Buscar

CRIMES EM ESPECIE - PENAL MILITAR

Prévia do material em texto

Crime de motim 
“Reunirem-se militares ou assemelhados: 
I – agindo contra a ordem recebida de superior, ou 
negando-se a cumpri-la; 
II – recusando obediência a superior, quando estejam 
agindo sem ordem ou praticando violência; 
III – assentindo em recusa conjunta de obediência, ou 
em resistência ou violência, em comum, contra 
superior; 
IV – ocupando quartel, fortaleza, arsenal fábrica ou 
estabelecimento militar, ou dependência de qualquer 
deles, hangar, aeródromo ou aeronave, navio ou 
viatura militar, ou utilizando-se de qualquer daqueles 
locais ou meios de transporte, para ação militar, ou 
pratica de violência, em desobediência a ordem 
superior ou em detrimento da ordem ou da disciplina 
militar. 
Pena – reclusão, de quatro a oito anos, com aumento 
de um terço para os cabeças.” 
 
 
Crimes em espécie 
CRIME PROPRIAMENTE MILITAR: Só cometido por 
militares. 
CRIME DE AUTORIA COLETIVA NECESSÁRIA, SÓ HÁ 
COMETIMENTO DO CRIME SE FOR MAIS DE UMA 
PESSOA. 
- A figura do assemelhado não existe mais, após a 
CF/88 
- CIVIL NÃO PODE COMETER ESSE CRIME 
- CRIME PLURISUBJETIVO/ AUTORIA COLETIVA 
NECESSÁRIA: Reunião de militares 
- RESCUSA DA ORDEM DE SUPERIOR: 
#SUPERIORES: O militar que, em virtude da função, 
exerce autoridade sobre outro de igual posto ou 
graduação, considera-se superior, para efeito da 
aplicação da lei penal militar. 
Ex.: Um major mais antigo pode exercer uma função 
de autoridade com os demais majores, e pode ser 
configurado como crime de motim se estes se 
recusarem. 
§ 4º NA PRÁTICA DE CRIME DE AUTORIA COLETIVA 
NECESSÁRIA, REPUTAM-SE CABEÇAS OS QUE DIRIGEM, 
PROVOCAM, INSTIGAM OU EXCITAM A AÇÃO. 
CABEÇA: AQUELE QUE INSTIGA, DIRIGE E PROVOCA. 
ALÉM DISSO, SE HOUVEREM OFICIAIS ELES SERÃO 
CONSIDERADOS CABEÇAS, OBRIGATORIAMENTE. 
LEGISLAÇÃO CASTRENCE = LEGISLAÇÃO MILITAR 
TODO CRIME QUE SÓ PODE SER COMETIDO POR 
MILITARES, É PROPRIAMENTE MILITAR. 
OS ASSEMELHADOS FORAM EXTINTOS COM A 
CONSTITUIÇÃO DE 88. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Crime de REVOLTA 
Art. 152. Concertarem-se militares ou assemelhados para a prática do 
crime previsto no artigo 149: (PROPRIAMENTE MILITAR) 
Pena - reclusão, de três a cinco anos. 
 Isenção de pena 
Parágrafo único. É isento de pena aquele que, antes da execução do 
crime e quando era ainda possível evitar-lhe as consequências, denuncia 
o ajuste de que participou. 
 Cumulação de penas 
Art. 153. As penas dos arts. 149 e 150 são aplicáveis sem prejuízo das 
correspondentes à violência. 
CRIME DE AUTORIA COLETIVA NECESSÁRIA 
Concerto de militares para pratica de motim ou revolta. 
É cometido no momento da reunião, independentemente se ocorrer a 
revolta ou motim. Combinação para o motim ou revolta. 
Pena de reclusão de 5 anos 
É isento de pena aquele que denuncia o ajuste que participou, comete o 
crime mas não cumpre a pena. 
Aquele que comete a conspiração e a revolta, só responde pela revolta, 
já que pelo princípio da consunção o crime maior absorve o menor. 
 
Art. 150. Reunirem-se dois ou mais militares ou 
assemelhados, com armamento ou material bélico, de 
propriedade militar, praticando violência à pessoa ou à coisa 
pública ou particular em lugar sujeito ou não à administração 
militar: Pena - reclusão, de quatro a oito anos 
 Considerações sobre o Crime de Organização de Grupo 
para a prática de violência 
- Sujeito ativo: militares (CRIME DE AUTORIA COLETIVA 
NECESSÁRIA) 
- Objetividade Jurídica: Disciplina Militar 
- Conduta: Reunir e Praticar violência 
- Não admite modalidade culposa 
- Admite-se tentativa (art. 30, inciso II do CPM) 
PODE SER EM LOCAL DE ADMINSTRAÇÃO MILITAR OU 
NÃO. 
VIOLENCIA FÍSICA. 
SE DIFERENCIA DA REVOLTA POR QUE ESTA NÃO PRECISA 
DE VIOLENCIA, 
OMISSÃO DE LEALDADE MILITAR 
Art. 151. Deixar o militar ou assemelhado de levar ao conhecimento 
de superior o motim ou revolta de cuja preparação teve notícia, 
ou, estando presente ao ato criminoso, não usar de todos os meios 
ao seu alcance para impedi-lo: 
 Pena – reclusão, de 3 (três) a 5 (cinco) anos. a. 
Considerações sobre o Crime de Omissão de Lealdade Militar 
• Sujeito ativo: militar PRPRIAMENTE MILITAR 
• Objetividade Jurídica: Disciplina Militar 
• Condutas: Deixar de comunicar ou não impedir ao fato 
• Não admite modalidade culposa 
• Crime omissivo (não cabe tentativa) 
O AGENTE NÃO TEM PARTICIPAÇÃO NO MOTIM OU NA REVOLTA. 
NÃO É DE AUTORIA COLETIVA NECESSÁRIA 
Crime de CONSPIRAÇÃO 
“Parágrafo único. Se os agentes estavam armados: 
Pena - reclusão, de oito a vinte anos, com aumento 
de um terço para os cabeça” 
É O MOTIM ARMADO. 
TEM TODAS AS CARACTERÍSTICAS DO MOTIM, A 
ÚNICA DIFERENÇA É A UTILIZAÇÃO DE ARMA. 
 
ORGANIZAÇÃO DE GRUPO PARA 
PRÁTICA DE VIOLÊNCIA 
NÃO PRECISA COMETER O MOTIM OU REVOLTA 
PARA CONSUMAR O CRIME DE CONSPIRAÇÃO, MAS 
O MERO CONCERTO/ AJUSTE DOS CRIMES. 
X9/ DELATOR: AQUELE QUE DELATAR VAI SER 
ISENTO DE PENA, MAS NÃO EXCLUI O CRIME. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Crime de ALICIAÇÃO 
Art. 154. Aliciar militar ou assemelhado para a prática 
de qualquer dos crimes previstos no capítulo anterior: 
(Conspiração, motim, revolta, organização, etc.) 
Pena - reclusão, de dois a quatro anos. 
Aliciar é o mesmo que convencer, incentivar. Qualquer 
pessoa que incentivar a cometer motim ou revolta 
incorrerá nesse crime. 
CRIME QUE NÃO É PROPRIAMENTE MILITAR, PODE SER 
COMETIDO PELO CIVIL. 
Não é um crime de autoria coletiva necessária. 
Diferença de aliciação para incitamento: 
Aliciação é o induzimento a pratica de um crime 
específico (conspiração, revolta, motim ou 
organização).. A aliciação é um incitamento específico. 
O incitamento é genérico, qualquer crime. 
 
Art. 156. Fazer apologia de fato que a lei militar considera 
crime, ou do autor do mesmo, em lugar sujeito à 
administração militar (não somente o quartel) 
 Pena - detenção, de seis meses a um ano. 
Apologia é exaltar ao crime militar ou ao seu autor. 
O crime só é consumado em local sujeito a 
administração militar. 
• Sujeito ativo: qualquer pessoa 
• Objetividade Jurídica: A autoridade e a disciplina militar 
• Conduta: Enaltecer em local sujeito a administração militar 
• Não admite modalidade culposa 
 • Admite tentativa 
Crime de APOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CRIME IMPORTANTÍSSIMO QUESTÃO DE PROVA 
Art. 157. Praticar violência contra superior: Pena - detenção, de 
três meses a dois anos. 
Formas qualificadas 
 § 1º Se o superior é comandante da unidade a que pertence o 
agente, ou oficial general: Pena - reclusão, de três a nove anos 
QUALIFICADORA. 
§ 2º Se a violência é praticada com arma, a pena é aumentada de 
um terço. MAJORANTES 
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal, aplica-se, além da pena 
da violência, a do crime contra a pessoa. ACÚMULO 
§ 4º Se da violência resulta morte: Pena - reclusão, de doze a 
trinta anos. QUALIFICADORA 
§ 5º A pena é aumentada da sexta parte, se o crime ocorre em 
serviço. MAJORANTE 
A violência é configurada quando tem o contato físico. 
EM TESE, superior é aquele que está acima na estrutura 
hierárquica. Contudo, pode ser do mesmo grau hierárquico, se um 
deles estiver em função de comando. 
CRIME PROPRIAMENTE MILITAR 
- Sujeito ativo: militar subordinado hierarquicamente. 
- Conceito de Superior (art. 24 CPM) 
- O militar que, em virtude da função, exerce autoridade sobre 
outro de igual posto ou graduação, considera-se superior, para 
efeito da aplicação da lei penal militar. 
- Violência: Para a concretização da violência é suficiente que o 
corpo do superior hierárquico seja tocado, embora sem ocasionar 
lesão ou morte, porque, se houver uma ou outra, o crime se 
qualifica. 
- Objetividade Jurídica: Administração Militar 
- Conduta:Praticar violência • Não admite modalidade culposa 
• Admite-se tentativa (art. 30, inciso II do CPM) 
- Necessário o conhecimento da superioridade hierárquica. 
Violência contra superior Violência contra militar de 
serviço 
Art. 158. Praticar violência contra oficial de dia, de 
serviço, ou de quarto, ou contra sentinela, vigia ou 
plantão: Pena - reclusão, de três a oito anos. Formas 
qualificadas 
§ 1º Se a violência é praticada com arma, a pena é 
aumentada de um terço. AUMENTO DE PENA 
§ 2º Se da violência resulta lesão corporal, aplica-se, 
além da pena da violência, a do crime contra a pessoa. 
ACÚMULO 
§ 3º Se da violência resulta morte: Pena - reclusão, 
de doze a trinta anos. QUALIFICADORA 
Considerações sobre violência a militar de serviço 
• Sujeito ativo: Qualquer pessoa 
SUJEITO PASSIVO: NECESSARIAMENTE MILITAR EM 
SERVIÇO 
• Objetividade Jurídica: Administração Militar 
• Conduta: Praticar violência 
• Modalidade culposa (art. 159 do CPM) 
• Ausência de dolo no resultado – 
Art. 159. Quando da violência resulta morte ou lesão 
corporal e as circunstâncias evidenciam que o agente 
não quis o resultado nem assumiu o risco de produzi-
lo, a pena do crime contra a pessoa é diminuída de 
metade. 
• Admite-se tentativa (art. 30, inciso II do CPM) 
PARA SER CONFIGURADA A VIOLÊNCIA NECESSITA DO CONTATO 
FÍSICO, OU TENTATIVA DESSE CONTATO. QUE É DEPENDE DE GERAR 
LESÃO, QUE PRECISA DE MARCAS FÍSICAS. 
SE NÃO SE SABE DA CONDIÇÃO DE SUPERIOR, NÃO SE RESPONDE 
POR ESTE CRIME, JÁ QUE NÃO SE ADMITE CONDUTA CULPOSA. ASSIM 
RESPONDERÁ PELA LESÃO À PARTE, CASO TIVER LESÃO. OU 
SOMENTE PELA VIOLÊNCIA, SE NÃO TIVER. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DESRESPEITO: Mera falta de educação 
DESACATO: Humilhação 
DESOBEDIENCIA: Descumprimento de ordem. 
Art. 160. Desrespeitar superior diante de outro militar: 
Pena - detenção, de três meses a um ano, se o fato não 
constitui crime mais grave. 
Parágrafo único. Se o fato é praticado contra o 
comandante da unidade a que pertence o agente, oficial-
general, oficial de dia, de serviço ou de quarto, a pena é 
aumentada da metade. (AUMENTO DE PENA) 
Desrespeito a comandante, oficial general ou oficial de 
serviço 
3 OU MAIS MILITARES: 
MILITAR AGENTE + MILITAR VÍTIMA + MILITAR QUE 
PRESENCIA 
Considerações 
• Sujeito ativo: militar subordinado hierarquicamente 
• Objetividade Jurídica: Administração Militar 
• Conduta: Desrespeitar 
• Faltar com a consideração, com o respeito, com o 
acatamento, incompatíveis com a posição hierárquica de 
subordinado e superior. Falta de educação 
• O desrespeito objetiva-se por meio de palavras, gritos, 
gemidos, gestos, imitação de vozes de animais, desenhos, 
escritos, ruídos, enfim, qualquer manifestação externa 
capaz de transmitir o ato desrespeitoso. 
• Obrigatória a presença de outros militares 
• Não admite modalidade culposa 
• Não comporta tentativa 
DESRESPEITO 
Art. 161. Praticar o militar diante da tropa, ou em lugar sujeito 
à administração militar, ato que se traduza em ultraje a símbolo 
nacional: Pena – detenção, de um a dois anos. 
CRIME PROPRIAMENTE MILITAR 
Considerações 
• Sujeito ativo: MILITAR 
• Objetividade Jurídica: A autoridade e a disciplina militar 
• Conduta: é imprescindível que o ato ocorra em local sujeito à 
administração militar, ou diante da tropa. 
• SIMBOLOS NACIONAIS – ART 13 §1º da CF – Bandeira, Hino, 
Armas e Selos nacionais 
TROPA – Mínima fração constituída 
DESRESPEITO A SÍMBOLO NACIONAL 
DESPOJAMENTO: Estar mal utilizado, uniforme sendo retirado. 
Art. 162. Despojar-se de uniforme, condecoração militar, 
insígnia ou distintivo, por menosprezo ou vilipêndio: 
Pena - detenção, de seis meses a um ano. 
Parágrafo único. A pena é aumentada da metade, se o fato é 
praticado diante da tropa, ou em público. Considerações sobre 
desrespeito a símbolo nacional e despojamento desprezível. 
 Considerações 
• Sujeito ativo: MILITAR 
• Objetividade Jurídica: A autoridade e a disciplina militar 
• Conduta: Despojar-se significa retirar de si, despir-se, e o 
tipo exige que o ato seja praticado em razão de menosprezo 
ou vilipêndio. 
DESRESPEITO A SÍMBOLO NACIONAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Motim de um homem só” 
Art. 163. Recusar obedecer a ordem do superior sobre assunto 
ou matéria de serviço, ou relativamente a dever imposto em lei, 
regulamento ou instrução: 
Pena - detenção, de um a dois anos, se o fato não constitui crime 
mais grave. 
Considerações sobre recusa de obediência 
• Sujeito ativo: militar subordinado hierarquicamente 
Pode estar armado ou não, não será revolta. 
• Objetividade Jurídica: A autoridade e a disciplina militares 
• Conduta: Recusar 
• Diferença entre motim e recusa de obediência – o primeiro é 
necessariamente coletivo, e o segundo individual 
• Ordem manifestamente ilegal não se cumpre 
• A recusa de obediência é crime formal, satisfazendo-se e 
concretizando-se com a conduta que nega obediência à ordem do 
superior. 
• Admite-se tentativa na forma comissiva (praticada por ação) 
Recusa de obediência Oposição a ordem de sentinela 
Art. 164. Opor-se às ordens da sentinela: 
Pena - detenção, de seis meses a um ano, se o fato não 
constitui crime mais grave. 
CRIME PROPRIAMENTE MILITAR 
a. Considerações sobre oposição a ordem de sentinela 
• Sujeito ativo: O crime encontra-se no capitulo de 
insubordinação, portanto conclui-se que é praticado 
somente por militares 
• Insubordinado é o indivíduo que, sujeito ao escalonamento 
hierárquico, revolta-se, insurge-se, torna-se indisciplinado, e 
isto, na técnica utilizada pelo código, sempre simbolizou a 
distinção entre militares e civis 
• Sentinela - vigilante avançado e responsável pela 
manutenção da integridade física dos militares e pela 
salvaguarda das instalações e dos equipamentos. 
• Objetividade Jurídica: A autoridade e a disciplina militar 
• Conduta: Oposição a ordem (ligação direta com a atividade 
de sentinela 
• Não admite modalidade culposa 
• Admite-se tentativa na ação, mas não na omissão REUNIÃO ILÍCITA 
Art. 165. Promover a reunião de militares, ou nela tomar parte, para discussão de 
ato de superior ou assunto atinente à disciplina militar: 
 Pena - detenção, de seis meses a um ano a quem promove a reunião; de dois a 
seis meses a quem dela participa, se o fato não constitui crime mais grave. 
a. Considerações sobre reunião ilícita 
• Sujeito ativo: Qualquer pessoa pode promover. Mas só o militar pode tomar parte 
• Objetividade Jurídica: Disciplina e a autoridade militar 
• Conduta: Promover e Tomar parte 
• Não importa se é favorável ou contrária à decisão do superior 
• Bastam dois militares subordinados reunidos para configurar a promoção. 
 • Não admite modalidade culposa 
A promoção consuma-se com a reunião de dois ou mais militares. Tomar parte 
consuma-se com o início da reunião 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Art. 166. Publicar o militar ou assemelhado, sem licença, ato ou 
documento oficial, ou criticar publicamente ato de seu superior 
ou assunto atinente à disciplina militar, ou a qualquer resolução 
do Governo: 
Pena - detenção, de dois meses a um ano, se o fato não 
constitui crime mais grave. 
a. Considerações sobre publicação ou crítica Indevida 
• Sujeito ativo: Somente os militares 
• Objetividade Jurídica: Disciplina Militar 
• Conduta: 
 Duas infrações penais vêm contempladas neste dispositivo. 
Uma consiste em publicar, sem autorização, ato ou documento 
oficial. A outra é criticar ato de superior ou assunto atinente à 
disciplina militar. 
• Não admite modalidade culposa 
• Ocorre a consumação no momento em que se concretiza a 
publicação ou a crítica em público, independente do 
conhecimento por outraspessoas, sendo suficiente a 
possibilidade desse conhecimento. 
• A tentativa é possível, desde que a publicidade deixe de 
realizar-se por motivos alheios à vontade do agente. 
Ex: o documento é interceptado antes de sair do lugar onde foi 
impresso 
PUBLICAÇÃO OU CRÍTICA INDEVIDA OS CRIMES DE INSUBORDINAÇÃO, REUNIÃO ILÍCITA, RECUSA DE 
OBEDIENCIA E TODOS DISPOSTOS ENTRE OS ARTS. 163 A 166, 
QUANDO COMETIDOS COM UMA CONDUTA MAIS GRAVE SERÃO 
CONDUTAS SUBSIDIÁRIAS, PORTANTO SÃO ABSORVUDOS PELO 
CRIME MAIS GRAVE. 
Art. 167. Assumir o militar, sem ordem ou autorização, salvo se 
em grave emergência, qualquer comando, ou a direção de 
estabelecimento militar: 
Pena - reclusão, de dois a quatro anos, se o fato não constitui 
crime mais grave. 
a. Considerações 
• ASSUNÇÃO ILEGAL 
• Sujeito ativo: MILITAR 
• Objetividade Jurídica: A autoridade e a disciplina militar 
18.Conservação ilegal de comando Art. 168. Conservar comando 
ou função legitimamente assumida, depois de receber ordem 
de seu superior para deixá-los ou transmiti-los a outrem: Pena 
- detenção, de um a três anos. 
a. Considerações 
• Sujeito ativo: MILITAR EM COMANDO 
• Objetividade Jurídica: A autoridade e a disciplina militar 
• Conduta: Militar exonerado do cargo que mantem comando 
sobre a unidade 
 
 
ASSUNÇÃO DE COMANDO ILEGAL 
CONSERVAÇÃO ILEGAL DE COMANDO 
Art. 169. Determinar o comandante, sem ordem superior e fora 
dos casos em que essa se dispensa, movimento de tropa ou ação 
militar: Pena - reclusão, de três a cinco anos. Forma qualificada 
Parágrafo único. Se o movimento da tropa ou ação militar é em 
território estrangeiro ou contra força, navio ou aeronave de país 
estrangeiro: Pena - reclusão, de quatro a oito anos, se o fato não 
constitui crime mais grave. 
a. Considerações 
• Sujeito ativo: MILITAR COMANDANTE 
• Objetividade Jurídica: A autoridade e a disciplina militar 
• Conduta: Determinar operação sem ordem expressa e sem 
previsão legal 
OPERAÇÃO MILITAR SEM ORDEM SUPERIOR 
Art. 170 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Art. 171. Usar o militar ou assemelhado, indevidamente, uniforme, 
distintivo ou insígnia de posto ou graduação superior: 
Pena - detenção, de seis meses a um ano, se o fato não constitui 
crime mais grave. 
a. Considerações 
• Sujeito ativo: MILITAR 
• Objetividade Jurídica: A autoridade e a disciplina militar 
• Conduta: UTILIZAR 
• Uniforme – Peça do Fardamento 
• Distintivo – Indicativo de Curso (Brevê), Brasão 
• Insígnia – Indicativo de Posto ou Graduação 
Se um comandante usar a de uma graduação inferior não 
responde por esse crime. 
Uso indevido por militar de uniforme, 
distintivo ou insígnia 
Art. 172. Usar, indevidamente, uniforme, distintivo ou insígnia 
militar a que não tenha direito: 
Pena - detenção, até seis meses 
a. Considerações sobre uso indevido de uniforme, por militar 
ou por civil 
• Sujeito ativo: CIVIL – QUALQUER PESSOA 
• Objetividade Jurídica: A autoridade e a disciplina militar 
• Conduta: UTILIZAR 
• Esfera Estadual: Contravenção Penal, Lei 3.688/1961 – 
Art. 46 
Uso indevido de uniforme, distintivo ou insígnia 
militar por qualquer pessoa 
Art. 173. Abusar do direito de requisição militar, excedendo os 
poderes conferidos ou recusando cumprir dever imposto em 
lei: Pena – detenção, de um a dois anos. 
a. Considerações sobre o crime de abuso de requisição militar 
• Sujeito ativo: Militar 
• Objetividade Jurídica: A administração Militar 
• Conduta: o abuso no direito de requisição consiste no ato de 
extrapolar as condicionantes trazidas pelo art. 37 da CF 
• Não admite modalidade culposa 
• Admite-se tentativa – Quando se solicita por escrito 
 
ABUSO DE REQUISIÇÃO MILITAR 
Art. 174. Exceder a faculdade de punir o subordinado, fazendo-
o com rigor não permitido, ou ofendendo-o por palavra, ato ou 
escrito: 
Pena – suspensão do exercício do posto, por dois a seis meses, 
se o fato não constitui crime mais grave. 
a. Considerações sobre o crime de rigor excessivo 
• Sujeito ativo: Militar Superior 
• Objetividade Jurídica: A administração Militar 
• Conduta: “exceder”, que significa passar do limite legal, 
ultrapassar a possibilidade técnica trazida pela lei ou 
regulamento. 
• Impondo punição não prevista 
• Condições subumanas 
• Ofensas na punição 
• Pena de Perda do Posto – Exclusiva para Oficiais 
• Não admite modalidade culposa 
• Crime subsidiário 
 
 
RIGOR EXCESSIVO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Art. 175. Praticar violência contra inferior: 
Pena – detenção, de três meses a um ano. 
Resultado mais grave 
Parágrafo único. Se da violência resulta lesão corporal ou morte 
é também aplicada a pena do crime contra a pessoa, 
atendendo-se, quando for o caso, ao disposto no art. 159. 
a. Considerações sobre o violência contra inferior 
• Sujeito ativo: Militar Superior 
• Objetividade Jurídica: A administração Militar 
• Conduta: violência - agressão de ordem exclusivamente física. 
• Pena autônoma para lesão corporal ou morte 
• Ausência de dolo no resultado - Art. 159. Quando da violência 
resulta morte ou lesão corporal e as circunstâncias evidenciam 
que o agente não quis o resultado nem assumiu o risco de 
produzi-lo, a pena do crime contra a pessoa é diminuída de 
metade. 
• Admite-se tentativa – Quando não se consegue praticar a 
violência 
#EXCLUDENTE DE CRIME: ART. 42 § ÚNICO 
• Não há igualmente crime quando o comandante de navio, 
aeronave ou praça de guerra, na iminência de perigo ou grave 
calamidade, compele os subalternos, por meios violentos, a 
executar serviços e manobras urgentes, para salvar a unidade 
ou vidas, ou evitar o desânimo, o terror, a desordem, a rendição, 
a revolta ou o saque. 
VIOLÊNCIA CONTRA INFERIOR 
Art. 176. Ofender inferior, mediante ato de violência que, por 
natureza ou pelo meio empregado, se considere aviltante: 
Pena – detenção, de seis meses a dois anos. 
Parágrafo único. Aplica-se o disposto no parágrafo único do artigo 
anterior. 
a. Considerações 
• Sujeito ativo: Militar Superior 
• Objetividade Jurídica: A administração Militar 
• Conduta: violência - a conduta em si é idêntica àquela tipificada no 
delito de violência contra inferior. Ocorre, todavia, que aqui o tipo de 
agressão é humilhante, afronta a honra do ofendido, inferioriza, 
desvaloriza, ataca a dignidade (atributos morais) e/ou o decoro 
(atributos físicos e intelectuais), além de lhe atingir a integridade 
física 
• Pena autônoma para lesão corporal ou morte 
• Ausência de dolo no resultado - Art. 159. Quando da violência resulta 
morte ou lesão corporal e as circunstâncias evidenciam que o agente 
não quis o resultado nem assumiu o risco de produzi-lo, a pena do 
crime contra a pessoa é diminuída de metade. 
• Admite-se tentativa – Quando não se consegue praticar a violência 
 
Ofensa aviltante à inferior 
RESITÊNCIA MEDIANTE AMEAÇA OU VIOLÊNCIA 
Art. 177. Opor-se à execução de ato legal, mediante ameaça ou 
violência ao executor, ou a quem esteja prestando auxílio: 
Pena - detenção, de seis meses a dois anos. Forma qualificada 
§ 1º Se o ato não se executa em razão da resistência: 
Pena - reclusão de dois a quatro anos. 
Cumulação de penas 
§ 2º As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das 
correspondentes à violência, ou ao fato que constitua crime mais 
grave. 
a. Considerações sobre o crime de resistência mediante violência ou 
grave ameaça 
• Sujeito ativo: Qualquer pessoa 
• Objetividade Jurídica: A administração Militar 
• Conduta: Opor-se a execução de ato 
• Não admite modalidade culposa 
• Admite-se tentativa – Quando não se consegue praticar a violência 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Art. 178. Promover ou facilitar a fuga de pessoa legalmente presa ou 
submetida a medida de segurança detentiva:Pena - detenção, de seis meses a dois anos. 
QUEM COMETE NÃO É O PRESO, É QUEM PROMOVE OU FACILITA. 
Formas qualificadas 
§ 1º Se o crime é praticado a mão armada ou por mais de uma pessoa, 
ou mediante arrombamento: (ARROMBAMENTO + CONCURSO DE 
PESSOAS) 
Pena - reclusão, de dois a seis anos. 
§ 2º Se há emprego de violência contra pessoa, aplica-se também a 
pena correspondente à violência. 
§ 3º Se o crime é praticado por pessoa sob cuja guarda, custódia ou 
condução está o preso ou internado: 
Pena - reclusão, até quatro anos 
Modalidade culposa 
Art. 179. Deixar, por culpa, fugir pessoa legalmente presa, confiada à 
sua guarda ou condução: 
Pena - detenção, de três meses a um ano 
CRIMES DE PRESOS: 
FUGA DE PRESO OU INTERNADO #CONSIDERAÇÕES 
 Sujeito ativo: Qualquer pessoa 
 Objetividade Jurídica: A administração Militar 
 Conduta: os núcleos da conduta em questão são “promover” ou 
“facilitar” a fuga de preso ou internado. 
 Promoção de fuga significa originar, iniciar, causar ou provocar 
a fuga de preso ou internado. Já na facilitação, embora o 
agente não seja o desencadeador do plano de fuga, toma parte 
no esquema montado, favorecendo-a, tornando-a fácil, 
facultando-a, por exemplo, pela remoção de obstáculo 
 Prisão penal (exclui-se detenções administrativas) 
 Qualifica-se por emprego de arma, concurso de pessoas ou 
com o arrombamento da instalação 
 Aplica-se cumulativamente as penas de violência 
 Modalidade culposa (previsão em artigo específico: art 179) 
 Admite-se tentativa – Quando não se consegue praticar a 
violência 
Art. 180. Evadir-se, ou tentar evadir-se o preso ou internado, 
usando de violência contra a pessoa: 
Pena - detenção, de um a dois anos, além da correspondente à 
violência. 
§ 1º Se a evasão ou a tentativa ocorre mediante arrombamento 
da prisão militar: 
Pena - detenção, de seis meses a um ano. 
Cumulação de penas 
§ 2º Se ao fato sucede deserção, aplicam-se cumulativamente 
as penas correspondentes. 
 
EVASAÕ DO PRESO OU INTERNADO 
#CONSIDERAÇÕES 
Sujeito ativo: o sujeito ativo poderá ser qualquer pessoa, civil ou militar, 
desde que preso em recinto militar (prisão ou Unidade dotada de cela) ou 
submetido à escolta ou guarda de autoridade militar. 
• Objetividade Jurídica: A administração Militar 
• Conduta: o núcleo da conduta é “evadir-se” ou “tentar evadir-se” (já 
considera a forma tentada como consumação do crime) 
• Evadir-se é fugir, é subtrair-se à custódia ou guarda de outrem”, sendo 
fundamental que a prisão seja legal ou, de outra forma, o delito não se 
verificará. 
• Necessário ter ocorrido violência contra pessoa para consumar-se o 
crime ou ainda destruição, total ou parcial, de mecanismo de segurança 
de algum acesso que impeça a sua saída, tudo isso com o intuito de fugir, 
mesmo que não consiga 
• Aplica-se cumulativamente as penas de violência 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ARREBATAMENTO DE PRESO OU INTERNADO 
Art. 181. Arrebatar preso ou internado, a fim de maltratá-lo, do poder de 
quem o tenha sob guarda ou custódia militar: 
Pena - reclusão, até quatro anos, além da correspondente à violência. 
a. Considerações sobre o crime de arrebatamento de preso ou 
internado 
• Sujeito ativo: qualquer pessoa. CRIME PODE SER COMETIDO POR CIVIL 
• Objetividade Jurídica: A administração Militar 
• Conduta: “arrebatar”, que significa tomar à força, arrancar, afastar 
a custódia de autoridade militar, exigindo-se, pois, que haja emprego de 
violência física contra a pessoa ou então violência contra coisa 
• O militar que guarda a pessoa arrebatada, em vista de ter sua 
resistência vencida, não responde por delito 
• Não admite modalidade culposa 
• Admite tentativa 
A GUARDA OU CUSTÓDIA DEVE SER DE OUTREM 
AMOTINAMENTO 
Art. 182. Amotinarem-se presos, ou internados, perturbando a 
disciplina do recinto de prisão militar: 
Pena – reclusão, até três anos, aos cabeças; aos demais, detenção 
de um a dois anos. 
Responsabilidade de partícipe ou de oficial 
Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem participa do 
amotinamento ou, sendo oficial e estando presente, não usa os meios 
ao seu alcance para debelar o amotinamento ou evitar-lhe as 
consequências. 
#CONSIDERAÇÕES: 
• Sujeito ativo: crime de autoria coletiva, exige-se pluralidade de 
pessoas para configurá-lo. 
• Objetividade Jurídica: A administração Militar 
• Conduta: o núcleo da conduta é “amotinar-se”, ou seja, rebelar-se, 
perturbar a ordem vigente no recinto de prisão militar, negando-se 
a sair ou a voltar para as celas, fazendo algazarra, tomando terceiro 
qualquer como refém, em suma, alterando indevidamente a 
regularidade das atividades do estabelecimento que contenha prisão 
militar 
• Aumento de pena para os para os Cabeças 
• Não admite modalidade culposa 
• Admite tentativa 
DOS CRIMES CONTRA O DEVER: 
INSUBMISSÃO 
Art. 183. Deixar de apresentar-se o convocado à incorporação, dentro 
do prazo que lhe foi marcado, ou, apresentando-se, ausentar-se antes 
do ato oficial de incorporação: 
 Pena - impedimento, de três meses a um ano. Caso assimilado 
§ 1º Na mesma pena incorre quem, dispensado temporariamente da 
incorporação, deixa de se apresentar, decorrido o prazo de 
licenciamento. Diminuição da pena 
§ 2º A pena é diminuída de um terço: 
I- pela ignorância ou a errada compreensão dos atos da convocação 
militar, quando escusáveis; 
II- pela apresentação voluntária dentro do prazo de um ano, contado 
do último dia marcado para a apresentação. 
a. Considerações sobre o crime de Insubmissão 
• Sujeito ativo: o delito em estudo visa alcançar o civil que, convocado, 
busca escapulir da prestação do serviço militar, iniciado com o ato de 
incorporação ou de matrícula. 
• Objetividade Jurídica: Serviço e o Dever Militar 
• Conduta: São duas as condutas reprimidas por este tipo. A primeira 
delas é deixar de se apresentar e a segunda é ausentar-se: 
• Na primeira possibilidade, o autor, convocado para incorporação 
à Força, deixa de apresentar-se à Instituição Militar no prazo que 
lhe foi determinado. 
• Já na segunda, ele se apresenta à Força no prazo determinado, 
mas, em seguida, ausenta-se antes da formalização de sua 
incorporação. 
• Redução da pena em 1/3 por ignorância ou apresentação 
voluntária dentro do prazo de 01 ano 
A MULHER NÃO PODE COMETER, POIS A CF NÃO OBRIGA AO 
SERVIÇO MILITAR OBRIGATÓRIO 
 
MOTIM NÃO É AMOTINAR! AMOTINAR É IR CONTRA A REGRA DO 
PRESÍDIO. O MOTIM É A MERA REUNIÃO DE MILITARES. ALÉM DISSO, 
AMOTINAMENTO É UM CRIME COMUM, E O MOTIM É UM CRIME 
PROPRIAMENTE MILITAR. 
INSUBMISSO É DIFERENTE DE DESERTOR. 
A INSUBMISSÃO SÓ É COMETIDA POR CIVIS. É O ÚNICO CRIME MILITAR 
QUE O MILITAR NÃO COMETE. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Art. 184. Criar ou simular incapacidade física, que inabilite o 
convocado para o serviço militar: 
Pena - detenção, de seis meses a dois anos. 
a. Considerações sobre o crime criação ou simulação de incapacidade 
física 
• Sujeito ativo: o sujeito ativo poderá ser qualquer pessoa, o 
convocado, bem como aquele que, militar ou civil, o auxilie a simular 
ou a criar a incapacidade 
• Objetividade Jurídica: Serviço e o Dever Militar 
• Conduta: A primeira modalidade (criar) faz existir e a segunda 
(simular) faz parecer que existe algo que incapacite o acusado a fim 
de inabilitá-lo para o serviço militar. Essa incapacidade poderá ser 
física, muito mais comum, ou mental. 
• Note-se que o presente delito, como se verá, diferencia-se da 
modalidade prevista do art. 188, IV, do CPM, porquanto se tem em 
foco no artigo em análise apenas o convocado, enquanto, naquele, a 
atenção se volta para o militar, já incorporado, que alcança a 
inatividade por simulação de incapacidade. 
• Somente doloso 
• Admite tentativa 
Criação ou simulação de incapacidade física SUBISTITUIÇÃODE CONVOCADO 
Art. 185. Substituir-se o convocado por outrem na apresentação ou 
na inspeção de saúde: 
Pena – detenção, de seis meses a dois anos. 
Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem substitui o 
convocado. 
a. Considerações sobre o crime de substituição de convocado 
• Sujeito ativo: o sujeito ativo é o convocado, figura já delineada 
quando do estudo do art. 183. Por previsão do parágrafo único, 
também pode cometer o delito aquele que, civil ou militar, fez-se 
passar pelo convocado 
• Objetividade Jurídica: Serviço e o Dever Militar 
• Conduta: convocado se faz substituir por outra pessoa, no 
momento de sua apresentação à Instituição Militar, ou no ato de 
inspeção de saúde que venha a sofrer. 
• Somente doloso 
• Não admite admite-se tentativa

Continue navegando