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1. Conceito Toda pessoa física que desempenhe alguma função pública, que atue em nome do estado Agente público é toda pessoa física que presta serviços ao Estado e às pessoas jurídicas da Administração Indireta. Estado é pessoa jurídica, que atua por intermédio de pessoas físicas. . Art. 2º da Lei de Improbidade Administrativa Reputa-se agente público todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função pública. (8.429/92) Art. 327 C.P - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública. (CP) A nomenclatura funcionário público está em desuso Art. 2º - Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa legalmente investida em cargo público. (8.112/90) – conceito mais restrito 2. Classificação Tradicional 1 - Políticos - integrantes dos mais altos escalões do poder público, aos quais incumbe a elaboração das diretrizes de atuação governamental São os membros dos poderes – parlamentares, chefes de estado, ministros... Dão o direcionamento da Administração 2 - Administrativos - exercem uma atividade pública de natureza profissional e remunerada, sujeitos à hierarquia funcional e ao regime jurídico estabelecido pelo ente federado ao qual pertencem Onde se localizam a maioria dos agentes públicos. A maior parte deles integram pessoas jurídicas de direito público- São a União, os estados, o Distrito Federal e os territórios, os municípios, as autarquias e as demais entidades de caráter público criadas por lei.. E as pessoas jurídicas de direito privado - s associações; as sociedades e as fundações. Iniciam sua personalidade jurídica com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização do Poder Executiv Os grupos 1 e 2 estão dentro da ADM. Publica Empregos, cargos e funções públicas PARTICULARES EM COLABORAÇÃO COM O PODER PUBLICO 3 - Honoríficos - cidadãos requisitados ou designados para, transitoriamente, colaborarem com o Estado mediante a prestação de serviços específicos, em razão de sua condição cívica, de sua honorabilidade ou de sua notória capacidade profissional. Pode ocorrer voluntariamente Não tem qualquer vínculo profissional com a administração pública. E usualmente atuam sem remuneração. Ex: mesário e jurado em dias de julgamento no Tribunal do Júri 4 - Delegados - particulares que recebem a incumbência de exercer determinada atividade, obra ou serviço público e o fazem em nome próprio, por sua conta e risco, sob a permanente fiscalização do poder delegante. Eles executam determinada atividade em nome próprio, segundo dua conta e risco, porem segundo as normas do estado e sua fiscalização Ex: são ‘’funcionários públicos ‘’ para fins penais – são concessionários e permissionários de serviços públicos, os leiloeiros, os tradutores públicos, entre outros. 5 - Credenciados - recebem a incumbência da Administração para representá-la em determinado ato ou praticar certa atividade específica, mediante remuneração do Poder Público credenciante. Seriam por exemplo alguma pessoa com atribuição de representar o Brasil em determinado evento internacional. Também são considerados ‘’funcionários públicos ‘’ para fins penais . Os três últimos são aqueles que não tem um vínculo profissional com a adm. Publica. – São terceiros que estão colaborando com a adm. publica. São agentes que não estão na estrutura da adm. publica Ex: médico que tem consultório particular, mas é credenciado perante o SUS 3. Agentes políticos Competência extraída da própria constituição Para Hely Lopes Meirelles (2003:75), “agentes políticos são os componentes do Governo nos seus primeiros escalões, investidos em cargos, funções, mandatos ou comissões, por nomeação, eleição, designação ou delegação para o exercício de atribuições constitucionais”. Não se sujeitam às regras comuns aplicáveis aos agentes administrativos, tem um regime diferenciado. Normalmente são investidos em seus cargos por meio de eleição, nomeação ou designação Vinculo temporário com a administração pública- por meio de mandatos Os membros do poder judiciário. MP e do tribunal de contas – possuem a vitaliciedade Não são hierarquizados (exceto os auxiliares imediatos – ministros e secretários), sujeitando-se somente às regras constitucionais e legais. Competências derivadas diretamente da própria constituição. Ex. Chefes do Executivo e seus auxiliares imediatos, os membros do Poder Legislativo, os membros do Poder Judiciário, os membros do Ministério Público (promotores, procuradores) e os membros dos Tribunais de Contas (conselheiros e ministros) Divergência doutrinaria - Celso Antônio Bandeira de Mello e Carvalho Filho: conceito mais restritivo: apenas o Presidente da República, Governadores, Prefeitos e respectivos auxiliares imediatos, além dos parlamentares 4. Agentes administrativos Vão desempenhar a atividade administrativa São todos aqueles que exercem uma atividade publica de natureza profissional e remunerada, sujeitos a hierarquia funcional e ao regime jurídico estabelecido pelo ente federado ao qual pertencem. 1 - Servidores públicos Agentes administrativos sujeitos a regime jurídico-administrativo, de caráter estatutário (natureza legal, e não contratual) Ocupa permanentemente cargo público, sob regime estatuário. Titulares de cargos públicos de provimento efetivo e de provimento em comissão Tem estabilidades – trabalham nas pessoas jurídicas de direito publico Vinculo permanente com a administração Sujeitos a regime jurídico de direito público. 2 - Empregados Públicos Ocupantes de empregos públicos, sujeitos a regime jurídico contratual trabalhista; têm “contrato de trabalho”, em sentido próprio, e são regidos basicamente pela CLT – são chamados de celetistas Contratados sob o regime da legislação trabalhista e ocupantes de emprego público; Vinculo permanente com a administração Sujeitos a regime jurídico de direito privado 3 - Temporários Contratado por tempo determinado para atender necessidade temporária de excepcional interesse público Não têm cargo nem emprego público; exercem uma função pública remunerada temporária e o seu vínculo funcional com a administração pública é contratual Contrato de direito público, de caráter jurídico-administrativo, e não trabalhista São contratados para exercer funções em caráter temporário, mediante regime jurídico especial a ser disciplinado em lei de cada unidade da federação Vinculados ao RGPS Ex durante a pandemia houve uma demanda maior nos hospitais públicos pelos funcionários da saúde. – cm o fim da pandemia essa demanda vai diminuir 5. Classificação de Maria Sylvia Zanella Di Pietro: Outra classificação – menos utilizada ( a classificação mais correta é a primeira ) Agentes políticos Servidores públicos Servidores estatutários Empregados públicos Servidores temporários Militares Maior rigor disciplinar (possibilidade de prisão administrativa) Proibição de Associação Sindical e de exercer o direito de greve. Os militares abrangem as pessoas físicas que prestam serviços às Forças Armadas – Marinha, Exército e Aeronáutica (art. 142, caput, e § 3º, da Constituição), às Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares dos Estados, Distrito Federal e dos Territórios (art. 42), bem como às Polícias referidas no artigo 144, com a redação dada pela Emenda Constitucional nº 104, de 4-12-19, abrangendo a polícia federal, a polícia rodoviária federal, a polícia ferroviária, a polícia ferroviária federal, as políciascivis, as polícias militares e corpos de bombeiros militares, as polícias penais federal, estaduais e distrital. Todos prestam serviços a essas instituições com vínculo estatutário sujeito a regime jurídico próprio, com remuneração paga pelos cofres públicos. Particulares em colaboração com o Poder Público Por delegação do poder público- como se dá com os empregados das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, os que exercem serviços notariais e de registro (art. 236 da Constituição), os leiloeiros, tradutores e intérpretes 2. 3. públicos; eles exercem função pública, em seu próprio nome, sem vínculo empregatício, porém sob fiscalização do Poder Público. A remuneração que recebem não é paga pelos cofres públicos mas pelos terceiros usuários do serviço; Por requisição, nomeação ou designação jurados, os convocados para prestação de serviço militar ou eleitoral, os comissários de menores, os integrantes de comissões, grupos de trabalho etc.; também não têm vínculo empregatício e, em geral, não recebem remuneração; Gestores de negócio- assumem determinada função pública em momento de emergência, como epidemia, incêndio,enchente etc 6. Classificação da doutrina moderna: Agentes políticos Servidores Estatais Estatutários = servidores públicos Empregados = empregados públicos Servidores temporários Particulares em colaboração com o Poder Público São Agentes públicos – quem exerce cargos públicos, empregos públicos e funções publicas. 7. Funções, empregos e cargos públicos Os agentes públicos ocupam cargos ou empregos públicos, exercendo as funções administrativas previstas na legislação. É oportuno distinguir as expressões cargo, emprego e função. Considera-se cargo público o local situado na organização interna da Administração direta e das entidades administrativas de direito público, provido por servidor público estatutário, com denominação, direitos, deveres e sistemas de remuneração previstos em lei. O emprego público, por sua vez, indica o vínculo contratual estabelecido entre os servidores celetistas e as entidades administrativas de direito privado, ressalvados os empregos públicos das pessoas públicas federais previstos na Lei 9.962/2000, conforme mencionado no item 23.3.2.2. A função pública, por sua vez, compreende o conjunto de atribuições conferidas por lei aos agentes públicos. O art. 37, V, da CRFB, por exemplo, refere-se às funções de confiança. As atribuições ou atividades dos agentes públicos são funções administrativas. Todos os ocupantes de cargos e empregos públicos exercem, necessariamente, funções administrativas. Todavia, admite-se, excepcionalmente, o exercício de função pública independentemente da investidura em cargos ou empregos, tal como ocorre, por exemplo, nos casos dos servidores temporários (art. 37, IX, da CRFB) e dos particulares em colaboração (ex.: jurados, mesários eleitorais). 8. Cargos públicos Agentes políticos + servidores públicos Na estrutura de pessoas jurídicas de direito publico É o conjunto de atribuições, deveres e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor, sob regime estatuário O regime estatutário é o regime próprio das pessoas de direito público. Daí a observação de Celso Antônio Bandeira de Mello (1975a:17): “cargo é a denominação dada à mais simples unidade de poderes e deveres estatais a serem expressos por um agente”. Com efeito, as várias competências previstas na Constituição para a União, Estados e Municípios são distribuídas entre seus respectivos órgãos, cada qual dispondo de determinado número de cargos criados por lei, que lhes confere denominação própria, define suas atribuições e fixa o padrão de vencimento ou remuneração Também entram nessa classificação os agentes politicos A menor unidade de competência integrante da organização administrativa As mais simples e indivisíveis unidades de competência a serem expressadas por um agente Previstas em número certo, com denominação própria Retribuídas por pessoas jurídicas de direito público Criados por lei Os titulares de cargos públicos submetem-se ao regime estatutário ou institucional (não- contratual) São próprios de pessoas jurídicas de direito público. Regime legal que pode ser modificado unilateralmente, sempre que se modifique a lei (não há direito adquirido à manutenção do regime jurídico estatutário). Há necessidade de criação pela lei – pessoas jurídicas de direito público ESPECIES DOS CARGOS PUBLICOS Cargos Eletivos/ Cargos Vitalícios : agentes políticos Perda de cargo só por processo judicial. Previsão constitucional para os membros do MP, TC e magistrados (CF, 128, § 5º, I, a; 73, § 3º; 95, I, da CF). Não podem as Constituições estaduais ou Leis Orgânicas municipais ou lei de qualquer outra esfera criar cargos vitalícios (STF, Informativo 409). Cargos em Comissão/ Cargos Efetivos CARGOS EFETIVOS - são os cargos que garantem aos seus ocupantes a estabilidade, após o preenchimento dos requisitos constitucionais previstos no art. 41, caput e § 4.º, da CRFB (estágio probatório de três anos e aprovação por meio de avaliação especial de desempenho). O ingresso no cargo efetivo exige necessariamente a realização de concurso público. CARGOS EM COMISSÃO - são ocupados transitoriamente por agentes públicos nomeados e exonerados (exoneração ad nutum) livremente pela autoridade competente. Por essa razão, o ingresso nos referidos cargos não depende da realização de concurso (art. 37, II, da CRFB), e a escolha dos ocupantes pode recair sobre servidores ou pessoas que não integram o quadro funcional, nos limites fixados em lei (art. 37, V, da CRFB) Revestem-se de permanência, mas a estabilidade é menor. Após adquirir a estabilidade a perda do cargo só pode ocorrer nas hipóteses previstas na CF (art. 41, § 1º e 169) 9. Empregos públicos Na estrutura das empresas públicas e sociedades de economia mista Rol de garantias diminuido Regime celetista- trata da admissão de empregados públicos que respondem às regras estabelecidas pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Conjunto de atribuições, deveres e responsabilidade previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a pessoa física contratada sob o regime celetista São núcleos de encargos de trabalho permanentes a serem preenchidos por agentes contratados para desempenhá-los, sob relação trabalhista. Regime jurídico trabalhista (contratual), com as derrogações diretamente decorrentes da Constituição. Obrigatória essa forma de contratação nas pessoas jurídicas de direito privado; As condições ou os termos do contrato não podem ser modificados unilateralmente. 10. Funções publicas Ex\; contratação temporária É o conjunto de atribuições e de tarefas que constituem o objeto do serviço público e da atuação do estado. Pode ser exercida por pessoa física que não tenha vinculo contratual. A competência para criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicos é do congresso nacional. A fixação da remuneração dos cargos, empregos e funções públicos dependera da lei. Conjunto de atribuições, criado por lei, correspondentes a encargos de direção, chefia, ou assessoramento, a serem exercidas por titular de cargo efetivo, da confiança da autoridade que as preenche. (Obs. Celso Antônio define “funções públicas” como sinônimo de “funções de confiança”) Para Maria Sylvia Di Pietro, além das funções de confiança, são funções públicas as exercidas pelos agentes públicos contratados por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público.
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