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❖ Sigilo profissional na enfermagem A privacidade está relacionada com a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, garantindo a confidencialidade de suas informações. Cabe aos profissionais de saúde estabelecerem condições, para que o paciente autônomo possa decidir quais informações quer manter sob seu exclusivo controle, e quais quer comunicar a familiares, colegas ou à própria sociedade, decidindo quando, onde e em que condições quer que sejam reveladas. O ser autônomo deve ter liberdade de guardar para si mesmo fatos pessoais que não deseja serem revelados a outras pessoas. Segredo profissional: A garantia da privacidade e da confidencialidade das informações dos pacientes é que gera nos profissionais de saúde o dever ético e legal de manter o sigilo das informações. O segredo compreende as informações que os profissionais tem acesso, no exercício de suas atividades, quando transmitidas pelos pacientes ou responsáveis, obtida através da anamnese, exame físico, dos cuidados ao paciente, ou proveniente das observações de outros profissionais, dos resultados de exames laboratoriais e radiológicos. Equipe multiprofissional: No trabalho multiprofissional, a troca de informações entre a equipe de saúde é necessária, mas deve ser limitada as informações que cada profissional precisa para realizar suas atividades em benefício do paciente. Motivação ética do segredo: No que se refere ao pensamento ético, a privacidade é um direito moral do paciente. O segredo profissional, além do respeito a esse direito, é muito importante, pois sem sua preservação o profissional não teria garantias de sinceridade das informações e das revelações fornecidas pela pessoa com quem se relaciona, o que causaria prejuízos à relação estabelecida entre os dois. Diversas pesquisas mostram que a confidencialidade encoraja a procura dos serviços apropriados por quem tem necessidade de atenção à sua saúde e, ao contrário, quando não observada, pode afastar as pessoas, resultando em danos para a sua saúde. Nesse sentido, deve se lembrar que quando mantida, favorece a diminuição dos sentimentos de vulnerabilidade e de vergonha que sofrem as pessoas quando afetas por doenças, principalmente aquelas com alto poder discriminatório, como a tuberculose, a hanseníase, AIDS ou o uso de substâncias e drogas ilícitas. Violação do segredo como infração legal: A legislação considera que a violação do segredo profissional constitui uma infração à ordem social. Crime apurado mediante representação daquele que teve seu direito ofendido e a quem foi causado um dano, é expresso no art. 154 do Código Penal, que afirma a interdição de: “revelar alguém, sem justa causa, segredo, de que tem ciência em razão de função, ofício ou profissão, e cuja revelação possa produzir dano a outrem”. Caso seja comprovado delito, é aplicada a detenção de três meses a um ano, ou multa. Quando o segredo pode ser rompido: O direito à privacidade e à confidencialidade das informações não é ética ou legalmente considerado como um direito absoluto. A quebra do sigilo pode se dar por meio do consentimento do próprio paciente ou de seu representante legal, por dever legal ou pela existência de uma “justa causa”.
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