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ANATOMIA DO SISTEMA IMUNE ANATOMIA E FUNÇÃO DOS TECIDOS LINFOIDES • Linfócitos e APC → Localizados e concentrados nos órgãos linfoides • Local onde antígenos estranhos são transportados • Espalhadas por todos os tecidos ÓRGÃOS LINFOIDES PRIMÁRIOS Local de expressão/maturação fenotípica e funcional dos linfócitos a antígenos o Medula Óssea → Promove a geração de CÉLULAS B. o Timo: Promove a geração/amadurecimento de CÉLULAS T. o Promovem fatores de crescimento para a maturação o Apresentação de antígenos próprios para reconhecimento e seleção dos linfócitos em fase de maturação. o Existência de linfócitos virgens respondedores: para resposta imune adaptativa poder ser iniciada ÓRGÃOS LINFOIDES SECUNDÁRIOS Local em que ocorre as respostas dos linfócitos aos antígenos estranhos o Baço o Gânglios linfáticos o Amadurecimento dos linfócitos B ✓ MEDULA ÓSSEA • Sítio de geração da maioria das células sanguíneas circulantes: hemácias, granulócitos e monócitos. E maturação das CÉLULAS B. • HEMATOPOIESE é assumida gradualmente pela medula óssea ao fim do 4º mês de gestação. o Ao nascimento → Hematopoiese acontece principalmente nos ossos por todo o esqueleto o Se torna gradualmente restrita à medula dos ossos chatos o PUBERDADE → Hematopoiese ocorre principalmente no esterno, vértebras, ossos ilíacos e nas costelas. • A medula vermelha encontrada nesses ossos consiste em uma estrutura reticular esponjosa localizada entre as longas trabéculas • Os espaços nessa estrutura contêm uma rede de sinusoides preenchidos por sangue e revestidos por células endoteliais ligadas a uma membrana basal descontínua. • Fora dos sinusoides → Há grupos de precursores de células sanguíneas em vários estágios de desenvolvimento. • Os precursores de células sanguíneas amadurecem e migram pelas membranas basais dos sinusoides e entre as células endoteliais → entram no ambiente intravascular. • Quando a medula é lesionada ou quando ocorre uma alta demanda na produção de novas células sanguíneas → FÍGADO e BAÇO assumem o processo de hematopoiese extramedular. • CÉLULA-TRONCO HEMATOPOIÉTICA (HSC) o Pluripotente → Gera todos os diferentes tipos de células sanguíneas maduras. o Autorrenováveis • Sofrem divisão todo momento • Pelo menos uma célula-filha mantém as propriedades de células tronco, enquanto a outra pode se diferenciar em uma linhagem específica (divisão assimétrica) o Mantidas dentro de nichos anatômicos microscópicos especializados na medula. • Células do estroma não hematopoiéticas → sinais por meio de contato célula-célula + fatores solúveis → contínua divisão das HSC. o Originam 2 tipos de CÉLULAS MULTIPOTENTES: • PROGENITOR LINFOIDE COMUM → Fonte de precursores de linhagem comprometida com as células T, B e NK. • Células B sofrem o processo final de maturação nos órgãos linfoides secundários (principalmente baço). • Maturação das Células T → Ocorrem inteiramente no timo (migração do progenitor linfoide comum/progênie pouco diferenciada migra para o sangue em direção ao timo) • PROGENITOR MIELOIDE COMUM • Dão origem à linhagem eritroide, megacariocítica, granulocítica e monocítica → eritrócitos, plaquetas, granulócitos (neutrófilos, eosinófilos, basófilos) e monócitos. • A maior parte das células dendríticas origina-se da linhagem monocítica. o A proliferação e diferenciação das células precursoras na MO são estimuladas por citocinas. o CITOCINAS HEMATOPOIÉTICAS → Produzidas por células do estroma e macrófagos na MO → Ambiente adequado para hematopoiese. • Produzidas por linfócitos T ativados por antígenos e macrófagos ativados por citocinas ou microorganismos → mecanismo compensatório da falta de leucócitos que são consumidos durante as reações inflamatórias e imunológicas. • Contém numerosos PLASMÓCITOS → Secretam anticorpos. o Gerados nos tecidos linfoides periféricos o Consequência da estimulação antigênica de células B. o Depois migram para a medula. TIMO • Sítio de maturação da CÉLULA T. • Células T (timócitos) • Órgão bilobado. o Lobo dividido em múltiplos lóbulos por septos fibrosos. o Cada lóbulo consiste em um córtex externo e uma medula interna. o CÓRTEX contém uma coleção densa de linfócitos T. • Células epiteliais corticais → produzem IL-7 → desenvolvimento da célula T. o MEDULA → Coloração + clara + população + dispersa de linfócitos T. • Macrófagos derivados da MO + células dendríticas são encontrados em maior quantidade nessa região. • Células epiteliais medulares tímicas ▪ Apresentação de antígenos próprios para as células T em desenvolvimento. ▪ Deleção de células T autorreativas → Assegura autotolerância do sistema imune. ▪ Corpúsculos de Hassall • Compostos de espirais compactadas de células epiteliais que podem ser remanescentes de células em degeneração. • Células epiteliais (citoplasma abundante) espalhadas pelo timo. • Situado no mediastino anterior. • Rico suprimento sanguíneo e vasos linfáticos eferentes que drenam para os gânglios linfáticos do mediastino. • Componente epitelial do timo é derivado de invaginações do ectoderme no pescoço e no tórax do embrião em desenvolvimento → BOLSAS BRANQUIAIS. • Células comprometidas com a linhagem de células T → Desenvolvem-se na MO de células progenitoras linfoides comuns → circulação sanguínea → córtex tímico. • Maturação ocorre no córtex tímico. • Conforme os timócitos vão amadurecendo → MEDULA. o Medula contém a maioria das células T maduras. • Somente as Células T Maduras saem do timo e entram no sangue e nos tecidos linfoides periféricos SISTEMA LINFÁTICO • Vasos especializados que drenam os líquidos dos tecidos para os gânglios linfáticos → sangue. • Homeostase dos líquidos teciduais e das respostas imunológicas. • Líquido intersticial é formado em todos os tecidos vascularizados pelo movimento de um filtrado do plasma para fora dos capilares. • ↑ Tecido lesionado/infectado → ↑ Taxa de formação local desse líquido. • Pele, epitélios, órgãos parenquimatosos absorvem esse líquido dos espaços entre as células teciduais por meio de capilares linfáticos. CAPILARES LINFÁTICOS o Canais vasculares de fundo cego revestidos por células endoteliais sobrepostas. o Sem as junções intercelulares justapostas ou membrana basal típica de vasos sanguíneos. o Permitem a captura livre do líquido intersticial o Arranjo em sobreposição das células endoteliais o Impedem o refluxo do líquido LÍQUIDO ABSORVIDO: LINFA o Bombeada para vasos linfáticos progressivamente maiores. o Por meio da contração da musculatura lisa perilinfática + pressão exercida pelo movimento dos tecidos musculoesqueléticos. • Vasos confluem para os LINFÁTICOS AFERENTES → Drenam a linfa p/ os GÂNGLIOS LINFÁTICOS. • Líquido é conduzido para fora dos gânglios linfáticos pelos LINFÁTICOS EFERENTES. • GÂNGLIOS LINFÁTICOS estão conectados em série por meio dos vasos linfáticos. • Linfático eferente saindo de um pode servir como vaso aferente para o outro. • O vaso linfático eferente na extremidade de uma cadeia de gânglios linfáticos une-se a outros, desembocando, em última instância, em um grande vaso linfático: DUCTO TORÁCICO • Linfa do ducto torácico é esvaziada no interior da Veia Cava Superior (líquido é devolvido à corrente sanguínea). • Vasos linfáticos do tronco superior direito, do braço direito e da lateral direita da cabeça → drenam → ducto linfático direto → veia cava superior. • Cerca de 2 L de linfa retornam dessa maneira para a circulação. • Ruptura de um sistema linfático pode levar a um edema tecidual. • Capta antígenos microbianos do sítio de entrada e transporta-os aos gânglios linfáticos, onde podem deflagrar a resposta imune adaptativa. o Na maioria das vezes, os micro-organismos entram no corpo através da pele e dos tratos gastrointestinal e respiratório. o Tais tecidos são revestidos por epitélios que contém CÉLULAS DENTRÍTICAS → Capturam alguns antígenosmicrobianos e entram nos vasos linfáticos. o Outros microorganismos e antígenos solúveis são capturados diretamente pelos vasos linfáticos independentemente das células dendríticas. o Mediadores inflamatórios solúveis → QUIMIOCINAS → São produzidos nos sítios de infecção e entram nos vasos linfáticos. o GÂNGLIOS LINFÁTICOS estão interpostos ao longo da circulação linfática. • Funcionam como filtros que testam os antígenos solúveis e aqueles associados a células dendríticas na linfa antes de chegarem ao sangue. • Permite que os antígenos sejam encontrados pelo sistema imune adaptativo. GÂNGLIOS LINFÁTICOS • Órgãos linfoides secundários vascularizados e encapsulados. • Características anatômicas → Favorecem o início das respostas imunes adaptativas para antígenos transportados dos tecidos pelos linfáticos. • Situados ao longo dos vasos linfáticos por todo o corpo • Têm acesso aos antígenos encontrados nos epitélios e provenientes do líquido intersticial na maioria dos tecidos. • Envolto por uma cápsula fibrosa sobre a qual há um sistema sinusoide revestido por células reticulares, entremeado por fibrilas de colágeno e outras proteínas da matriz extracelular. • Preenchido com linfa, macrófagos, células dentríticas e outros tipos celulares. • LINFÁTICOS AFERENTES → Desembocam no seio subcapsular (marginal) • Linfa é drenada diretamente para o SEIO MEDULAR CONECTADO → Sai do gânglio linfático pelos vasos linfáticos eferentes. • Parte interna do SEIO SUBCAPSULAR: CÓRTEX o Rico em linfócitos o Córtex externo contém agregrados de células → FOLÍCULOS o Alguns folículos possuem áreas centrais → CENTROS GERMINATIVOS (folículos secundários) o Folículos sem centros germinativos: folículos primários o Córtex ao redor dos folículos → CÓRTEX PARAFOLICULAR OU PARACÓRTEX • Organizado em cordões, regiões com uma complexa microanatomia de proteínas da matriz, fibras, linfócitos, células dendríticas e fagócitos mononucleares. ORGANIZAÇÃO ANATÔMICA DOS LINFÓCITOS B E T • Os linfócitos B e T localizam-se em regiões distintas do córtex dos gânglios linfáticos, cada região com sua própria arquitetura de fibras reticulares e células do estroma. • Folículos → Zonas da célula B (localizadas no córtex do gânglio linfático) o Organizadas ao redor das CÉLULAS DENTRÍTICAS FOLICULARES (FDC) o Densa rede reticular • Os folículos primários contêm a maioria dos linfócitos B virgens maduros. • CENTROS GERMINATIVOS → Desenvolvem-se em resposta à estimulação antigênica. o Sítios de notável proliferação de células B, seleção de células B produtoras de anticorpos de alta afinidade e geração de células B de memória e plasmócitos de longa vida. • Linfócitos T → Localizados mais centralmente em relação aos folículos → CORDÕES PARACORTICAIS. o Essas zonas ricas em células T contêm uma rede de células reticulares fibroblásticas (FRC) o FRC são arranjadas para formar a camada externa de estruturas tubulares → CONDUTOS DE FRC. • Arranjos organizados de moléculas de matriz extracelular • Feixes paralelos de fibras de colágeno embebidas em uma rede de microfibras de fibrilina. • Delimitado por uma membrana basal. o Condutos começam no SEIO SUBCAPSULAR. o Estendem-se tanto para os vasos linfáticos do seio medular como para os vasos sanguíneos corticais → VÊNULAS ENDOTELIAIS ALTAS (HEV) o Células T ficam concentradas ao redor dos condutos → CÓRTEX DO GÂNGLIO LINFÁTICO. • A maioria das células T corticais são células T CD4+ auxiliares, entremeadas por células CD8+ relativamente esparsas. o Células dendríticas também estão concentradas no PARACÓRTEX DOS GÂNGLIOS LINFÁTICOS → Muitas delas associadas aos condutos de FRC. • A segregação anatômica dos linfócitos B e T em áreas distintas dos gânglios linfáticos depende: o citocinas que são secretadas pelas células do estroma do gânglio linfático em cada área e que direcionam a migração dos linfócitos • Os linfócitos T e B virgens entram no gânglio linfático por uma artéria, e chegam ao estroma do órgão através das HEV, localizadas no centro dos cordões corticais, deixando assim a circulação sistêmica. • Citocinas que determinam em que local as células B e T residirão no gânglio linfático são do tipo QUIMIOCINAS. o Desenvolvimento, manutenção da arquitetura tecidual e respostas imunológicas e inflamatórias. o As células T virgens expressam o receptor CCR7 que se liga às quimiocinas CCL19 e CCL21. o Essas quimiocinas atraem as células T virgens, atraindo-as do sangue para a zona de células T. o Células dendríticas também expressam CCR7 → Migram para mesma área das células T virgens. o Células B virgens expressam o receptor CXCR5 → Reconhece a quimiocina CXCL13 (produzida somente nos folículos por FDC). o Células B são atraídas para as zonas de células B dos gânglios linfáticos. • A segregação anatômica das células T e B assegura que cada população de linfócito esteja em estreito contato com as APC apropriadas, isto é, células T com células dentríticas e células B com FDC. o Células T e B são mantidas separadas até o momento de interagirem de modo funcional. o Após estimulação pelos antígenos, as células T e B perdem sua restrição anatômica o Começam a migrar em direção uma às outras o Células T ativadas • Folículos p/ auxiliar as células B na circulação • Entrar na circulação e sair do gânglio linfático o Células B ativadas • Migram para os centros germinativos → Diferenciam-se em PLASMÓCITOS → Podem povoar a MO. TRANSPORTE DE ANTÍGENOS PELOS GÂNGLIOS LINFÁTICOS • Substâncias originárias da linfa que entram no SEIO SUBCAPSULAR do gânglio linfático são separadas pelo tamanho molecular. • Apresentadas aos diferentes tipos celulares para iniciarem diferentes tipos de resposta imune. • O assoalho do seio subcapsular é construído de tal forma que permite o contato das células no seio ou a migração para o córtex subjacente. • Impede o movimento de moléculas solúveis na linfa, bloqueando a passagem livre para o córtex. • Vírus e outros antígenos de alto peso molecular são capturados pelos macrófagos do seio. • Podendo também ser reconhecidos pelos linfócitos B corticais situados logo abaixo do seio cortical. • Antígenos solúveis de baixo peso molecular são transportados para fora do seio pelos condutores de FRC → Passam para as células dendríticas residentes corticais localizadas próximas aos condutos. • Células dendríticas residentes estendem seus prolongamentos e capturam e promovem pinocitose dos antígenos solúveis que estão transitando no lúmen dos condutos. BAÇO • Órgão altamente vascularizado. • Retira da circulação células sanguíneas lesionadas e remanescentes e partículas (imunocomplexos e microorganismos opsonizados) • Iniciar as respostas imunológicas adaptativas aos antígenos capturados do sangue. • 150 g no adulto • Localizado no quadrante superior esquerdo do abdome. • Parênquima esplênico o Polpa vermelha • Sinusoides vasculares preenchidos por sangue. o Polpa branca • Rica em linfócitos. • O sangue entra no baço por uma artéria esplênica única, que perfura a cápsula no hilo e divide-se progressivamente em ramos menores que permanecem cercados por trabéculas fibrosas protetoras e de sustentação. • Alguns dos ramos arteriolares da artéria esplênica terminam em sinusoides vasculares extensos → Formam a POLPA VERMELHA. o São circundados por macrófagos e preenchidos por eritrócitos. • Sinusóides terminam em vênulas que drenam para a veia esplênica → sangue para fora do baço → Dentro da circulação porta. MACRÓFAGOS DA POLPA VERMELHA o Importante filtro para o sangue o Removendo microorganismos, células lesionadas, células e micro-organismos recobertos por anticorpos. • Indivíduos que perdem o baço são altamente suscetíveis a infecções por bactérias encapsuladas, como pneumococos e meningococos. o Tais microorganismos são normalmente eliminados por opsonização e fagocitose, e fica bastanteprejudicada na ausência do baço. • A função da POLPA BRANCA é promover as respostas imunes adaptativas contra antígenos provenientes do sangue o A polpa branca é organizada ao redor das artérias centrais, que são ramos da artéria esplênica. o Os vários ramos menores das artérias centrais atravessam uma região rica em linfócitos e drenam para o seio marginal o A zona marginal forma um limite entre a polpa vermelha e polpa branca. • Zonas do baço ricas em células T → BAINHAS LINFOIDES PERIARTERIOLARES • Folículos ricos em células B ocupam o espaço entre o seio marginal e a bainha periarteriolar. • As áreas de células T no baço contêm uma rede de complexos condutos. • Condutos compostos de proteínas da matriz revestidas por células tipo FRC. • A zona marginal situada fora do seio marginal é composta por células B e macrófagos especializados. • Repertório limitado de especificidades antigênicas. • Antígenos no sangue são levados ao seio marginal por células dendríticas circulantes ou são encontrados pelos macrófagos na zona marginal. • Quimiocina/ Receptor → CXCL13/ CXCR5 →Migração da célula B para os folículos. • CCL19 + CCL21/ CCR7 Migração de células T virgens para o interior da bainha periarteriolar. SISTEMAS IMUNOLÓGICOS REGIONAIS • Cada barreira epitelial principal do corpo, inclusive a pele, a mucosa gastrointestinal e a mucosa brônquica, tem: o Seu próprio sistema de gânglios linfáticos. o Estruturas linfoides não encapsuladas. o Células imunes de distribuição difusa. o Trabalham de modo coordenado para fornecer respostas imunológicas especializadas contra patógenos que entram por essas barreiras. • Evoluído para responder a uma grande variedade de desafios ambientais • TECIDOS LINFOIDES ASSOCIADOS À MUCOSA (MALT) o Associados à mucosa gastrointestinal e brônquica o Respostas imunológicas para antígenos ingeridos e inalados o Grande quantidade de células das imunidades inata e adquirida
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