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A IMPORTANCIA DA LEITURA E O VALOR PEDAGÓGICO DAS HISTÓRIAS EM QUADRINHO NAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
PEDAGOGIA
A IMPORTÂNCIA DA LEITURA E O VALOR PEDAGÓGICO DAS HISTÓRIAS EM
QUADRINHO NAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL.
TRABALHO INTERDISCIPLINAR
Rosário do Ivaí
Trabalho apresentado ao Curso de pedagogia da
UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para
Especialização em Metodologia Para os Anos
Iniciais do Ensino Fundamental: Oficinas
Pedagógicas- Monografia
Profs. Okçana Battini
Rosário do Ivaí
SUMÁRIO
RESUMO
INTRODUÇÃO 05
2 Revisão Bibliográfica 06
3 Processo de Desenvolvimento do Projeto de Ensino 16
3.1Tema e linha de pesquisa 16
3.2 Justificativa 16
3.3 Problematização 17
3.4 Objetivos 17
3.5 Conteúdos 18
3.6 Processo de desenvolvimento 18
3.7 Tempo para a realização do projeto 19
3.8 Recursos humanos e materiais 19
3.9 Avaliação 19
4.CONSIDERAÇÕES FINAIS 20
5.REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 21
RESUMO
A leitura é um dos meios mais importantes para a aquisição do conhecimento.
Muitas vezes, ela só possui um espaço na vida das pessoas quando aparece a
necessidade em ocupá-la. Para quem quer trabalhar dentro da área da
educação, a leitura torna-se um instrumento indispensável. A leitura é vista
como forma ideal para que o aluno reconstrua seus conhecimentos prévios, e a
produção escrita como o momento para que aprenda a falar sobre os novos
conhecimentos, não chegar a trabalhar especificamente com essas práticas,
assunto esse que será abordado no presente trabalho para fins de
entendimento da importância da leitura na formação da aprendizagem
significativa.
Palavras Chave; aprendizagem, conhecimento, escola, leitura, interpretação,
1.INTRODUÇÃO
Muito se tem discutido a respeito de como trabalhar textos nas escolas
por esta não ser uma tarefa fácil. Encontra-se nas salas de aulas uma forte
resistência, da parte dos alunos, em relação à leitura e a produção de texto.
Para muitos estudantes, a ação de expressar suas ideias oralmente é
considerada algo totalmente natural, no entanto, o ato de reproduzir essas
idéias em forma de texto representa um trabalho árduo e penoso. Apesar das
histórias em quadrinho serem materiais utilizados normalmente para o ensino
de crianças nos primeiros anos escolares, o que na maioria das vezes são
fontes riquíssimas para começar a inseri-las no mundo letrado, tal categoria de
textos também pode se apresentar como matéria-prima para as aulas de língua
portuguesa para adolescentes.
Ainda que na fase da adolescência haja uma forte tendência de eles
fazerem um muro de separação com a infância, apresentar as histórias em
quadrinho sob uma nova perspectiva faz estes jovens alunos refletirem sobre
pontos que lhes eram obscuros na infância, uma vez que a “enciclopédia de
vida” na infância é pequena, não permitindo a identificação de pontos mais
profundos. O ensino-aprendizagem de produção de texto dos gêneros revê o
verdadeiro papel de professor de “Redação”, não mais visto como um
especialista em textos científicos ou literários, distante da realidade e da prática
de produzir texto do aluno, mas como alguém que trabalha nas diversas
modalidades textuais, orais e escritas.
Assim o espaço da sala de aula é transformado em uma verdadeira
oficina de textos diversificados, o que é concretizado através do uso de varias
estratégias, usadas pelo professores nas escolas como a construção de um
jornalzinho quinzenal ou mensal coletivo, enviar uma carta a alguém distante,
realizar entrevistas, produzir contos, etc.
Deste modo, produzir textos é democratizado: todos os alunos devem
aprender a escrever todos os tipos de texto, inclusive conto. É possível que um
aluno, ao se apropriar do ato de ler e produzir contos passem a produzir textos
muito mais criativos e ser um argumentador em textos argumentativos orais
(debates) e escritos.
2.Revisão Bibliográfica
A prática de leitura é um fator que deve ser realizado, enfaticamente,
na sala de aula e na biblioteca, fazendo uso de livros didáticos e paradidáticos,
revistas, jornais, literatura clássica entre outros, a fim de transformar em
qualidade a relação textual com o mundo do leitor. Vislumbrando este
enunciado, este ensaio é significativo porque abordará dois fatores importantes
que são realizados na escola, a leitura na sala de aula e seus resultados e o
uso da biblioteca como formadora social de leitores. As argumentações para o
esclarecimento deste assunto estarão voltadas para a importância da leitura na
sala, ao se perceber a significação do compartilhar as suas concepções e, da
biblioteca, ao se identificar a sua função social como formadora de leitores.
Entende-se que a prática de leitura desenvolve com muita segurança,
habilidades consideradas difíceis como a da construção de textos e a da
explanação de críticas referente aos assuntos lidos. Mas para torná-las
possíveis existem as formas de leitura que quando bem trabalhadas em sala
enriquecem as práticas de aprendizagem dos alunos, dentre elas a leitura de
textos infantis, os quais têm o poder de estimular, em qualquer tempo, os
leitores a construírem postura crítica e a serem convocados a produzir textos.
Segundo CUNHA ( 1999, p. 27);
A Literatura infantil enquanto manifestação artística não é traição:
apesar de ser sempre o adulto a falar à criança,se ele for realmente
artista, seu discurso abrirá horizontes, proporá reflexão e recriação,
estabelecerá a divergência, e não a convergência e, suas
verdadeiras possibilidades educativas estão aí.
Nessa perspectiva, os educadores têm um papel primordial nesse
processo, entendendo-se que de um modo geral devem ter total consciência da
importância da leitura a ser realizada na sala de aula a fim de transformar a sua
própria história enquanto cidadão. Cabe então ao professor a responsabilidade
de transformar o espaço da sala de aula em um lugar atraente ao prazer e ao
gosto pela leitura. Uma vez transformado o espaço da sala de aula em fonte de
prazer, os alunos devem fazer o compartilhamento das experiências das
leituras. Este processo é feito hoje em diversas escolas, onde os professores
direcionam os alunos a relatarem as concepções das leituras realizadas. Os
relatos ocorrem através de expressão oral, de encenações e de julgamento.
Acredita-se que com este trabalho os alunos se tornem sujeitos mais ativos
diante dos processos de leitura em sala de aula, podendo com isso
desenvolver suas habilidades de leitura e num segundo plano a escrita e assim
efetivar o seu processo de aprendizagem, pois para entender o mundo que nos
cerca, é necessário compreendê-lo, explicá-lo e interpretá-lo, dado o que diz
GEMIGNANI (1998: p.63) onde a criança comunica, o professor capta,
interpreta, desenvolve e acrescenta.
É sabido que o professor tem um papel importantíssimo no processo
de leitura, pois a ele cabe toda a tarefa de "fechamento", que é o de possibilitar
o relato das experiências oral ou escrita, do pensar crítico diante dos textos a
que o aluno está sendo submetido a ler e ainda fazer ao aluno compreender
que este momento é de muita significação para ele por ter a oportunidade de
mostrar o que está sendo feito no âmbito de sala de aula. O processo de
compartilhar as experiências funciona como um mecanismo capaz de atingir o
anseio maior do professor, o de verificar se os alunos estão compreendendo o
que é lido, pois ele irá mostrar segundo suas concepções, o que conseguiu
observar quando da realização da leitura. Com isso as dificuldades reflexivas,
interpretativas e de construção de novos textos, a partir dos textos lidos e
trabalhados em sala com os alunos irão lhes trazer mais condições de ler
textos diversos e criar outro texto partindo do que leu.
Trata-se com isso de uma prática que também pode ser feita com o uso
do livro didático. Quanto a isso verifica-se nas escolas o trabalho com os textos
dos livros adotados a partir da escolha de docentes, comunidade escolar,
associação de apoio e discentes. Como fator significativo cita-se o livro
Linguagem: Criação e interação.Neste livro os textos seguem o que determina
os Parâmetros Curriculares Nacionais, por estarem selecionados de acordo
com os preceitos da construção crítica e reflexiva. Os textos a serem
selecionados são aqueles que, por suas características e usos, podem
favorecer a reflexão crítica, o exercício de formas de pensamento mais
elaboradas e abstratas, bem como a fruição estética dos usos artísticos da
linguagem, ou seja, os mais vitais para a plena participação numa sociedade
letrada. (PCN, pág. 24).
Seguindo esses preceitos, os textos trabalhados em sala atendem
efetivamente os anseios da leitura por servirem de pontos de reflexão e de
encaminhamento para os atos de dissertação a todos os discentes. Isso pode
ser compreendido nas palavras de Brandão (2002, p. 40): Os textos
dissertativos visam instrumentalizar o professor na sua tarefa de desenvolver
no aluno o seu papel de leitor crítico e que, de forma mais aguçada, poderá ser
capaz de atravessar os significados implícitos no texto e se tornar sujeito do
processo de construção do sentido.
A capacidade de ler torna-se cada vez mais relevante à proporção que
uma sociedade se desenvolve culturalmente e economicamente em direção a
tempos futuros. A leitura, sobretudo, é um instrumento insubstituível na luta
pacífica de liberdade pela educação. É uma das pontes para chegar ao porto
seguro da cidadania. Assim, proporcionar meios de acesso à leitura, à
informação, capaz de permitir aos alunos horizontes intelectuais, construir e
reconstruir valores, penetrar em um mundo caracterizado pela construção e
exploração do conhecimento. A leitura no sentido geral é o processo de
apreensão da realidade. Essa realidade se revela ao leitor através de várias
linguagens. Neste sentido, o ato de ler não diz respeito à apreensão da
realidade somente através da leitura do escrito; a criança que olha uma gravura
buscando um significado está lendo.
O professor deve ficar atento ao processo de transformação do mundo
não somente através de sua leitura de mundo, mas buscando sempre
formas de organização do ensino válido para seus alunos, sendo assim,
segundo CAGLIARI, 1997, p. 30).
A linguagem existe porque se uniu um pensamento a uma
forma de expressão, um significado a um significante, e essa
unidade de dupla face é o signo linguístico. Ele está presente
na fala, escrita e na leitura como princípio da própria
linguagem, mas se atualiza em cada um desses casos de
maneira diferente [...]. (CAGLIARI, 1997, p. 30).
A leitura é um dos meios mais importantes para a aquisição do
conhecimento. Muitas vezes, ela só possui um espaço na vida das pessoas
quando aparece a necessidade em ocupá-la. Para quem quer trabalhar dentro
da área da educação, a leitura torna-se um instrumento indispensável. A leitura
é vista como forma ideal para que o aluno reconstrua seus conhecimentos
prévios, e a produção escrita como o momento para que aprenda a falar sobre
os novos conhecimentos, não chegando a trabalhar especificamente com
essas práticas. (MATENCIO, 1994, p. 16).
O processo de leitura nos leva a refletir sobre a importância, a
complexidade e a atualidade do tema comunicação oral e escrita. Para tanto
procura-se enfocar a leitura fruitiva na construção do conhecimento, pois por
meio dela adquirimos o desenvolvimento das atividades de ensino, buscando
identificar na prática, aspectos relevantes do ato educativo que oferecesse
condições de aprendizagem na educação.
Neste caso o educando tem participação ativa no processo, fazendo-o
responsável, comprometido, planejador e sujeito da aprendizagem. Em todo o
processo as convicções de ensino provocam situações de aprendizagem
refletida numa concepção de conhecimento como produção coletiva. A
experiência vivida e a leitura que se entrelaçam dando significados às
aprendizagens construídas transformam o espaço escolar em um caminho
aberto ao caminho do conhecimento.
A leitura do mundo, cada vez mais, vem se firmando como o caminho
para alcançar a compreensão de nossos problemas e buscar as suas soluções.
Se os professores e os pais das crianças se convencerem de que o estímulo
antecipado é o mais eficaz de que o treino da linguagem, incentivarão as
crianças a gostarem de livros, mesmo sendo estes só de gravuras, pois são
também necessários. É através destes livros que os pequenos começam a ter
contato com o mundo da leitura.
A principal tarefa nesta fase de alfabetização e letramento é
incentivá-los na expectativa de aprender a ler e escrever, isto tornará mais fácil
o ensino da leitura e da escrita. Entretanto, não devemos sobrecarregar a
criança nesta idade, para que ela não se desinteire pela leitura. Nos primeiros
anos da escola a criança passa grande parte do tempo num mundo de fantasia,
sendo voltada para as brincadeiras.
Para Freire (2001, p.29) o ato de ler não é puro entretenimento nem
tampouco um exercício de memorização mecânica de certos trechos do texto.
Na verdade, o ato da leitura está repleto de significados que fazem da leitura
uma prática prazerosa. Por esta razão, ler constitui-se um ato de inteligência,
que possa vir a ser difícil e exigente, porém gratificante.
Ler é saber que a cada parágrafo, texto ou palavra lida o leitor irá
encontrar um novo saber, um novo desafio, ou até mesmo peças fundamentais
para mudanças de pensamento. Para que a leitura de um determinado texto
resulte em uma possível mudança de pensamento, é necessário que o sentido
desse texto seja interiorizado pelo leitor. Para que um texto tenha um real
significado é necessário que o leitor não apenas leia, mas compreenda o que
está sendo dito. Em relação à compreensão, Freire (2008, p.11) faz referência
à compreensão crítica do ato de ler, que não se esgota na decodificação pura
da palavra escrita, mas que antecipa e se alonga na inteligência do mundo.
Dentro desta perspectiva, a leitura é vista e entendida como a interação do
texto com o leitor, na qual essa fusão constrói um significado.
Como poderá o leitor atribuir significado ou pensamento crítico a uma
coisa que ele nem mesmo entendeu? Daí a necessidade de compreensão do
que está sendo lido. Segundo Freire (1992, p.11), a compreensão nasce da
relação entre o texto e o contexto. Dessa forma, tem que ser levado em
consideração o universo do leitor, suas concepções e seus interesses, que
juntamente com o texto passam a construir um significado para aquele leitor.
Não basta colocar a frente da criança um amontoado de textos ou
livros de histórias infantis é preciso analisar se este fato oportuniza uma
experiência crítica e emocional do leitor, oferecendo uma leitura dotada de
qualidade, para isso, a criança deve ser colocada frente a diversos gêneros
textuais que possam desenvolver suas habilidades como leitoras ativo,
participante comunicativo.
Podemos explicar os diferentes pontos de vista de alguns acerca de
um mesmo texto. Muitas vezes o que parece simples ou interessante para
alguns pode parecer complexo ou insignificante para outros. Relativo ao
interesse do leitor mediante o assunto do texto Martins (1986, p. 9), coloca que:
Com frequência nos contentamos, por economia ou preguiça,
em ler superficialmente, “passar os olhos”, como se diz. Não
acrescentamos ao ato de ler algo mais de nós além do gesto
mecânico de decifrar sinais. Sobretudo se esses sinais não se
ligam de imediato a uma experiência, uma fantasia, uma
necessidade nossa. Reagimos assim ao que não nos interessa
no momento. Daí tem a necessidade ignorá-los ou rejeitá-los
como nada tendo a ver com a gente. Se o texto é visual
ficamos cegos a ele, ainda que os nossos olhos continuem a
fixar os sinais gráficos, as imagens. Martins (1986, p. 9).
Partindo do pressuposto colocado acima, percebemos que muitas
vezes o desinteresse ou a leitura mecânica deve-se ao que é colocado para o
leitor. Ainda que o leitor continue a ler algo que não lhe interessa ele fará isso
de forma mecânica, pois só a partir do seu interesse e do que ele sabe sobreo
assunto poderá construir um significado. Pode ser que um indivíduo leia todas
as páginas de um livro, mas se ele não atribuir a essa leitura significados, esse
ato não o ajudará a extrair bases para a construção de um ideal sólido acerca
daquele assunto.
Nesse processo de entendimento da importância da leitura e caminhos
que levem ao ler por prazer, não podemos deixar de mencionar as histórias em
quadrinhos, que são estímulos aos indivíduos, por conterem inúmeras
informações em seu contexto e Por meio de leituras em quadrinhos, conceitos
e valores podem ser discutidos com o leitor iniciante, o que possibilitará uma
melhor interpretação da realidade que o cerca. É de conhecimento público a
relevância das HQ em todo o mundo e do sucesso inerente às histórias, o que
demonstra ser um meio de comunicação poderoso e influente. Apesar do
advento da internet, de outros meios de comunicação, as HQ não param de
conquistar fãs e nem de se sair do topo de vendagens de revistas. A questão
de ser popular e da fácil acessibilidade são provas da enorme lucratividade das
HQS. A industrialização das revistas foi com o passar dos anos, sendo
realizada de forma profissional, gerando um sistema organizado e culminando
num processo globalizado e capitalista.
As HQ são histórias narradas com desenhos em sequência,
geralmente no sentido horizontal, dispostas em tiras, apresentando diálogos
dispostos em balões. A disposição dos balões dá uma ideia de rapidez e
agilidade para as histórias e suas narrativas. De acordo com Martins (2004);
Quadrinhos ou histórias em quadrinhos são narrativas feitas
com desenhos sequenciais, em geral no sentido horizontal, e
normalmente acompanhados de textos curtos, de diálogo e
algumas descrições da situação, convencionalmente,
apresentados no interior de figuras chamadas balões. [...] É
importante salientar que a HQ faz parte das narrativas, são
tecidas numa certa sequência, para que haja entre os leitores,
o entendimento da história. (MARTINS, 2004, p. 2353).
As HQ constituem-se numa fonte de diversão constante e barata para
crianças e adolescentes, as quais contribuem para a construção dos futuros
leitores, porque muitas vezes as crianças iniciam-se no mundo da leitura, por
meio do conhecimento e leitura dos gibis. (MARTINS, 2004).
As histórias em quadrinhos são elaboradas de forma a entreter, têm
figuras, são alegres e coloridas, com isso distraem os leitores, cuja sensação
de divertimento pode ser percebida pela leitura das tiras, as quais de curta
durabilidade e com histórias simples e com uma linguagem, verbal ou não. Por
isso é muito importante a veiculação dos personagens, de seus vestuários, de
seu linguajar, procurando agradar o leitor. (MARTINS, 2004) Este mesmo leitor
cria expectativas sobre os personagens, sobre as histórias, sobre a conduta
deles, durante as situações criadas, o que ocasiona na adoração do fã/leitor de
histórias em quadrinhos.
As HQ ajudam no processo de alfabetização, na diferenciação das
linguagens regionais, evidenciando o linguajar culto do coloquial, auxiliam no
processo cognitivo da criança, em suas habilidades, transformando-o num ser
crítico, capaz de agir e criar histórias. Segundo Assis (2003).
Os gibis são usados para a alfabetização, ensinar diferenças
regionais, que é o caso do personagem “Chico Bento”, o uso da
linguagem coloquial e culta e sua aplicação, leitura oral e
escrita, desenvolverem aspecto cognitivo no aluno, criar
habilidades, [...] pode levá-lo a ampliar seu poder de decisão ao
mudar o final da história, tornar o leitor crítico de sua realidade,
pois muitos gibis trazem os problemas existentes na sociedade.
(ASSIS, 2003, p. 22).
As HQ são atraentes e, por isso, conquistam leitores que poderão
ingressar em outros gêneros também, assim, formam-se leitores permanentes
e incentiva-se o hábito da leitura, um hábito saudável e necessário. As HQ
contribuem muito para a formação inicial deste leitor, por serem estimulantes
visualmente e por conterem histórias simples e que provocam a curiosidade e a
imaginação da criança ou do adulto.
As HQs são obras em que há a presença dos signos linguísticos e
visuais, pois nelas estão presentes a linguagem verbal e a linguagem
não-verbal. Nessa direção, os signos possuem o papel de auxiliar o homem a
interpretar a realidade que o cerca e estão presentes em toda parte. Bakhtin
(2002, p. 33) explicita que:
[...] cada signo ideológico é não apenas um reflexo, uma
sombra da realidade, mas também um fragmento material
dessa realidade. Todo fenômeno que funciona como signo
ideológico tem uma encarnação material, seja como som, como
massa física, como cor, como movimento do corpo ou como
outra coisa qualquer.
Com relação à linguagem verbal, nas HQs ela se manifesta por meio
de diálogos, idéias, pensamentos que acontecem no interior de balões, os
quais, de acordo com os propósitos expressos pelos personagens, recebem
vários tipos de formato e classificação, além das legendas, que quando se
fazem presentes, manifestam as vozes dos narradores (CIRNE, 1977). Cereja
e Magalhães (2003) apresentam vários exemplos de balão: i.) balão-cochicho
ou balão sussurro, com linhas pontilhadas, utilizado para expressar a ideia de
que os personagens estão conversando baixo; ii.) balão-fala, o qual possui o
contorno em linha contínua; iii.) balão-pensamento, que possui o rabicho em
forma de bolhas; iv.) balão-grito, com o contorno tremido para expressar susto,
medo ou irritação;v.) balão-imagem, que possui uma imagem, um desenho e
não possui fala;vi.) balão-uníssono, que expressa a fala de vários personagens
concomitantemente; vii.) balão-transmissão, que mostra a transmissão de
aparelhos eletrônicos.
Há também o tamanho da letra das HQs que expõe características
importantes no processo da leitura, como o volume da voz, demonstrando se a
fala é sussurrada, gritada ou em tom natural. As letras geralmente são de
fôrma, maiúsculas e desenhadas à mão. Ao utilizar o tamanho da letra,
modificando-a para maior ou menor, o autor pode indicar um tom mais alto
(revela segurança, decisão, vigor) ou mais baixo (constituindo timidez, medo ou
submissão) (HIGUCHI, 2000).
Ainda com relação à linguagem verbal presente nas HQs, outros
elementos contribuem para a compreensão das histórias, como o título e o
subtítulo. O primeiro auxilia na antecipação do assunto e, o segundo,
complementa o título, explicando-o.
No desenrolar dos diálogos há a correspondência entre vários signos,
como por exemplo, as interjeições, onomatopeias e metáforas visuais, recursos
que proporcionam vivacidade às tramas das histórias. A correlação entre os
signos presentes nas HQs, “[...] se complementam, reforçam-se, um
comportando o outro e permitindo que o leitor preencha as lacunas como um
leitor ativo” (FOGAÇA, 2003, p.124).
As metáforas visuais são produzidas pelos autores das HQs para
expressarem várias situações, como por exemplo, um alimento quando o
personagem está com fome; dinheiro quando o personagem está pensando em
tornar-se rico; uma lâmpada quando o personagem tem uma ideia; estrelinhas
para mostrar que o personagem levou um tombo; dentre outras. Vergueiro
(2010) especifica que as metáforas visuais auxiliam significativamente na
abrangência da linguagem verbal no decorrer da leitura.
Além da compreensão e interação da linguagem verbal e não-verbal,
Ramos e Feba (2011) enfatizam para a leitura das HQs a importância da
compreensão de cada quadro em particular juntamente com a união de todos
os quadros presentes nas histórias, atrelados aos signos linguísticos e visuais.
O quadrinho ou vinheta, segundo (VERGUEIRO, 2010, p. 35).
[...] constitui a representação, por meio de uma imagem fixa, de
um instante específico ou de uma sequência interligada de
instantes, que são essenciais para a compreensão de uma
determinada ação ou acontecimento. Isso que dizer, portanto,
que um quadrinho se diferencia de uma fotografia, que capta
apenas um instante, um átimo de segundoem que o diafragma
da máquina fotográfica ficou aberto. Assim, dentro de um
mesmo quadrinho podem estar expressos vários momentos,
que, vistos em conjunto, dão a ideia de uma ação específica
(VERGUEIRO, 2010, p. 35).
Nos dias atuais, os quadrinhos possuem vários formatos, de acordo
com o gosto e a criatividade dos autores. As linhas que contornam cada quadro
expressam informações importantes para o leitor. Vergueiro (2010) exemplifica
que as linhas contínuas são empregadas para expressar a ação real em que os
personagens estão atuando. Já as linhas pontilhadas expressam que a ação
ocorreu no passado ou ainda de costume. Há também autores que não fazem
uso da linha que marca os quadrinhos.
É importante também, ainda segundo Vergueiro (2010, p. 39), a
existência de autores que em algumas circunstâncias apresentam os
personagens e os acontecimentos fora dos quadrinhos e outros em que os
quadrinhos aparecem relacionados entre si, onde a ação “[...] sendo contada
de forma a virtualmente transpassar os quadrinhos”.
De acordo com a recomendação dos PCN de Língua Portuguesa do
Ensino Fundamental para o uso dos gêneros do discurso no contexto da sala
de aula, particularmente para o trabalho com a leitura, bem como o
oferecimento de um contato intenso e sistematizado dos alunos com a
literatura, o gênero discursivo Histórias em Quadrinhos tem encontrado
destaque. Em suas histórias, os autores das HQs expressam diferentes modo
de viver, oferecendo ao leitor leituras significativas com o uso de signos
variados que vão ao encontro do gosto e das necessidades atuais, atrelados às
aspirações humanas expressas desde tempos mais antigos, “[...] aguçando sua
curiosidade e desafiando seu senso crítico” (VERGUEIRO, 2010, p. 21). Nesse
contexto, Custódio (2007, p. 65) salienta que por meio das HQs “[...] pode-se
tratar de qualquer assunto, em qualquer disciplina ou grau de ensino. A
contribuição para a Língua Portuguesa, Redação, Leitura e Educação Artística
dispensa comentários”.
Assim, a exploração didática bem planejada pelo profissional docente
no trabalho com a leitura por meio da linguagem verbal atrelada à linguagem
não verbal presente no gênero HQs possibilita o uso desses materiais nas
salas de aula, com vistas à formação do leitor competente, conforme é
desejável e esperado. Diante de tantas novidades tecnológicas pelas quais os
estudantes têm demonstrado interesse, as HQs possibilitam o encontro do
leitor com a leitura, o qual no decorrer do tempo e as modificações sociais
descobre com nessas obras leituras dinâmicas e motivadoras
3. PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE ENSINO
3.1Tema e linha de pesquisa
A importância da leitura e o valor pedagógico das histórias em
quadrinho, nas séries iniciais do ensino fundamental.
3.2 Justificativa
Percebemos que a realidade atual vem afastando cada vez mais
nossos alunos do ato de ler. Aspectos como computadores, videogames, TV, o
acesso restrito a leitura no núcleo familiar, e a falta de incentivo. Têm
ocasionado pouco interesse para leitura e por consequência dificuldades
marcantes que sentimos na escola como: vocabulário precário, reduzido e
informal, dificuldade de compreensão, erros ortográficos, poucas produções
significativas dos alunos, conhecimentos restritos aos conteúdos escolares.
Faz-se assim necessário que a escola busque resgatar o valor da
leitura, como ato de prazer e requisito para emancipação social e promoção da
cidadania. A leitura nunca se fez tão necessária nos bancos escolares. De um
lado há o aumento nas fontes de pesquisa e uma crescente preferência pelo
construtivismo.
Por outro lado, vemos a grande dificuldade de nossos alunos em
compreender questões eliminatórias no vestibular onde só se obtém êxito
quem tiver por hábito se atualizar através de jornais, revistas e livros. Através
da leitura o ser humano consegue se transportar para o desconhecido,
explorá-lo, decifrar os sentimentos e emoções que o cercam e acrescentar vida
ao sabor da existência. Pode então, vivenciar experiências que propiciem e
solidifiquem os conhecimentos significativos de seu processo de
aprendizagem.
Neste sentido pensamos ser dever, de nossa instituição de ensino,
juntamente com professores e equipe pedagógica propiciar aos nossos
educandos momentos que possam despertar neles o gosto pela leitura, o amor
ao livro, a consciência da importância de se adquirir o hábito de ler. O aluno
deve perceber que a leitura é o instrumento chave para alcançar as
competências necessárias a uma vida de qualidade, produtiva e com
realização.
Sabemos que, do hábito de leitura, dependem outros elos no processo
de educação. Sem ler, o aluno não sabe pesquisar, resumir, resgatar a ideia
principal do texto, analisar, criticar, julgar, posicionar-se. Daí a nossa certeza
que este projeto contará com o apoio de todos os professores, independente
da disciplina que lecionam, pois a equipe docente tem plena consciência de
que o aluno deve ter o domínio sobre a língua oral e escrita, tendo em vista sua
autonomia e participação social.
Assim estimulando a leitura, faremos com que nossos alunos,
compreendam melhor o que estão aprendendo na escola, e o que acontece no
mundo em geral, entregando a eles um horizonte totalmente novo.
3.3 Problematização
De que forma é possível buscar o gosto pela leitura puramente
pelo prazer de ler?
3.4 Objetivo Geral;
Despertar o prazer da leitura e aguçar o potencial cognitivo e criativo
do aluno;
Objetivos Específicos;
-Promover o desenvolvimento do vocabulário, favorecendo a
estabilização de formas ortográficas;
-Possibilitar o acesso aos diversos tipos de leitura na escola, buscando
efetivar enquanto processo a leitura e a escrita.
-Estimular o desejo de novas leituras;
-Possibilitar a vivência de emoções, o exercício da fantasia e da
imaginação;
-Possibilitar produções orais, escritas e em outras linguagens;
-Proporcionar ao indivíduo através da leitura, a oportunidade de
alargamento dos horizontes pessoais e culturais, garantindo a sua formação
crítica e emancipadora.
3.5 Conteúdos
-Valorização da leitura como uma fonte de prazer e entretenimento.
-Interesse por compartilhar opiniões, idéias e preferências acerca dos
livros lidos.
-Desenvolvimento de estratégias de argumentação para defender
ideias e pontos de vista sobre os livros lidos.
-Desenvolvimento de critérios de escolha e de indicação de livros.
- Leitura e interpretação oral de histórias em quadrinhos.
- Reconhecimento das linguagens simbólicas nos gibis;
3.6. Processo de desenvolvimento
É fundamental entender que o processo de leitura é gradativo, que
devem ser respeitadas as diferenças individuais e não se deve punir e criticar a
criança por ela estar lendo ou escrevendo como outra da mesma idade. Isso
poderia atrapalhar o seu desenvolvimento, gerando nela sentimento de
insegurança e incapacidade.
Desta forma, será realizado atividades de leitura e escrita, tanto
individuais como coletivas, onde os educandos terão a sua disponibilidade os
materiais e as ferramentas necessárias para o desenvolvimento de suas
atividades e aprendizagens. Em primeiro momento, será contado historias,
disponibilizando figuras, vídeos com textos ilustrados, gibis, e revistas, e será
feito uma interpretação das mesmas, onde a professora ira levantar hipóteses
de cada educando em relação às histórias, figuras, vídeos, para que possa
ocorrer uma interpretação e uma dinâmica sobre os fatos nos quais se
destacaram no decorrer dos processo da leitura e visualização.
Após, os alunos serão estimulados a produzir seus textos, os quais
primeiramente terão que escrever em seus cadernos, e no momento seguinte
ler para seus colegas e professor. Também será pedido que escolham uma
história e façam sua interpretação apenas com desenhos, demonstrando seu
entendimento através dos desenhos. No último momento os educandos irão
colocar seus trabalhos devidamente assinados no mural da escola, para quetodos possam visualizar e interagir com as atividades, estimulando assim a
prática de leitura e trabalho com textos.
3.7. Tempo para a realização do projeto
O tempo previsto para a atividade será de uma aula com 4 horas de
duração.
3.8 Recursos humanos e materiais;
Os recursos utilizados serão o caderno dos alunos, folhas sulfite em
branco, cartolinas, vídeos, gibis, revistas, livros infantis, quadro, giz de cera,
cola, lápis de cor e demais materiais disponibilizados em sala.
3.9 Avaliação
A avaliação será de forma contínua, cujo objetivo não será apenas a
atribuição de notas, mas também será uma possibilidade de reflexão sobre a
própria prática pedagógica. O aluno não deve ser avaliado por um único
trabalho que tenha executado, mas pelo conjunto de atividades realizadas, o
que possibilita observar o desenvolvimento de suas diversas capacidades e
habilidades. O aluno deverá demonstrar interesse, disposição e participação
nas atividades realizadas no decorrer do processo de aprendizagem.
Considerações Finais
A formação do leitor ideal constitui o maior desafio para os estudantes.
De fato, aprender a ler envolve diversos fatores. O texto deve despertar um
certo sentimento no leitor. Este, por sua vez, poderá tornar-se um leitor ideal,
tendo como parâmetro o que chama de leitor maduro, ou seja, aquele que é
capaz de deslocar e alterar o significado de tudo o que leu, assim tornará mais
profunda a sua compreensão dos livros, dos povos e da vida. Por isso, a leitura
deve ser vista como uma fonte inesgotável de pesquisa e não como uma
simples decodificação de símbolos gráficos.
O educador tem importante papel na formação de alunos leitores. Para
tanto, se faz necessário adotar práticas que despertem o interesse, a
imaginação e o gosto pela leitura. Além de, priorizar o entendimento e a
compreensão do que está sendo lido. É fundamental que o professor faça esta
mediação, mostrando o texto como algo prazeroso e não como instrumento de
avaliação e tarefa. Se o professor não for crítico, sensível, consciente e um
bom leitor, jamais poderá passar o prazer do texto aos seus alunos.
A leitura pode exercer diferentes funções na escola, como informar,
educar, entreter, persuadir ou expressar uma opinião ou ideia. O leitor crítico é
aquele que cria seu próprio texto com base no que foi lido, concordando ou
discordando da ideia principal. Aprender a ler e se tornar um leitor crítico que
além de realizar leitura compreende o texto, exige empenho, tanto por parte do
aluno quanto por parte de quem propõe o trabalho com a leitura. É preciso que
ambos entendam que não se lê só para aprender a ler, mas sim para responder
às suas necessidades pessoais, tornando-se sujeito capaz de interagir com o
mundo e nele atuar como cidadão.
Na formação do leitor crítico, é pertinente considerar que formar um
leitor com esta característica é também desenvolver uma prática de leitura que
desperte e cultive o desejo de ler, ou seja, uma prática pedagógica eficiente
que dê suporte ao aluno para realizar o esforço intelectual de ler não só textos
simples, mas que proporcione a progressividade das leituras, visando capacitar
o leitor para textos cada vez mais complexos
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fundamentais do método sociológico na ciência da linguagem. Tradução
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(Orgs.). Como usar as histórias em quadrinhos na sala de aula. 4. ed. São
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