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Capítulo 19 Configurações e jumpers À medida em que os anos passam, jumpers e dip switches são cada vez menos usados. Há poucos anos atrás era preciso configurar diversos jumpers para instalar uma simples placa de expansão. Atualmente as placas de CPU ainda utilizam alguns jumpers, bem como discos rígidos e drives de CD- ROM. Muitas das opções de configurações de hardware existentes nas placas de CPU, que antes eram programadas através de jumpers, hoje são definidas no CMOS Setup. Não pense entretanto que um bom técnico pode passar sem conhecer jumpers. Os conceitos técnicos envolvidos na configuração de jumpers e dip switches são os mesmos utilizados em configurações do CMOS Setup. *** 75% *** Figura 19.1 Jumpers e dip switches Nem sempre as placas e drives vêm prontos para serem usados. Na maioria das vezes é preciso configurar seus jumpers. Isto ocorre particularmente com placas de CPU, discos rígidos e demais dispositivos IDE. Placas de expansão modernas não utilizam jumpers (com raríssimas exceções), bastará encaixá- las no slot, e estarão prontas para funcionar. Neste capítulo veremos como 19-2 Hardware Total programar os jumpers que definem os clocks e a voltagem de operação dos processadores, além de outros jumpers das placas de CPU. Veremos ainda como configurar jumpers de dispositivos IDE e de diversos tipos de placas de expansão. Formas de configurar um jumper Antes de colocar em funcionamento uma placa de CPU, é preciso instalar o processador e configurar seus jumpers. Esses jumpers definem várias opções de funcionamento. Por exemplo: Clock interno do processador Clock externo do processador Voltagem do processador Tipo do processador Note que na maioria dos casos, sobretudo com placas de CPU e processdores modernos, a maioria dessas configurações é automática, não sendo necessário programar jumpers, nem mesmo o CMOS Setup. Por exemplo, processadores AMD K6-2, K6-III e modelos mais antigos, necessitam que seja programada a sua voltagem de operação. Processadores Pentium II e superiores, bem como o Athlon e o Duron, não precisam de programação de voltagem. Eles indicam automaticamente para a placa de CPU a voltagem necessária. A programação do clock interno pode ser feita por jumpers em vários casos, mas a maioria dos processadores modernos não permite que seja definida esta configuração. Dizemos que são processadores “travados”. Isto evita que vendedores inescrupulosos instalem, por exemplo, um Pentium III/800 e o coloquem para funcionar a 1000 MHz. Processadores diferentes exigem voltagens de operação diferentes, configurações de jumpers diferentes, e clocks diferentes. Se um processador for instalado com uma configuração de jumpers errada, podemos até mesmo danificá-lo, na pior das hipóteses. Na melhor das hipóteses, o erro na configuração pode não danificá-lo mas deixá-lo em funcionamento errático, apresentando travamentos e outras anomalias. O manual da placa de CPU sempre trará as instruções para a correta configuração dos seus jumpers. Em certos casos, algumas das configurações não são feitas por jumpers, mas por itens do CMOS Setup. Seja qual for o caso, o manual da placa de CPU sempre trará as instruções apropriadas. Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-3 Podemos encontrar nas placas de CPU, jumpers que se encaixam em um par de pinos, e jumpers que se encaixam em dois pinos, escolhidos dentro de um grupo de 3 ou mais pinos. Quando existem apenas dois pinos, temos duas configurações possíveis: ON ou CLOSED: quando o jumper está instalado OFF ou OPEN: quando o jumper está removido É comum encontrar jumpers com apenas um dos seus contatos encaixados. Esta opção é eletricamente equivalente a OFF, pois quando apenas um dos pinos está encaixado, não existe o contato elétrico. É usado desta forma apenas para que o jumper não seja perdido. Figura 19.2 Formas de configurar um jumper. Quando temos grupos com 3 ou mais pinos, estes são numerados. As instruções existentes nos manuais dizem para encaixarmos um jumper entre 1-2, 2-3, etc, de acordo com a finalidade. É comum também encontrar a opção OPEN, ou seja, sem jumper. Configurando a voltagem do processador Todos os processadores modernos, com raríssimas exceções, operam com duas voltagens: Interna e externa, também chamadas de CORE e I/O. Voltagem interna: usada na maior parte dos circuitos, inclusive no núcleo do processador. Voltagem externa: usada nos circuitos que fazem comunicação com a memória, chipset e com circuitos externos em geral. Por questões de compatibilidade, os processadores operam quase sempre com a voltagem externa fixa em 3,3 volts. Internamente utilizam voltagens menores, trazendo como principal benefício, a menor geração de calor. Um dos primeiros processadores a utilizar este sistema foi o Pentium MMX, operando externamente com 3,3 volts e internamente com 2,8 volts. 19-4 Hardware Total Atualmente a maioria dos processadores novos opera com voltagem interna inferior a 2 volts. Existem processadores nos quais a configuração de voltagem é automática. Esses processadores informam à placa de CPU o valor da voltagem interna que necessitam. O usuário não precisa se preocupar com esta configuração, e normalmente nem existem nas suas placas de CPU, opções de configuração dessas voltagens. A tabela abaixo mostra quais são os processadores que têm configuração de voltagem manual e quais têm configuração automática. Processador Configuração de voltagem Pentium 4 Automática Pentium III Automática Pentium II Automática Celeron Automática Athlon Automática Duron Automática K6-III Manual K6-2 Manual K6 Manual Cyrix M III Manual Cyrix M II Manual Cyrix 6x86MX, 6x86 Manual WinChip Manual Pentium MMX Manual Pentium Manual Observe entretanto que o fato de usarmos um processador com configuração automática, não quer dizer necessariamente que não precisamos nos preocupar com jumpers. Existem placas de CPU que podem ser configuradas para ignorar a programação automática de voltagem definida pelo processador, e utilizar uma voltagem definida pelo usuário. Este procedimento é usado quando usuários mais ousados obrigam o processador a operar acima das suas especificações. Isto é uma espécie de “envenenamento”, conhecido como overclock. Como todo tipo de envenenamento, é arriscado e nem sempre funciona. Neste livro não ensinaremos a fazer overclock, pois consideramos uma prática não recomendável. Aqueles interessados no assunto podem encontrar informações detalhadas em www.tomshardware.com. Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-5 Figura 19.3 Exemplo de programação da voltagem interna para o processador Athlon em uma placa de CPU. Observe a opção CPU DEFAULT, que é a recomendada. A figura 3 mostra um exemplo de configuração de voltagem interna do processador Athlon, em uma placa de CPU Asus K7V. A opção recomendada é a CPU Default, que resulta na voltagem correta, informada pelo próprio processador. As outras opções são usadas pelos adeptos do overclock, e permitem utilizar voltagens entre 1.3 volts e 2.0 volts. Antes de instalar um processador devemos verificar se a placa de CPU possui configuração de voltagem interna para o processador, e caso tenha, esta configuração deve ser deixada na opção automática. Enquanto algumas placas de CPU oferecem a opção de descartar a configuração automática de voltagem para os processadores que possuem esta capacidade, todas as placas de CPU para processadores mais antigos que não fazem configuração automática de voltagem apresentam jumpers ou dip switches para esta configuração, queé obrigatória. No manual da placa de CPU existirão instruções para esta programação. A figura 4 mostra o exemplo de programação de voltagem interna do processador, em uma certa placa de CPU com Socket 7. As placas para Socket 7 produzidas a partir de 1998 normalmente permitem escolher voltagens entre 2.0 volts e 3.5 volts, o que garante a compatibilidade com maior número de processadores. Placas de CPU mais antigas podem oferecer apenas duas ou três opções de voltagem, compatíveis com os processadores da sua época, e as ainda mais antigas podem operar com voltagem fixa. 19-6 Hardware Total Figura 19.4 Programação de voltagem interna do processador em uma placa de CPU com Socket 7. Ao programar a voltagem interna de um processador que necessite deste tipo de programação, podemos sempre consultar as especificações indicadas na face superior deste processador. A figura 5 mostra como exemplo o processador AMD K6, no qual está indicado que a voltagem interna é 3.2 volts (CORE). Figura 19.5 Informações de configuração indicadas na face superior de um processador. A maioria dos processadores possui esta indicação. Nos raros casos em que não possui, é possível descobrir esta informação por outros métodos. Considere por exemplo um processador AMD K6-2/550 AGR. Através do seu manual podemos entender o significado das letras “AGR” usadas como sufixo. A figura 6 foi extraída do manual do K6-2, e nela vemos que a letra “G” indica que a voltagem do núcleo deve ser de 2,3 volts (a média da faixa 2,2V-2,4V). Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-7 Figura 19.6 Nos manuais dos fabricantes existem indicações de voltagem, baseadas no sufixo do processador. Em certos processadores antigos, descobrir a voltagem correta pode ser difícil pelo fato de não existirem indicações. Um exemplo é o Pentium P54C (modelos anteriores ao Pentium MMX). Este processador era produzido em duas versões: STD e VRE. A versão VRE era programada com 3,4 volts, e a versão STD com 3,3 volts. É possível descobrir a versão através da numeração do chip, como mostra a figura 7. Basta verificar a letra existente após a “/”. Se for “S”, trata-se de uma versão STD, e se for “V”, trata-se de uma versão VRE. Em caso de dúvida, para ambos os casos pode ser usada a tensão de 3,4 volts, já que atende aos requisitos da versão VRE, e também da versão STD, que funciona com voltagens entre 3,1 e 3.6 volts. *** 35% *** Figura 19.7 Identificando o Pentium P54C. Configurando o clock externo do processador Cada processador foi projetado para operar com um determinado clock externo. Em praticamente todas as placas de CPU, este clock não é configurado automaticamente. Cabe ao montador do PC fazer esta programação. Isto é válido tanto nas placas de CPU antigas para Pentium e 19-8 Hardware Total Pentium MMX, como nas placas para processadores mais modernos como Pentium III, Pentium 4 e Athlon. A figura 8 mostra a programação do clock externo em uma placa de CPU para Pentium 4. Através de dip switches podem ser escolhidos valores entre 100 e 133 MHz. O valor correto para este processador é 100 MHz, mas os adeptos do overclock podem utilizar valores mais elevados. Note que não existe configuração default ou automática para este clock. Sempre será preciso indicá-lo corretamente. Figura 19.8 Programação de clock externo em uma placa de CPU para Pentium 4. Quanto ao Pentium 4, você encontrará muitas informações sobre o seu “clock de 400 MHz”. Na verdade é utilizado um clock externo de 100 MHz, e são feitas 4 transferências a cada clock, o que dá um resultado similar ao de um clock de 400 MHz. Entretanto para efeito de programação de clock externo da placa de CPU, o valor que vigora é mesmo 100 MHz. Todas as placas de CPU possuem configurações de clock externo. A figura 9 mostra o exemplo de outra placa de CPU, a K7V, para processadores Athlon. Note que são oferecidas as opções de 100 MHz (o normal para este processador), e ainda os valores de 103, 105 e 110 MHz. Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-9 Figura 19.9 Programação de clock externo em uma placa de CPU para Athlon. Da mesma forma como os “400 MHz” do Pentium 4, você encontrará indicações sobre um clock de 200 ou 266 MHz do Athlon e do Duron. Na verdade os clocks utilizados são 100 e 133 MHz, respectivamente. Como são feitas duas transferências a cada clock, tudo se passa como se fossem mesmo clocks de 200 e 266 MHz, mas para efeito de programação dos clocks externos das suas placas de CPU, os valores que vigoram são 100 e 133 MHz, respectivamente. Note ainda que não estamos afirmando que o Duron usa 100 MHz e o Athlon usa 133 MHz. Ambos os processadores são produzidos com clocks de 100 MHz. As versões mais novas do Athlon operam com 133 MHz externos (266 MHz com DDR). Novas versões do Duron também utilizarão os 133 MHz externos. A figura 10 mostra um outro exemplo de programação de clock externo, o da placa P3V4X. Dependendo do processador instalado, clocks diferentes devem ser usados. Para os processadores Celeron o clock externo é de 66 MHz. Para processadores Pentium III são usados 100 MHz ou 133 MHz, dependendo da versão. Note que além desses valores, são oferecidas várias opções para overclock. Com 68, 75, 80 e 83 MHz é feito overclock no Celeron. Com 103, 105, 110, 112, 115, 120 e 124 MHz é feito overclock nos processadores Pentium III que operam externamente com 100 MHz. Com 140 e 150 MHz é feito overclock nas versões do Pentium III que exigem 133 MHz. 19-10 Hardware Total Figura 19.10 Configuração de clock externo em uma placa para Pentium II / Pentium III / Celeron. Note nas figuras 8, 9 e 10 que quando programamos o clock externo do processador, estamos também programando o clock da memória DRAM e o clock do barramento PCI. O clock PCI padrão é de 33 MHz, desde que o processador esteja operando com seu clock correto. Quando é usado overclock, o clock PCI aumenta proporcionalmente. Também o clock da DRAM é vinculado ao clock externo do processador, tanto é que nas figuras anteriores temos indicações de clock para “CPU/DRAM”. Existem entretanto placas de CPU com chipsets que permitem utilizar clocks diferentes para o processador e para a DRAM. O processador pode usar clock externo de 100 MHz e a DRAM operar com 133 MHz, por exemplo. A figura 11 mostra um exemplo de configuração de clock externo em uma placa de CPU com Socket 7, na qual vemos que é permitida a operação da memória de forma assíncrona, ou seja, usando um clock diferente do usado pelo processador. Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-11 Figura 19.11 Configurando o clock externo em uma placa de CPU com Socket 7. Note que nem todas as placas são tão flexíveis no que diz respeito à programação do clock externo. Placas de CPU mais antigas podem suportar no máximo 100 MHz. Placas ainda mais antigas podem chegar até 66 MHz apenas. Lembramos que os barramentos dos processadores só evoluíram de 66 para 100 MHz no início de 1998, um avanço relativamente recente. Configurando o clock interno do processador Esta é uma configuração que nem sempre está disponível, sobretudo quando são usados processadores modernos. O clock interno é formado pela composição entre o clock externo e um multiplicador. Por exemplo, com clock externo de 100 MHz e multiplicador 5x, chegamos ao clock interno de 500 MHz. Nos processadores antigos, o multiplicador era sempre definido através de jumpers ou dip switches. Em alguns casos o multiplicador era escolhido pelo CMOS Setup. O correto é escolher o multiplicador de acordo com o clock do processador. Por exemplo, em um K6-2/450, o correto é usar o clock externode 100 MHz e o multiplicador 4,5x. Se fosse usado o multiplicador 4x, este processador iria operar a 400 MHz. Se fosse usado 5x, ele iria operar a 500 MHz. O uso de um clock mais baixo sempre funciona, mas não é de interesse. Para que fazer o processador ficar mais lento? Raramente isso é necessário. Já a operação com clock mais elevado nem sempre funciona. Para falar a verdade, normalmente não funciona. É uma 19-12 Hardware Total questão de sorte. Quando funciona, o processador perde confiabilidade, esquenta demais e pode ter sua vida útil extremamente reduzida. Infelizmente muitos vendedores desonestos passaram a fazer overclock nos processadores dos PCs que vendiam. Pior ainda, muitos distribuidores passaram a falsificar os processadores através de remarcação. Um processador podia ter indicado o clock de 233 MHz, que era apagado e substituído por 266 ou 300. A Intel foi o primeiro fabricante a “travar” seus processadores. Eles passaram a utilizar um multiplicador fixo e correto, ignorando a programação feita pela placa de CPU. Um processador Pentium III/500, por exemplo, deve ser programado com 100 MHz externos. Seu multiplicador é fixo em 5x, e mesmo que a placa de CPU seja programada para usar outros valores, serão ignorados e substituídos por 5x. Dizemos que um processador é “travado” quando utiliza sua própria configuração de multiplicador, ignorando a configuração da placa de CPU. Dizemos que o processador é “destravado” quando aceita configurações de multiplicador pela placa de CPU, através de jumpers ou do CMOS Setup. Os processadores “destravados” são: AMD K6, K6-2, K6-III Cyrix M II, 6x86, 6x86MX WinChip Pentium, Pentium MMX Primeiras versões do Pentium II Os processadores “travados” são: Pentium II, Pentium III, Pentium 4 Celeron Athlon e Duron OBS: Existem algumas versões do Athlon e do Duron que são destravadas. Existem ainda métodos para destravar processadores, mas deixamos isso para os sites e publicações que incentivam o overclock. Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-13 Figura 19.12 Programação de multiplicadores. A figura 12 mostra um exemplo de programação de multiplicadores, extraído do manual de uma placa de CPU. Trata-se de uma placa para Socket 7, cujos processadores aceitam todos a programação manual do multiplicador. Podemos observar que existem configurações para: 1.5x / 2x / 2,5x / 3x / 4,5x / 5x / 5,5x Devemos sempre programar o multiplicador de acordo com o processador a ser instalado. Por exemplo, para um K6-2/550, usamos o multiplicador 5,5x, bem como o clock externo de 100 MHz. Figura 19.13 Programação de multiplicadores em uma placa de CPU para Athlon. Mesmo quando uma placa de CPU é específica para processadores “travados”, sempre estarão disponíveis as configurações para definir o multiplicador, mesmo que o processador as ignore. A figura 13 mostra as configurações em uma placa de CPU para processadores Athlon e Duron. Esses processadores operam com clocks externo de 100 MHz. Seus “200 MHz” são obtidos pelo uso das duas transições de cada período de clock 19-14 Hardware Total (Double Data Rate). Portanto a forma correta de programar um Athlon/900, por exemplo, é usar o clock externo de 100 MHz e o multiplicador 9x. Versões mais novas do Athlon e do Duron usam o “clock externo de 266 MHz”. Na verdade este clock deve ser programado na placa de CPU como 133 MHz. Os multiplicadores atuam sobre este valor para obter o clock interno. Outros jumpers de placas de CPU Além dos jumpers que definem a voltagem de operação e os clocks, existem outros menos importantes, mas que também precisam ser revisados. Jumper para descarga do CMOS Todas as placas de CPU possuem um jumper que é usado para habilitar o fornecimento de corrente da bateria para o chip CMOS. Muitas vezes, para não gastar a bateria enquanto a placa ainda está sendo vendida, os fabricantes deixam este jumper desabilitado. Antes de montar o seu PC, verifique qual é este jumper, e programe-o na opção Normal, para que o chip CMOS receba corrente da bateria. A figura 14 mostra um exemplo desta configuração. *** 35% *** Figura 19.14 Jumper para descarga do CMOS. Flash BIOS As placas de CPU modernas possuem seu BIOS armazenado em um tipo especial de ROM, chamado Flash ROM. Sua principal característica é que, ao contrário das ROMs comuns, podem ser reprogramadas pelo usuário, utilizando softwares apropriados, fornecidos pelo fabricante da placa de CPU. Este recurso é usado para permitir atualizações do BIOS, que muitos fabricantes de placas de CPU oferecem através da Internet. Existem Flash ROMs com voltagens de programação de 5 volts, e outras mais antigas, com voltagens de programação de 12 volts. Modelos mais novos nem necessitam de voltagens especiais: são programadas apenas com um comando de gravação, habilitado pelo chipset. Não altere este jumper, deixe-o como veio de fábrica. Ele não deve ser programado pelo usuário, e sim pelo fabricante. Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-15 É o fabricante quem escolhe qual tipo de Flash ROM será instalada (5 volts ou 12 volts), e programa este jumper de acordo. A figura 15 mostra um exemplo desta programação. *** 35% *** Figura 19.15 Programando a voltagem de programação da Flash ROM. Voltagem da SDRAM A maioria das memórias SDRAM opera com tensão de 3,3 volts, mas existem alguns modelos antigos de 5 volts. A maioria das placas de CPU aceita apenas SDRAMs de 3,3 volts, mas existem algumas que possuem jumpers através dos quais podemos selecionar entre as duas tensões possíveis. A figura 16 mostra um exemplo desta programação. Figura 19.16 Exemplo de programação da voltagem de operação da SDRAM. A figura 17 mostra um típico módulo SDRAM com encapsulamento DIMM/168. O chanfro indicado com uma seta serve para impedir que um módulo seja encaixado em um soquete com voltagem errada. Quando o chanfro está centralizado, trata-se de um módulo de 3,3 volts. Módulos de 5 volts possuem o chanfro deslocado para a esquerda. Pelo menos você não precisa ficar preocupado em danificar um módulo, ou ter problemas de mau funcionamento devido ao encaixe do módulo errado. Este sistema de chanfros garante que apenas o módulo apropriado pode ser encaixado. Figura 19.17 Módulo SDRAM DIMM/168 e seu chanfro indicador de voltagem. Tipo e voltagem da DDR SDRAM Também as memórias DDR SDRAM podem ser encontradas em versões diferentes. Quanto às voltagens, a maioria delas é de 2,5 volts, mas existe a 19-16 Hardware Total previsão do lançamento de novos módulos de 1.8 volts. Esses módulos utilizam soquetes diferentes, assim como ocorre com a SDRAM. Da mesma forma, encontramos dois tipos de módulos: Unbuffered DDR (os mais comuns) e Registered DDR. Placas de CPU que suportam DDR em geral possuem um jumper para a indicação do tipo de módulo DDR, como mostra a figura 18. Figura 19.18 Indicando o tipo de DDR SDRAM. A figura 19 mostra a diferença entre os dois tipos de módulos DDR. A versão registered possui além dos chips de memória, um grupo de chips (registradores) próximos ao conector. A figura mostra também a posição do chanfro em função da voltagem do módulo. Figura 19.19 Identificando o tipo de módulo DDR. Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-17 A maioria dos jumpers mostrados até aqui dizem respeito às placas de CPU de fabricação mais recente. Mais adiante neste capítulo voltaremos ao assunto, mostrando inclusive jumpers de placas de CPU mais antigas. Jumpers de dispositivos IDE Se você vai instalar umdisco rígido IDE, novinho em folha, como o único dispositivo da interface IDE primária, então não precisa se preocupar com a sua configuração de jumpers. A configuração de fábrica é adequada para este tipo de instalação (Master, sem Slave). Já o mesmo não pode ser dito quando você pretende instalar dois discos rígidos, ou então quando pretende instalar outros dispositivos IDE, como drives de CD-ROM, drives LS-120 ou ZIP Drive IDE. Nem sempre a configuração com a qual esses dispositivos saem da fábrica é adequada à instalação direta, sem que o usuário precise revisar os seus jumpers. Vamos então apresentar os jumpers dos dispositivos IDE, e como devem ser programados para cada modo de instalação. Um disco rígido IDE pode ter seus jumpers configurados de 3 formas: Master Esta é a configuração com a qual os discos rígidos saem da fábrica. O drive está preparado para operar como Master (ou seja, o primeiro dispositivo de uma interface), sem Slave (ou seja, sem estar acompanhado de um segundo dispositivo na mesma interface). A princípio, o disco IDE ligado como Master na interface IDE primária será acessado pelo sistema operacional como drive C. Slave O disco rígido é o Slave, ou seja, o segundo dispositivo IDE ligado a uma interface. A princípio, um dispositivo IDE ligado como Slave da interface IDE secundária, será acessado pelo sistema operacional como drive D. Drive is Master, Slave Present Nesta configuração, o disco rígido é o Master, ou seja, o primeiro dispositivo de uma interface IDE, porém, existe um segundo dispositivo IDE ligado na mesma interface. Como vemos, não basta indicar para um disco rígido que ele opera como Master, é preciso também avisar, através dos seus jumpers, que existe um Slave ligado na mesma interface. A princípio, quando existem dois dispositivos IDE ligados na interface IDE primária, o Master será acessado pelo sistema operacional como drive C, e o Slave como drive D. Note que quando fizemos referência às letras recebidas pelos drives, tomamos cuidado de dizer “a princípio”. A razão disso é que essas letras podem mudar, através de configurações de software. Por exemplo, um drive 19-18 Hardware Total de CD-ROM pode ter sua letra alterada para qualquer outra, ao gosto do usuário. As configurações de outros dispositivos IDE (drive de CD-ROM, LS-120, ZIP Drive IDE, etc) são parecidas, exceto pelo fato de não utilizarem a configuração Slave Present. Portanto, as configurações válidas para esses dispositivos são as seguintes: Master Usada quando o drive é o primeiro dispositivo ligado a uma interface IDE. No caso desses drives, não importa se existe ou não um segundo dispositivo ligado na mesma interface. A configuração do Master será a mesma, com ou sem Slave. Slave Usada quando o drive é o segundo dispositivo ligado em uma interface IDE. Vejamos alguns exemplos de conexões de discos rígidos e dispositivos IDE e suas respectivas configurações. Exemplo 1 Suponha que existe um disco rígido ligado na interface IDE primária, e um drive de CD-ROM ligado na interface IDE secundária. Os jumpers devem ser configurados da seguinte forma: Conexão Dispositivo Configuração Primary Master Disco rígido One drive Only Primary Slave - - Secondary Master Drive de CD-ROM Master Secondary Slave - - Exemplo 2 Suponha agora dois discos rígidos IDE ligados na interface IDE primária, e na secundária, um drive de CD-ROM IDE ligado como Master, e um ZIP Drive IDE ligado como Slave. Os jumpers devem ser configurados da seguinte forma: Conexão Dispositivo Configuração Primary Master Disco rígido Drive is Master, Slave Present Primary Slave Disco rígido Drive is Slave Secondary Master Drive de CD-ROM Master Secondary Slave ZIP Drive Slave Exemplo 3 Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-19 Nesta configuração, façamos a ligação de um disco rígido IDE e um drive de CD-ROM ligados na interface IDE primária, e um segundo disco rígido IDE ligado na interface secundária. Conexão Dispositivo Configuração Primary Master Disco rígido Drive is Master, Slave Present Primary Slave Drive de CD-ROM Slave Secondary Master Disco rígido One drive Only Secondary Slave - Certas configurações devem ser evitadas, apesar de funcionarem. Por exemplo, devemos evitar ligar um drive de CD-ROM ou outros dispositivos, na mesma interface onde está o disco rígido. Este tipo de ligação pode resultar na redução do desempenho do disco rígido. Se você vai ligar outros dispositivos IDE além de discos rígidos, é melhor deixar a interface IDE primária para discos rígidos, e a interface IDE secundária para os outros dispositivos. Também não é recomendado ligar um disco rígido IDE como Slave, em uma interface na qual o Master não é um disco rígido. Por exemplo, um drive de CD-ROM como Master e um disco rígido como Slave. Este tipo de configuração muitas vezes não funciona, e deve ser evitada. Agora que você já sabe como os discos rígidos e dispositivos IDE devem ser instalados, resta saber como configurar os seus jumpers. Todos os discos rígidos possuem jumpers através dos quais pode ser escolhida uma entre as três configurações possíveis (Master sem Slave, Slave e Master com Slave). No manual do disco rígido você sempre encontrará as instruções para configurar esses jumpers. 19-20 Hardware Total Figura 19.20 Jumpers de um disco rígido. A figura 21 mostra um exemplo de tabela de configurações de jumpers, da forma como é encontrada nos manuais dos discos rígidos. Considere esta figura apenas como exemplo, pois discos rígidos diferentes normalmente utilizam tabelas de configurações diferentes. Tome como base as instruções de instalação existentes no manual do seu próprio disco rígido. *** 75% *** Figura 19.21 Tabela de configurações de jumpers para um disco rígido. No exemplo da figura 21, vemos que a configuração (1) é a que chamamos de “Drive is Master” ou “One drive Only”. Na figura, esta configuração é chamada de Single (sozinho). Se o drive está sozinho, significa que é Master, e que não existe Slave instalado. Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-21 A configuração (2), indicada na figura como Dual Master, é o que chamamos aqui de “Drive is Master, Slave Present”. Se a configuração é Dual, significa que existem Master e Slave instalados, portanto, podemos dizer que existe um Slave presente. A configuração (3), indicada como Dual Slave, é o que chamamos de “Drive is Slave”. Obviamente, só configuramos drives como Slave quando existem dois dispositivos instalados na mesma interface. A tabela da figura 21 mostra ainda uma quarta opção, que é a Cable Select. Esta configuração raramente é usada, e necessita de um cabo flat IDE especial. Com esta opção, não é preciso alterar jumpers do disco rígido para fazer a sua instalação. Basta ligá-lo na extremidade do cabo, e será automaticamente reconhecido como Master, ou ligá-lo no conector do meio do cabo, para que seja automaticamente reconhecido como Slave. Apesar de praticamente não ser usada, é bom que você saiba da existência desta configuração. Os fabricantes de discos rígidos estão propondo a sua adoção como padrão. Desta forma, o disco rígido teria uma instalação Plug and Play, ou seja, sem a necessidade de configurar jumpers. Observe que nem sempre é preciso indicar para um disco rígido se existe um Slave presente. Alguns modelos utilizam a mesma configuração para o Master, não importando se está sozinho ou acompanhado de um Slave. A figura 22 mostra a configuração de jumpers de um disco rígido que tem esta característica. Observe que a configuração para Master está descrita como “Master Drive in dual drive system or Only Drive,in single drive system”. *** 35% *** Figura 19.22 Outro exemplo de tabela de configuração de jumpers de um disco rígido. 19-22 Hardware Total Na maioria dos discos rígidos, você encontrará instruções para configurar os jumpers nas 4 modalidades: Drive is Master, no Slave Drive is Slave Drive is Master, Slave Present Cable Selected Entretanto, é possível que você se depare com algum disco rígido com um manual dotado de instruções menos claras. Essas instruções abreviadas dizem respeito a dois jumpers que devem ser usados para configurar o disco: MS (Master/Slave): Indica se o disco irá operar como Master ou Slave SP (Slave Present): Indica ao Master se existe um Slave instalado Você encontrará modelos em que o jumper MS encaixado faz o drive operar como Master, e desencaixado faz o drive operar como Slave. Pode encontrar ainda drives que fazem o inverso, ou seja, o jumper MS encaixado deixa o drive operar como Slave, e desencaixado operar como Master. Da mesma forma, o jumper SP poderá indicar que existe Slave, mas em certos, modelos, este jumper pode precisar ser desencaixado para indicar que existe Slave. De um modo geral, o jumper MS poderá estar na posição Master (que poderá ser encaixada ou desencaixada) ou Slave. O jumper SP poderá também estar na posição Present ou Absent (ou seja, sem slave). As configurações desses jumpers serão então as seguintes: Configuração Jumper MS Jumper SP Master sem Slave Master Absent Master com Slave Master Present Slave Slave Absent Se o manual do seu disco rígido for mal explicado e simplesmente mostrar quais são os jumpers MS e SP, sem explicitar quais configurações devem ser usadas para cada caso, tome como referência a tabela acima. Não esqueça que a configuração de fábrica é Master sem Slave. Observe ainda que no Slave, não faz sentido usar o jumper Slave Present, pois só é levado em conta pelo Master. A tabela recomenda usar neste caso, a opção Absent, mas Present também deverá funcionar. Jumpers em drives de CD-ROM Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-23 A figura 23 mostra os jumpers de um drive de CD-ROM IDE. Observe que não existe o jumper Slave Present, apenas jumpers que o definem como Master ou Slave. Existe também a opção Cable Select, comum em vários dispositivos IDE, mas ainda pouco usada. Muitos drives de CD-ROM são configurados como Slave na fábrica, e portanto não funcionam ao serem instalados sozinhos, sem um Master. É preciso fazer uma revisão nos seus jumpers, programando-os corretamente. Figura 19.23 Jumpers de um drive de CD-ROM IDE. A figura 24 mostra as configurações de jumpers de um drive LS-120. Assim como ocorre em qualquer dispositivo IDE, temos as configurações Master, Slave e Cable Select. Figura 19.24 Jumpers de um drive LS-120. Na figura 25 vemos os jumpers para um ZIP Drive IDE. Observe que a configuração de fábrica é Slave. Por isso, nem sempre podemos instalar diretamente um dispositivo IDE sem revisar os seus jumpers. A configuração de fábrica não funcionaria se este drive fosse instalado como Master. Assim como ocorre com todos os dispositivos IDE, as configurações possíveis são Master, Slave e Cable Select. 19-24 Hardware Total Figura 19.25 Jumpers de um ZIP Drive IDE. Todos os dispositivos IDE, até os menos populares, possuem jumpers para selecionamento Master/Slave. A figura 26 mostra as configurações de uma unidade de fita IDE, modelo DI30 (30 GB), fabricada pela Onstream. Figura 19.26 Jumpers de uma unidade de fita Onstream DI30. Gravadores de CDs, drives de DVD, discos rígidos, drives de CD-ROM, unidades de discos removíveis, enfim, diversos tipos de dispositivos IDE, são todos configurados da mesma forma. Todos possuem jumpers Master/Slave, e cada interface IDE pode controlar um (Master) ou dois (Master e Slave) desses dispositivos. Outros jumpers de placas de CPU Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-25 Placas de expansão modernas normalmente não possuem jumpers, com raríssimas exceções. Uma dessas poucas exceções é a placa Sound Blaster PCI 128. Esta placa possui duas saídas sonoras, e cada uma permite ligar um par de caixas de som. A placa possui dois jumpers através do qual podemos escolher se essas saídas irão operar com baixa potência (Line OUT) ou alta potência (Speaker Out). Usando a opção de baixa potência, podemos ligar as saídas sonoras em um amplificador, ou então em caixas de som com amplificação própria. Usando a opção de alta potência, podemos ligar essas saídas diretamente em caixas de som passivas, ou seja, sem amplificação. Isto irá ligar os amplificadores de potência existentes na placa. Várias outras placas de expansão também podem apresentar alguns jumpers, mas sua configuração é normalmente muito fácil. Se em placas de expansão modernas é difícil encontrar jumpers, em placas de CPU é bastante comum encontrar vários outros tipos de jumpers além dos já descritos neste capítulo. Sobre toda esta miscelânea de jumpers diferentes que podem ser encontrados nas centenas ou milhares de modelos de placas de CPU, saiba o seguinte: 1) Normalmente a configuração de fábrica é a indicada 2) Antes de alterar um jumper, leia atentamente o manual Seria muito difícil detalhar todos os jumpers de todas as placas de CPU. Por maior que seja a sua experiência, você sempre encontrará novidades. Para ilustrar e facilitar o seu trabalho, vamos apresentar alguns exemplos de jumpers encontrados em algumas placas de CPU. Keyboard power on Muitos teclados possuem uma tecla Power, que pode ser usada para ligar ou desligar o computador. Quando esta tecla está presente, ela pode desligar o computador, mas não funcionará para ligá-lo. Se o computador estiver totalmente desligado, o teclado não poderá enviar à placa de CPU o código da tecla, e não poderá comandar a função Power on. Várias placas de CPU possuem entretanto um jumper que pode ser usado para manter o teclado ligado, mesmo com o computador desligado, fazendo com que a sua tecla Power possa ser usada para ligar o computador. 19-26 Hardware Total *** 35% *** Figura 19.27 Exemplo de jumper para habilitar a tecla Power do teclado. BIOS write protect Todas as placas de CPU modernas podem ter seu BIOS reprogramado, o que é muito útil para atualizações. Existem entretanto vírus de computador que acessam as funções de gravação do BIOS e apagam todo o seu conteúdo. Milhares de computadores já foram atacados por este tipo de vírus. Felizmente vários fabricantes de placas de CPU adicionaram jumpers para habilitar e desabilitar a gravação do BIOS. Quando retiramos o jumper, o comando de gravação não chega à Flash ROM, ficando assim protegida. Devemos instalar este jumper apenas quando fizermos a atualização do BIOS. *** 35% *** Figura 19.28 Habilitando e desabilitando a gravação do BIOS. Internal buzzer Todas as placas de CPU possuem uma conexão (PC Speaker) para o alto falante existente no gabinete. Muitas placas entretanto possuem um pequeno alto falante (buzzer) que substitui o existente no gabinete. Essas placas podem ter um jumper para habilitar ou desabilitar este alto falante. *** 35% *** Figura 19.29 Habilitando o alto falante da placa de CPU. Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-27 AC ’97 Enable/Disable Muitas placas de CPU possuem circuitos de áudio integrados, dispensando o uso de uma placa de som. Normalmente essas placas permitem desabilitar os seus circuitos de áudio, permitindo a instalação de uma placa de som avulsa. *** 35% *** Figura 19.30 Habilitando e desabilitando os circuitos de áudio onboard. CPU Voltage Setting Algumas placas de CPU possuem jumpers ou chaves adicionais para aumentar a voltagem parao núcleo do processador, e para aumentar a voltagem de funcionamento do chipset, memórias e barramentos. O aumento de voltagem é usado quando é feito overclock. Deixe esses jumpers ou chaves nas suas opções default. Os leitores que querem arriscar o uso do overclock, ensinado em www.tomshardware.com, verão que uma das providências a serem tomadas é o aumento das voltagens. Isto significa, por exemplo, usar 3,4 volts onde deveria ser 3,3 volts. Algumas placas de CPU permitem adicionar 0,1 ou 0,2 volts às tensões normais, como no exemplo da figura 31. Outras placas possuem opções de 3,3 volts, 3,4 volts e 3,5 volts para a voltagem externa, enquanto a interna deve ser aumentada manualmente. Figura 19.31 CPU Voltage Setting, usado para overclock. Vídeo onboard 19-28 Hardware Total Existem placas nas quais o vídeo onboard nunca pode ser desabilitado. Existem outras nas quais ele é desabilitado automaticamente quando uma placa de vídeo é instalada. Existem outras onde, ao ser instalada uma placa de vídeo, podemos selecionar através do CMOS Setup, qual dos dois “vídeos” é o primário e qual é o secundário. Finalmente, encontramos placas onde o vídeo onboard pode ser totalmente desatilitado, através de um jumper (figura 32) ou do CMOS Setup. Figura 19.32 Habilitando e desabilitando o vídeo onboard. VGA frame buffer A maioria das placas de CPU com vídeo onboard utiliza parte da memória principal como memória de vídeo. É a chamada memória de vídeo compartilhada. Uma parte da memória DRAM que seria destinada ao processador é utilizada como memória de vídeo. Algumas dessas placas de CPU podem opcionalmente utilizar chips de memória independentes para formar a memória de vídeo. Essas placas possuem um jumper para indicar se a memória de vídeo é independente ou compartilhada. Figura 19.33 Indicando a memória de vídeo compartilhada. Freqüência do barramento AGP Sem utilizar overclock, o barramento AGP deve operar com 66 MHz. Os modos AGP 2x, AGP 4x e AGP 8x utilizam, respectivamente, 2 4 e 8 Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-29 transferências a cada clock, mas a freqüência é sempre 66 MHz. Muitas placas de CPU ajustam automaticamente a freqüência do barramento AGP para 66 MHz, outras precisam que isto seja ajustado manualmente. Existem placas nas quais este ajuste é feito através de uma fração do clock do barramento externo do processador. Para barramentos de 66 MHz, a relação é de 1:1. Para barramentos de 100 MHz, a relação é de 2:3, e para barramentos de 133 MHz, a relação é de 1:2. Figura 19.34 Indicando a freqüência do barramento AGP. Modo de segurança Algumas placas de CPU possuem um jumper chamado safe mode (modo de segurança). Quando o processador é destravado, ou seja, aceita programação do clock interno, uma programação indevida dos multiplicadores através do CMOS Septup pode impedir o computador de funcionar, e desta forma nem mesmo o CMOS Setup pode ser utilizado. Ao ativarmos o modo de segurança, o processador irá operar com um clock baixo, e desta forma podemos ter acesso ao CMOS Setup para corrigir a programação errada. Feita a correção, desativamos o modo de segurança para que o computador volte a funcionar com a velocidade correta. 19-30 Hardware Total Figura 19.35 Modo de segurança. Não esqueça do CMOS Setup Muitos dos tópicos apresentados neste capítulo dizem respeito a jumpers e chaves de configuração, mas lembre-se que a maioria das configurações de hardware também podem ser definidas pelo CMOS Setup. Ao montar um computador, utilize sempre a configuração default para o CMOS Setup. Sempre existirá um comando para o carregamento dessas opções default. Posteriormente os itens do CMOS Setup podem ser revisados para obter mais eficiência, segurança e desempenho. Iremos a seguir apresentar mais exemplos de jumpers, abordando principalmente as placas mais antigas, o que é importante para quem trabalha com manutenção. Jumpers para técnicos de manutenção Até agora mostramos neste capítulo, configurações de jumpers de placas de CPU de fabricação recente. Um técnico de manutenção precisa entretanto estar apto a lidar com equipamentos antigos. Uma placa de CPU Pentium II, de 1998, é um exemplo. Uma placa de Pentium de 1996, ou uma placa de 486 de 1994 são outros exemplos. Vamos então apresentar novamente o assunto, porém com enfoque concentrado nos modelos mais antigos. Configurações do Pentium II As versões antigas do Pentium II tinham algumas características que o diferenciam de modelos mais novos. Além de operar com clock externo de 66 MHz, não tinha seus multiplicadores travados, portanto era necessário configurar na placa de CPU, os jumpers que definiam o multiplicador, e em Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-31 conseqüêcia, o clock interno. Esta característica era encontrada nos modelos até 333 MHz. Clocks do Pentium II Estamos portanto falando dos processadores Pentium II com clock interno de 233, 266, 300, e 333 MHz. O clock externo usado nesses casos é de 66 MHz. Posteriormente foram lançadas versões do Pentium II que operam com este clock externo, e também operam com clocks internos de 350, 400 e 450 MHz, entretanto essas versões usavam os multiplicadores “travados”. As placas de CPU Pentium II equipadas com os chipsets i440FX e i440LX suportam o clock externo de 66 MHz, apesar de normalmente poderem ser configuradas para outros valores diferentes, como 75 MHz (overclock). Já as placas de CPU equipadas com o chipset i440BX suportam as novas versões do Pentium II, com clock externo de 100 MHz. É preciso saber o tipo de placa e o tipo de processador que você vai utilizar. Não adianta instalar um Pentium II que pode operar com 100 MHz externos em uma placa de CPU que não suporta este clock. Também é possível que a sua placa tenha sido lançada na época em que o Pentium II mais veloz era, digamos, o de 300 MHz, e você agora quer instalar um processador Pentium II com um clock mais elevado, a princípio não suportado pela placa. Clocks mais elevados podem ser usados, bastando programar corretamente o multiplicador de clock através dos jumpers BF0, BF1, BF2 e BF3. Mais adiante neste capítulo veremos como descobrir as configurações de clocks mais elevados que não são especificadas no manual da placa de CPU. Por exemplo, a placa cujas informações são apresentadas na figura 36 permitem chegar até o máximo de 300 MHz, mas com a técnica que veremos, poderemos saber como configurar a placa para processadores mais velozes, à medida em que forem lançados, mesmo que o manual da placa de CPU não faça referência a essas configurações, e mesmo que não se trate de um modelo que opere com multiplicadores travados. 19-32 Hardware Total *** 35% *** Figura 19.36 Tabela de configuração de jumpers para os clocks interno e externo em uma placa de CPU Pentium II. A figura 36 mostra o trecho do manual de uma placa de CPU Pentium II, preparada para operar com clocks internos de até 300 MHz. Seu clock externo padrão é 66 MHz, podendo utilizar (o que nem sempre funciona) o clock de 75 MHz, e opcionalmente, os valores mais baixos de 60 e 50 MHz (totalmente desnecessários). Algumas placas de CPU são preparadas para chegar o clock externo máximo de 83 MHz. A chance de uma placa operar com este clock externo é pequena, a menos que utilize o chipset i440BX, projetado para operar a até 100 MHz, ou então um chipset mais moderno. Voltagens do Pentium II Você não precisa programar a voltagem de operação do Pentium II. Ao contrário dos processadores que usam o Socket 7, o Pentium II possui 5 dos seus pinos dedicados a informar à placade CPU, qual é a sua voltagem de operação. Os circuitos reguladores de voltagem da placa de CPU irão gerar a tensão apropriada e enviá-la para o Pentium II, de acordo com esses pinos de identificação. Ainda assim, podemos encontrar algumas placas para Pentium II que possuem jumpers para sua configuração de voltagem. Se esta tensão for programada no modo manual, temos que saber qual é a voltagem interna utilizada pelo Pentium II. A tabela abaixo indica essas tensões: Clock Voltagem 233 MHz 2,8 volts 333, 350, 400, 450 MHz 2,0 volts 266 e 300 MHz Existem modelos de 2,8 e 2,0 volts Apenas os modelos de 266 e 300 MHz nos levam à dúvida. Para ambos os clocks, existem versões de 2,8 (CPUID=63) e 2,0 volts (CPUID=65). O Pentium II e os processadores modernos não possuem indicação externa do seu clock, já que a configuração é automática. Neste caso, é melhor usar a configuração automática da placa de CPU e verificar no CMOS Setup, a voltagem que foi configurada automaticamente. Mesmo primeiras placas Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-33 para Pentium II possuem um monitor de voltagens que pode ser consultado no CMOS Setup. Sabendo a voltagem correta, poderemos usar a configuração manual, se for necessário. Configurações para o Socket 7 Vejamos agora as configurações de jumpers para clock interno, clock externo e voltagens dos processadores que usam o Socket 7, como o Pentium comum, Pentium MMX, AMD K5, AMD K6, Cyrix 6x86, Cyrix 6x86MX e IDT C6. Clocks e voltagens do Pentium (P54C) Este processador pode ser dividido em duas categorias: VRE: Utiliza tensões de 3,4 a 3,6 V. Normalmente é programado para 3,5 V. STD (Standard): Utiliza tensões de 3,1 a 3,6 V. Normalmente usamos 3,3 V. *** 35% *** Figura 19.37 Distinguindo entre o P54C VRE e o P54C STD. A primeira letra após a / identifica o tipo de processador: S=STD=3,3 volts V=VRE=3,5 volts A figura 37 mostra como distinguir a diferença entre o Pentium P54C VRE e o P54C STD. Basta checar a sua parte inferior. Na quarta linha temos uma indicação como xxxxx/Sxx. A letra depois do “/” faz a distinção entre as ver- sões. Se a letra for “S”, trata-se de uma versão STD, se a letra for “V”, trata-se de uma versão VRE. 19-34 Hardware Total *** 35% *** Figura 19.38 Exemplo de tabela de configurações para o Pentium P54C VRE. A figura 38 mostra as instruções para programação de clock e voltagem para um Pentium P54C VRE, em uma certa placa de CPU. Não siga essas ins- truções ao pé da letra, pois na sua placa, os jumpers provavelmente serão diferentes. Um grupo de chaves (SW1) programa a voltagem do processador, e outro (SW2) programa o clock interno e o clock externo. Como vemos, a chave SW1 está programada para 3,5 volts. A programação do clock em SW2 não depende do processador utilizado, e sim, dos valores dos clocks. Caso seja utilizado um Pentium P54C STD, a programação de jumpers para o clock é exatamente a mesma. A única diferença é na voltagem do processador, que deve ser programada para 3,3 volts. Clocks e voltagens do Pentium MMX (P55C) Também no caso do Pentium MMX, são idênticas as programações relativas ao clock, como mostra a figura 39. A diferença está na voltagem de operação, que é de 2,8 volts. Como sabemos, o Pentium MMX utiliza duas tensões: 3,3 volts externos, e 2,8 volts internos. Os 3,3 volts são usados para gerar os sinais digitais que ligam o Pentium MMX com os circuitos externos, como memórias, chipset e interfaces. Os 2,8 volts são usados apenas internamente. Desta forma, o seu aquecimento é menor. Esta é a razão pela qual não podemos instalar um Pentium MMX em uma placa de CPU mais antiga. Provavelmente as tensões permitidas são de 3,5 ou 3,3 volts, não sendo oferecida a opção de 2,8 volts que o Pentium MMX exige. Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-35 Figura 19.39 Programação de voltagem e clocks para o Pentium MMX. A programação de clock para um Pentium, seja ele P54C ou P55C, é baseada na escolha de um clock externo e um multiplicador. Este multipli- cador é aplicado sobre o clock externo, para a obtenção do clock interno. Por exemplo, para programar o Pentium-200, usamos o clock externo de 66 MHz (na verdade são 66,6 MHz) e o multiplicador 3x, o que resulta em aproximadamente, 200 MHz. OBS: Alguns usuários instalam indevidamente o Pentium MMX em placas de CPU que não o suportam. Passam então a operar com 3,3 ou 3,5 volts internos, valores que são bem altos em comparação com os 2,8 volts que o Pentium MMX exige. Em alguns casos o PC nem chega a executar o boot. Outras vezes o PC para durante o carregamento do Windows, outras vezes para aleatoriamente durante a sua operação. Clocks e voltagens dos processadores Cyrix Os processadores Cyrix 6x86 utilizam voltagens de 2,8 volts, 2,9 volts ou 3,5 volts, dependendo do modelo. Os primeiros modelos utilizavam 3,5 volts. A figura 40 mostra a tabela de programação para o Cyrix 6x86L, nas versões PR150+, PR166+ e PR200+. Esses chips utilizam uma voltagem de 2,8 volts. O curioso nos processadores Cyrix é o seu sistema de clock. Por exemplo, o 6x86 PR200+ não utiliza um clock de 200 MHz, como ocorre no Pentium, K5 e K6. Ao invés disso, utiliza um clock externo de 75 MHz (nem todas as placas de CPU o suportam), e o multiplicador 2x, o que resulta no clock interno de 150 MHz. Entretanto, operando com apenas 150 MHz, o 6x86 possui um desempenho ligeiramente superior ao de um Pentium-200. Por isto é chamado de 6x86 PR200+. A sigla “PR” significa Pentium Rating, e é usada 19-36 Hardware Total para comparar processadores com o Pentium, mesmo que utilizem clocks diferentes. Esta comparação é feita na base do desempenho, e não do clock. Figura 19.40 Programação do Cyrix 6x86L. Antes de instalar um 6x86, é preciso saber se trata-se de uma versão comum (que usa 3,5 volts) ou uma versão “L” (que usa 2,8 volts). Para conferir, basta checar as inscrições existentes na sua face superior, como mostra a figura 7. Figura 19.41 Inscrições em um 6x86L. O 6x86 foi substituído pelo 6x86MX, dotado de tecnologia MMX. Esta versão opera com 2,9 volts, como mostra a figura 42. O Cyrix 6x86MX PR150 usa um clock externo de 60 MHz, e um multiplicador 2, resultando no clock interno de 120 MHz, o que equivale a um Pentium-150 em termos de desempenho. O Cyrix 6x86MX PR166 pode ser programado de duas formas: clock externo de 66 MHz e multiplicador 2 (resultando no clock Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-37 interno de 133 MHz), ou clock externo de 60 MHz e multiplicador 2,5 (resultando no clock interno de 150 MHz). *** 35% *** Figura 19.42 Programação de voltagem e clocks para um Cyrix 6x86MX. O Cyrix 6x86MX PR200 é encontrado em duas versões: clock externo de 66 MHz e multiplicador 2,5 (resultando no clock interno de 166 MHz) ou clock externo de 75 MHz e multiplicador 2 (resultando no clock interno de 150 MHz). Ambos apresentam desempenho ligeiramente superior ao de um Pentium-200 MMX. Note que essas são duas versões diferentes de processadores Cyrix que possuem desempenho comparável ao de um Pentium-200 MMX. Se você utilizar uma versão “75 x 2”, precisará de uma placa de CPU que suporte o clock externo de 75 MHz. A figura 42 não traz as configurações, mas podemos ainda encontrar o Cyrix 6x86MX nas versões PR233 e PR266. O Cyrix 6x86MX PR233 foi produzido em duas versões: 75 MHz x 2,5 (clock interno de 188 MHz) e 66 MHz x 3 (clock interno de 200 MHz). Você pode conferir o tipo de clock, indicada na face superior do chip, por exemplo: 6x86MX-PR233 75 MHz Bus 2.5x O Cyrix 6x86 MX PR266 também é produzido em duas versões, uma com clock externo de 75 MHz e multiplicador 3 (clock interno de 225 MHz) e outra comclock externo de 66 MHz e multiplicador 3,5 (clock interno de 233 MHz). Ambos possuem desempenho equivalente a um “Pentium-266 19-38 Hardware Total MMX”. A tabela abaixo tem as configurações de clock para seus pro- cessadores 6x86MX, até PR266. Modelo Clock interno Clock externo Multiplicador 6x86MX-PR166 133 MHz 66 MHz 2x 6x86MX-PR166 150 MHz 60 MHz 2,5x 6x86MX-PR200 166 MHz 66 MHz 2,5x 6x86MX-PR233 188 MHz 75 MHz 2,5x 6x86MX-PR233 200 MHz 66 MHz 3x 6x86MX-PR266 225 MHz 75 MHz 3x 6x86MX-PR266 233 MHz 66 MHz 3,5x Os processadores Cyrix 6x86MX operam com a tensão externa de 3,3 volts, e interna de 2,9 volts, mas você poderá encontrar versões com voltagem interna diferente. Acostume-se a sempre consultar a tensão interna (CORE) que está indicada no próprio chip. A tensão externa é sempre de 3,3 volts e a interna é a que poderá variar. A tabela que se segue mostra as configurações de clocks para os processadores Cyrix M-II. Existem versões capazes de operar com clocks externos de 66, 75 e 100 MHz (as de 100 MHz não chegaram a ser fabricadas, apesar de estarem previstas nos planos da Cyrix na época). Assim como ocorre com os demais processadores Cyrix, a indicação de performance (PR) não coincide com o clock interno. Por exemplo, o modelo M-II / 333 opera com clock interno de 250 MHz. Os processadores Cyrix M- II também utilizam um duplo sistema de voltagem, assim como ocorre com quase todos os processadores modernos. Externamente opera com 3,3 volts, e internamente utiliza 2,9 volts. Entretanto, convém conferir a voltagem indicada na sua parte frontal, pois novas versões com diferentes voltagens de operação podem ser encontradas. Modelo Clock interno Clock externo Multiplicador M II / 300 225 MHz 75 MHz 3x M II / 300 233 MHz 66 MHz 3,5x M II / 333 250 MHz 83 MHz 3x M II / 333 250 MHz 100 MHz 2,5x M II / 350 300 MHz 100 MHz 3,5x Defeito: O erro mais comum na configuração de processadores Cyrix é a confusão que muitos fazem entre o clock e o índice PR. Como vimos, PR233, por exemplo, não significa que o clock é 233 MHz. É preciso configurar o clock correto para cada modelo de processador, usando as tabelas apresentadas. Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-39 Configurações dos processadroes AMD K6, K6-2 e K6-III Os processadores AMD K6 são disponíveis com os clocks de 166, 200, 233, 266, 300 e 333 MHz. Diferentes voltagens de operação podem ser encontradas. De um modo geral, a voltagem pode ser checada na face superior do chip, como mostra a figura 43. Vemos que se trata de um K6 de 233 MHz, de versão ANR, que opera internamente com 3,2 volts (CORE) e externamente com 3,3 volts (I/O). *** 35% *** Figura 19.43 Este AMD K6 opera internamente com 3,2 volts. De posse dos valores de clock e voltagem do processador, podemos configu- rar os jumpers. A figura 13 mostra as configurações para o K6 de 233 MHz, com voltagem de 3,2 volts. *** 35% *** Figura 19.44 Configurando um AMD K6 de 3,2 volts. Não utilize informações como “processador X utiliza Y volts...”. Os processadores sofrem alterações no seu projeto durante o seu ciclo de des- envolvimento. Quando a placa de CPU deste exemplo foi lançada, as únicas 19-40 Hardware Total voltagens usadas pelo K6 eram 2,9 volts (ALR) e 3,2 volts (ANR). Logo depois, a AMD lançou a versão APR, de 3,3 volts. A regra geral é sempre consultar a inscrição de voltagem estampada no próprio chip. Pouco tempo depois os processadores K6 de 266 e 300 MHz passaram a usar a tensão de 2,2 volts. Por isso, muitos fabricantes de placas de CPU prepararam seus circuitos reguladores de voltagem para fornecerem valores programáveis, de 2,0 volts a 3,5 volts. A tabela que se segue resume os valores de clock interno e externo, bem como os multiplicadores para todas as versões do K6. Processador Clock externo Clock interno Multiplicador AMD K6 PR 166 66 MHz 166 MHz 2,5x AMD K6 PR 200 66 MHz 200 MHz 3x AMD K6 PR 233 66 MHz 233 MHz 3,5 x AMD K6 PR 266 66 MHz 266 MHz 4x AMD K6 PR 300 66 MHz 300 MHz 4,5x AMD K6 PR 333 66 MHz 333 MHz 5x O AMD-K6-2, na versão de clock externo de 66 MHz, utiliza as mesmas tabelas de clock já apresentadas para o AMD-K6. A versão de clock externo de 100 MHz utiliza as mesmas tabelas usadas para o Pentium II com clock externo de 100 MHz. Por exemplo, para clock interno de 350 MHz, usamos o clock externo de 100 MHz e o multiplicador 3,5x. Já a voltagem interna do K6-2 deve ser sempre configurada de acordo com as informações indicadas na sua face superior. O K6-III foi produzido apenas nas versões de 400 e 450 MHz (100 MHz externos, multiplicadores 4x e 4,5x). As voltatens variam entre 2,2 e 2,4 volts. Consulte a indicação de voltagem inscrita na parte superior do chip. Configuração genérica de voltagem Como vimos até agora, uma das principais diferenças entre os diversos processadores é a sua voltagem de operação. A figura 45 mostra as diversas voltagens de operação para os processadores citados aqui. Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-41 Figura 19.45 Configurações de voltagem para diversos processadores. Você poderá precisar instalar processadores que exigem uma voltagem interna que não está indicada no seu manual. Uma forma de viabilizar a instalação é consultar informações atualizadas no site do fabricante da placa de CPU. Entretanto, mesmo que você não consiga confirmar se um novo processador funciona na sua placa de CPU, existe uma grande chance de que funcione. Basta que você descubra qual é a voltagem de operação interna do processador, e quais os seus valores de clock interno e externo. Tome como exemplo a tabela da figura 45. Observe que existem configurações para 2,8 volts, 2,9 volts, 3,2 volts, 3,3 volts e 3,5 volts. Como fazer agora para instalar um processador que exija, digamos, 2,5 volts? Felizmente muitas placas de CPU modernas estão preparadas para gerar várias voltagens diferentes. Em geral, o valor da voltagem é proporcional a uma combinação binária dos jumpers que a definem. Observe por exemplo os valores e as posições dos jumpers da figura 45. Vamos associar a cada chave para cima, o dígito 1, e para cada chave para baixo, o dígito 0. Podemos então construir a seguinte tabela: Chave s Tensã o Chave s Tensã o Chave s Tensã o Chave s Tensão 0000 0100 1000 2,8 v 1100 3,2 v 0001 0101 1001 2,9 v 1101 3,3 v 0010 0110 1010 1110 0011 0111 1011 1111 3,5 v Os números binários formados pelas posições das chaves formam uma seqüência crescente, assim como também é crescente a tensão por elas geradas. Observe ainda que em todas as configurações da figura 45, a chave 19-42 Hardware Total 1 está para cima, ou seja com o valor 1. Se esta chave está sempre para cima, para que é usada? A resposta é simples. Ela permite gerar valores de voltagem ainda menores, ao ser colocada para baixo. Observe ainda na tabela acima que existem lacunas cujas voltagens não foram definidas pelo fabricante, mas é lógico supor que essas posições geram tensões de 3,0 volts (1010), 3,1 volts (1011) e 3,4 volts (1110). Podemos então completar a tabela com esses valores, e veremos que é possível obter todos os valores de 2,8 a 3,5 volts, em intervalos iguais a 0,1 volt. Supondo ainda que a chave 1 deste grupo realmente serve para obter tensões menores, podemos completar a tabela com os valores 2,7 volts, 2,6 volts, e assim por diante. Teríamos então a tabela completa. É possível confirmar essas tensões, medindo-as com um multímetro, na placa de CPU sem o processador instalado. Chave s Tensã o Chave s Tensã o Chave s Tensã o Chave s Tensão 00002,0 v 0100 2,4 v 1000 2,8 v 1100 3,2 v 0001 2,1 v 0101 2,5 v 1001 2,9 v 1101 3,3 v 0010 2,2 v 0110 2,6 v 1010 3,0 v 1110 3,4 v 0011 2,3 v 0111 2,7 v 1011 3,1 v 1111 3,5 v Antes do Pentium MMX, as placas geravam apenas as tensões de 3,3 e 3,5 volts. Com o Pentium MMX, tornou-se necessário o uso de 2,8 volts. A AMD passou a usar 2,9 e 3,2 volts para o K6, e a Cyrix usa 2,8 e 2,9 para os seus processadores. Devido a esta grande diversidade de voltagens, os fabricantes passaram a incluir nas suas placas de CPU, circuitos que geram uma grande variedade de voltagens, de acordo com as posições das suas chaves ou jumpers. Infelizmente, nem sempre uma tabela com todos os valores possíveis é apresentada. Você terá que completá-la, caso deseje obter voltagens diferentes, como no exemplo que mostramos acima. Em certos casos, você nem precisará ter o trabalho de construir esta tabela. Alguns manuais já a apresentam, como no exemplo da figura 46. Normalmente essas placas utilizam 4 jumpers ou microchaves para selecionamento da voltagem interna do processador, e os valores gerados vão de 2.0 a 3,5 volts. Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-43 *** 35% *** Figura 19.46 Tabela de configurações de voltagem interna do processador, extraída do manual de uma placa de CPU. Voltagens e clocks para o IDT C6 A maioria das placas de CPU não faz menção a este processador. Utiliza o mesmo sistema de clock que os chips da Intel. Por exemplo, para configurar o IDT C6 de 200 MHz, usamos o clock externo de 66 MHz e o multiplicador 3x. Sua voltagem de operação é 3,3 volts. Basta então programar a voltagem da placa como se fosse para um Pentium P54C STD. Também como regra geral, devemos sempre conferir a voltagem indicada na face superior do chip. As configurações de clocks para o IDT C6 são as mesmas do AMD-K6 e do Pentium MMX. Configuração de BF0, BF1 e BF2 Placas de CPU para Socket 7 utilizam jumpers BF0, BF1 e BF2 para determinar os multiplicadores que definem o clock interno em função do externo. Modelos mais antigos usam apenas BF0 e BF1, podendo assim gerar multiplicadores até 3,5x. Modelos mais novos utilizam ainda o BF2, e podem assim gerar multiplicadores até 6x. Se a sua placa indicar explicitamente quais são os jumpers BF0, BF1 e BF2, você poderá usar a tabela abaixo para gerar multiplicadores até 6x. Na tabela vemos ainda os clocks internos que são obtidos para cada valor de clock externo. Fator Jumpers Clocks internos e externos X BF2 BF1 BF0 50 MHz 60 MHz 66 MHz 75 MHz 83 MHz 100 MHz 1,5x OFF OFF OFF 75 MHz 90 MHz 100 MHz 112 MHz 125 MHz 150 MHz 2x OFF OFF ON 100 MHz 120 MHz 133 MHz 150 MHz 166 MHz 200 MHz 2,5x OFF ON ON 125 MHz 150 MHz 166 MHz 187 MHz 208 MHz 250 MHz 3x OFF ON OFF 150 MHz 180 MHz 200 MHz 225 MHz 250 MHz 300 MHz 3,5x OFF OFF OFF 175 MHz 210 MHz 233 MHz 262 MHz 291 MHz 350 MHz 4x ON OFF ON 200 MHz 240 MHz 266 MHz 300 MHz 333 MHz 400 MHz 4,5x ON ON ON 225 MHz 270 MHz 300 MHz 337 MHz 375 MHz 450 MHz 5x ON ON OFF 250 MHz 300 MHz 333 MHz 375 MHz 416 MHz 500 MHz 5,5x ON OFF OFF 275 MHz 330 MHz 366 MHz 412 MHz 458 MHz 550 MHz 19-44 Hardware Total 6x OFF OFF ON 300 MHz 360 MHz 400 MHz 450 MHz 500 MHz 600 MHz Os jumpers representam BF2, BF1 e BF0 podem aparecer com esses nomes, mas também podem apresentar nomes diferentes, como J40, J36, J34, por exemplo. Em geral ON significa com jumper, e OFF significa sem jumper, mas você também poderá encontrar configurações inversas, ou seja, ON=sem jumper e OFF=com jumper. Em certas placas, as ligações poderão usar jumpers de 3 pinos, e as opções ON e OFF significarão 1-2 e 2-3, ou vice-versa. Uma forma fácil de decifrar o que é ON e o que é OFF, é olhando para a configuração que resulta no multiplicador 2,5. Nesta configuração, um sinal está em OFF, e os outros dois estão em ON. Compa- rando a tabela seguinte com a tabela de configurações do manual da placa, descobrimos o que significa ON e OFF. Também descobrimos qual é o sinal correspondente ao BF2, já que na configuração 2,5x um sinal é diferente dos outros dois. Para descobrir qual é o jumper que corresponde ao BF1, basta comparar as configurações 2x e 2,5x. A diferença entre essas duas configurações está exatamente no BF1. Sabendo qual é o BF2 e o BF1, o terceiro jumper será o BF0. Note que as placas de CPU mais modernas possuem jumpers correspondentes a BF2, BF1 e BF0. As placas um pouco mais antigas não possuem BF2. Como não podem colocar o BF2 na posição ON essas placas não podem utilizar multiplicadores 4x e superiores. Desta forma não podem utilizar chips de 266 MHz e superiores. Observe ainda que nem todos esses multiplicadores estão disponíveis. Por exemplo, observe que as configurações para 1,5x e 3,5x são idênticas. Se você programar OFF/OFF/OFF em um Pentium-100, será adotado o multiplicador 1,5, resultando no clock de 100 MHz a partir do clock externo de 66 MHz. Esta mesma programação em um Pentium MMX resultará no clock interno de 233 MHz, ou seja, será tomado como 3,5x. Da mesma forma, não adianta, por exemplo, tentar configurar um Pentium MMX-233 com o multiplicador 5x, tentando obter o clock de 333 MHz. Este fator será ignorado por este processador. Configuração de BF0-BF3 Processadores para Slot 1 têm quatro dos seus pinos (BF3, BF2, BF1 e BF0) para formar multiplicadores até 9x. A tabela que se segue mostra as configurações desses sinais de controle para obter os diversos multiplicadores possíveis. Mostra também os clocks internos que são obtidos em cada caso, usando clocks externos de 66, 75, 83 e 100 MHz. Fator Jumpers Clocks internos e externos X BF3 BF2 BF1 BF0 66 MHz 75 MHz 83 MHz 100 MHz Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-45 2x ON ON ON ON 133 MHz 150 MHz 166 MHz 200 MHz 2,5x ON ON ON OFF 166 MHz 187 MHz 208 MHz 250 MHz 3x ON ON OFF ON 200 MHz 225 MHz 250 MHz 300 MHz 3,5x ON ON OFF OFF 233 MHz 262 MHz 291 MHz 350 MHz 4x ON OFF ON ON 266 MHz 300 MHz 333 MHz 400 MHz 4,5x ON OFF ON OFF 300 MHz 337 MHz 375 MHz 450 MHz 5x ON OFF OFF ON 333 MHz 375 MHz 416 MHz 500 MHz 5,5x ON OFF OFF OFF 366 MHz 412 MHz 458 MHz 550 MHz 6x OFF ON ON ON 400 MHz 450 MHz 500 MHz 600 MHz 6,5x OFF ON ON OFF 433 MHz 487 MHz 541 MHz 650 MHz 7x OFF ON OFF ON 466 MHz 525 MHz 583 MHz 700 MHz 7,5x OFF ON OFF OFF 500 MHz 562 MHz 625 MHz 750 MHz 8x OFF OFF ON ON 533 MHz 600 MHz 666 MHz 800 MHz 8,5x OFF OFF ON OFF 566 MHz 637 MHz 708 MHz 850 MHz 9x OFF OFF OFF ON 600 MHz 675 MHz 750 MHz 900 MHz Note que nem todos os processadores obedecem a esta tabela. Por exemplo, um Pentium III/1000 com clock externo de 1000 MHz usa multiplicador 10x, que não é indicado pela tabela. Normalmente o que o fabricante faz nesses casos é trocar valores obsoletos (2x, 2,5x, etc.) por novos valores maiores. Lembre ainda que os processadores modernos, em sua maioria, são travados e ignoram a programação dos multiplicadores. Configurações para 486 e 586 Ao trabalhar com manutenção você poderá encontrar processadores ainda mais antigos. Pode encontrar placas equipadas com chips 486/586, e até mais antigos. Vamos agora estudar a configuração de jumpers dessas antigas placas de CPU, através de exemplos. Uma grande dificuldade com essas placas é que naquela época os fabricantes não davam seus nomes às placas. Eram em geral produzidas “sem nome”, mesmo tendo sido produzidas por fabricantes famosos. Nesses casos torna-se mais importante ainda conseguir o manual da placa de CPU para poder programar os jumpers. Placa de CPU 486/586 VIP Este é um tipo de placa chamada VIP, já que possui slots VLB, ISA e PCI. Trata-se de uma placa 486/586, descrita no seu manual como “PCI Bus and ISA Bus and VL-Bus 486/5x86 Green Mainboard”. Placas assim foram muito vendidas em 1996 e 1997. As figuras que se seguem sãopáginas do seu manual. A figura 47 mostra o layout desta placa, que tem interfaces IDE, interface para drives, seriais e paralela. Existem 3 slots PCI e 4 ISA, sendo um deles ISA/VLB. Existem 3 bancos de memória, sendo um deles formado por 4 soquetes para módulos SIMM de 30 pinos, e dois deles formados por soquetes para módulos SIMM de 72 pinos. Esta placa apresenta uma grande quantidade de jumpers, exatamente pelo fato de permitir o uso de processadores de vários tipos, voltagens e velocidades. 19-46 Hardware Total Figura 19.47 Parte do manual de uma placa de CPU 486/586. Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-47 *** 35% *** Figura 19.48 Parte do manual de uma placa de CPU 486/586. Na figura 48 temos a descrição de vários jumpers e conectores: J3 - Power Supply Connectors. Estes nada mais são que os dois conectores existentes na placa de CPU, próprios para a ligação na fonte de alimentação. J12 - Turbo Switch Connector. Deve ser ligado ao botão Turbo, existente no painel frontal do gabinete. Observe que de acordo com o manual, a placa opera em modo “normal” (baixa velocidade) quando existe um jumper instalado (Short), e opera em velocidade Turbo quando não existe jumper instalado (Open). Desta forma, basta simplesmente que você não faça ligação alguma, e a placa irá operar em Turbo, independentemente de como estiver posicionado o Turbo Switch. A vantagem é que desta forma, evitamos que alguém depressione acidentalmente o Turbo Switch, o que faria o PC operar em baixa velocidade. Tome muito cuidado, pois este método de ignorar o Turbo Switch nem sempre é usado desta forma. Existem placas de CPU que operam em velocidade baixa quando não existe jumper ligando os dois pinos da conexão para Turbo Switch. Consulte o manual da sua placa de CPU para verificar qual é a forma correta de configurá-la permanentemente como Turbo, se é com ou sem jumper instalado. J11 - Reset Switch. Para o botão Reset do painel frontal do gabinete. 19-48 Hardware Total J14 - Suspend Switch Connector. Nem todas as placas de CPU possuem este recurso, e nem todos os gabinetes possuem o botão apropriado para esta conexão. Cada vez que é feito um contato entre esses dois pinos (para isto deveria ser usado um botão similar ao Reset), o computador entra ou sai do modo suspend. Neste modo, são paralisadas as atividades da placa de CPU. É usado com o objetivo de manter o computador ligado, sem excessivos gastos de energia elétrica. Quando pressionamos novamente a chave, a placa de CPU volta à operação normal, sem que para isto seja preciso realizar um novo boot. Para que este recurso funcione corretamente é preciso suporte do sistema operacional. J8 - Keylock & Power LED. Este conector de 5 pinos permite a ligação do Keylock e Power LED, ambos localizados no Painel frontal do gabinete. J9 - Speaker. Ligamos aqui o PC Speaker, o pequeno alto-falante existente no painel frontal do gabinete. J10 - Turbo LED Connector. Ligamos aqui o Turbo LED, ou então o display digital existente no painel frontal do gabinete. J13 - Hard Disk LED Connector. Ligamos aqui o LED indicador de acesso ao disco rígido, existente no painel frontal do gabinete. JP2 - Flash EPROM BIOS Jumper. Muito cuidado, pois ao contrário dos demais jumpers e conexões mostrados até agora, este apresenta muitas diferenças de uma placa para outra. As placas de CPU modernas possuem o seu BIOS armazenado em Flash ROM. Sua principal característica é que pode ser reprogramada. Vários fabricantes de placas de CPU oferecem, através da Internet, versões novas para os BIOS de suas placas, além de um programa próprio para fazer a transferência deste novo BIOS para a Flash ROM. Ocorre que existem Flash ROMs que são reprogramadas mediante a aplicação de uma voltagem de 12 volts, e outras mediante uma voltagem de 5 volts. Esta placa de CPU está preparada para operar com ambos os tipos, e este jumper é configurado na fábrica, em função da tensão de programação da Flash ROM instalada. Não altere este jumper, caso contrário você corre o risco de danificar a Flash ROM. Na figura 49 temos a descrição de outros jumpers desta placa: Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-49 *** 35% *** Figura 19.49 Parte do manual de uma placa de CPU 486/586. J4 - CMOS RAM Discharge jumper/External Battery Connector. Quase todas as placas de CPU apresentam o mesmo tipo de configuração para este jumper. Trata-se de um grupo de 4 pinos, através dos quais podemos selecionar entre o uso de uma bateria interna (o mais comum) ou externa, e ainda fazer a operação “Clear CMOS”, que consiste em apagar toda a configuração do Setup, recarregando os seus valores default. Esta operação normalmente é feita quando o usuário ativa uma senha e a esquece. Quase sempre este jumper é configurado na fábrica ligando os pinos 3 e 4. Desta forma, o CMOS Setup estará apagado, e a bateria interna estará desligada. Para ativar a bateria interna, devemos ligar o jumper entre os pinos 2 e 3. Podemos ainda optar pelo uso de uma bateria externa, bastando ligá-la entre os pinos 4 (negativo) e 1 (positivo). CPU Type Jumpers. Esta placa possui uma série de jumpers usados para configurar o tipo do processador e o clock utilizado. Existem ainda outras op- ções de configuração, mostradas na figura 50. Você precisará identificar qual é o processador a ser usado, bem como o seu fabricante. Observe que este manual não explica a função de cada um desses jumpers, apenas mostra como configurá-los em função do processador utilizado. 19-50 Hardware Total *** 35% *** Figura 19.50 Parte do manual de uma placa de CPU 486/586. Na figura 50 vemos outros jumpers bastante importantes: JP3A, JP3B, JP3C - CPU Speed Jumpers. Esses jumpers definem o clock externo do processador. As opções são 25, 33, 40 e 50 MHz. A escolha deve ser feita em função do clock do processador utilizado. Processadores da classe DX operam com valores iguais para o clock interno e externo. Portanto, para esses processadores, basta obedecer o valor do clock es- tampado na sua parte superior. Um 486DX-40 deve ser configurado com o valor 40, um 486DX-33 deve ser configurado como 33, e assim por diante. Processadores da classe DX2 possuem o clock interno igual ao dobro do seu clock externo. Por exemplo, um 486DX2-80 deve ter o seu clock externo programado com 40, para que o interno seja igual a 80. O 486DX4-100 pode operar com clocks externos de 25, 33, 40 ou 50 MHz, sendo que a opção 33 MHz é a mais indicada. O 5x86-133 da AMD é em geral programado com o clock externo de 33 MHz. Quanto ao 586 da Cyrix, a programação dependerá do clock interno. Para o modelo de 100 MHz, o clock externo poderá ser 25 ou 33 MHz (o fator multiplicador para o clock interno deverá ser 4x e 3x, respectivamente). Para o modelo de 120 MHz, devemos usar o clock externo de 40 MHz, e programar o fator multiplicador como 3x. JP5A, JP5B, JP5C, JP5D, JP4 - CPU Voltage Jumpers. Observe que existe um erro neste manual. Na figura 50 está indicado que esses jumpers dizem respeito à velocidade do processador (CPU Speed Jumpers), mas na verdade Capítulo 19 – Configurações e jumpers 19-51 aplicam-se à sua voltagem. Os processadores 586, assim como as versões mais recentes do 486, operam com 3,3 volts. Nesse caso JP5A, JP5B, JP5C e JP5D devem ter jumpers ligados entre seus respectivos pinos 1 e 2. Além disso, JP4 deve ter um jumper conectado. Processadores mais antigos, como por exemplo o 486DX-33 da Intel, operavam com 5 volts. De qualquer forma, você sempre encontrará estampado na parte superior ou inferior do processador, a sua voltagem de operação. Lembre-se ainda que os modelos mais recentes, com 75 MHz ou mais, operam com 3,3 volts. Os
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