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PROVA 2 TEÓRICA – ABDOME – 04/10/19 - PERITÔNIO E ESTÔMAGO A cavidade pélvica ou abdominal vai desde o diafragma ao assoalho da pelve. PERITÔNIO: O peritônio é uma membrana serosa que forma um saco seroso entre suas lâminas parietal e visceral. Forra as paredes da cavidade abdominal e os órgãos contidos nesta. Os órgãos envolvidos pelo peritônio são intraperitoneais, aqueles que estão posteriormente ao peritônio parietal posterior são retroperitoneais e os que estão inferiormente às reflexões parietais pélvicas são subperitoneais. Todos os que não são envolvidos pelo peritônio também são chamados de extraperitoneais. As formações peritoneais são: os mesos, os ligamentos, os omentos e as fáscias de coalescência. - Mesos: constituídos de duas lâminas que envolvem uma víscera, contendo vasos sanguíneos, linfáticos, linfonodos e tecido conjuntivo gorduroso. - Ligamentos: são expansões peritoneais e entre suas lâminas não encontramos um pedículo vascular importante. São estruturas de fixação, como os ligamentos do fígado. - Omentos: formações peritoneais que unem duas vísceras vizinhas e, frequentemente, possuem pedículos vasculares. Omento menor: une o fígado à curvatura gástrica menor. Constituído de dois ligamentos: ligamento hepatoduodenal e hepatogástrico. Omento maior: da curvatura gástrica menor ao cólon transverso. Após o colo transverso, ela dobra-se sobre si mesmo, formando um folheto quádruplo em forma de avental. Constituído pelos ligamentos gastrofrênico, gastroesplênico, gastrocólico e esplenorrenal. - Fáscias de coalescência: superposições de um meso em uma porção do peritônio parietal, levando-nos a pensar que um órgão é retroperitoneal. A cavidade propriamente dita do peritônio é o grande saco e a bolsa omental, o pequeno saco. A bolsa omental é um espaço localizado posteriormente ao estômago, limitada, também anteriormente, pelo omento menor e maior. Sua parede posterior é formada pelo peritônio parietal que reveste anteriormente o rim e a suprarrenal esquerda, o pâncreas e o diafragma. Embaixo da bolsa omental (ou retrocavidade dos omentos), o mesocolo transverso. Em cima, o fígado. Na lateral direita, o forame omental ou forame epiploico. A cavidade peritoneal propriamente dita comunica com a bolsa omental pelo forame omental ou forame de Winslow, que está posteriormente ao ligamento hepatoduodenal. No homem, a cavidade peritoneal é fechada, mas na mulher, ela se comunica com o meio externo vias tubas uterinas, útero e vagina (por isso as mulheres têm mais DIP – doença inflamatória pélvico). A cavidade peritoneal é subdividida em um compartimento supramesocólico, que está acima do mesocólon transverso, do cólon transverso e do omento maior, e um compartimento inframesocólico abaixo desses. Larissa Murici Sousa - 71C FCMMG - @medcomlari No peritônio urogenital masculino, identificamos a escavação retovesical. No feminino, escavações retouterina e vesicouterina. Em ambos, as escavações ou recessos pré-vesicais. ANOTAÇÕES DA AULA: Escavação retouterina = NOUTS > retira útero, vesícula biliar, ovário. O fundo de saco posterior do peritônio é o fundo de saco de Douglas, no recesso retouterino (homem não tem, homem tem recesso pré vesical e retovesical) > no homem, tira a vesícula pela boca (estômago), depois costura o estômago. Omento maior pode envolver uma apendicite (peritônio inflamado tem uma carga diferente > atrai > envolve o apêndice > não acontece na criança e no idoso, gerando peritonite difusa no idoso). O ovário é intraperitoneal, mas não é peritonisado. Espaço extraperitoneal > retroperitônio e subperitônio. Limites do forame de Winslow: ant – ligamento hepatoduodenal, post – VCI, sup – fígado, inf – duodeno. ESTÔMAGO = parte do sistema digestório com a forma de um alforje, no término do esôfago (andar supramesocólico, em cima do mesocolo transverso). 1 – Parte cárdica > incisura cárdica com o esôfago, uma linha na horizontal forma o fundo gástrico 2 - Incisura angular, sendo que a linha a partir dela até a crista ilíaca do lado esquerdo define o corpo do estômago 3 - Parte pilórica dividida em antropilórico e canal pilórico, mas pode ser chamado só de antro Parte cárdica, fundo, corpo, antro e piloro ou canal pilórico (saída) Redução de estômago/gastroplastia/cirurgia bariátrica > cirurgia restritiva e disabsortiva IRRIGAÇÃO ARTERIAL DO ESTÔMAGO O tronco celíaco é o principal fornecedor de sangue arterial para o estômago. Este emerge na parte anterior da aorta abdominal, ao nível ou um pouco abaixo do hiato aórtico do diafragma. O tronco celíaco dá três ramos: 1. Artéria gástrica esquerda > trajeto ascendente para a esquerda, com destino ao esôfago e curvatura gástrica menor > na curvatura gástrica menor, divide-se em ramos anterior, posterior e esofágicos 2. Artéria esplênica > nutre o baço e, através de seus ramos, o estômago > ramos: artéria gástrica posterior, ramos pancreáticos, a. gastro-omental esquerda, aa. Gástricas curtas e esplenogástricas. 3. Artéria hepática comum > nutre o fígado e as vias biliares e, através de seus ramos, o estômago, o duodeno e a cabeça do pâncreas > origina a a. hepática própria e a. gastroduodenal Hepática própria > gástrica direita -< >- gástrica esquerda Gastroduodenal > divide-sem em pancreaticoduodenal superior anterior e gastromental direita -< >- gastromental esquerda As aa. Gástricas curtas originam-se do hilo do baço, enquanto as esplenogástricas localizam-se no Larissa Murici Sousa - 71C FCMMG - @medcomlari ligamento gastroesplênico e unem o fundo gástrico ao polo superior do baço. Resumindo todas as artérias: frênica inferior esquerda, gástrica esquerda, gástrica direita, gástrica posterior, gastromental esquerda, gastromental direita, gastroduodenal, gástricas curtas e esplenogástricas. Diretamente do tronco = gástrica esquerda, esplênica e hepática comum. Ramos secundários = gástrica posterior, gastromental esquerda, gástricas curtas, esplenogástricas, gastroduodenal e hepática própria. Ramos terciários = gástrica direita, gastromental direita. Esses ramos vão pro andar supramesocólico. DRENAGEM LINFÁTICA DO ESTÔMAGO: Quatro zonas: Zona I (gástrica inferior): a linfa é drenada para os linfonodos omentais (ou gastromentais direitos e esquerdos) e subpilóricos. Zona II (esplênica): drena para os linfonodos pancreaticoesplênicos (ou pancreáticos superiores e esplênicos). Zona III (gástrica superior): para os linfonodos gástricos superiores (ou linfonodos da cadeia da a. gástrica esquerda e linfonodos do anel linfático do cárdia). Zona IV (hepática): para os linfonodos suprapilóricos. Todos drenam para os linfonodos celíacos ducto torácico circulação sistêmica. Metástase hematogênica é pior que metástase linfática. Inervação vagossimpática que será detalhada posteriormente. DRENAGEM VENOSA: sistema porta. DUODENO, PÂNCREAS E BAÇO IRRIGAÇÃO ARTERIAL DOS INTESTINOS ARTÉRIA MESENTÉRICA SUPERIOR: a artéria mesentérica superior é a artéria do intestino médio. Origina-se na aorta abdominal, abaixo do tronco celíaco, atrás do pâncreas. Ela origina três grupos de ramos: 1. Ramos que se originam antes de sua entrada no mesentério: a. pancreaticoduodenal inferior e outras pequenas artérias, como a pancreática inferior e a a. para o ângulo duodenojejunal. 2. Três grandes artérias que emergem do seu lado direito: aa. Cólica média, cólica direita e ileocólica, destinadas à metade proximal do colo, bem como ao colo transverso. 3. Artérias para o jejuno e íleo, sendo que elas emergem de seu lado esquerdo, são uma série de aa. Jejunais e ileais. A a. pancreaticoduodenal inferior se divide em ramos anterior e posterior que se anastomosam com os mesmos ramos da a. pancreaticoduodenal superior (vem da gastroduodenal), irrigando o duodeno e a cabeça do pâncreas. A a. cólica média > mesocolo transverso > divide-se em ramos direito e esquerdo, contribuindo para a arcada marginal. A a. cólica direita > ramos ascendente e descendente, também contribui para a arcada marginal. Larissa MuriciSousa - 71C FCMMG - @medcomlari A a. ileocólica > ramo mais constante da mesentérica superior > ramos ileal, cólico, aa. Cecais anterior e posterior, a. apendicular. A origem da ileocólica marca o fim das artérias jejunais do lado convexo e a emergência das aa. Ileais. ARTÉRIA MESENTÉRICA INFERIOR É a artéria do intestino posterior. Segue inferiormente e para a esquerda, torna-se a. retal superior após cruzar os vasos ilíacos comuns esquerdos. Ramos cólicos esquerdos e sigmoideos. Primeiro ramo: a. cólica esquerda. Aa. Sigmoideas, que podem ter várias origens, inclusive sair da cólica esquerda. No reto, divide-se em dois ramos. ARCADAS ANASTOMÓTICAS ENTRE AS MESENTÉRICAS SUPERIOR E INFERIOR: 1. Arcada marginal 2. Artéria anastomótica central 3. Arcada de Riolan (uniria a cólica média ao ramo ascendente da cólica esquerda) DUODENO É a porção inicial do intestino delgado que se estende do estômago ao jejuno, ou seja, do piloro à flexura duodenojejunal. Seu comprimento médio é de 26cm e o diâmetro, 4cm. Apresenta uma situação abdominal profunda, mobilidade restrita e conexões com o colédoco e com os canais excretores do pâncreas. O duodeno contorna a cabeça do pâncreas, com uma forma semelhante a um U. Divido em 4 partes: 1. Primeira porção (parte superior): em sua origem, apresenta uma dilatação, a ampola. Relaciona-se com a vesícula biliar. É intraperitoneal. Está no lado direito da primeira vértebra lombar. 2. Segunda porção (parte descendente): em sua face póstero-medial, as papilas menor e maior do duodeno. É cruzada pela raiz do colo transverso, sendo supra e inframesocólica. 3. Terceira porção (parte horizontal ou inferior): apresenta um ângulo de aproximadamente 90°, a flexura inferior do duodeno. Está anteriormente à coluna e à aorta e posteriormente aos vasos mesentéricos superiores, onde pode ocorrer o pinçamento aortomesentérico dessa porção.* 4. Quarta porção (parte ascendente): à esquerda da coluna vertebral, continua-se com a flexura duodenojejunal. Apenas a primeira parte é intraperitoneal, as três últimas são retroperitoneais. RAs posteriores da lateral direita para a esquerda: rim direito e seu pedículo, veia cava inferior, veia porta (posteriormente à primeira porção junto com o colédoco retroduodenal), aorta e pode ter o pedículo renal esquerdo. ANOTAÇÕES DA AULA: Primeira parte do intestino delgado = duodeno = desde o piloro até o jejuno. Depois do duodeno, há o jejuno e o íleo. O jejuno está quase sempre vazio, pois a comida fica mais parada no íleo. O duodeno circunscreve uma letra C, emoldurando a cabeça do pâncreas > relação íntima, onde o duodeno é um órgão mais posterior na cavidade peritoneal. O duodeno muda de direção quatro vezes para virar jejuno. A primeira parte dele é intraperitoneal (o pedículo hepatobiliar, envolvido pelo ligamento hepatoduodenal, onde tem o forame de Winslow, fixa) > chamada de bulboduodenal, ampola duodenal, parte superior e oblíqua (vai para cima e para trás). Relacionada à ulcera duodenal (muito ácido no estômago > fístula > peritonite). Parte descendente: é onde chega o ducto colédoco trazendo bile e ducto pancreático principal trazendo suco pancreático. A bile é emulsificador de gorduras. Suco pancreático é conjunto de enzimas proteolíticas. Na parte posteromedial, há uma projeção da mucosa com orifício no meio onde esses ductos chegam: é a papila principal do duodeno ou papila duodenal maior ou papila de Vater. Tumor periampular > alargamento do ducto comum. O ducto pancreático principal é o ducto de Wirsung. Larissa Murici Sousa - 71C FCMMG - @medcomlari Parte transversal ou horizontal transversa, terceira porção: RA anterior > vasos mesentéricos superiores. Veia à direita e artéria à esquerda. A segunda, a terceira e a quarta porção são fixas e retroperitoneais. Atrás da terceira, a aorta, de onde sai a artéria mesentérica. Síndrome da pinça aorta mesentérica. Quarta porção é ascendente, termina quase no mesmo nível onde começa o duodeno. Na voltinha, o duodeno se transforma em jejuno = flexura ou ângulo duodenojejunal = ângulo de Treitz. Hemorragias altas e baixas são classificadas de acordo com esse ângulo. RA’s anteriores do duodeno = fígado e vesícula biliar, estômago, raiz do mesocolo transverso, mesocolo transverso, colo transverso, omento maior. RA’s posteriores = rim direito, vasos renais direitos, veia cava inferior, aorta abdominal, vasos renais esquerdos atrás da flexura. PÂNCREAS Glândula mista > secreção endócrina (insulina, glucagon, somatostatina) e exócrina (suco pancreático). É um órgão retroperitoneal, ligeiramente oblíquo e ascendente da direita para a esquerda. Intimamente relacionado à direita com o duodeno e à esquerda com o baço. RAs anteriores: mesocolo transverso, colo transverso, estômago, ligamento gastrocólico. RAs posteriores: pedículos renais direito e esquerdo, rim esquerdo, veia cava inferior, vasos mesentéricos superiores, vasos esplênicos, veia mesentérica inferior, veia porta e aorta. Divido em cabeça, corpo e cauda. A cabeça está à direita dos vasos mesentéricos superiores. O colo está coberto pelo piloro, entre a cabeça e o corpo, veia porta está posteriormente. O corpo estende-se lateralmente à esquerda dos vasos mesentéricos superiores até o nível do pedículo renal esquerdo, originando a cauda pancreática, que termina no hilo esplênico. As ilhotas de Langerhans estão mais relacionadas com corpo e cauda. Tirar essa parte > diabetes. IRRIGAÇÃO: circulação colateral entre as arcadas pancreaticoduodenais, que nutrem a cabeça do pâncreas, e as artérias do corpo e cauda: aa. Pancreática dorsal e pancreática magna (ramos da a. esplênica), a. pancreática inferior (ramo da pancreática dorsal ou mesentérica superior) e pelos ramos pancreáticos da a. esplênica. DRENAGEM VENOSA: sistema porta. DUCTOS PANCREÁTICOS: O ducto pancreático principal tem origem na cauda do pâncreas, progredindo para o corpo e para a cabeça. Alcança a papila maior do duodeno (de Vater). O ducto pancreático acessório drena a parte ântero-superior da cabeça para a papila menor do duodeno, ou para o ducto pancreático principal, pode terminar em fundo cego e pode estar ausente. PAPILA MAIOR DO DUODENO: na parede póstero-medial da segunda porção do duodeno. É uma projeção da mucosa duodenal sobre um complexo esfincteriano do colédoco e do ducto pancreático principal. PAPILA MENOR DO DUODENO: não tem pregas. AMPOLA HEPATOPANCREÁTICA: dilatação comum ao colédoco e ao ducto pancreático principal, adjacente à papila maior do duodeno, logo após a junção dos dois ductos. ESFÍNCTER DA AMPOLA: esfíncteres de m. liso circundam a ampola hepatopancreática (de Vater), o colédoco e o ducto pancreático principal em suas porções terminais, dentro da parede do duodeno, formando um complexo esfincteriano. Esfíncter formado pelo colédoco, ducto pancreático principal, ampola de Vater e músculo duodenal. Esfíncter da ampola hepatopancreática = esfíncter de Oddi. Envolve três músculos: m. esfíncter da ampola hepatopancreática, m. esfíncter do colédoco e m. esfíncter do ducto pancreático principal. Larissa Murici Sousa - 71C FCMMG - @medcomlari BAÇO Localizado no hiponcôndrio esquerdo, num trajeto oblíquo, relacionado com a décima costela. Possui uma face visceral, uma face costal* e uma face diafragmática. O baço é irrigado pela a. esplênica, que tem origem no tronco celíaco. Ela passa próxima da borda superior do pâncreas e termina no hilo de forma imprevisível, com ramos para o baço, rim esquerdo, estômago e omento maior. A a. esplênica se divide em dois ramos lobares, que ramificam em segmentares. Podem estar presentes aa. Segmentares polar superior ou inferior. A drenagem é pela veia esplênica, com tributárias como a veia gastromental esquerda e algumas gástricas curtas. Ela drena para a veia porta e pode estar anterior, posterior ou em volta da a. esplênica. Os vasos linfáticos drenam para os linfonodos do hilo e, posteriormente, para os linfonodos esplênicos. Logo, a drenagem é a mesma do estômago, zonaI e principalmente zona II. É um órgão segmentar, possui um segmento superior e inferior, podendo ter um segmento médio. Face visceral: face renal, hilo esplênico, face cólica e face gástrica. Na margem superior, há incisuras esplênicas. RA: rim, cauda do pâncreas, flexura cólico esquerda, estômago... Omento maior > ligamento gastroesplênico Ligamentos gastroesplênico e esplenorenal Parte superior do baço vascularizada por vasos que vem do estômago > vasos gástricos curtos que serão agora vasos esplenogástricos (independente dos vasos esplênicos, eles achavam que faziam parte dos vasos esplênicos indo para o estômago). Pode-se tirara o baço e deixar só a parte superior. Se não der, faz uma esplenose > pega fragmentos do baço e coloca no omento maior > vasos crescem entre o baço e omento maior. Poucos casos tem que tirar o baço inteiro e ficam com asplenia. AULA 26/09/19 Sites e materiais: MAYO, Eselvier, Johns Hoppikins ACS > congresso americano de cirurgiões, também tem o brasileiro ESPLENECTOMIA ROBÓTICA Todo o baço teve que ser retirado, pois havia um linfoma. O baço fica mais claro porque o tumor exige muito sangue oxigenado. Omento maior > reflexão peritoneal que une um órgão ao outro, no caso estômago e intestino. Imunocomprimido. Se fosse uma doença benigna, o baço poderia ter ficado suspenso no estômago por vasos esplenogástricos se for esplenectomia parcial ou fragmentos do baço poderiam ser inseridos no omento maior (esplenose). FÍGADO E VIAS BILIARES – 03/10/2019 A secreção exócrina do fígado é a bile, que é emulsificadora de gorduras. A maior parte dos produtos das células hepáticas é descarregada diretamente no sangue, sendo estes produtos amiúdes considerados como sua secreção endócrina. O fígado é volumoso, possui mais de 2.500 funções, é o órgão com maior poder de regeneração. Está no andar supramesocólico e eleva a hemicúpula diafragmática direita. Está quase totalmente protegido pelas 6/7 últimas costelas e pode ser palpado no retorno costocondral. Sua forma é semiovoide, mas possui variações. Possui Larissa Murici Sousa - 71C FCMMG - @medcomlari superfícies diafragmática e visceral. A superfície diafragmática é lisa, com faces anterior, posterior, superior e direita. Está separada anteriormente da superfície visceral por uma borda inferior aguda, que é interrompida por uma incisura profunda para o ligamento redondo. A superfície visceral apresenta os lobos quadrado e caudado. O grupo de fissuras e sulcos formam um H, sendo que a barra do H é a porta ou hilo do fígado, onde encontra-se o ducto hepático e os ramos da veia porta e da a. hepática própria. Há, ainda formando o H, o ligamento redondo do fígado, que é um remanescente da veia umbilical esquerda, e o ligamento venoso (da porta até a cava inferior), que é o remanescente fibroso do ducto venoso. Face diafragmática: o peritônio reflete e forma o ligamento falciforme ou suspensor do fígado. Esse ligamento reflete para os lados e forma os ligamentos coronários, que espessam e formam os ligamentos triangulares. As duas lâminas do ligamento falciforme envolvem o ligamento redondo, algumas veias paraumbilicais e um coxim gorduroso. O ligamento falciforme conecta o fígado ao diafragma e à parede anterior do abdome, suspendendo-o. Lobos esquerdo e direito, marcados pela inserção do ligamento falciforme. Borda ou margem anterior/inferior do fígado. Face visceral: fissuras longitudinais direita e esquerda. Na esquerda, fica o ligamento redondo e o ligamento venoso. Na direita, há a vesícula biliar anteriormente e a veia cava inferior posteriormente. Ainda, tem uma fissura transversa, formando um H. Nela, o pedículo hepatobiliar > ramos da a. hepática própria, ramos da veia porta e via biliar extra-hepática. A a. hepática própria localiza-se à esquerda do ducto, com a veia porta atrás. Face visceral: RA vesícula biliar (impregnação da bile verdina). Da direita para a esquerda: rim, duodeno, estômago, esôfago e baço. Da esquerda para a direita (Gardner): parte superior do estômago, parte terminal do esôfago, omento menor, parte pilórica do estômago, primeira parte do duodeno à direita da fossa para a vesícula biliar, flexura cólica direita e rim direito. Lobo esquerdo: impressão do estômago e esôfago. Lobo quadrado: impressão do duodeno. Lobo direito: impressão duodenal, renal e cólica. Lobo caudado: não tem impressões, mas a curvatura menor do estômago chega perto. VEIA CAVA: trajeto infraduodenal, retroduodenal, retrogástrico, renal, suprarrenal e retrohepático. Área nua do fígado: local em que o fígado está em íntimo contato com o diafragma, não tem peritônio. Importante porque os vasos linfáticos superficiais do fígado drenam, através do diafragma, para a pleura parietal, alcançando a pleura parietal e o pulmão. Do pulmão, a linfa vai para as vias linfáticas, chega no ducto torácico ou ducto linfático direito na confluência jugulosubclávia de cada lado. É importante porque, por causa disso, o câncer de fígado pode chegar no pulmão. Trauma: a pressão no fígado quando ocorre um trauma pode explodir a veia cava inferior retrohepática, gerando um choque hipovolêmico. A veia cava recebe sangue do fígado pelas veias hepáticas direita e esquerda. Não pode mover o fígado para suturar a veia, se não o hematoma vai expandir. Precisa colocar compressas e regrar o choque. Depois de 21 dias, coloca-se uma sonda e luxa a veia ou parte o fígado no meio e sutura pela frente. IRRIGAÇÃO DUPLA: a partir da artéria hepática própria e a partir da veia porta. A a. hepática comum dá a a. hepática própria, que se divide em ramos direito e esquerdo. O ramo direito da origem a a. cística e entra no fígado. A veia porta se divide no hilo hepático, dando ramos direito e esquerdo. As veias centrais do fígado dão origem às veias esquerda, média e direita. A esquerda se reúne à média e vai para a cava inferior, a direita também vai para cava inferior. Larissa Murici Sousa - 71C FCMMG - @medcomlari Pressão aumentada intra-hepática, pré ou pós hepática > hipertensão na veia porta > o sangue volta por outras veias > tem no cap. Do Sávio. Circulação hepatofugal na síndrome de medusa*. A veia porta está atrás do colo do pâncreas > formação: veia esplênica + veia mesentérica superior. A linfa pode, ao invés de passar por linfonodos e vasos linfáticos, ir direto para veias do sistema porta. Importante porque uma metástase epitelial ou do sistema gastrointestinal pode ir para o fígado. Do fígado, pode metastizar para várias regiões porque a drenagem linfática é complexa. DRENAGEM LINFÁTICA: os vasos linfáticos profundos formam uma rede subperitoneal, através da qual os vasos alcançam os linfonodos torácicos internos. Alguns acompanham o ligamento redondo até o umbigo. Os vasos também podem ir ao longo dos vasos sanguíneos do omento menor para os linfonodos celíacos, e daí para o ducto torácico. O fígado pode receber metástase a partir de qualquer região drenada pelo sistema porta. INERVAÇÃO: plexo hepático e ramos adicionais do tronco vagal anterior. NERVOS ESTÔMAGO E DUODENO (andar supramesocólico todo): Parassimpático troncos vagais enviam ramos para os gânglios celíacos, mas NÃO fazem sinapse com eles, apenas aproveitam o trajeto. Simpático o principal ramo do tronco simpático é o nervo esplâncnico maior, que faz sinapse com os gânglios celíacos, onde há emergência de um plexo autônomo. DIVISÃO SEGMENTAR – Couinad Olhar cap. Do Sávio. Outra segmentação é pela drenagem das veias hepáticas, que é o que divide o segmento IV em A e B. VIA BILIAR EXTRA-HEPÁTICA: Os ductos hepáticos direito e esquerdo se unem, formando um ducto hepático comum. Este recebe o ducto cístico, formando o colédoco. A artéria cística está próxima. Colecistolítiase > cálculo na vesícula biliar, que ocorre porque a bile é litogênica e porque os sais biliares junto com o colesterol precipitam. Acontece mais em mulheres devido aos hormônios, ao colesterol alto e à gordura. Quando tira a vesícula, a bile fica diluída, pois não tem mais a vesículapara concentrar. A bile diluída quebra menos a gordura, gerando menor absorção de gordura pelo intestino, o que pode facilitar a saída de fezes por um tempo até o intestino adaptar. A bile, com sua capacidade litogênica, também adapta. Larissa Murici Sousa - 71C FCMMG - @medcomlari VESÍCULA BILIAR: fundo, corpo, infundíbulo. Parte espiral do ducto cístico > talvez para causar turbilhonamento... TRÍGONO HEPATOCÍSTICO > a. hepática direita, ducto hepático direito e artéria cística. Na retirada da vesícula, tem que amarrar a artéria cística, muitas vezes atrás do linfonodo cístico ou de Callot. Olhar limites no cap. Do Sávio. A via biliar termina na papila duodenal maior. Esfíncter de Oddi/do ducto colédoco/da ampola hepatopancreática Colédoco > olhar partes. JEJUNO, ÍLEO E INTESTINO GROSSO – 31/10/19 JEJUNO E ÍLEO O intestino delgado é emoldurado pelo intestino grosso. Da parte enovelada do intestino delgado, o jejuno constitui cerca de dois quintos proximais, cabendo ao íleo cerca dos três quintos distais. O jejuno está frequentemente vazio, apresentando-se mais vascularizado (anotei que o íleo é mais vascularizado, olhar isso), com paredes mais espessas, sendo que seu mesentério mostra áreas translucentes entre os vasos devido à ausência de gordura. O jejuno também é mais superior e mais à esquerda. O íleo fica mais no quadrante inferior direito, pois vai chegar no ceco. A mucosa do jejuno tem pregas circulares. No íleo, tem as placas de Peyer. Entre o duodeno e o jejuno está a flexura duodenojejunal ou ângulo de Treitz. Uma expansão do braço direito do hiato esofágico e pilar esquerdo do diafragma forma o músculo suspensor do duodeno (ou m. de Treitz). Esse músculo ascende do dorso do duodeno para o pilar direito do diafragma. * MESENTÉRIO: Conecta o jejuno e o íleo à parede abdominal posterior. A raiz do mesentério dirige-se para baixo e para a direita, desde a flexura duodenojejunal ao nível da juntura sacroíliaca direita. Consiste de duas camadas de peritônio, uma direita e outra esquerda, que passam anteriormente ao intestino. Elas contêm entre si os ramos dos vasos mesentéricos superiores, nervos, linfonodos e vasos, além de quantidade variável de gordura. IRRIGAÇÃO A a. mesentérica superior irriga o intestino médio, isto é, o intestino delgado, e o intestino grosso até próximo da flexura cólica esquerda. Um número variável (6,7) de aa. Jejunais e ileais origina-se da convexidade (lado esquerdo) da a. mesentérica superior. Estes ramos se ramificam e formam arcadas. No jejuno, há arcadas primárias e secundárias. No íleo, mais que isso, tendo arcadas terciárias... etc. As aa. Ileais são mais curtas. As artérias retas na periferia da arcada dirigem-se para o intestino sem se anastomosarem. As veias acompanham as aa. e drenam, através da mesentérica superior, para a veia porta. DRENAGEM LINFÁTICA Linfonodos mesentéricos > linfonodos mesentéricos superiores > troncos intestinais > cisterna do quilo > ducto torácico. O câncer no intestino pode metastizar para o corpo, chegando primeiro no fígado através da veia porta ou de vasos linfáticos, já que ocorrem comunicações entre os vasos linfáticos das vísceras abdominais. INERVAÇÃO: Até metade do intestino grosso, nervo vago e nervo esplâncnico, que faz sinapse com os gânglios celíaco e mesentérico superior. Segundo o Gardner, a inervação é dos plexos celíacos e mesentéricos superiores. INTESTINO GROSSO Consiste do ceco, 4 colos (ascendente, transverso, descendente e sigmoide), reto e canal anal. Apêndices epiplóicos ou apêndices omentais: pequenas massas de gordura envolvidas por peritônio que se salientam da superfície do colo. A maior parte do IG tem saculações, demoninadas haustros ou haustrações. Larissa Murici Sousa - 71C FCMMG - @medcomlari A camada longitudinal externa de músculo é espessada por três faixas, as tênias. As tênias são musculatura lisa longitudinal. No reto, a musculatura lisa longitudinal é mais desenvolvida, as tênias se ampliam e formam faixas largas de m. longitudinal. Válvula íleo-cecal: em nós abre e fecha. Em crianças e idosos, o gás pode ir do IG para o delgado. IRRIGAÇÃO E DRENAGEM Aa. Mesentéricas superior e inferior. A mesentérica inferior nutre da parte esquerda do colo transverso até as regiões distais. Os ramos das aa. Mesentéricas formam uma a. marginal longa, que pode se estender desce o ceco ao colo sigmoide. As aa. Que nutrem a a. marginal são a ileocólica, cólica direita, média, esquerda e sigmoide. Da concavidade da mesentérica superior, temos: a. cólica média, cólica direita e ileocólica. (Obs. não esquecer que o primeiro ramo da mesentérica superior é a pancreática duodenal inferior). Do lado esquerdo, a mesentérica inferior dá a a. cólica esquerda e aa. sigmoideas, depois vira retal superior. Arcadas: arcada marginal de Drummond ou arcada paracólica (desde a mesentérica superior ao último ramo da inferior), arcada de Riolan (une a cólica esquerda e a cólica média) e arcada anastomótica central (une a mesentérica superior e inferior). As veias que acompanham as aa. drenam para a veia porta através das veias mesentéricas superior e inferior. Há também veias retroperitoneais pequenas. DRENAGEM LINFÁTICA Muitos vasos linfáticos desembocam na veia porta > metástase para o fígado. Vasos formam plexos que drenam para linfonodos próximos do intestino. Estes são linfonodos regionais denominados de acordo com sua posição: ileocólico, cólico direito, médio e esquerdo e mesentérico inferior. DRENAGEM LINFÁTICA DO RETO Parte superior > linfonodos mesentéricos inferiores Parte média > linfonodos retais médios, pré-sacrais e obturatórios Parte baixa > linfonodos inguinais INERVAÇÃO DO IG Até metade: vago e tronco simpático, nn. Esplâncnicos Metade esquerda: plexo hipogástrico (fibras simpáticas e parassimpáticas) > ramo superior e inferior, sendo que o inferior dá ramos direito e esquerdo. APÊNDICE VERMIFORME CECAL Possui mesoapêndice. Nasce na origem e divergência das tênias. Irrigação: a. apendicular, ramo de um ramo da a. ileocólica (“ileocecoapendiculocólica”) Ponto de McBurney: onde nasce o apêndice quando ele está na FID. Linha entre o umbigo e a EIAS. Sinal de Blumberg. RETO Inicia no nível da terceira V (lombar? Olhar). Parcialmente peritonisado, pois é subperitoneal. Larissa Murici Sousa - 71C FCMMG - @medcomlari RA ant: nos homens bexiga. Nas mulheres útero e vagina. M. levantador do ânus. Válvulas (2 esquerdas e 1 direita). Plexo hemorroidário. aa. do reto e canal anal. Plexo venoso de alta absorção. Larissa Murici Sousa - 71C FCMMG - @medcomlari
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