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Coesão e Coerência - Relações lógicas (6)

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Coesão e Coerência: Relações
lógicas
2 + 2 = 4 ou Relações Lógicas
· Ele saiu de guarda-chuva porque estava chovendo.
· Ele saiu de guarda-chuva porque a geladeira estava desligada.
· Se está chovendo, as ruas ficam sequinhas.
· O salário aumentou, mas o dia está ensolarado.
· A criminalidade é grande por causa do excesso de borboletas.
Regras gramaticais obedecidas (concordância, colocação das palavras, etc.), no entanto há algo errado.
Ninguém fala sozinho! Toda argumentação leva em conta o ouvinte ou o leitor.
Quando usamos a linguagem nós somos nós mesmos + a pessoa que nos ouve ou nos lê
Usar a linguagem é, em boa parte, estabelecer relações lógicas entre uma coisa e outra.
E como se concretiza essas relações?
- Através de relatores específicos que estabelecem uma ponte lógica entre o que se disse e o que se vai dizer: mas, porque, pois, se, quando, no entanto, apesar de, etc.
Mas a semelhança com a Matemática termina aqui:
· Na língua as relações lógicas são sempre flutuantes, jamais absolutas.
· A abstração matemática dispensa o usuário, já no uso vivo da linguagem, o falante é parte integrante, inseparável, do que ele diz.
O ato de defender pontos de vista implica o uso dinâmico da argumentação, num mundo em que cada pessoa tem o direito de pensar diferente; e, também, a responsabilidade de argumentar. Observe:
A criminalidade aumentou porque a miséria é grande. A criminalidade aumentou porque falta polícia.
Embora ambas as sentenças sejam coerentes, defendem pontos de vistas diferentes. Logo, como ninguém é dono da verdade e como ela é uma conquista, precisamos argumentar. Nessa tarefa os relatores lógicos são indispensáveis – sem os “porquês”, os “pois”, os “mas”, seria impossível argumentar!
Algumas dificuldades sobre o uso de relatores na escrita
· Clareza: na escrita, deve ficar imediatamente clara para o leitor a relação lógica que se estabelece na sentença, porque não estamos presentes no momento da leitura para dirimir dúvidas. Não contamos com a repetição (reforço), gestos, variação do tom da voz, entres outros recursos característicos da fala.
· Variedade: na linguagem oral, dois ou três relatores dão conta de praticamente todos os casos, enquanto a escrita dispõe de um grande número de relatores diferentes capazes de criar gradações de significado que, quando falamos, resolvemos com a entonação, o gesto, a repetição... Quanto mais relatores conhecemos, melhor dominamos as sutilezas da argumentação.
· Gramática: também no uso dos relatores há diferenças entre a gramática da oralidade e a gramática da escrita, que exigem alguma atenção de quem escreve – por exemplo, apesar que (comum na oralidade) x apesar de que (obrigatório na escrita); e alguns relatores (embora, por exemplo) exigem o verbo no subjuntivo, pouco usado na linguagem oral.
Atividade de Leitura: Texto “Chega desse negócio”, de João Ubaldo Ribeiro.
CHEGA DESSE NEGÓCIO
Manifesto contra a moda de se falar mal do Brasil
João Ubaldo Ribeiro Sim, o Brasil tem problemas medonhos e não é um exemplo de desenvolvimento
e justiça social, mas, com perdão da má palavra, já ando de saco cheio desse negócio de
tudo aqui ser o pior do mundo, ninguém aqui prestar e nada aqui funcionar e sermos culpados de tudo o que de ruim acontece na Terra. Saco cheiíssimo de sair do Brasil e enfrentar ares de superioridade e desprezo por parte da gringalhada, todos nos olhando como traficantes de cocaína, assassinos de índios e crianças, corruptos natos e mais uma vasta coleção de outras coisas, a depender do país e da platéia.
Tem muito brasileiro que, nessas ocasiões, bota o rabo entre as pernas, já vi muitos. Eu não. Posso ter envergonhado a Pátria por escrever mal ou me comportar de forma pouco recomendável em coquetéis literários, mas, em matéria de reagir a dichotes, nunca envergonhei. Não nego os problemas brasileiros, mas me recuso a aceitar que sejamos os únicos vilões e que não se veja em nós nenhuma qualidade positiva, a não ser sambar, distribuir abraços e beijos a todos e exibir os traseiros de nossas mulheres a quem solicitar. Aí eu dou o troco a eles
· Um jornal noticiou que matam 200.000 crianças por ano no Brasil. Isso é uma barbaridade! O que o senhor tem a dizer sobre isso?
· Não sei o número certo, mas matam-se crianças no Brasil, é verdade. E concordo, é uma barbaridade. Mesmo que fosse só uma criança, já seria demais. Entretanto, aqui mesmo em seu país, não faz tanto tempo assim, esse número que o senhor citou talvez fosse uma estimativa conservadora não por anos, mas por dia. Sei que o senhor é da geração pós-guerra, não tem nada com isso, nada disso se reflete sobre seu povo e, se formos cavoucar muito, é capaz de vocês descobrirem que Hitler tinha uma avó alagoana e é por isso que deu naquilo. As coisas não são tão simples e, a depender das circunstâncias, qualquer povo é capaz de matar crianças e criancinhas, seja apertando botões de bombas, o que não fazemos no Brasil, seja apertando o gatilho mesmo, o que, como vocês, também fazemos no Brasil, só que em escala muitíssimo mais modesta, nunca chegamos à perfeição de vocês.
· Como se explica o extermínio de índios brasileiros? – pergunta um americano.
· Do mesmo jeito que o extermínio dos índios americanos. Por causa da ganância, brutalidade, arrogância, ignorância etc. que são encontradas em nossos povos. Devo dizer, contudo, que o exército brasileiro nunca saiu tocando corneta a cavalo para metralhar índios, índias, indiazinhas em suas aldeias, nem enforcou índios, nem escalpelou índios ( o costume de escalpelar foi aprendido pelos índios de vocês), nem mandou cobertores contaminados por sarampo e catapora de presente para os índios.
· Como é que o senhor pode ser escritor num país de analfabetos?
· Porque, ainda que mal e porcamente, é a única coisa que sei fazer . E porque todo povo tem sua literatura. Me fazem muito essa pergunta, e fico pensando que, por sermos pobre, não temos direito a nossos romances, nossas fantasias, nossos artistas, o que parece estar implícito na pergunta. Só podemos ter pintores de paredes, bailarinos folclóricos, escultores de cerâmica, redatores de relatórios, compositores de música didática e assim por diante, ou seja, devemos ser mais pobres ainda. Mas, de minha parte, vou continuar escrevendo.
E tem muito, muito mais: não fomos nós quem devastou a bombas Hiroshima e Dresden, não fomos nós quem oprimiu a maior parte do globo terrestre, não fomos nós quem massacrou hindus, árabes, judeus, muçulmanos, curdos, armênios, chineses, indonésios, vietnamitas, zulus e uma lista que não acaba nunca, não somos nós quem queima quase todo o combustível fóssil do planeta, não somos nós... Chega desse negócio, eu não sou bandido, nós somos brasileiros, eles que vão se catar, enfurnados lá no frio escuro e triste deles.
(Veja PR, ano 26, nº.13)
Roteiro de Leitura do Texto
· Qual o assunto do texto?
O assunto é a “mania” de falarem mal do Brasil e do brasileiro. O autor aborda o fato dos estrangeiros alegarem que tudo no Brasil e do Brasil não presta ou é horrível, e o autor contrapõe isso.
· O que quer dizer o título do texto – Chega desse negócio? “Desse” qual? Observe que João Ubaldo já
começa o texto, desde o título, pensando no seu leitor. Segundo ele, o que pensa o leitor?
O título refere-se ao fato de atribuírem culpa ao Brasil a respeito de “tudo”. E segundo o autor o leitor tem o pensamento, conforme o texto, de que o Brasil tem muitas coisas e pontos negativos sim, como exemplo a justiça, desigualdade social e etc.
· Observe que a primeira sentença do texto já “conversa” com o leitor, como se João Ubaldo estivesse
dialogando com alguém. O que “disse” esse leitor ao João Ubaldo antes de ele começar a escrever?
O leitor “pontuou” alguns pontos negativos a respeito do Brasil e do que acontece aqui em nosso país.
· Qual o ponto de vista central que João Ubaldo defende no texto?
O autor, acima de tudo, defende o fato de que apesar de haver muitos pontos negativos no Brasil, nosso país não é o único que não apresenta um padrão de“perfeição”, e que apesar de ser visto como um lugar de inferioridade, a maioria das coisas “absurdas” que aconteceram no mundo foram oriundas de outros países.
· Que argumentos ele usa para defender seu ponto de vista?
O autor não exime o Brasil das coisas ruins que aqui acontecem, entretanto o autor busca fatos semelhantes já ocorridos em outros países, alguns até piores do que houveram no Brasil, para mostrar que o exterior também comete barbaridades (palavra usada no texto)
· Você acha que esse texto é uma “patriotada”? João Ubaldo diz que o Brasil é uma maravilha
completa?
Acredito que tenha sim um pequeno teor de “patriotismo”, ademais em minha opinião isso é um sentimento que deveria haver em todos os brasileiros, porém em momento algum o autor afirma ou deixa subentendido de que o Brasil é uma maravilha completa, até porque o próprio autor inicia o texto apontando problemas sociais presentes em nosso país.
· Qual foi a linha argumentativa que ele usou? Ele diz que nada do que falam é verdade? Ou saiu para o “contra-ataque”?
O autor não nega os fatos que aconteceram ou acontece no Brasil, porém o autor segue na linha da relação de discordância, em mostrar de que o Brasil não é o único país que erra ou errou, e que demais países também já cometeram coisas piores no decorrer do tempo, e que essas coisas não são inerentes ao Brasil.
· Você concorda com ele?
Sim. Apesar de todos os problemas sociais enfrentados em nosso país, não somos os vilões da história, conforme diz o autor, e que o Brasil não é o centro da problemática.
Vamos observar como a argumentação do texto lido se realiza por meio das relações lógicas:
“Sim, o Brasil tem problemas medonhos e não é um exemplo de desenvolvimento e justiça social, MAS, com perdão da má palavra, já ando de saco cheio desse negócio de tudo aqui ser o pior do mundo (...)” – relação de discordância (oposição)
“Tem muito brasileiro que, nessas ocasiões, bota o rabo entre as pernas, já vi muitos. Eu não” – relação de discordância (oposição) implícita.
A língua portuguesa permite uma gama praticamente infinita de gradações argumentativas, que vão desde a concordância absoluta até a discordância total, incluindo um grande número de sutilezas lógicas:
· ironia: dizemos o contrário do que pensamos, para transformar o argumento em algo absurdo – “Muito bonito o que você fez!” (dito por uma mãe ao filho que acaba de fazer algo errado).
Para dominar essa riqueza de nuanças argumentativas, podemos inicialmente sintetizar as relações lógicas em dois grandes grupos:
a) Relações de causa e efeito direto (isso porque aquilo);
b) Relações de causa e efeito contrário (isso mas aquilo)
Causa – Efeito direto
Apresenta-se um fato e sua causa.
Os problemas sociais não são resolvidos porque não há vontade política de resolvê-los.
Não há vontade de resolver os problemas políticos e por isso eles não são resolvidos.
Há muitos modos de marcar a relação de causa e efeito direto, além dos populares “porque” e “por isso”:
· Como não há vontade política de resolver os problemas sociais, eles não se resolvem.
· Os problemas sociais não se resolvem, pois não há vontade política de resolvê-los.
· Já que não há vontade política, os problemas sociais não se resolvem.
· Os problemas sociais não se resolvem em consequência da falta de vontade política.
· Não	há	vontade	política.	Portanto,	os	problemas	sociais	não	se resolvem.
· Por causa da falta de vontade política, os problemas sociais não se resolvem.
· Essa relação também pode ser estabelecida por meio de alguns verbos:
· A falta de vontade política impede a solução dos problemas sociais.
· Decorre da falta de vontade política a ausência de soluções para os problemas sociais.
· Ainda se pode marcar essa relação lógica sem usar nenhum relator:
· Os problemas sociais não se resolvem. Não há vontade política.
· Esse time não ganha nunca. Só tem perna de pau.
· Foi reprovado no Detran. Derrubou todas as balizas.
· Podemos	também,	além	dos	relatores,	usar	reforços	através	de elementos retóricos (elementos persuasivos):
· Tudo indica que os problemas sociais não se resolvem porque não há vontade política.
· É óbvio que os problemas sociais não se resolvem pelo simples fato de que não há vontade política.
· Qualquer um sabe que a falta de vontade política que impede a solução dos problemas sociais.
· Até um idiota entende que sem vontade política os problemas sociais não se resolvem.
Vamos praticar:
· Reescreva em uma sentença complexa cada grupo de tópicos abaixo, acrescentando informações e marcando a relação de causa e efeito. Se quiser, você pode reforçá-la com alguns elementos teóricos. Use relatores diferentes em cada sentença.
1. Incidência de doenças do pulmão / consumo de cigarros;
Por causa do consumo de cigarros, há incidência de doenças do pulmão.
2. Aumento de criminalidade / (acrescente uma causa);
É óbvio que a falta de segurança resulta no aumento de criminalidade.
3. Aumento de criminalidade / (acrescente o efeito);
O aumento de criminalidade reflete medo na população.
4. Programa de TV muito chato / baixa audiência;
Essa semana houve baixa audiência devido o programa de TV ser muito chato.
5. Derrota do time / juiz ladrão. Juiz ladrão! Perdemos.
Variações da relação básica de causa e efeito:
1. hipótese entendida como causa possível;
2. efeito contrário.
Causa – hipótese: estabelece uma causa hipotética, uma condição para que a conclusão se sustente.
· Se houver vontade política, os problemas sociais se resolvem.
· Quando houver vontade política, os problemas sociais se resolverão.
· Havendo vontade política, os problemas sociais se resolvem.
· Com vontade política, os problemas sociais se resolvem.
· Os problemas sociais só se resolverão se houver vontade política.
· Caso haja vontade política, os problemas sociais se resolverão.
Vamos praticar:
· Reescreva	em	uma	sentença	complexa	cada	grupo	de	tópicos	abaixo, acrescentando informações e marcando a causa hipotética. Não repita relatores.
1. Preços baixos (hipótese) / aumento do consumo de frutas;
Se houver preços baixos, haverá aumento do consumo de frutas.
2. Ausência de chuva (hipótese) / viagem de fim-de-semana;
Com ausência de chuva, faremos uma viagem de fim-de-semana.
3. Muita leitura (hipótese) / melhor domínio da escrita;
Só teremos um melhor domínio da escrita se houver muita leitura.
4. Controle da AIDS / investimentos maciços (hipótese);
Havendo investimentos maciços, teremos um melhor controle da AIDS
5. Assistir a um filme / elogios da crítica (hipótese). Caso haja elogios da crítica, assistirei ao filme.
Causa – efeito contrário
“Sim, o Brasil tem problemas medonhos e não é um exemplo de desenvolvimento e justiça social, MAS, com perdão da má palavra, já ando de saco cheio desse negócio de tudo aqui ser o pior do mundo, ninguém aqui prestar e nada aqui funcionar e sermos culpados de tudo o que de ruim acontece na Terra.”
Qual o sentido da palavra “mas”? Um sentido contrário. Usamos “mas” quando o que se vai dizer contraria a lógica supostamente “natural” do que se disse antes:
· Fulano perdeu a carteira cheia de dinheiro (Logo, deve estar triste, furioso, irritado...)
· Fulano perdeu a carteira cheia de dinheiro, MAS está alegre.
· Fulano perdeu a carteira cheia de dinheiro, MAS está alegre, PORQUE no mesmo dia ganhou o prêmio da sena.
· Também, nesse caso, a língua dispõe de muitos recursos para marcar a relação lógica:
· A grande maioria dos telespectadores prestava atenção à trama (causa)
· A grande maioria dos telespectadores não compreendia absolutamente nada (efeito contrário)
a) A grande maioria dos telespectadores prestava atenção à trama MAS não compreendia absolutamente nada.
b) A grande maioria dos telespectadores prestava atenção à trama ENTRETANTO
não compreendia absolutamente nada.
c) MESMO prestando atenção à trama, a grande maioria dos telespectadores não compreendia absolutamente nada.
d) A grande maioria dos telespectadores não compreendia absolutamente nada
AINDA QUE prestasse atenção à trama.
e) APESAR DE prestaratenção à trama, a grande maioria dos telespectadores não compreendia absolutamente nada.
f) EMBORA a grande maioria dos telespectadores prestasse atenção à trama, não compreendia absolutamente nada.
Lembre-se:
· Apesar de:
Sempre com “de” e não com “que”: apesar disso, apesar da chuva,
apesar dos problemas...
· Embora:
Exige quase sempre o verbo no subjuntivo: Embora ele seja, embora ele tenha. Raramente se usa com o gerúndio: Embora estudando bastante... Mas nunca use com o verbo no indicativo.
· Entretanto / No entanto:
Em geral, devem abrir nova sentença: Não nego os problemas. Entretanto, eles não são tão graves como dizem, Ou: Não nego os problemas. No entanto, eles não são tão graves como dizem.
A separação com ponto e vírgula também é possível: Não nego os problemas; entretanto eles não são tão graves como dizem.
Vamos praticar:
Reescreva em uma sentença complexa cada grupo de tópicos abaixo, acrescentando informações e marcando a relação de efeito contrário. Use relatores diferentes em cada sentença.
1. Terremoto violento / poucas vítimas;
Apesar do terremoto violento, houve poucas vítimas.
2. O time jogou mal / o time ganhou;
O time jogou mal, mas ganhou a partida.
3. Estudar feito um louco / ser reprovado;
Fulano estudava feito um louco. Entretanto, foi aprovado.
4. Detestar filme de terror / assistir ao filme até o fim; Embora detestasse filme de terror, assistiu até o fim.
5. Previsão de sol / chuva torrencial.
Mesmo com previsão de sol, houve chuva torrencial.

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