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Medicina Legal | Wagner Bertoline 
Tanatologia Forense 
www.focusconcursos.com.br | 1 
TANATOLOGIA FORENSE 
 
Estudo da morte. 
Estudo dos sinais que indicam que o indivíduo está morto. 
Thanatus: Deus da morte. 
Hipnos: Deus do sono. 
 
 
TANATOLOGIA FORENSE 
A) TANATOSEMIOLOGIA (MORTE + SINAL + ESTUDO): Parte da Tanatologia que 
estuda os sinais (fenômenos) cadavéricos. 
B) TANATODIAGNÓSTICO (MORTE + DIAGNOSE): Estuda o conjunto de sinais 
biológicos e propedêuticos que permitem afirmar o estado de morte real. 
C) CRONOTANATOGNOSE (TEMPO + MORTE + CONHECIMENTO): Estuda os meios 
de determinação do tempo decorrido entre a morte e o exame cadavérico. 
D) TANATOSCOPIA = TANATOPSIA = NECRÓPSIA (MORTE + VER = OBSERVAR): 
É o exame do cadáver para verificação da realidade e da causa da morte. 
E) TANATOCONSERVAÇÃO (MORTE + CONSERVAÇÃO): É o conjunto de técnicas 
empregadas para conservação do cadáver com suas características gerais. 
F) TANATOLEGISLAÇÃO (MORTE + LEGISLAÇÃO): É o conjunto de dispositivos 
legais concernentes à morte e ao cadáver. 
Perinecroscopia (perito analisa em volta do morto). 
Exame que se faz em volta do cadáver. 
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Tanatologia Forense 
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Trata necropsia por autópsia. 
Exame de corpo de delito artigo 158 CPP. 
Função do corpo de delito: perpetuar a materialidade do delito, pois, o julgamento 
pode ocorrer anos depois do fato. 
 
Importância Jurídica da Morte 
• É um fenômeno intimamente ligado ao Direito. 
• Cessa a personalidade civil adquirida com o nascimento e advém as consequências 
jurídicas. 
• Põe a termo a capacidade jurídica. 
• Termina a aptidão de ser titular de direitos. 
• Seus bens se transmitem, desde logo, para seus herdeiros. 
• Com a morte do réu extingue-se a punibilidade. 
• Extingue-se o pátrio poder, etc. 
 
Tanatolegislação 
Código Civil 
Art. 06 - A existência da pessoa natural termina com a morte. 
Art. 1571, I - A sociedade conjugal termina. 
Art. 395 - Extingue-se o pátrio poder. 
 
Código Penal 
Art. 108 - Extingue-se a punibilidade. 
I - Pela morte do agente. 
Art. 121 - Matar alguém. 
Art. 211 - Destruir ou subtrair ou ocultar cadáver. 
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Art. 212 - Vilipendiar cadáver. 
 
Código de Processo Penal 
Art. 6°- Logo que tomar conhecimento da prática de infração penal, a autoridade 
policial deverá: 
VII – Determinar, se for o caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a 
quaisquer outras perícias. 
Art. 158 – Quando a infração deixar vestígios será indispensável o exame de corpo de 
delito... 
Art. 162 - A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito. 
 
TANATOLOGIA FORENSE 
• É um fenômeno comum na vida do médico. 
• Envolve aspectos éticos em relação a doações de órgãos e transplantes, pesquisa 
médica, eutanásia etc. 
• Na maioria das vezes é de fácil diagnóstico, mas exige critérios técnicos rigorosos. 
• Os critérios para o diagnóstico devem ser avaliados juntamente com as excludentes 
de erro como: Intoxicação metabólica ou por drogas, hipotermia, choque... 
 
Definições de Morte 
• MORTE: Hipócrates 460 a.C. 
• Constituiu-se por muito tempo como a "cessação total e permanente de todas as 
funções vitais“ destacando-se a RESPIRAÇÃO e CIRCULAÇÃO. 
 
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Tanatologia Forense 
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Definição da Morte 
GENIVAL VELOSO 
a. Coma irreversível com E.E.G. plano por 30 min., com intervalo de 24 h. Não deve 
prevalecer para crianças, hipotermia, uso de drogas depressoras do S.N.C. e distúrbios 
metabólicos ou endócrinos; 
b. Abolição dos reflexos cefálicos (Hipotonia, Midríase); 
c. Ausência de respiração espontânea; 
d. Causa da lesão cerebral conhecida; 
e. Estruturas vitais do encéfalo lesados irreversivelmente. 
 
Critérios Atuais Para Diagnóstico De Morte 
• A morte atualmente é definida como sendo a parada total e irreversível das 
atividades encefálicas. 
• É o que se denomina morte encefálica. 
• Comprometimento da vida de forma irreversível. 
• A morte atualmente é definida por critérios estabelecidos pelo Conselho Federal 
de Medicina (Resolução 1480/97). 
 
MORTE CEREBRAL 
Além da morte encefálica é preciso que ocorra a morte do tronco encefálico (tronco 
cerebral), ou seja: da ponte e do bulbo. 
Parada cardiorrespiratória irreversível. 
Bulbo: localizam-se os centros cardiorrespiratórios. 
Controla as funções autônomas, chamadas de vida vegetativa, como: batimentos 
cardíacos, respiração, pressão do sangue, reflexos de salivação, tosse, espirro e o ato 
de engolir. 
Mesmo que tronco cerebral esteja vivo e cérebro morto, o indivíduo é considerado 
vivo. 
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Cérebro + cerebelo + ponte + bulbo = encéfalo. 
 
Criança anencefálica (tem encéfalo, mas, não tem cérebro). 
Ela está viva. Coma permanente. Morte cerebral. 
Não se autoriza aborto. 
 
 
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Todos os sinais nos levam a acreditar que ele esteja morto há bastante tempo", disse 
um paramédico em contato com a polícia. 
Ele estava congelado, como um bloco de concreto. Comecei a chacoalhá-lo e dizer: 
você não vai me deixar", diz o pai. 
Médicos descreveram o caso de Justin como um "milagre médico", como talvez a 
única pessoa que tenha sobrevivido a uma hipotermia tão grave. 
Justin passou cerca de três meses internado - seus rins e pulmões não funcionavam, 
e ele teve os dedões do pé e os dedos mínimos das mãos amputados por decorrência 
de gangrena. 
 
Como se verifica a morte? 
• Morte encefálica: diagnosticada em hospital 
• Verificar: Pulso arterial 
• (cuidado: situação onde não se sente pulso e não há parada circulação: fibrilação 
ventricular (músculos se contraem de forma descontrolada). Mas, coração não está 
parado. Pequenos zig zag no ecg) 
• Hospital: osciloscópio: mostram a oscilações das batidas do coração, temperatura, 
respiração. 
 
Morte Encefálica 
RESOLUÇÃO CFM nº 1.480/97 
Causa conhecida; processo irreversível, clinicamente justificado por coma aperceptivo, 
ausência da atividade motora supraespinal e apneia, e complementada por exames 
que comprovem a ausência da atividade elétrica cerebral, ou ausência das atividades 
metabólicas cerebrais ou ausência de perfusão sanguínea cerebral. 
 
Tipos de Morte 
A) Natural: É a que resulta da alteração orgânica ou perturbação funcional provocada 
por agentes naturais, inclusive os patogênicos sem a interveniência de fatores 
mecânicos em sua produção. 
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B) Súbita: Morte imprevista, que sobrevém instantaneamente e sem causa manifesta, 
atingindo pessoas em aparente estado de boa saúde. 
C) Violenta: É aquela que tem como causa determinante a ação abrupta e intensa, ou 
continuada e persistente de um agente biológico, físico ou químico sobre o 
organismo. 
Ex.: Homicídio, suicídio ou acidente. 
D) Fetal: Morte de um produto da concepção antes da expulsão ou da extração 
completa do corpo da mãe independente da duração da gravidez. 
E) Materna: Morte de uma mulher durante uma gestação ou dentro de um período de 
42 dias após o término da gestação, independente da duração ou localização da 
gravidez. 
F) Catastrófica: É toda morte violenta de origem natural ou de ação dolosa do 
homem em que por um mesmo motivo, ocorre um grande número de vítimas fatais. 
G) Presumida: É a morte que se verifica pela ausência ou desaparecimento de uma 
pessoa, depois de transcorrido um prazo determinado pela Lei. 
Lei nº 6.015/73 
 
Tipos de mortes 
Morte suspeita: quando não se sabe se a morte foi natural ou violenta. 
 
Morte natural 
Pode ser assistida: médico assistente é obrigado a fornecer a declaração de óbito se 
tiver acerteza de ausência de morte violenta. 
 
Morte violenta (acidente, suicídio, homicídio): 
perito legista do IML (exame requisitado pela autoridade policial). 
Morte não assistida: patologista. Serviço de Verificação de Óbito. 
 
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MORTE SÚBITA: 
- não pode ser violenta 
- tem que ser natural 
- tem que ser inesperada 
- pode ser fulminante ou agônica. 
Embolia pulmonar, embolia arterial, etc. 
 
Alterações Celulares 
- alterações celulares microscópicas aparecem após horas após da morte da Célula 
- Não aparecem na hora que a célula morre. 
 
Reação inflamatória 
- Ocorre horas após a lesão 
- Sem inflamação: lesão ocorreu após a morte ou morreu de forma fulminante. 
 
Tipo de morte celular 
Apoptose: células normais, sem inflamação, sem doenças, morrem (reparação). 
Doenças degenerativas pode ocorrer apoptose. 
 
Autólise: células se digerem pela ação de lisossomos (enzimas digestivas). 
 
Necrose: células morrem devido a trauma, doença que matam a células. No local 
ocorrerá uma inflamação (se não houver morte instantânea). 
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DECRETO Nº 2.268, DE 30 DE JUNHO DE 1997 Art. 16 §1º O diagnóstico de morte 
encefálica será confirmado, segundo os critérios clínicos e tecnológicos definidos em 
resolução do Conselho Federal de Medicina, por dois médicos, no mínimo, um dos 
quais com título de especialista em neurologia reconhecido no País. 
 
MODALIDADES DE MORTE 
MORTE APARENTE: provocada por estados patológicos que simulam a morte 
 - o indivíduo se mantém vivo por tênues ou débeis sinais de circulação (as funções 
vitais se reduziram a um mínimo tal que dão a impressão errônea da morte) 
 - PODE ocorrer nas intoxicações graves produzidas por soníferos e nos 
congelamentos. 
Sinais de coma: existem sinais abióticos presentes. 
 
CRONOTANATOGNOSE 
É o diagnóstico do tempo da morte (também chamado de realidade da morte) pela 
observação das evidências ou dos sinais abióticos ou não vitais positivos: 
A) Sinais recentes (IMEDIATOS) 
B) Sinais mediatos (CONSECUTIVOS) 
C) Sinais tardios 
Destrutivos 
Conservativos 
 
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RESUMO DOS FENÔMENOS CADAVÉRICOS 
 
• Sinais imediatos: não são sinais de morte, mas, indicam probabilidade. 
• É um período de incerteza, denominado de P. I. TOURDES. 
• Parada cardíaca e respiratória irreversíveis: morto. 
• Artigo 162: Autopsia 6h após a morte, salvo se médicos tiverem certeza. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TANATOLOGIA 
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TANATOLOGIA 
Fenômenos Abióticos Consecutivos 
 
SINAIS RECENTES OU IMEDIATOS 
1. Aspecto do corpo: Fácies Hipocrática (máscara da morte) 
2. Perda da consciência 
3. Perda da sensibilidade 
4. Imobilidade – perda do tônus muscular 
5. Arreflexia – relaxamento dos esfíncteres (eliminação de fezes e urina, dilatação das 
pupilas, abertura dos olhos, queda do maxilar inferior) 
6. Parada cardíaca (da circulação) => anóxia => morte celular 
7. Parada respiratória: cessação da respiração prova da vela, prova do espelho 
8. “Silêncio” de aparelhos: 
• eletrocardiograma 
• eletroencefalograma - cessação de atividade cerebral 
9. Fenômenos oculares: 
1. Opacificação do cristalino (Sinal de Stenon) 
2. Pálpebras semi-cerradas 
3. Midríase (dilatação pupilar) 
4. Mancha na esclerótica (sinal de Sommer e Larcher) 
 
 
 
 
 
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TANATOLOGIA 
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FENÔMENOS OCULARES: Midrías 
 MIDRÍASE DESIDRATAÇÃO 
 
 
Mancha negra de Larcher-Sommer 
 
Aparece primeiro no ângulo externo do globo ocular e depois, também, no ângulo 
interno, nos cadáveres que permaneceram com os olhos abertos depois da morte. 
 
Anatomia do olho humano 
Parte branca esclerótica 
Parte interna: camada escura chamada coroide 
Quando começa a evaporação a esclerótica vai ficando transparente (daí se consegue 
ver o fundo) que é a coroide (que está embaixo da esclerótica). 
Muitos grânulos de melanina, dando à coroide, uma cor escura 
 
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TANATOLOGIA 
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RESUMO DOS FENÔMENOS CADAVÉRICOS 
 
1. Desidratação Evaporação tegumentar (físico) 
• Leva à perda de 10 à 18 gramas/Kg/dia no adulto e de 8 gramas/Kg/dia em 
crianças. 
• Diminuição do volume com consequente “crescimento” de unhas e pelos 
• Decréscimo de massa (peso) 
• Apergaminhamento da pele 
• Dessecamento das mucosas dos lábios 
• Mancha negra de Larcher-Sommer. 
• - Tem início entre 15 e 30 minutos após a morte. 
 
2. Algor mortis ou esfriamento cadavérico (Físico) 
• Fatores intrínsecos e extrínsecos 
• Camada de gordura subcutânea dificulta a perda de calor, retardando o inicio do 
resfriamento cadavérico. 
• Demora mais dependendo das condições: 
• Cadáver mais gordo ou mais magro 
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TANATOLOGIA 
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• Esticado ou não 
• Em local quente ou mais frio 
• Velocidade de resfriamento pode variar 
 
Algor mortis ou esfriamento cadavérico 
• Lento nas 3 primeiras horas (0,5°C /h) 
• Rápido nas 6 horas seguintes (1ºC /h) 
• Nas demais horas volta a ser lento 
• Se o ambiente estiver quente, em lugar do resfriamento, poderá se dar o 
aquecimento do cadáver, já que a sua temperatura tende a se igualar à do 
ambiente 
• temperatura axilar no vivo: ± 36,5oC; 
• temperatura retal no vivo: ± 37,2oC. 
 
Resfriamento Cadavérico 
Para Delton Croce: 
0,5°C nas 3 primeiras horas e 1°C nas seguintes até atingir a temperatura ambiente. 
Para Flamínio Fávero: 
Zarzuela e Glaister: estimam uma redução de 1,5°C/hora, expondo a seguinte fórmula: 
T morte = (temp retal média)–(temp retal no exame)/1,5. 
 
 
 
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TANATOLOGIA 
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TANATOLOGIA 
Fenômenos Abióticos Consecutivos 
 
3. Livores ou hipostases Livor mortis (físico) 
• Manchas de coloração vermelho-arroxeada nas zonas de declive NÃO SUJEITAS à 
pressão. 
• Resulta da acumulação do sangue não circulante nos vasos da pele das regiões de 
declive. 
• Nas áreas de decúbito, respeitando as áreas de contato, pressão ou dobras 
(viscerais ou cutâneos). 
• Possível indicador da causa da morte, eventual mudança de posição do cadáver e 
do intervalo postmortem 
 
Fenômenos Abióticos Consecutivos 
“DECOREBA” 
• Livor mortis ou manchas de hipostase ou livor cadavérico 
• Algor mortis ou esfriamento cadavérico 
• Rigor mortis ou rigidez cadavérica 
LAR – livor, algor e rigor 
(Tríade da Morte) 
 
CRONOLOGIA 
Pontinhos coloridos começam a aparecer por volta de 30 minutos 
Manchas: mais de 2h de morte 
Dorso todo arroxeado: mais de 6h a 8h de morte. 
Manchas podem mudar de lugar. 
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TANATOLOGIA 
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Após 10 horas: livores fixados, permanecem. 
Não se formam mais depois de 24 horas. 
Em alguns casos, devido à falta de pele protetora, o acumulo de sangue goteja (língua 
e nariz). 
Nos demais locais ele se deposita, se acumula. 
• Áreas claras: vasos comprimidos. 
• Não há acumulo de sangue. 
• DROGAS: LIVORES violáceos 
 
Livor x equimose 
Para diferenciar usar a Técnica de Bonnet 
Faz-se um corte do tecido subjacente e analisa-se o aspecto interno. 
Se tiver sangue acumulado nos tecidos: equimose. 
Se estiver aspecto claro e começar a surgir gotas de sangue: livor. 
 
Teste de Bonnet 
 
 
 
 
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TANATOLOGIA 
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HIPOSTASES 
Nos negros podem não ser evidenciados. 
 
 
 
 
4. Rigidez cadavérica Rigor mortis (Químico) 
• Cronologia 
• Lei de Nysten-Sommer-Larcher 
• Ordem: dacabeça para os pés, devido a ter massas moleculares de menores 
dimensões (menos células para resfriarem) 
• Masseter mole (musculo da boca): 2h de morte 
• Masseter duro e corpo mole 2 a 6 horas 
• Tudo duro: de 6 a 8h 
• Quando começa a amolecer: 24 horas, significa que começou a putrefação. 
• Espasmo cadavérico (morte violenta) 
 
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TANATOLOGIA 
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CRONOTANATODIAGNOSE 
CORPO QUENTE E FLÁCIDO: morte há menos de 3h 
CORPO QUENTE E RÍGIDO: morte entre 3 e 8h 
CORPO FRIO E RÍGIDO: morte entre 8 e 36h 
CORPO FRIO E FLÁCIDO: morte há mais de 36h 
 
Rigidez cadavérica 
- sem energia não há deslizamento da molécula de actina sobre a miosina. 
- início 1 a 2 horas 
- Sentido: grupos musculares menores => grupos musculares maiores, ou seja: Ocorre 
de cima para baixo; 
- Regra de Flamínio - inicia na 1ª hora, generaliza com 2-3 horas, máximo 5-8 horas. 
- decresce com o tempo devido à putrefação 
- varia com as condições ambientais de temperatura, idade, nutrição, vestes, 
temperatura do corpo, causa mortis; 
 
 
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TANATOLOGIA 
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Cuidado: sinal de DEVERGIE 
Rigidez MUSCULAR em cadáver que é decorrente do calor fogo. 
Posição de defesa (parece lutador de boxe). 
Espasmo cadavérico: rigidez corporal que ocorre instantaneamente mantendo a 
posição que o indivíduo mantinha no momento da morte. 
 
Espasmos cadavéricos 
 
 
 
 
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TANATOLOGIA 
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RESUMO DOS FENÔMENOS CADAVÉRICOS 
 
 
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TANATOLOGIA 
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TANATOLOGIA 
Fenômenos Tardios Destrutivos – Autólise 
 
RESUMO DOS FENÔMENOS CADAVÉRICOS 
 
 
SINAIS TARDIOS DESTRUTIVOS 
(TRANSFORMATIVOS) 
Tafonomia é denominação dada para o estudo dos fenômenos transformativos, 
designando o estudo da transição dos restos biológicos a partir da morte até a 
fossilização. 
 
1. Autólise: destruição do corpo pela liquidificação ácida, intra e extra celular. 
Conjunto de fenômenos fermentativos que têm lugar no interior das células por ação 
das próprias enzimas celulares 
 com a morte, a circulação cessa e o meio orgânico, que em vida era neutro, passa 
a ser ácido 
 as membranas celulares se rompem, desintegrando os tecidos 
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TANATOLOGIA 
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Cristais de Westenhöffer-Rocha-Valverde no sangue 
 Resultam da decomposição das hemácias. 
 Aparecem por volta do 3º dia da morte. 
 Desaparecem após o 35º dia após o óbito. 
 Lâminas cristalóides muito frágeis, entrecruzadas e agrupadas, incolores, que 
adquirem coloração azul pelo ferrocianeto de potássio e castanha, pelo iodo. 
 
2. PUTREFAÇÃO (químico) 
A putrefação inicia-se logo após a autólise pela ação de germes. Inicia-se geralmente 
a nível do intestino grosso dando origem à chamada mancha verde abdominal e 
espalha-se pelo organismo. 
A putrefação obedece a 04 fases: 
 
Bactéria produz H2S e este reage com a hemoglobina (sulfoxihemoglobina), que tem 
coloração esverdeada. Tendência aumentar a cor até ficar esverdeado escuro. Dificulta 
reconhecimento do cadáver visualmente (inclusive pela família). 
INDEPENDE DA CAUSA DA MORTE. 
 
Fatores que interferem na decomposição cadavérica: 
A temperatura, a aeração, a higroscopia do ar, o peso do corpo, as condições físicas, 
a idade do morto e a causa da morte. A ação bacteriana e a atividade de insetos 
necrófagos. 
Também pode interferir na aceleração da decomposição de partes do cadáver a 
presença de uma ferida ou lesão na pele, servindo assim de porta de entrada às larvas. 
 
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SINAIS TARDIOS DESTRUTIVOS 
a) Cromática ou coloração: tonalidade escurecida da pele (20 horas) com cheiro 
característico (transformação da hemoglobina) início entre 16ª e 24ª hora, com a 
mancha verde abdominal 
Mancha verde abdominal 
Sinal de início de putrefação, 
Decorrente de ação microbiana 
Mais precoces nos idosos, fetos e afogados (no tórax e cabeça) 
 
Mancha Verde Abdominal 
 
 
 
Coloração ou cromática 
Acentuada presença no abdome (fossa ilíaca direita) devido maior população de 
bactérias, que geram a coloração. 
Fetos: não há a presença de bactérias. A putrefação ocorre de FORA para dentro. 
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TANATOLOGIA 
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Diferente dos vivos (dentro para fora). 
Esta fase se prolonga por uma semana, quando toda a pele fica verde-enegrecido a 
negro. 
A cabeça fica muito negra. 
 
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TANATOLOGIA 
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TANATOLOGIA 
Fenômenos tardios destrutivos – Coliquação, Maceração e Esqueletização 
 
SINAIS TARDIOS DESTRUTIVOS 
b) Gasosa (expansiva): (2º ao 8º dia) 
1. Aumento do volume do corpo Enfisema cutâneo 
2. Circulação póstuma de Brouardel – desenho produzido pelos vasos sanguíneos 
subcutâneos preenchidos por sulfahemoglobina e hematina 
3. Flictenas (pequena pústula em forma de vesícula) 
4. Eliminação de gases 
5. Aspecto gigantesco e deformado (posição de lutador) 
 
Gaseificação ou enfisematosa 
Gases produzidos aumentam e a pressão força a circulação do sangue, gerando a 
circulação póstuma de Brouardel. 
Isto caracteriza esta fase de putrefação. 
Características do cadáver: braços e pernas abrindo, língua protusa (não houve 
enforcamento ou esganadura); útero saindo pela vagina; intestino saindo pelo ânus. 
Presença de bolhas (morto a mais de 72h) 
Muitos gases: de 72 a 96 h. 
 
 
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CIRCULAÇÃO PÓSTUMA DE BROUARDEL 
 
 
 
Mulher pode gerar parto póstumo de Brouardel. 
Podemos fazer o desluvamento da epiderme para coletar a impressão digital. Se 
ocorrer a perda da epiderme da ponta dos dedos não é mais possível coletar as 
digitais. 
 
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TANATOLOGIA 
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Como diferenciar bolha de putrefação (no morto) com bolha de queimadura no vivo 
(flictenas com proteínas do plasma)? 
Basta fazer a reação química de Chambert 
- no morto: não reage (pois não tem proteína) 
- no vivo: reação positiva: tem proteína. 
 
SINAIS TARDIOS DESTRUTIVOS 
c) Fase Coliquativa: (2 a 3 meses) 
 dissolução pútrida com liquefação de vísceras e dos tecidos moles. 
O esqueleto fica coberto por uma massa de putrilagem, e surge um grande número 
de larvas e insetos; 
 desidratação e enrugamento 
 
Coliquação ou redutora 
Dissolução dos tecidos. Vísceras perdem suas características morfológicas; presença 
da fauna cadavérica. 
Podem causar lesões no corpo (que não existiam em função do motivo da morte) 
São danosos à investigação pericial. 
 
Fase Coliquativa 
(dissolução pútrida) 
 
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Fase Coliquativa - com larvas 
 
 
 
 
 
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TANATOLOGIA 
Esqueletização e fenômenos cadavéricos conservativos 
 
SINAIS TARDIOS DESTRUTIVOS 
d) Fase de Esquelitização: 
 ação da fauna e do meio ambiente 
 destruição dos tecidos 
 restando apenas o esqueleto, cabelos e dentes 
 
Esqueletização 
Exumação: 3 anos, em média. 
Cadáver pode ser encontrada com partes espalhadas devido a animais que comem 
pedaços e os levam a diferentes locais. 
Não dá para se estimar a data... 
Exumação (ex = exterior húmus= terra) 
Administrativa (para reusar a sepultura) 
Judicial = a qualquer tempo 
Autoridade policial lavra Auto de exumação, onde todos os que presenciaram o ato 
assinam o auto. 
Legista fará o LAUDO de exumação (só ele assina).Medicina Legal | Wagner Bertolini 
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SINAIS TARDIOS DESTRUTIVOS 
Maceração: em ambientes úmidos e quentes 
 Destruição em meio líquido (O CADÁVER ESTEVE IMERSO EM ÁGUA) 
 Comum nos fetos e nos afogados com formação de bolhas de conteúdo líquido 
e pardacento 
 Observa-se no cadáver o destacamento de amplos retalhos de tegumentos 
cutâneos 
 O corpo perde a consistência inicial, o ventre se achata e os ossos se livram dos 
tecidos, ficando como se estivessem soltos 
 
CLASSIFICAÇÃO DE LAUGLEY 
GRAU ZERO – até 8 horas – pequenas bolhas esparsas na epiderme 
GRAU 1 - de 8 a 24 horas – bolhas agrupadas e início do destacamento da epiderme 
GRAU 2 – de 24 a 48 horas – acentuado destacamento da epiderme e líquido 
avermelhado nas cavidades 
GRAU 3 – de 48 horas em diante – com as alterações anteriores e líquido 
acastanhado nas cavidades 
 
MACERAÇÃO FETAL (sem putrefação. Esta não ocorre) 
Destruição dos tecidos moles do feto pela ação do liquido amniótico 
Se estiver morto: 
A epiderme se solta, os vasos se rompem liberando hemoglobina (que mancha a 
derme do feto de vermelho). 
As articulações ficam livres, grande amplitude 
Tempo para ocorrer: ao menos 24h de morto 
Ossos do crânio soltos (se soltam do couro cabeludo): 7 dias morto (sinal de Spalding). 
 
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Maceração: destruição dos tecidos mergulhados em qualquer massa líquida. 
Afogados ou fetos. 
 
SINAL DE SPALDING 
Quando se observa o cavalgamento dos ossos do crânio, em razão da maceração das 
membranas intersuturais a morte ocorreu há mais de sete dias 
 
 
 
Aborto Retido 
 
 
 
 
 
 
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RESUMO DOS SINAIS TARDIOS DESTRUTIVOS 
 
 
SINAIS TARDIOS CONSERVATIVOS 
Saponificação (químico) ou adipocera 
gordura reage com metais do solo 
éster reage com metais 
ambiente quente muito úmido e pouco arejado 
Saponificação: formação de adipocera (consistência untuosa, mole e quebradiça, de 
tonalidade amarelo-escura, dando uma aparência de cera ou sabão, que se forma nos 
diversos tecidos e órgãos dos cadáveres). 
 
Dependem de diversos fatores 
Solo - Clima - Obesidade - Covas múltiplas 
Tipos 
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Mumificação. 
Saponificação ou adipocera 
Corificação 
Petrificação/fossilização. 
Congelamento (criogenia) 
Plastinação 
 
SINAIS TARDIOS CONSERVATIVOS 
Ocorre principalmente nos cadáveres inumados em lugares úmidos, com má 
ventilação, solos argilosos, úmidos (valas comuns). 
Predisponentes: obesos 
 
 
SAPONIFICAÇÃO 
 
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SINAIS TARDIOS CONSERVATIVOS 
Mumificação: (químico) 
Natural (físico-químico) 
Artificial (físico ou químico) 
ambiente quente seco e arejado (bactérias não se desenvolvem) 
Natural: desidratação e secamento do corpo e da pele provocados pela ventilação, 
pela alta temperatura do solo ou local de sepultamento. 
O cadáver, ficando exposto ao ar, em regiões de clima quente e seco, sofrendo 
acentuado dessecamento. 
Artificial: requer processo especializado – formolização e embalsamamento 
 
 
 
Mumificação Parcial 
 
 
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MUMIFICAÇÃO 
 
 
 
SINAIS TARDIOS CONSERVATIVOS 
Calcificação 
petrificação ou calcificação: ocorre nos fetos mortos e retidos na cavidade uterina 
(litopédios = criança de pedra) 
Corificação 
fenômeno muito raro: cadáveres inumados em urnas metálicas (zinco) onde o corpo 
foi lacrado. 
têm o corpo preservado da decomposição pela inibição dos fatores transformativos 
 
Congelação 
Um cadáver submetido a baixíssima temperatura e por tempo prolongado pode se 
conservar integralmente por muito tempo. 
Conservação artificial: plastinação. 
Resinas sintéticas substituem os tecidos orgânicos corporais 
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(Litopédio = criança de pedra): calcificação 
 
 
 
 
 
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TANATOLOGIA 
Fauna cadavérica e Destinos do Cadáver 
 
FAUNA CADAVÉRICA 
Quando o cadáver permanece insepulto e abandonado sobre o solo por razoável 
tempo, nele se instalam pequenos animais (principalmente insetos) denominados 
como fauna cadavérica 
Existe uma certa ordem de instalação destes animais: 
 Moscas comuns 
 Moscas verdes 
 Coleópteros, lepidópteros, etc 
O estudo da fauna cadavérica pode ser importante para a cronotanatognose, pois o 
aparecimento de determinados insetos está relacionado ao tempo de morte 
 
 
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Entomologia forense 
As larvas de insetos são as principais formas de decomposição cadavérica (tecidos 
moles). 
De acordo com o tipo de larva presente no cadáver dá para se calcular 
aproximadamente a hora da morte 
Inseto bota o ovo, ovo vira larva, larva come muito e se transforma em pupa (no 
casulo) até atingir o estágio de adulto. 
O casulo fica no local e permite ao perito determinar o tipo de inseto que esteve no 
cadáver e estima o tempo de morte. 
 
Os insetos se aproximam do cadáver de acordo com o tipo de odor. 
Insetos chegam, portanto, em tempos diferentes. 
Daí se determina tempo de morte. 
MOSCA: NONO dia larva se transforma em pupa. 
Mosca varejeira (Sarcophagidae): primeiras a chegar. 
 
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Besouro (Colióptero) é um dos principais destruidores de tecidos moles. 
 
O líquido gerado pela liquefação gera uma mancha no local, chamada de sombra 
cadavérica. 
Perito pode colher resíduo (solo) da sombra cadavérica Pode buscar identificar 
substâncias tóxicas através dos resíduos químicos do cadáver. 
 
 
Antropografia cadavérica 
 
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Destino do cadáver "caro data vermis" 
(carne dada aos vermes) 
Natureza jurídica do cadáver: 
 não é mais pessoa e passa a se constituir numa coisa 
Sua posse, em sentido estrito: 
pertence definitivamente à família 
Cabe, de início, a posse ao Estado para cumprimento de normas específicas 
O corpo humano é de natureza extra-patrimonial. 
É “res extra commercium”, inacessível aos negócios habituais 
O cadáver não faz parte da sucessão 
 
Destino do cadáver 
1. Inumação com ou sem necropsia 
2. Imersão 
3. Destruição 
4. Cremação 
5. Peças anatômicas e membros amputados: 
 não necessitam do preenchimento do atestado de óbito, mesmo que o destino 
seja o sepultamento (melhor solução é a incineração) 
 para partes ou parte de cadáver (esquartejamentos, explosões), desde que haja 
uma identificação criteriosa, pode ser expedido o respectivo atestado 
 
Inumação Simples 
Este é o destino mais comum. Verificado o óbito, processam-se as formalidades legais 
e, com a apresentação do atestado de óbito nos cartórios e a aquisição da certidão 
de óbito pela família ou interessados, o cadáver é levado aos cemitérios públicos. 
 
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Inumação com Necropsia 
A obrigatoriedade das necropsias nas mortes violentas está disciplinada pela lei 
processual penal. 
Para as mortes naturais, não há nenhuma regulamentação que possa dar ao médico 
um amparo legal no que diz respeito a esta prática. 
Os hospitais podem exigir dos familiares ou responsáveis um termo de permissão para 
que, nos casos de morte dos pacientes, possam realizar a necropsia clínica. 
 
Cremação 
Muitos são os países que adotam o sistema da cremação de cadáveres. Entre eles, 
Índia, Suíça, Alemanha, Canadá, EUA e, principalmente, Inglaterra,que contava, já em 
1963, com 177 fornos crematórios. 
Do ponto de vista médico-legal, a cremação apresenta o inconveniente de não poder 
ser realizada em uma morte violenta, o que acarretaria especulações e dúvidas sobre 
a morte e suas circunstâncias, não restando os subsídios de uma possível exumação. 
 
Liquefação do Cadáver 
Como opção ecológica à cremação, foi comercializado nos EUA um aparelho que 
liquefaz cadáveres denominado Resomator e teve sua origem de fabricação em 
Glasgow. 
Tal método, em linhas gerais, dissolve o cadáver em água quente alcalinizada. 
- Produz menos gases associados ao efeito estufa que a cremação; 
- Usa um sétimo da energia e permite a retirada de metais poluentes como aqueles 
das placas, próteses e obturações, evitando assim a contaminação do meio ambiente. 
- Segundo estudos oriundos da Grã-Bretanha, cerca de 16% das emissões de mercúrio 
ali emanadas vêm das obturações queimadas em crematórios. 
 
 
 
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TRAUMATOLOGIA 
Aspectos Iniciais 
 
TRAUMATOLOGIA FORENSE 
É a parte do Medicina Legal que estuda os traumas, as lesões e os instrumentos 
(agentes) vulnerantes. 
A Traumatologia Forense estuda os aspectos médico-jurídicos das lesões causadas 
pelos agentes lesivos. 
 
Trauma é o resultado da ação vulnerante que possui energia capaz de produzir a 
lesão. 
FERIDA: Lesão que ultrapassa a derme atingindo os planos mais profundos. 
Lesão é o objeto de estudo da Medicina Legal e o resultado do trauma e suas 
consequências médicas e legais. 
 
Sistema Tegumentar 
Captam estímulos do meio interno ou externo e os levam para o sistema nervoso 
central. 
 
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Características 
É o mais extenso órgão sensorial do corpo; 
15% do peso corporal total; 
Contém 20% do total de água do corpo; 
Pilosa; 
 
Classificação 
(Seca, oleosa e mista) 
 
Elasticidade 
(Linhas de fenda) 
 
Funções 
• Proteção 
• Secreção 
• Absorção 
• Termorregulação 
• Percepção 
 
Camadas 
Epiderme: células epiteliais 
Derme: células de tecido conjuntivo denso 
Hipoderme: tecido celular subcutâneo 
 
 
 
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IDENTIFICAÇÃO DO AGENTE VULNERANTE 
O objetivo do perito – legista é, através da análise da lesão, fornecer dados para 
identificar o agente vulnerante e, após a reunião de outros elementos de investigação, 
estabelecer a eventual dinâmica do fato e, até mesmo, a autoria envolvida no caso. 
 
OFENSAS À INTEGRIDADE FÍSICA OU À SAÚDE PRODUZIDAS POR Energias: 
- Ordem mecânica; 
- Ordem física; 
- Ordem química; 
- Ordem físico-química; 
- Ordem bioquímica; 
- Ordem biodinâmica; 
- Ordem mista. 
 
AGENTES MECÂNICOS 
São agentes que atuam pela energia mecânica 
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Essa energia modifica o estado inercial (repouso ou movimento) de um corpo em 
agente agressor produzindo lesões em todo ou em parte do outro corpo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TRAUMATOLOGIA 
Tipos de Energia 
 
 
Punctória 
Incisa 
Contusa 
 
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Lesão Intra-Vitam X Lesão Post- Mortem 
Definições: Intra- Vitam- são lesões que ocorrem no corpo humano durante a vida, 
com características específicas como: infiltração da malha tecidual, coagulação, 
presença abundante de leucócitos, etc. 
- Post- Mortem 
São lesões que ocorrem após a morte, não possuem Reação Vital. 
 
LESÕES FEITAS EM VIDA 
- Infiltração hemorrágica; 
- Coagulação do sangue nos locais de lesão; 
- Retração dos tecidos seccionados; 
- Crostas nas escoriações; 
- Espectro equimótico; 
- Cicatrizes nas feridas; 
- Calo nos ossos fraturados; 
- Mosaico sanguinolento nos pulmões; 
 
AGENTES MECÂNICOS 
Ação/atuação: agem por contato e diretamente sobre a superfície atingida, atuando 
por: 
Somente Pressão 
Pressão e Deslizamento 
Choque, acompanhado ou não de deslizamento 
 
 
 
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TRAUMATOLOGIA 
Energia Mecânica 
 
AGENTES MECÂNICOS 
Ação/atuação: agem por contato e diretamente sobre a superfície atingida, atuando 
por: 
Somente Pressão 
Pressão e Deslizamento 
Choque, acompanhado ou não de deslizamento 
 
Teremos Três Tipos De Lesão Simples: 
 
 
Agentes Perfurantes 
AGENTES PERFURANTES 
(feridas punctórias) 
Instrumentos ou agentes finos, alongados, pontiagudos (punctórios) de diâmetro 
transversal (secção) extremamente reduzido em relação ao seu comprimento, 
produzindo lesões punctórias ou puntiformes. 
 
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Atuam por pressão sobre um determinado ponto e penetram a superfície, 
geralmente afastando as fibras dos tecidos atingidos 
Exemplos: prego, espinho, agulha, estilete, garfo, espeto de churrasco, seta, florete, 
furador de gelo e outros 
Só perfura e não corta. Age por pressão e ferida tem forma de ponto. Punctórias. 
Flebites (fleboesclerose: veias ficam duras em usuários de drogas). 
 
 
AGENTES PERFURANTES - CARACTERÍSTICAS 
Orifício de entrada: 
• Diminuto, circular ou fusiforme 
• De pouco sangramento externo 
• Recoberto por uma crostícula sero-hemática 
• A lesão pode ocasionar importantes lesões internas 
 
Retilínea 
Predomina a profundidade (comprimento) sobre o diâmetro. 
Termina em fundo cego (fundo de saco – lesão penetrante. 
Pode ser transfixante com orifício de saída semelhante ao de entrada. 
 
 
 
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Agentes Cortantes 
Atuam por pressão e deslizamento (pressão e deslocamento), de forma linear ou 
oblíqua, sobre a pele ou tecido dos órgãos, com “gume afiado”, atingindo a superfície 
em ângulos variados, produzindo feridas incisas ou ferimentos incisos. 
Exemplos: navalha, gilete, cutelo, bisturi lâminas metálicas afiladas, papel, estilhaços 
de vidros, capim-navalha e outros. 
 
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Ferida chamada arco de violino 
 
 
 
Ação Cortante. 
O instrumento pode ser cortante (navalha, lamina barbear), perfurocortante (faca 
pode cortar e perfurar) ou cortocontundente (machadinha). 
Ação cortante não precisa especificar o tipo de instrumento. 
 
AGENTES CORTANTES 
CARACTERÍSTICAS 
1. Regularidade e nitidez de suas margens e bordas 
2. Hemorragia quase sempre abundante 
3. Predomínio do comprimento sobre a profundidade 
4. Afastamento das bordas da ferida (mais acentuada nas lesões post-mortem) 
 
 
 
 
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Ponto de saída de ferida incisa é superficial chamada cauda de saída, cauda de 
escoriação ou cauda de rato. 
 
 
 
 
 
 
 
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AGENTE CORTANTE – FERIDA INCISA 
 
 
Ação Cortante 
 
 
AGENTES CORTANTES: FERIDAS ESPECIAIS 
1. Na parte anterior do pescoço: esgorjamento 
2. Na parte posterior do pescoço: secção quase total do pescoço denomina-se: 
degolamento 
3. Quando há a separação total da cabeça do restante do corpo denomina-se: 
decapitação 
4. Esquartejamento: separar em quatro pedaços 
5. Evisceração (haraquiri) 
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6. Lesões de defesa 
7. Castração 
 
Esgorjamento, degola e decapitação 
São lesões de natureza geralmente incisas localizadas no pescoço (Delton Croce). 
O esgorjamento é a lesão localizada na região anterior (ou lateral)do pescoço. 
A degola na região posterior. 
A decapitação é a separação da cabeça do corpo. 
 
ESGORJAMENTO 
 
 
 
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Morte por esgorjamento 
Pode ocorrer por: 
- Hemorragia (anemia aguda) 
- Asfixia (entrada de sangue na árvore respiratória) 
- Embolia (entrada de sangue nas veias) 
 
 
DECAPITAÇÃO 
 
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EVISCERAÇÃO 
 
 
Decapitação 
 
 
Esquartejamento 
 - Membros superiores 
-Membro inferiores 
- Cabeça 
- Tronco 
 
 
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Agentes Contundentes 
Os agentes contundentes são todos aqueles que agem pela ação em uma superfície. 
Podem ser sólidos, líquidos ou gasosos desde que atuem por pressão, explosão, 
torção, distensão, descompressão, arrastamento ou outro meio, como por exemplo: 
as mãos, tijolo, automóvel, jato de ar, etc. 
Os instrumentos contundentes produzem lesões contusas, geralmente encontradas 
nos acidentes de automóvel, nos desabamentos, lutas corporais e outros. 
O choque de superfícies pode se dar de forma ativa (quando o instrumento é 
projetado contra a vítima) ou passiva (quando a vítima vai ao encontro do objeto, 
p.ex., em uma queda) ou Mista (ambos em movimentação) 
 
Algumas Lesões 
- Lesões por martelo. 
- Encravamento. 
- Empalamento. 
- Lesões por achatamento. 
- Lesões por arrancamento. 
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- Lesões por cinto de segurança. 
- Lesões por explosão de air bags. 
- Lesões por atropelamentos terrestres. 
- Lesões por atropelamentos ferroviários. 
- Lesões por acidentes aéreos. 
- Lesões por precipitação. 
 
AGENTES CONTUNDENTES 
1. Escoriação: quando o atrito do deslizamento lesa a superfície da pele 
2. Equimose: quando há rompimento de vasos e derrame sanguíneo infiltrando os 
tecidos. 
3. Bossas e hematomas: quando o derrame sanguíneo não encontra condições de 
se difundir e forma coleções localizadas 
4. Rubefação: bofetada 
 
AS LESÕES PRODUZIDAS PELA AÇÃO CONTUNDENTE 
Rubefação- é a mais leve desta série. 
É exclusivamente vital e é um fenômeno vasomotor. 
Exemplo: bofetada na face ou nádegas. 
 
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FERIDAS CONTUSAS – ESCORIAÇÕES 
O atrito (deslizamento) provoca o arrancamento total e parcial da epiderme e 
desnudamento da derme. 
É comum nas quedas (lesões nos joelhos, cotovelos, etc). 
Ocorre formação de crosta que pode ser serosa (predomínio de linfa) ou (...) 
hemática (predomínio sanguíneo). 
A recuperação se dá em prazo curto 
Interesse Jurídico: arrastamento, atropelamento, lesões de defesa (unhadas) etc 
Tempo de regeneração- 20 a 30 dias. 
Valor médico-legal: forma, localização e evolução. 
A presença de infecção dificulta o trabalho pericial 
 
ESCORIAÇÃO 
 
 
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FERIDAS CONTUSAS - EQUIMOSES 
Equimoses são lesões contusas cuja intensidade depende do instrumento e do grau 
de violência com que foi aplicado. 
Contusão mais frequente e mais importante na prática 
O tecido externo apresenta-se íntegro. 
São as comumente chamadas manchas roxas, e aparecem em razão do rompimento 
de vasos sanguíneos superficiais ou profundos. 
O material extravasado vai ser reabsorvido e isto provoca uma variação cromática 
que vai do início ao pleno reparo da lesão. 
É o chamado espectro equimótico que serve para: 
- Avaliar a data da lesão ou 
- Se ocorreram várias lesões em dias diferentes 
 
Espectro equimótico de Legrand du Saulle 
 
 
 
Diferentes tonalidades em função da decomposição da oxihemoglobina. 
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EQUIMOSE 
 
 
Equimoses 
Quando se apresentam na forma de pequenos grãos são chamadas de SUGILAÇÕES. 
Quando se apresentam na forma de estrias , recebem o nome de VÍBICES. 
Forma das equimoses pode identificar o agente vulnerante. Importante para a perícia. 
 
• Agente vulnerante cilíndrico bate na pele atinge os vasos espalha o sangue e ficam 
as faixas chamadas víbices 
• RJ Hygino: faixas são quase paralelas 
 
Equimose feita no vivo ou no morto? 
Jato d´água: 
• Se limpar o sangue: feita no morto (nome técnico: embebido por sangue). 
• Se NÃO limpar: foi feita no vivo (nome técnico: infiltração hemorrágica) (reação de 
fibrinogênio. 
• No morto não tem reação e o sangue se espalha). 
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Equimose x Livor 
 
 
BOSSAS 
As bossas podem ser sanguíneas quando o líquido, não podendo se espalhar, forma 
uma coleção (especialmente sob o couro cabeludo, “galo”) ou linfática, quando seu 
conteúdo for linfa. 
O instrumento contundente age sobre a superfície corporal em que há tecido ósseo 
abaixo e com musculatura muito tênue. 
Rompendo-se o vaso, forma-se a bossa sanguínea. 
 
BOSSA SANGUÍNEA (com elevação da área) 
 
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FERIDA CONTUSA - HEMATOMA 
É semelhante à equimose, porém, trata-se de um rompimento de um vaso maior, 
portanto, o sangramento é mais violento a ponto de descolar a pele, formando uma 
verdadeira bolsa de sangue 
Ocorre em locais de tecido frouxo, mole. 
Com o passar do tempo o organismo absorve o sangue, havendo ali, as mesmas 
variações de cores da equimose, só que processo será mais demorado. 
 
HEMATOMA DE PÁLPEBRAS 
(Sem elevação da área) 
 
 
Lesões contusas 
 
 
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Lesões contusas 
Lesões com assinatura 
 
 
 
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Encravamento 
Encravamento: penetração de objeto afiado e consistente em qualquer parte do 
corpo. 
Ação direta ou indireta. 
ENCRAVAMENTO: requer agente comprido, perfurocontundente alongado (haste, 
barra metálica, lança) 
 
 
 
 
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Com entrada no corpo. Se for pelos órgãos sexuais ou próxima: Empalamento. 
 
 
 
Esquartejar é dividir o corpo em 4 pedaços. 
Espostejar: em postas, vários pedaços 
 
 
 
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Escalpelamento 
Escalpe: remoção (avulsão) do couro cabeludo. 
Índios retiravam o ESCALPO. 
 
 
Rotura de vísceras internas 
 
 
Lesões produzidas por artefatos explosivos. 
 
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Lesões por Martelo. 
 
 
OUTRAS LESÕES CONTUSAS 
CUIDADO: MUITO COMUM ERROS DESTAS DEFINIÇÕES 
 
ARTICULAÇÃO: ENTORSE (ligamento) ou LUXAÇÃO (osso desarticula) 
FRATURA QUALQUER LUGAR 
LIGAMENTOS NAS ARTICULAÇÕES 
Pode esticar ou romper (parcial ou total): estiramento. 
Sai osso da articulação parcialmente: subluxação 
Osso desarticula totalmente: luxação (entorse) 
Entorse (ligamento esticou ou rompeu). Só no ligamento. 
Luxação: osso saiu do lugar 
 
OUTRAS LESÕES CONTUSAS 
Pode haver entorse sem luxação 
Mas se tem luxação há o entorse. Não pode ter luxação SEM entorse 
Cervical: podem ser luxações graves. 
 
 
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Fratura 
Compressão 
Tração 
Cisalhamento 
Torção 
Flexão 
 
 
 
Lesões Mistas 
 
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LESÕES MISTAS 
 
 
Instrumentos perfurocontundentes 
São aqueles que agem inicialmente por pressão em umasuperfície e posteriormente 
perfuram a região atingida. 
As lesões produzidas pelos instrumentos perfurocontundentes são denominadas 
perfurocontusas são as lesões típicas dos projéteis de arma de fogo, não obstante 
não sejam eles os únicos agentes capazes de produzir este tipo de ferimento. 
 
Ação Perfurocontundente. 
 
 
Instrumentos cortocontundentes 
Os instrumentos cortocontundentes são aqueles que atuam por pressão exercida 
sobre uma linha, como, por exemplo, o machado, um golpe de facão desferido com 
a lâmina, o cutelo etc. 
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Instrumentos que agem pela massa, superfície cortante e contundente. 
Corta porque tem gume e contunde devido à massa significativa 
As lesões produzidas pelos instrumentos corto-contundentes são denominadas 
cortocontusas. 
 
Ação Cortocontundente 
 
 
 
GUILHOTINA – INSTRUMENTO CORTOCONTUNDENTE 
 
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LESÕES CORTOCONTUSAS 
São provocadas por instrumentos que, mesmo com gumes, têm a sua principal 
ação pela contusão, pela pressão devido ao seu próprio peso. 
Sua gravidade depende do ângulo de incidência, da superfície atingida e pela 
força de impacto. 
São lesões sempre profundas, com bordas e formas irregulares, com destruição 
de tecidos, inclusive com fraturas. 
Exemplos: foice, facão, machado, enxada, rodas de trem, etc. 
 
Ação Cortocontundente: feridas cortocontusas. 
 
 
Lesões cortocontusas 
 
 
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Lesões contusas 
 
 
 
Retração da borda da lesão indica indivíduo vivo. 
MORTO não tem retração. 
 
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Lesões por precipitação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Traumatologia: Energia Mecânica - Ação Composta 
 
 
 
 
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Energia Física 
 
Agentes de Ordem Física e seus efeitos 
São energias capazes de modificar o estado físico dos corpos causando lesões ou 
mesmo a morte. 
 
Lesões produzidas pelo calor quente 
O calor quente pode atuar sobre o corpo humano de forma difusa ou direta. 
Atua de forma difusa quando a fonte de calor não incide diretamente sobre a área 
atingida, mas sim tornando o meio ambiente incompatível com os fenômenos 
biológicos. 
 
Temperatura
Energias de 
Ordem 
Física
eletricidadeAgentes 
Físicos
luz
Som
Pressão
radioatividade
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Insolação (associado ao Hipotálamo) 
Intermação (NÃO associado ao Hipotálamo) 
efeitos: insolação – desidratação e choque 
Comparações Termonoses x Queimaduras 
 
 
 
IRRADIAÇÃO SOLAR 
INSOLAÇÃO: 
Ação da temperatura do calor ambiental em locais abertos (raramente em espaços 
confinados); 
INTERMAÇÃO: 
- Decorre do excesso de calor ambiental; 
- Lugares mal arejados; 
 
Insolação 
A desidratação e a queimadura da pele são os sintomas mais frequentes da insolação, 
especialmente em crianças e idosos. 
Quando alguém fica muito tempo sob o sol, a pele queima, suas células são destruídas 
e o líquido que fica entre essas células é eliminado. 
 
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Insolação 
 
 
Queimaduras: são lesões produzidas geralmente por agentes físicos de 
temperatura elevada com ações: 
- Da chama 
- Do calor irradiante 
- Dos gases superaquecidos 
- Dos líquidos escaldantes 
- Dos sólidos quentes e 
- Dos raios solares 
 
 
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Queimadura 
• 4ª causa de morte 
• Corpo trabalha com uma variação de 3oC acima ou abaixo de 37º C. 
• Assim, se a temperatura central se altera além desses limites, pode haver graves 
lesões ou até a morte. 
• Quanto à profundidade, segundo Hoffmann, as queimaduras classificam-se em: 
• 1º Grau - atinge somente a epiderme. Caracteriza-se por dor local e vermelhidão 
da área atingida. 
• Queimaduras leves, simples formação de eritemas. 
Tempo de recuperação: 
• 2 a 5 dias. 
• Prognóstico: ausência de cicatrizes; descoloração temporária 
• 2º Grau - formação de flictenas nas áreas eritematosas. 
• Atinge a epiderme e a derme. 
• Tempo de recuperação: 5 a 21 dias Prognóstico: pode deixar cicatrizes 
• 3º Grau - atingem a derme. 
• Atinge todo o tecido de revestimento, alcançando o tecido gorduroso, ou 
muscular, podendo chegar até o osso. 
• Nos tecidos adjacentes dando origem à formação de escaras; 
• Tempo de recuperação: Semanas a anos (...) 
• Prognóstico: Normalmente requer cirurgia ou enxerto de pele. 
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• 4º Grau - carbonização. 
 
Quanto à profundidade, segundo Hoffmann e Lucena 
Observe a estrutura dos vasos internos 
 
 
 
 
 
 
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Contato direto - Queimaduras 
1º grau – ERITEMA 
Apenas a epiderme é afetada. 
- Vermelho vivo, devido a simples congestão da pele; 
- A coagulação fixa o eritema após a morte; 
 
2º grau – FLICTENA 
Caracterizado pela formação de vesículas, que suspendem a epiderme. 
São constituídas do líquido amarelo-claro, transparente no cadáver: em seus lugares 
se vêem placas apergaminhadas. 
 
3º grau – ESCARAS: 
Formam manchas de cor castanha, ou cinza-amarelada, indicativas da morte da 
derme. 
Deixam cicatrizes proeminentes. 
No cadáver, apergaminham-se. 
 
4º grau – CARBONIZAÇÃO: 
Se particularizam pela carbonização do plano ósseo; 
Pode ser total ou parcial; 
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Ocorre redução do volume do cadáver; 
(A gravidade das queimaduras, em relação à sobrevivência da vítima, é avaliada 
em função de sua extensão e intensidade). 
 
A extensão da área queimada é, muitas vezes mais importante do que a profundidade 
da lesão para determinar a gravidade. 
É o caso de uma queimadura de primeiro grau, que, por exemplo, pode atingir uma 
ampla área do corpo. 
A extensão é medida em porcentagem da área total da superfície do corpo. 
É a "regra dos nove", que divide o corpo em áreas de aproximadamente 9%, utilizada 
para calcular a extensão da queimadura e decidir o tipo de tratamento. 
 
 
Gravidade 
Profundidade; 
Extensão; 
Envolvimento de áreas críticas; 
Idade da vítima; 
Presença de lesão pulmonar por inalação; 
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Presença de lesões associadas; 
Doenças pré-existentes; 
 
 
 
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FRIO 
Modalidade: 
Contato direto 
Efeitos: necroses periféricas imediatas ou tardias (infartos); 
Ambiental 
Efeitos: baixa da resistência; 
 
 
Frio – contato direto 
Acidente com refrigerador doméstico 
 
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Queimadura -VAS 
 
 
Reação fotofitodermica 
 
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Em incêndios 
Morte pode se dar pela formação de gases da combustão dos materiais;Boate Kiss; 
Monóxido de carbono (mais de 50% carboxihemoglobina); 
Cianeto de hidrogênio; 
Óxidos ácidos do enxofre e nitrogênio; 
Morte: pelo fogo; 
Morte: pela asfixia por fumaça; 
Morte: pisoteamento; 
 
Incêndio boate Kiss 242 mortos 
 
 
Incêndio 
 
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Agente vulnerante 
 
FOGO: 
 
- Pelos ficam crestrados; 
 
- Áreas integras e outras queimadas; 
 
- Aspecto mapa geográfico; 
 
- Carbonização; 
 
Artigo 121. Crime doloso: Qualificado. Hediondo; 
 
 
Líquido fervente: 
 
- Queimadura decrescente ao escorrimento do líquido; 
 
- Pode ser acidental ou intencional; 
 
- Não cresta pelos e não carboniza; 
 
Delegado deve analisar a intenção: lesão corporal, maus tratos, tortura (hediondo); 
 
 
Sólido incandescente: 
 
- Queimaduras de 1º a 4º graus. 
 
- Cresta pelos 
 
- Diferenciar pelo crestado por fogo x sólido incandescente: sólido deixa sua marca, 
seu formato de contato. 
 
Fogo não deixa marca própria; 
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- Marcação de animais (bois, etc); 
 
- Tortura: cigarro, ferro de passar roupas, etc; 
 
 
Agente vulnerante 
 
Vapores superaquecidos: 
- Não carboniza. 
- Não cresta pelos 
- Lesão geral do que localizada 
- Acidental em preferência a criminosa 
- Vazamento de caldeiras, radiadores, frascos aquecidos fechados 
 
 
 
 
 
 
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PRESSÃO 
Os principais fenômenos resultantes das alterações de pressão são denominados 
BAROPATIAS: 
Diminuição da pressão:– mal das montanhas ou dos aviadores (rarefação do ar em 
grandes altitudes) 
Aumento da pressão 
Doenças dos caixões ou mal dos escafandristas; 
Mal dos mergulhadores com embolia gasosa (pela rápida subida à superfície) 
Barotraumas. 
 
BAIXAS PRESSÕES 
(MAIORES ALTITUDES) 
MAL DAS MONTANHAS 
•ACIMA DE 3000 m. AR RAREFEITO. 
•HIPOXIA RELATIVA. 
 
QUADRO AGUDO. 
Edemas cerebral e pulmonar. 
Fortes dores de cabeça. 
Náuseas, tonteiras, dispnéia. 
Tendência a reter líquidos. 
Espessamento perialveolar. 
Melhora após alguns dias ou coma ou morte 
 
DOENÇA DE MONGE 
Forma crônica 
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Do mal das montanhas. 
Atividade de eritropoietina (epo). 
Aumento da hematopoiese. 
Poliglobulia compensadora. 
Maior risco de tromboses. 
Dedos em baqueta de tambor 
 
ALTAS PRESSÕES 
(COMPRESSÕES) 
NO FUNDO DO MAR MERGULHO EM APNÉIA. MERGULHO COM SCUBA. 
SCUBA – SELF-CONTAINED-UNDER WATER- BREATHING-APPARATUS. 
Os problemas dependerão da profundidade, do tempo de mergulho e do tempo de 
retorno à superfície 
 
MERGULHO EM APNEIA 
Sérios problemas para o mergulhador. 
O retorno à superfície: 
Risco de apagamento. 
Risco de afogamento. 
Barotrauma de ouvido 
 
Apagamento 
Ocorre nos mergulhos em apneia, nas subidas após longa permanência no fundo. 
Os problemas relacionam-se com as grandes quantidades de gases que serão 
dissolvidos nos líquidos orgânicos do mergulhador. 
Se o retorno à superfície não for criterioso, graves problemas poderão surgir. 
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Doença da Descompressão 
Forma crônica. 
Decorre da descompressão inadequada. 
Acúmulo de gases descomprimidos nas articulações. 
Contraturas dolorosas. 
Maior concentração de nitrogênio na mistura gasosa 
 
Embolia traumática pelo ar 
Forma aguda 
Pode ser mortal. 
Rotura das paredes alveolares. 
Hemorragia intrapulmonar. 
Gases (nitrogênio) caem na circulação arterial. 
Disseminação universal 
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Embolias gasosas difusas 
 
Barotraumas 
• de ouvido. 
• dos seios da face. 
• dos dentes. 
• do tubo digestivo. 
• do tórax 
 
Barotraumas 
BAROTRAUMA DE OUVIDO 
A cavidade bucal comunica-se com o ouvido médio através das trompas auditivas. 
O meio externo comunica-se com o ouvido médio através do conduto auditivo 
externo. 
Separando os dois condutos temos a membrana do tímpano 
 
 
Na grande altitude 
A pressão externa fica menor. 
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A pressão no interior do corpo torna-se maior e empurra o tímpano para fora. Deve-
se abrir a boca (bocejar) e permitir que ocorra o equilíbrio entre os dois meios 
conflitantes. 
 
Bloqueio nas trompas auditivas 
Se houver secreções bloqueando a luz das trompas, as manobras de equalização das 
pressões podem falhar e a dor do barotrauma persistir. 
 
NO FUNDO DO MAR a cada 10m de PROFUNDIDADE a pressão aumenta de uma 
atmosfera. 
Assim, no fundo, o tímpano é pressionado para dentro. 
 
MANOBRA DE VALSALVA 
Deve-se fazer a manobra de Valsalva: 
• Fechar as narinas. 
• Fechar a boca. 
• Soprar com força para forçar o ar a entrar nas trompas auditivas. 
•Objetivo: equilibrar as pressões interna e externa sobre o tímpano 
 
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BAROTRAUMA DE SEIOS DA FACE 
Seios frontais e maxilares. Os seios da face são cavidades de conteúdo gasoso. 
Há orifícios que comunicam essas cavidades aéreas com o meio exterior através das 
mucosas faciais. 
Se houver entupimento com secreções pode ocorrer dor de intensidade variável. 
 
Barotrauma sinusal 
No fundo do mar, com altas pressões, internas e externas, acumula-se muito gás 
nessas cavidades. 
Na subida, se muito rápida, pode haver descompressão e dor. 
Conforme a intensidade da dor, complicações podem ocorrer. 
 
 
 
BAROTRAUMA DE PULMÃO 
Órgãos ocos, repletos de ar. 
Pulmões e órgãos digestivos são mais vulneráveis às variações de pressão e, não raro, 
sofrem roturas de gravidades proporcionais às forças da pressão atuante 
 
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Doença dos caixões ou mal dos escafandristas 
 
 
Barotraumas 
 
enhs.umn.edu/current/2008studentwebsites/pubh6173/barometric_extremes/high.ht
ml 
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Energia Nuclear 
 
 
 
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Lesões produzidas pela radioatividade 
Alguns dos efeitos sobre o organismo: 
 Alterações genéticas; 
 Vários tipos de câncer; 
 Alterações da espermatogênese; 
 Alteração das células do sangue produzindo hemorragias acentuadas em vários 
pontos do organismo. 
 SIEVERT: unidades de radiação 
 Gray: unidade que mede danos físicos causada pela radiação 
 Becquerel: unidade que mede a atividade da fonte radioativa 
 
Dose anual máxima permitida: 2,4 mSv 
Lesões de 1º, 2º e 3º graus 
- Não cresta os pelos; 
- Lesões localizadas; 
- Graves lesões sistêmicas; 
- Alterações Hematológicas; 
- Infecções generalizadas; 
- Choque séptico; 
 
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Lesões produzidas pela luz 
A luz, dependendo da intensidade, também pode ocasionar lesões no corpo humano, 
particularmente relacionadas com alterações ou até mesmo perda da visão por dano 
irreversível no nervo ótico. 
A luz tem forte influência sobre o psiquismo humano, razão pela qual a polícia utilizou, 
durante longo período, o chamado terceiro grau, técnica de interrogatório onde o 
interrogando é colocado debaixo de um holofote que lhe ofusca a visão. 
Outro exemplo é o da epilepsia fotossensível (cerca de 3% de todos os pacientes) 
cujas crises podem ser desencadeadas por estímulos luminosos de tv, videogames e 
alguns padrões geométricos fortes, luz do sol através de folhas e outros. 
 
 
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Lesões produzidas pela luz 
 
 
ORGÃOS MAIS SENSÍVEIS 
ENCEFALO (CÉREBRO + TRONCO CEREBRAL) 
CÉREBRO 
TRONCO ENCEFÁLICO (NERVO VAGO + BULBO) 
CORAÇÃO 
MUSCULATURA RESPIRATÓRIA (DIAFRAGMA) 
Portanto, o caminho da corrente elétrica no corpo é muito importante 
 
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CAUSA DA MORTE EM ELETROPLESSÃO 
ALTA AMPERAGEM. 
PASSANDO PELO ENCÉFALO PODE AFETAR O TRONCO ENCEFÁLICO, E CAUSAR 
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA CENTRAL. 
ALÉM DE CAUSAR HIPERTERMIA. 
 
CAUSA DA MORTE EM ELETROPLESSÃO 
• ALTA AMPERAGEM. 
• PASSANDO PELO CORAÇÃO CAUSA PARADA CARDÍACA PERIFÉRICA EM 
ASSISTOLIA. 
• PODE CAUSAR PARADA RESPIRATÓRIA PERIFÉRICA POR ESPASMO MUSCULAR. 
 
Média Amperagem 
CAUSA DA MORTE EM ELETROPLESSÃO. 
PASSANDO PELO ENCÉFALO PODE AFETAR O TRONCO ENCEFÁLICO, E CAUSAR 
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA CENTRAL. 
ALÉM DE CAUSAR HIPERTERMIA. 
CAUSA DA MORTE EM ELETROPLESSÃO MÉDIA AMPERAGEM 
• PASSANDO PELO CORAÇÃO CAUSA PARADA CARDÍACA PERIFÉRICA EM 
ASSISTOLIA. 
Muito tempo exposto leva ao espasmo da musculatura respiratória e, 4 a 5 minutos 
depois, morre asfixiado. 
BULBO: morte por parada cardiorrespiratória. 
 
BAIXA AMPERAGEM (10 a 50 mA): 
- Lesões significativas SE PASSAR PELO CORAÇÃO, pode matar se ocorrer 
fibrilação OU pelo tronco encefálico (Bulbo) por parada cardiorrespiratória 
central 
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Alteração do ritmo cardíaco e surge um batimento cardíaco generalizadamente 
ineficiente: fibrilação. 
Legista não visualiza a fibrilação. 
Visualiza a marca de Jelineck. 
Fibrilação só se verifica com aparelhos. 
 
 
 
 
Condução elétrica do coração parte do nódulo sinoatrial, passa pelo atrioventricular 
e alcança as células ventriculares. 
Normal: 80 bpm em repouso, controlado. 
Corrente alternada: muda alternadamente 60 vezes por segundo. 
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Desorganização da musculatura cardíaca: fibrilação!!!! 
Sangue não circula. Cai P. Arterial. 
Hipóxia cerebral. 
Sem pulso, mas coração não está parado. 
Uso de desfibrilador: para todas as batidas. 
PCR 
 
ELETRICIDADE NAS CÉLULAS 
• A MEMBRANA CELULAR SELECIONA A ENTRADA E A SAÍDA DE SUBSTÂNCIAS NA 
CÉLULA ATRAVÉS DOS POROS. 
Passagem seletiva: MANUTENÇÃO DA VIDA CELULAR. 
A eletricidade pode alterar o diâmetro dos poros e causar a morte celular 
 
ELETROPERFURAÇÃO 
Grave modificação no diâmetro dos poros da membrana celular, em razão da 
passagem de corrente elétrica, causando alteração da semipermeabilidade e 
podendo levar à morte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Energia Física – Eletricidade 
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Energia Física – Eletricidade 
 
LESÕES DECORRENTES DE ELETRICIDADE OU DESCARGAS ELÉTRICAS 
• São acidentes causados pela eletricidade, tanto a natural (raios), como a artificial 
(fios, tomadas, etc…) quando atingem o corpo humano. 
• Podem produzir queimadura externa e interna e até provocar parada cardíaca 
e respiratória, mutilações e morte, dependendo da amperagem e órgãos 
atingidos. 
• A ação lesiva depende do meio em que a corrente ocorre e do tipo de corrente 
elétrica. 
• Quanto melhor condutor for o material, menor resistência à passagem de 
corrente elétrica e, portanto, maior será a descarga pelo organismo. 
Ex: água, pés descalços, mãos desprotegidas, roupa molhada, ferramenta de metal, 
etc. 
CONDUTORES ELÉTRICOS 
São materiais destinados a permitir a passagem da corrente elétrica (geralmente fios) 
desde o gerador ou do acumulador (bateria) até chegar ao receptor onde poderá ser 
utilizada. 
CORRENTE ELÉTRICA 
Vibração e escoamento de elétrons entre os átomos do condutor elétrico provocada 
por uma diferença de potencial elétrico existente entre o acumulador e o receptor 
tentando estabelecer o equilíbrio entre as fontes. 
Corrente para entrar precisa ter lugar para sair. 
A corrente procura o menor caminho e menor resistência. 
MATERIAL ISOLANTE 
Objetos e instrumentos de borracha, cerâmica, plástico e outros materiais que 
dificultam, ao máximo, a passagem de elétrons são denominados isolantes. 
Cuidado com arco elétrico. 
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Energia Física – Eletricidade 
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Vítima se aproxima de gerador ou acumulador de grande capacidade. 
O ar úmido propicia a descarga elétrica no corpo da vítima (salto). 
Campo magnético 
Toda corrente elétrica, ao passar, gera um campo magnético no local. 
Vestígios da passagem de uma corrente elétrica: imantação metálica no local após a 
passagem de um raio. 
Efeito joule. 
Transformação de energia elétrica em calor. 
• Pode causar queimaduras de todos os graus. 
• Pode ser utilizado nas indústrias, nas residências, no comércio, na saúde etc. 
U = R x i 
Onde: 
U = corresponde à diferença de potencial (Voltagem) 
R = resistência do meio material (OHM) 
I =intensidade de corrente elétrica (Ampere) 
Resistencia da pele de um adulto normal: 50.000 A. 
Crianças: diferenças levam à menor resistência. 
Analisar os fatores que contribuem para diminuir a resistência da pele. 
O QUE MATA É A AMPERAGEM (i). 
Pequenas voltagens podem matar, dependendo da resistência. 
 
ELETRICIDADE 
A eletricidade natural: 
- Agindo letalmente sobre o homem: FULMINAÇÃO 
- Quando apenas provoca lesões corporais: FULGURAÇÃO 
- Lesões com aspecto arboriforme: Sinal de Lichtemberg 
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A eletricidade artificial ou industrial: 
- Proposital: para execução de um condenado - ELETROCUSSÃO. 
- Acidental: ELETROPLESSÃO. 
- A lesão mais simples é chamada marca elétrica de Jellineck. 
- Os efeitos deletérios da corrente elétrica se devem à intensidade da corrente 
(amperagem). 
 
Eletricidade natural, atmosférica ou cósmica milhares de volts 
 
 
Sinal de Lichtenberg: Fulminação ou Fulguração. 
As lesões produzidas pela fulguração ou fulminação, tomam aspecto arboriforme, 
denominadas de sinal (Árvore) de Lichtenberg, decorrentes de fenômenos 
vasomotores, que podem desaparecer com o tempo, em caso de sobrevivência. 
 
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Sinal de Lichtenberg 
 
Visível na pele, mas a lesão é nos vasos. É temporário. 
A lesão ocorre nos vasos superficiais. Decorre de uma vasculite elétrica. 
Sinais adjacentes: ação térmica (queimaduras); ação mecânica (rasgões das roupas e 
lesões tegumentares) e fenômenos físico-químicos (fusão de ou imantação de 
metais). 
VESTÍGIOS DE FULGURAÇÃO 
No exame de local atingido por um raio pode-se perceber que os metais da região 
permanecem imantados por algum tempo. 
Lesões de Lichtemberg. 
Exame Interno: 
- Fenômenos típicos das asfixias e dos infartos do miocárdio 
 
 
 
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Eletroplessão 
Do grego: Elektron + plessein 
O termo “eletrocução” deriva do neologismo inglês “eletrocution”, fusão das palavras 
electric + execution. 
A morte sobrevem por paralisa dos centros nervosos que levam à asfixia e à parada 
cardíaca. 
A gravidade das queimaduras, em relação à sobrevivência da vítima, é avaliada em 
função da sua extensão e intensidade. 
Os efeitos deletérios da corrente elétrica se devem, fundamentalmente, à intensidade 
da corrente (amperagem). 
ELETROPLESSÃO 
• Sinal de Jellinek: marca de entrada da corrente elétrica, na pele, no ponto de 
contato. 
• Lesão dura, de bordos elevados, seca, indolor, profundidade variável. 
• Pode reproduzir a forma do condutor elétrico. 
• Verifica-se, visualmente, que a vítima sofreu eletroplessão, pela marca de 
Jellineck, que resultada faísca elétrica que salta do condutor para a pele, antes 
de se estabelecer o perfeito contato entre esta e aquele. 
• A marca de Jellineck denuncia que a vítima foi afetada pela eletricidade 
industrial. 
• Não é obrigatoriamente presente, mesmo sob eletroplessão. 
Marca elétrica de Jellinek 
A eletricidade artificial produz, no local de entrada, uma lesão que com frequência 
assume a forma do condutor elétrico que originou a descarga. É uma lesão de bordas 
elevadas e coloração amarelo esbranquiçada e indolor, que recebe a denominação de 
marca elétrica de Jellinek. 
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Principais efeitos do choque 
- Confusão mental, convulsões ou perda da consciência. 
- Queimaduras na pele no local de entrada e de saída da corrente elétrica no corpo. 
- Presença de fraturas em vários locais em virtude da contração muscular violenta 
provocada pela corrente elétrica. 
- Pulso fraco e irregular. 
- Parada cardiorrespiratória. 
- Carbonização. 
- Morte. 
 
 
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QUEIMADURA ELÉTRICA 
Produzida pelo contato com a corrente elétrica. 
 
 
 
ELETRICIDADE 
- O organismo é capaz de sentir uma corrente a partir de 1 miliampère”, 
- De 1 até 9 miliampères ocorrerá um processo ligeiramente doloroso. 
- De 9 a 20 miliampères, além da dor, a pessoa perde parte do controle muscular e 
não consegue largar o condutor. 
- Acima disso, os problemas passam a ser mais graves, podendo causar a morte. 
- Uma corrente de 75 miliampères produz a contração dos músculos do pulmão, 
provocando deficiência do sistema respiratório. 
- Acima de 75 miliampères a descarga elétrica começa a interferir no coração, que 
também trabalha com mecanismo elétrico, provocando uma arritmia cardíaca. 
- Mas esses números podem variar. 
 
 
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ORGÃOS MAIS SENSÍVEIS 
 ENCEFALO (CÉREBRO + TRONCO CEREBRAL); 
 CÉREBRO; 
 TRONCO ENCEFÁLICO (NERVO VAGO + BULBO); 
 CORAÇÃO; 
 MUSCULATURA RESPIRATÓRIA (DIAFRAGMA); 
 Portanto, o caminho da corrente elétrica no corpo é muito importante. 
 
Causa da morte em Eletroplessão 
- Alta amperagem passando pelo encéfalo pode afetar o tronco encefálico e causar 
parada cardiorrespiratória central, além de causar hipertermia. 
- Passando pelo coração causa parada cardíaca periférica em assistolia. 
- Pode causar parada respiratória periférica por espasmo muscular. 
 
Média Amperagem 
- Causa da morte em eletroplessão. 
- Passando pelo encéfalo pode afetar o tronco encefálico e causar parada 
cardiorrespiratória central. Além de causa hipertermia. 
- Passando pelo coração causa parada cardíaca periférica em assistolia. 
- Muito tempo exposto leva ao espasmo da musculatura respiratória e, 4 a 5 minutos 
depois, morre asfixiado. 
BULBO: morte por parada cardiorrespiratória. 
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Baixa Amperagem (10 a 50 mA): 
- Lesões significativas SE PASSAR PELO CORAÇÃO, pode matar se ocorrer fibrilação 
OU pelo tronco encefálico (Bulbo) por parada cardiorrespiratória central. 
- Alteração do ritmo cardíaco e surge um batimento cardíaco generalizadamente 
ineficiente: fibrilação. 
- Legista não visualiza a fibrilação. 
- Visualiza a marca de Jelineck. 
- Fibrilação só se verifica com aparelhos. 
- Sangue não circula. Cai P. Arterial. 
- Hipóxia cerebral. 
- Sem pulso, mas coração não está parado. 
- Uso de desfibrilador: para todas as batidas. 
- PCR. 
 
 
 
ELETRICIDADE NAS CÉLULAS 
- A membrana celular seleciona a entrada e a saída de substâncias na célula através 
dos poros. 
- Passagem seletiva: MANUTENÇÃO DA VIDA CELULAR. 
- A eletricidade pode alterar o diâmetro dos poros e causar a morte celular. 
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ELETROPERFURAÇÃO 
Grave modificação no diâmetro dos poros da membrana celular, em razão da 
passagem de corrente elétrica, causando alteração da semipermeabilidade e podendo 
levar à morte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Asfixiologia: Aspectos Iniciais 
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Asfixiologia: Aspectos Iniciais 
 
Energias de ordem físico-químicas 
Sob o título de energias de ordem físico química iremos estudar a asfixiologia 
forense ou capítulo da Medicina-Legal que estuda as asfixias. 
 
Sistema respiratório humano 
 
Sistema Cardiovascular 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Veias Artérias 
Veias 
 
Artérias 
Circulação Pulmonar 
Circulação Sistêmica 
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Fisiologia do Sistema Respiratório 
- A respiração pode ser interpretada como um processo de trocas gasosas entre o 
organismo e o meio, ou como um conjunto de reações químicas que faz parte do 
metabolismo energético (respiração celular). 
- Dessa forma, o termo respiração pode ser empregado em basicamente dois níveis: 
Celular e Orgânico. 
Estruturas do sistema Respiratório Humano 
Faringe: Cavidade comum ao sistema digestório e respiratório. 
Laringe: Epiglote – bloqueio da entrada de alimentos no sistema respiratório. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Traqueia: 
- Formada por anéis cartilaginosos. 
- Presença de epitélio ciliado com glândulas caliciformes (produção de muco). 
- As impurezas se aderem ao muco e os cílios removem o muco com impurezas em 
direção à faringe. 
 
 
 
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Brônquios e bronquíolos: 
- Brônquios são duas ramificações da porção final da traqueia que penetram nos 
pulmões. 
- Bronquíolos são ramificações dos brônquios que terminam nos alvéolos 
pulmonares. 
- Apresentam a mesma constituição da traqueia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
muco 
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Alvéolos: 
- Bolsas de ar ricamente vascularizadas. 
- Local onde ocorre a hematose (transformação do sangue venoso em sangue 
arterial). 
 
 
Laringe 
Traquéia 
Brônquios 
Bronquíolos 
Artéria 
Veia 
Hemácia 
Capilar 
sangüíneo 
Células da parede 
do alvéolo 
Ar alveolar 
CO2 
O2 
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Asfixiologia: Tipos de Asfixias 
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Asfixiologia: Tipos de Asfixias 
 
Inspiração 
- Contração dos músculos intercostais e diafragma. 
- Aumento do volume da caixa torácica. 
- Diminuição da pressão intrapulmonar. 
-Entrada de ar. 
Expiração 
- Relaxamento dos músculos intercostais e diafragma. 
- Diminuição do volume da caixa torácica. 
- Aumento da pressão intrapulmonar. 
- Saída de ar. 
 
Mecânica da Ventilação Pulmonar 
 INSPIRAÇÃO EXPIRAÇÃO 
 
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Vias aéreas superiores e inferiores 
 
 
 
 
 
Sistema circulatório humano 
 
 
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Asfixiologia: Tipos de Asfixias 
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Asfixiologia Forense 
“Asphuxia” ausência de pulso. 
A sphysxis (gr.) ausência de pulso, pois Galeno e outros sábios gregos, acreditavam 
que nas artérias, encontrava-se o elemento (espírito) que dava vida. 
 
Estudo dos casos de asfixia em situações de homicídio, suicídio e acidentes. 
Relacionado com artigos 121 e 129 do CP. 
Asfixia 
É a supressão da respiração decorrente de energia físico-química, produzindo 
impedimento à penetração do ar atmosférico na árvore respiratória. 
Física: obstrução das vias respiratórias (mecânica). 
Química:

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