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Tecnologias para Gestão Ambiental

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Tecnologias para gestão ambiental
As práticas ambientais sustentáveis, hoje, para uma boa gestão, têm dado oportunidade para o desenvolvimento de novas tecnologias tanto na produção quanto em favor da prevenção de impactos ao meio ambiente e a conservação dele. 
A tecnologia tem proporcionado o desenvolvimento e a produção de produtos com maior durabilidade, que gerem economia, que sejam menos poluentes e que sejam recicláveis. 
Neste sentido, ainda podemos citar a utilização de alumínio e vidros recicláveis, além da eliminação de substâncias tóxicas nos produtos da Apple, que ocorreu a partir de denúncia de negligência ecológica, incluindo essa preocupação de fazer valer a preservação do meio ambiente ao criar seus projetos e produtos. A indústria têxtil, por meio da empresa dinamarquesa Novozymes, com empresa no Brasil, introduziu tecnologia a favor do meio ambiente com a produção por meio de maquinário que diminuiu substancialmente a quantidade de água para fabricação de tecidos, ou seja, setenta mil litros a menos deixaram de lançar mil quilos de gás carbônico para cada tonelada de tecido fabricado. Do mesmo modo, a indústria automobilística também apresentou outra grande revolução tecnológica, que permitiu a utilização de carros elétricos podendo usar bateria ou serem híbridos.
As fontes alternativas de energia são exemplos de tecnologia avançada, embora muitas delas sejam singelas, mas são rentáveis. A captação da luz solar como fonte de energia alternativa é expressiva e tem ganhado mercado, principalmente no Brasil, que é um país ensolarado de Norte a Sul. Este fato pode ser exemplificado, por exemplo, pelos eletrônicos que possuem carregadores USB à luz solar. Além de utilizar fonte de energia alternativa, seu design tem garantido ser utilizado também como peça decorativa. Para chamar a atenção da importância do meio ambiente, produtos estão sendo feitos para aumentar a tendência de consumo desse tipo de produto, tais como: mouses de plásticos reciclados; cofrinhos que liberam energia apenas ao colocar moedas para que as crianças aprendam a importância da energia; notebooks feitos de bambu e celulares que viram flores.
Em suma, as indústrias se adaptam cada dia mais à produção sustentável, com tendência a mitigar impactos ambientais, e essa intenção se reflete cada vez mais nas inovações tecnológicas. Esses exemplos quebram o paradigma de que a tecnologia sempre está ligada à poluição e são destacados por Souza e Costa: Há sempre uma ideia, por muitas vezes absurda, de que tecnologia anda de mãos dadas com a poluição, degradação ambiental e desrespeito ao ecossistema. Essa era uma realidade dos séculos passados, e essa realidade vem mudando ao longo dos anos. Hoje é possível que haja o desenvolvimento tecnológico sem que para isso seja necessário destruir a natureza. A própria tecnologia se tornou uma forte aliada na preservação ambiental. Técnicas, desenvolvimento científico, evolução da legislação ambiental também são fortes aliados no casamento entre tecnologia e meio ambiente (SOUZA; COSTA, 2012).
Os citados autores, Souza e Costa (2012), afirmam que a era da pós-revolução industrial teve como consequência o aumento da expectativa de vida do cidadão, o que não trouxe boas perspectivas para o meio ambiente. Podemos conceber, a visão antropocêntrica nascendo, em que os recursos naturais estão totalmente voltados à pessoa humana e somente a ela. 
Os recursos naturais bióticos ou abióticos 
· são utilizados pelas pessoas humanas para satisfazer suas necessidades econômicas e socioculturais e esses recursos podem ser renováveis, não renováveis ou inesgotáveis. 
· Os recursos renováveis são aqueles que se renovam quando usados de forma correta, dentre os exemplos, destacam-se: a água; a vegetação; os animais como nossas fontes de alimentos. 
· Os não renováveis, que não se renovam mesmo manejados de forma correta e, além disso, demoram muito tempo para se formarem, tais como: o ouro, o petróleo, o ferro. 
· Os recursos inesgotáveis são aqueles que não se esgotam ou podem durar por um longo tempo. Dentre os exemplos, temos o vento e o sol.
As pesquisas para as novas tecnologias – que levam em consideração necessariamente o meio ambiente – devem ter em mente os componentes bióticos e abióticos do ecossistema, assim como os recursos naturais que, mesmo sendo renováveis, poderão chegar ao esgotamento caso sejam utilizados em grande quantidade em uma pequena escala de tempo que não permita sua renovação. A tecnologia também está associada à prevenção científica de desastres ambientais ou riscos geológicos. Estudos diversos destinam-se a sustentar ações de planejamento, prevenção e intervenção. A forma de atuação dos estudos, no sentido de verificação, busca de conhecimento para introdução de técnicas ou tecnologias, está na identificação, caracterização, quantificação de processos, tais como: movimentos de massa, inundação, erosão continental e costeira. Além disso, podemos citar a identificação das causas naturais e antrópicas, os efeitos do uso e da ocupação do solo no desencadeamento de perigos, a cartografia de riscos, além dos indicadores geoambientais, a relação entre áreas degradadas e perigos geológicos e o subsídios para elaboração de legislação pertinente para a prevenção ambiental e utilização da tecnologia. 
O estudo do clima é de importância ímpar à prevenção dos impactos ao meio ambiente e compreender como estamos contribuindo para a sua instabilidade é fundamental. A tecnologia está a serviço deste estudo (identificação, monitoramento), assim como provoca a instabilidade climática (produção empresarial e práticas individuais que ofendem o meio ambiente). A compreensão da questão do clima pede estudos centrados na interação do sistema ambiental, ou seja, a interação entre a atmosfera, a biosfera, a geosfera e a hidrosfera com o sistema humano, ou seja, a interação que inclui o sistema político, econômico, sociocultural e tecnológico. Esses sistemas se encontram em dois pontos: nas práticas ou ações humanas que causam mudanças do meio ambiente de tal modo que alteram diretamente o sistema ecológico, e nas mudanças ambientais que alteram diretamente os aspectos que os seres humanos valorizam. No estudo das tecnologias para gestão ambiental é importante considerar que os impactos ambientais não são atributos exclusivos da era industrial e tecnológica, pois, desde os primórdios, o homem passou a manusear e modificar a realidade ao longo da sua existência. Contudo, é obvio que a magnitude das práticas que impactaram o meio ambiente em seu ecossistema variou ao longo do tempo. A princípio se verificou a produção de ferramentas com pedras para a sobrevivência humana pela caça e pesca. Com a fixação das pessoas e as técnicas da agricultura começando, além da extração dos minérios para a ferramentas e utensílios, pode-se dizer que se iniciaram os primeiros impactos. 
A Revolução Industrial, que trouxe o adensamento demográfico, causou, com certeza, impacto mais expressivo ao meio ambiente. Hoje em dia, chamamos de tecnologia verde ou tecnologia ambiental a aplicação para a proteção, preservação e conservação do meio ambiente de todas as ciências a fim de mitigar os impactos negativos promovidos pela pessoa humana. Importante considerar que estas tecnologias são uma nova frente do desenvolvimento sustentável ou desenvolvimento limpo, tendo sido amplamente trazida como condição e elemento de força à gestão ambiental empresarial.
As tecnologias aplicadas ao meio ambiente servem de monitoramento, como o caso do monitoramento via satélite de eventos da natureza e, também, da emissão de gás para prevenção e diminuição do efeito estufa. Além disso, podemos citar ainda o monitoramento de espécies raras, para conhecimento de áreas inóspitas de acesso restrito, como a vida marinha em profundidade inacessível à pessoa humana. Pode-se afirmar que a tecnologia é, hoje, ferramenta de gestão ambiental provocando a interface do conhecimento pela necessária interação das áreas, como a biologia marinha eos equipamentos a serem produzidos para viabilização do seu estudo, envolvendo com isso a engenharia.
Referência: Responsabilidade social e ambiental - Benedita de Fátima Delbono

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