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APOSTILA - ÉTICA PROFISSIONAL

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA
INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS
CURSO DE DIREITO
BÁRBARA NOVAIS DIAS SILVA
CAROLINA ÁVILA SOARES 
ELLEN KINDELLY ALVES DE MIRANDA
ISABELA LACERDA DOS SANTOS BATISTA
KEZIA ÉVINI RODRIGUES SANTOS
NAIARA AGNES SILVA MOURA
MARLON RIBEIRO DOS REIS
APOSTILA PARA ESTUDO DO EXAME DA OAB: ÉTICA PROFISSIONAL 
Belo Horizonte
2020
BÁRBARA NOVAIS DIAS SILVA
CAROLINA ÁVILA SOARES 
ELLEN KINDELLY ALVES DE MIRANDA
ISABELA LACERDA DOS SANTOS BATISTA
KEZIA ÉVINI RODRIGUES SANTOS
NAIARA AGNES SILVA MOURA
MARLON RIBEIRO DOS REIS
APOSTILA PARA ESTUDO DO EXAME DA OAB: ÉTICA PROFISSIONAL 
Trabalho acadêmico, apresentado como requisito de avaliação do curso de Direito do Centro Universitário UNA para aprovação na disciplina Ética Profissional.
Professor: Ivan Guimarães Pompeu. 
Belo Horizonte 
2020
SUMÁRIO
I. ESTATUTO DA ADVOCACIA E DA OAB
1. DA ADVOCACIA
2. DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL
3. DO PROCESSO NA OAB
4. DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS
II. DISPOSITIVOS APLICÁVEIS DA CF/88
III. REGULAMENTO GERAL
1. DA ATIVIDADE DA ADVOCACIA
2. DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL
3. DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS
IV. CÓDIGO DE ÉTICA E DISCIPLINA
1. DA ÉTICA DO ADVOGADO
2. DO PROCESSO DISCIPLINAR
V. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
I. ESTATUTO DA ADVOCACIA E DA OAB
1. DA ADVOCACIA
Da atividade de advocacia 
A advocacia é a atividade profissional que constitui-se no exercício da defesa de direitos e interesses de cidadãos, diante a outros cidadãos, empresas ou Estado.
A) Do exercício do jus posrtulandi 
Apenas advogados regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil e não impedidos possuem a capacidade postulatória e são capazes, em qualquer jurisdição e instância, perante seja qual for o órgão do Poder Judiciário no território nacional, postular em nome de seu constituinte. 
O artigo 4° do Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil, dispõe acerca da nulidade absoluta dos atos praticados o exercício da advocacia por terceiros não inscrito e, sem prejuízo das sanções civis e administrativas, o fato também tipifica o crime de exercício ilegal de profissão regulamentada. 
B) Atividade de consultoria, assessoria e direção jurídica 
As atribuições de consultoria jurídica, conhecida como advocacia extrajudicial, no patrocínio das relações contravertidas, são atos próprios da profissão de advogado. 
Os cargos de gerente ou diretor jurídico de empresas públicas ou privadas precisão ser ocupados por advogados regularmente inscrito, por intermédio de relação de emprego, que através de contrato de prestação de serviços, não sendo admissível a participação de leigos em cargos de direção jurídica, sob pena de configurar o exercício ilegal da profissão. 
É primordial a presença do advogado na direção dos Departamentos Jurídicos para melhor responder às questões, elaborar estratégias jurídicas ou estabelecer o relacionamento com advogados contratados pela empresa. E sendo a advocacia profissão regulamentada, não há que se considerar a nomeação de leigos para o cargo. 
É imprescindível, sob pena de nulidade, o visto do advogado nos estatutos e contratos para constituição de pessoas jurídicas e outros atos levados a registro perante a Junta Comercial ou Cartórios de Títulos e Documentos, objetivando a constatação, pelo profissional, do cumprimento das exigências legais. 
C) Da vedação da divulgação da advocacia e o exercício com outra atividade 
O Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil, veda o exercício da advocacia no aspecto concomitante com outra atividade simultaneamente no espaço físico, pretendendo sempre à manutenção do sigilo profissional que reveste a relação advogado e constituinte e a não propiciar oportunidade indevida de captação de cliente. 
A divulgação da atividade advocatícia está disciplinada pelos artigos 39 a 47 do Código de Ética e Disciplina da OAB de 2015 pelo Provimento n° 94/2000, do Conselho Federal. 
D) Da proibição da publicidade dos advogados e sociedades de advogados 
A respeito da publicidade, atualmente, em poucos países, em sua maioria latinos, há restrição à publicidade dos serviços advocatícios, mas, por causa da verdadeira revolução de conceitos, em face da globalização dos costumes e com a inserção da informática, a tendência é sua liberalização de forma paulatina, com certo controle pelos órgãos de classe.
II – Dos direitos do advogado 
Os direitos do advogado garantem as condições para que o profissional exerça a defesa de seus clientes com autonomia e plenitude, previstos no artigo 6° e 7 do Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil. 
Os direitos do advogado visa que o profissional exerça a defesa de seus clientes de forma plena e com total liberdade.
A Constituição Federal dispõe em seu artigo 133, que o advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.
Isto posto, são direitos do advogados e advogadas:
Ausência de hierarquia; Inviolabilidade de documentos e arquivos; Comunicação com o cliente em qualquer situação; Livre acesso a espaços; Prisão em flagrante; advogada gestante entrada em tribunais sem ser submetida a detectores de metais e aparelhos de raios X e, reserva de vaga em garagens dos fóruns dos tribunais; adotante ou que der à luz, suspensão de prazos processuais quando for a única patrona da causa, desde que haja notificação por escrito ao cliente; Exercício amplo da defesa e a Acessibilidade aos processos. 
III – Da inscrição 
Para a inscrição como advogado é necessário:
Capacidade civil; diploma ou certidão de graduação em direito; obtido em instituição de ensino oficialmente autorizada e credenciada; título de eleitor e quitação do serviço militar; se brasileiro; aprovação em Exame de Ordem; não exercer atividade incompatível com a advocacia; idoneidade moral e prestar compromisso perante o conselho. 
E a inscrição como estagiário é necessário:
Capacidade civil; título de eleitor e quitação do serviço militar; se brasileiro; não exercer atividade incompatível com a advocacia; idoneidade moral; prestar compromisso perante o conselho e ter sido admitido em estágio profissional de advocacia. 
A inscrição principal do advogado deverá ser feita no Conselho Seccional em território no qual pretende estabelecer o seu domicílio profissional, na forma do regulamento geral. 
E por fim, cancela-se a inscrição do profissional que:
Assim o requerer; sofrer penalidade de exclusão; falecer; passar a exercer, em caráter definitivo, atividade incompatível com a advocacia e perder qualquer um dos requisitos para a inscrição. 
IV – Da sociedade de advogados 
Conforme dispõe o artigo 15 do Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil, os advogados podem reunir-se em sociedade civil de prestação de serviço de advocacia, na forma disciplinares nesta lei e no regulamento geral. 
O parágrafo §1° prevê que a sociedade de advogados e a sociedade unipessoal de advocacia adquirem personalidade jurídica com o registro aprovados dos seus atos constitutivos no Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial tiver sede.
O parágrafo §2° prevê que aplica-se à sociedade de advogados o Código de Ética e Disciplina, no que couber.
O parágrafo §3° prevê que as procurações devem ser outorgadas individualmente aos advogados e indicar a sociedade de que façam parte.
O parágrafo §4° prevê que nenhum advogado pode integrar mais de uma sociedade unipessoal de advocacia, ou integrar, simultaneamente, uma sociedade de advogados e uma sociedade unipessoal de advogados, com sede ou filial na mesma área territorial do respectivo Conselho Seccional.
O parágrafo §5° o ato de constituição de filial deve ser averbado no registro da sociedade e arquivado junto ao Conselho Seccional onde se instalar, ficando os sócios, inclusive o titular da sociedade unipessoal de advocacia, obrigados à inscrição suplementar.
O parágrafo §6° os advogados sócios de uma mesma sociedade profissional não podem representar em juízo clientes de interessesopostos. 
O parágrafo §7° a sociedade unipessoal de advocacia pode resultar da concentração por um advogado das quotas de uma sociedade de advogados, independentemente das razões que motivaram tal concentração. 
V – Do advogado empregado 
Em razão com o surgimento das sociedades de advogados, advogados não sócios começaram a prestar serviços ás sociedades por meio de remuneração. No entanto, a independência e total autonomia profissional do advogado, embora empregado, deve ser preservada, sem qualquer intromissão de terceiros na diretriz de seus trabalhos. 
As ordens e a intromissão do empregador são limitadas meramente ao campo administrativo, não podendo intervir na atuação técnica do advogado. 
O Interesses pessoais do empregador, previsto no artigo 18 do Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil, dispõe que o advogado não é obrigado a prestar trabalhos que extrapolam a órbita da relação de emprego, atendendo a interesse pessoal dos empregadores. 
VI – Dos honorários advocatícios 
Os honorários advocatícios devem ser pactuados por escrito e cumprir aos ditames da prestação de serviços, regida pelo Código Civil em seu artigo 593 e seguintes, e pelas normas do Estatuto e do Código de Ética e Disciplina da OAB.
Os honorários advocatícios devem ser fixados com prudência, satisfazendo principalmente a complexidade e a relevância das questões versadas.
As formas de contrato é indicado de forma escrita contudo o contrato de prestação de serviço pode ser acordado verbalmente, por telefone, endereço eletrônico e etc., conforme dispõe o artigo 427, inciso I do Código Civil. 
VII – Das incompatibilidade e impedimentos 
A incompatibilidade é a vedação total do exercício da advocacia conjuntamente com as atividades expressamente enumeradas pelo Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil em seu artigo 28.
O impedimento é vedação parcial, restringindo a representação do advogado.
As vedações de impedimento parciais ou totais previstas no Estatuto foram estendidas, inclusive quando o advogado postular em causa própria sem exceção, mesmo para postular verbas inerentes a relação de emprego. 
O artigo 28, inciso II, refere a incompatibilidade da atividade advocatícia com a dos membros de órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos Tribunais e Conselhos de Contas, dos Juizados Especiais, da Justiça de paz, os juízes classista e todos os exerçam incumbência de julgamento em órgão de deliberação coletiva da Administração Pública direta ou indireta. 
O artigo 28, inciso III, dispõe que a incompatibilidade abrange todos os advogados quando da nomeação para a ocupação de qualquer cargo diretivo em órgãos da Administração Pública direta ou indireta, em suas fundações e em suas concessionárias que explorem serviços públicos.
A incompatibilidade instituída é impeditiva do exercício da advocacia a cargos de direção, visto a função desempenhada, indiferente se a denominação atribuída ao cargo. 
Pelo Estatuto, a incompatibilidade alcança todos os ocupantes de cargos, funções e serviços notariais vinculados ao Poder Judiciário direta ou indiretamente, inclusive Cartório de Registro de Imóveis.
O inciso V, do artigo 28 é incompatível a advocacia em atividade direta ou indireta com a atividade policial, inclusive funções administrativas ou complementares e os agentes vinculados à estrutura policial, isto é peritos, médicos legistas, datiloscopistas, despachantes policiais e guardas de presidio. 
O inciso VII dispõe o rol dos cargos incompatíveis com o exercício da advocacia aqueles de arrecadação ou fiscalização e lançamento de tributos. Estão elencados no rol os fiscais de rendas, inclusive de recolhimento previdenciários, auditores fazendários e etc. 
Em seu artigo 29, diserta que a figura da advocacia exclusiva é inerente aos cargos mencionados no artigo, por não haver incompatibilidade absoluta, podem os ocupantes dos cargos advogar exclusivamente na órbita das funções para que forem legitimados durante o período da investidura. 
E no artigo 30 são impedidos de exercer a advocacia, os servidores da administração direta, indireta e fundacional, contra a Fazenda Pública que os remunere ou à qual seja vinculada a entidade empregadora; os membros do Poder Legislativo, em seus diferentes níveis, contra ou a favor das pessoas jurídicas de direito público, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações públicas, entidades paraestatais ou empresas concessionárias ou permissionárias de serviços públicos. 
VIII – Da ética do advogado 
O advogado, como operador do direito, presta serviços públicos indispensáveis à administração da justiça, devendo pautar-se pela irredutibilidade moral de seus princípios. 
A advocacia judicial, assim como nas demais atividades, o advogado responde pelos seus atos, a todo momento em que agir com culpa e dolo, devendo reparar os danos ao seu cliente. 
O advogado não responde, pelo insucesso da demanda, apenas pelos danos causados em razão dos remédios ou soluções jurídicas adotadas, desde que demonstrem sua imperícia, imprudência ou falta de diligência na condução da causa. 
Os advogados possuem a responsabilidade ética de cumprir rigorosamente as regras deontológicas do Código de Ética e Disciplina. 
Isto posto, a violação de qualquer dispositivo tipifica infração ético disciplinar, com aplicação da pena de censura disposto no artigo 36, inciso I do Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil, após do regular processamento das representações, julgadas pelos Tribunais de Ética das seccionais, sempre se propiciando a ampla defesa ao advogado. 
IX – Das infrações e sanções disciplinares 
As condutas infratoras encontram-se elencadas no artigo 34 do Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil. 
As penas disciplinares, conforme a gravidade, são as de advertência, censura e exclusão e a multa, sendo que a multa é sanção acessória que é aplicada cumulativamente a outra. 
Censura: é a mais branda das sanções, podendo ser reduzida a uma simples advertência.
Suspensão: é a sanção no qual impede o exercício profissional em todo território nacional, não podendo a aplicação por prazo indeterminado, contudo podendo estar condicionada ao cumprimento de algumas obrigações.
Exclusão: é aplicação ás condutas infracionais mais grave.
Multa: é a sanção disciplinar de caráter sempre cumulativo.
O artigo 34 constitui infração disciplinares tais como o inciso I exercer a profissão, quando impedido de fazê-lo, ou facilitar, por qualquer meio, o seu exercício aos não inscritos, proibidos ou impedidos. 
E o parágrafo único dispõe de conduta incompatível, tais como alínea “a” a prática reiterada de jogo de azar, não autorizado por lei. 
O artigo 36 dispõe que a censura é aplicável nos casos de infração estabelecida nos incisos I a XVI e XXXIX do artigo 34, violação a preceito do Código de Ética e Disciplina e violação a preceito desta lei, quando para a infração não se tenha estabelecido sanção mais grave.
O artigo 37 dispõe que, a suspensão é aplicável nos casos de infração definidas nos incisos XVII a XXV do artigo 34 e a reincidência em infração disciplinar. 
O artigo 38 dispõe que, a exclusão é aplicável nos casos de aplicação por três vezes de suspensão e infração definidas nos incisos XXVI a XXVII do artigo 34.
O artigo 39 dispõe que, a multa, variável entre o mínimo correspondente ao valor de uma anuidade e o máximo de seu decuplo é aplicável cumulativamente com censura ou suspensão, em havendo circunstancias agravantes. 
O artigo 40 dispõe que, na aplicação das sanções disciplinares são consideradas para fins de atenuação, as seguintes circunstância entre outras, tais como o inciso I falta cometida na defesa de prerrogativas profissional.
QUESTÕES
1) Ano 2019 – Banca FGV – Órgão OAB – Prova FGV – 2019 – OAB – Exame de Ordem Unificado XXX 
O advogado Geraldo foi regularmente constituído por certo cliente para defendê-lo em um processo judicial no qual esse cliente é réu. Geraldo ofereceu contestação, e o processo segue atualmente seu trâmite regular,não tendo sido, por ora, designada audiência de instrução e julgamento. 
Todavia, por razões insuperáveis que o impedem de continuar exercendo o mandato, Geraldo resolve renunciar. Em 12/02/2019, Geraldo fez a notificação válida da renúncia. Três dias depois da notificação, o mandante constituiu novo advogado, substituindo-o. todo o ocorrido foi informado nos autos.
Considerando o caso narrado, de acordo com o Estatuto da Advocacia e da OAB, assinale a afirmativa correta. 
A) Geraldo continuará a representar o mandante durante os dez dias seguintes à notificação da renúncia.
B) O dever de Geraldo de representar o mandante cessa diante da substituição do advogado, independentemente do decurso de prazo.
C) Geraldo continuará a representar o mandante até que seja proferida e publicada sentença nos autos, ainda que recorrível.
D) Geraldo continuará a representar o mandante até o término da audiência de instrução e julgamento. 
2) Ano 2019 - Banca FGV – Órgão OAB – Prova FGV – 2019 – OAB – Exame de Ordem Unificado – XXVIII
Gabriel, advogado, teve aplicada contra si penalidade de suspensão, em razão da prática das seguintes condutas: atuar junto a cliente para a realização de ato destinado a fraudar a lei; recusar-se a prestar contas ao cliente de quantias recebidas dele e incidir em erros reiterados que evidenciaram inépcia profissional. 
Antes de decorrido o prazo para que pudesse requerer a reabilitação quanto à aplicação dessas sanções e após o trânsito em julgado das decisões administrativas, instaurou-se contra ele, em razão dessas punições prévias, novo processo disciplinar. 
Com base no caso narrados, assinale a opção que indica a penalidade disciplinar a ser aplicada. 
A) De exclusão, para a qual é necessária a manifestação da maioria absoluta dos membros do Conselho Seccional competente.
B) De suspensão, que o impedirá de exercer o mandato e implicará o cancelamento de sua inscrição na OAB.
C) De exclusão, ficando o pedido de nova inscrição na OAB condicionado à prova de reabilitação.
D) De suspensão, que o impedirá de exercer o mandato e o impedirá de exercer a advocacia em todo o território nacional, pelo prazo de doze a trinta meses. 
Gabarito: 1) B e 2) C.
2. DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL
a) Dos fins e da organização
	A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB – sigla de uso privativo) é uma entidade privada, dotada de personalidade jurídica (CNPJ) que presta relevante serviço público, dessa forma é considerada uma entidade sui generis[footnoteRef:1]. [1: Único; que não se parece com nenhum outro; único em seu gênero: expressão sui generis; inteligência sui generis. On-line.] 
	É, ainda, munida de imunidade fiscal total em relação a seus bens, rendas e serviços, sem qualquer hierarquia ou vínculo funcional com outro órgão da administração pública.
	Cumpre salientar que a OAB é organizada de forma federativa, assim como nossa República, traçado esse paralelo, observamos que na Ordem, existe a organização dividida entre três órgãos, quais sejam: Conselho Federal, Conselho Seccional e Subseções, enquanto na República a divisão também é entre três entes União, Estados e Municípios. 
	Ademais, ressaltam-se duas finalidades atribuídas à entidade, sendo a primeira institucional, assim representa a advocacia como instituto (defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado democrático de direito, os direitos humanos, a justiça social, e pugnar pela boa aplicação das leis, pela rápida administração da justiça e pelo aperfeiçoamento da cultura e das instituições jurídicas).
	A segunda corporativista, no sentido de que cabe a ela defender os interesses dos advogados e advogadas inscritos (promover, com exclusividade, a representação, a defesa, a seleção e a disciplina dos advogados em toda a República Federativa do Brasil).
b) Do Conselho Federal
	O Conselho Federal, com sede na Capital da República, é órgão supremo da OAB, guarnecido de personalidade jurídica própria. Possui uma diretoria formada por cinco membros, com direito a voto e voz, além de 81 (oitenta e um) Conselheiros Federais com direito a voto e voz, sendo três de cada uma das seccionais dos Estados-Membros. Ressalta-se que o ex-presidente do Conselho Federal é membro honorário vitalício e possuem direito a voz nas sessões.
	As competências do Conselho Federal, restam elencadas no art. 54 do Estatuto, vejamos: 
“I – dar cumprimento efetivo às finalidades da OAB;
II – representar, em juízo ou fora dele, os interesses coletivos ou individuais dos advogados;
III – velar pela dignidade, independência, prerrogativas e valorização da advocacia;
IV – representar, com exclusividade, os advogados brasileiros nos órgãos e eventos internacionais da advocacia;
V – editar e alterar o Regulamento Geral, o Código de Ética e Disciplina, e os Provimentos que julgar necessários;
VI – adotar medidas para assegurar o regular funcionamento dos Conselhos Seccionais;
VII – intervir nos Conselhos Seccionais, onde e quando constatar grave violação desta Lei ou do Regulamento Geral;
VIII – cassar ou modificar, de ofício ou mediante representação, qualquer ato, de órgão ou autoridade da OAB, contrário a esta Lei, ao Regulamento Geral, ao Código de Ética e Disciplina, e aos Provimentos, ouvida a autoridade ou o órgão em causa;
IX – julgar, em grau de recurso, as questões decididas pelos Conselhos Seccionais, nos casos previstos neste Estatuto e no Regulamento Geral;
X – dispor sobre a identificação dos inscritos na OAB e sobre os respectivos símbolos privativos;
XI – apreciar o relatório anual e deliberar sobre o balanço e as contas de sua diretoria;
XII – homologar ou mandar suprir relatório anual, o balanço e as contas dos Conselhos Seccionais;
XIII – elaborar as listas constitucionalmente previstas, para o preenchimento dos cargos nos tribunais judiciários de âmbito nacional ou interestadual, com advogados que estejam em pleno exercício da profissão, vedada a inclusão de nome de membro do próprio Conselho ou de outro órgão da OAB;
XIV – ajuizar ação direta de inconstitucionalidade de normas legais e atos normativos, ação civil pública, mandado de segurança coletivo, mandado de injunção e demais ações cuja legitimação lhe seja outorgada por lei;
XV – colaborar com o aperfeiçoamento dos cursos jurídicos, e opinar, previamente, nos pedidos apresentados aos órgãos competentes para criação, reconhecimento ou credenciamento desses cursos;
XVI – autorizar, pela maioria absoluta das delegações, a oneração ou alienação de seus bens imóveis;
XVII – participar de concursos públicos, nos casos previstos na Constituição e na lei, em todas as suas fases, quando tiverem abrangência nacional ou interestadual;
XVIII – resolver os casos omissos neste Estatuto.
Parágrafo único. A intervenção referida no inciso VII deste artigo depende de prévia aprovação por dois terços das delegações, garantido o amplo direito de defesa do Conselho Seccional respectivo, nomeando-se diretoria provisória para o prazo que se fixar”.
c) Do Conselho Seccional
	Os Conselhos Seccionais são órgãos de unidades federativas, com sede na capital de dessas, inscritos como pessoas jurídicas. 
	Seu número de conselheiros é proporcional ao número de inscritos na unidade federativa, sendo possível no máximo 80 (oitenta) conselheiros efetivos e seus respectivos suplentes. 
	Possuem uma diretoria, com 5 (cinco) cargos assim como o Conselho federal. Os ex-presidentes, também, são membros honorários vitalícios do conselho seccional que presidiu. 
	A competência dos conselhos estão demonstradas no art. 58 do Estatuto, vejamos: 
“I – editar seu Regimento Interno e Resoluções;
II – criar as Subseções e a Caixa de Assistência dos Advogados;
III – julgar, em grau de recurso, as questões decididas por seu Presidente, por sua diretoria, pelo Tribunal de Ética e Disciplina, pelas diretorias das Subseções e da Caixa de Assistência dos Advogados;
IV – fiscalizar a aplicação da receita, apreciar o relatório anual e deliberar sobre o balanço e as contas de sua diretoria, das diretorias das Subseções e da Caixa de Assistênciados Advogados;
V – fixar a tabela de honorários, válida para todo o território estadual;
VI – realizar o Exame de Ordem;
VII – decidir os pedidos de inscrição nos quadros de advogados e estagiários;
VIII – manter cadastro de seus inscritos;
IX – fixar, alterar e receber contribuições obrigatórias, preços de serviços e multas;
X – participar da elaboração dos concursos públicos, em todas as suas fases, nos casos previstos na Constituição e nas leis, no âmbito do seu território;
XI – determinar, com exclusividade, critérios para o traje dos advogados, no exercício profissional;
XII – aprovar e modificar seu orçamento anual;
XIII – definir a composição e o funcionamento do Tribunal de Ética e Disciplina, e escolher seus membros;
XIV – eleger as listas, constitucionalmente previstas, para preenchimento dos cargos nos tribunais judiciários, no âmbito de sua competência e na forma do Provimento do Conselho Federal, vedada a inclusão de membros do próprio Conselho e de qualquer órgão da OAB;
XV – intervir nas Subseções e na Caixa de Assistência dos Advogados;
XVI – desempenhar outras atribuições previstas no Regulamento Geral.”
d) Da Subseção
	As subseções são a menor unidade vinculada a um Conselho Seccional, que visa à descentralização administrativa. 
	A subseção poderá abranger um ou mais municípios, ou parte de município, inclusive da capital do Estado e apenas serão criados, se assim entender o Conselho, se houverem no mínimo 15 advogados domiciliados no local. 
	Insta salientar, que a sucessão não possui personalidade jurídica própria, assim faz jus do CNPJ do Conselho Seccional correspondente. Conta com uma diretoria, assim como os demais órgãos.
	Compete a subseção, no âmbito de seu território, conforme art. 61 do Estatuto:
“Art. 61. Compete à Subseção, no âmbito de seu território:
I – dar cumprimento efetivo às finalidades da OAB;
II – velar pela dignidade, independência e valorização da advocacia, e fazer valer as prerrogativas do advogado;
III – representar a OAB perante os poderes constituídos;
IV – desempenhar as atribuições previstas no Regulamento Geral ou por delegação de competência do Conselho Seccional.
Parágrafo único. Ao Conselho da Subseção, quando houver, compete exercer as funções e atribuições do Conselho Seccional, na forma do Regimento Interno deste, e ainda:
a) editar seu Regimento Interno, a ser referendado pelo Conselho Seccional;
b) editar resoluções, no âmbito de sua competência;
c) instaurar e instruir processos disciplinares, para julgamento pelo Tribunal de Ética e Disciplina;
d) receber pedido de inscrição nos quadros de advogado e estagiário, instruindo e emitindo parecer prévio, para decisão do Conselho Seccional”.
e) Da Caixa de Assistência dos Advogados
	As Caixas de Assistência dos Advogados, definida como órgão da OAB, por sua feita é responsável por prestar assistência aos advogados fornecendo a esses determinados benefícios como, por exemplo, financeira. 
	Para tanto, são necessários pelo menos 1.500 advogados inscritos na seccional para sua criação pelo Conselho Seccional. As CAA possuem diretoria composta por 5 (cinco ) cargos, além de personalidade jurídica própria.
	A CAA mantem-se com metade da receita líquida, ou seja, após as devidas deduções legais (Conselho Federal, Fundo de Integração e Desenvolvimento Assistencial do Advogado e despesas administrativas), das anuidades arrecadadas pelo Conselho Seccional. 
	Ademais, em caso de extinção ou desativação da Caixa, seu patrimônio se incorpora ao do Conselho Seccional respectivo. 
	Por derradeiro, o Conselho Seccional, mediante voto de dois terços de seus membros, pode intervir na Caixa de Assistência dos Advogados, no caso de descumprimento de suas finalidades, designando diretoria provisória, enquanto durar a intervenção
Das eleições e dos mandatos
	A cada 3 (anos) acontecem eleições na OAB, visto que o mandato na instituição tem essa duração. As eleições ocorrem no último ano do mandato, sempre na segunda quinzena de novembro, cada Conselho Seccional organizará suas eleições. 
	Somente poderá votar aqueles que possuem inscrição principal ou suplementar na subseção, sendo obrigatória apenas na primeira. Na ausência de voto, é cobrada multa no valor de 20% da anuidade. Podendo a ausência ser justificada.
	As eleições são feitas por chapas, para os cargos de diretoria, quais sejam: Presidente; Vice-Presidente; Secretário Geral; Secretário Geral Adjunto; Tesoureiro. 
	O primeiro voto será para a chapa da diretoria da subseção a que pertence o advogado, enquanto o segundo voto será para a chapa da seccional, nesse voto a chapa é composta pela diretoria do Conselho Seccional, pela diretoria da Caixa de Assistência ao Advogado, pelos Conselheiros Seccionais junto a seus suplentes e três Conselheiros Federais e seus suplentes. 
	O candidato, por sua vez deve cumprir os requisitos da lei 13.875/2019, quais sejam: comprovar situação regular perante a OAB, não ocupar cargo exonerável ad nutum, não ter sido condenado por infração disciplinar, salvo reabilitação, e exercer efetivamente a profissão há mais de 3 (três) anos, nas eleições para os cargos de Conselheiro Seccional e das Subseções, quando houver, e há mais de 5 (cinco) anos, nas eleições para os demais cargos.
	Os eleitos tomarão posse no dia 01 de janeiro do ano seguinte. Em 31 de janeiro, os Conselheiros Federais votam para a diretoria do Conselho Federal, que tomarão posse no dia seguinte. 
QUESTÕES
Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXVIII - Primeira Fase
1. Em certo local, pretende-se a aquisição de um imóvel pelo Conselho Seccional respectivo da OAB, para funcionar como centro de apoio em informática aos advogados inscritos. Também se negocia a constituição de hipoteca sobre outro bem imóvel que já integra o patrimônio deste Conselho Seccional.
De acordo com o caso narrado, com fulcro no disposto no Regulamento Geral 	do Estatuto da Advocacia e da OAB, assinale a afirmativa correta.
A) A aquisição do imóvel dependerá de autorização da maioria dos membros efetivos do Conselho Seccional; já a constituição da hipoteca é decisão que compete à Diretoria do Conselho Seccional.
B) Tanto a aquisição do imóvel como a constituição da hipoteca dependerão de autorização da maioria dos membros efetivos do Conselho Seccional.
C) Tanto a aquisição do imóvel como a constituição da hipoteca são decisões que competem à Diretoria do Conselho Seccional, dispensada autorização dos membros efetivos do Conselho Seccional.
D) A aquisição do imóvel é decisão que compete à Diretoria do Conselho Seccional; já a constituição da hipoteca dependerá de autorização da maioria dos membros efetivos do Conselho Seccional.
Ano: 2012 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2012 - OAB - Exame de Ordem Unificado - IX - Primeira Fase
2. Assinale a afirmativa que indica como ocorrerá, em havendo necessidade, a criação de novos Conselhos Seccionais, de acordo com as normas do Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB.
A) Por meio de Lei aprovada pelo Congresso Nacional.
B) Por meio de Medida Provisória Federal.
C) Por Provimento do Conselho Federal.
D) Por meio de Resolução do Conselho Federal.
Gabarito: 1) D e 2) D.
3. DO PROCESSO NA OAB
a)	Disposições Gerais
	Os artigos 68 e 69 do Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil expõem as disposições gerais do processo na OAB, eles determinam que:
	Salvo as exceções, aplicam-se secundariamente as regras da legislação processual penal comum ao processo disciplinar e aos demais processos, as regras gerais do procedimento administrativo comum e legislação processual civil, respectivamente. 
	E, acerca dos prazos, todo o prazo necessário a manifestação de advogados, estagiários e terceiros nos processos em geral da OAB, são contados em quinze dias, inclusive para interposição de recursos.
	Contando-se a partir do dia útil imediato ao da notificação do recebimento nos casos de comunicação por ofício reservado, ou de notificação pessoal e do primeiro dia útil seguinte nos casosde publicação na imprensa oficial do ato ou da decisão.
b) Do processo disciplinar
	Os artigos 70 a 74 dispõem sobre o processo disciplinar da OAB.
	Em primeiro lugar instaura-se o processo disciplinar, podendo ser de ofício ou por representação, artigo 72, sendo que há critérios de admissibilidade da representação § 1º, e o processo deve tramitar em sigilo, até o seu término, § 2º. 
	É exclusivo do Conselho Seccional o poder de punir os inscritos na OAB, havendo exceções, o julgamento é feito pelo Tribunal de Ética e Disciplina do Conselho Seccional competente, artigo 70, seguindo as disposições dos parágrafos § 1º, § 2º e §3º. Caso a infração constitua crime ou contravenção, o fato deve ser comunicado às autoridades competentes, artigo 71.
	Após receber a representação, o Presidente designa o relator para instruir o processo, artigo 73, assegurado ao representado o amplo direito de defesa, § 1º, se manifestando o relator pelo indeferimento liminar da representação, após a defesa prévia, este deve ser decidido pelo Presidente do Conselho Seccional, para determinar seu arquivamento,§ 2ª, havendo a possibilidade do prazo para defesa prévia pode ser prorrogado,§ 3º, devendo o 	Presidente do Conselho ou da Subseção designar defensor dativo se o representado não for encontrado, ou for revel, § 4º, sendo possível a revisão do processo disciplinar, por erro de julgamento ou por condenação baseada em falsa prova, §5º.
	Para finalizar, o profissional suspenso ou excluído deve devolver os documentos de identificação sob pena de serem adotadas medidas administrativas e judiciais pelo Conselho Seccional conforme artigo 74.
c) Dos recursos
	Garantido pela Constituição o direito a ampla defesa, no processo da OAB não poderia ser diferente, cabe recurso ao Conselho Federal das decisões definitivas proferidas pelo Conselho Seccional, quando não tenham sido unânimes ou se contrariam o estatuto ou outras decisões elencadas no artigo 75, podendo ser interposto pelo Presidente do Conselho Seccional, além dos interessados conforme parágrafo único.
	Cabe também recurso ao Conselho Seccional das decisões elencadas no artigo 76, sendo que todos os recursos têm efeito suspensivo, salvo em se tratando de eleições de suspensão preventiva decidida pelo Tribunal de Ética e Disciplina, e de cancelamento da inscrição obtida com falsa prova, artigo 77.
	Para finalizar, no setor de cada órgão julgador cabe recursos específico, é o que disciplina o regulamento geral, p. único.
QUESTÃO
FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXVIII - Primeira Fase 
1) Maria teve processo disciplinar recém-instaurado contra si pelo Conselho Seccional da OAB, no qual está inscrita. No dia seguinte à sua notificação por meio de edital, encontra-se no fórum com Tânia, sua ex-colega de faculdade, que veio comentar com Maria sobre o conteúdo do referido processo.
De acordo com o Estatuto da OAB, Tânia poderia conhecer o conteúdo do processo disciplinar instaurado, em face de Maria, 
a) por qualquer meio, dada a natureza pública de sua tramitação. 
b) se fosse parte, defensora de parte ou autoridade judiciária competente, dada a natureza sigilosa de sua tramitação. 
c) caso tivesse tido acesso à notificação inicial, feita por meio de edital, dada a natureza pública de sua tramitação. 
d) em nenhuma hipótese, dada a natureza sigilosa de sua tramitação.
QUESTÕES
FGV - 2020 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXI - Primeira Fase 
2) Havendo indícios de que Sara obteve inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil mediante prova falsa, foi instaurado contra ela processo disciplinar.
Sobre o tema, assinale a afirmativa correta. 
a)O processo disciplinar contra Sara pode ser instaurado de ofício ou mediante representação, que pode ser anônima. 
b)Em caso de revelia de Sara, o processo disciplinar seguirá, independentemente de designação de defensor dativo. 
c)O processo disciplinar instaurado contra Sara será, em regra, público. 
d) O recurso contra eventual decisão que determine o cancelamento da inscrição de Sara não terá efeito suspensivo.
Resposta: D
Gabarito: 1) B e 2) D.
4. DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS
a) Das Disposições Gerais e Transitórias
	Os artigos 78 ao 87 deste dispositivo dispõem sobre as disposições gerais e temporárias do estatuto.
	Primeiramente ficou disposto que o regulamento geral do estatuto ficaria na responsabilidade do Conselho Federal da OAB, e esta lei entrou em vigor na data de sua publicação.
	A respeito dos servidores da OAB, aplica-se o regime trabalhista, de modo que os que não optarem pelo regime trabalhista devem ser posicionados no quadro em extinção.
	Quanto aos Conselhos Federais e Seccionais, a cada três meses eles devem promover as respectivas Conferências, com finalidade consultiva.
	Não se aplicam aos que tenham assumido o cargo de Presidente do Conselho Federal ou dos Conselhos Seccionais, as normas contidas no Título II, sobre a composição desses Conselhos.
	No que diz respeito aos mandatos, eleições, composição e atribuições dos órgãos da OAB, aplica-se esta lei a partir do término do mandato dos atuais membros.
	Quanto aos membros do Ministério Público que, na data de promulgação da Constituição, se incluam na previsão do art. 29, § 3º, do seu Ato das Disposições Constitucionais Transitórias não se aplica o disposto no art. 28, inciso II, desta lei.
	Quanto ao estagiário, fica dispensado do Exame de Ordem, desde que comprove, o exercício e resultado do estágio profissional ou a conclusão, do estágio de Prática Forense e Organização Judiciária, realizado junto à respectiva faculdade.
	Fica concedido ao Instituto dos Advogados Brasileiros e as instituições a ele filiadas poder para promover perante a OAB o que julgarem do interesse dos advogados em geral ou de qualquer dos seus membros.
	E por fim, dispõe o artigo 87 que devem ser revogadas as disposições em contrário, especialmente a Lei nº 4.215, de 27 de abril de 1963, a Lei nº 5.390, de 23 de fevereiro de 1968, o Decreto-Lei nº 505, de 18 de março de 1969, a Lei nº 5.681, de 20 de julho de 1971, a Lei nº 5.842, de 6 de dezembro de 1972, a Lei nº 5.960, de 10 de dezembro de 1973, a Lei nº 6.743, de 5 de dezembro de 1979, a Lei nº 6.884, de 9 de dezembro de 1980, a Lei nº 6.994, de 26 de maio de 1982, mantidos os efeitos da Lei nº 7.346, de 22 de julho de 1985.
QUESTÃO
1) A respeito dos Conselhos Federal e Seccionais, assinale a alternativa correta:
a) Não devem promover por sua própria autoridade conferências de modo a não contrariar as disposições do Código de ética da OAB.
b) Apenas os conselhos Federal tem autonomia para promover conferências periodicamente com finalidade consultiva.
c) Os Conselhos Federal e Seccionais tem o dever de promover trienalmente as respectivas Conferências, em data não coincidente com o ano eleitoral, e, periodicamente, reunião do colégio de presidentes a eles vinculados, com finalidade consultiva.
d) cabe aos Conselhos Federal e Seccionais promover semestralmente as respectivas Conferências, em data não coincidente com o ano eleitoral, e, periodicamente, reunião do colégio de presidentes a eles vinculados, com finalidade consultiva. 
Gabarito: 1) C.
II. DISPOSITIVOS APLICÁVEIS DA CF/88
	
	No Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), são aplicáveis dispositivos constitucionais, retomando, garantindo, direitos constitucionais já adquiridos, quais sejam:
	Artigo 5º incisos XII, LIV , LV, LXIII e LXXIV que trata da igualdade sem distinção de qualquer natureza, assegurados os direitos à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, de modo que: é livre o exercício de qualquer trabalho atendidas as qualificações que a lei estabelecer; ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; aos litigantes, e aos acusados, são assegurados o contraditório e a ampla defesa, o preso será informado de seus direitos, o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos; 
	Artigo 22º que expressa a competência privativa da Uniãode legislar sobre a organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de profissões, inciso XVI.
	Artigo 92º que estabelece quais são os órgãos do Poder Judiciário os elencando do inciso I a VII dentre os quais está o Conselho Nacional de Justiça.
	Art. 93º que dispõe sobre Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, que disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os princípios dos incisos I e IX deste artigo.
	Artigo 94º que estabelece que um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios deverá ser composto de membros do Ministério Público, atendendo aos seguintes requisitos:
-com mais de dez anos de carreira;
- com notório saber jurídico e de reputação ilibada;
-com mais de dez anos de efetiva atividade profissional;
-indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes. 
	Sendo que recebidas as indicações, o tribunal fará uma lista com 3 nomes enviando-a ao Poder Executivo, que, nos vinte dias subsequentes, escolherá um de seus integrantes para nomeação.
	Artigo 95º, p. único, que determina que aos juízes é vedado: exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração, inciso V. 
	Artigo 98º que trata da gratuidade da justiça para pessoas com insuficiência de recursos compreendendo as taxas ou as custas judiciais e os selos postais, mas sem afastar a responsabilidade sobre os honorários de sucumbências e despesas processuais, § 1º inc.I e II e § 2º.
 	Artigo 103ª que determina quem pode propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade.
	Artigo 103º-B que dispõe sobre a composição do Conselho Nacional de Justiça.
	Artigo 104º que estabelece punição ao poder executivo caso os recursos para o pagamento de precatórios não forem tempestivamente liberados, inciso II.
	Artigo107º que dispõe sobre a composição dos Tribunais Regionais Federais, devendo ser de um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público Federal com mais de dez anos de carreira, inciso I. 
	Artigo 111 º que determina quais são os órgãos da Justiça do Trabalho, sendo eles: “I- o Tribunal Superior do Trabalho; II- os Tribunais Regionais do Trabalho e III- Juízes do Trabalho.”
	Artigo 111 º, A, que dispõe sobre a composição do Tribunal Superior do Trabalho, observando o inciso I.
	Artigo 115º, que dispõe sobre a composição dos Tribunais Regionais do Trabalho, observando o inciso I.
	Artigo 119º que dispõe sobre a composição do Tribunal Superior Eleitoral, observando o inciso II.
	Artigo 120º que determina que haverá um Tribunal Regional Eleitoral na Capital de cada Estado e no Distrito Federal. Sendo que eles irão se compôr por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça, § 1º, inciso III.
	Artigo 129º que dispõe sobre as funções institucionais do Ministério Público e nos parágrafos 3º e 4º estabelece condições para ingresso na carreira desse órgão determina a aplicação do artigo 93 do mesmo dispositivo legal no que couber.
	Artigo 123º que dispõe sobre a composição do Superior Tribunal Militar , observando o parágrafo único e inciso I.
	Artigo 130ª -A, que dispõe sobre a composição do Conselho Nacional do Ministério Público observando os incisos 5 e 6, e a determinação do § 4º sobre o Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil oficiar junto ao Conselho. 
	Artigo 131º que define a Advocacia-Geral da União como instituição que, representa a União, cabendo-lhe, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo, e deste artigo são aplicáveis os parágrafos 1º, 2º e 3º.
	Artigo 132º que determina que os Procuradores dos Estados e do Distrito Federal exercerão a representação judicial e a consultoria jurídica das respectivas unidades federadas.
	Artigo 133º que estabelece que advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei. 
	Artigo 134º em que a Defensoria Pública é conceituada como instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados. Observando também os parágrafos 1 e 2 do presente artigo.
	Artigo 135 º, que determina que a remuneração dos servidores integrantes das carreiras disciplinadas nas Seções II e III deste Capítulo se dará na forma do art. 39, § 4º, deste dispositivo legal. 
	E artigo 235º, que estabelece que nos dez primeiros anos da criação de Estado, serão observadas algumas normas básicas, dentre elas está a nomeação dos primeiros desembargadores pelo Governo eleito escolhido 2 dentre promotores, e advogados com dez anos, no mínimo, de exercício profissional, obedecido o procedimento fixado na Constituição, Inciso V, b, além disso, que até a promulgação da Constituição estadual, advogados de notório saber, com, no mínimo trinta e cinco anos de idade, nomeados pelo Governador eleito e demissíveis ad nutum, respondem pela Procuradoria-Geral, pela Advocacia-Geral e pela Defensoria-Geral do Estado.
QUESTÃO
Acerca dos dispositivos Constitucionais aplicáveis ao Código de Ética da Advocacia e da OAB leia com atenção as afirmativas abaixo:
I- Procuradores dos Estados e do Distrito Federal exercerão a representação judicial e a consultoria jurídica das respectivas unidades federadas.
II- A gratuidade da justiça para pessoas com insuficiência de recursos compreendem as taxas ou as custas judiciais e os selos postais.
III- Não é competência privativa da União legislar sobre a organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de profissões.
IV- O advogado é dispensável à administração da justiça, sendo violável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei. 
V- um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios deverá ser composto de membros do Ministério Público, sendo um dos requisitos para preenchimento do cargo ter notório saber jurídico e de reputação ilibada.
Assinale a opção correta:
a) Apenas as afirmativas I e II estão corretas;
b) Apenas as afirmativas I, IV e V estão corretas;
c) As alternativas I, II, III, IV e V estão corretas;
d) Apenas as alternativas I, II, e V estão corretas.
Gabarito: 1) D.
III. REGULAMENTO GERAL
1. DA ATIVIDADE DA ADVOCACIA
	O Regulamento Geral do Estatuto da advocacia e da OAB dispõe em seu art.1 que a atividade de advocacia é exercida com observância da Lei Lei nº 8.906/94 (Estatuto), deste Regulamento Geral, do Código de Ética e Disciplina e dos Provimentos.
	E é regulamentado no art.2 que o visto do advogado em atos constitutivos de pessoas jurídicas, deverá resultar da efetiva constatação, de que os respectivos instrumentos preencham as exigências legais pertinentes. O parágrafo único assegura que serão impedidos de exercer o ato da advocacia os advogados que prestarem serviços a órgãos ou entidades da Administração Pública direta ou indireta, unidade federativa a que se vincule a Junta Comercial, ou a quaisquer repartições administrativas competentes para o mencionado registro.
	Do art. 3 ao 4 dispõe que ao advogado será assegurado o direito de funcionar no mesmo processo, ao mesmo tempo, como patrono e preposto do empregador ou cliente. E que irá constituir exercício ilegal da profissão os atos privativos de advocacia praticados por profissionais e sociedades não inscritos na OAB e assegura ao advogado prestar serviços de assessoria e consultoria jurídicas para terceiros, em sociedades que não possam ser registradas na OAB.
	O art.5 estabelece que seja considerado efetivo exercício da atividade de advocaciasomente quando houver a participação anual mínima em cinco atos privativos, em causas distintas. O parágrafo único elenca os meios para a comprovação do efetivo exercício da atividade de advocacia, são eles:
a) certidão expedida por cartórios ou secretarias judiciais; 
b) cópia autenticada de atos privativos; 
c) certidão expedida pelo órgão público no qual o advogado exerça função privativa do seu ofício, indicando os atos praticados. 
	O art. 6 dispõe que o advogado deverá notificar o cliente da renúncia ao mandato, no entanto, conforme assegura o estatuto, continuará durante os dez dias seguintes à notificação da renúncia, a representar o mandante.
	É delegado no art.7 que será função privativa do advogado, regulamente inscrito na OAB, a função de diretoria e gerência jurídicas em qualquer empresa pública, privada ou paraestatal e instituições financeiras.
	E é disposto no art. 8 e seus parágrafos que não irá se aplicar a indisponibilidade prevista no art. 28, II do Estatuto, aos advogados que participarem dos órgãos nele referidos, são eles, membros de órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos tribunais e conselhos de contas, dos juizados especiais, da justiça de paz, juízes classistas, bem como de todos os que exerçam função de julgamento em órgãos de deliberação coletiva da administração pública direta e indireta. E enquanto durar a investidura os advogados ficaram impedidos de exercer a advocacia perante os órgãos em que atuam. A indicação dos representantes dos advogados nos juizados especiais deverá ser promovida pela Subseção, ou, na falta dele, pelo Conselho Seccional.
a) DA ADVOCACIA PÚBLICA
Na seção II dispõe acerca da Advocacia Pública. 
Em ser art.9 estabelece quem exercem a advocacia pública, são eles, os integrantes da Advocacia-Geral da União, da Defensoria Pública e das Procuradorias e Consultorias Jurídicas dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, das autarquias e das fundações públicas, sendo obrigatória para o exercício de suas atividades a inscrição na OAB. O parágrafo único dispõe que os integrantes da advocacia pública são ilegíveis e podem integrar qualquer órgão da OAB.
E é regulamento no art.10 que se sujeitam ao regime do Estatuto e as infrações e sanções penais, os integrantes da advocacia, no exercício das atividades privativa prevista no art.1 do estatuto.
b) DO ADVOGADO EMPREGADO
	A Seção III regulamente acerca do advogado empregado.
	Do art. 11 ao 12 dispõe acerca da competência do sindicato de advogados e na falta deste, a federação ou confederação de advogados, a representação destes nas convenções coletivas celebradas com as entidades sindicais representativas dos empregadores, nos acordos coletivos celebrados com a empresa empregadora e nos dissídios coletivos perante a Justiça do Trabalho, aplicáveis às relações de trabalho. E é considerado para os fins do art. 20 da Lei n° 8.906/94, dedicação exclusiva o regime de trabalho que for expressamente previsto em contrato individual de trabalho e serão remuneradas como extraordinárias as horas trabalhadas que excederam a jornada normal de oito horas diárias, nos casos de dedicação exclusiva do advogado.
	É regulamentado no art. 14 que por decorrerem do exercício da advocacia, os honorários de sucumbência não irão integrar a remuneração, não podendo ser considerado para efeitos trabalhista e previdenciário e os honorários de sucumbência dos advogados empregados constituem fundo comum.
c) DA DEFESA JUDICIAL DOS DIREITOS E DAS PRERROGATIVAS
	O Capítulo II elenca os direitos e as prerrogativas dos advogados.
	Do art.15 ao 16 prevê que é competência do Presidente do Conselho Federal, do Conselho Seccional ou da Subseção, adotar as providências judiciais e extrajudiciais necessárias ao tomar conhecimento de fato que possa causar, ou que já tenha causado violação de direitos ou prerrogativas da profissão e poderá o presidente designar advogado, investido de poderes, para as finalidades acima citadas. E será assegurado ao advogado a prerrogativa de contar com a assistência de representante da OAB nos inquéritos policias ou nas ações penais que figurar como indiciado, acusado ou ofendido, desde que, o fato a ele imputado decorra do exercício da profissão. 
	O art. 17 dispõe acerca da competência do Presidente do Conselho ou da Subseção representar contra o responsável por abuso de autoridade, quando figurada hipótese de atentado à garantia legal de exercício profissional.
d) DO DESAGRAVO PÚBLICO 
	A Seção II legisla acerca do desagravo público.
	O desagravo público é um instrumento de defesa, uma prerrogativa do advogado que tenha sido ofendido no exercício da profissão ou em razão dela. 
	É estabelecido no art. 18 e seus parágrafos que será assegurado ao inscrito na OAB o direito ao desagravo público quando ofendido comprovadamente em razão do exercício da profissão ou de cargo ou função da OAB. E será competência do relator, propor ao Presidente que solicite informações da pessoa ou autoridade ofensora, no prazo de quinze dias, e caso a ofensa não esteja relacionada com exercício poderá propor o arquivamento. E caso o relator vença-se da procedência da ofensa, emitir parecer que é submetido ao Conselho. E caso seja acolhido o parecer, será designado a sessão de desagravo. O Presidente lê a nota a ser publicada na imprensa, encaminha ao ofensor e as autoridades e registra nos assentamentos do inscrito, e se a ofensa ocorrer no território da Subseção a que se vincule o inscrito poderá a sessão de desagravo ser promovida pela diretoria ou conselho da Subseção, com representação do Conselho Seccional. E o desagravo púbico não depende de concordância do ofendido, devendo ser promovido a critério do Conselho.
	É estabelecida no art. 19 a competência do Conselho Federal para promover o desagravo público de Conselheiro Federal ou de Presidente de Conselho Seccional, quando ofendido no exercício das atribuições de seus cargos, ou quando a ofensa se revestir de relevância violação às prerrogativas profissionais, com repercussão nacional. O parágrafo único assegura ao Conselho Federal, observado o procedimento do desagravo público, indicar seus representantes para a sessão pública de desagravo, na sede do Conselho Seccional, salvo no caso de ofensa ao Conselheiro Federal.
e) DA INSCRIÇÃO NA OAB 
	O capítulo III legisla acerca da inscrição na OAB.
	Dispõe do art. 20 ao 22 que o requerente à inscrição principal no quadro de advogados presta o compromisso perante o Conselho Seccional, a Diretoria ou o Conselho da Subseção, de exercer a advocacia com dignidade, ética, observar os deveres e prerrogativas, defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado Democrático, os direitos humanos, a justiça social, a boa aplicação das leis, a rápida administração da justiça e o aperfeiçoamento da cultura e das instituições jurídica, sendo indelegável e assegura que a conduta incompatível com a advocacia, impede a inscrição no quadro de advogados. 
	É assegurando também ao advogado requerer o registro de fatos comprovados de sua atividade profissionais prestados e deverá o advogado quitar seu débito relativo às anuidades, após ser devidamente notificado, no prazo de 15 dias, sob pena de suspensão, pois quando ocorrer à terceira suspensão a inscrição será cancelado.
	O art. 23 regulamenta acerca de que o requerente na falta do diploma na inscrição do quadro de advogados poderá apresentar certidão de graduação em direito, acompanhada de cópia autenticada do histórico escolar.
	O art.24 dispõe que compete aos Conselhos Seccionais da OAB alimentar o Cadastro Nacional dos Advogados. O § 1º e o § 2° estabelece as regras que deverá conter na CNA, são elas:
§ 1º O CNA deve conter o nome completo de cada advogado, o número da inscrição, o Conselho Seccional e a Subseção a que está vinculado, o número de inscrição no CPF, a filiação, o sexo, a data de inscrição na OAB e sua modalidade, a existência de penalidades eventualmente aplicadas, estas em campo reservado, a fotografia, o endereço completo e o número de telefone profissional,o endereço do correio eletrônico e o nome da sociedade de advogados de que eventualmente faça parte, ou esteja associado, e, opcionalmente, o nome profissional, a existência de deficiência de que seja portador, opção para doação de órgãos, Registro Geral, data e órgão emissor, número do título de eleitor, zona, seção, UF eleitoral, certificado militar e passaporte. 
§ 2º No cadastro são incluídas, igualmente, informações sobre o cancelamento das inscrições. 
	É estabelecido no art. 24- A e seus parágrafos que incumbirá aos Seccionais da OAB alimentar o Cadastro Nacional das Sociedades de Advogados e deverá conter na razão social. 	E mantendo-se a os dados da sociedade filial, bem como os números de inscrição suplementar de seus sócios, serão averbados no CNSA. Serão igualmente averbados no CNSA os ajustes de associados ou de colaboração. Serão proibidos razões sociais iguais, prevalecendo à razão social da sociedade com inscrição mais antiga. 
	É assegurado que se constatando semelhança de razões sociais, o Conselho Federal da OAB solicitará a alteração da razão social mais recente, acrescentando ou excluindo dados que a distinga da sociedade precedentemente registrada. 
	No caso de se verificar conflito de interesses envolvendo sociedades em razão de identidade ou semelhança de razões sociais, em Estados diversos, a questão será apreciada pelo Conselho Federal da OAB, garantindo-se o devido processo legal. 
O art. 24-B dispõe que se aplicarão ao CNSA, as normas e restrições estabelecidas no Provimento nº 95/2000 para os advogados quanto à divulgação das informações nele inseridas.
	Do art. 25 as 26 são estabelecidas que os pedidos de transferência de inscrição de advogados são regulados em Provimento do Conselho Federal. E que o advogado ficará dispensado de comunicar o exercício eventual da profissão, até o total de cinco causas por ano.
f) DO ESTÁGIO PROFISSIONAL 
	O capítulo IV regulamenta acerca do estágio profissional de advocacia, e em seu art.27 e seus parágrafos dispõe que o estágio profissional é um requisito necessário à inscrição no quadro de estagiários da OAB,sendo muito importante para a aprendizagem e que o estágio poderá ser oferecido pela instituição superior de ensino em convênio com a OAB, devendo ser observado o tempo mínimo de 300 horas, entre a carga horária do estágio e as atividades prática típicas de advogado distribuído em dois ou mais anos. 
	A complementação da carga horária poderá ser efetivada na forma de atividades jurídicas no núcleo de prática jurídica da instituição de ensino, na Defensoria Pública, em escritórios de advocacia ou em setores jurídicos públicos ou privados, credenciados e fiscalizados pela OAB. E deverão as atividades de estágio ministradas por instituição de ensino ser exclusivamente práticas.
	Do art. 28 ao 29 estabelece que será considerado válido o estágio realizado na Defensoria Pública da União, do Distrito Federal ou dos Estados. E o estagiário subscrito na OAB poderá praticar os seguintes atos da advocacia, desde que em conjunto com o advogado ou defensor público:
I – retirar e devolver autos em cartório, assinando a respectiva carga; 
II – obter junto aos escrivães e chefes de secretarias certidões de peças ou autos de processos em curso ou findos; 
III – assinar petições de juntada de documentos a processos judiciais ou administrativos. 
	Do art. 30 ao 31 dispõe que as atividades que forem realizadas integralmente fora da instituição de ensino, devem ser fixadas em convênio entre o escritório de advocacia ou entidade que receba o estagiário e a OAB e cada Conselho Seccional manterá uma comissão de Estágio e Exame de Ordem e suas alterações, são previamente elaborados pela Comissão. 	A Comissão poderá instituir subcomissões nas Subseções e será competência do Presidente do Conselho Seccional designar a Comissão, que poderá ser composta por advogados que não sejam integrantes do Conselho.
g) DA IDENTIDADE PROFISSIONAL 
	O capítulo V diz respeito à identidade profissional, e em seu art.32 dispõe que serão documentos de identidade profissional a carteira e o cartão emitido pela OAB, sendo ele de uso obrigatório para exercício de suas atividades e o uso do cartão dispensa o da carteira.
	É disposto no art. 33 acerca das dimensões da carteira de identidade do advogado, e dispõe que deverá observar alguns critérios, são eles:
I – a capa, em fundo vermelho, contém as armas da República e as expressões “Ordem dos Advogados do Brasil” e “Carteira de Identidade de Advogado”; 
II – a primeira página repete o conteúdo da capa, acrescentado da expressão “Conselho Seccional de (...)” e do inteiro teor do art. 13 do Estatuto; 
III – a segunda página destina-se aos dados de identificação do advogado, na seguinte ordem: número da inscrição, nome, filiação, naturalidade, data do nascimento, nacionalidade, data da colação de grau, data do compromisso e data da expedição, e à assinatura do Presidente do Conselho Seccional; 
IV – a terceira página é dividida para os espaços de uma foto 3 (três) x 4 (quatro) centímetros, da impressão digital e da assinatura do portador; 
V – as demais páginas, em branco e numeradas, destinam-se ao reconhecimento de firma dos signatários e às anotações da OAB, firmadas pelo Secretário-Geral ou Adjunto, incluindo as incompatibilidades e os impedimentos, o exercício de mandatos, as designações para comissões, as funções na OAB, os serviços relevantes à profissão e os dados da inscrição suplementar, pelo Conselho que a deferir; 
VI – a última página destina-se à transcrição do Art. 7º do Estatuto. Parágrafo único. O Conselho Seccional pode delegar a competência do Secretário-Geral ao Presidente da Subseção.
	Do art. 34 ao 35 dispõe que o cartão de identidade tem o mesmo modelo e conteúdo do cartão de identidade pessoal, e elenca as adaptações segundo o modelo aprovado pela Diretoria do Conselho Federal, e no caso de inscrição suplementar o cartão é específico.
	O Conselho Federal e Seccional poderá emitir cartão de identidade para os seus membros e para os membros das Subseções, acrescentando “Identidade de Advogado”, sua qualificação de conselheiro ou dirigente da OAB e, no verso, o prazo de validade, coincidente com o mandato.
	O cartão do estagiário terá o mesmo modelo e conteúdo do cartão do advogado, mas terá uma indicação de “Identidade de Estagiário”, e o prazo de validade não poderá ultrapassar três anos e perderá sua validade após a prestação do compromisso como advogado. 
	E é assegurado no art. 37 que o suporte do material do cartão deverá ser resistente e conter dispositivo para armazenamento de certificado digital.
h) DAS SOCIEDADES DE ADVOGADOS
	O capítulo VI dispõe acerca das sociedades de advogado, 
	É estabelecido do art. 37 que os advogados poderão constituir sociedade simples, unipessoal ou pluripessoal e deverá ser regulamente registrada no Conselho Seccional da OAB, sendo exercidas individualmente as atividades profissionais privativas dos advogados e as sociedades unipessoais e pluripessoais são regulamentadas em provimento do Conselho Federal.
	É disposto do art. 38 ao 39 que é obrigatório o nome completo ou abreviado de um dos advogados responsáveis pela sociedade e se previsto no contrato poderá permanecer o nome de sócio falecido. Será possível o advogado associar-se com outros advogados, sem vínculo de emprego, para participação nos resultados e esses contratos serão averbados no registro da sociedade de advogados.
	O art.40 estabelece que na hipótese de causar dano ao cliente, seja com dolo, culpa e por ação ou omissão, os advogados sócios e associados responderam subsidiariamente e ilimitadamente pelos danos causados ao cliente, sem prejuízo da responsabilidade disciplinar.
	É disposto no art. 41 que a sociedade de advogados poderá adotar qualquer forma de administração social.
	Do art.42 ao 23 estabelece que poderá ser praticados pela sociedade de advogados, com uso da razão social, os atos indispensáveis às suas finalidades, que não sejam privativos de advogado e o seu registro deveráobservar os requisitos e procedimentos previstos em Provimento do Conselho Federal. 
QUESTÕES
1) Ricardo Silva, Carlos Santos e Raul Azevedo são advogados e constituem a sociedade Silva, Santos e Azevedo Sociedade de Advogados, para exercício conjunto da profissão. A sociedade consolida-se como referência de atuação em determinado ramo do Direito. Anos depois, Carlos Santos falece e seus ex-sócios pretendem manter seu sobrenome na sociedade.
Sobre a manutenção do sobrenome de Carlos Santos na sociedade, de acordo com o Estatuto e com o Regulamento Geral da OAB, assinale a afirmativa correta.
a) É permitida, desde que expressamente autorizada por seus herdeiros.
b) É vedada, pois da razão social não pode constar o nome de advogado falecido
c) É permitida, desde que prevista tal possibilidade no ato constitutivo da sociedade ou na alteração contratual em vigor.
d) É permitida, independentemente da previsão no ato constitutivo ou na alteração contratual em vigor, ou de autorização dos herdeiros, desde que autorizada pelo Conselho da respectiva Seccional.
2) Ferrari é aluno destacado no curso de Direito, tendo, no decorrer dos anos, conseguido vários títulos universitários, dentre eles, medalhas e certificados. Indicado para representar a Universidade em que estudou, foi premiado em evento internacional sobre arbitragem. A repercussão desse fato aumentou seu prestígio e, por isso, recebeu numerosos convites para trabalhar em diversos escritórios de advocacia. Aceito o convite de um deles, passou a redigir minutas de contratos, sempre com supervisão de um advogado. Após um ano de estágio, conquistou a confiança dos advogados do seu setor e passou a ter autonomia cada vez maior. Diante dessas circunstâncias, passou a chancelar contratos sem a interferência de advogado. Nos termos do Estatuto da Advocacia, o estagiário deve atuar: 
a)autonomamente, após um ano de estágio.
b)conjuntamente com um advogado, em todos os atos da advocacia.
c)autonomamente, em alguns atos permitidos pelo advogado.
d)vinculado ao advogado em atos judiciais, mas não em atos contratuais.
Gabarito: 1) C e 2) B.
2. DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL
a) DOS FINS E DA ORGANIZAÇÃO
	A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), serviço público, dotada de personalidade jurídica e forma federativa, tem por finalidade: defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado democrático de direito, os direitos humanos, a justiça social, e pugnar pela boa aplicação das leis, pela rápida administração da justiça e pelo aperfeiçoamento da cultura e das instituições jurídicas; promover, com exclusividade, a representação, a defesa, a seleção e a disciplina dos advogados em toda a República Federativa do Brasil.
	São órgãos da OAB:
 a) o Conselho Federal;
 b) os Conselhos Seccionais;
 c) as Subseções;
 d) as Caixas de Assistência dos Advogados.
	O Conselho Federal, dotado de personalidade jurídica própria, com sede na capital da República, é o órgão supremo da OAB.
	Os Conselhos Seccionais, dotados de personalidade jurídica própria, têm jurisdição sobre os respectivos territórios dos Estados-membros, do Distrito Federal e dos Territórios.
	As Subseções são partes autônomas do Conselho Seccional, na forma desta lei e de seu ato constitutivo.
	As Caixas de Assistência dos Advogados, dotadas de personalidade jurídica própria, são criadas pelos Conselhos Seccionais, quando estes contarem com mais de mil e quinhentos inscritos.
	A OAB, por constituir serviço público, goza de imunidade tributária total em relação a seus bens, rendas e serviços.
	Os atos conclusivos dos órgãos da OAB, salvo quando reservados ou de administração interna, devem ser publicados na imprensa oficial ou afixados no fórum, na íntegra ou em resumo.
	Compete à OAB fixar e cobrar, de seus inscritos, contribuições, preços de serviços e multas.
	Constitui título executivo extrajudicial a certidão passada pela diretoria do Conselho competente, relativa a crédito oriundo de tais valores.
	O pagamento da contribuição anual à OAB isenta os inscritos nos seus quadros do pagamento obrigatório da contribuição sindical.
	O cargo de conselheiro ou de membro de diretoria de órgão da OAB é de exercício gratuito e obrigatório, considerado serviço público relevante, inclusive para fins de disponibilidade e aposentadoria.
	Os Presidentes dos Conselhos e das Subseções da OAB têm legitimidade para agir, judicial e extrajudicialmente, contra qualquer pessoa que infringir as disposições ou os fins do Estatuto da Advocacia.
	As autoridades mencionadas têm ainda, legitimidade para intervir, inclusive como assistentes, nos inquéritos e processos em que sejam indiciados, acusados ou ofendidos os inscritos na OAB.
	Os Presidentes dos Conselhos da OAB e das Subseções podem requisitar cópias de peças de autos e documentos a qualquer tribunal, magistrado, cartório e órgão da Administração Pública direta, indireta e fundacional.
b) DA RECEITA
	Aos inscritos na OAB incumbe o pagamento das anuidades, contribuições, multas e preços de serviços fixados pelo Conselho Seccional. As anuidades, contribuições, multas e preços de serviços previstos serão fixados pelo Conselho Seccional, devendo seus valores ser comunicados ao Conselho Federal até o dia 30 de novembro do ano anterior, salvo em ano eleitoral, quando serão determinadas e comunicadas ao Conselho Federal até o dia 31 de janeiro do ano da posse, podendo ser estabelecidos pagamentos em cotas periódicas.
	Cabe à Caixa de Assistência dos Advogados a metade da receita das anuidades, incluídas as eventuais atualizações monetárias e juros, recebidas pelo Conselho Seccional, consideradas o valor resultante após as deduções obrigatória, poderá ser deduzido despesas nas receitas destinadas à Caixa Assistência, desde que previamente pactuadas.
	Compete privativamente ao Conselho Seccional, na primeira sessão ordinária do ano, apreciar o relatório anual e deliberar sobre o balanço e as contas da Diretoria do Conselho Seccional, da Caixa de Assistência dos Advogados e das Subseções, referentes ao exercício anterior, na forma de seu Regimento Interno. Os Conselhos Seccionais aprovarão seus orçamentos anuais, para o exercício seguinte, até o mês de outubro e o Conselho Federal até a última sessão do ano, permitida a alteração dos mesmos no curso do exercício, mediante justificada necessidade, devidamente aprovada pelos respectivos colegiados.
	O relatório, o balanço e as contas dos Conselhos Seccionais e da Diretoria do Conselho Federal, na forma prevista em Provimento, são julgados pela Terceira Câmara do Conselho Federal, com recurso para o Órgão Especial.
c) DO CONSELHO FEDERAL
c.1) DA ESTRUTURA E DO FUNCIONAMENTO
	O Conselho Federal compõe-se: dos conselheiros federais, integrantes das delegações de cada unidade federativa; dos seus ex-presidentes, na qualidade de membros honorários vitalícios.
	Cada delegação é formada por três conselheiros federais, os ex-presidentes têm direito apenas a voz nas sessões, os presidentes dos Conselhos Seccionais, nas sessões do Conselho Federal, têm lugar reservado junto à delegação respectiva e direito somente a voz.
	O Conselho Federal tem sua estrutura e funcionamento definidos no Regulamento Geral da OAB, o Presidente, nas deliberações do Conselho, tem apenas o voto de qualidade, o voto é tomado por delegação, e não pode ser exercido nas matérias de interesse da unidade que represente, na eleição para a escolha da Diretoria do Conselho Federal, cada membro da delegação terá direito a 1 (um) voto, vedado aos membros honorários vitalícios.
	Compete ao Conselho Federal: dar cumprimento efetivo às finalidades da OAB; representar, em juízo ou fora dele, os interesses coletivos ou individuais dos advogados; velar pela dignidade, independência, prerrogativas e valorização da advocacia; representar, com exclusividade, os advogados brasileiros nos órgãos e eventos internacionais da advocacia; editar e alterar o Regulamento Geral, o Código de Ética e Disciplina, e os Provimentos que julgar necessários; adotar medidas paraassegurar o regular funcionamento dos Conselhos Seccionais; intervir nos Conselhos Seccionais, onde e quando constatar grave violação desta lei ou do regulamento geral; cassar ou modificar, de ofício ou mediante representação, qualquer ato, de órgão ou autoridade da OAB, contrário a esta lei, ao regulamento geral, ao Código de Ética e Disciplina, e aos Provimentos, ouvida a autoridade ou o órgão em causa; julgar, em grau de recurso, as questões decididas pelos Conselhos Seccionais, nos casos previstos neste estatuto e no regulamento geral; dispor sobre a identificação dos inscritos na OAB e sobre os respectivos símbolos privativos; apreciar o relatório anual e deliberar sobre o balanço e as contas de sua diretoria; homologar ou mandar suprir relatório anual, o balanço e as contas dos Conselhos Seccionais; elaborar as listas constitucionalmente previstas, para o preenchimento dos cargos nos tribunais judiciários de âmbito nacional ou interestadual, com advogados que estejam em pleno exercício da profissão, vedada a inclusão de nome de membro do próprio Conselho ou de outro órgão da OAB; ajuizar ação direta de inconstitucionalidade de normas legais e atos normativos, ação civil pública, mandado de segurança coletivo, mandado de injunção e demais ações cuja legitimação lhe seja outorgada por lei; colaborar com o aperfeiçoamento dos cursos jurídicos, e opinar, previamente, nos pedidos apresentados aos órgãos competentes para criação, reconhecimento ou credenciamento desses cursos; autorizar, pela maioria absoluta das delegações, a oneração ou alienação de seus bens imóveis; participar de concursos públicos, nos casos previstos na Constituição e na lei, em todas as suas fases, quando tiverem abrangência nacional ou interestadual; resolver os casos omissos no estatuto da OAB.
	A intervenção prevista, depende de prévia aprovação por dois terços das delegações, garantido o amplo direito de defesa do Conselho Seccional respectivo, nomeando-se diretoria provisória para o prazo que se fixar. A diretoria do Conselho Federal é composta de um Presidente, de um Vice-Presidente, de um Secretário-Geral, de um Secretário-Geral Adjunto e de um Tesoureiro.
	O Presidente exerce a representação nacional e internacional da OAB, competindo-lhe convocar o Conselho Federal, presidi-lo, representá-lo ativa e passivamente, em juízo ou fora dele, promover-lhe a administração patrimonial e dar execução às suas decisões. O regulamento geral define as atribuições dos membros da diretoria e a ordem de substituição em caso de vacância, licença, falta ou impedimento.
	Nas deliberações do Conselho Federal, os membros da diretoria votam como membros de suas delegações, cabendo ao Presidente, apenas, o voto de qualidade e o direito de embargar a decisão, se esta não for unânime.
d) DO CONSELHO PLENO
	O Conselho Pleno é integrado pelos Conselheiros Federais de cada delegação e pelos ex-presidentes, sendo presidido pelo Presidente do Conselho Federal e secretariado pelo Secretário-Geral Compete ao Conselho Pleno deliberar, em caráter nacional, sobre propostas e indicações relacionadas às finalidades institucionais da OAB respeitadas as competências privativas dos demais órgãos deliberativos do Conselho Federal, fixadas neste Regulamento Geral, e ainda: I – eleger o sucessor dos membros da Diretoria do Conselho Federal, em caso de vacância; II – regular, mediante resolução, matérias de sua competência que não exijam edição de Provimento; III – instituir, mediante Provimento, comissões permanentes para assessorar o Conselho Federal e a Diretoria.
	Para editar e alterar o Regulamento Geral, o Código de Ética e Disciplina e os Provimentos e para intervir nos Conselhos Seccionais é indispensável o quorum de dois terços das delegações. Para as demais matérias prevalece o quorum de instalação e de votação estabelecido neste Regulamento Geral. A proposta que implique baixar normas gerais de competência do Conselho Pleno ou encaminhar projeto legislativo ou emendas aos Poderes competentes somente pode ser deliberada se o relator ou a comissão designada elaborar o texto normativo, a ser remetido aos Conselheiros juntamente com a convocação da sessão.
	A OAB pode participar e colaborar em eventos internacionais, de interesse da advocacia, mas somente se associa a organismos internacionais que congreguem entidades congêneres. Os Conselhos Seccionais podem representar a OAB em geral ou os advogados brasileiros em eventos internacionais ou no exterior, quando autorizados pelo Presidente Nacional.
e) DO ÓRGÃO ESPECIAL DO CONSELHO PLENO
	O Órgão Especial é composto por um Conselheiro Federal integrante de cada delegação, sem prejuízo de sua participação no Conselho Pleno, e pelos ex-presidentes, sendo presidido pelo Vice-Presidente e secretariado pelo Secretário-Geral Adjunto. Parágrafo único. O Presidente do Órgão Especial, além de votar por sua delegação, tem o voto de qualidade, no caso de empate.
	Compete ao Órgão Especial deliberar, privativamente e em caráter irrecorrível, sobre: I – recurso contra decisões das Câmaras, quando não tenham sido unânimes ou, sendo unânimes, contrariem a Constituição, as leis, o Estatuto, decisões do Conselho Federal, este Regulamento Geral, o Código de Ética e Disciplina ou os Provimentos; II – recurso contra decisões unânimes das Turmas, quando estas contrariarem a Constituição, as leis, o Estatuto, decisões do Conselho Federal, este Regulamento Geral, o Código de Ética e Disciplina ou os Provimentos; (NR)88 III – recurso contra decisões do Presidente ou da Diretoria do Conselho Federal e do Presidente do Órgão Especial; IV – consultas escritas, formuladas em tese, relativas às matérias de competência das Câmaras especializadas ou à interpretação do Estatuto, deste Regulamento Geral, do Código de Ética e Disciplina e dos Provimentos, devendo todos os Conselhos Seccionais ser cientificados do conteúdo das respostas; V – conflitos ou divergências entre órgãos da OAB; VI – determinação ao Conselho Seccional competente para instaurar processo, quando, em autos ou peças submetidos ao conhecimento do Conselho Federal, encontrar fato que constitua infração disciplinar.
	A decisão do Órgão Especial constitui orientação dominante da OAB sobre a matéria, quando consolidada em súmula publicada na imprensa oficial.
e) DAS CÂMARAS
	As Câmaras são presididas: I – a Primeira, pelo Secretário-Geral; II – a Segunda, pelo Secretário-Geral Adjunto; III – a Terceira, pelo Tesoureiro.
	Compete à Primeira Câmara: I – decidir os recursos sobre: a) atividade de advocacia e direitos e prerrogativas dos advogados e estagiários; b) inscrição nos quadros da OAB; c) incompatibilidades e impedimentos. II – expedir resoluções regulamentando o Exame de Ordem, para garantir sua eficiência e padronização nacional, ouvida a Comissão Nacional de Exame de Ordem; III – julgar as representações sobre as matérias de sua competência; IV – propor, instruir e julgar os incidentes de uniformização de decisões de sua competência. (NR)91 V – determinar ao Conselho Seccional competente a instauração de processo quando, em autos ou peças submetidas ao seu julgamento, tomar conhecimento de fato que constitua infração disciplinar; VI – julgar os recursos interpostos contra decisões de seu Presidente.
	Compete à Segunda Câmara: I – decidir os recursos sobre ética e deveres do advogado, infrações e sanções disciplinares; II – promover em âmbito nacional a ética do advogado, juntamente com os Tribunais de Ética e Disciplina, editando resoluções regulamentares ao Código de Ética e Disciplina; III – julgar as representações sobre as matérias de sua competência; (NR)92 IV – propor, instruir e julgar os incidentes de uniformização de decisões de sua competência; (NR)93 V – determinar ao Conselho Seccional competente a instauração de processo quando, em autos ou peças submetidas ao seu julgamento, tomar conhecimento de fato que constitua infração disciplinar; (NR)94 VI – julgar os recursos interpostos contra decisões de seu Presidente; (NR)95 VII – eleger, dentre seus

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