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Economia Solidária, Colaborativa e Criativa

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Economia solidária, colaborativa e criativa
Economia solidária 
· Trata-se de modelo específico de organização das atividades econômicas, caracterizada pela autogestão. 
A autogestão 
· É a administração pelos seus participantes num regime de democracia no qual não há a figura do patrão. 
· Os empregados participam das decisões administrativas em igualdade de condições 
· Compreende o trabalhador como o proprietário da empresa que autogestiona e não se confunde com controle operário. 
A economia solidária é defendida como estratégia para promover a igualdade social e garantir o pleno emprego, e esta é a compreensão de Singer (1997). A construção da economia solidária é uma destas outras estratégias que aproveita a mudança nas relações de produção provocada pelo grande capital para lançar os alicerces de novas formas de organização de produção, à base de uma lógica oposta àquela que rege o mercado capitalista. Tudo leva a acreditar que a economia solidária permitirá, ao cabo de alguns anos, dar a muitos, que esperam em vão um novo emprego, a oportunidade de se reintegrar à produção por conta própria ou coletivamente. (SINGER, 1997, p. 13)
Outro autor de importância para a economia solidária é Mance (1999), que acrescenta ao conceito “geração-trabalho”, ou seja, a colaboração como uma ação solidária, objetivando a construção de uma sociedade pós-capitalista que garanta o convívio harmônico entre as pessoas. 
Segundo Gaiger (2003), a economia solidária reconcilia o trabalhador com os meios de produção pela experiência profissional firmada na dignidade e na equidade, e com as pessoas motivadas com a divisão dos benefícios definidos por todos que se tornam associados e atuam de forma solidária. No contexto da economia solidária, os trabalhadores estão em foco por essa razão. Segundo Singer (2002), a finalidade básica não é maximizar o lucro, mas a quantidade e a qualidade do trabalho.
Encontramos o conceito intrinsecamente ligado à realização de um empreendimento solidário com desenvolvimento local. Na visão de Gaiger, são características econômicas no contexto da produção capitalista: 
· a separação dos trabalhadores dos meios de produção; 
· a produção de mercadores com o único objetivo, o mercado;
· a transformação do trabalho em mercadoria (trabalhador assalariado); 
· a retirada da “mais-valia” sobre o trabalho cedido ao detentor dos meios de produção por ser meio de ampliação incessante do valor investido na produção.
Lembre-se A economia solidária é orientada pela sociologia, visando à utilidade pública, inibe a desigualdade.
Dentre os exemplos de economia solidária temos as cooperativas que se organizam no sistema de autogestão, pois a cooperativa, apesar da finalidade comercial de produção e venda, pois seu modelo de negócios promove a gestão participativa, democrática, autonomia e divisão dos lucros, além do comprometimento com a melhoria e o desenvolvimento regional, capacitação profissional de todos os participantes envolvidos em seu sistema e não gera vínculo empregatício. 
A economia colaborativa, por sua vez, tem por lema compartilhar e não acumular, dando origem ao consumo colaborativo. Este tipo de economia também é conhecido como consumo colaborativo ou economia compartilhada. 
Consumo colaborativo é aquele que se faz pelo compartilhamento peer-to-peer (pessoa para pessoa), tais como: moradia; carros; alimentos; serviços; informações e tecnologia; dentre outros bens que possam ser compartilhados. Esse novo conceito tem agregado valor porque gera um nível de retorno cada vez maior e a qualidade também. Isso que começou com as pessoas e foi incorporado pelas grandes empresas. Como exemplo, temos o Citibank, que começou a patrocinar o compartilhamento de bicicletas em Nova Iorque, ação colaborativa também adotada no Brasil, em São Paulo e no Rio de Janeiro, prioritariamente pelo Itaú.
Assimile A economia colaborativa, no mínimo, agrega valor com a prospecção da marca. E, no exemplo da bicicleta, os adeptos deste transporte, dá acesso à utilização das bicicletas, além da prospecção da marca.
A economia colaborativa é a expressão da união de três elementos importantes na atualidade, quais sejam:
· Social (pela densidade demográfica e, portanto, como o compartilhamento converge a favor do meio ambiente), além do estímulo ao senso de comunidade; 
· Econômico (representa a viabilidade financeira, tira a ostentação do foco como um valor e coloca no lugar a economia de recursos como meio inteligente de obter acesso e oportunidade consumo, evitando o excesso e a ociosidade dos recursos); e 
· Tecnológico (dispositivos e plataformas móveis que já temos acesso, redes sociais que viabilizam o contato e o compartilhamento, a colaboração).
A economia criativa 
· É a terceira alternativa socioambiental e por meio dela se obtém resultados formidáveis em favor do meio ambiente, assim como por meio da economia colaborativa e solidária. 
· Teve origem nas indústrias criativas, assim chamadas pelo então primeiro ministro australiano, em 1994, em discurso proferido, cujo título: Creative Nation, que em português significa Nação Criativa. Neste momento, destacou-se a importância da globalização por meio das oportunidades dela decorrentes. 
· Defendeu, ainda, as mídias digitais como forma de informar e subsidiar ricamente a criatividade além da forte e importante contribuição ao desenvolvimento do país nos anos de 1997, foi criada na Inglaterra a força tarefa multissetorial com a incumbência de analisar as tendências de mercado e as vantagens competitivas locais e, na mesma oportunidade, intensificou-se a parceria público-privado nas áreas de desenvolvimento, turismo, educação e relações exteriores. 
· Essa economia criativa possui características inovadoras e conceito próprio. 
· Sua definição mais singela é a trazida pela “Criaticidade”, que parte da indústria criativa para chegar à economia criativa.
No que se refere à indústria criativa, o Projeto Criaticidade (2016) diz: “Entendidas como um conjunto de setores econômicos específicos, cuja seleção é variável de acordo com a vocação da região ou país e potencialidade de geração de riqueza, trabalho, arrecadação tributária e divisas”. 
E no que se refere à economia criativa, o mesmo projeto complementa que: “Além das indústrias criativas, o impacto de seus bens e serviços nos setores econômicos tradicionais (e.g. o impacto da moda sobre o têxtil ou o da arquitetura sobre a construção civil) e as conexões que estabelecem entre eles.” 
A economia criativa é representada pelo impacto de bens e serviços e o estabelecimento das conexões. As metrópoles vivem essas novidades. É muito comum, hoje, um museu contar com a tecnologia para orientar a visita, por exemplo, tornando-se mais atrativo. John Howkins, em 2001, publicou a obra “ A Economia Criativa”, cujo conteúdo versa sobre as atividades nas quais a criatividade e o capital intelectual (a autoria, a invenção) são matérias-primas para a criação, produção e, também, para a distribuição de bens e serviços, sejam públicos ou privados. Essa criatividade, aliada à economia dos recursos e troca dos abundantes, promoverá o desenvolvimento sustentável.
Referência: Responsabilidade social e ambiental - Benedita de Fátima Delbono

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