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Biogeografia histórica

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Trabalho Inscrito na Categoria de Artigo Completo 
ISBN 978-65-86753-06-6 
 
 
192 
 
EIXO TEMÁTICO: 
( ) Biogeografia e a Paisagem 
( ) Biogeografia e as Mudanças Climáticas 
( ) Biogeografia e a Educação Ambiental 
( ) Biogeografia e Saúde 
( x) Biogeografia Histórica 
( ) Biogeografia e Conservação 
( ) Biogeografia e Agronegócio 
( ) Biogeografia e Agroecologia 
( ) Biogeografia e SAFs 
 
 
 
 
Biogeografia Histórica 
 
Historical Biogeography 
 
Biogeografía Histórica 
 
 
 
 
Luis Gabriel Rodrigues Sousa 
Doutor em Direito(faltando apresentar tese), 
Mestre em Ensino da Saúde e do Ambiente (UNIPLI), 
Prof. da Rede Municipal de São Gonçalo e Rede Estadual do RJ 
 uisgabrielrso@gmail.com 
 
Herika Bastos de Medeiros 
Mestre em Ensino da Saúde e do Ambiente (UNIPLI), 
Prof. da Rede Municipal de São Gonçalo e Rede Municipal do Rio de Janeiro 
herikabastos@yahoo.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
mailto:uisgabrielrso@gmail.com
 
Trabalho Inscrito na Categoria de Artigo Completo 
ISBN 978-65-86753-06-6 
 
 
193 
 
RESUMO. A Biogeografia é uma ciência complexa e desafiadora que estuda a distribuição geográfica dos seres vivos, 
no espaço através do tempo, com o objetivo de entender os padrões de organização espacial dos organismos, os 
processos que resultaram desses tais padrões e que abrange ideias de diversas áreas do conhecimento humano. 
Neste trabalho são apresentados os principais fatos históricos e conceitos relacionados à trajetória histórica da 
Biogeografia, para que se compreenda que tal disciplina não surgiu de forma obtusa ou grosseira, mas passou por um 
processo muito longo de construção que se deu através do acúmulo de contribuições de vários pesquisadores ao 
longo dos últimos séculos. 
PALAVRAS-CHAVE: Dispersalismo. Distribuição, Evolução, Vicariância. 
 
 
 
ABSTRACT. Biogeography is a complex and challenging science that studies the geographic distribution of living 
beings, in space over time, with the objective of understanding the patterns of spatial organization of organisms, the 
processes that resulted from these patterns and that encompasses ideas from different areas of human knowledge. 
This work presents the main historical facts and concepts related to the historical trajectory of Biogeography, so that 
it is understood that such discipline did not arise in an obtuse or coarse way, but went through a very long process of 
construction that took place through the accumulation of contributions from several researchers over the past 
centuries. 
KEYWORDS: Dispersalism. Distribution, Evolution, Vicariance. 
 
 
 
RESUMEN. La biogeografía es una ciencia compleja y desafiante que estudia la distribución geográfica de los seres 
vivos, en el espacio a lo largo del tiempo, con el objetivo de comprender los patrones de organización espacial de los 
organismos, los procesos que resultaron de estos patrones y que abarca ideas de diferentes áreas. del conocimiento 
humano. Este trabajo presenta los principales hechos y conceptos históricos relacionados con la trayectoria histórica 
de la Biogeografía, por lo que se entiende que dicha disciplina no surgió de manera obtusa o tosca, sino que pasó por 
un proceso de construcción muy largo que tuvo lugar mediante la acumulación de contribuciones de varios 
investigadores en los últimos siglos. 
PALABRAS CLAVE: Dispersalismo. Distribución, Evolución, Vicariancia. 
 
 
 
 
 
Trabalho Inscrito na Categoria de Artigo Completo 
ISBN 978-65-86753-06-6 
 
 
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Introdução 
 
A Biogeografia é uma ciência complexa e desafiadora que estuda a distribuição 
geográfica dos seres vivos, no espaço através do tempo, com o objetivo de entender os 
padrões de organização espacial dos organismos, os processos que resultaram desses 
tais padrões e que abrange ideias de diversas áreas do conhecimento. 
Quando falamos em Biogeografia, é sabido que ao longo da história, vários filósofos e 
principalmente naturalistas viam-se curiosos por responder a respeito de como seria 
feita a distribuição dos seres vivos. Dentre os cientistas, que mais estiveram envolvidos 
no assunto desta ciência, destaca-se, como Carolus Linnaeus (1707-1778), Charles 
Robert Darwin (1809-1882) e Alfred Russel Wallace (1823-1913), que formularam 
diversas hipóteses que buscavam entender e responder questões como: Por qual motivo 
uma determinada espécie vive em uma área exclusiva? O que de fato levou aquela 
espécie a permanecer e viver neste local, mas não em outros locais? Porque existem 
áreas que possuem uma diversidade maior de espécies que outras? e ainda porque 
algumas espécies são restritas a determinado local, enquanto outras colonizaram áreas 
tão diferentes e ainda distantes uma das outras? Por que há muito mais espécies nos 
trópicos do que nas regiões temperadas e polares? Porque há espécies diferentes 
ocupando áreas semelhantes? 
Ademais, sabe-se, que alguns grupos de espécies são restritos a uma determinada área 
da superfície terrestre, enquanto outros, apresentam ampla distribuição, nesta mesma 
superfície terrestre. Assim, foi com o intuito de se entender os padrões gerais de 
distribuição das espécies, através da correlação da biota com suas áreas de distribuição 
e a própria relação entre as essas áreas, é que nasceu a Biogeografia, entendida, talvez 
como a mais abrangente e multidisciplinar das ciências biológicas (Nelson e Platnick, 
1981). 
É certo afirmar, que esta é uma ciência complexa que utiliza informações e teorias de 
outras disciplinas, tais como a Geografia, Geologia, Ecologia, Paleontologia e Sistemática 
Filogenética, que serve para documentar e entender os padrões de distribuição dos 
organismos, tanto no espaço, quanto no tempo. 
De fato, é imperioso citar, que existem três componentes que devem ser avaliados em 
conjunto para o completo entendimento dos padrões de distribuição da biota: espaço 
 
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(área geográfica onde se encontramos organismos) , tempo(eventos históricos que 
interferiram nos padrões atuais das espécies) e forma( que são os grupos de organismos 
propriamente ditos)(Croizat, 1952; Humphries, 2000). 
 
Desenvolvimento 
 
Resumidamente, e de posse de tais conceitos, é lícito e pode-se afirmar, que a 
Biogeografia é a ciência que estuda a distribuição geográfica dos seres vivos no espaço 
através do tempo, com o objetivo de entender os padrões de organização espacial dos 
organismos e os processos que resultaram de tais padrões, e ainda envolve informações 
de diversas ciências – tais como a Geologia, Geografia, Ecologia, etc – e ainda, conforme 
pesquisas e estudos diversos, esta passou por um processo muito longo de 
desenvolvimento, processo este, que se deu através do acúmulo de contribuições de 
diversos pesquisadores, notadamente nos séculos XVIII e XIX(Crisci e col, 2003; Posadas 
e col, 2006). 
A história da Biogeografia, de acordo com(Nelson e Platnick), pode ser dividida em dois 
períodos muito distintos, a saber:1)o período pré-evolutivo, no qual se acreditava no 
fixismo das espécies, ou seja, na sua constância e estabilidade de lugar na Terra, e em 
um centro de origem e dispersão; e 2) o período evolutivo, que agrega e incorpora as 
idéias de mudança tanto da biota(evolução da espécie) quanto da própria Terra ás 
explicações biogeográficas, resultando no paradigma vicariante que serviu de base para 
a biogeografia histórica. 
 
 Fig 1: Dispersão ativa via migração 
 
 Fonte: Biogeografia histórica e ecológica de Natália Leiner 
 
Para compreendermos de fato, no que se refere a história e a teoria biogeográfica, é 
importante conceituarmos três processos: extinção, dispersão e 
vicariância(Figura10.1C).Tais processos, são considerados os principais responsáveispor 
 
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delinear os padrões de distribuição dos organismos propriamente ditos essencialmente. 
A extinção (Figura 10.1A), dentre os três processos, é o mais simples, podendo ser 
entendido como o desaparecimento total de um táxon(são categorias usadas no sistema 
de classificação dos seres vivos. São eles: -domínio –reino -filo –classe –ordem –família 
–gênero - espécie). 
 
 
Fonte: Profa: Lígia H. apostólico, USP 
 
No caso da dispersão, partimos de uma população ancestral de um dado grupo de 
organismos que originalmente ocorria em apenas uma das áreas hoje ocupadas por tal 
grupo. Posteriormente, esta população ampliou sua distribuição e em um período 
conhecido se dispersou para outras áreas, ultrapassando barreiras pré-existentes. Por 
fim, as duas populações isoladas pela barreira se diferenciaram com o passar do tempo 
e se modificaram em duas espécies diferentes (Figura 10.1B) 
O último processo biogeográfico que é a vicariância(Figura 10.1C). A fundamental 
diferença entre dispersão e vicariância está relacionada com a idade da barreira em 
relação aos táxons (Figuras 10.1B-C). Quando nos referimos a vicariância, há o 
 
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aparecimento de uma barreira que separa a população original em duas ou mais 
populações, ocorrendo o isolamento destas populações. Assim, a barreira possui a 
mesma idade dos táxons resultantes (Figura 10.1C). Ocorre, que no modelo de 
dispersão, temos a transposição de uma barreira pré-existente por uma parcela da 
população original. Neste caso, entretanto, a barreira é mais antiga do que os táxons. 
Outrossim, pode-se definir o processo de vicariância como o surgimento de uma 
barreira capaz de dividir ou fragmentar a distribuição da população original. Essa divisão 
pode, como consequência, isolar as duas populações e, assim como no caso da 
dispersão, deverá ser criada o aparecimento de duas outras espécies distintas. 
Hodiernamente pode-se ressaltar que o termo “barreira biogeográfica” não está restrito 
somente a barreiras geológicas, como o soerguimento de uma cadeia de montanhas 
(como ilustrado na Figura 10.1C) ou a separação dos continentes. É certo, que qualquer 
aspecto biótico ou abiótico – sendo ele geográfico, ecológico (competição, predação, 
comportamento), fisiológico (temperatura, profundidade) – que restrinja o movimento 
ou interação entre populações em diferentes ambientes é considerado uma barreira 
biogeográfica. 
De toda forma e desde muito cedo na história da humanidade o ser humano já tinha a 
necessidade e curiosidade de se saber por que os organismos estão onde estão e 
porquê. Vários povos, em diversos lugares do mundo, possuem explicações das mais 
diferentes possíveis para a origem e distribuição tanto da espécie humana quanto das 
demais espécies espalhadas pela terra, em comum essas explicações são baseadas na 
quase sua integridade por explicações religiosas, mesmo quando se refere as religiões 
que não têm traços em comum de religiosidade ou costumes pré-estabelecidos. 
Acreditava-se que todos os organismos surgiram em uma só área – o centro de origem 
das espécies– e que posteriormente se dispersaram a partir dali, ocupando toda a 
superfície da Terra. Uma das mais antigas teorias geográficas é encontrada no Livro do 
Gênesis, que hoje é conhecida como a bíblia dos cristãos e a torá para os muçulmanos. 
Nestes livros está escrito e, portanto, registrado, mesmo por dados as vezes apócrifos, 
que todos os organismos foram criados no Éden e a partir daí se dispersaram para as 
outras regiões do globo terrestre. 
A história da biogeografia pré-evolutiva, diz que o mesmo raciocínio se aplica à ideia da 
Arca de Noé e da Torre de Babel: onde as espécies e povos viventes naquele período 
inicial da humanidade, respectivamente, surgiram no centro de origem e então se 
dispersaram e diversificaram a partir dele (Papavero et al., 1997). 
É necessário registrar, que quando tratamos, de Biogeografia pré-evolutiva, entende-se, 
que os primeiros questionamentos relacionados à origem e distribuição dos seres vivos 
 
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datam de séculos atrás, em um período no qual os pensamentos eram enraizados em 
explicações religiosas e no que estava escrito nas antigas escrituras bíblicas, sem 
qualquer fundamento científico, visto que, apesar de alguns escritos serem feitos em 
pergaminhos outros foram descritos através de documentos apócrifos, que como se 
sabe, não necessariamente podem ser considerados registros verdadeiros. 
Alguns dos questionamentos mais antigos dos quais se tem conhecimento aparecem no 
Livro do Gênesis, no hoje chamado livro do Antigo Testamento (bíblia sagrada atual). 
Neste livro, existem as primeiras idéias de centro de origem e dispersão – os primeiros 
conceitos biogeográficos –, já anteriormente mencionados por três vezes. 
A primeira menção ocorre no mito do Jardim do Éden, onde Deus teria criado todos os 
animais, plantas e o primeiro casal humano(Adão e Eva).E que após o pecado original 
cometido por ambos, ao comer da árvore do conhecimento, que era taxativamente 
proibida por Deus, o homem, animais e plantas teriam se dispersado, a partir do Éden, 
e colonizado outras áreas. O segundo caso é o mito da Arca de Noé, segundo o qual, 
após o dilúvio, a arca teria desembarcado no monte Ararat (atual território Turco) e, a 
partir deste lugar, após baixarem as águas do dilúvio, o homem e todos os animais e 
plantas mantidos na arca teriam colonizado o restante da terra e se espalhado por todos 
os continentes do mundo terrestre. 
E, por fim, a terceira menção aparece no mito da torre de Babel, com a história da 
diversificação dos povos e línguas. Durante o século XVIII, o pensamento da época 
permanecia baseado nas explicações religiosas propostas pela Igreja. Foi nesse período 
em que viveu e nasceu, o primeiro nome de destaque no contexto histórico deste 
período biogeográfico pré- evolutivo: Linnaeus. 
Este integrante da escola dispersalista Carl Von Linné(Linneaus Lineu)(1707 a 1778), foi 
o botânico sueco que formulou a primeira teoria biogeográfica dos tempos modernos. 
De acordo com ela, áreas distintas da Terra com a mesma ecologia, deveriam possuir 
exatamente a mesma flora. Desse modo, plantas que habitam áreas semelhantes, mas 
em continentes diferentes, deveriam pertencer à mesma espécie (Papavero et al., 
1997). 
Ele é primeiramente reconhecido por sua contribuição na área da Biologia, com a criação 
da nomenclatura binominal e do sistema de classificação de seres vivos, ambos 
utilizados até os dias de hoje. Além disso, sua curiosidade a respeito do mundo natural 
também o fez indagar sobre a origem e a distribuição dos seres vivos na Terra. 
Conterrâneo aos pensamentos da época, Linnaeus baseou-se no mito do Jardim do Éden 
para criar a tese e hipotetizar que todas as formas de vida haviam surgido em uma 
 
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montanha paradisíaca, localizada próxima ao Equador (i.e., ideia de centro de origem), 
e depois se dispersado pelo restante do mundo. 
De acordo com a explicação de Linnaeus, cada espécie estaria adaptada a determinada 
condição climática na montanha e, após sua dispersão, habitaria regiões com condições 
similares no globo terrestre inteiro. Quando seguimos essa lógica, organismos 
adaptados às regiões mais frias de altitude da montanha se dispersariam para áreas frias 
do globo terrestre, enquanto que aqueles que habitavam as regiões menos elevadas da 
montanha se dispersariam para as regiões mais quentes. Conforme entendimento de 
Linnaeus, essa mesma lógica explicaria a dispersão dos seres vivos a partir do Monte 
Ararat, local no qual,segundo o mito biblíco do dilúvio, a Arca de Nóe teria fundeado 
devido ao dilúvio e posteriormente desembarcado as pessoas, plantas e animais que 
estavam naquela Arca. 
As ideias de Linnaeus a respeito da distribuição geográfica dos seres vivos foram 
apresentadas em uma publicação denominada Oratio de Telluris Habitabilis Incremento 
publicado no ano de 1744.O século XVIII foi ainda marcado e influenciado pelas grandes 
viagens exploratórias realizadas pelos diversos naturalistas desta época, as quais 
permitiram descobrir sobre a enorme diversidade de espécies de plantas e animais, 
desconhecidas até aquele momento pelos seres humanos. Com o início das descrições 
mais detalhadas e especificadas por táxons/categorias de espécies sobre a distribuição 
dos seres vivos, os naturalistas daquela ocasião começaram a se perguntar sobre a 
licitude das ideais criacionistas e a buscar explicações para compreender de forma 
objetiva, o que gerava tais padrões de distribuição nas diferentes regiões da Terra. 
Posteriormente, George Louis Leclerc, Conde de Buffon (1707-1788), examinou espécies 
de mamíferos do Velho Mundo conhecidas na época e percebeu que elas não eram 
encontradas no Novo Mundo. A partir de suas descobertas foi elaborada a lei de Buffon, 
segundo a qual diferentes regiões do globo, apesar de compartilharem as mesmas 
condições, são habitadas por diferentes espécies de animais e plantas. Buffon não 
questionou a noção de centro de origem, mas sugeriu um novo fato: as espécies se 
modificariam (por degeneração), quando expostas a diferentes condições ambientais. 
Os estudos de Buffon, sugerem causas históricas para os padrões de distribuição, ou 
seja, ou o grupo de organismos surgiu naquela dada área ou veio de outro lugar. No 
primeiro caso, se for uma espécie, implica em dizer, que a especiação ocorreu naquela 
área; no segundo caso ocorreu dispersão e consequente colonização da espécie. 
Diversos autores posteriores chegaram às mesmas conclusões de Bufonn quanto a 
distribuição diferenciada dos organismos, a partir do estudo de outros grupos de seres 
 
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vivos, como Alexander von Humboldt (1769-1859)-plantas, Pierre Latreille (1762- 1833)- 
insetos; Georges Cuvier (1769-1832)-répteis. 
Dentro desta ideia ainda, o naturalista George-Louis Leclerc, o Conde de Buffon (1707-
1788), foi o primeiro a contestar às ideias de seu contemporâneo, Linnaeus. Buffon ao 
estudar com profundidade o fenômeno, observou que em diferentes áreas tropicais da 
terra, mesmo aquelas onde as condições ambientais e climáticas eram similares, eram 
habitadas por espécies de mamíferos completamente distintas. Na visão de Leclerc, a 
origem dos seres vivos deveria ter acontecido em regiões mais próximas ao norte da 
Europa, e jamais tão próximas aos trópicos conhecidos. Baseado nessa hipótese, Leclerc 
defendia que, ao longo do processo de dispersão pelo mundo terrestre, as espécies se 
modificavam mais quanto mais distantes de seu centro de origem. Essa ideia permitiu a 
formulação do primeiro princípio biogeográfico, conhecido como Lei de Buffon, o qual 
postulava que as diferentes regiões da Terra, apesar de compartilharem determinadas 
características, seriam habitadas por diferentes espécies de plantas e animais. 
É certo ressaltar, que o alemão Johann Reinhold Forster (1729-1798) foi outro 
naturalista de destaque neste período. Quando de suas viagens exploratórias pelo 
mundo, Forster coletou milhares de espécies de plantas não descritas até então e 
comprovou que a Lei de Buffon aplicava-se não somente aos mamíferos, mas também 
às plantas e a outros animais. Através de suas anotações e observações, ele descreveu 
de forma contundente e objetiva os gradientes latitudinais de diversidade que ocorrem 
no mundo, deixando claro quanto a possibilidade de aumento da riqueza de espécies, 
quando estas vivem em direção às baixas latitudes e em regiões tropicais. 
Da mesma época de J. Forster, Alexander von Humboldt (1769-1859) foi outro 
naturalista dos mais importantes para o desenvolvimento da Biogeografia, que, após 
viagens exploratórias pelo mundo, generalizou de forma simples a Lei de Buffon para 
inserir as plantas e a maioria dos animais viventes terrestres conhecidos até hoje. Sua 
principal contribuição sobre este assunto, porém, foi resultado de sua ideia de escalar 
mais de 5800 metros para chegar ao topo do vulcão Chimborazo, localizado no Equador, 
durante uma de suas expedições à América do Sul. Como resultado desta exploração, 
Humboldt observou que a riqueza de espécies de plantas diminuía conforme se 
aumentava a altitude em relação ao topo do vulcão. Segundo ele, existiam faixas de 
distribuição ao longo das diferentes altitudes, ou uma sucessão altitudinal – similares ao 
gradiente latitudinal de diversidade proposto por Forster –, as quais ele denominou de 
zonas fisionômicas. 
Durante o século XIX, o botânico suíço Augustin Pyramus de Candolle (1778-1841), 
influenciado pelos trabalhos de Humboldt, teve grande contribuição para o 
 
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fortalecimento da Biogeografia como ciência de forma estrita. A ele pode ser atribuída, 
por exemplo, a primeira distinção entre Biogeografia Ecológica e Histórica quando em 
1820 cunhou, respectivamente, os termos ‘estações’ e ‘habitações’. Candolle, detalha 
em sua literatura, o primeiro termo que se referia às causas físicas atuantes no presente, 
preferencialmente ao clima e à topografia. Quanto ao segundo termo estaria 
relacionado às causas externas, que ocorreram no passado, principalmente 
circunstâncias geográficas e geológicas ocorridas na formatação da terra, fazendo 
menção ao período permiano, onde se deu origem às plantas com flores e os mamíferos, 
nesta ocasião os grandes répteis foram extintos pelo menos a 70 milhões de anos. 
As definições, procedimentos e conceitos formulados por de Candolle foram a primeira 
tentativa de entender e depois explicar os fatores que levariam os organismos a se 
distribuírem em determinados locais, mas não em outros, como era entendido que 
poderia acontecer. Através desta linha de pensamento, Candolle observou que algumas 
espécies de planta apresentavam uma distribuição muito ampla, podendo ser 
encontradas em quase todas as regiões do planeta, enquanto outras estavam 
aglomeradas em áreas restritas a regiões singulares. Dessa forma e a partir dessas 
observações, que Candolle formulou o conceito de endemismo – usado para designar 
espécies restritas a uma única região e um dos conceitos centrais da Biogeografia 
Cladística – e também uma das primeiras propostas de classificação do planeta em 
regiões biogeográficas de acordo com as espécies encontradas. 
De acordo como é entendido os métodos de Biogeografia Cladística, se compararmos 
cladogramas de área derivados de cladogramas de táxons de diferentes grupos que 
habitam determinada região, seria possível reconhecer o padrão geral de fragmentação 
da biota, e consequentemente da área, nas regiões analisadas e, assim, obter um 
cladograma geral da área a ser explorada. 
O educandário da Biogeografia Evolutiva teve seu surgimento a partir das ideias de dois 
notáveis naturalistas ingleses, Darwin e Wallace. Darwin e sua teoria da evolução por 
meio da seleção natural, além de sua indiscutível contribuição à Biologia, teve também 
consequências positivas para a Biogeografia. Antes do surgimento desse pensamento, 
os naturalistas da época limitavam suas explicações às descrições dos padrões de 
distribuição observados, sem enfatizar a questão do tempo, de forma que as explicações 
levavam em consideração notadamente aspectos ecológicos, mas não históricos. Por 
conseguinte, ao contrário da ideia fixista, de que as espécies seriam imutáveis, as ideias 
de Darwin permitiram combinar a teoriada evolução com o modelo de dispersão dos 
táxons. Ressalta-se, que apesar de Darwin e Wallace preocuparem-se com a distribuição 
 
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dos organismos, ambos mantiveram as ideias a respeito de centros de origem e de 
dispersão como única força motora de diversificação (paradigma dispersalista). 
O estudioso Srº Wallace foi conhecido, principalmente, por ter proposto a teoria da 
evolução por seleção natural ao mesmo tempo que o Srº Darwin. Na área da 
Biogeografia, Wallace é identificado como o pai da Zoogeografia, devido a sua proposta 
de regionalização do mundo em zonas zoogeográficas. Essa proposta foi baseada no 
trabalho do ornitólogo britânico Philip Sclater (1829-1913), publicado em 1858. Baseado 
na composição de espécies de aves nas diferentes áreas do globo, Sclater reconheceu a 
existência de duas grandes divisões, ou “locais de criação” – Velho e Novo Mundo –, as 
quais eram subdivididas em seis regiões biogeográficas. Em 1876, Wallace expandiu o 
número de regiões biogeográficas propostas por Sclater após a inclusão de outros 
grupos animais além das aves. As regiões biogeográficas estabelecidas por Wallace são 
identificadas até hoje como realizadas por ele. 
Ademais, durante sua expedição às ilhas malaias, Wallace observou a existência de uma 
demarcação entre as ilhas do leste e do oeste do arquipélago quanto à distribuição das 
espécies. Segundo ele, a fauna das ilhas a oeste era muito semelhante àquela 
encontrada na Ásia, enquanto que as espécies das ilhas a leste eram mais similares às 
espécies que habitavam a Austrália. Essa demarcação imaginária entre leste e oeste 
ficou conhecida como Linha de Wallace e é aceita pelos zoogeógrafos desde então. 
Os escritores da escola da Biogeografia Evolutiva se baseavam na ideia de centros de 
origem, delineados como centros geradores de fauna e flora, a partir dos quais as 
espécies poderiam se disseminar para novas áreas. Para esses escritores, o centro de 
origem deveria ser o local onde estariam divididas as espécies de origem mais recente 
(mais derivadas), as quais poderiam levar ao deslocamento de espécies mais antigas 
para regiões mais periféricas devido à competição por recursos. Essa ideia é oposta ao 
que conjecturava a lei de Buffon. Ademais, o centro de origem seria o local com maior 
diversidade de espécies, uma vez que, por ser o local mais antigo, deveria conter o maior 
número de espécies viventes. É certo, dizer, que o conceito de centro de origem sofreu 
mudanças conceituais drásticas ao longo do tempo, especialmente durante o 
predomínio da escola da Biogeografia Filogenética. 
Durante o século XIX, as ideias dos dispersalistas foram contestadas por escritores como 
Joseph Hooker (1817-1911) e John Willis (1868-1959), estes consideravam que seria 
pouco provável que eventos de dispersão de longo alcance pudessem esclarecer os 
padrões de distribuição observados até então. Esse novo grupo, conhecido como 
extensionistas, defendia a ideia de que, em tempos remotos, existiram pontes 
intercontinentais conectando todos os continentes atuais. Para esses escritores, estas 
 
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pontes, submersas pelos oceanos nos tempos atuais, seriam a fonte de explicação mais 
adequada para se compreender a distribuição separada de muitos grupos em 
continentes atualmente desunidos. Entretanto, as ideias extensionistas entraram logo 
em descrença, e o dispersalismo foi liberado como única explicação possível para os 
escritores do início do século XX. 
Para obtermos o conceito abrangente de vicariância devemos analisar a seguinte frase 
“Vida e terra evoluem juntas”. O autor desta frase, o botânico Léon Croizat (1894-1982), 
foi um dos principais críticos às explicações dos dispersalistas e ao conceito de centros 
de origem. Segundo Croizat, não parecia sensato acreditar que padrões semelhantes de 
distribuição de diferentes organismos estivessem ligados a histórias independentes de 
dispersão. A dispersão seria um evento que dependia do acaso e também da capacidade 
de dispersão de cada espécie, de forma que era mais lógico assumir que os padrões 
observados seriam consequência de histórias compartilhadas, causadas por respostas 
similares às modificações da superfície do planeta. Defensor de que as barreiras 
geográficas evoluem juntamente com as biotas, Croizat acreditava que a teoria de 
Wegener de deriva continental explicava de forma satisfatória padrões antigos de 
distribuição de biotas, mas seria insuficiente para explicar os eventos geológicos 
associados aos padrões de distribuição geográficos complexos e mais recentes1 . 
O conceito central formulado por Croizat para explicar a evolução das biotas foi o 
chamado “form-making process” – termo que pode ser entendido como o processo de 
mudança de forma ao longo do tempo, mas incluindo, nesse caso, a importância de 
movimento no espaço. Para a ocorrência desse processo, Croizat defendia que deveria 
existir um estágio de mobilidade, o que permitiria que as espécies expandissem sua 
distribuição, e um estágio de imobilidade, resultado do processo de vicariância. A partir 
dessa lógica, o autor defendia que uma espécie ancestral deveria estar amplamente 
distribuída (cosmopolitismo ancestral) em determinada área. Para ele, eventos 
vicariantes—tais como o surgimento de lagos, montanhas ou vulcões—seriam 
responsáveis pela fragmentação da área de distribuição da população original e 
resultariam, dessa forma, em processos de especiação alopátrica, ou seja, de 
diferenciação em novas espécies. Em oposição ao modelo de evolução por seleção 
natural de Darwin, Croizat enfatizava a importância dos eventos vicariantes para a 
mudança de forma (form-making process) ao longo do tempo3. 
Quando Croizat formulou a Pan-biogeografia, alguns cientistas de sua época levaram em 
consideração suas contribuições. No entanto, Croizat era alvo de críticas de muitos de 
 
1(Profª Lígia Haselmann apostólico, USP, com grifos nossos) 
 
 
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seus contemporâneos, não somente pela falta de credibilidade científica de algumas de 
suas análises, mas também devido a sua personalidade e ao estilo de escrita e linguagem 
pouco ortodoxos de seus trabalhos, os quais continham, com frequência, críticas a 
outros autores. Esses fatores acabaram por surtir um efeito negativo sobre suas ideias, 
as quais foram ignoradas ou desacreditadas por grande parte da comunidade científica 
da época.42 
 
Conclusão 
 
Hodiernamente, podemos arrematar, que após todo histórico apresentado pelas obras 
de Nelson e Platnick, dentre outros escritores, pode-se dizer que estas foram 
fundamentais para a Biogeografia atualmente vigente. É possível, também garantir, que 
com o surgimento da Biogeografia Cladística foi possível comensurar os conhecimentos 
de tectônica de placas (a deriva continental de Wegener), da Sistemática Filogenética 
de Hennig e o conceito mais enxuto de vicariância, possibilitando associar de maneira 
mais precisa o relacionamento filogenético dos táxons, seus padrões de distribuição e a 
história evolutiva do planeta terra. 
A necessidade de tornarmos a Biogeografia como uma das ciências mais importantes 
nas últimas décadas pode ser atribuída a um conjunto de transformações, não somente 
conceituais, mas também relacionadas à aplicação de novas metodologias e aos avanços 
tecnológicos de outras áreas como a Biologia Molecular. Os estudos biogeográficos 
descritivos deram lugar a uma disciplina nova, que objetiva construir e testar hipóteses 
biogeográficas a respeito da distribuição dos seres vivos. 
É por certo afirmamos, que nas 3(três) últimas décadas, nota-se que a Biogeografia tem 
deixadode ser uma ciência praticada por ecólogos, sistematas ou paleontólogos, por 
exemplo, passando a constituir uma disciplina praticada por biogeógrafos. A explicação 
sensata a ocorrência desta mudança pode ser entendido, em parte, à produção de livros 
relacionados à Biogeografia e sua publicação nas grades curriculares de grande parte 
das universidades, atividades que passaram a ser corriqueiras desde do início da década 
de 1980. Ademais, com o advento da prosperidade cada vez maior da tecnologia de 
programas computacionais que permitem a coleção e manuseio de grandes conjuntos 
de dados, associados à utilização de dados de métodos georreferenciados e de 
parâmetros ambientais (climáticos, geológicos, geográficos, dentre outros), tem 
 
2,4 (Profª Lígia Haselmann apostólico, USP, com grifos nossos) 
 
 
 
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permitido um avanço na precisão de reconstruções da história evolutiva dos táxons e do 
próprio planeta terra. 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Gostaria de agradecer ao Drº. Antônio Carlos de Miranda e a MSc. Judite Pereira por aceitarem 
participar na revisão deste artigo. Agradeço pela leitura crítica e por compartilharem o 
conhecimento de cada um de vocês a respeito desse tema ilimitado. Todas as correções, críticas, 
comentários e sugestões foram fundamentais para aprimorar o texto e para amadurecer muitos 
dos conceitos da Biogeografia citados neste artigo. Com certeza o conteúdo final ficou muito 
melhor graças à colaboração de todos. Gostaria de agradecer também a MSc. Herika Bastos de 
Medeiros pela ajuda na elaboração inicial deste artigo, pelas leituras de texto sugeridos e por 
acrescentar observações fundamentais, pois sem elas o conteúdo do artigo ficaria incompleto. 
 
 
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