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Licitação - Resumo

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Licitação 
Como conceito de licitação a definição do
ilustre jurista Marçal Justen Filho, que assim
afirma: “A licitação é um procedimento
administrativo disciplinado por lei e por um ato
administrativo prévio, que determina critérios
objetivos de seleção de proposta da contratação
mais vantajosa, com observância do princípio da
Isonomia, conduzido por um órgão dotado de
competência específica.” 
O art. 37, XXI, da CRFB determina que os
contratos administrativos sejam precedidos de
licitação pública, bem como o art. 175 da Carta
Magna, ao tratar das outorgas de Concessões e
Permissões, também faz referência à
obrigatoriedade de licitar, imposta ao ente
estatal. 
Quanto à competência para legislar, de acordo
com o art. 22, da Constituição Federal, compete
privativamente à União legislar sobre: (...)
XXVII – normas gerais de licitação e
contratação, em todas as modalidades, para as
administrações públicas diretas, autárquicas e
fundacionais da União, Estados, Distrito Federal
e Municípios, obedecido o disposto no art. 37,
XXI, e para as empresas públicas e sociedades
de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°,
III. 
*** Os entes federativos poderão expedir
normas específicas para regulamentação de seus
procedimentos licitatórios, desde que
observadas as normas genéricas trazidas na
legislação federal. 
No âmbito federal, existem, atualmente, duas
leis gerais de licitações: Leis 8.666/93 e
10.520/02 (Lei do Pregão), bem como duas leis
que tratam acerca de contratos administrativos,
quais sejam, as Leis 8.987/95 e 11.079/04. 
Além destas também temos a lei que trata do
RDC – regime diferenciado de contratações da
Copa do mundo de 2014, da copa das
confederações, e dos Jogos Olímpicos e
Paralímpicos de 2016 – Lei 12.462/11. 
O STF entende haver disposições da Lei n.
8.666/93 que definem regras específicas de
licitação, sendo que, nesses casos, os
dispositivos serão aplicáveis somente às
licitações realizadas no âmbito federal. Como
exemplo, temos a norma que trata acerca de
permuta de bens imóveis (ADI n. 927). 
Sendo assim, as normas da Lei 8.666/93 que
estabelecem regras específicas são
constitucionais para a União e inconstitucionais
para os demais entes federados, que estão
sujeitos apenas às de caráter geral editadas no
âmbito federal. 
As finalidades são: viabilizar a contratação mais
vantajosa à Administração e assegurar ao
administrado a oportunidade de concorrer, em
igualdade de condições, com os demais
interessados. 
***Além da busca pela melhor proposta e
isonomia, a Lei n. 12.349/10 acrescentou à
redação do art. 3°, da Lei n. 8.666/93, a
garantia de Desenvolvimento Nacional como
uma das finalidades do procedimento licitatório.
PRINCÍPIOS NORTEADORES DA LICITAÇÃO
O procedimento licitatório deve observar os
princípios constitucionais aplicáveis à
Administração Pública, sejam os princípios
expressos no art. 37, caput, e demais
dispositivos da Constituição Federal, sejam
aqueles implícitos no ordenamento jurídico,
além dos princípios específicos que serão
abordados doravante. 
Dessa forma, todos os princípios aplicáveis à
atuação do Estado – o chamado Regime Jurídico
Administrativo – devem ser observados na
realização de licitações públicas. 
Vejamos abaixo a análise dos princípios
aplicáveis de forma direta às licitações públicas.
Princípio da Vinculação ao Instrumento
Convocatório - O instrumento de convocação é,
em regra, o edital, exceto no convite, em que a
lei prevê a convocação mediante carta-convite,
que é de um instrumento convocatório
simplificado. 
O edital/carta-convite estabelece normas que
obrigam os licitantes, bem como a própria
Administração Pública, inclusive as normas no
que tange ao critério de escolha do vencedor a
ser utilizado nas licitações. 
Princípio do Julgamento Objetivo - O ato
convocatório tem de conter critérios objetivos
de julgamento que não se subsumem às escolhas
dos julgadores. Portanto, o administrador não se
deve valer de critérios que não estejam
previamente definidos no edital para definição
do vencedor do certame. 
Princípio do Sigilo das Propostas - As
propostas apresentadas pelos licitantes são
sigilosas até a data da abertura dos envelopes, a
ser feita em conjunto por todos os concorrentes,
em sessão pública. Até este momento,
previamente determinado pelo edital, um
licitante não pode saber da proposta do outro,
pois a violação do sigilo da proposta representa
Improbidade Administrativa e crime definido na
própria Lei de Licitações. 
***Não contradiz o princípio da publicidade
que deve ser observado na realização de
licitações públicas. 
Princípio do Procedimento Formal - O texto
da lei estipula que o administrador não pode
criar uma nova modalidade licitatória ou
combinar duas ou mais modalidades já
existentes. A Administração deve obedecer a
todas as fases da licitação, sendo vedado que
uma das fases não seja realizada, ou seja, o
procedimento deve seguir, absolutamente, a
previsão legal.
Princípio da Eficácia Administrativa - A
atividade administrativa gera custos e, como os
recursos públicos são escassos, é necessário que
a sua utilização produza os melhores resultados
econômicos possíveis à Administração Pública,
tanto quantitativa quanto qualitativamente. O
agente público tem o dever de gerenciar os
recursos públicos onerando o menos possível à
Administração. 
Princípio da isonomia - Em seu aspecto
material, isto significa tratar igualmente os
iguais e oferecer tratamento desigual aos
desiguais na medida de suas desigualdades.
Neste sentido, o princípio visa a igualar
juridicamente aqueles que são desiguais
faticamente, formando o que se convencionou
chamar de isonomia material. 
Está em conformidade com esse princípio o
tratamento diferenciado dispensado a
microempresas e empresas de pequeno porte
pela Lei Complementar 123/06, bem como a
possibilidade de criação de preferências para
aquisição de produtos manufaturados ou
serviços nacionais que obedeçam às normas
técnicas brasileiras, nos moldes da própria Lei
8.666/93, conforme disposto em seu art. 3º, §§
6º a 12. 
TIPOS DE LICITAÇÃO
A priori, cumpre salientar que a expressão Tipos
de licitação não pode ser confundida com a
expressão Modalidades de licitação por que esta
se relaciona com a estrutura procedimental da
licitação, enquanto os Tipos de licitação se
vinculam ao critério de julgamento da licitação.
Dessa forma, são modalidades de licitação a
tomada de preços, a concorrência, o convite,
entre outros. Por sua vez, os tipos são divididos
em licitação “menor preço”, “melhor técnica”,
“técnica e preço” e “maior lance”, consoante se
analisará doravante. 
Sendo assim, quatro critérios podem ser
estabelecidos, no edital, como forma de escolha
do vencedor do certame. São os chamados tipos
de licitação e estão definidos nos artigos 45 e
seguintes da Lei 8.666/93. ]
Menor preço - A Administração é orientada a
selecionar a proposta de melhor preço que não
pode ser confundido com o menor valor
monetário, pois, existem hipóteses em que pagar
o valor mais elevado propiciará à Administração
Pública vantagens maiores. 
***Este tipo é utilizado quando o produto
pretendido pela Administração não tiver
nenhuma característica especial, ou quando as
características especiais são definidas como
requisitos mínimos para contratação. 
Melhor técnica - Trata-se de licitação que tem
por critério de escolha a qualidade do produto a
ser adquirida ou do serviçoa ser prestado. 
***Só poderá ser utilizado para serviços de
natureza intelectual ou para serviços de
informática. 
Técnica e preço - Nas licitações deste tipo, a
escolha do vencedor será adequada, quando a
variação de qualidade da prestação refletir na
satisfação das necessidades do Estado. Sendo
assim, será feita uma análise de preço bem
como de qualidade do bem ou serviço a ser
prestado pelo vencedor. 
Maior lance - A licitação do tipo maior lance se
verifica para alienação pela Administração
Pública de bens e direitos, é apropriada para o
leilão, que é modalidade licitatória que utiliza
sempre como critério de escolha do vencedor o
maior lance, igual ou superior ao valor da
avaliação feita pelo ente público. 
*** Nos tipos melhor técnica e técnica e preço a
seleção da proposta vencedora é feita por uma
avaliação conjunta de atributos de qualidade e
de preço. O Edital deve prever a apresentação
de 2 (duas) propostas (uma técnica e outra
comercial). 
Definido o critério de escolha do vencedor a ser
utilizado no procedimento licitatório, que deve
estar estipulado no instrumento convocatório do
certame, a Administração Pública não pode se
valer de nenhum outro critério para selecionar a
proposta mais vantajosa. 
Noutro giro, quanto ao desempate na licitação a
lei estabelece critérios sucessivos de desempate,
na licitação, nas situações em que os critérios de
escolha previamente definidos no edital não são
suficientes para a seleção de uma única proposta
vencedora.
Assim, os critérios de desempates estão
definidos legalmente e são critérios sucessivos e
não alternativos, ou seja, a Administração deve
analisá-los na ordem em que foram estipulados
na lei, não podendo escolher quais pretende
utilizar. 
*** O art. 45, § 2º, da Lei 8.666/93 estipula que,
se nenhum dos critérios de desempate,
anteriormente mencionados, alcançar o
propósito, deve ser feito o desempate por meio
de sorteio.
A Lei Complementar 123/06, em seu art. 45, I,
estabelece que “a microempresa ou empresa de
pequeno porte mais bem classificada poderá
apresentar proposta de preço inferior àquela
considerada vencedora do certame, situação em
que será adjudicado em seu favor o objeto
licitado”. 
Ademais, em igualdade de condições, caso a
microempresa apresente uma proposta até 10%
superior à proposta vencedora, a lei considera
ter havido empate na licitação. O art. 44, § 1º,
da LC 123/06 dispõe: “Entende-se por empate
aquelas situações em que as propostas
apresentadas pelas microempresas e empresas
de pequeno porte sejam iguais ou até 10% (dez
por cento) superiores à proposta mais bem
classificada”. 
Por fim, o art. 44, § 2º, da LC 123/06, dispõe
“na modalidade de pregão, o intervalo
percentual estabelecido no § 1º deste artigo será
de até 5% (cinco por cento) superior ao melhor
preço”. 
Já em relação a quem deve licitar, o art. 1°, da
Lei n. 8.666/93, estabelece a obrigatoriedade de
licitação para as contratações de todas as
entidades que recebam dinheiro público. 
Os entes da Administração Direta – abrangendo
a União, os Estados, os Municípios e o Distrito
Federal. 
Os entes da Administração indireta –
Autarquias, Fundações, Empresas públicas e
Sociedades de Economia Mista prestadoras de
serviços públicos ou exploradoras de atividades
econômicas. 
Fundos especiais – O Fundo é objeto de direito
e não sujeito. Trata-se de um equívoco
legislativo, uma vez que tais fundos representam
normalmente mera destinação de verbas
públicas. Excepcionalmente, tais fundos podem
ser regulamentados por lei como órgãos
integrantes da Administração Direta ou
Fundações Públicas de direito público, o que já
os colocaria nas hipóteses anteriores.
Demais entidades controladas, direta ou
indiretamente, pelo Poder Público – Isso inclui
todas as entidades que recebem dinheiro público
para custeio ou para manutenção de pessoal,
como as entidades do terceiro setor, ressalvadas
as hipóteses de dispensa de licitação.
***O art. 24, XXIV, da Lei n. 8.666/93 traz a
hipótese de dispensa de licitação para a
celebração de contratos de prestação de serviços
com as Organizações Sociais, qualificadas no
âmbito das respectivas esferas de governo, para
atividades contempladas no contrato de gestão.
Atenção! 
***Quanto às Empresas Públicas e Sociedades
de Economia Mista exploradoras de atividade
econômica, o art. 173, § 1º, inciso III, da CF
dispõe que é possível a criação de uma lei
específica para reger a licitação dessas
empresas. 
Os Conselhos de Classe, por atuarem no
exercício do Poder de Polícia, ostentam
qualidade de autarquias, compondo, desta
forma, a Administração Indireta da União e, por
isso, devem licitar para contratar. Encontra-se
ressalvada deste entendimento a Ordem dos
Advogados do Brasil que, por entendimento do
Supremo Tribunal Federal, estampado na ADI n.
3.026, configura-se um caso à parte e não tem
natureza jurídica de autarquia. Dessa forma, a
OAB é uma entidade privada, não sujeita ao
controle da Administração Pública,
configurando-se um serviço independente. 
Já os Convênios, a princípio, não dependem de
prévia licitação, uma vez que os interesses dos
conveniados são convergentes, diferentemente
dos contratos, em que as vontades são
divergentes, haja vista o particular contratar
com o Poder Público na busca pelo lucro,
discrepando da finalidade pública inerente à
atuação administrativa. 
No que diz respeito ao intervalo mínimo, este
representa o prazo mínimo definido em lei que
deve ser respeitado entre a publicação do
instrumento convocatório e a data da
abertura dos envelopes de documentação e de
propostas. Se este prazo mínimo não for
observado pelo ente público, a licitação poderá
ser considerada fraudulenta. 
O prazo só começa a contar a partir da data da
última publicação ou da data em que for
disponibilizado o edital. 
***Observe-se que o prazo previsto na lei é
“mínimo”. Dessa forma, pode ser concedido um
prazo maior aos licitantes, a critério do
Administrador Público, que deve buscar,
sempre, fixar um prazo suficiente para
participação dos interessados. 
Qualquer alteração no edital que modifique as
obrigações da licitação ou a formulação das
propostas exige a reabertura do prazo de
intervalo mínimo, para que os licitantes de
adequem às novas regras (§ 4°, do art. 21, da
Lei n. 8.666/93). 
Quanto à comissão, esta é designada pela
autoridade máxima do órgão, por meio de um
ato jurídico formalizado por decreto, portaria
resolução ou ato da diretoria, para realizar
procedimento licitatório, ficando a autoridade
responsável pela elaboração do edital e
exposição de motivos da contratação. 
Em regra, a comissão licitante é composta por,
pelo menos, 3 (três) membros, sendo 2 (dois)
deles servidores públicos qualificados dos
quadros permanentes do órgão responsável pela
licitação, consoante disposto no art. 51 da Lei
8.666/93. 
Ademais, a comissão designada pode ser
especial ou permanente. Isso porque, em
algumas situações, é designada uma comissão
específica para cada certame licitatório, que
recebe a denominação de comissão especial,
apesar deste fato não ser muito eficiente,
principalmente, em casos de órgãos públicos
que licitam com certa frequência. 
Comissão especial - é aquela designada para
determinado certame licitatório. 
Comissão permanente – é a responsável por
todas as licitações daquele órgão no período de
sua investidura, período esse que não pode
ultrapassar um ano. Esta é mais frequente. 
***A lei define que, após um ano, évedada a
recondução de todos os membros da comissão
licitante, para o período subsequente. Ou seja,
depois de um ano, a comissão deve ser alterada,
ainda que com a modificação de um único
membro. 
A fiscalização dos seus atos pode ocorrer por
qualquer cidadão e também pela autoridade que
a nomeou ou pelos órgãos de controle interno e
externo. 
Os membros respondem solidariamente pelos
atos da comissão, ressalvado o caso daquele que
houver manifestado, fundamentadamente, sua
posição divergente, registrada em ata de
decisão.
MODALIDADES LICITATÓRIAS 
A Concorrência é a modalidade adequada a
contratações de grande vulto, sendo garantidora
da competição, sem limite de ingresso, com
amplo procedimento previsto em lei, abarcando
todas as fases, desde a análise de documentação,
até a escolha das propostas. 
Critérios: valor e natureza do objeto. 
A modalidade é obrigatória para contratações de
obras e serviços de engenharia acima de três
milhões e trezentos mil reais (R$ 3.300.000,00)
e para aquisição de bens e serviços, que não de
engenharia, acima de um milhão, quatrocentos e
trinta mil reais (R$ 1.430.000,00). 
Em razão da natureza do objeto, independente
do valor do negócio, a concorrência se faz
obrigatória na celebração de determinados
contratos, quais sejam: a) alienação ou aquisição
de imóveis pela Administração Pública; b)
contrato de concessão de serviço público; c)
concessão de direito real de uso; d) contratos de
obra celebrados por meio de empreitada
integral; e) licitações internacionais. 
A Tomada de preços é modalidade licitatória
possível para a realização de contratações de
obras e serviços de engenharia de até três
milhões e trezentos mil reais (R$ 3.300.000,00)
e para aquisição de bens e serviços, que não de
engenharia, de até um milhão, quatrocentos e
trinta mil reais (R$ 1.430.000,00). 
Participam da competição apenas os licitantes
que forem cadastrados no órgão ou aqueles que
se cadastrarem até 3 (três) dias antes da data
marcada para a abertura dos envelopes contendo
as propostas dos licitantes. 
Quanto ao cadastro de interessados, as
empresas interessadas em participar de
procedimentos licitatórios podem realizar prévio
cadastro no órgão público, com a finalidade de
evitarem uma inabilitação durante o certame. O
cadastro nada mais é senão um conjunto de
documentos arquivados no órgão público que
demonstram a idoneidade financeira da empresa
para celebrar contratos com a Administração
Pública, ensejando uma simplificação do
procedimento de licitação posterior. 
Este cadastro é obrigatório na tomada de preço e
no convite, caso o interessado não tenha sido
convidado pela Administração Pública. 
O registro cadastral é público e aberto aos
interessados, sendo a sua publicação obrigação
imposta à Administração Pública, bem como a
convocação para que os interessados façam a
renovação do seu cadastro e para que novos
interessados compareçam ao órgão público e
apresentem sua documentação. 
Será cancelado o registro daquele que
descumpra as condições de habilitação, devendo
ser respeitadas as garantias de contraditório e da
ampla defesa ao particular. 
Já o convite é a mais restrita das modalidades
previstas na Lei de Licitações, pois a
Administração pública pode escolher potenciais
interessados em participar da licitação.
O convite é utilizado para contratações de obras
e serviços de engenharia no valor de até
trezentos e trinta mil reais (R$ 330.000,00) e
para a aquisição de bens e serviços, que não de
engenharia até cento e setenta e seis mil reais
(R$ 176.000,00). 
Participam do certame apenas os convidados,
cadastrados ou não, sendo, no mínimo, de 3
(três). 
Caso não tenha sido convidado, o interessado
pode manifestar seu interesse em participar do
convite com antecedência de 24 horas da
apresentação das propostas e, ainda assim,
poderá participar da licitação desde que
comprove estar regularmente cadastrado no
órgão. 
Na modalidade convite não há elaboração de
edital. O instrumento convocatório é
simplificado e denomina-se carta-convite, a qual
é um instrumento convocatório mais
simplificado do que o edital. 
A administração deve enviar a carta-convite aos
convidados e afixar, no átrio da repartição, em
local visível ao público. 
A princípio, deve ser obedecida a regra geral
definida na lei para designação de comissões.
Ocorre que, se ficar comprovada a escassez de
pessoal, em pequenos órgãos, a Comissão
licitante pode ser dispensada e o procedimento
licitatório realizado por um único servidor
público, desde que efetivo. 
A modalidade licitatória concurso representa o
instrumento para selecionar trabalhos técnicos,
científicos ou artísticos com certas
características personalíssimas para incentivar o
desenvolvimento cultural. 
Nesta modalidade, há instituição de prêmios ou
remuneração aos vencedores. É também
utilizada para contratação de serviços técnicos
profissionais especializados como dispõe o art.
13 da Lei 8.666/93. 
Diferencia-se do concurso público, porque não
há qualquer preenchimento de cargos ou
contratação de empregado. 
O procedimento desta modalidade será definido
em regulamento próprio: qualificação dos
participantes, as diretrizes, a forma de
apresentação do trabalho, bem como os valores
dos prêmios a serem pagos aos vencedores. 
A chamada comissão especial de concurso é
composta por três membros: pessoas idôneas
que tenham conhecimento na área do trabalho
que será apresentado (art. 51, § 5°, da Lei
8.666/93). Não precisa ser servidor público. 
O Leilão, por sua vez, é a modalidade licitatória
destinada para alienação de bens pelo poder
público àquele que ofertar o maior preço, seja
ele igual ou superior ao valor da avaliação. O
leilão será sempre do tipo maior lance. 
Ademais, esta modalidade é realizada pelo
leiloeiro, que pode ser o leiloeiro oficial ou um
servidor designado pela Administração Pública
para cumprir a função de leiloeiro e, portanto,
não possui comissão de licitação. 
Não tem procedimento definido na Lei de
Licitações. Contudo, a realização do certame
deve obedecer a todos os princípios e regras
definidos na Lei 8.666/93, sendo a
procedimentalização regulada pelo Direito
Comercial. 
O leilão pode ser feito para alienar bens imóveis
que tenham sido adquiridos por decisão judicial
ou dação em pagamento (todos os outros
deverão ser alienados mediante concorrência,
obrigatoriamente). Também, é modalidade
licitatória para alienação de bens móveis
inservíveis, apreendidos e penhorados pelo
poder público (penhor, não penhora). 
Por fim, o leilão pode ser utilizado para venda
de bens móveis componentes do acervo da
Administração Pública, previamente
desafetados, desde que, analisados de forma
isolada ou global, não ultrapassem o montante
de R$ 1.430.000,00 (um milhão, quatrocentos e
trinta mil reais), quando então será necessária a
utilização de concorrência pública, em razão do
valor. 
Pregão é a modalidade licitatória utilizada para
a aquisição de bens – por esta razão parte da
doutrina o chama de “leilão reverso” – e
serviços comuns, cujos padrões mínimos de
qualidade serão previamente estipulados no
instrumento convocatório. A licitação, neste
modalidade, será sempre do tipo menor preço. 
Não há designação de comissão licitante, sendo
o pregoeiro o responsável pela realização do
pregão, que será um servidor efetivo designado
a esta função. 
Não pode ser utilizado para execução de obras
públicas, mas tem sido aceito, até mesmo, para
contratação de serviços de engenharia. 
Acomissão de apoio ao pregoeiro não é
comissão licitante e apenas auxilia o pregoeiro
na realização do certame. Assim, é o pregoeiro
que responde pela licitação, inclusive é
responsável pelos atos praticados pela comissão
de apoio. 
Já o pregão eletrônico é realizado pela Internet,
com a utilização deste mecanismo para
comunicação entre os licitantes e entre estes e a
Administração Pública na realização da sessão.
No pregão eletrônico, o uso das novas
tecnologias, como a Internet, permite a
participação de um maior número de pessoas,
ampliando a competição e auxiliando o Poder
Público na busca da melhor proposta. Ademais,
a ampliação da competição também visa à
garantia da isonomia, permitindo uma maior
participação popular nas contratações realizadas
pelo Estado. Além disso, não existe
comparecimento físico do interessado à
repartição que promove a licitação, nem há
encaminhamento de documentos, tudo se passa
virtualmente. 
A Licitação para registro de preços ocorre
quando o poder público licita com a finalidade
de registrar os preços, para o caso de eventual
contratação posterior. Acontece quando a
administração entende que um bem ou serviço é
adquirido com muita frequência e, por isso, tem
interesse em deixar um registro, no órgão, com
o eventual fornecedor deste bem ou serviço. 
A ata de registro de preço terá validade de 1
(um) ano, devendo ser realizado um novo
procedimento licitatório, após este período.
Essa licitação não obriga a Administração a
contratar com o vencedor, uma vez que sequer
sabe se haverá dotação orçamentária para
celebração do contrato. O vencedor não tem a
garantia de que se o Estado for contratar, irá
contratar com ele. O registro de preço não
vincula a Administração Pública ao vencedor de
nenhuma forma. 
O instituto está previsto no art. 15, da Lei
8.666/93, e foi regulamentado pelo Decreto
7.892/13, alterado pelo Decreto n. 8.250/14.

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