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Metodologia de Ensino de Português nos Anos Iniciais

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Metodologia e Prática de Ensino de Português nos anos iniciais do Ensino Fundamental
CAPÍTULO 1 – ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA
Simone Alves Pedersen
Introdução
Estudar a gramática, ortografia e pontuação pode ser um desafio para alunos dos anos iniciais do ensino fundamental se as aulas foram baseadas em memorização de regras. As atuais políticas públicas visam uma educação contextualizada, que tenham no uso da Língua Portuguesa uma ferramenta para exercer sua cidadania de forma plena. A linguagem passou a ser não apenas uma forma de se comunicar, mas também de refletir sobre si mesmos e sobre o mundo. Vamos refletir sobre os possíveis motivos das dificuldades mais comuns e as respectivas intervenções aplicáveis? Bons estudos!
1.  O ensino de linguagem
O ser humano não é apenas um ser social. Alguns animais também vivem em sociedade, como formigas, abelhas e macacos. Somos seres que falam. Desde os primórdios dos tempos, nós tentamos nos comunicar. Prova disto são os desenhos nas cavernas, quando os seres humanos registravam acontecimentos reais ou fictícios, com base em suas experiências e crenças.
Com o passar do tempo, evoluímos em nossa capacidade de comunicação, desenvolvendo instrumentos de fala e linguagem. Desde os primeiros gritos na selva, pedindo socorro ou gritos de dor, o ser humano criou uma forma de se comunicar com os pares. Usamos a linguagem para expressar o que sentimos, o que pensamos, atribuindo valores abstratos, definindo o que é bom e mau, o que julgamos justo ou injusto.
1.1. Práticas de linguagem
Grupos de pessoas desenvolveram linguagens próprias, dando origem às línguas, como a portuguesa ou a inglesa. Quando pessoas viajavam e encontravam grupos com línguas diferentes, elas acresciam novas palavras ao conjunto de palavras que já conheciam.  A escrita e a fala são modalidades das línguas, e são diferentes. Podemos conhecer uma língua falada e não necessariamente sabermos como é essa mesma língua escrita.
A aquisição da língua falada e escrita sempre foi critério usado pelas sociedades para julgar as pessoas, considerando não apenas a habilidade de falar ou escrever, mas também o nível de domínio que a pessoa demonstra.
Dizemos que a língua é viva, pois uma língua nunca está totalmente produzida. Novas palavras e expressões surgem, porque a linguagem espelha o momento histórico, social e ideológico de uma cultura. Palavras novas surgem, ou o uso novo para palavras que já existiam, como consequência de novas descobertas. Há trinta anos, não se usavam palavras como internet, conexão wi-fi ou televisor de tela plana.  Ao processo de diversificação de elementos de uma língua, como vocabulário, pronúncia, morfologia ou sintaxe, se chama de variedade linguística.
VOCÊ QUER LER?
Você sabia que a Língua Portuguesa é a quinta língua mais falada do mundo? Quer saber em quais países se fala a Língua Portuguesa? Clique em: <https://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2020-05/lingua-portuguesa-saiba-mais-sobre-o-5o-idioma-mais-falado-do-mundo>.
Assim, uma palavra pode significar algo bom em uma cultura, e algo ruim em outra. Podemos exemplificar com o caso extremo da pena de morte. Enquanto, em algumas culturas representa uma prática inaceitável, em outras representa justiça. A mesma expressão, que evoca diferentes sentimentos. Falamos “pena de morte” em português, nos Estados Unidos se fala em “death penalty” ou “pena de muerte” em espanhol com o mesmo significado, mesmo que social, cultural e legalmente tenham aplicações diferentes. Também, no caso da palavra inglesa “penalty”, ainda tenha o mesmo som que a palavra “pênalti” em português, ambas têm significados completamente diferentes.
1.2. Trajetória
Quando o professor de Língua Portuguesa planeja sua aula, a concepção de linguagem que ele adota influenciará diretamente na metodologia escolhida. Por isso, ele deve ter clareza em relação a sua escolha.
Os estudos linguísticos apresentam 3 concepções:
· A linguagem como expressão do pensamento: o indivíduo reflete o que pensa em suas palavras, portanto não sofre influência externa do contexto nem dos outros. A língua é entendida como um sistema de normas, acabado, fechado, abstrato e sem interferência do social. Nessa concepção, há um conjunto de normas que regem a linguagem correta, e tudo que se afastar dela é considerado errado. Isso significa que quando o indivíduo fala ou escreve, o significado está fechado em sua intenção, e o leitor ou ouvinte não atribui sentido diferente. Escuta ou lê, de forma passiva.
· A linguagem como forma de comunicação: parte do pressuposto que a língua é um conjunto de signos, e seu uso é pré-determinado por regras, sendo que o emissor o usa para se comunicar com o receptor. É necessário que ambos tenham o domínio da mesma língua para que se comuniquem. A comunicação está então limitada pelos sistemas linguísticos, que não se modifica para atender às necessidades do emissor. A língua é um código que não sofre influências do contexto sociocultural. Teóricos como Ferdinand de Saussure, que fundou o estruturalismo, e Noam Chomsky, linguista americano que desenvolveu a gramática gerativo-transformacional, são representantes dessa concepção.
· A linguagem como forma de interação: nessa concepção, a língua é viva, e está em constante desenvolvimento, transformando e ampliando o significado de palavras, assim como incorporando novas palavras.  Fatores contextuais, como aspectos sociais, culturais e históricos afetam a língua e o sujeito emprega um sentido à sua fala ou escrita, que está impregnada pela sua ideologia, intenção e sentido. Algumas correntes que se apropriam dessa concepção são as de Linguística Textual, Teoria do Discurso, Análise do Discurso e Semântica.
Ao contrário das concepções do pensamento e da comunicação que focam no ensino da norma culta e das regras gramaticais, na concepção da interação a metodologia de ensino da língua foca em situações concretas no âmbito das relações sociais, considerando o contexto no qual a linguagem está sendo usada.  O locutor analisa com quem ele fala ou para quem ele escreve, escolhendo qual a linguagem mais adequada para aquela situação.
Antigamente, o ensino era tido como transmissão de informações/conhecimentos, que o aluno assimilaria de forma passiva, e sua capacidade de aprender estaria vinculada somente ao potencial cognitivo a ele atribuído. O professor de língua portuguesa focava na transmissão de regras gramaticais que o aluno deveria memorizar e aplicá-las corretamente.  As avaliações buscavam auferir quanto o aluno havia memorizado dessas regras, pressupondo que se ele as havia memorizado, saberia aplicá-las posteriormente, quando necessário.
Hoje, sabemos que o processo de aprendizagem envolve vários aspectos além dos cognitivos, como emocionais e afetivos. Para aprender, o aluno precisa estar motivado e deverá ser o aluno a perceber e definir um sentido no que aprende, uma utilidade concreta na sua vida, está mais motivado a aprender.
Deste modo, o livro didático era o protagonista em sala de aula, e os textos nele inseridos, apenas um pretexto para estudar-se teoria gramatical. A leitura era considerada como decodificação, não se ensinavam estratégias para os alunos, e a redação era o meio de avaliar o quanto o aluno dominava a gramática. Os erros, ainda, eram circulados de vermelho, na maioria das vezes, sem comentários por parte do professor, afinal, não havia o que se discutir com o aluno, era só verificar qual regra ele se esqueceu de usar. As redações tinham os mesmos temas, ano após ano: “Minhas férias”, “Dia da Independência” e “O que eu quero ser quando crescer” eram temas recorrentes.
Considerava-se que o aluno tinha um dom nato para a escrita, e que alunos com dificuldades de aprendizagem de leitura e escrita estavam condenados a jamais aprender a ler e escrever bem. Ainda, considerava-se que o aluno que domina a gramática sabe escrever bem, o que não tem nenhuma evidência. A pessoa pode saber escrever bem sem conhecer a gramática ou ortografia (PERINI, 2003). Osalunos não recebiam um feedback do professor sobre as redações e não tinham oportunidades de reescrevê-las, afinal, o aluno com dom já escrevia bem na primeira tentativa.
Hoje, sabemos que a leitura e a escrita são habilidades que podem ser desenvolvidas e melhoradas. Sabemos que um repertório linguístico amplo possibilita ao indivíduo melhores possibilidades de interação social. A linguagem é uma ferramenta que possibilita o exercício da cidadania. Para além de dominar as regras gramaticais, permite ao indivíduo posicionar-se, expressar sua visão de mundo, defender-se e lutar pelos seus ideais, sendo protagonista não só de seu aprendizado, mas de sua vida pessoal, social e profissional.
2. As diretrizes políticas
O nível dos alunos brasileiros em língua portuguesa, que já era discutido na década de 90, continua a ser um problema. O Pisa - Programa Internacional de Avaliação de Alunos – é uma avaliação internacional que mede a educação em 70 países.  São aplicadas provas de Leitura, Matemática e Ciências, em jovens de 15 anos.
No Pisa 2015, o Brasil ficou em 59º lugar em leitura, 63º em Ciências e 66º em Matemática. Do total de alunos, 61% não conseguiram terminar a prova no tempo estipulado.  O Pisa 2015 também apontou que 51% dos alunos brasileiros não compreendem o texto o suficiente para exercerem sua cidadania, como ler e entender documentos oficiais, notícias, reportagens, entre outros textos, e não ultrapassam o nível necessário para interpretar textos e integrar contexto. Esses resultados confirmam a urgente necessidade de melhorar o ensino de língua portuguesa em nosso país, desde o início da escolarização, para que os alunos tenham mais chances de sucesso em toda sua vida escolar.
Não podemos mais esperar que os alunos memorizem todas as regras gramaticais (MORAIS, 1998). O aluno precisa aprender a usar a língua inserida em um contexto, como ferramenta de exercício de sua cidadania e interagir com o mundo, interpretando-o e apresentando sua visão de mundo de forma clara e objetiva.
2.1. Parâmetros curriculares nacionais
A Constituição Federal de 1988, em seu Artigo 205, assegura a educação como direito fundamental de todos e dever do Estado em conjunto com a família (BRASIL, 1988).
Na década de 90, os países membros da UNESCO participaram da Conferência de Jomtien e assumiram o compromisso de garantir educação básica para todos (UNESCO, 1996).
O Brasil consignatário desse tratado promulgou uma nova Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional (LDB), Lei nº 9394/1996, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece a necessidade da elaboração de uma Base Nacional Comum (BNC), e divide em Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) são publicados em 1997/1998.
Nos anos iniciais do ensino fundamental, a Língua Portuguesa é abordada nos PCNs de 1997, volume 2. As Diretrizes para o curso de Letras (2001), Diretrizes Curriculares para a Formação de Professores (2015), e BNCC (2018) complementam a legislação a nível federal. A nível estadual e municipal, cabe aos estados e municípios elaborarem suas próprias leis, em conformidade com a legislação federal. O Currículo Digital da Cidade de São Paulo foi o primeiro a ser publicado, em 2018, em consonância com a BNCC e com as diretrizes da UNESCO.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) foram publicados para os anos iniciais do Ensino Fundamental, em 1997, e indicam na introdução do volume I  que “o propósito do Ministério da Educação e do Desporto, ao consolidar os Parâmetros, é apontar metas de qualidade que ajudem o aluno a enfrentar o mundo atual como cidadão participativo, reflexivo e autônomo, conhecedor de seus direitos e deveres” (MEC, 1997, s/p)”.
As orientações gerais para todas as disciplinas enfatizam a visão de um aluno reflexivo e crítico, um cidadão participativo social e politicamente, capaz de tomar decisões, que conheça e valorize o país onde vive, nas suas dimensões materiais, sociais e culturais, que se posicione contra comportamentos preconceituosos e discriminatórios, que cuide de saúde, transforme o ambiente, seja capaz de usar a tecnologia e as diferentes fontes de informação de forma criteriosa e questione a realidade.
No volume de referência para a Língua Portuguesa dos PCNs, defende-se a importância da Língua Portuguesa para o exercício pleno da cidadania, e afirma-se que “o domínio da língua, oral e escrita, é fundamental para a participação social efetiva, pois é por meio dela que o homem se comunica, tem acesso à informação, expressa e defende pontos de vista, partilha ou constrói visões de mundo, produz conhecimento.” (1997, vol. 2, p. 15).
A PCN-LP explica que a ortografia pode ser dividida em dois grupos: com e sem regras. Por exemplo, usar o M antes do P e B é uma regra, enquanto usar o X ou CH não tem uma regra definida. 
O estabelecimento de regras pertence ao conhecimento lógico-matemático, já os casos em ausência de regras pertencem ao conhecimento social, que são construídos à medida que o aluno amplia seu repertório de leitura e escrita, pois independem da forma oral. Aprender ortografia é um processo ativo, uma construção individual, e a intervenção pedagógica pode contribuir para esse processo (PCN-LP, p. 58).
A leitura favorece uma boa escrita, e a escrita é uma demanda constante na vida do aluno, que vai se alargando com o passar dos anos. O aluno que escreve bem tem melhores chances de ter sucesso na vida escolar e acadêmica, e consequentemente, profissional.
A linguagem usada em ambientes formais é diferente da linguagem usada em outros locais. Se pensarmos numa conversa em uma praça, hoje, ela será diferente da conversa que ocorria nessa mesma praça, há algumas décadas. Não bastasse essa diferença histórica, temos diferenças sociais. Na mesma praça, hoje, podemos ter diferentes grupos.
Se um desses grupos for de médicos aposentados, mesmo, a linguagem usada será diferente do grupo de jovens esportistas ao lado, e de jovens engenheiros que se encontraram no outro lado da mesma praça. A visão dos PCNs caminha nesta direção:
Dessa perspectiva, a língua é um sistema de signos histórico e social que possibilita ao homem significar o mundo e a realidade. Assim, aprendê-la é aprender não só as palavras, mas também os seus significados culturais e, com eles, os modos pelos quais as pessoas do seu meio social entendem e interpretam a realidade e a si mesmas. (BRASIL, 1997, p. 22)
Os anos iniciais são fundamentais para que os alunos não cheguem aos anos finais do ensino fundamental e ensino médio com dificuldades em leitura e escrita, desconhecendo as regras gramaticais, sem dominar ortografia, e alguns acabem evadindo do sistema educacional em decorrência das dificuldades que enfrentam em decorrência.
Todo o sistema brasileiro de educação é pautado na leitura e escrita, e sem essas habilidades fundamentais, ter um bom desempenho em qualquer disciplina é um grande desafio.
Diante desses desafios, surgiu a necessidade de se repensar a formação inicial e continuada dos professores. As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial e Continuada em Nível Superior de Profissionais do Magistério para a Educação Básica (2015), Art. 2º, § 1º, conceitua a docência como uma prática que visa além de ensinar conhecimentos, também propicie possibilidades de os alunos desenvolverem valores éticos, linguísticos, estéticos e políticos. Como se lê no Art. 2º. Parágrafo 1º. :
Compreende-se a docência como ação educativa e como processo pedagógico intencional e metódico, envolvendo conhecimentos específicos, interdisciplinares e pedagógicos, conceitos, princípios e objetivos da formação que se desenvolvem na construção e apropriação dos valores éticos, linguísticos, estéticos e políticos do conhecimento inerentes à sólida formação científica e cultural do ensinar/aprender, à socialização e construção de conhecimentos e sua inovação, em diálogo constante entre diferentes visões de mundo (BRASIL, 2015).
As mudanças que ocorrem na sociedade refletem na legislação,que busca oficializar e legalizar práticas sociais, educacionais e profissionais, evoluindo com o passar do tempo. Como a educação tem se transformado ao longo do tempo, deixando de ser vista como um processo de transmissão de conhecimentos para um movimento de construção de conhecimentos mediado pelo docente, educadores e o poder público têm contemplado diferentes aspectos e caminhado em direção a publicar um documento fundamentado em discussões com a sociedade.
2.2 Base nacional curricular comum
A Base Nacional Curricular Comum (BNCC), homologada em 20 de dezembro de 2017, estabelece a importância da promoção de habilidades intrapessoais e  interpessoais de forma transversal, como: a) “Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos ... colaborando para a construção de uma sociedade solidária” (Competência 1); b) “Utilizar conhecimento das linguagens ... para expressar-se e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e, com eles, produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.” (Competência 4); c) “Valorizar a diversidade de saberes e vivências...” (Competência 6); d) “Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos ...” (Competência 7); e) “Agir pessoal e coletivamente com autonomia ... tomando decisões, com base nos conhecimentos construídos na escola, segundo princípios éticos democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.” (Competência 10). (BRASIL, 2017, p.18 e 19). (POLITIZE, 2018).
A BNCC propõe que sejam desenvolvidas competências que possibilitem aos alunos produzir, recepcionar, tratar e analisar as linguagens, permitindo o aluno seja capaz de participar da sociedade ativamente. 
O repertório do aluno deve ser enriquecido com o contato com textos relacionados aos seus contextos, e  linguagens variadas, em diferentes mídias, considerando um convívio saudável com a diversidade histórica, cultural e social.
A BNCC prevê a alfabetização nos dois primeiros anos do ensino fundamental, com apropriação do sistema alfabético da escrita em práticas de linguagem socialmente situadas, que será aprofundada até o quinto ano. A interpretação de textos e redação são centrais na abordagem da Língua Portuguesa na BNCC, com desenvolvimento do pensamento crítico e capacidade de distinguir opiniões pessoais de fatos. Inclusive, a apropriação de novos gêneros e textos multissemióticos e multimidiáticos. , e está embasada em quatro eixos: leitura, produção de textos, oralidade e análise linguística/semiótica.
A leitura desses documentos oficiais nos mostra que as práticas em sala de aula devem ser associadas à vida civil dos alunos, dando sentido e utilidade ao ensino, e a educação não deve ser conteudista. As práticas devem ser pautadas na construção de conhecimento, mediada pelo professor, por alunos ativos e protagonistas.
3. O ensino da ortografia
Para localizar onde se situa o estudo da ortografia, começamos pela gramática que é o conjunto de normas e regras que determinam o que é correto em uma língua. A gramática tem diferentes tipos, de acordo com o seu objeto de estudo. São quatro os tipos de Gramática:
· Gramática Normativa: estabelece as normas da língua, o que é certo e errado, falada e escrita.
· Gramática Descritiva: descreve e investiga os fenômenos da língua, sem juízo de valor. Foca na língua oral e variações.
· Gramática Histórica: se ocupa da origem e trajetória histórica de uma língua.
· Gramática Comparativa: se ocupa do estudo comparativo entre línguas de uma mesma família. Por exemplo, o Português está na família das línguas românicas e é estudada na Gramática Comparativa.
A gramática é dividida em 5 categorias, que de forma resumida, têm os seguintes objetos de estudo:
● Fonologia e fonética: a fonologia estuda os sons das palavras, a estrutura sonora das palavras e a sua respectiva representação gráfica, dotadas de significado. O objeto da fonologia são os fonemas, os elementos que formam as palavras. O objeto da fonética são os sons produzidos pelo homem e utilizados na fala, por meio do aparelho fonador do homem.
· Morfologia: estuda as estruturas das palavras e suas classificações, as diferentes formas nas quais as palavras podem apresentar-se e quais processos as formaram.
· Sintaxe: estuda a relação entre os elementos das orações, e  as relações de concordância, de subordinação e de ordem.
· Semântica: estuda o significado das palavras, frases, orações, imagens etc.
· Estilística: estuda a variação da língua com objetivo de empregar sentidos afetivos ou estéticos.
A ortografia se enquadra na gramática normativa. A origem da palavra “ortografia” é grega e significa - orthós de certo, correto, direito, exato; e grafia de escrita, ou seja, trata-se do o conjunto de regras que a gramática normativa determina para a grafia das palavras, uso de acentos e pontuação.
3.1. Tipologia de erros
Há duas formas de saber se a grafia da palavra está correta: pelo estudo da origem da palavra (etimológicos) ou pelo estudo fonético (fonológicos). A grafia das palavras é sempre derivada de uma convenção social, ou seja, os acordos ortográficos.
O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990 foi assinado por todos países lusófonos, ou seja, que têm a língua portuguesa como idioma oficial. Começou a vigorar no Brasil em 2009, e sua obrigatoriedade começou apenas em 2012.
Temos três caminhos para ensinar ortografia: a da memorização, o espontâneo e contextualizado. Na memorização, espera-se que os aluno se lembrem das regras, e os exercícios são de fixação; o da espontaneidade, em que não se ensinam as regras e espera-se que o aluno as assimile a medida que tem contato com a língua escrita; e o do contextual, que está de acordo com a BNCC e propõe-se no ensino contextualizado das regras e normas da língua, para que o aluno aprenda não somente saiba quais são, mas como e quando empregá-las.
Os erros ortográficos podem ser classificados em categorias que ajudam o professor a escolher a melhor intervenção para cada caso. Ao identificar a dificuldade do aluno, o professor pode trazer práticas focadas na temática, ajudando o aluno a construir o conhecimento que ainda não faz parte do seu repertório.
● Erros de transcrição da fala: o aluno escreve exatamente como fala, por exemplo veiz (vez) e come (comer). Uma hipótese é ter relação com alguma variedade linguística, todavia, muito comum. Exemplos: intão (então), atrais (atrás), acho (achou), brinca (brincar), brincadeira (brincadeira), pego (pegou), falo (falou), brincano (brincado).
● Erros por hipercorreção: quando os alunos aprendem que nem todas as palavras são escritas como são faladas, ele faz opções de escrita com base em algumas dúvidas que tinha, por exemplo ligol em vez de ligou. A hipótese é a de que o aluno já tenha certo conhecimento e generalize regras de forma equivocada, mas não deixam de demonstrar que o aluno já está construindo um repertório mais amplo das regras gramaticais.
● Erros por desconhecimento das regras contextuais: quando o aluno erra porque não aprendeu uma regra, por exemplo ele escreve asado em vez de assado porque não sabe que o s entre duas vogais tem som de z, como na palavra core (corre), nuven (nuvem) e senpre (sempre). A hipótese aqui é que a criança não consegue analisar a sequência de fonemas, não tendo completado o ciclo da alfabetização.
● Erros na marcação da nasalização: quando o aluno não aprendeu a diferença entre vogais nasais e orais, como em iteiro (inteiro) e elefãote (elefante), é o terceiro erro mais comum, como nas pala (andou) e casado (cansado).Uma hipótese é a falta de marcadores da nasalização, dificultando a percepção do aluno.
● Erros devidos à concorrência: aqui temos palavras com origem etimológica ou morfológicas e a hipótese é que a criança não os conhece. São exemplos os casos do uso do ss ou ç diante de a, o uso de g ou j diante de e e i, s ou z entre vogais, o uso de x ou ch. Por exemplo,a palavra xícara vem do espanhol jícara. Algumas crianças escrevem chícara por acharam que vem da palavra chá ou tem o mesmo som de chipanzé.
● Erros nas sílabas complexas: quando o aluno não aprendeu escrever sílabas com estruturas complexas, com mais de uma consoante, como nas palavras bordado (bodado) ou binco (brinco), ou dígrafos nh, lh e ch, quando o aluno escreve baralo (baralho). Neste caso, a hipótese é a de que o aparelho fonador não está desenvolvido completamente, além de as letras não seguem o padrão normal, o que acresce dificuldade no processo de aprendizagem, principalmente quando se apresentam letras adicionais como em tartaruga (tartaruga) e cora (chora).
● Erros por troca de letras: quando o aluno usa outra letra com som parecido como no caso de badaria (padaria) ou ferme (verme). Algumas trocas comuns são p pelo b, o t pelo d, o c pelo g, confundindo consoantes surdas com sonoras. Esse tipo de erro é o segundo mais comum, em palavras como domar (tomar), opiservando (observando), estafa ou esdava (estava), e elefete (elefante). Troca-se o b pelo d, o m pelo n e o r pelo n, como nas palavras menina (menina), quanto (quarto) e chamaba (chamada). Uma hipótese é que a criança não tenha desenvolvido completamente o aparelho fonador e tenha dificuldade em identificar, em sua própria fala, todos os diferentes sons.
● Erros de segmentação: são erros na divisão e junção de palavras, como, por exemplo, quando o aluno escreve semolhou em vez de se molhou (falta de segmentação), ou o vo em vez de ovo (segmentação indevida). Aqui a hipótese também envolve o aparelho fonador que pode não estar completamente desenvolvido, já que na fala existe um fluxo sonoro contínuo sem as segmentações tão marcadas como se dá na forma escrita, como nacadera (na cadeira), nasala (na sala), ogato (o gato).
O ensino da ortografia deve iniciar nos primeiros anos do fundamental, de forma progressiva e contextualizada, demonstrando ao aluno que faz parte da organização do texto.
3.2. Intervenções
São muitas as possibilidades de intervenções, e gostaríamos de deixar alguns exemplos aqui, para que você possa refletir sobre eles. Não se trata de receitas, que deve ser copiadas passo a passo. Espera-se que você avalie a sua aplicação na classe que está lecionando, porque cada classe é diferente, com alunos únicos e singulares.
VOCÊ QUER LER?
Saiba mais sobre o acordo ortográfico, acessando o site <http://www.academia.org.br/sites/default/files/conteudo/o_acordo_ortogr_fico_da_lngua_portuguesa_anexoi_e_ii.pdf>.
Um problema recorrente é o erro com base na transcrição da fala. Atividades que tragam a atenção para as diferenças entre fala e escrita, que podem ser por meio de músicas ou gravações de pessoas falando, facilmente encontrados na internet. A letra l quando é usada para representar o som de /u/, a letra e com o som de /i/ e a letra o com o som de /u/. A questão das variantes linguísticas pode ser usada como exemplos, tomando as precauções para que não ensejam preconceito linguístico.
Em relação à troca de letras é interessante trabalhar fonemas surdos e sonoros. Uma atividade é separar palavras com o som de /f/ e /v/, e /b/ e /p/, assim como pedir para as crianças lerem em voz alta as palavras que podem ser confundidas, para que elas percebam que o uso da consoante errada acarreta em outra palavra, muitas vezes inexistentes, como fada e vada, ou boi e poi.
As sílabas complexas e nasalização apresentam significativa dificuldade para as crianças nos anos iniciais do fundamental. A escola, normalmente, foca na estrutura CV (consoante/vogal), com exercícios de separação silábica, por exemplo, e as estruturas CCV , CVC e VC são pouco trabalhadas. Escolher palavras com essas estruturas e pedir que a classe diga como se escrevem essas palavras de forma errada, é uma estratégia para que os alunos prestem atenção no que é errado, evitando assim que eles reproduzam esse mesmo erro.
Em casos de segmentação, a leitura pausada com ênfase na separação das palavras, pode indicar onde cada palavra começa e termina. O professor pode reler o texto de forma rápida, mostrando que oralmente acabamos por juntar palavras ou até suprimir sílabas, quando juntamos algumas.
Para finalizar, trazemos uma possibilidade de intervenção para regras contextuais, morfologia e semânticas. Muitos adultos apresentam esse tipo de dificuldade e erro. Uma alternativa para se trabalhar esse tipo de erro é pedir que os alunos façam pesquisas e tragam palavras com a letra com som de /k/ e /s/, com em cachorro e cedo, agrupando por similaridades. Ainda, trabalhar os diversos sufixos como esa/eza/, ice/isse, ão/am.
As palavras irregulares, como /x/ , /ch/ e /h/ no início das palavras, podem ser pesquisadas em dicionários para estudar a origem etimológica.
4. O ensino da ortografia
Antigamente, os erros ortográficos eram circulados com tinta vermelha e os alunos não recebiam feedback de suas produções textuais. Entendia-se que, por ser objeto de memorização, o aluno deveria verificar o que errou e “decorar” o certo para a próxima prova.
Hoje, sabemos que o feedback oferece elementos para o aluno repensar sua prática, e o texto não é construído em uma única tentativa.
4.1. Tipologia de erros
Além dos erros mencionados anteriormente, existem outros erros ortográficos, como os acentuação gráfica, uso de maiúsculas e minúsculas, e translineação.
● A acentuação gráfica é o uso de símbolos sobre letras que determina a forma como deve ser pronunciada ou seu significado. Os tipos de acentos são acento agudo (vogal longa ou aberta); acento grave (da crase); acento circunflexo (sílaba tônica com som fechado); til (nasalização das vogais); e cedilha (silaba com som sibilante). São muitas as regras de acentuação e mesmo adultos muitas vezes não as dominam, motivo pelo qual é importante o seu ensino desde os anos iniciais, de forma gradativa e contextualizada.
● As letras maiúsculas são usadas em início de frases, substantivos próprios, festas e datas comemorativas, siglas, símbolos e abreviaturas e nomes de instituições e repartições. Erros no início de frases e substantivos próprios são menos comuns que erros em datas comemorativas, por exemplo, natal (Natal), sistema único de saúde (Sistema único de Saúde).
● A translineação é a quebra de palavras no final da linha. Para translinear, é importante que o aluno já domine a separação silábica. Um erro comum é separar palavras com consoantes repetidas sem dividi-las como em se-ssão ao invés de ses-são. Ou separar ditongos e tritongos, como em Pa-ra-gua-i (Pa-ra-guai) ou ar-mári-o (ar-má-rio).
São muitas as regras que incorporam a gramática. Para alunos dos anos iniciais, é um desafio aprender ler e escrever, saber quando uma palavra deve ser acentuada, como se faz a separação silábica, a translineação, quando se usa maiúsculas e minúsculas. Para que a aprendizagem transcorra em um ambiente favorável, é importante que as estratégias didáticas sejam motivadoras.
4.2. Estratégias didáticas
A discussão sobre a ortografia deve ser promovida em sala de aula, de forma coletiva e dialógica. Uma possibilidade é discutir com os alunos a partir de suas próprias produções. Importante é explicar para os alunos que a fala e a escrita de uma palavra podem ser diferentes, e que a língua é viva. Por exemplo, até 1940, quando houve uma reforma ortográfica, nós escrevíamos “architetura”.
SAIBA MAIS
O dicionário é um livro que não só reúne as palavras de um idioma, em ordem alfabética, mas também traz sua classificação gramatical e seus significados.
É preciso identificar qual o tipo do erro que o(s) aluno(s) cometem para que o professor possa planejar a intervenção adequada para cada caso. Antigamente, as estratégias eram basicamente ditados e cópias da lousa, e as avaliações traziam a cobrança das regras, sem que estivessem inseridas em textos, reduzidas a exercícios de fixação. Hoje, sabemos que ao contextualizar e apresentar a escrita em um texto, o aluno constrói sua aprendizagem de forma sólida.
Algumas possibilidades vão desdefazer um varal com as regras penduradas, depois de discussão com a classe de exemplos, e preferencialmente que os alunos tenham participado da identificação dessas regras, levar um slide com a escrita de um aluno de mesma idade (que não tenha identificação nem possa ser identificado pelos colegas, preferencialmente de um aluno de outra escola ou de outros anos), e discutir coletivamente com a classe se tem erros, quais são e como seria a forma correta.
O professor pode oferecer palavras que ele intencionalmente escolheu com base no que ele quer trabalhar naquela aula, e pedir que os alunos criem pequenos textos. Se forem crianças que estão muito no início da alfabetização, o professor pode ele mesmo escrever na lousa, para que todos possam acompanhar. Por exemplo, o professor sugere que eles criem uma história com as palavras Chiquinho, chalé, xícara, chá, para trabalhar as palavras com x e ch, acentuação, palavras minúsculas e maiúsculas.
Os alunos podem criar a história individual ou coletivamente, enquanto o professor chama a atenção para a grafia exercida. Outra forma, é um ditado com frases incompletas. Quando o professor lê a palavra, ele discute com a classe a grafia dela, por exemplo a palavra passarinho tem dois s porque está entre duas vogais senão terá o som de “pazarinho”. O objetivo do ditado não é o de antigamente, para avaliar os acertos e erros, e sim para discutir as regras de forma coletiva. Como a classe não é homogênea e os alunos apresentam diferentes níveis, não se aconselha o uso da caneta vermelha fazendo círculos nos erros, que são chamativos e os colegas podem ver.
O professor pode fazer uma lista de palavras escritas da forma correta ao final do texto, com lápis, e pedir que o aluno encontre a palavra no texto e ele mesmo a corrija. É importante que o professor elogie o que o aluno acerta antes de falar de seus erros, acreditando na sua capacidade de aprendizagem, para que o aluno se sinta motivado a continuar a aprender, desenvolvendo uma crença em suas próprias capacidades, evitando assim que se desmotive, se julgue incapaz de aprender, o que futuramente pode resultar em evasão escolar.
Síntese
Estudar a gramática, ortografia e pontuação pode ser um desafio para alunos dos anos iniciais do ensino fundamental, se as aulas foram baseadas em memorização de regras, sem contextualização. Saber que existem regras não significa que o aluno saberá como usá-las. É importante conhecer e refletir sobre os possíveis motivos dos erros e intervenções aplicáveis, para que o professor possa planejar intervenções adequadas aos desafios de seus alunos.
Neste capítulo, vimos como a legislação (PCNs e BNCC, principalmente) aponta para caminhos nos quais o aluno é um protagonista da sua aprendizagem, que deve ser contextualizada, fazer sentido para o aluno sentir-se motivado, e acima de tudo, que, no caso da Língua Portuguesa, seja uma ferramenta de exercer sua cidadania, de forma , ativa e crítica. Não basta mais memorizar regras, o texto não deve ser pretexto, o aluno deve ser capaz de refletir sobre o que lê escreve, usando as regras gramaticais e ortográficas para produzir um texto claro e sem erros, que possibilite a compreensão e interação com o leitor.
Para planejar estratégias didáticas que ajudem o aluno a construir um conhecimento sólido, vimos que é importante estudar os tipos de erros e as hipóteses sobre os motivos dos erros, para fundamentar intervenções adequadas.
Nesta unidade você teve a oportunidade de:
● Compreender a relação histórica e evolutiva do ser humano em relação à linguagem;
● Construir a trajetória de ensino-aprendizagem de linguagem no desenvolvimento humano;
● Situar-se quanto às diretrizes políticas para a educação linguística em nível básico;
● Delinear o ensino de ortografia nos anos iniciais do ensino fundamental e suas principais premissas;
● Estipular a tipologia de erros no campo da ortografia e determinar estratégias de intervenção. 
Bibliografia
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular: Educação Infantil e Ensino Fundamental. Brasília: MEC/Secretaria de Educação Básica, 2017. Disponível em:  < http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro01.pdf> acessado em 03 de junho de 2019.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular: Educação Infantil e Ensino Fundamental. Brasília: MEC/Secretaria de Educação Básica, 2017 . Disponível em:  <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro02.pdf> acessado em 03 de junho de 2019.
Brasil. Parâmetros Curriculares Nacionais – Língua Portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1997.
INEP. Ações Internacionais. MEC. Brasília: 2015. Disponível em: <http://portal.inep.gov.br/acoes-internacionais/pisa/resultados> Acesso em: 27 jun. 2019.
MORAIS, A. G. de. Ortografia: ensinar e aprender. Ática, 5ª edição, 1998.
PERINI, M. A. Sofrendo a Gramática: ensaio sobre a linguagem. Ática, 3ª edição, 2003.
POLITIZE. O que é a BNCC? Disponível em: https://www.politize.com.br/bncc-o-que-e/>. Acesso em: 11 jul. 2019.

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