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AD2 parte B

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Universidade Federal Fluminense (UFF) 
Curso de Administração Pública 
Atividade 2 parte B
Valquíria Aparecida da Cunha 
Polo de Educação Superior Professor Darci Ribeiro Cederj – Volta Redonda – 29/05/2021
Matrícula: 20113110384 
7 – A INFLAÇÃO NA ECONOMIA BRASILEIRA 
O presente trabalho faz um viajem na história dos governos passados, para que possamos
entender a trajetória da inflação. Nos apresenta o conceito básicos de inflação, o que foi a inflação
inercial e a metodologia de construção dos IPC´s (índices de preços ao consumidor). Ilustra os prin-
cipais índices existentes atualmente que são o IPCA, INPC, do IGP (composto pelo IPA, IPC e
INCC), do CUB, do IPC-Fipe e do ICV-Dieese para mensurar as taxas de inflação mensalmente no
país. A economia do nosso país, ao adentrar os ditames do capitalismo industrial e financeiro, pas-
sou a conviver com as contradições de um país economicamente dependente que deveria encontrar
soluções para valorizar sua moeda e desenvolver sua economia. Promover o desenvolvimento exi-
gia dos nossos governos a contração de empréstimos que deixou o país endividado. A desvaloriza-
ção da moeda só aumentava, para conter o caos da inflação houve criação de diferentes moedas e
diversos planos econômicos. 
O Plano Real propôs um projeto de reestruturação da economia nacional baseado em uma
nova moeda que levava o mesmo nome do plano. A partir de então, os níveis inflacionários de nossa
economia, excetuado alguns momentos de crise momentânea, passaram a alcançar níveis suportá-
veis ao desenvolvimento e o custo de vida de uma considerável parcela dos trabalhadores. Trouxe a
estabilidade dos preços para a economia brasileira e a abertura econômica e da globalização. Pós-
Plano real desencadeou um boom no consumo das classes média e baixa, este crescimento da de-
manda em muitos momentos foi a causa de uma elevação nos índices de inflação. 
Conclui-se que desde então, a economia nacional deu sinas de amadurecimento, a inflação
se transformou em uma fera domável, com previsões, metas e prognóstico para política monetária.
8 – A DESCOBERTA DA INFLAÇÃO INERCIAL 
Bresser faz um relato de como surgiram as ideias sobre a alta inflação inercial que domi-
nou o Brasil entre 1980 e 1994. Todas as teorias visava saber o que acelerava ou desacelerava a taxa
de aumento dos preços ; os keynesianos atribuam-na ao excesso de demanda em relação à oferta
agregada; os estruturalistas, a estrangulamentos na oferta e aos efeitos propagadores dos aumentos
setoriais de preços; os administrativistas, ao poder monopolista de empresas, sindicatos e do próprio
governo. Todos os modelos partiam do pressuposto que a inflação inicial era zero, já que, dependen-
do do caso, a aceleração da inflação poderá ser melhor explicada por um ou por outro fator acelera-
dor, ou por uma somatória deles. É necessário que haja poder de monopólio para a inflação tornar-
se autônoma da demanda e se inercializar em um determinado patamar mesmo que a demanda não
esteja aquecida. Em recessão e a inflação continuava forte, na medida em que a moeda indexada
fosse adotada, a estabilização viria sem maiores traumas. Esta alternativa fora adotada na Hungria
nos anos 1920, esse trabalho ficou inequívoco como o artigo fundador da teoria da inflação inercial.
“Bresser, você é o único que entende do que está acontecendo com a inflação neste Con-
gresso”. Expectativas racionais, através da observação de como os agentes econômicos se compor-
tavam – como, na recessão, continuavam a aumentar preços. Não basta, ainda, que tenha condições
em termos de finanças externas para combinar a neutralização da inércia com uma âncora cambial.
É preciso também que haja decisão política do governante em promover o ajuste fiscal.
Atende-se que a inflação inercial surgiu a partir de uma teoria desenvolvida por economis-
tas brasileiros no começo da década de 1980. Apesar de derivar de “inércia” – que significa ficar pa-
rado, estável não é a melhor definição para esse tipo de inflação. Ela apresenta um processo de ace-
leração contínuo e moderado. Ou seja, suas taxas são crescentes, mas não explosivas. Funciona
como uma espécie de reação em cadeia, com os preços crescendo para acompanhar a inflação pre-
sente e passada.
9 – GOVERNO LULA: CONTRADIÇÕES E IMPASSES DA POLÍTICA ECONÔMICA 
O Brasil possui dois problemas estruturais na economia: vulnerabilidade externa do país e
fragilidade financeira das finanças públicas. No Governo de FHC (1994/2002) a indústria tem um
baixo crescimento, as restrições nos gastos públicos e as privatizações provocaram a retração dos
investimentos necessários a ampliação e melhoria da infraestrutura do país, potencializando o apa-
recimento de gargalos nas áreas estratégicas de energia e transporte. As mudanças do regime cambi-
al no início de 1999, a política de metas inflacionárias e um regime fiscal mais draconiano, a partir
do 2° Governo de FHC, conseguiram reverter, de forma estrutural, a vulnerabilidade externa da eco-
nomia e a fragilidade financeira do setor público – não abrindo espaço, portanto, para a retomada
sustentada do crescimento. Nesse governo houve um superavit que não conseguiu pagar nem meta-
de dos juros da dívida, cujo montante ficou em R$ 113,9 bilhões, o que implicou, mais uma vez, o
crescimento do seu principal, bem como da relação dívida pública/PIB, impedindo o Estado de exe-
cutar políticas sociais e impedido a adoção de políticas macroeconômicas que estimulem o cresci-
mento. Essa tendência se manteve no governo de Lula, um governo eleito pela esquerda. Os merca-
dos financeiros e as instituições “multilaterais”, como o FMI e o Banco Mundial, agora rasgam elo-
gios entusiásticos ao novo Governo, maiores inclusive dos que eram feitos ao governo FHC. Esta
mudança de avaliação se deve, a busca incondicional da credibilidade junto aos “mercados”. As
transferências de renda fragiliza as finanças públicas e que impede o crescimento econômico do
país, continuará o seu curso, até uma nova crise e um novo acordo com o FMI. 
Sabe-se que a adoção do câmbio flexível, a partir de 1999, a implementação da política de
metas de inflação e a obtenção de elevados superávitos primários, não conseguiu remover as princi-
pais restrições para o crescimento sustentado da economia brasileira. 
10 – DESINDUSTRIALIZAÇÃO SETORIAL E ESTAGNAÇÃO DE LONGO PRAZO DA MA-
NUFATURA BRASILEIRA 
A desindustrialização do Brasil é um processo em que ocorre a diminuição das empresas
industriais do país. Isso acarreta na queda de seu tecido produtivo e da geração de riqueza o Brasil é
considerada prematura, pois em seu início o país não apresentava um poder de renda per capita ele-
vado. A gravidade deste panorama indicava que o país havia pausado na escalada tecnológica, tra-
zendo consequências negativas para o desenvolvimento científico e tecnológico futuro do país. A
desindustrialização atinja vários setores manufatureiros, somente alguns deles explicaram a maior
parte da diminuição da manufatura no PIB. A desindustrialização é representa de forma sintomática
um processo de desvalorização em todos os segmentos, os setores manufatureiros são heterogêneos
quanto à produção e ao uso de tecnologia, elasticidade-renda da demanda, dinamismo no comércio
internacional, ligações intersetoriais, intensidade no uso dos fatores de produção, sensibilidade à
taxa de câmbio, entre outros.
Assim são necessárias políticas que discriminem os setores produtivos, por exemplo, in-
centivos fiscais; treinamento e qualificação da mão de obra; financiamento à exportação; tarifas al-
fandegárias; alíquotas tributárias; e estímulos e subvenção econômica à inovação. As políticas pode-
riam atuar em duas direções: as ativas para fomentar os setores intensivos em tecnologia e em co-
nhecimento e as políticas defensivas que buscariam diminuir a intensidade da desindustrialização
normal dos setores decadentes, por exemplo, ao conceder incentivos para os setores intensivosem
trabalho se deslocarem para regiões de baixos salários. 
11 – POLÍTICAS PÚBLICAS E ESTADO: O PLANO REAL
As transformações encaminhadas no processo do plano Real refundam o poder político,
um novo Estado brasileiro pós-nacional, desenvolvimentista, propicia um salto histórico, uma fase
distinta da revolução democrática brasileira. A transição democrática deu-se ao mesmo tempo que a
crise do Estado desenvolvimentista. A Ideia de FHC é compreensível na medida em que, desde o
Plano Real, o regime democrático passa a mover-se num novo padrão de poder de Estado, ao que se
chegou por um processo de arranjos na esfera sociopolítica e político-institucional. Suas metas fo-
ram a recuperação da capacidade de investimento do Estado, desenvolvimento econômico, geração
de emprego e justiça social. No período histórico aberto pelo Plano Real, até o principal partido de
esquerda, o PT, foi induzido a aderir, ao seu modo, desde a campanha eleitoral de 2002, a uma po-
lítica macroeconômica liberal, embora o governo de coalizão de Lula esteja executando também po-
líticas contra-hegemônicas. Economicamente falando, entre pontos positivos e negativos do Plano
Real, temos a estabilidade da economia brasileira e colocou a inflação sob controle, manteve o po-
der de compra do trabalhador baixo, e aumentou o desemprego.
Com o Plano Real e com o grupo político que ascendeu ao poder após a sua implementa-
ção, houve uma visão de política de Estado voltada para a contenção de gastos públicos e responsa-
bilidade fiscal. Isso anulava, em partes, as próprias funções delegadas ao Estado brasileiro pela
Constituição de 1988, que visava destinar subsídios para a resolução de problemas fundamentais,
como a própria desigualdade social. 
12 – EVOLUÇÃO DA PRODUTIVIDADE NO BRASIL: COMPARAÇÕES INTERNACIONAIS 
O autor examina o comportamento da produtividade de trabalho no Brasil no longo prazo e
as mudanças na composição setorial da mão de obra, fazendo comparações com outros países bem-
sucedido. Cresceu com participação relativamente balanceada do efeito de composição e do efeito
tecnológico intrasetorial, sendo que a maior contribuição foi do setor de serviços, como um receptor
de mão de obra e com pouca contribuição tecnológica. Entre 2000 e 2013 a produtividade total au-
mentou, puxado pelo setor de serviço e um maior crescimento do setor agrário, apresentando uma
pequena queda no mesmo período o setor industrial. Entre os setores industriais, apesar de a Indús-
tria Extrativa apresentar crescimento expressivo da produtividade, ele não impediu a queda de pro-
dutividade da indústria como um todo. Esta redução ocorreu principalmente por conta da Indústria
de Transformação, que possui uma participação maior do total de pessoas ocupadas. Nos serviços, o
maior crescimento de produtividade ocorreu nos setores de Serviços Financeiros, Serviços de Infor-
mação, e Atividades Imobiliárias, porém o crescimento médio dos serviços no geral foi relativamen-
te baixo. O entendimento das mudanças relativo a produtividade se deram em dois efeitos: o tecno-
lógico, que representa o quão mais produtivo cada setor ficou ao longo do tempo; e o efeito compo-
sição, que representa a mudança da produtividade oriundo da realocação da mão de obra entre seto-
res. No caso do Brasil, esse último efeito se baseia principalmente no deslocamento da mão de obra
da agricultura para o setor de serviços, que por sua vez possui uma produtividade relativamente
maior do que o primeiro setor. 
Em fim, a produtividade brasileira teve seu melhor desempenho de 1965 a 1980. Já nos
anos 80 houve uma queda na produtividade brasileira que só não foi maior pelo deslocamento da
mão de obra para setores mais produtivos. Dos anos 2000 em diante, o setor industrial se destacou
de forma negativa, apresentando níveis de produtividades, inferiores aos meados dos anos 90. Tal
queda se deu principalmente em função das atividades da indústria de transformação.

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