividades. 
 Reestruturação do 
sistema penitenciário. 
Limitação do uso dos 
institutos de prisão 
cautelar. 
Tratamento adequado 
de pessoas com 
transtornos mentais. 
Ampliação da aplicação 
de penas e medidas 
alternativas. 
 
Acesso da população à informação sobre 
seus direitos e sobre como garanti-los. 
Garantia do aperfeiçoamento e 
monitoramento das normas jurídicas para 
proteção dos Direitos Humanos.Ações 
programáticas:g) Implementar 
mecanismos de monitoramento dos 
serviços de atendimento ao aborto 
legalmente autorizado, garantindo seu 
cumprimento e facilidade de acesso. 
 Utilização de modelos alternativos de 
solução de conflitos. 
Garantia de acesso universal ao sistema 
judiciário. 
Modernização da gestão e agilização do 
funcionamento do sistema de justiça. 
Acesso à Justiça no campo e na cidade. 
 
Resumos @morais_concurseira 
22 
 
 PNDH 3 
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s Eixo Orientador V: Educação e cultura em Direitos Humanos Eixo Orientador VI: Direito à Memória e à Verdade 
 
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Efetivação das 
diretrizes e dos 
princípios da 
política nacional de 
educação em 
Direitos Humanos 
para fortalecer 
cultura de direitos. 
 
Fortalecimento dos princípios da 
democracia e dos Direitos 
Humanos nos sistemas de 
educação básica, nas instituições 
de ensino superior e outras 
instituições formadoras. 
 
Reconhecimento 
da educação não 
formal como 
espaço de defesa 
e promoção dos 
Direitos 
Humanos. 
 
Promoção da 
Educação em 
Direitos 
Humanos no 
serviço público. 
 
Garantia do direito à 
comunicação 
democrática e ao acesso 
à informação para 
consolidação de uma 
cultura em Direitos 
Humanos. 
 
Reconhecimento da memória 
e da verdade como Direito 
Humano da cidadania e dever 
do Estado. 
 
Preservação da 
memória histórica 
e construção 
pública da 
verdade. 
 
Modernização da legislação 
relacionada com promoção do 
direito à memória e à verdade, 
fortalecendo a democracia. 
 
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Implementação do 
Plano Nacional de 
Educação em 
Direitos Humanos - 
PNEDH 
Ampliação de 
mecanismos e 
produção de 
materiais 
pedagógicos e 
didáticos para 
Educação em 
Direitos Humanos. 
 
Inclusão da temática de Educação 
e Cultura em Direitos Humanos 
nas escolas de educação básica e 
em outras instituições 
formadoras. 
Inclusão da temática da Educação 
em Direitos Humanos nos cursos 
das Instituições de Ensino 
Superior . 
Incentivo à transdisciplinariedade 
e transversalidade nas atividades 
acadêmicas em Direitos Humanos. 
 
Inclusão da 
temática da 
educação em 
Direitos 
Humanos na 
educação não 
formal. 
Resgate da 
memória por 
meio da 
reconstrução da 
história dos 
movimentos 
sociais. 
 
Formação e 
capacitação 
continuada dos 
servidores 
públicos em 
Direitos 
Humanos, em 
todas as esferas 
de governo. 
Formação 
adequada e 
qualificada dos 
profissionais do 
sistema de 
segurança 
pública. 
Promover o respeito aos 
Direitos Humanos nos 
meios de comunicação e 
o cumprimento de seu 
papel na promoção da 
cultura em Direitos 
Humanos. 
Garantia do direito à 
comunicação 
democrática e ao acesso 
à informação. 
Promover a apuração e o 
esclarecimento público das 
violações de Direitos 
Humanos praticadas no 
contexto da repressão 
política ocorrida no Brasil no 
período fixado pelo art. 8o do 
ADCT da Constituição, a fim 
de efetivar o direito à 
memória e à verdade 
histórica e promover a 
reconciliação nacional. 
Incentivar 
iniciativas de 
preservação da 
memória histórica 
e de construção 
pública da 
verdade sobre 
períodos 
autoritários. 
Suprimir do ordenamento 
jurídico brasileiro eventuais 
normas remanescentes de 
períodos de exceção que 
afrontem os compromissos 
internacionais e os preceitos 
constitucionais sobre Direitos 
Humanos. 
 
Resumos @morais_concurseira 
23 
 
 
OUTROS ASSUNTOS COBRADOS EM PROVA 
Direitos Humanos e Mercosul: A eventual adoção de medida consistente na suspensão de direitos e obrigações de Estado-membro do MERCOSUL onde 
estejam ocorrendo violações graves e sistemáticas dos direitos humanos depende de consenso entre os Estados do bloco, não podendo o Estado afetado 
participar do processo decisório pertinente. 
Direitos Humanos e Período Ditatorial do Brasil 
O Brasil nunca deixou de participar formalmente dos organismos internacionais e regionais que se preocupam também com as questões de direitos 
humanos (ONU, OEA etc). De todo modo, durante o período ditatorial, essas questões foram deixadas em segundo plano pelos sucessivos Presidentes 
militares.Os principais tratados de direitos humanos SÓ FORAM RATIFICADOS PELO NOSSO PAÍS APÓS A REDEMOCRATIZAÇÃO, especialmente após a Constituição 
de 1988 - como exemplo, temos o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos, o Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e 
Culturais e a Convenção Americana sobre Direitos Humanos, todos ratificados na década de 90. 
Outros assuntos 
 
OBS.: Dentro do Sistema de Proteção NACIONAL de Direitos Humanos: 
O Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) é um órgão colegiado de composição paritária que tem por finalidade a 
promoção e a defesa dos direitos humanos no Brasil através de ações preventivas, protetivas, reparadoras e sancionadoras das 
condutas e situações de ameaça ou violação desses direitos, previstos na Constituição Federal e em tratados e atos 
internacionais ratificados pelo Brasil. Instituído inicialmente pela Lei nº 4.319, de 16 de março de 1964, que criou o Conselho de 
Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH), o colegiado foi transformado em Conselho Nacional dos Direitos Humanos pela 
Lei n° 12.986, de 2 de junho de 2014. Tem por principal atribuição receber denúncias e investigar, em conjunto com as autoridades 
competentes locais, violações de direitos humanos de especial gravidade com abrangência nacional, como, por exemplo, chacinas 
e massacres. 
Ações Afirmativas: medidas de discriminação reversa que, com o objetivo de proteger grupos historicamente discriminados ou 
vulneráveis, promovem políticas compensatórias focais são denominadas.

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