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2 
www.soeducador.com.br 
 Assistente de creche 
SUMÁRIO 
 
APRESENTAÇÃO ............................................................................................... 2 
1 ORIGEM E EVOLUÇÃO DAS CRECHES ........................................................ 3 
2 O QUE FAZ A ASSISTENTE DE CRECHE? .................................................... 6 
3 EDUCAÇÃO INFANTIL E A BNCC .................................................................. 8 
3.1 Campos de experiência ............................................................................... 11 
3.1.1 O eu, o outro e o nós (EO) .......................................................................... 11 
3.1.2 Corpo, gestos e movimentos (CG) .............................................................. 11 
3.1.3 Traços, sons, cores e formas (TS) .............................................................. 12 
3.1.4 Escuta, fala, pensamento e imaginação (EF) .............................................. 12 
3.1.5 Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações (ET) ............... 13 
3.2 Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento ........................................ 14 
3.2.1 Campo de experiência “O EU, O OUTRO E O NÓS” ................................. 15 
4 A EDUCAÇÃO INFANTIL NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA ........... 15 
5 PARECER DO CONSELHO NACIONAL E MAIS ............................................ 16 
6 OPORTUNIDADE DE PRIMEIRO EMPREGO ................................................. 18 
7 O INÍCIO ANTES DA DOCÊNCIA INFANTIL ................................................... 18 
8 SALÁRIO MÉDIO ............................................................................................. 19 
9 PERFIL DO ASSISTENTE DE CRECHE .......................................................... 19 
10 DICAS PARA TER UM DESEMPENHO COMO ASSISTENTE 
DE CRECHE ........................................................................................................ 20 
11 SUGESTÕES DE ATIVIDADES LÚDICAS, DE HISTÓRIAS 
E MÚSICAS ......................................................................................................... 21 
11.1 Músicas ....................................................................................................... 21 
11.2 Contação de histórias ................................................................................ 21 
11.3 Atividades lúdicas ...................................................................................... 22 
11.3.1 Pintura ....................................................................................................... 22 
11.3.2 Jogos de tabuleiro ..................................................................................... 23 
11.3.3 Oficinas ..................................................................................................... 23 
11.3.4 Circuitos lúdicos ........................................................................................ 23 
11.3.5 Gincanas ................................................................................................... 24 
11.3.6 Brincadeiras .............................................................................................. 24 
11.3.7 Fantoches .................................................................................................. 25 
11.3.8 Quebra-cabeças ........................................................................................ 26 
11.3.9 Massinha ................................................................................................... 26 
11.3.10 Mímica ..................................................................................................... 27 
12 CONCLUSÃO ................................................................................................. 27 
REFERÊNCIAS .................................................................................................... 28 
 
 
 
 
 
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 Assistente de creche 
APRESENTAÇÃO 
 
A SóEducar tem o prazer de apresentar informações relativas ao curso 
Assistente de Creche, profissional fundamental dentro das creches, seja no berçário 
ou na educação infantil. 
Esse material tem como objetivo apoiar esses profissionais, que apesar de 
não ter como exigência uma formação de nível superior, necessitam de diretrizes 
que os norteiem. 
Esperamos poder contribuir com a formação desses educadores espalhados 
por todo o país que fazem toda diferença no processo educacional de bebês e 
crianças. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Assistente de creche 
1 ORIGEM E EVOLUÇÃO DAS CRECHES 
Antes de falarmos sobre a formação das Assistentes de Creche, vamos 
conhecer um pouco a origem da criação das creches. 
A fase inicial das creches caracterizou-se pela prevalência da iniciativa 
privada, de caráter assistencial-filantrópico, ocupando o lugar da falta moral e 
econômica da família. As primeiras creches surgiram no século XIX, na Europa, e no 
início do século XX no Brasil, precedidas pela estruturação do capitalismo, a 
crescente urbanização e a necessidade de reprodução da força de trabalho 
composta por seres capazes, nutridos, higiênicos e sem doenças. Foram criadas por 
associações ou organizações sociais, religiosas ou filantrópicas compostas por 
grupos femininos e tinham, como objetivo explícito, o atendimento aos filhos das 
trabalhadoras. 
Todavia, a sua prática refletia uma preocupação voltada menos a liberar a 
mulher para o trabalho e mais a reforçar seu lugar no lar com seus filhos. A creche 
surgiu para atender à necessidade da mulher-operária por não ter esta, alternativa 
quanto ao lugar para deixar os seus filhos. Ela surgiu também para atender os filhos 
das “mães incompetentes”, assim consideradas por não serem boas donas de casa, 
não cuidarem adequadamente de seus filhos e não evitarem os perigos que 
pudessem levá-los à vagabundagem e à morte. Desta forma, caracterizou-se como 
uma relação de favor entre as associações provedoras e as famílias. Promovia-se a 
ideologia da família, ao mesmo tempo em que se salientava a incompetência 
daquelas que se utilizavam das creches (HADDAD, 1991). 
Na Europa, enquanto a família ocupava um espaço privilegiado em relação 
aos cuidados e à educação da criança, a creche constituía-se um local sem 
especificidade, sem valor próprio. Caracterizava-se como uma instituição 
emergencial e, ainda, segundo Haddad (1991), atuava de forma extremamente 
precária: havia insuficiência de recursos, má qualidade de atendimento, quadros 
profissionais deficitários, sem formação específica, e era composta, muitas vezes, 
por voluntariado, ausência de legislação e normas básicas de atendimento. 
Enquanto esteve vinculada à ideia de falta da família, a creche seguiu 
modelos de funcionamento de acordo com padrões de família e maternidade que 
 
 
 
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 Assistente de creche 
foram sendo propostos por especialistas das áreas de medicina higienista, serviço 
social, psicologia, psiquiatria e pedagogia, entre outros, e que foram dando novos 
contornos a sua prática institucional. Nessa linha, além das carências econômicas, 
morais e higiênicas, novas carências infantis foram sendo descobertas, como por 
exemplo, as carências afetivas, nutricionais, culturais e cognitivas, as quais 
impulsionaram a introdução de sucessivas mudanças no funcionamento das 
creches. 
Na década de 50, chegou o discurso propriamente psicológico nas creches, 
baseado, principalmente, nos estudos de Bowlby para a Organização Mundial da 
Saúde (1952). Aos seus estudos, juntaram-se os de Ainsworth, Aubry, David, Soulé 
e Spitz sobre depressão analítica e hospitalismo, os quais alertavam para os efeitos 
prejudiciais que uma descontinuidadena relação afetiva mãe-criança (ou substituta-
criança), nos primeiros meses de vida, ou o cuidado compartilhado por várias 
pessoas poderiam acarretar para a criança pequena e para o seu desenvolvimento 
posterior. 
A chegada desse discurso às creches produziu uma verdadeira reviravolta 
que, segundo Perosa (1990), ainda se faz sentir. As enfermeiras do chamado 
período higiênico foram substituídas pelas pajens e atendentes infantis, enfatizou-se 
os cuidados em nível do psíquico, os contatos físicos e afetivos ganharam 
importância e foram denunciados a falta de estimulação e o abandono das grandes 
instituições. 
Entretanto, como a literatura sobre o apego, ou ligação afetiva, enfatizava a 
necessidade que a criança tinha de estabelecer uma relação afetiva estável com a 
mãe, preferencialmente, ou quase impreterivelmente, sob o risco de ter seu 
desenvolvimento prejudicado. Mais uma vez, nos vimos à volta com uma ideologia 
da família que lançava à mãe um forte sentimento de culpa e de incapacidade. Ao 
levar seu filho para a creche, ela sentia-se assinando um “atestado de 
incompetência”, visto que a creche constituía-se um risco para a criança, por 
envolver separações diárias da mãe e um cuidado múltiplo por vários adultos. Nesta 
perspectiva, segundo Rossetti-Ferreira (1988, p. 60), “para evitar um eventual 
prejuízo para o desenvolvimento da criança, faz-se necessário garantir-lhe na creche 
um cuidado materno substitutivo adequado”. 
 
 
 
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 Assistente de creche 
Na década de 60, um novo discurso chegou às creches, um discurso baseado 
nas teorias da privação cultural. A creche, então, recebeu uma nova função: 
compensar as deficiências psicoculturais apresentadas no desenvolvimento da 
criança. Novas categorias profissionais foram introduzidas como, por exemplo, 
professores, recreadores, psicólogos e pedagogos. Foram adotadas medidas de 
reorganização, houve redistribuição do espaço, diminuição do tempo de espera da 
criança e ênfase na sua autonomia e independência (HADDAD, 1991). 
No Brasil, a década de 70 caracterizou-se pela eclosão de vários movimentos 
sociais e, em alguns lugares, a creche ganhou enfoque diferente, passando a ser 
reivindicada como um direito da mulher-operária. No Estado de São Paulo, 
reivindicada por mulheres das camadas populares, ganhou aceitação por parte do 
Estado pela sua função reconhecida de guarda e assistência às crianças pobres, 
ficando subordinada à Secretaria do Bem-estar Social. 
De acordo com Haddad (1991), a questão da creche avançou muito no Brasil 
na década de 1980. Vários setores da sociedade (grupos ligados aos movimentos 
populares, representantes dos Conselhos da Condição Feminina, a comunidade 
acadêmica, profissionais que atuam nos programas pré-escolares) passaram a 
reivindicar creches e pré-escolas como um direito à educação das crianças de todas 
as camadas sociais. A pressão articulada desses setores junto à Assembleia 
Constituinte culminou num marco importantíssimo na história da creche brasileira: a 
aprovação das principais reivindicações na Constituição Federal (CF) de 1988. 
Entre os mais importantes artigos figuram os referentes à inclusão da creche 
no sistema escolar e à educação da criança de zero a seis anos através dessas 
instituições e da pré-escola. A Constituição Federal no cap. III, art. 208, inciso IV 
reza “O dever do Estado com a Educação será efetivado mediante a garantia de: 
atendimento em creche e pré-escolas às crianças de zero a seis anos de idade [...]” 
(BRASIL, 1988) A creche, portanto, passa a ser subordinada à área da educação, 
configurando-se não mais como uma “agência de guarda e assistência” e sim como 
uma instituição educacional, criando-se, assim, novas responsabilidades para o 
sistema escolar. 
 
 
 
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 Assistente de creche 
Em documento expedido em 1990, a Fundação para o Desenvolvimento da 
Educação (FDE) afirmou que apesar da elaboração e aprovação de instrumentos 
legais constituírem componentes imprescindíveis, não eram suficientes para que o 
direito à educação, adquirido pelas crianças de 0 a 6 anos de idade, fosse efetivado. 
Fez-se necessário que os preceitos constitucionais fossem operacionalizados por 
meio de uma política nacional de educação para esta clientela, que constituiria 
instrumento a guiar a ação da União, dos Estados e Municípios. 
Para a criança ter este direito, constitucionalmente reconhecido, surgiu novas 
perspectivas quanto ao favorecimento pleno de sua potencialidade, pois se tratava 
de novas condições que, devidamente estruturadas, deveriam proporcionar 
desabrochamentos ou novos aprendizados. Piaget (RIZZON, 2010) declarou que: 
Afirmar o direito da pessoa humana à educação é, pois, assumir uma 
responsabilidade muito mais pesada que a de assegurar a cada um a 
possibilidade da leitura, da escrita e do cálculo: significa, a rigor, garantir 
para toda criança o pleno desenvolvimento de suas funções mentais e a 
aquisição dos conhecimentos, bem como dos valores morais que 
correspondam ao exercício dessas funções, até a adaptação à vida social. 
Sendo assim, a origem das creches no Brasil, foi marcada por uma história de 
luta de mulheres trabalhadoras e que necessitavam garantir um futuro digno para 
seus filhos, longe das ruas, da marginalidade, sendo acompanhados por 
profissionais que foram extremamente importantes na época, como são até hoje. 
2 O QUE FAZ A ASSISTENTE DE CRECHE? 
No interior de uma creche, dentre os vários profissionais fundamentais está a 
assistente ou auxiliar de creche. Esta profissional faz toda diferença no processo 
educacional de bebês e crianças, já que elas têm contato direto com esse público. 
Essa profissão exige Ensino Médio Normal/Pedagógico1 e cobra diversas 
funções que auxiliam o professor no dia a dia. Além da responsabilidade das 
atividades relacionadas ao ambiente escolar, como a limpeza do ambiente, também 
é de sua tarefa cuidar das crianças. 
Para quem tem uma “vocação” especial para trabalhar com crianças, a 
profissão de assistente de Educação Infantil poderá ser uma opção a ser 
 
1 Atualmente, algumas instituições estão exigindo o nível superior em Pedagogia. 
 
 
 
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 Assistente de creche 
considerada. Esta é uma área de extrema importância porque envolve o 
desenvolvimento, aprendizagem e o bem-estar de futuros adultos. Mas não basta 
apenas ter “vocação”, é necessário se capacitar, afinal, é uma atividade que exige 
diversos conhecimentos. 
Na lista abaixo, são abordadas algumas das possíveis funções associadas ao 
dia a dia destes profissionais. 
 Preparar a alimentação da criança, consoante a sua idade e necessidades, 
acompanhando-a nas refeições e promovendo a sua autonomia. Às vezes, algumas crianças 
não querem comer, o assistente deverá encontrar estratégias para convencê-las a se 
alimentarem. A fase pré-escolar, entre dois anos e sete anos incompletos, caracteriza-se por 
estabilização do crescimento estrutural e do ganho de peso. Assim, nessa etapa do 
desenvolvimento infantil, há uma menor necessidade de ingestão energética quando 
comparada ao período de zero a dois anos e a fase escolar. A criança desenvolve ainda mais 
a capacidade de selecionar os alimentos a partir de sabores, cores, experiências sensoriais e 
texturas, sendo que essas escolhas irão influenciar o padrão alimentar futuro; 
 Cuidar da higiene da criança e facilitar a aquisição destes hábitos de saúde. Por isso é 
fundamental ter noções de higiene, desde o banho à troca de fraldas; 
 
 Estabelecer rotinas de sono adequadas à idade de cada criança; 
 Estar atento aos sintomas de alteração de saúde que podem ocorrer nas crianças, 
encaminhando para as unidades de saúde próprias, sempre que se justifique; 
 Preveniracidentes e socorrer a criança, de forma adequada em qualquer acidente infantil. 
O objetivo principal das berçaristas é zelar pelo bem-estar e segurança das crianças, tratá-las 
com amor, carinho e dedicação; 
 Desenvolver atividades que promovam vivências infantis ricas, do ponto de vista sensorial, 
motor, cognitivo, afetivo e social; 
 Ser modelo de bons hábitos, comportamentos e atitudes para a promoção dos mesmos, 
por parte das crianças; 
 Reforçar a criança nas suas aprendizagens, oferecendo-lhe segurança, apoio e estímulo 
para que desenvolva todas as suas capacidades da melhor forma possível; 
 Procurar os materiais e recursos tecnológicos úteis ao desenvolvimento de atividades 
adequadas às crianças; 
 Promover jogos, brincadeiras e atividades plásticas, literárias e musicais de interesse para 
as crianças; 
 
 
 
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 Assistente de creche 
 Participar ativamente nas atividades de animação desenvolvidas pelos recreadores, em 
contexto escolar e de tempos livres; 
 Garantir a segurança e o desenvolvimento saudável de crianças em situação de risco 
social e com Necessidades Educativas Especiais (NEE); 
 Participar proativamente nas instituições, como elemento da equipe educativa, 
assegurando a melhor atenção à criança e família; 
 Apoiar os elementos da equipe educativa, nas suas tarefas, e dar resposta às 
necessidades das crianças e famílias, na ausência de cada elemento. Os auxiliares de 
educação infantil podem trabalhar em diversos tipos de instituições, empresas e 
organizações, tanto públicas como privadas, tais como: jardins de infância, creches, 
associações de tempos livres, instituições de solidariedade social, entre outros; 
 Além disso, é obrigação do profissional assistente de creche, ajudar a estabelecer rotina 
de sono nas crianças menores, cuidar dos equipamentos tecnológicos e usá-los quando for o 
momento para ensinar e entreter os pequenos, dar auxílio geral em todas as tarefas e 
necessidades dos professores e equipe multidisciplinar. 
A assistente de creche, geralmente, não tem a formação de uma professora, 
mas é necessário que elas tenham algum contato pedagógico e cursos na área para 
atuar em alguma escola, pois é diferente de atuar como babás, pelo número de 
crianças atendidas. Ter paciência ou gostar não basta para exercer um bom 
trabalho, é necessário ter noções importantes do meio educacional e dos cuidados 
que devemos ter com as crianças. 
A postura educacional também é muito importante. Pessoas que trabalham 
em creches precisam ter uma postura de educador, seja ela professora ou 
assistente. É preciso ter domínio de fala, ou seja, falar corretamente e com o tom 
agradável, as crianças passam muito tempo com esse profissional e elas copiam o 
que veem. 
3 EDUCAÇÃO INFANTIL E A BNCC 
É muito importante falarmos sobre a Educação Infantil na perspectiva da 
BNCC, porque a creche está ligada intrinsicamente a esse contexto. 
A expressão educação “pré-escolar”, utilizada no Brasil até a década de 1980, 
expressava o entendimento de que a Educação Infantil era uma etapa anterior, 
independente e preparatória para a escolarização, que só teria seu começo no 
Ensino Fundamental. Situava-se, portanto, fora da educação formal. 
Com a Constituição Federal de 1988, o atendimento em creche e pré-escola 
às crianças de zero a seis anos de idade tornou-se dever do Estado. 
Posteriormente, com a promulgação da LDB, em 1996, a Educação Infantil passa a 
 
 
 
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 Assistente de creche 
ser parte integrante da Educação Básica, situando-se no mesmo patamar que o 
Ensino Fundamental e o Ensino Médio. E a partir da modificação introduzida na LDB 
em 2006, que antecipou o acesso ao Ensino Fundamental para os 6 anos de idade, 
a Educação Infantil passa a atender a faixa etária de zero a 5 anos. 
A BNCC detalha as aprendizagens essenciais e serem garantidas em cada 
etapa da Educação Básica. 
Para pensar a Educação Infantil não se pode opor experiência e sentido, nem 
teoria e prática. Devemos privilegiar e fomentar o saber da experiência: o 
experimentar, o ensaiar, o tentar e o transformar, entre outras ações relacionadas ao 
fazer. O conhecimento tido como teórico deve ser aliado à experiência, e as crianças 
devem ser formadas para dar significado a essas ações, refletindo de maneira crítica 
sobre elas. Um bom exemplo dessa introdução é imaginar a presença de uma 
formiga no chão do pátio: as crianças vão mexer, apertar, pisar e interagir, mas a 
educação só se efetiva quando elas são chamadas a refletir sobre suas ações pela 
mediação do professor, o qual as instrui a respeitar o animal que ali está. 
A BNCC organiza as aprendizagens em torno de Campos de Experiências. 
Essa proposta curricular permite o protagonismo da criança na construção do 
conhecimento ao orientar experimentações e experiências, habilidades e 
competências, e não conteúdos e informações. 
Na Educação Infantil, as aprendizagens essenciais compreendem tanto 
comportamentos, habilidades e conhecimentos quanto vivências que 
promovem aprendizagem e desenvolvimento nos diversos campos de 
experiências, sempre tomando as interações e a brincadeira como eixos 
estruturantes. Essas aprendizagens, portanto, constituem-se como objetivos 
de aprendizagem e desenvolvimento. (BRASIL, 2018, p. 42) 
O trabalho, através dos campos de experiências, necessita de um olhar 
atento às construções infantis, às necessidades específicas dos bebês, das crianças 
bem pequenas e das crianças pequenas e das oportunidades que as creches ou a 
pré-escola podem criar. O ideal é que a passagem pela educação infantil possa 
levar as crianças além do cotidiano, e que possa contribuir para a construção de 
mundos imaginários e de realidades possíveis, ampliando as experiências culturais 
das crianças. 
 
 
 
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 Assistente de creche 
O professor pode explorar ambientes reais que permitam experiências 
complexas às crianças, que não se encerram em um só campo, mas que promovam 
relações entre os cinco Campos de Experiências. Um exemplo é o de pais e 
professores prepararem um álbum de bebê para acompanhar e registrar as 
aprendizagens e o desenvolvimento da criança com fotos de situações da creche e 
fora dela. Aproveitar situações do cotidiano e criar proposições desafiadoras. 
Na Educação Infantil, são definidos objetivos de aprendizagem e 
desenvolvimento organizados em três grupos, por faixa etária, a fim de que sejam 
garantidos os direitos de aprendizagem e desenvolvimento a todas as crianças 
dessa etapa. 
São seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento: 
• Conviver com outras crianças e adultos, em pequenos e grandes grupos, 
utilizando diferentes linguagens, ampliando o conhecimento de si e do outro, o 
respeito em relação à cultura e às diferenças entre as pessoas; 
• Brincar cotidianamente de diversas formas, em diferentes espaços e 
tempos, com diferentes parceiros (crianças e adultos), ampliando e 
diversificando seu acesso a produções culturais, seus conhecimentos, sua 
imaginação, sua criatividade, suas experiências emocionais, corporais, 
sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e relacionais; 
• Participar ativamente, com adultos e outras crianças, tanto do 
planejamento da gestão da escola e das atividades propostas pelo educador, 
quanto da realização das atividades da vida cotidiana, tais como a escolha 
das brincadeiras, dos materiais e dos ambientes, desenvolvendo diferentes 
linguagens e elaborando conhecimentos, decidindo e se posicionando; 
• Explorar movimentos, gestos, sons, formas, texturas, cores, palavras, 
emoções, transformações, relacionamentos, histórias, objetos, elementos da 
natureza, na escola e fora dela, ampliando seus saberes sobre a cultura, em 
suas diversas modalidades: nas artes, na escrita,na ciência e na tecnologia; 
• Expressar, como sujeito dialógico, criativo e sensível, suas necessidades, 
emoções, sentimentos, dúvidas, hipóteses, descobertas, opiniões e 
questionamentos, por meio de diferentes linguagens; 
• Conhecer-se e construir sua identidade pessoal, social e cultural, 
constituindo uma imagem positiva de si e de seus grupos de pertencimento, 
nas diversas experiências de cuidados, interações, brincadeiras e linguagens 
vivenciadas na instituição escolar e em seu contexto familiar e comunitário. 
 
 
 
A intencionalidade educativa às práticas pedagógicas na Educação Infantil, 
tanto na creche quanto na pré-escola, são fundamentais. 
 
 
 
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3.1 Campos de experiência 
Há cinco campos nos quais as crianças podem aprender e se desenvolver: 
3.1.1 O eu, o outro e o nós (EO) 
É na interação com os pares e com adultos que as crianças vão constituindo 
um modo próprio de agir, sentir e pensar e vão descobrindo que existem outros 
modos de vida, pessoas diferentes, com outros pontos de vista. Conforme vivem 
suas primeiras experiências sociais (na família, na instituição escolar, na 
coletividade), constroem percepções e questionamentos sobre si e sobre os outros, 
diferenciando-se e, simultaneamente, identificando-se como seres individuais e 
sociais. Ao mesmo tempo, que participam de relações sociais e de cuidados 
pessoais, as crianças constroem sua autonomia e senso de autocuidado, de 
reciprocidade e de interdependência com o meio. Por sua vez, na Educação Infantil, 
é preciso criar oportunidades para que as crianças entrem em contato com outros 
grupos sociais e culturais, outros modos de vida, diferentes atitudes, técnicas e 
rituais de cuidados pessoais e do grupo, costumes, celebrações e narrativas. 
Nessas experiências, elas podem ampliar o modo de perceber a si mesmas e ao 
outro, valorizar sua identidade, respeitar os outros e reconhecer as diferenças que 
nos constituem como seres humanos. 
3.1.2 Corpo, gestos e movimentos (CG) 
Com o corpo (por meio dos sentidos, gestos, movimentos impulsivos ou 
intencionais, coordenados ou espontâneos), as crianças, desde cedo, exploram o 
mundo, o espaço e os objetos do seu entorno, estabelecem relações, expressam-se, 
brincam e produzem conhecimentos sobre si, sobre o outro, sobre o universo social 
e cultural, tornando-se, progressivamente, conscientes dessa corporeidade. Por 
meio das diferentes linguagens, como a música, a dança, o teatro, as brincadeiras 
de faz de conta, elas se comunicam e se expressam no entrelaçamento entre corpo, 
emoção e linguagem. As crianças conhecem e reconhecem as sensações e as 
funções de seu corpo e, com seus gestos e movimentos, identificam suas 
potencialidades e seus limites, desenvolvendo, ao mesmo tempo, a consciência 
sobre o que é seguro, e o que pode ser um risco à sua integridade física. Na 
Educação Infantil, o corpo das crianças ganha centralidade, pois ele é o partícipe 
 
 
 
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privilegiado das práticas pedagógicas de cuidado físico, orientadas para a 
emancipação e a liberdade, e não para a submissão. Assim, a instituição escolar 
precisa promover oportunidades ricas para que as crianças possam explorar e 
vivenciar um amplo repertório de movimentos, gestos, olhares, sons e mímicas com 
o corpo, para descobrir variados modos de ocupação e uso do espaço com ele (tais 
como sentar com apoio, rastejar, engatinhar, escorregar, caminhar apoiando-se em 
berços, mesas e cordas, saltar, escalar, equilibrar-se, correr, dar cambalhotas, 
alongar-se etc.), sempre animadas pelo espírito lúdico e na interação com seus 
pares. 
3.1.3 Traços, sons, cores e formas (TS) 
Conviver com diferentes manifestações artísticas, culturais e científicas, locais 
e universais, no cotidiano da instituição escolar, possibilita às crianças, por meio de 
experiências diversificadas, vivenciar diversas formas de expressão e linguagens, 
como as artes visuais (pintura, modelagem, colagem, fotografia etc.), a música, o 
teatro, a dança e o audiovisual, entre outras. Com base nessas experiências, elas se 
expressam por várias linguagens, criando suas próprias produções artísticas ou 
culturais, exercitando a autoria (coletiva e individual) com sons, traços, gestos, 
danças, mímicas, encenações, canções, desenhos, modelagens, manipulação de 
diversos materiais e de recursos tecnológicos. Essas experiências contribuem para 
que, desde muito pequenas, as crianças desenvolvam senso estético e crítico, o 
conhecimento de si mesmas, dos outros e da realidade que as cerca. Portanto, a 
Educação Infantil precisa promover a participação das crianças em tempos e 
espaços para a produção, manifestação e apreciação artística, de modo a favorecer 
o desenvolvimento da sensibilidade, da criatividade e da expressão pessoal das 
crianças, permitindo que se apropriem e reconfigurem, permanentemente, a cultura 
e potencializem suas singularidades, ao ampliar repertórios e interpretar suas 
experiências e vivências artísticas. 
3.1.4 Escuta, fala, pensamento e imaginação (EF) 
Desde o nascimento, as crianças participam de situações comunicativas 
cotidianas com as pessoas com as quais interagem. As primeiras formas de 
interação do bebê são os movimentos do seu corpo, o olhar, a postura corporal, o 
 
 
 
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 Assistente de creche 
sorriso, o choro e outros recursos vocais que ganham sentido com a interpretação 
do outro. Progressivamente, as crianças vão ampliando e enriquecendo seu 
vocabulário e demais recursos de expressão e de compreensão, apropriando-se da 
língua materna, que se torna, pouco a pouco, seu veículo privilegiado de interação. 
Na Educação Infantil, é importante promover experiências nas quais as 
crianças possam falar e ouvir, potencializando sua participação na cultura oral, pois 
é na escuta de histórias, na participação em conversas, nas descrições, nas 
narrativas elaboradas individualmente ou em grupo e nas implicações com as 
múltiplas linguagens que a criança se constitui ativamente como sujeito singular e 
pertencente a um grupo social. 
Desde cedo, a criança manifesta curiosidade com relação à cultura escrita: ao 
ouvir e acompanhar a leitura de textos e ao observar os muitos textos que circulam 
no contexto familiar, comunitário e escolar. Ela vai construindo sua concepção de 
língua escrita, reconhecendo diferentes usos sociais da escrita, dos gêneros, 
suportes e portadores. Na Educação Infantil, a imersão na cultura escrita deve partir 
do que as crianças conhecem e das curiosidades que deixam transparecer. As 
experiências com a literatura infantil, propostas pelo educador, mediador entre os 
textos e as crianças, contribuem para o desenvolvimento do gosto pela leitura, do 
estímulo à imaginação e da ampliação do conhecimento de mundo. Além disso, o 
contato com histórias, contos, fábulas, poemas, cordéis etc. propicia a familiaridade 
com livros, com diferentes gêneros literários, a diferenciação entre ilustrações e 
escrita, a aprendizagem da direção da escrita e as formas corretas de manipulação 
de livros. Nesse convívio com textos escritos, as crianças vão construindo hipóteses 
sobre a escrita que se revelam, inicialmente, em rabiscos e garatujas e, à medida 
que vão conhecendo letras, em escritas espontâneas, não convencionais, mas já 
indicativas da compreensão da escrita como sistema de representação da língua. 
3.1.5 Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações (ET) 
As crianças vivem inseridas em espaços e tempos de diferentes dimensões, 
em um mundo constituído de fenômenos naturais e socioculturais. Desde muito 
pequenas, elas procuram se situar em diversos espaços (rua, bairro, cidade etc.) e 
tempos (dia e noite; hoje,ontem e amanhã etc.). Demonstram também curiosidade 
 
 
 
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sobre o mundo físico (seu próprio corpo, os fenômenos atmosféricos, os animais, as 
plantas, as transformações da natureza, os diferentes tipos de materiais e as 
possibilidades de sua manipulação etc.) e o mundo sociocultural (as relações de 
parentesco e sociais entre as pessoas que conhece; como vivem e em que 
trabalham essas pessoas; quais suas tradições e seus costumes; a diversidade 
entre elas etc.). Além disso, nessas experiências e em muitas outras, as crianças 
também se deparam, frequentemente, com conhecimentos matemáticos (contagem, 
ordenação, relações entre quantidades, dimensões, medidas, comparação de pesos 
e de comprimentos, avaliação de distâncias, reconhecimento de formas 
geométricas, conhecimento e reconhecimento de numerais cardinais e ordinais etc.) 
que igualmente aguçam a curiosidade. 
Portanto, a Educação Infantil precisa promover experiências nas quais as 
crianças possam fazer observações, manipular objetos, investigar e explorar seu 
entorno, levantar hipóteses e consultar fontes de informação para buscar respostas 
às suas curiosidades e indagações. Assim, a instituição escolar está criando 
oportunidades para que as crianças ampliem seus conhecimentos do mundo físico e 
sociocultural e possam utilizá-los em seu cotidiano. 
3.2 Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento 
Os objetivos são organizados por faixa etária para cada campo de 
experiência. 
a) Bebês – de zero a um ano e seis meses (creche); 
b) Crianças bem pequenas – de um ano e sete meses a três anos e onze 
meses (creche); 
c) Crianças pequenas – de quatro anos a cinco anos e onze meses. (pré-
escola) 
Para facilitar a compreensão dos objetivos de aprendizagem, logo abaixo há 
um exemplo de um campo de experiência2 e sua organização de acordo com a faixa 
etária. 
 
2 Para saber mais sobre os objetivos de aprendizagem e campos de experiência, sugerimos que 
procure na nossa plataforma o material sobre a BNCC na educação infantil e fundamental anos 
iniciais. 
 
 
 
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3.2.1 Campo de experiência “O EU, O OUTRO E O NÓS” 
Bebês (0 a 1 ano e 
6 meses) 
Crianças bem pequenas (1 
ano e 7 meses a 3 anos e 
11 meses) 
Crianças pequenas (4 anos 
a 5 anos e 11 meses) 
(EI01EO06) 
Interagir com outras crianças 
da mesma faixa etária e com 
adultos, adaptando-se ao 
convívio social. 
(EI02EO06) 
Respeitar regras básicas de 
convívio social nas interações 
e brincadeiras. 
(EI03EO06) 
Manifestar interesse e 
respeito por diferentes 
culturas e modos de vida. 
 
(EI02EO07) 
Resolver conflitos nas 
interações e brincadeiras, 
com a orientação de um 
adulto. 
(EI03EO07) 
Usar estratégias pautadas no 
respeito mútuo para lidar com 
conflitos nas interações com 
crianças e adultos. 
4 A EDUCAÇÃO INFANTIL NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA 
Como primeira etapa da Educação Básica, a Educação Infantil é o início e o 
fundamento do processo educacional. A entrada na creche ou na pré-escola 
significa, na maioria das vezes, a primeira separação das crianças dos seus vínculos 
afetivos familiares para se incorporarem a uma situação de socialização estruturada. 
Nas últimas décadas, vem se consolidando, na Educação Infantil, a 
concepção que vincula educar e cuidar, entendendo o cuidado como algo 
indissociável do processo educativo. Nesse contexto, as creches e pré-escolas, ao 
acolher as vivências e os conhecimentos construídos pelas crianças no ambiente da 
família e no contexto de sua comunidade, e articulá-los em suas propostas 
pedagógicas, têm o objetivo de ampliar o universo de experiências, conhecimentos e 
habilidades dessas crianças, diversificando e consolidando novas aprendizagens, 
atuando de maneira complementar com a educação familiar – especialmente 
quando se trata da educação dos bebês e das crianças bem pequenas, que envolve 
aprendizagens muito próximas aos dois contextos (familiar e escolar), como a 
socialização, a autonomia e a comunicação. 
Nessa direção, e para potencializar as aprendizagens e o desenvolvimento 
das crianças, a prática do diálogo e o compartilhamento de responsabilidades entre 
a instituição de Educação Infantil e a família são essenciais. Além disso, a instituição 
precisa conhecer e trabalhar com as culturas plurais, dialogando com a 
riqueza/diversidade cultural das famílias e da comunidade. 
 
 
 
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Tendo em vista os eixos estruturantes das práticas pedagógicas e as 
competências gerais da Educação Básica propostas pela BNCC, seis direitos de 
aprendizagem e desenvolvimento asseguram, na Educação Infantil, as condições 
para que as crianças aprendam em situações nas quais possam desempenhar um 
papel ativo em ambientes que as convidem a vivenciar desafios e a sentirem-se 
provocadas a resolvê-los, nas quais possam construir significados sobre si, os 
outros e o mundo social e natural. 
 
 
 
5 PARECER DO CONSELHO NACIONAL E MAIS 
O Parecer do Conselho Nacional de Educação nº 7/2011, estabelece em 
seu artigo 5º: 
Art. 5º A Educação Infantil, primeira etapa da Educação Básica, é oferecida 
em creches e pré-escolas, as quais se caracterizam como espaços 
institucionais, não domésticos, que constituem estabelecimentos 
educacionais públicos ou privados que educam e cuidam de crianças de 0 a 
5 anos de idade no período diurno, em jornada integral ou parcial, regulados 
e supervisionados por órgão competente do sistema de ensino e 
submetidos a controle social. 
A Lei de Diretrizes e Bases (LDB – 9.394/96) é muito clara quando diz que a 
formação do educador da educação infantil deve ser "em nível superior, admitindo-
se, como formação mínima, a oferecida em nível médio, na modalidade normal". 
Além disso, pela legislação educacional, a relação professor/aluno exige do docente 
uma qualificação mínima, sem a qual não se pode reconhecer como atividade formal 
de ensino. 
Assim, não se permite repassar parte da tarefa pedagógica para agentes não 
qualificados. No entanto, vários municípios tem adotado a prática de contratação de 
pessoas sem habilitação mínima exigida para atuar com essa faixa etária atendida 
nas instituições infantis, com editais lançando os cargos de auxiliar de creche, 
recreador, monitor etc., para os quais não é necessário o pagamento do piso salarial 
do magistério. Alguns especialistas de entidades ligadas à área da educação 
sugerem que a prática vem ocorrendo em muitos municípios do país, com o objetivo 
A Escola Democrática é um tipo de escola onde os processos de ensino-aprendizagem têm por 
princípio a participação das crianças como protagonistas na busca pelo conhecimento e dos 
educadores como facilitadores e inspiradores dessa busca. 
 
 
 
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de baratear os custos para possibilitar a expansão da oferta de vagas dessa etapa 
de ensino, assim, não pagam o piso salarial nacional do professor, não dispensam 
para atividades extraclasses, não oferecem carreiras e, ainda, não exigem formação 
pedagógica do profissional. 
De acordo com Camila F. Moreira, cabe ressaltar que o papel do “auxiliar” 
deve ser o de apoiar/auxiliar o professor com o cuidado dos materiais pedagógicos; 
observar a manutenção dos equipamentos; ser responsável pela limpeza de 
brinquedos e equipamentos; participar dos cuidados relacionados à alimentação, 
higiene educação, cultura, motricidade; ajudar as crianças nas refeições e participar 
de todas as atividades propostas pela escola. 
Desde a edição da Lei de Diretrizes e Bases da Educação – Lei nº 9.394/96, 
não há mais que se falar em creches, maternais, pré-escolas, ou qualquer instituição 
voltadaà educação infantil em que prevaleça o mero assistencialismo, a simples 
recreação ou cuidado de crianças. As instituições de educação infantil - definidas 
como creches, quando voltadas às crianças de zero a três anos e como pré-escola, 
se direcionadas à faixa dos quatro aos seis anos - integram os sistemas de 
educação, o que se dá mediante o credenciamento concedido pelos Conselhos 
Municipais de Educação, onde houver, ou, se não, pelos Conselhos Estaduais. 
Dessa forma, essas distorções, em sua maioria, são resultado da falta de 
compreensão da própria sociedade a respeito dessa etapa de ensino, e são 
acatadas pelo poder público. Ao invés de as unidades educacionais infantis serem 
vistas como o primeiro espaço de socialização pública das crianças, elas ainda são 
encaradas como “hoteizinhos”, o que favorece o mau hábito do poder público em 
contratar profissionais sem qualificação, já que o que as famílias demandam que 
precisam de um lugar para deixar as suas crianças. 
Camila F. Moreira, Especialista em Gestão Estratégica de Pessoas pela 
Faculdade Estácio de Sá, Pedagoga com habilitação em Gestão Escolar pela UFES, 
entusiasta do Direito Educacional e estudiosa das políticas públicas na educação. 
Prestando assessoria ao Ministério Público do Estado do ES desde 2008. 
 
 
 
 
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As crianças em idade entre 1 e 5 anos, precisam de estímulos para 
aprenderem mais e melhor, serem instruídas corretamente na educação e respeito 
e, claro, se divertirem muito, brincarem e serem o que elas são, crianças. 
Em creches pelo país todo, pais vão trabalhar enquanto seus filhos passam 
um dia cheio de brincadeiras e aprendizado, e a Assistente de Creche tem papel 
fundamental nesse processo, ajudando professores e contribuindo para a educação 
e crescimento dos pequenos para o futuro. 
6 OPORTUNIDADE DE PRIMEIRO EMPREGO 
Assistente de creche é um dos primeiros empregos que muitos jovens optam, 
ou por ser uma porta para áreas do magistério, como também uma forma de 
começar sua vida profissional. 
Segundo o site Vagas, 12% dos profissionais que trabalham nessa área, 
começam antes como auxiliar administrativo e 6% se tornam professores, buscando 
se especializar em educação infanto-juvenil. 
7 O INÍCIO ANTES DA DOCÊNCIA INFANTIL 
Como foi dito, o Assistente de Creche em grande parte, busca essa 
oportunidade para conseguir depois entrar no mercado de trabalho como professor. 
Para isso, ele primeiro conhece como funciona o mercado e a área e em caso 
positivo, busca cursos na área como formação acadêmica em Pedagogia. 
 
https://br.jooble.org/vagas-de-emprego-professor-de-educa%C3%A7%C3%A3o-infantil
https://www.vagas.com.br/cargo/auxiliar-de-creche
 
 
 
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8 SALÁRIO MÉDIO 
De acordo com o site salário (www.salario.com.br), a média salarial do 
profissional Assistente de Creche é de R$ 1.419,83 no mercado de trabalho 
brasileiro para uma jornada de trabalho de 41 horas semanais de acordo com 
pesquisa. Sendo que R$ 1.295,86 é a média do piso salarial 2021 de acordos, 
convenções coletivas e dissídios levando em contas profissionais com carteira 
assinada, em regime CLT, de todo o Brasil, e o teto podendo até chegar a R$ 
2.478,46, a depender da região. 
Quanto mais experiência e qualificação, maiores chances de crescimento na 
área e consequentemente oportunidades e recompensas melhores. 
9 PERFIL DO ASSISTENTE DE CRECHE 
O profissional da área precisa ser atencioso, cuidadoso e gostar de crianças. 
Precisa ter também aptidão para projetos e atividades recreativas e educacionais e 
paciência para lidar com situações comuns de crianças pequenas, como choro 
constante, por exemplo. Deve ser uma pessoa comunicativa e que goste de interagir 
socialmente, que seja ativo e divertido e crie um relacionamento saudável e tranquilo 
com as crianças. O Assistente de Creche deve ter como meta ser um modelo a ser 
seguido pelos pequenos e um profissional responsável. 
Quem trabalha na área de creche e escolas de ensino infantil, sabe que 
apenas ter o perfil e conhecimento superficial de como um auxiliar de creche 
trabalha não é o ideal. É preciso ter conhecimento para ser reconhecido no 
mercado, ganhar mais experiência, oportunidades melhores e salários mais 
atraentes. 
http://www.salario.com.br/
 
 
 
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 Assistente de creche 
 
10 DICAS PARA TER UM DESEMPENHO COMO ASSISTENTE DE CRECHE 
É interessante saber com a coordenação da escola, ou mesmo com a 
professora, qual a sua função naquele lugar como assistente, o diálogo é 
fundamental dentro desse ambiente de trabalho. Nunca “competir” com a professora, 
mas trabalhar em conjunto e em concordância com ela e, sempre que tiver dúvidas 
ou se sentir insegura, pergunte. Caso cometa algum erro, peça desculpas e se 
esforce para acertar da próxima vez. 
Também é importante demonstrar espírito de equipe, oferecendo sua 
cooperação no que for necessário, buscando o sucesso do grupo e não apenas o 
seu. Ainda que não seja convocado, se prontifique a participar das reuniões 
pedagógicas e dos estudos de equipe. Tenha atitude, seja receptiva, carinhosa, 
usando uma linguagem simples, mas que demonstre firmeza. 
Com relação aos pequeninos, não grite e nem as pegue bruscamente pelo 
braço. E Nunca prometa nada que não possas cumprir. As crianças estão sempre 
observando suas atitudes e palavras, espere das crianças o que você as demonstra. 
É fundamental usar sempre as expressões bom dia, boa tarde, com licença, 
por favor, obrigada(o), até amanhã, bom final de semana. Cordialidade, gentileza, 
calma são sempre bem-vindos. 
Aprenda o nome das crianças (como os das suas mães) o mais rápido 
possível e chame-as pelo nome, ensine-as também a chamá-la pelo o seu. 
 
 
 
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Sempre faça seu trabalho bem feito e com responsabilidade. Estabeleça um 
padrão de qualidade mesmo para as coisas pequenas, por exemplo, colar ou 
escrever um recado na agenda. 
Cuide da sua aparência, mantenha seu uniforme sempre limpo e alinhado, 
cabelos organizados. A higiene é um fator muito importante, sempre lavar as mãos 
antes e após as trocas de fraldas dos bebês. 
Não tenha receio de expor sua opinião e sempre que possível dê sugestões 
para melhorar o trabalho da sala de aula e da escola. 
 
11 SUGESTÕES DE ATIVIDADES LÚDICAS, DE 
HISTÓRIAS E MÚSICAS 
11.1 Músicas 
Ao aproximar o horário das principais refeições, é interessante estimular as 
crianças com músicas que façam parte do contexto da alimentação, para servir de 
estímulo. 
 
Música: Sopa (Palavra Cantada) 
O que que tem na sopa do 
Neném? 
O que é que tem na sopa do neném? 
Será que tem espinafre? 
Será que tem tomate? 
Será que tem feijão? 
Será que tem agrião? 
É um, é dois, é três 
O que que tem na sopa do neném 
O que que tem na sopa do neném? Será que tem farinha? 
Será que tem balinha!? 
Será que tem macarrão? 
Será que tem caminhão?! 
É um, é dois, é três 
 
11.2 Contação de histórias 
 
 
 
 
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É fundamental tirar um momento para a contação de histórias. Pode ser antes 
da soneca, ou para acalmá-los em um momento de agitação e, principalmente, pelo 
o prazer de ler. 
As crianças adoram que lhes contem histórias porque, através delas, podem 
fazer voar a imaginação, tornar realidade as suas fantasias e viajar para mundos e 
lugares que jamais pensaram existir. Através dos contos infantis, os menores 
adquirem conceitos importantíssimos sobre a vida e as emoções que nos definem 
como seres humanos: o medo, a angústia, a generosidade, o amor, a vingança ou a 
ambição.Todos eles conceitos presentes nas histórias que a humanidade vem 
contando desde o princípio dos tempos. 
 
11.3 Atividades lúdicas 
 
 
11.3.1 Pintura 
A pintura é uma atividade lúdica bastante completa. 
Por meio dela, a criança pode desenvolver tanto a 
 
 
 
 
 
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coordenação motora quanto a criatividade, afinal, “fazer arte” é uma das coisas que 
os pequenos mais gostam. 
Outro ponto que merece destaque é a quantidade de materiais diferentes que 
podem ser utilizados, permitindo que o exercício nunca seja repetitivo. Tinta guache, 
lápis de cor e giz de cera: tudo isso pode ser usado para estimular o aprendizado 
das crianças. 
Uma ação interessante é a pintura de sopro, por exemplo. Os participantes 
devem fazer um desenho assoprando a tinta por meio de um canudinho – a bagunça 
e o aprendizado estão garantidos! 
É bom lembrar que a prática da pintura exige um preparo do espaço para 
acontecer da melhor maneira possível. Propor exercícios que envolvam a liberdade 
criativa das crianças cerceando-as quanto a manchas nas mesas e no chão, por 
exemplo, pode limitar o retorno dessas atividades. Assim, escolha um local 
apropriado para essa finalidade e adapte-o, tendo em mente que a sujeira faz parte 
do processo. 
11.3.2 Jogos de tabuleiro 
Assim como a criatividade e a imaginação, o desenvolvimento do raciocínio 
lógico é essencial para que o indivíduo se sinta completo, os jogos de tabuleiro 
desafiam a capacidade de síntese e organização, fazendo com que o cérebro se 
desenvolva para abarcar toda a experiência de funcionamento daquilo que se coloca 
no entorno. 
Eles podem ser também grandes aliados do ensino das ciências exatas. Com 
o cérebro sendo desafiado, desde a mais tenra idade, a criança se acostuma com a 
resolução de problemas e os exercícios matemáticos, entre outras atividades 
igualmente desafiadoras. 
11.3.3 Oficinas 
As oficinas lúdicas podem unir brincadeira, criatividade e exploração em uma 
atividade só. Além disso, permitem que as crianças, desde mais novas, interajam e 
aprendam com os adultos – o que fortalece as trocas afetivas e o desenvolvimento 
intelectual. 
 
 
 
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Esse trabalho permite mobilizar diversos assuntos em pouco tempo de ação, 
por isso é bastante estimulante para aqueles que participam. A oficina pode 
envolver, por exemplo, objetos que são usados no dia a dia, a produção de tinta ou 
massa de modelar com alimentos, como gelatinas e legumes, ou mesmo um contato 
maior com coisas simples, como terra, água ou areia. 
11.3.4 Circuitos lúdicos 
Um circuito de atividades lúdicas promove diversas experiências distintas em 
um mesmo dia de brincadeiras. As crianças podem explorar espaços novos e 
conhecer seu próprio corpo e suas limitações. Além disso, o circuito lúdico com 
atividades variadas ajuda no desenvolvimento cognitivo, psicomotor, social e afetivo. 
O principal ponto da elaboração de um circuito lúdico é oferecer às crianças 
atividades em espaços externos, de preferência, a fim de promover o 
desenvolvimento de movimentos, equilíbrio, resistência, flexibilidade e muitos outros 
pontos. Quando o circuito é realizado com um grande grupo de crianças, o espírito 
de equipe proporciona a aceitação de todas. 
11.3.5 Gincanas 
Assim como os circuitos lúdicos, as gincanas podem estimular diversas 
aprendizagens enquanto as crianças brincam e se divertem. 
Para evitar a dispersão dos pequenos – muito comum quando eles estão 
organizados em grupos grandes – é recomendável que as gincanas sejam 
compostas por provas simples e dinâmicas, o que garante que elas sejam cumpridas 
rapidamente. 
Elas podem ser realizadas na escola ou em casa, junto 
aos familiares, e podem ser compostas de brincadeiras antigas. 
Esse resgate recupera o tempo que as crianças em geral 
dedicam a aparelhos eletrônicos e os substituem por atividades 
em grupo. 
Algumas sugestões de atividades simples para compor 
as gincanas são: pé de lata (quando as crianças andam sobre 
 
 
 
 
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latas amarradas com barbantes), “corrida de tinta” 
ou do “algodão assoprado por canudo”, “rosquear 
tampas de diferentes embalagens”, “pescaria de 
cubos de gelo” e muito mais. 
O trabalho do educador em jogos como esse 
é o de ressaltar qualidades como espírito de equipe 
e criar expedientes educativos para evitar que a 
competitividade excessiva tome conta das crianças. 
11.3.6 Brincadeiras 
As brincadeiras são uma ótima escolha para ensinar as crianças de maneira 
mais divertida. São justamente as atitudes mais simples que transmitem lições, 
como esperar a vez para jogar, respeitar as 
regras ou saber lidar com a frustração de uma 
eventual derrota. 
Além disso, as brincadeiras como pique-
esconde ou de adivinhação estimulam o 
pensamento rápido, a atenção e a concentração. 
Elas ainda ajudam no desenvolvimento da autoestima dos pequenos e 
incentivam a construção de emoções e pensamentos novos, mas é sempre 
importante observar o comportamento de cada um, de forma a reparar se todos 
estão se divertindo e aprendendo enquanto brincam. 
11.3.7 Fantoches 
Um teatro de fantoches com contação de histórias estimula a construção da 
identidade de cada criança a partir do momento em que ela pode experimentar 
diversos personagens, com emoções e vidas diferentes. Os bonecos, inclusive, 
funcionam como uma válvula de escape para o que cada um pode estar sentindo 
naquele momento. 
Em outras palavras, assim como acontece nas aulas de teatro, as histórias 
contadas com bonecos servem para propósitos distintos: um exercício criativo de 
criar a partir das realidades vividas por cada aluno e uma forma de extravasar 
 
 
 
 
 
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problemas individuais, revelando aspectos importantes da psicologia de cada 
estudante. 
Além disso, os fantoches podem ser criados pelas próprias crianças com 
materiais baratos ou reciclados, o que também incentiva os debates sobre o tema da 
sustentabilidade. Os bonecos podem usados nas aulas tradicionais da educação 
infantil, de forma a fixar conceitos aprendidos na sala de aula, como amizade e 
solidariedade. 
11.3.8 Quebra-cabeças 
Montar uma imagem com peças 
soltas e dispostas aleatoriamente é um 
excelente exercício lógico e imagético. Ao 
contrário do que podem parecer, os quebra-cabeças não se destinam apenas a 
crianças mais novas. 
Existem modelos com grande número de peças, que podem levar dias para 
serem montados. Há, ainda, variações desse jogo que misturam diferentes 
propostas, como peças presas em estruturas de madeira e que devem ser movidas 
para formar a imagem. 
Os quebra-cabeças estimulam a paciência, a 
articulação lógica e os atributos visuais das crianças. É, em 
todos os sentidos, um estímulo aos atributos intelectuais, 
sobretudo dos estudantes menores. 
Além disso, eles treinam a capacidade de 
concentração, a noção de espaço e desenvolvem física e 
neurologicamente as crianças. Suas habilidades 
psicomotoras e a percepção visual também são treinadas. 
11.3.9 Massinha 
Brincar de massinha também ajuda no desenvolvimento intelectual, gerando 
maior capacidade criativa. A massinha é naturalmente atrativa para as crianças e 
uma das atividades que mais conseguem mantê-las entretidas. Embora também 
 
 
 
 
 
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demandem o preparo do local para sua utilização, elas são diferentes da prática da 
pintura, que gera muita sujeira. 
O educador pode incluir a massinha em aulas de outras disciplinas que não a 
de Artes, estimulando as crianças a criarem relevos paraa aula de Geografia ou 
estruturas de insetos e outros bichos estudados na Biologia. 
 
11.3.10 Mímica 
Dependendo da idade, imitar é 
algo natural para as crianças. Em 
brincadeiras de mímica, no entanto, é 
necessário apurar os gestos e ter o 
cuidado de transmitir uma intenção a 
quem deve adivinhar o que se está 
imitando. 
A descrição das atividades por quem vai adivinhar também deve ser apurada, 
melhorando o uso da linguagem. 
Estimular a expressão corporal é algo inestimável para as crianças, uma vez 
que as ajuda a compreender e aceitar o próprio corpo, assim como entendê-lo como 
um recurso expressivo poderoso. 
Essa atividade, além de prazerosa e divertida para os pequenos, ajuda a 
acabar com a timidez e amplia os horizontes da comunicação interpessoal. Os 
gestos também são ótimas maneiras de melhorar a coordenação motora. 
As atividades lúdicas para crianças e adolescentes são uma forma divertida 
de exposição ao conhecimento. Ao ter contato com esse tipo diferenciado de 
processo de ensino, a criança aprende sem o peso emocional de saber que está 
sendo avaliada. 
Dessa forma, toda a pressão que incide sobre os métodos tradicionais de 
ensino-aprendizagem cessam, e passa a ser construída uma atmosfera de saber 
calcada sobre um ambiente de calma e segurança. 
 
 
 
 
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12 CONCLUSÃO 
A profissão de Assistente de Creche ainda não é tão reconhecida como 
deveria ser. Mas aos poucos, ela vem ganhando espaço e o mérito devido. Hoje se 
fala de piso e teto salarial para esses profissionais, apesar de ainda não ser 
cumprido e regulamentado em todo o país, houve um avanço nos direitos 
conquistados. 
Outro avanço foram os cursos de formação nessa área, desde os oferecidos 
remotamente, como também, pelas prefeituras de alguns municípios. 
O profissional de Assistente de Creche bem capacitado é, sem dúvida 
alguma, essencial dentro de creches e escolas espalhadas pelo Brasil, pois é ele 
que cuida diretamente dos bebês e crianças, contribuindo com uma formação 
educacional de qualidade. 
Sucesso! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
ACADEMIA, Colégio. Conheça 10 atividades lúdicas para crianças e sua 
importância. 19/03/2020. Disponível em; < 
https://blog.academia.com.br/atividades-ludicas-para-criancas/> Acesso em: 
12/01/2021. 
 
ADORNI, Dulcinéia da Silva. A creche e o direito à educação das crianças de 0 a 
6 anos: de agência de guarda a espaço educacional. Faculdades Integradas 
FAFIBE. (artigo on-line) Disponível em: 
<http://www.unifafibe.com.br/revistasonline/arquivos/revistafafibeonline/sumario/9/18
052011155146.pdf> Acesso em: 10/12/2020. 
 
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