Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Estudos Disciplinares: Parâmetros Físico-químicos de Importância para o Setor Farmacêutico Cálculo de viscosidade em Cannon-Fenske § Medir o tempo de escoamento entre as marcas de aferição para a água (padrão) e, posteriormente, para o líquido a ser estudado. § Não se esquecer de efetuar a “dopagem” ou “ambientação”, ou seja, a lavagem da vidraria com o líquido a ser submetido à análise. § Determinar a temperatura do líquido de interesse (termômetro). Realizar o cálculo a partir da fórmula: Exemplo Determinar a viscosidade de uma amostra de glicerina na temperatura de 25 °C, sabendo-se que: § Tempo do padrão: 18s § Tempo da amostra: 50s § Densidade do padrão: 0,998 g/mL § Densidade da glicerina: 1,260 g/mL Cálculo da tensão superficial utilizando estalagnômetro de Traube § Medir o número de gotas formadas durante o escoamento entre as marcas de aferição para a água (padrão) e, posteriormente, para o líquido a ser estudado. § Não esquecer de efetuar a “dopagem” ou “ambientação”, ou seja, a lavagem da vidraria com o líquido a ser submetido à análise. § Determinar a temperatura do líquido de interesse (termômetro). Realizar o cálculo a partir da fórmula: Exemplo Determinar a tensão superficial de uma amostra de formulação na temperatura de 25 °C, sabendo-se que: § Gotas do padrão: 30 § Gotas da amostra: 12 § Densidade do padrão: 0,998 g/mL § Densidade da amostra: 1,150 g/mL § Tensão superficial do padrão: 76 N/m Interatividade Um analista deseja determinar a viscosidade de uma amostra de etanol empregando um viscosímetro de Cannon-Fenske. Para tanto, coletou os tempos de escoamento da água (10s) e do etanol (18,0s). Sabendo que a viscosidade da água equivale a 1,0 cP, a densidade da água é igual a 0,998 g/mL e a densidade do etanol é igual a 0,790 g/mL, indique o valor da viscosidade do etanol utilizando a fórmula de cálculo de viscosidade vista no laboratório. Dado: a) 0,70 cP. b) 1,42 cP. c) 7,02 cP. d) 14,2 cP. e) 22,4 cP. VIDEO 2 Paquímetro § É o instrumento de medir mais utilizado na prática industrial. § A escala é graduada em milímetros e polegadas (inch = 1“ = polegada = 25,4 mm). § O cursor é provido de uma graduação especial, chamadas e Vernier ou Nônio, que indica o valor da dimensão tomada. Paquímetro: possíveis formas de medição Existem algumas medições possíveis com esse instrumento: Paquímetro: cuidados com o instrumento § Os principais cuidados com o equipamento se referem à limpeza e ao manuseio. § Deve-se limpar bem o paquímetro para eliminar a sujeira e o pó depositado no instrumento, especialmente nas superfícies de medição e nas superfícies de contato da régua com o cursor. § Nunca se deve forçar o paquímetro ao colocá-lo ou retirá-lo da peça. § Ao medir, usa-se uma pressão apropriada e constante, fazendo a leitura sem retirar o instrumento da peça (abre-se o paquímetro antes de retirá-lo) sempre que possível. § Nunca se deve utilizar os bicos de medição como compasso, riscador, chave-inglesa ou martelo. Paquímetro: precisão § O paquímetro é utilizado para fazer medições com rapidez, em peças cujo grau de precisão é aproximado até 0,02 mm ou 1/128" (polegadas). § Uma característica de um instrumento de medição é a sensibilidade, que é a menor medida que ele pode efetuar. § Para calcular a sensibilidade do paquímetro (em milímetros ou polegadas), dividese o menor valor da escala fixa (régua) pelo número de divisões da escala móvel (Vernier ou Nônio). § No sistema métrico, a escala fixa é dividida em intervalos de 1 mm e existe Vernier com 10, 20 e 50 divisões. § Vernier com 10 divisões: S = 1 / 10 -» S = 0,1 mm § Vernier com 20 divisões: S = 1 / 20 -» S = 0,05 mm § Vernier com 50 divisões: S = 1 / 50 -» S = 0,02 mm Paquímetro: exemplo de leitura § A diferença, entre as divisões da escala e do Vernier, é de 0,1 que é conseguida pela divisão de 9 mm em 10 partes iguais. Ao fazer coincidir o traço nº 1 do Vernier com o nº 1 da escala, teremos deslocado 0,1 no cursor, fazendo coincidir os traços nº 2, teremos deslocado 0,2 e assim sucessivamente. Paquímetro: exemplo de leitura § Na escala, temos 3 mm e fração de milímetro. Essa fração é determinada pelo traço do Vernier (5) que coincide com o traço da escala, assim teremos 3,5 mm Interatividade O paquímetro é um instrumento de medição de grande importância no controle de qualidade dos medicamentos. Trata-se de um instrumento capaz de medir, com precisão, a distância entre dois lados simetricamente opostos de um dado objeto. Pode ser considerado como uma régua graduada, de encosto fixo, e de um cursor deslizante. Abaixo é representada a medição de um comprimido por meio de um paquímetro (p = 0,05 mm). O valor correto da medição é: a) 30,70 mm. b) 32,00 mm. c) 32,70 mm. d) 33,30 mm. e) 60,70 mm. VIDEO 3 Peso médio: cápsulas § A determinação de peso das cápsulas pode ser realizado conforme descrito no Formulário Nacional (2ª ed., 2011). § O método utilizado emprega ensaio não destrutivo, apropriado para cápsulas obtidas pelo processo magistral. Três parâmetros podem ser determinados para análise do produto: § Peso médio das cápsulas manipuladas (PMédio). § Desvio padrão relativo (DPR). § Variação do conteúdo teórico (%). Peso médio: processador estatístico § Equipamento que controla o peso médio de cápsulas. § Efetua o cálculo do peso médio magistral e os demais controles estatísticos da amostra, verificando a conformidade do resultado com os padrões estabelecidos na 2ª edição do Formulário Nacional da Farmacopeia Brasileira. Peso médio configurável, utilizando os limites de erros fixados pelo usuário. Inclui as funções: 1. Formulação, que gera relatório de pesagem; 2. Calibra balança; 3. Datalloger, armazenando os resultados das últimas 500 análises efetuadas. Peso médio das cápsulas manipuladas (PMédio) § O peso médio é a média aritmética do peso de dez unidades de cápsulas manipuladas, em gramas. Os limites de variação tolerados para o peso médio das cápsulas manipuladas (PMédio) são: Peso médio das cápsulas manipuladas (PMédio) O desvio padrão relativo (DPR) calculado não deve ser maior que 4%. O desvio padrão relativo é dado em porcentagem e é calculado conforme as equações que se seguem: Em que DP é o desvio padrão do PMédio. O desvio padrão do peso médio (PMédio) é calculado aplicando-se a seguinte equação: § Pcáps.i = peso de cada unidade de cápsulas manipuladas § n = número de cápsulas empregadas na determinação do peso médio Variação do conteúdo teórico das cápsulas § Os valores teóricos máximo e mínimo do conteúdo das cápsulas permitem obter uma estimativa da variação aceitável de peso das cápsulas, supondo que a massa de pós encapsulada está homogênea. § Assim, se seguidas as Boas Práticas de Manipulação, no que se refere à mistura de pós, pode-se inferir que a quantidade de fármaco esteja distribuída uniformemente entre as cápsulas e, portanto, a variação aceitável de conteúdo deve estar contida no intervalo de 90 a 110%. § Os valores teóricos máximo e mínimo do conteúdo das cápsulas permitem obter uma estimativa da variação aceitável de peso das cápsulas, supondo que a massa de pós encapsulada está homogênea. § Assim, se seguidas as Boas Práticas de Manipulação, no que se refere à mistura de pós, pode-se inferir que a quantidade de fármaco esteja distribuída uniformemente entre as cápsulas e, portanto, a variação aceitável de conteúdo deve estar contida no intervalo de 90 a 110%. Variação do conteúdo teórico das cápsulas § Para determinar a variação do conteúdo teórico nas cápsulas, é necessário determinar o peso médio das cápsulas vazias (PMédio-cáps.vazias) e o peso teórico das cápsulas (Pteórico). O peso médio das cápsulas vazias (PMédio-cáps.vazias) é obtido pesando-se, individualmente, 20 cápsulas vazias e calculando-se a média aritmética, conforme a equação: O peso teórico das cápsulas (Pteórico) é obtido com a soma de PMédio-cáps. vazias e os pesos teóricos das substâncias adjuvantes e fármacos que compõem a fórmula: § A variação teórica de conteúdo das cápsulas éestimada determinado a quantidade teórica mínima de pó (Qteor.mín.) e a quantidade teórica máxima de pó (Qteor.max.), de acordo com os extremos de pesos obtidos na pesagem das cápsulas. Assim, devem ser observados os pesos da cápsula mais leve e o da mais pesada,conforme as equações: § Pcápsula mais leve = menor peso individual observado na pesagem das cápsulas manipuladas para determinação de peso médio. § Pcápsula mais pesada = maior peso individual observado na pesagem das cápsulas manipuladas. Interatividade Em um ensaio de peso médio para cápsulas são necessárias três determinaçõespara que se possa avaliar a qualidade do material formulado. Seguidas as Boas Práticas de Manipulação, no que se refere à mistura de pós, pode-se inferir que a quantidade de fármaco esteja distribuída uniformemente entre as cápsulas e, portanto, a variação aceitável de conteúdo deve estar contida no intervalo: a) 90 a 110%. b) 95 a 105%. c) 80 a 120%. d) 98 a 102%. e) 50 a 150%. VIDEO 4 Calor específico -Calor é energia térmica em trânsito entre corpos de diferentes temperaturas. § Considere dois corpos A e B em diferentes temperaturas TA e TB , tais que a temperatura do corpo A seja maior que a temperatura do corpo B; § Cada corpo possui energia térmica e essa energia é transferida do corpo de maior temperatura, no caso acima A, para o corpo de menor temperatura (corpo B); § A transferência da energia térmica cessa no momento em que os dois corpos atingirem a mesma temperatura: o equilíbrio térmico. Formas de calor Existem duas formas de transferência de calor: § Calor latente → quantidade de calor que um determinado corpo cede ou recebe, quando mudar sua fase ou estado físico. Durante a mudança de estado, a temperatura permanece constante. § Calor sensível → quantidade de calor que um determinado corpo cede ou recebe,quando variar sua temperatura. Causa a variação de temperatura de um sistema. Calor sensível e latente Em que: Q = m.c.DT Q ð quantidade de calor m ð massa c ð calor específico DT ð variação de temperatura Q = m.L Em que: Q ð quantidade de calor m ð massa L ð calor latente Parâmetros de troca de calor § Calor específico (c): corresponde à quantidade de calor que se deve fornecer ou retirar de uma massa unitária da substância (1 g), para variar de 1 °C a sua temperatura. Parâmetro constante para cada tipo de substância química. § Calor latente (L): corresponde à quantidade de calor que se deve fornecer ou retirar de uma massa unitária da substância (1 g) para que se tenha a mudança de fase. Ponto de fusão § Temperatura à qual um dado composto transita do estado sólido para o estado líquido. § Substâncias puras cristalinas têm um ponto de fusão muito bem definido. § Quando uma substância sólida pura é aquecida, o calor fornecido é convertido em energia cinética. § À medida que o movimento das moléculas vai aumentando, as forças intermoleculares são superadas, perdendo-se progressivamente o estado ordenado das moléculas em estrutura cristalina. Ponto de fusão § As moléculas passam para um estado de maior liberdade de movimento, transitando a substância do estado sólido para o estado líquido. Durante o processo de fusão, toda a energia fornecida é consumida, pelo que a temperatura permanece constante. § Uma substância pura funde a uma temperatura bem definida, sendo essa uma característica de qualquer substância cristalina que é apenas dependente da pressão (embora essa dependência da pressão é, geralmente, considerada insignificante). § O intervalo de valores relativos ao ponto de fusão é medido desde o momento em que o primeiro cristal do sólido começa a fundir e o momento em que o último cristal conclui o processo de fusão. Esse intervalo de valores é muito estreito para sólidos puros (normalmente variações de 1-2 ºC). Equipamentos Friabilidade § Envolve o conceito da facilidade de uma substância sólida se quebrar em pedaçosmenores durante fricção, contato ou manuseamento. § Esse conceito de se quebrar em pedaços menores envolve também a perda de massa, de forma que migalhas do comprimido se soltem durante o seu processamento da linha de produção até a emblistagem. § No caso de comprimidos armazenados em frascos, em que o contato físico com outros comprimidos e com o frasco é ainda mais significante, a friabilidade se tornauma medida importante para determinar a correta formulação do medicamento, especialmente quanto à sua cobertura. § Problemas na medida de friabilidade das formulações sólidas podem advir dediversas causas, como formato dos comprimidos (bordas vivas), baixa umidade e/ou liga insuficiente na formulação, além da já mencionada cobertura (coating). § Os comprimidos têm que apresentar baixa friabilidade suficiente para atender as especificações, mas não ao ponto de não desintegrarem no trato gastrointestinal. Ensaio de friabilidade § Os comprimidos devem ser pesados com exatidão em balança analítica e introduzidos no friabilômetro. § A velocidade é de 25 rotações por minuto e o tempo de teste de 4 minutos. § Decorrido o prazo, qualquer resíduo de pó será removido da superfície dos comprimidos e estes pesados novamente. § Nenhum comprimido poderá apresentar-se, ao final do teste, quebrado, lascado, rachado ou partido. § São considerados aceitáveis os comprimidos com perda igual ou inferior a 1,5% do seu peso. Ensaio de dureza § A dureza é uma propriedade mecânica largamente utilizada em estudos e pesquisas mecânicas e metalúrgicas, e principalmente na especificação e na comparação de materiais. § Definida como a força necessária para quebrar um comprimido em um teste de compressão diametral. § Para realizar esse teste, um comprimido é colocado entre duas bigornas. É aplicada uma força de esmagamento e registrada a força necessária para a quebra do omprimido. Interatividade Um granulado sólido, cujas informações técnicas relacionadas à transferência de calor são calor específico igual a 3,5 cal. g-1 .°C-1, será submetido à secagem em batelada a partir do fornecimento de 300000 cal no interior do equipamento. Sabendo-se que por batelada entram 900 g de granulado e que, inicialmente, oproduto se encontra na temperatura de 30 °C, determine a temperatura final desse granulado sólido na saída do secador. a) 30 °C. b) 30,4 °C. c) 95,2 °C. d) 65 °C. e) 125 °C.
Compartilhar