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MATERIAL DE APOIO CURSO TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO COLÉGIO ESTADUAL REINALDO SASS PRIMEIROS SOCORROS PROF. JOÃO GABRIEL ROSSI DE OLIVEIRA PRIMEIROS SOCORROS AULA 01 Definição de Primeiros Socorros Os Primeiros Socorros referem-se ao atendimento temporário e imediato de uma pessoa que está ferida ou que adoece repen�namente. Também incluem reconhecer condições que põem a vida em risco em tomar as a�tudes necessárias para manter a ví�ma viva e na melhor condição possível até que se obtenha atendimento médico. Até onde vão os primeiros socorros? São medidas emergenciais. Assim que possível, a ví�ma deve ser colocada sob cuidados de profissionais especializados. Principais Obje vos dos Primeiros Socorros � Reconhecer situações que ponham a vida em risco; � Providenciar assistência médica; � Aplicar respiração e circulação ar�ficiais quando necessário; � Controlar o sangramento; � Tratar de outras condições que ponham a vida em risco; � Minimizar o risco de outras lesões e complicações; � Evitar infecções; � Deixar a ví�ma o mais confortável possível. Socorrista O socorrista faz parte de um sistema de emergência médica e como tal deve possuir uma série de caracterís�cas pessoais. Responsabilidade, sociabilidade, hones�dade, disciplina, estabilidade emocional, boa conduta e boa apresentação pessoal. Precisa ser capaz de assumir liderança em uma situação problemá�ca, manter a calma enquanto es�ver trabalhando sob pressão e orientar as outras pessoas a fazerem o mesmo. Ao demonstrar competência e escolher bem as palavras de incen�vo, os socorristas conseguem ganhar confiança das outras pessoas presentes para que elas possam fazer tudo o que for possível no sen�do de acalmar a ví�ma. O que fazer? Estar envolvido em uma situação de lesão ou doenças repen�nas exige adotar ação imediata. Tente adotar o seguinte plano de ação: � Observar o local do acidente à medida que se aproxima; � Cuide de sua segurança e da segurança das outras pessoas no local; se necessário, peça para algum dos presentes desviar o tráfego direto do local do acidente, posicionar sinalização de segurança, manter os espectadores a uma distância segura, desligar motores que ainda es�verem funcionando, etc.; � Acionar o serviço de emergência; � Consiga acesso até a(s) ví�ma(s) e verifique se há qualquer risco de vida imediato; � Forneça suporte básico à vida das pessoas que es�verem em risco; sempre dê prioridade de atendimento às ví�mas mais graves. Acionando o SRM (SAMU) Nos primeiros minutos após o acidente é essencial que o serviço de resgate médico (SRM) seja acionado. Muitos serviços de resgate contam com técnicos de emergências médicas. Esses profissionais são treinados para reunir informações adequadas, bem como para fornecer instruções que irão auxilia-lo no atendimento da ví�ma. Algumas das informações necessárias aos técnicos de emergência seguem abaixo: � A localização exata da ví�ma – como o endereço completo e, se for o caso, o número do andar ou do escritório dentro do edi;cio; � O número do telefone em que você pode ser encontrado; � Qualquer informação sobre a ví�ma que possa ajudar o atendente a enviar a equipe e equipamento adequado. Se possível, peça a alguém de confiança para telefonar e fornecer as informações. Se você es�ver sozinho, acione o SRM imediatamente. Se não houver um telefone disponível, prossiga com o atendimento de emergência até que haja possibilidade de contatar o SRM. Aspectos Legais dos Primeiros Socorros Os socorristas estão sujeitos aos mesmos estatutos legais que outros prestadores de atendimento de emergência. Os deveres do socorrista podem ser definidos legalmente como: � Não interferir nos primeiros socorros administrados por outras pessoas; � Seguir as instruções de um policial e fazer o que um socorrista consciente faria em tal circunstância; � Se a ví�ma não quiser receber ajuda, o socorrista não deve força-la, a não ser que a situação seja potencialmente fatal; � Após o socorrista ter iniciado o atendimento voluntariamente, ele não deve interrompê-lo nem deixar o local até que seja dispensado por uma pessoa qualificada e responsável que administre o atendimento em um nível igual ou superior. Caso contrario, sair do local ou interromper o atendimento será considerado abandono do ponto de vista legal, e o socorrista estará sujeito a processo judicial; � Deve seguir os procedimentos de atendimento de emergência reconhecidos e aceitos por lei; � Deve respeitar a privacidade da ví�ma e revelar informações confidenciais – como condição médica da ví�ma, lesões, condição ;sica ou medicamentos – apenas para pessoas que precisem conhecê-las por razões profissionais; � Todo socorrista envolvido com uma ví�ma na cena de um crime deve documentar e preservar quaisquer provas, além de obedecer a leis locais que existam a comunicação de incidentes criminais específicos (como abuso, estupro e ferimentos causados por arma de fogo). Dever de Agir A expressão DEVER DE AGIR significa que existe obrigação legal de prestar socorro ou proporcionar atendimento de emergência. Essa obrigação legal pode exis�r nas seguintes condições: � Quando houver uma responsabilidade preexistente – a pessoa já estabeleceu um relacionamento que a obriga legalmente a prestar socorro, como por exemplo, um plantonista de uma equipe de primeiros socorros em um campus universitário ou um superior em uma colônia de férias; � Quando o emprego exigir, como no caso de professores, guardas florestais, salva-vidas, policiais e bombeiros; � Quando iniciados os procedimentos de primeiros socorros – o socorrista deve prosseguir com eles até que tenha feito tudo o que lhe era possível. Como parte do dever de agir, o socorrista deve seguir diretrizes de atendimento padronizadas. Na essência, é legalmente esperado que o socorrista administre o nível e o �po de atendimento consistente com seu treinamento. O socorrista segue um padrão diferente daquele de um médico ou de um especialista em medicina de emergência, por exemplo. Teste do “Bom Senso” Sua defesa contra uma acusação de negligência é o teste do “bom senso”: você agiu da mesma forma que uma pessoa normal e prudente com histórico e treinamento equivalentes ao seu teria agido sob as mesmas circunstâncias? Basicamente o ônus da prova recai sobre a ví�ma; você só poderá ser processado se a ví�ma conseguir provar que você é culpado de negligência grave, imprudência, conduta infundada ou desonrosa ou, ainda, de haver causado lesão intencional. Direito de Recusar Atendimento Um adulto competente tem o direito de recursar atendimento e/ou transporte de emergência para ele ou para um menor que necessite de tais cuidados. Se a ví�ma ou responsável se recusar a consen�r, você não pode prestar o atendimento de emergência nem transportar a ví�ma a força. Caso o faça, você pode ser processado legalmente por agressão. Geralmente, apenas os oficiais de jus�ça podem tocar, coibir ou transportar uma pessoa contra sua vontade. Existem �pos diferentes de consen�mento: 1. Consen�mento real (ou informado): o consen�mento deve ser consciente; é necessário explicar os cuidados que serão prestados. O consen�mento oral é valido. 2. Consen�mento implícito: se a ví�ma es�ver inconsciente, a lei assume que ela teria consen�do o cuidado se es�vesse consciente. Infelizmente, nem todas as situações se encaixam perfeitamente nessas duas categorias. Indivíduos menores de idade e aqueles considerados mentalmente incapazes de tomar uma decisão bem definida (em virtude de uma doença mental ou uma disfunção global do desenvolvimento) necessitam de consen�mento de um dos pais, tutor ou cuidador autorizado. Se essas pessoas es�verem gravemente doentes ou feridas e nenhum acompanhante es�ver presente para fornecer o consen�mento, inicie o atendimento enquanto tenta localizar o responsável.Para que o consen�mento seja concedido, a ví�ma deve estar alerta, orientada e capaz de tomar uma decisão definida sobre o seu próprio atendimento. Condições como intoxicação ou uso de drogas, ferimentos na cabeça e condições associadas a diabetes e choque podem impedir que a ví�ma compreenda e seja capaz de conceder a autorização para o atendimento. Se a ví�ma ou responsável não der o consen�mento e você acreditar que haja ameaça a vida, chame a policia. Se os ferimentos forem graves, mas não ameaçarem a vida, explique as possíveis consequências da falta de tratamento e tente convencer a ví�ma a consen�-los; se necessário, peça a ajuda de familiares ou amigos. Se ainda assim a ví�ma recusar o atendimento, cer�fique-se de que haja testemunhas que possam atestar que a ví�ma recusou os cuidados. A decisão final sobre o cuidado e o transporte cabe a equipe do SRM. Doenças Infecciosas Doenças infecciosas ou contagiosas são aquelas que podem passar de uma pessoa para outra ou serem transmi�das de um animal ou do meio ambiente para outra pessoa. Todos os fluidos corporais devem ser considerados infecciosos, incluindo saliva, sangue, secreções vaginais, sêmen, líquido amnió�co (que envolve o feto no útero) e fluidos que lubrificam o cérebro, a coluna vertebral, os pulmões, o coração, os órgãos abdominais, as atribuições e os tendões. Para que a doença se dissemine, deve haver três condições: � Os organismos infectantes, como bactérias e vírus, devem sobreviver fora do seu hospedeiro – uma pessoa, um animal infectado ou, ainda, um inseto. Bactérias e vírus também podem sobreviver em objetos inertes, como super;cies no ambiente ou agulhas descartáveis; � O organismo infectante deve, então, ser transportado de um lugar para outro. Alguns organismos, como o vírus da gripe, são transmi�dos com facilidade; outros, como a bactéria da tuberculose, são rela�vamente di;ceis de serem transmi�dos; � Finalmente, o organismo infectante deve invadir o corpo de um novo hospedeiro e começar a se mul�plicar. Dieta inadequada, falta de higiene pessoal, lugares lotados e pouco limpos e estresse podem aumentar a susce�bilidade do organismo a infecções. As ví�mas podem transmi�r doenças infecciosas se apresentarem: � Erupções ou lesões cutâneas; � Ferimentos abertos; � Diarreia; � Vômitos; � Tosse ou espirros; � Ferimentos que estejam gotejando ou escorrendo; � Pele ou olhos amarelados. Nem todas as ví�mas portadoras de doenças infecciosas mostrarão sinais da doença. Você pode evitar entrar em contato com qualquer fluido corporal de qualquer ví�ma – independentemente de ela apresentar um aspecto doen�o ou saudável. Pesquise, defina e dê exemplos: imprudência, imperícia, negligência. EXERCÍCIOS Complete: 1- Primeiros socorros são os cuidados _______________ prestados a uma pessoa ferida ou que adoeceu de repente. (iniciais / básicos / temporários). 2- Um dos obje�vos dos primeiros socorros é minimizar ________________. (as complicações / a dor / a necessidade de atendimento adicional). 3- O socorrista precisa ser capaz de assumir _________________ em uma situação problemá�ca. (o desespero / a liderança / o medo). 4- O suporte básico a vida deve priorizar________________. (as ví�mas que estão gritando / as ví�mas que apresentam sangramento / as ví�mas mais graves). 5- Nos primeiros minutos após um acidente, deve(m)-se acionar _______________. (os espectadores / o SAMU / mais pessoas para ajudar no atendimento). 6- Dever de agir significa que você tem _______________ de oferecer ajuda (a responsabilidade / a obrigação legal / a opção) 7- O teste do “bom senso” mostra que você agiu como uma pessoa normal e prudente teria agido sob ________________ (as mesmas circunstâncias / a lei). 8- ________________ significa que você agiu com falta de cuidado, descaso, desatenção, indiferença ou descuido. (imprudência / negligência / imperícia). 9- Todo adulto responsável tem o direito de dar ________________ para o tratamento. (sua aprovação / sua permissão / seu consen�mento). PRIMEIROS SOCORROS AULA 02 ANATOMIA E FISIOLOGIA DOS SISTEMAS ORGÂNICOS Para prestar os primeiros socorros com eficiência, é necessário ter conhecimento das estruturas básicas do corpo humano. A célula é a unidade básica de um tecido vivo, e tecidos são conjuntos de células semelhantes. Sistema é um grupo de órgãos que trabalham em conjunto para realizar uma função específica. Anatomia lida com a estrutura do corpo e a relação de suas partes entre si. Fisiologia lida com o funcionamento do organismo vivo e suas partes, em outras palavras, a maneira como o corpo funciona. Terminologia Anatômica Quando você procura assistência médica, precisa usar os termos anatômicos corretos para descrever a posição, a direção e a localização da vítima, prática que evita confusão e ajuda a comunicar mais efetivamente a extensão do ferimento. Termos relativos à Posição Os termos relativos à posição incluem: Posição anatômica – a vítima está em pé, ereta, os braços para baixo ao longo das laterais, as palmas das mãos voltadas para frente. “Direita” e “esquerda” referem-se à direita e esquerda da vítima. Decúbito dorsal – a vítima está deitada de costas (com abdome para cima). Decúbito lateral – a vítima está deitada sobre o lado esquerdo ou direito, posicionando na frente do corpo o braço que está por baixo, com a cabeça inclinada para trás e apoiada na mão, sem pressão excessiva sobre o tórax. Decúbito ventral – a vítima está deitada de com o abdome para baixo (de bruços). Posição de recuperação modificada – se não houver suspeita de lesão da coluna vertebral, se a vítima estiver não responsiva e existir a possibilidade de comprometimento das vias aéreas por grande quantidade de sangue, vômito ou secreções, coloque a vitima na posição de recuperação modificada. Estenda o braço do indivíduo acima da cabeça e gire seu corpo para a posição lateral de forma que a cabeça fique apoiada sobre o braço estendido. Dobre as pernas na altura dos joelhos para estabilizar a posição. Termos relativos à direção e à Localização Os termos de direção e localização incluem: Superior – acima ou mais alto em relação a um ponto de referência (ex: o joelho está em localização superior em relação ao tornozelo). Inferior – abaixo ou mais baixo em relação ao ponto de referência (ex: o punho está em localização inferior em relação ao cotovelo). Anterior – em direção à frente. Posterior – em relação às costas. Medial – em direção à linha mediana ou centro do corpo. Lateral – para a direita ou esquerda da linha mediana, afastado da linha mediana. Superficial – próximo a superfície. Profundo – distante da superfície. Interno – do lado de dentro. Externo – do lado de fora. AVALIAÇÃO DA VÍTIMA Avaliar a vítima é uma das partes mais importantes e cruciais dos primeiros socorros. Essa avaliação é feita para identificar e tratar imediatamente riscos respiratórios, circulatórios e das vias aéreas que representem riscos à vida. Algumas lesões são óbvias, outras ficam ocultas. Uma vítima consciente pode ser capaz de guia-lo para o problema, mas uma vítima inconsciente não poderá ajuda-lo de maneira nenhuma. Vias Aéreas e Estabilização da Coluna Vertebral Verifique se as vias aéreas estão desobstruídas. Se a vítima estiver consciente e falando sem dificuldade, as vias aéreas estão desobstruídas. Se as vias aéreas estiverem obstruídas, use a manobra de inclinação da cabeça/elevação do queixo ou a manobra modificada de tração da mandíbula para desobstruí-las. Realize esta última se suspeitar de lesão da coluna vertebral. Se houver qualquer suspeita de uma possível lesão vertebral, faça a estabilização manual alinhada da colunavertebral, posicionando a cabeça e o pescoço da vítima em alinhamento neutro. Peça a alguém no local para segurar a cabeça da vítima, de forma que o nariz fique alinhado com o umbigo, e que o pescoço não caia nem para frente nem para trás. Instrua a vítima a não mover a cabeça e nem o pescoço. Suspeite de possível trauma da coluna vertebral se a vítima: Apresentar ferimento na cabeça ou no pescoço; Estiver envolvida em qualquer tipo de acidente; Sofrer queda maior do que a própria altura; Queixar-se de dor no pescoço ou nas costas; Queixar-se de formigamento, dormência ou de alguma sensação incomum nos membros. Tome precauções para a coluna vertebral quando houver um mecanismo de lesão e a vítima: Aparentemente estiver intoxicada; Apresentar um estado mental alterado; Tiver idade superior a 65 anos. Respiração Uma pessoa responsiva, alerta e que fala com facilidade está respirando de forma adequada. Para definir se a respiração é adequada, você deve garantir o ritmo e a profundidade da respiração estejam adequados. Ritmo: não deve ser nem muito lento nem muito rápido. Ritmo abaixo de 8 a 10 e acima de 40 não fornecem ar suficiente aos pulmões para manter a vida. Profundidade: a respiração da vítima deve ser profunda o suficiente para levar o ar para todas as partes dos pulmões. A respiração adequada é aquela que movimenta a cavidade torácica de forma significativa quando você observa ou toca nela para sentir o movimento. Se a vítima não estiver respirando de maneira espontânea nem de maneira adequada (incluindo as respirações ofegantes) e apresentar pulso, comece a respiração artificial imediatamente. Continue até que a vítima esteja respirando sozinha ou até que você seja liberado por alguém da equipe treinada em emergências. Se a vítima estiver respirando adequadamente, continue a investigação primária. Circulação Para avaliar a circulação, verifique o pulso radial. Os pulsos muito fracos ou aqueles rápidos ou lentos ao extremo são particularmente preocupantes. Observe a coloração, temperatura e condições da pele da vítima. A pele úmida, fria e pálida pode indicar choque. Essa é uma condição grave. A cianose (coloração azulada) é um sinal de hipóxia e também é grave. Se a vítima estiver inconsciente ou você não conseguir encontrar o pulso radial, verifique o pulso carotídeo. Incapacidade A etapa final da investigação primária é determinar incapacidades. As lesões no cérebro geralmente resultam em nível alterado de consciência ou de responsabilidade, o que costuma indicar diminuição de oxigenação do cérebro. Existem quatro níveis gerais de responsabilidade: Alerta: os olhos da vítima estão abertos; Reação a estimulo verbal: a vítima abre seus olhos se solicitada verbalmente a faze-lo; Reação a dor: a vítima parece adormecida e não responde quando se fala com ela; mas estremece, esboça reações faciais e move-se abruptamente quando beliscada; Não responsiva: a vítima parece estar adormecida e não responde de modo nenhum quando se fala com ela ou quando é beliscada. Conduzindo o Exame Neurológico O exame neurológico verifica: O nível de consciência; As funções motoras (como movimentos voluntários); As funções sensoriais (o que a vítima pode sentir); Para conduzir o exame neurológico: Fale com a vítima. Uma pessoa que não consegue responder perguntas gerais como “que horas são” está desorientada. Se a vítima for um bebê ou uma criança pequena, avalie o estado de alerta observando movimentos voluntários e interesse pelo meio ambiente. Observe a fala da vítima. Imprecisão, pronuncia ininteligível ou fala empastada indicam diminuição no nível de consciência ou possível lesão cerebral. Se a vítima não conseguir falar, verifique se ela entende o que você fala, usando uma ordem simples como “aperte minha mão”. Se a vítima apresentar nível de consciência alterado, determine com que facilidade ela pode ser desperta. Se a vítima não responder à sua voz, tente um estímulo por dor (como um beliscão na base do pescoço). Avaliando os Sinais Vitais É o processo usado para avaliar o estado físico e mental de uma pessoa. Os sinais vitais devem ser tomados repetidamente em intervalos de 5 minutos. As alterações nos sinais vitais refletem tanto alterações na condição da vítima como na eficácia do atendimento de emergência. Pulso É a expansão e o relaxamento das paredes das artérias devido a propagação de uma onda de sangue ejetada pela contração do coração. Alguns pontos de verificação são: Artéria carótida, radial, femoral e poplítea. É a onda de pressão gerada quando o coração bate, ele reflete o ritmo, a frequência e a força relativa do coração. Frequência - A frequência normal em repouso é de 60 a 100 bpm para adultos, de 80 a 150 bpm para crianças e 120 a 160 bpm para recém-nascidos. A força – um pulso normal é completo e forte. O ritmo – um pulso normal é regular. Respiração A respiração compreende uma inspiração e uma expiração. As respirações normais são fáceis e espontâneas, sem dor ou esforço. A frequência média normal é de 12 a 20 rpm para adultos, 15 a 30 rpm para crianças e 20 a 50 rpm para recém-nascidos. E o ato de inspirar oxigênio da atmosfera para os pulmões e expirar o gás carbônico dos pulmões para a atmosfera. Ao Ritmo a) Normopnéia - normal. b) Taquipnéia - aumento. c) Bradipnéia - diminuição. d) Apnéia - parada. e) Dispnéia - dificuldade para respirar Quanto ao odor: a) Acetônico (diabético). b) Odor de urina (insuficiência renal). c) Álcool (ingestão de bebida alcoólica). Temperatura e Cor da Pele É a representação do equilíbrio entre o calor produzido pelos tecidos e o calor perdido para o meio ambiente. A temperatura normal de uma pessoa geralmente fica entre 36,5 e 37,0ºC. A pele é responsável, em grande parte, pela regulação da temperatura corporal. Como verificar: Em atendimento pré-hospitalar básico, o socorrista não utiliza termômetro e verifica a temperatura relativa da pele colocando o dorso da sua mão sobre a pele da vítima. Diagnóstico: Hipertermia (temperatura alta) / Hipotermia (temperatura baixa). Avalie a temperatura relativa da pele colocando o dorso da mão na testa, no pescoço ou no abdome da vítima. A pele normal é razoavelmente seca e apresenta temperatura regular. A cor da pele pode dar muitas informações sobre o estado da vítima: A palidez pode ser causada por choque, circulação fraca ou ataque cardíaco; A vermelhidão pode ser causada por choque, pressão alta, lesão medular, uso abusivo de álcool, queimadura solar, internação, febre ou doença infecciosa; A coloração azulada (cianose) pode ser causada por sufocação, falta de oxigênio, ataque cardíaco ou envenenamento. A cianose é sempre um problema sério. Ela aparece primeiro na ponta dos dedos e ao redor da boca. O enchimento capilar é um método de verificar um método de verificar da presença de choque. O procedi mento é realizado apertando-se uma unha da mão ou pé da vítima. Quando a unha é pressionada, o tecido sob ela fica branco. Quando a pressão é liberada, a cor volta ao normal. O período de tempo que o tecido leva para recuperar a cor é denominado enchimento capilar. É considerado dentro dos limites normais o tempo de 2 a 3 segundos para bebês, crianças e adultos do sexo masculino. As mulheres apresentam limite superior para enchimento normal abaixo de 3 segundos, e o limite superior para idosos (60 anos ou mais) é de 4 segundos. Se o enchimento capilar for menor que o período considerado normal, suspeite de choque ou redução do fluxo de sangue no membro. Realize um exame físico da vítima procurando deformidades. Pressão Arterial É a pressão exercida pelo sangue circulante contra as paredes internas das artérias. O valor normal da PA de uma pessoa adulta:Sistólica = 100 a 130; e Diastólica = 60 a 90. Pupilas São pontos importantes de observação na vítima. As pupilas com diâmetros iguais são chamadas isocóricas. Também se apresenta em Miose (pupilas contraídas), Midríase (pupilas relaxadas) e Anisocoria (pupilas desiguais). Pupilas anisocóricas sugere lesão cerebral por traumatismo craniano EXERCÍCIOS Complete 1. Para prevenir o risco de infecção transmitida pelo sangue, deve-se sempre usar _____________________ ao cuidar de uma vítima ( uma máscara facial / um avental / luvas de borracha). 2. Utilize uma _____________________ ao administrar respiração boca a boca. (máscara facial / máscara de bolso / proteção facial). 3. A melhor maneira de se proteger contra doenças é _______________________ após o atendimento. (lavar as mãos / tomar antibióticos / usar antisséptico). 4. Uma vítima deitada de costas está na posição de decúbito_______________. (dorsal / ventral / lateral). 5. Uma vítima deitada com o abdome para baixo está na posição de decúbito _______________. (dorsal / ventral / lateral). 6. ______________ significa acima de um ponto de referência. (superior / anterior / posterior). 7. ______________ significa abaixo de um ponto de referência. (superior / inferior / posterior). 8. Um ferimento próximo à superfície é um ferimento ___________________. (interno / externo / superficial). SUPORTE BÁSICO DE VIDA – PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA CONCEITOS Parada Cardíaca É uma cessação súbita e inesperada dos batimentos cardíacos. Causas: afogamento, acidentes por eletricidade, forte pancada na cabeça e tórax; envenenamento; grandes queimaduras; hemorragia grave; Manifestações: inconsciência; dificuldade na verificação da pulsação e respiração; dilatação da pupilas; extremidades cianóticas; ausência dos batimentos cardíacos e dos movimentos respiratórios; morte aparente e/ou definitiva. Parada Respiratória É uma supressão súbita do mecanismo respiratório. O sistema respiratório compreende: nariz, boca, faringe, laringe, epiglote, traqueia, os brônquios, músculos torácicos e os pulmões. Reanimação Cardiorrespiratória É o atendimento dado a vítima, quando ocorre a ausência dos batimentos cardíacos ou batimentos ineficazes e parada respiratória. Sucesso? Depende de uma sequência de procedimentos sistematizada em uma corrente de sobrevivência Elos: ações com impacto na sobrevivência e que não podem ser consideradas isoladamente Evidências científicas recentes têm apontado para uma necessidade de mudança de foco e de fluxo, alterando toda a sequência de ações da RCP Mudanças? Menos interrupções das compressões torácicas Foco em compressões torácicas de qualidade, com frequência e profundidade adequadas O sucesso de uma desfibrilação depende da qualidade das compressões torácicas realizadas Simplificação de procedimentos, principalmente para o socorrista leigo (maior aderência a possíveis tentativas de ressuscitação de sucesso) Suporte Básico de Vida Em uma PCR, um mnemônico pode ser usado para lembrar os passos do SBV - “CABD primário”: – C: Checar responsividade e respiração da vítima, Chamar por ajuda, Checar o pulso da vítima, Compressões (30 compressões) – A: Abertura das vias aéreas – B: Boa ventilação (2 ventilações) – D: Desfibrilação Quando não começar? Decapitação Carbonização Evisceração Decomposição Rigor Mortis Segurança do local Primeiramente, avalie a segurança do local Certifique se o local é seguro para você e para a vítima, para não se tornar uma próxima vítima Caso o local não seja seguro (por exemplo, uma via de trânsito), torne-o seguro (desviando o trânsito) ou remova a vítima para um seguro Se o local for seguro, prossiga o atendimento Avalie a responsividade e a respiração da vítima Avalie a responsividade da vítima, chamando-a e tocando-a pelos ombros Se a vítima responder, apresente-se e converse com ela perguntando se precisa de ajuda Se a vítima não responder, avalie sua respiração, observando se há elevação do tórax, em menos de 10 segundos Caso a vítima tenha respiração, fique ao seu lado e aguarde para ver sua evolução e, caso seja necessário, chame ajuda Se a vítima não estiver respirando ou estiver somente com “gasping”, chame ajuda imediatamente Chame ajuda Em ambiente extra-hospitalar, ligue para o número local de emergência (por exemplo, SAMU - 192) Se um DEA estiver disponível no local, vá buscá-lo Se não estiver sozinho, peça para uma pessoa ligar e conseguir um DEA, enquanto continua o SBV É importante designar pessoas para que sejam responsáveis em realizar essas funções A pessoa que ligar para o Serviço de Emergência deve estar preparada para responder às perguntas (local do incidente, condições da vítima, tipo de primeiros socorros que está sendo realizado etc.) Nos casos de PCR por hipóxia (afogamento, trauma, overdose de drogas e para todas as crianças), realizar cinco ciclos de RCP e depois chamar ajuda, se estiver sozinho (socorrista) Cheque o pulso Cheque o pulso carotídeo da vítima em <10 seg Caso haja pulso, faça 1 ventilação a cada 5 a 6 seg (10 a 12 vpm) e cheque o pulso a cada 2 min Se não houver pulso ou houver dúvida, inicie os ciclos de compressões e ventilações Não é enfatizada a checagem de pulso: leigos e profissionais têm dificuldade em detectar o pulso Inicie ciclos de 30 compressões e 2 ventilações Inicie ciclos de 30/2, considerando que existe um dispositivo de barreira (por exemplo, máscara de bolso) para se ventilar Compressões torácicas efetivas são essenciais para promover o fluxo de sangue, devendo ser realizadas em todos pacientes em parada cardíaca Compressões torácicas Posicione-se ao lado da vítima e mantenha seus joelhos distantes um do outro (estabilidade) Afaste ou corte a roupa que está sobre o tórax da vítima, para deixá-lo desnudo Coloque a região hipotenar de uma mão sobre o esterno da vítima e a outra mão sobre a primeira, entrelaçando-a Estenda os braços (cotovelos estendidos) Posicione-os cerca de 90º acima da vítima (ombros alinhados em ângulo de 90° com o tórax da vítima) Faça de 100 a 120 compressões/minuto Com profundidade de, no mínimo, 5 cm e no máximo 6 cm Ou seja, comprima rápido e forte! Permita o retorno completo do tórax após cada compressão, sem retirar as mãos do tórax Minimize interrupções das compressões Reveze com outro socorrista a cada dois minutos (evita fadiga, mantém boas compressões) As manobras de RCP devem ser ininterruptas, exceto: se a vítima se movimentar, durante a fase de análise do desfibrilador, na chegada da equipe de resgate, posicionamento de via aérea avançada ou exaustão do socorrista No caso de uma via aérea avançada instalada, faça compressões torácicas contínuas ( 100 a 120/minuto) e 1 ventilação a cada 6 segundos Ventilações Para não retardar as compressões torácicas, a abertura das vias aéreas deve ser feita somente depois de aplicar trinta compressões. Ventilações devem ser feitas em uma proporção de 30 compressões para 2 ventilações ( 30/2), com apenas um segundo cada, ofertando a quantidade de ar suficiente para promover a elevação do tórax. Hiperventilação é contraindicada: gera insuflação gástrica, podendo causar regurgitação e aspiração; aumenta a pressão intratorácica e diminui a pré-carga, reduzindo débito cardíaco e a sobrevida É indicado que o socorrista utilize mecanismos de barreira para aplicar as ventilações, como o lenço facial com válvula antirrefluxo, máscara de bolso (“pocket-mask”) ou bolsa-válvula-máscara Independentemente da técnica usada para aplicar ventilações, será necessária a abertura de via aérea, que poderá ser realizada com a manobra da inclinação da cabeça e elevação do queixoou, se houver suspeita de trauma, a manobra de elevação do ângulo da mandíbula Desfibrilação precoce é o tratamento de escolha para vítimas em FV de curta duração, como vítimas que apresentaram colapso súbito em ambiente extra-hospitalar (principais ritmos de PCR: Fibrilação Ventricular (FV) e Taquicardia Ventricular (TV) Nos primeiros 3 a 5 minutos de uma PCR em FV, a FV é grosseira, estando “propícia” ao choque Após 5 minutos, por depleção do substrato energético miocárdico, diminui a amplitude da FV Logo, o tempo ideal para a aplicação do primeiro choque é nos primeiros 3 a 5 minutos da PCR A desfibrilação é o único tratamento para uma PCR em FV/TV sem pulso Pode ser realizada com um equipamento manual (somente manuseado pelo médico) Ou pode ser feita com um DEA, que poderá ser usado por qualquer pessoa, assim que possível . DEA Equipamento portátil que interpreta ritmo cardíaco, seleciona carga e carrega “sozinho”. Cabe ao operador apenas pressionar o botão de choque, se indicado Passos para a utilização do DEA • Encaixe o conector das pás (eletrodos) ao aparelho (em alguns, já está conectado) • Quando o DEA disser “analisando o ritmo cardíaco, não toque no paciente”, solicite que todos se afastem e veja se há alguém tocando na vítima (inclusive se houver outro socorrista) • Se o choque for indicado, o DEA dirá “choque recomendado, afaste-se do paciente” • O socorrista que estiver manuseando o DEA deve solicitar que todos se afastem, ver se realmente não há ninguém (nem ele) tocando a vítima e, então, apertar o botão indicado para o choque • A RCP deve ser iniciada pelas compressões torácicas, imediatamente após o choque • A cada 2 minutos, o DEA analisará o ritmo e poderá indicar outro choque, se necessário • Se não indicar choque, imediatamente reinicie a RCP, caso a vítima não retome a consciência • Se a vítima retomar a consciência, o DEA não deve ser desligado e as pás não devem ser removidas ou desconectadas até que o SME assuma o caso • Se não houver suspeita de trauma e a vítima já apresentar respiração normal e pulso, colocá-la em posição de recuperação até que o SME chegue DEA – Situações especiais Excesso de pelos no tórax: – Remova o excesso de pelos, da região onde serão posicionadas as pás, com uma lâmina que geralmente está no Kit DEA – Outra alternativa é depilar a região com um esparadrapo ou com as pás e, depois, aplicar um segundo jogo de pás. Tórax molhado: seque por completo o tórax da vítima; se a mesma estiver sobre uma poça d’água não há problema, mas se a poça também envolver o socorrista, remova a vítima para outro local Adesivo de medicamentos/hormonais: remova o adesivo se estiver no local onde será aplicada a pá • Crianças (1-8 anos): – Use pás pediátricas ou atenuador de carga – Se houver apenas pás de adulto, use-as! (sobre o esterno e entre as escápulas) – Pás infantis não devem ser usadas em adultos (choque aplicado será insuficiente) • Lactentes (até 1 ano): – Desfibrilador manual é preferível; se não houver, use DEA com pá pediátrica e atenuador de carga – Na falta dos últimos, use pás de adulto, sobre o esterno e entre as escápulas; o prejuízo para o miocárdio é mínimo e há benefícios neurológicos. Parada respiratória: vítima não respira ou respira de forma anormal (gasping), mas apresenta pulso. Nesse caso, faça 1 ventilação a cada 5 a 6 segundos para vítimas adultas. Para crianças e lactentes, faça 1 ventilação a cada 3 a 5 segundos (12 a 20 ventilações por minuto) . Procedimentos: segurança da cena, providencie a chegada de uma equipe especializada. Deite a vítima em uma superfície plana e rígida. Aproxime-se da mesma e fique de joelho próximo as vias aéreas. Faça a verificação, observe movimento torácico, certifique-se de não identificar o ar entrando e saindo dos pulmões. Na sua ausência, feche as narinas e execute a respiração boca-a-boca. Não tendo êxito no tratamento, encaminhe ao hospital mais próximo. RELEMBRANDO – PROTOCOLO PCR Segurança da cena; verificar estado de consciência e respiração; providenciar atendimento especializado; a vítima deverá estar em uma superfície plana e rígida; sua posição é em decúbito dorsal. Iniciar compressões torácicas. COMPRESSÕES TORÁCICAS: Frequência de compressão de 100 a 120/minuto. Profundidade de compressão mínima de 2 polegadas (5 cm) e máxima de 3 polegadas (6 cm), em adultos. Profundidade de compressão mínima de um terço do diâmetro anteroposterior do tórax, em bebês e crianças (aproximadamente, 1,5 polegada [4cm] em bebês e 2 polegadas [5cm] em crianças). Retorno total do tórax após cada compressão. Minimização das interrupções nas compressões torácicas. VENTILAÇÃO: Caso sinta-se encorajado a aplicar as ventilações, atente-se para o ciclo de 30x2 (30 compressões para 2 ventilações); providenciar abertura das vias aéreas; expire somente o ar dos pulmões, evitar excesso de ventilação. Até Quando? Chegada do Serviço de Resgate Médico Reanima (T.R.M) Exaustão Ambiente de Risco Mudança de prioridade ��� ������� 6) ������ � �" ����� "� ! ���� "��� �.) � ���� � "� � ����� �� ������� ����� � '���� �� ���� ��! � � �� ����� ������ � !������� , ��� � "���� ��� '���������� ��� ��� �����3� ���� ���� �� "�'���� ���!������ 6 ����� CD � <D � � �� � �) ���!��� ,� '���������� �3� " ��� ��� �� ���4������ �� �"� ���� ���" �(��� � "�������������� � ����� � � ��� �� !����� �������� ����� , "��� � ��� � ��) � �" ����� � � �������� ���� "���� �� (��� � �� �� ���� ������ �� "�"�� ��" ������ �� "� ��.) ���� � �" ���� ���� .���� E����� � '���������� �������� ������ � "����� ��'��� �" ���� ���"������� � � ����-�� ���� "� "��� � � ��'����� ���� .���� ������ ������� �� � �� ��� � ��� ��� ������� "��� ���.) �� �� � " � ��'��� �� � ��� �� ����� '������ � � �� � �� ������ ���� ��� �� ��#���� "�� ���� � ������ ����� �� ���� � ����� ! ������� � ��� � ��� ��� "��� "� ��.) �� �� � & ������ '�� � ������ ������ � ����!���� �" � 6) ������ ��1 ��� �� �!������ � ���� �'����� '�� "��� �� ��"��4 ���� " ��� ����� ��� � "� ���� � � ��� �� �� ���! 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Mas isso não é tudo: uma contusão causada por pancada forte, mesmo sem dilacerar a pele, pode levar ao rompimento de vísceras, sangramento interno e estado de choque. Ex. De ferimentos: pancadas, escoriações, cortes, mordidas, picadas, amputação, perfuração, etc. Sinais e sintomas: Dor e edema local; Sangramento; Laceração em graus variáveis; Contaminação se não adequadamente tratado Após avaliar a cena e tomar as devidas medidas de segurança, prosseguimos a avaliação inicial da ví�ma em ordem de prioridade: A) via aérea (manutenção da permeabilidade das vias aéreas com controle da coluna cervical); B) ven%lação (verificação da respiração e administração de oxigênio para a ví%ma trauma%zada); C) circulação (verificação do estado circulatório, pulso, presença e controle de hemorragias); D) incapacidade (avaliação do estado neurológico e determinação do nível de consciência); E) exposição (remoção das roupas e avaliação completa do paciente, com controle do ambiente e prevenção da hipotermia). HEMORRAGIA É a perda sanguínea provocada por um ferimento no sistema circulatório. Pode ser traumá�ca (acidentes) e patológica (doenças). Ocorre nas artérias (hemorragia arterial), nas veias (hemorragia venosa) e nos capilares (hemorragia capilar). Apresenta-se como hemorragia interna (não visível) e externa (visível). Os processos vitais dependem de um suprimento adequado e ininterrupto de sangue. A perda de um litro de sangue em adultos geralmente é séria; a perda de 1,5 litros pode ser fatal se ocorrer dentro de algumas horas. A hemorragia em certas partes do corpo, como nos principais vasos sanguíneos do pescoço, pode ser fatal em apenas alguns minutos. Os mecanismos normais que o corpo possui para limitar as hemorragias são: 1) Contração da parede dos vasos sanguíneos (vasoconstricção). 2) Coagulação do sangue (plaquetas e fatores de coagulação). Um indivíduo com 70 Kg possui aproximadamente 4.900 ml de sangue. O volume de sangue varia conforme a idade e pode ser es�mado u�lizando-se o valor médio de 80 ml / Kg de peso. Em crianças, o volumesanguíneo é maior, estando entre 8 e 9% do peso corporal. A perda de sangue ocasiona um estado de choque �sico porque um volume insuficiente de sangue flui pelo corpo para fornecer nutrientes e oxigênio aos tecidos. Todos os processos orgânicos são afetados pelo choque. Se as condições que causam o choque não forem rever�das, a ví�ma irá a óbito. Hemostasia –significa controle do sangramento, que pode ser efetuada por mecanismos normais de defesa do organismo isoladamente (contração de vasos sanguíneos lesionados e coagulação do sangue) ou em associação com técnicas de tratamento básicas e avançadas (cirúrgicas). Localização da Hemorragia � Externa – sangramento de estruturas superficiais com exteriorização do sangramento. Podem ser controladas u�lizando técnicas básicas de primeiros socorros; � Interna – sangramento de estruturas profundas, pode ser oculto ou exteriorizar (por exemplo, hemorragia no estômago com hematêmese). As medidas básicas do socorro não funcionam. O paciente deve ser tratado no hospital. A Hemorragia e seus Efeitos A severidade do sangramento depende: • Da rapidez que o sangue flui do vaso; • Do tamanho do vaso; • Se o vaso é uma veia ou uma artéria; • De a hemorragia ser interna ou externa; • De onde o sangramento se originou; • Da idade e do peso da ví�ma; • Da condição �sica geral da ví�ma; • De o sangramento ser uma ameaça as vias aéreas e a respiração. O sangramento dá início a uma cadeia específica de eventos orgânicos para compensar a perda de líquido e a perda potencial de oxigênio que circula para o coração, cérebro, pulmões e outros órgãos. Se o sangramento não for controlado, o organismo não conseguirá compensar com rapidez suficiente para manter o volume do sangue necessário, e a hemorragia se tornará uma emergência potencialmente fatal. A hemorragia não controlada pode levar ao choque. A severidade do sangramento depende sua fonte: artéria, veia ou vaso capilar. Fontes de sangramento e seus efeitos: • Artéria – cor - vermelho vivo; velocidade - rápida (jorrando ou pulsando); efeito - sob alta pressão, é o mais di�cil de controlar. • Veia – cor – vermelho escuro; velocidade – fluxo constante; efeito – di�cil de controlar; • Vasos capilares – cor – vermelho médio; velocidade – lenta, fluxo uniforme ou gotejamento estável; efeito – geralmente coagula de forma espontânea, causando pouca perda de sangue. Controle do sangramento: • No controle da hemorragia externa, como primeira opção, o socorrista deverá aplicar pressão manual direta sobre o ferimento (compressão local), de preferência u�lizando uma gaze, compressa estéril ou pano limpo. Atenção! Se a compressa es�ver muito encharcada, colocar outra por cima da primeira e con�nuar mantendo a pressão. (O obje�vo de não remover as primeiras compressas é evitar a remoção dos coágulos formados e, com isso, aumentar novamente o sangramento). • De acordo com a edição do PHTLS – atendimento pré-hospitalar ao trauma�zado (2007), o torniquete voltou a ser recomendado e, mais ainda, como segunda opção para o controle de uma hemorragia externa que não pôde ser con�da com a pressão local. Isso é jus�ficado pelo fato de que aproximadamente 99% das hemorragias externas são con�das apenas com a compressão local. No passado era recomendada a elevação do membro e a compressão sobre um ponto de pressão (pressão indireta – na artéria próxima ao ferimento), como etapas intermediárias no controle das hemorragias. Essas manobras não �veram eficácia comprovada por meio de estudos, pesquisas e dados convincentes, por isso não são mais recomendadas nas situações em que a compressão direta não conseguiu controlar o sangramento. • Determine a causa e a fonte do sangramento, assim como a condição geral da ví�ma; • Coloque a ví�ma na posição em que ela será menos afetada pela perda de sangue; • Mantenha as vias aéreas desobstruídas. Após o controle do sangramento, tome medidas para prevenir ou controlar o choque, verifique os sinais vitais a cada 5 minutos, repita a avaliação da ví�ma a cada 15 minutos e mantenha-se alerta para complicações da perda de sangue. Torniquete O torniquete é u�lizado quando o membro é amputado e o sangramento está incontrolado. Método: Como improvisar um torniquete? Escolha um pedaço de pano com cerca de 10cm de largura, coloque-o logo acima do ferimento e dê um primeiro nó, sem apertar. Um bastão de madeira ou metal deve ser colocado sobre este primeiro nó, sendo feito um segundo nó por cima. Agora basta torcer o bastão até que a hemorragia cesse e fixá-lo no lugar. An�gamente, a orientação era para que o torniquete fosse afrouxado a cada 10 min, mas em geral, um torniquete colocado no APH deve permanecer até que o paciente chegue ao hospital. A exceção é em situações de transporte demorado (mais de 2 horas). Anote detalhadamente a localização do torniquete, a hora em que ele foi aplicado e os sinais vitais no momento da aplicação. AMPUTAÇÃO A amputação é classificada em três %pos: • Amputação completa (total): o segmento é totalmente separado do corpo. • Amputação parcial: o segmento desprendeu-se cerca de 50% do corpo. • Desenluvamento: quando a pele e o tecido adiposo são arrancados sem lesão do tecido subjacente. Nas amputações parciais ou nas do �po desenluvamento, a exposição das artérias laceradas leva a sangramento importante. Como proceder nos casos de feridas amputa%vas? 1. Controlar imediatamente a hemorragia – prioridade. 2. Tratar o estado de choque e prevenir a hipotermia. 3. Cuidar do segmento amputado: – Limpar com solução de ringer lactato; – Envolver o membro com gaze estéril umedecida ou compressa limpa; – Proteger o membro amputado com saco plás�co; – Colocar o saco plás�co em recipiente de isopor com gelo (de preferência gelo moído); Obs: jamais colocar a extremidade em contato direto com o gelo. 4. Transportar a parte amputada junto com o paciente para o hospital mais apropriado e próximo. ESMAGAMENTO Geralmente os esmagamentos acontecem em acidentes automobilís�cos, desabamentos e acidentes industriais. Pode resultar em ferimentos abertos ou fechados. O dano tecidual é extenso (músculos, tendões, ossos). Os esmagamentos de tórax e abdome causam graves distúrbios circulatórios e respiratórios, sendo muitas vezes incompaPveis com a vida. No caso de extremidade presa à maquinaria industrial, desligar a energia da máquina, e em seguida fazer a lenta reversão manual das engrenagens e re�rada do membro. Caso não seja possível liberar a extremidade, a máquina deverá ser desmontada e transportada juntamente com a ví�ma ao hospital. As lesões quando decorrentes de explosões geralmente são várias e com vários fragmentos, devendo-se avaliar profundidade de penetração e queimaduras. Como tratar as feridas: expor a ferida (re�rar roupas); controlar a hemorragia; limpar a super�cie da ferida (se houver tempo); cura�vo com gaze ou pano limpo; imobilizar o segmento ferido; estabilizar objetos empalados; segmentos amputados devem ter cuidados a parte; u�lize sempre luvas. EVISCERAÇÃO É a protrusão de vísceras para fora da cavidade abdominal, como consequência de incisão abdominal entreaberta ou pós-trauma. É um trauma rela�vamente comum, ocasionado por armas brancas e acidentes automobilís�cos. O socorrista realizará um cura�vo do �po oclusivo, da seguinte maneira: irrigar uma compressa estéril com soro fisiológico e colocá-la por cima, cobrindo as vísceras expostas. Em seguida, aplicar uma bandagem ou plás�co protetor, fixando-o no lugar com esparadrapo. É importante essa prevenção de contaminação, com a proteção adequada dos órgãos eviscerados. Evite a manipulação das vísceras ou reintroduzi-las para dentro da cavidade abdominal, pois esse procedimento será feito durante o ato cirúrgico. OBJETO EMPALADO Se o trauma�zado �ver algum objeto transfixado em seu corpo(geralmente madeira ou metal), deve-se realizar cura�vo compressivo aplicando pressão em um dos lados do objeto, e não sobre o objeto. O obje�vo é controlar o sangramento e estabilizar o objeto no local. Jamais remova o objeto, com risco de aumentar significa�vamente a hemorragia, lesionar estruturas internas (como os nervos) e agravar ainda mais o estado da ví�ma. O corpo estranho empalado será re�rado posteriormente, em centro cirúrgico. FRATURA É a quebra de um osso, e pode ser total ou parcial. Ocorre de forma: traumá�ca (acidentes) e patológica (doenças). Como se apresenta: Simples (fechada); Exposta (abertas) Tipos de Fraturas: Transversa, oblíqua, cominu�va, galho verde, impactada e espiral. Cuidados: Imobilização, compressas frias, elevação, repouso e transporte para o hospital. IMOBILIZAÇÃO É o ato de tornar uma parte do corpo quando lesionada imóvel e protegida para evitar o agravamento na lesão. Os materiais usados para imobilização são: Ataduras, talas (podem ser infláveis e rígidas), colete, colar cervical, macas e outros. Princípios de imobilização: Cortar a roupa no sen�do da costura. Expor a lesão. Remover anéis, relógio, pulseiras e braceletes que podem comprometer a circulação. Cobrir lesões abertas com bandagens estéreis. Acolchoar imobilizadores rígidos para evitar uma má circulação. Não reduzir fraturas e luxação. Verificar circulação distais, sensibilidades. Imobilizar a ar�culação distal e proximal à lesão. Elevar a extremidade, se possível, após o procedimento. Exercícios Complete: 1. Quando o sangramento é incontrolável, o organismo não consegue compensar com rapidez suficiente, ocasionando ________________________. (parada cardíaca / insuficiência cardíaca / choque). 2. A perda de _____________________litro(s) de sangue pode ser fatal se ocorrer durante um período de algumas horas. (1 / 1,5 / 0,5). 3. O sangue arterial é ________________________. (vermelho / vermelho vivo / vermelho escuro). 4. O sangue venoso é _______________________. (vermelho / vermelho vivo / vermelho escuro). 5. O sangue de um vaso capilar é __________________. (vermelho / vermelho escuro / vermelho médio). 6. O sangramento mais di�cil de controlar vem ________________________. (das artérias / da veias / dos vasos capilares). 7. Se o cura�vo ficar completamente encharcado de sangue, você deve ______________________________. (removê-lo / removê-lo e subs�tuí-lo / deixa-lo no local e colocar outro cura�vo sobre ele). 8. O torniquete é u�lizado quando o membro é amputado e o sangramento está ________________ (controlado / incontrolado / pouco importante) 9. Amputação é perda traumá�ca de um membro ou segmento do corpo, sendo que a amputação ______________ é quando o segmento é totalmente separado do corpo. (parcial / desenluvamento / total) 10. ______________ é a quebra de um osso. Ocorre de forma: traumá�ca (acidentes) e patológica (doenças). (Amputação / Objeto empalado / Fratura) 11. Imobilização é o ato de tornar uma parte do corpo quando lesionada imóvel e protegida para evitar o _______________ na lesão. (ajuste / melhora / agravamento) CORPOS ESTRANHOS São todos os materiais encontrados no corpo e que normalmente ali não deveriam estar. São corpos que penetram no organismo através de qualquer orifício ou após uma lesão de causa variável. Os corpos estranhos podem encontrar-se mais frequentemente nos olhos, ouvidos ou vias respiratórias. Olhos No olho, os mais frequentes são: grãos de areia, insetos e limalhas. Sinais e Sintomas: Dor ou picada local. Lágrimas. Dificuldade em manter as pálpebras abertas. O que deve fazer: Abrir as pálpebras do olho lesionado com muito cuidado. Fazer correr água sobre o olho, do lado de dentro, junto ao nariz, para fora. Repetir a operação duas ou três vezes. Caso não saia, proteger e dirigir-se ao hospital. O que não deve fazer: Esfregar o olho. Tentar remover o corpo estranho com lenço, papel, algodão ou qualquer outro objeto. Ouvido Entrar em contato com o SEM. Nariz Dependendo da vítima, este local pode deixar a vítima agitada. Entrar em contato com o SEM. Boca (VIAS AÉREAS) Tipos de obstrução: Parcial - mantém alguma troca gasosa. Sintomas: tosse forte, sibilos. Conduta: não interferir. Total - troca de ar se torna insuficiente tosse ineficaz, fraca, ruídos respiratórios estridentes e gementes, dificuldade respiratória acentuada, cianose. Como proceder? Aplicar a manobra de Heimlich. Essa técnica tem como objetivo expulsar o corpo estranho por intermédio da eliminação do ar residual dos pulmões, criando uma espécie de “tosse artificial”. Como fazer? 1. Verifique se é um engasgo real. Pergunte à vítima: “Você está engasgado (a)?” 2. Posicione-se atrás da vítima, abraçando-a em torno do abdome. Estando a vítima em pé, ampliar sua base de sustentação, afastando as pernas, e posicionar uma perna entre as pernas da vítima (para evitar que ela caia, caso venha perder a consciência). 3. Localizar o umbigo. 4. Colocar a mão fechada 1 dedo acima do umbigo. A mão do socorrista em contato com o abdome da vítima está com o punho fechado e o polegar voltado para dentro. A outra mão é colocada sobre a primeira. 5. Aplicar 5 compressões abdominais sucessivas, direcionadas para cima. 6. Conferir se a vítima voltou a respirar expelindo o objeto. Se necessário, reposicionar e repetir os ciclos de 5 compressões, até que o objeto desobstrua as vias aéreas, ou a vítima perca a consciência. Se a vítima ficou inconsciente, apoiá-la cuidadosamente até o solo e iniciar manobras de reanimação cardiopulmonar (30 compressões torácicas e 2 ventilações. Reavaliar a cada 2 minutos (5 ciclos) ou se a vítima mostrar sinais de desobstrução, respiração espontânea e circulação). Atenção! A manobra de Heimlich é perigosa e poderá provocar lesões internas graves. As principais complicações são lesões de vísceras abdominais como o fígado e o baço e a regurgitação de material do estômago com broncoaspiração. Sempre encaminhe a vítima ao médico após a aplicação da Manobra de Heimlich. Observação – Segundo a American Heart Association, a manobra de Heimlich com compressões abdominais é recomendada apenas para crianças maiores de 1 ano e adultos. Para a desobstrução de vias aéreas em bebês, mulheres grávidas e pessoas obesas, realizar compressões torácicas, e não compressões abdominais. DESOBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS EM BEBÊS Nos bebês (lactentes), intercalar 5 tapotagens com as 5 compressões torácicas, até que o objeto seja expulso ou o bebê perca a consciência. Caso isso ocorra, considerar a criança em parada cardiorrespiratória e iniciar imediatamente manobras de RCP. CONVULSÃO E EPILEPSIA Uma crise convulsiva é uma descarga elétrica cerebral desorganizada que se propaga para todas as regiões do cérebro, levando a uma alteração de toda atividade cerebral. Pode se manifestar como uma alteração comportamental, na qual o indivíduo pode falar coisas sem sentido, por movimentos estereotipados de um membro, ou mesmo através de episódios nos quais o paciente parece ficar "fora do ar", no qual ele fica com o olhar parado, fixo e sem contato com o ambiente. Epilepsia é uma doença neurológica crônica, podendo ser progressiva em muitos casos, principalmente no que se relaciona a alterações cognitivas, freqüência e gravidade dos eventos críticos. É caracterizada por crises convulsivas recorrentes, afetando cerca de 1% da população mundial. Causas mais comuns: Epilepsia; Lesões cerebrais: tumores, traumatismos, hipóxia cerebral, etc; Convulsões febris; Hipoglicemia (taxa baixa de açúcar no sangue); Overdose (dose excessiva) de cocaína e outras drogas; Abstinência alcoólica; Meningite; Febre alta. Sinais e sintomas: Perda do equilíbrio. Palidez. Cianose dos lábios. Espasmos incontroláveispor alguns minutos. Inconsciência. Queda desprotegida ao chão com possibilidade de se ferir. Eliminação involuntária de urina. Incapacidade de deglutir saliva, com acumulação da mesma na boca e eliminação dela sob a forma de “baba”. Se houver ferimento da língua, a saliva eliminada pode estar sanguinolenta; Despertar confuso e desorientado, do qual o paciente se recupera aos poucos. De início ele não reconhece o lugar onde se encontra, nem as pessoas ao seu redor. Completa amnésia do ocorrido. O paciente não se lembra da convulsão que acabou de ter. Dor de cabeça e sensação de fadiga ao despertar. Procedimentos: Afastar objetos que possa provocar acidentes. Proteger a cabeça da vítima para evitar traumatismo. Nunca tentar colocar nada à força entre os dentes da vítima, e nunca administrar nada por via oral; Remover ou afrouxar roupas apertadas; Posicionar a vítima em decúbito dorsal com o rosto lateralizado, para que as secreções e os vômitos possam drenar rapidamente. Muitos acreditam a “a língua enrola“, mas isso não é verdade, correndo o risco de o socorrista ter o seu dedo amputado pela mordida (tônus muscular aumentado). Não tentar restringir os movimentos da vítima. VERTIGEM A vertigem é uma falsa sensação de movimento ou de rotação ou a impressão de que os objetos se movem ou rodam. Geralmente, ela é acompanhada por náusea e perda do equilíbrio. Somente a tontura verdadeira – a que os médicos denominam vertigem – causa uma sensação de movimento ou de rotação. A vertigem pode durar apenas alguns instantes ou pode persistir por horas ou mesmo dias. A vertigem deverá ser vista como um aviso de que o organismo da vítima está debilitado. Os sintomas podem ser: alterações da visão, dificuldade de andar, debilidade passageira nas pernas, desorientação no espaço, alterações do equilíbrio até a inconsciência completa. Essas alterações poderão estar associadas a hipoglicemia, hipotensão, entre outros problemas de saúde. Cuidados: Sentar a vítima, colocar sua cabeça entre as pernas, com os braços caídos na lateral do corpo. Pedir a ele que empurre a cabeça para cima, enquanto o socorrista a força para baixo. Essa manobra aumenta o fluxo sanguíneo para o cérebro, melhorando o quadro do paciente. Levar a vítima a procurar atendimento médico ou orientá-la para isso. SÍNCOPE (DESMAIO) A síncope, popularmente conhecida como desmaio, é uma perda súbita e transitória da consciência. É um sinal de aporte inadequado do oxigênio e de outros nutrientes ao cérebro, que geralmente é provocado por uma diminuição temporária do fluxo sanguíneo. Pode ser classificada em: VASOGÊNICA: ocorre pela queda súbita da PA, por problema emocional, dor, esforço físico ou outras situações. Ocorre geralmente quando a vítima está na posição em pé, e é a síncope mais comum. A vítima apresenta palidez cutânea, respiração suspirosa, queixa de visão embaraçada e tontura METABÓLICA: causada por distúrbios metabólicos como hipo ou hiperglicemia. NEUROGÊNCIA: acontece devido à agressão ligada diretamente ao cérebro, como intoxicações exógenas, hipertensão intracraniana e traumas. A síncope pode ser precedida de alguns sinais e sintomas, antes do desmaio propriamente dito (perda da consciência), como por exemplo: fraqueza, tontura, relaxamento muscular, escurecimento da vista, palidez e sudorese, pele fria, náuseas, pulso rápido e fraco. O que fazer? Impedir que o vítima caia, para que não se machuque; deitá-la em decúbito dorsal, elevando os membros inferiores cerca de 30 cm do chão, monitorar os sinais vitais, afastar os curiosos, ventilar o ambiente e afrouxar as suas roupas, se necessário; não dar tapas no rosto da vítima nem fazê-la cheirar amônia ou álcool. Se ela não acordar em alguns minutos, chamar socorro. A síncope não é uma doença, mas um sinal de que algo não está bem no organismo da pessoa. Portanto, mesmo que ela recobre a consciência espontaneamente, oriente-a a procurar um serviço médico. INTOXICAÇÃO EXÓGENA “Todas as substâncias são venenos, não existe nada que não seja veneno. Somente a dose correta diferencia o veneno do remédio.” Paracelsus, 1493-1541 O Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox) divulgou que, no ano 2005, foram registrados 477 óbitos do total de 84.456 casos de intoxicação humana, revelando um aumento de 18% em relação aos óbitos do ano anterior. Das 477 mortes registradas, 159 foram provocadas por uso inadequado de agrotóxicos, 84 por intoxicações medicamentosas e os demais óbitos foram atribuídos a agentes como raticidas, acidentes com animais peçonhentos e outras substâncias tóxicas. Das mais de 84 mil intoxicações, 28% tiveram como principal responsável os animais peçonhentos, seguidos pelos medicamentos (26%) e em terceiro lugar as intoxicações causadas por produtos de limpeza (8%). Os agrotóxicos de uso agrícola foram responsáveis por 7% das intoxicações (no entanto, lideraram o número de óbitos). Definição: Ocorrem quando o agente agressor vem de fora do organismo. Pode ser provocada por ingestão ou inalação de substâncias prejudiciais ao organismo, administração excessiva de medicamentos ou drogas, absorção de substâncias pelo tecido epitelial ou picada de animais peçonhentos. Venenos ou tóxicos são substâncias químicas que podem causar danos ao organismo. As intoxicações podem ser classificadas em três categorias: acidentais, ocupacionais e intencionais. A maioria dos envenenamentos é acidental, mas também pode resultar de tentativas de suicídio e, mais raramente, até de homicídio. Não existem muitos antídotos (antagonistas específicos dos venenos) eficazes, sendo muito importante tentar identificar a substância responsável pelo envenenamento o mais breve possível. Caso isso não seja conseguido de imediato, posteriormente devem ser feitas tentativas de obter informações (e/ou amostras) da substância e das circunstâncias em que ocorreu o envenenamento. Uma substância tóxica pode penetrar no organismo por diversos meios ou vias de administração. Ingerida: medicamentos, derivados de petróleo, agrotóxicos, raticidas, plantas, alimentos contaminados etc. Inalada: gases tóxicos. Ex: monóxido de carbono, amônia, agrotóxicos, cola à base de tolueno (cola de sapateiro), acetona, benzina, éter, gás de cozinha, fluido de isqueiro e outras substâncias voláteis, gases liberados durante a queima de diversos materiais (plásticos, tintas) etc. Absorvida: inseticidas, agrotóxicos e outras substâncias químicas que penetrem no organismo pela pele ou mucosas. Injetada: toxinas de diversas fontes, como cobras, aranhas, escorpiões ou drogas injetadas com seringa e agulha. Os sinais e sintomas variam conforme o tipo de substância ingerida. Neurológicas: distúrbio mentais, delírio, alucinação, convulsão, miose, midríase, etc. Cardiorespiratório: dispnéia, respiração superficial, bradpnéia, taquipnéia, apnéia, extra-sístole, bradicardia, taquicardia, hipertensão, hipotensão, etc. Gastrointestinais: náuseas, vômitos, diarreia, sialorréia, oligúria, anúria, etc. Local: prurido, eritema, edema, necrose. Abordagem e primeiro atendimento à vítima de envenenamento Verifique se o local está seguro, procure identificar a via de administração e o veneno em questão. Aborde a vítima como de costume, identifique-se e faça o exame primário; esteja preparado para intervir com manobras para liberação das vias aéreas e de RCP, caso seja necessário. Proceda ao exame secundário e remova a vítima do local. Há situações em que a vítima deve ser removida imediatamente para diminuir a exposição ao veneno e preservar a segurança da equipe. De acordo com as últimas diretrizes para o tratamento de intoxicações e envenenamento, propostas pela American Heart Association e a Cruz Vermelha Americana,a vítima intoxicada não deve beber nada (nem mesmo água ou leite). Os socorristas não devem oferecer carvão ativado ou xarope de ipeca para a vítima, a não ser que seja recomendado pelo Centro de Controle de Intoxicação. Não induzir o vômito se a vítima ingeriu derivados de petróleo (como querosene e gasolina) ou substâncias corrosivas e cáusticas (ácido ou base). Também não provocar o vômito se a vítima estiver com alterações de consciência. Guarde as embalagens de produtos, restos de substâncias ou conteúdos vomitados, para facilitar a identificação do veneno e tratamento adequado. Em caso de contato com a pele e/ou olhos, lave a região atingida com bastante água corrente e limpa. O melhor a ser feito é remover a vítima para o hospital o mais rápido possível. O envenenamento é um dos casos em que o socorrista poderá remover a vítima rapidamente para o hospital sem aguardar o Suporte Avançado de Vida (SAV). DESCONTAMINAÇÃO GASTROINTESTINAL XAROPE DE IPECA: Contêm substâncias que induzem ao vômito, porém somente é útil na remoção de toxinas gástricas. Recomendado somente quando não é possível acesso a um centro de saúde. CARVÃO ATIVADO: Aglutina-se bem à maioria das drogas e substâncias químicas, prevenindo a absorção através do sistema gastrointestinal para a circulação sistêmica. O carvão ativado é indicado às vítimas que se apresentam em poucas horas após a ingestão tóxica. Não é recomendado em ingestões de metais, álcoois e substâncias cáusticas. LAVAGEM GÁSTRICA: É feita através da inserção de uma sonda até o interior do estômago. É inserido e drenado soro pela sonda com o objetivo de retirada das toxinas gástricas. A lavagem gástrica é indicada às vítimas que ingeriram substâncias que provocam risco de morte e possam ainda estar presente em nível gástrico. IRRIGAÇÃO INTESTINAL: É administrado por via oral uma solução não absorvível, a qual reduz o tempo de trânsito gastrointestinal, sendo assim as toxinas possuem menos tempo para serem absorvidas e são excretadas pelas fezes. É indicada para vítimas que ingeriram substâncias que não se aglutinam ao carvão ativado, com armazenamento gastrointestinal de substâncias ilícitas e aquelas que ingeriram preparados de revestimento entérico. ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS Animais peçonhentos são aqueles que possuem glândulas de veneno que se comunicam com dentes ocos, ou ferrões, por onde o veneno passa ativamente. Portanto, peçonhentos são os animais que injetam veneno com facilidade e de maneira ativa. Ex.: Serpentes, Aranhas, Escorpiões, Lacraias, Abelhas, Vespas, Marimbondos e Arraias. Já os animais venenosos são aqueles que produzem veneno, mas não possuem um aparelho inoculador (dentes, ferrões), provocando envenenamento passivo por contato (taturana), por compressão (sapo) ou por ingestão (peixe baiacu). Os acidentes com animais peçonhentos são comuns, mesmo nas áreas metropolitanas. Muitos casos são subnotificados devido os tratamentos caseiros ou “simpatias”. Sempre que estivermos diante de um possível caso de envenenamento causado por animal peçonhento, devemos tentar capturá-lo para identificação, sem correr maiores riscos ou perder tempo com esse procedimento. A identificação correta permitirá a administração do soro antiveneno específico. Tipos de acidentes com animais peçonhentos: Ofidismo: Cobras; Araneísmo: Aranhas; Escorpionídeos: Escorpiões; Abelhas Ofidismo Mordidas de cobras não peçonhentas não são consideradas sérias e geralmente são tratadas como ferimentos leves; apenas as mordidas de cobras peçonhentas são consideradas urgências médicas. Os sinais e sintomas aparecem de forma imediata em somente um terço dos casos de mordidas de cobras peçonhentas e a maioria das pessoas não apresenta sintomas, normalmente porque o veneno não foi injetado. É muito importante saber identificar se o acidente foi causado por uma serpente peçonhenta ou não. Para isso, observam-se características do local da mordida, assim como as características da serpente que causou o acidente. Segundo as últimas diretrizes de Primeiros Socorros da American Heart Association e Cruz Vermelha Americana, em 2005 passou-se a recomendar a aplicação de uma bandagem elástica enrolada com firmeza ao redor de toda a extremidade (braço ou perna) mordida por serpente, esse procedimento já demonstrou que pode reduzir a incorporação de veneno proveniente de um acidente ofídico. O tratamento específico consiste na administração do soro específico, via endovenosa. MEDIDAS A SEREM TOMADAS EM CASO DE ACIDENTES COM COBRAS 1. Considere todas as mordidas de cobras como sendo de cobras venosas. 2. Manter a vítima calma e deitada. 3. Localizar a marca da mordedura e limpar o local com água e sabão. 4. Cobrir com um pano limpo. 5. Remover anéis, pulseiras e outros objetos que possam garrotear, em caso de inchaço do membro afetado. 6. Evitar que a vítima se movimente para não favorecer a absorção do veneno. 7. Tentar manter a área afetada no mesmo nível do coração ou, se possível, acima dele. 8. Levar a vítima imediatamente ao serviço de saúde mais próximo, para receber o soro antiofídico (substância que neutraliza o veneno). 9. Se possível, levar o animal para que seja identificado e para que a vítima receba o soro específico. Não se arrisque ou perca tempo caçando o animal. NÃO amarrar ou fazer torniquetes, o que impede a circulação do sangue, podendo produzir necrose ou gangrena. NÃO colocar nenhuma substância, folhas ou qualquer produto na picada. NÃO cortar ou chupar o local da picada. NÃO dar bebida alcoólica ao acidentado. Aranhas Normalmente, a picada será tratada como qualquer ferimento. O auxílio médico só é necessário se o prurido ou dor durarem mais de 2 dias, houver sinais de infecção no local, desenvolvimento de reação alérgica ou se o aracnídeo pertencer a um dos três gêneros de aranhas peçonhentas e de importância médica que existem no Brasil: Phoneutria spp (aranha armadeira, várias espécies), Loxosceles (aranha marrom, várias espécies) e Latrodectus (viúva-negra, 3 espécies ocorrendo no Brasil, sendo a Latrodectus curacaviensis a mais comum). A caranguejeira, embora tenha aspecto assustador, não possui peçonha, mas sua picada causa dor. Aranha-marrom: São aranhas de pequeno tamanho, não são agressivas e picam apenas quando espremidas. Encontram-se no interior das residências, dentro de sapatos e roupas. É geralmente no ato de se vestir que a vítima é picada. Não produz dor imediata e o local da picada é quase sempre imperceptível. No entanto, posteriormente, evolui com uma ferida de difícil cicatrização, necessitando, muitas vezes, de correção cirúrgica (enxerto). O acidente loxoscélico representa a forma mais grave de araneísmo no Brasil, ocorrendo particularmente no Paraná e Santa Catarina. Reações: A evolução mais frequente é a forma “cutânea” (87 a 98% dos casos): a manifestação local se acentua nas primeiras 24 – 72 horas, podendo ocorrer edema, calor e rubor, com ou sem dor em queimação, inchaço duro e aparecimento de bolha com conteúdo seroso; aparece um ponto de necrose central (escuro); surgem outros sinais e sintomas como febre, mal -estar geral e ulceração local. Na forma “cutâneo-visceral” (mais grave), além do quadro descrito acima, entre 12 e 24 horas após a picada podem surgir manifestações clínicas de hemólise intravascular (anemia, icterícia e hemoglobinúria), cefaléia, náuseas, vômitos, urina escura (cor de coca-cola), volume urinário diminuído significativamente e insuficiência renal aguda (principal causa de óbito no loxoscelismo). Tratamento: Limpeza local para evitar infecção, com uso de anti -sépticos periodicamente na ferida, curativo local, uso de compressas frias, corticóides e antibióticos. Sempre encaminhe a vítima ao atendimento médico. Administração de soroterapia específica (soro antiloxoscélico) conforme a necessidade do caso. Escorpiões Os acidentes com escorpiões são menos frequentes
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