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UNIVERSIDADE AGOSTINHO NETO - Gestão Industrial

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UNIVERSIDADE AGOSTINHO NETO 
FACULDADE DE ENGENHARIA 
DEPARTAMENTO ENGENHARIA DE MECÂNICA 
 
 
 
TRABALHO ANALÍTICO PARA AVALIAÇÃO DA 
CADEIRA 
 
Gestão Industrial 
 
Procedimentos utilizados para a constituição de uma 
empresa produtora de compotas 
 
Apresentação da empresa C&F, Lda. 
 
5º ano – Turma A 
 
Docente: 
Jone Heitor, PhD. 
 
 
 
 
Maio de 2021 
 
 
 
Integrantes do grupo: 
Cristo M. Tavares Pompi – 108723 
Ferreira António Zombo - 94031 
 
 
Gestão Industrial 
 
Procedimentos utilizados para a constituição de uma empresa 
produtora de compotas 
Apresentação da empresa C&F, Lda. 
 
Trabalho da cadeira de Gestão Industrial, 
apresentado à Faculdade de engenharia do DEI de 
Mecânica da Universidade Agostinho Neto, como 
parte dos requisitos para conclusão do programa 
de trabalho para o segundo semestre do 5º ano. 
Docente: Jone Heitor, PhD. 
 
 
 
 
 
Maio de 2021
i 
 
 
Epígrafe 
 
"Não encontro defeitos, encontro soluções. Qualquer um sabe queixar-se." 
Autor- Henry Ford 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ii 
 
 
Resumo 
 
O presente trabalho, se resume em um estudo feito sobre os métodos e procedimentos 
utilizados para a concepção de empresas em Angola, com a finalidade de constituir uma 
empresa-indústria para transformação de frutas em compotas. 
Para o efeito, o trabalho apresenta as demais definições e os conceitos sobre cada 
componente, constituição e as demais partes importantes desta empresa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
iii 
 
 
Summary 
 
The present work is summarized in a study carried out on the methods and procedures used 
to design companies in Angola, with the purpose of establishing an industry-company for the 
transformation of fruit into jams. 
For this purpose, the work presents the other definitions and concepts about each component, 
constitution and other important parts of this company. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
iv 
 
 
Lista de Figuras 
Figura 1: Compotas - Geleias ilustração dos produtos fabricados pela C&F, Lda. ............. 27 
Figura 2 Fluxograma do processo de produção .................................................................... 31 
Figura 3 Contetor Frigorífico para conservação das frutas .................................................. 32 
Figura 4 Mesa Inóx para seleção de frutas ........................................................................... 33 
Figura 5 - Máquina para lavagem de frutas por borbulhamento .......................................... 33 
Figura 6 Descascador de Frutas ............................................................................................ 34 
Figura 7 Despolpadeira de frutas .......................................................................................... 34 
Figura 8: Tachos para concentração dos produtos................................................................ 36 
Figura 9: Equipanto pasterizador de garrafas ....................................................................... 37 
Figura 10 Máquina Envasadora com Mixer e aquecimento ................................................. 37 
Figura 11: Resumo dos termos relacionados à Custos ......................................................... 42 
Figura 12: Fluxo de caixa da empresa / Receitas e Despesas ............................................... 47 
Figura 13 Organograma da Empresa .................................................................................... 49 
 Lista de Tabelas 
Tabela 1 Incentivos fiscais de acordo a divisão do território Nacional ................................ 21 
Tabela 2 Contabilidade Gerencial - Matéria Prima .............................................................. 38 
Tabela 6: Capacidade Diária de Produção ............................................................................ 40 
Tabela 7: Faturação Diária - Mensal .................................................................................... 40 
Tabela 5: Recursos Humanos da Empresa ........................................................................... 48 
Anexos 
Inapem MPME Processos de certificação…………………………………………………..1 
Taxas IRT…………………………………………………………………………………...2 
Tabela IRT…………………………………………………………………………………..3 
Declaração de atividade tributária…………………………………………………………..4 
Requisição de Alvará Comercial……………………………………………………………5 
Auto Vistoria de Alvará comercial………………………………………………………….6 
Pedido de certificado de admissibilidade de firma ou de denominção social………………7 
Alvara comercial – Modelo…………………………………………………………………8 
file:///C:/Users/ENG.TAVARES/Desktop/UAN/UNIVERSIDADE%20AGOSTINHO%20NETO%20-%20Trabalho%20de%20gestão%20Industrial.docx%23_Toc74559046
file:///C:/Users/ENG.TAVARES/Desktop/UAN/UNIVERSIDADE%20AGOSTINHO%20NETO%20-%20Trabalho%20de%20gestão%20Industrial.docx%23_Toc74559051
file:///C:/Users/ENG.TAVARES/Desktop/UAN/UNIVERSIDADE%20AGOSTINHO%20NETO%20-%20Trabalho%20de%20gestão%20Industrial.docx%23_Toc74559053
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v 
 
Formulário - certificado da MPME…………………………………………………………9 
Formulário Único para constituição de empresa…………………………………………..10 
Registo Estatístico de Empresas…………………………………………………………...11 
INSS Requerimento de cadastro de entidade empregadora………………………………..12 
Minuta da declaração de trabalhadores MPME……………………………………………13 
Pedido de vistoria instalações comerciais………………………………………………….14 
Termo de responsabilidade MPME………………………………………………………. .15 
MPME pedido de financiamento………………………………………………………….. 16 
Pacto de sociedade por quotas complexa…………………………………………………...17 
 
Índice 
 
1. Introdução ........................................................................................................................ 1 
2. Objectivos ......................................................................................................................... 2 
3. Empresa ............................................................................................................................ 3 
3.1 Tipos de Empresa ................................................................................................................ 3 
3.2 Elementos fundamentais de uma Empresa ........................................................................ 4 
3.3 Classificação de uma Empresa ............................................................................................ 5 
4. Impostos sobre rendimento do trabalho (IRT) .................................................................... 8 
4.1 Incidência objectiva ............................................................................................................. 8 
4.2 Incidência Subjectiva ........................................................................................................... 8 
2.3 Isenções ............................................................................................................................. 10 
2.4 Determinação Da Matéria Colectável ............................................................................... 11 
2.5 TAXAS ................................................................................................................................ 12 
2.6 Liquidação ......................................................................................................................... 13 
2.7 Pagamento E Entrega ........................................................................................................ 14 
2.8 Penalidades ....................................................................................................................... 15 
5. Imposto Sobre o Valor Acrescentado- IVA ....................................................................... 15 
5.1 Regime Geral ..................................................................................................................... 15 
5.2 Regime Simplificado .......................................................................................................... 16 
5.3 Regime de Exclusão ........................................................................................................... 16 
5.3 Taxas .................................................................................................................................. 17 
 
vi 
 
5.4 Incidência e facto gerador ................................................................................................. 17 
5.5 CIVA ................................................................................................................................... 19 
5.6 Penalizações ...................................................................................................................... 19 
6. Insentivos Fiscais ............................................................................................................. 20 
6.3 Regime Fiscal Das Micro, Pequenas E Médias Empresas .................................................. 20 
6.2 Taxa de incentivos Fiscais de acordo as zonas .................................................................. 21 
6.3 Obrigações Contabilísticas ................................................................................................ 22 
7. A Empresa Compotas e Frutas, Lda. ................................................................................. 23 
7.1 Contrato de Sociedade por Quotas ................................................................................... 23 
7.2 Forma Jurídica da Empresa C&F ........................................................................................ 25 
7.3 Quem Somos? ................................................................................................................... 26 
7.3.1 Missão ....................................................................................................................... 27 
7.3.2 Visão .......................................................................................................................... 28 
7.3.3 Valores ....................................................................................................................... 28 
7.4 Nossos Produtos ................................................................................................................ 28 
7.4.1 Matéria prima............................................................................................................ 29 
7.4.2 Ingredientes .............................................................................................................. 29 
7.4.3 Frutas ......................................................................................................................... 29 
7.4.4 Pectina ....................................................................................................................... 29 
7.4.5 Glicose ....................................................................................................................... 30 
7.4.6 Açúcar ........................................................................................................................ 30 
7.4.7 Ácido .......................................................................................................................... 30 
7.5 Fluxograma De Produção E Etapas Do Processamento .................................................... 31 
6. Conclusão ................................................................................ Erro! Indicador não definido. 
7. Recomendações ....................................................................... Erro! Indicador não definido. 
8. Bibliografia ..................................................................................................................... 51 
 
 
 
 
 
 
 
1 Compotas e frutas, Lda. – Cristo & Ferreira / C&F, Lda. engtavares@outlook.pt / ferreirazombo@gmal.com 
1. Introdução 
 
A busca por melhores condições de vida e auto sustentabilidade, levam o homem a explorar 
e a buscar as demais técnicas e formas de investir ou apostar em projetos que geram lucros, 
sejam esses pequenos, médios e grandes. 
E para tal, existem uma série de processos e procedimentos a serem implementados para 
atingir esses objetivos. Aqui está uma oportunidade de negócios de baixo custo inicial e que 
pode ser feita em casa. Para este projeto, usamos as compotas como solução a grande 
quantidade de frutas produzidas no país que devido a falta de escoamento acabam 
degradando. 
Uma empresa produtora de compotas, está possibilitada a comercializar seus produtos em 
diferentes mercados, independentemente do nível de exigência, ficando a opção por conta do 
empresário em função apenas do tipo de organização adotada. 
Também deve ser ressaltado que as indústrias do ramo alimentício são unidades que 
requerem um ambiente bastante asseado, uma vez que a higiene é um fator fundamental a 
obtenção de produtos com qualidade. Esta característica deve se estender a todos os 
funcionários. 
A produção deste gênero alimentício é comumente encontrada nas grandes capitais em sua 
forma industrializada, assim como em pequenas comunidades e cidades que praticam a 
fabricação de maneira artesanal. 
A constituição básica dos doces na maioria das vezes é composta unicamente por partes 
comestíveis de vegetais ou possíveis combinações entre frutas, legumes, hortaliças, alguns 
tipos de farinhas vegetais e outros alimentos, como o açúcar, que está presente em quase 
100% dos produtos. 
 
 
 
 
 
2 Compotas e frutas, Lda. – Cristo & Ferreira / C&F, Lda. engtavares@outlook.pt / ferreirazombo@gmal.com 
2. Objectivos 
 
O presente trabalho tem como principal objectivo, apresentar a empresa 
produtora de compotas. 
Assim sendo, os objectivos específicos são: 
▪ Definir o tipo de empresa (Sociedade); 
▪ Classificar as empresas de acordo as leis Angolanas; 
▪ Apresentar as Leis Angolanas e Instituições de apoio para as MPME; 
▪ Detalhar os impostos e Incentivos fiscais para as MPME em Angola; 
▪ Apresentar o funcionamento da empresa; 
▪ Falar da importância dessa empresa e do produto por ela transformado; 
▪ Apresentar os valores investidos para a sua concepção e sustento; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 Compotas e frutas, Lda. – Cristo & Ferreira / C&F, Lda. engtavares@outlook.pt / ferreirazombo@gmal.com 
3. Empresa 
 
É uma organização com fins lucrativos que realiza atividades econômicas com finalidades 
comerciais, por meio da produção e venda de bens ou serviços. 
Também conhecida como atividade empresarial, um dos objetivos principais de uma empresa 
é o ganho econômico, a geração de lucro que resulta do serviço prestado ou do produto 
comercializado. 
A principal atividade econômica, organizada para a produção ou circulação de bens ou 
serviços, leva a satisfação dos interesses tanto do vendedor como de seus clientes. 
Assim sendo, pode-se dizer que uma das características principais da empresa é o seu fim 
econômico, visando à obtenção de lucros em sua atividade exercida. 
Para desenvolver uma actividade empresarial, é necessário decidir qual a figura jurídica que 
melhor convém para servir de veículo no desenvolvimento de cada negócio. Como tal, uma 
das primeiras informações a obter pelo empreendedor consiste em saber qual o figurino 
jurídico mais adequado para a empresa a criar, ou para o negócio que se pretende 
implementar. 
Importa olhar para as formas jurídicas disponíveis e analisar se é melhor ser um empresário 
em nome individual, constituir-se como uma Unipessoal (de responsabilidade limitada ou 
por acções) ou, ainda, constituir uma SociedadeComercial. 
3.1 Tipos de Empresa 
 
Um dos problemas que o empreendedor tem de resolver quando pretende 
estruturar um negócio é a escolha do formato jurídico da empresa a constituir. 
Para ganhar vantagem competitiva à partida, ele deverá ter em conta que património afectar 
ao negócio, que nível de responsabilidade pretende assumir perante os credores, qual 
o montante do capital a investir, a que fontes de investimento recorrer (próprias ou 
alheias) e, ainda, se pretende realizar o empreendimento individualmente ou com 
outros sócios. 
 
 
4 Compotas e frutas, Lda. – Cristo & Ferreira / C&F, Lda. engtavares@outlook.pt / ferreirazombo@gmal.com 
 
Isto impõe a necessidade de conhecer quais os tipos de empresas juridicamente 
possíveis de serem constituídas de modo a escolher, de entre as opções oferecidas, 
aquela que melhor se ajuste ao modelo de governação e tamanho pretendido para o 
negócio e, ainda, o regime tributário e os escudos fiscais de que poderá beneficiar. 
Assim sendo, os diferentes formatos jurídicos existentes no ordenamento angolano divididos 
em duas categorias: Singulares e Coletivas – nas quais encontramos diferentes tipologias de 
sociedades: 
Empresas Singulares 
A. Empresa em Nome Individual 
B. Sociedade Unipessoal 
C. Por Quotas 
D. Anónima (por acções) 
Empresas Colectivas 
1) Sociedade em Nome Colectivo 
2) Sociedade por Quotas 
3) Sociedade Anónima 
4) Sociedade em Comandita 
5) Simples 
6) Por Acções 
7) Cooperativas. 
3.2 Elementos fundamentais de uma Empresa 
 
As empresas são formadas por três elementos ou recursos: 
I. Materiais - Engloba matéria-prima, maquinário, tecnologia e toda a logística 
necessária para que a empresa funcione; 
 
 
 
 
5 Compotas e frutas, Lda. – Cristo & Ferreira / C&F, Lda. engtavares@outlook.pt / ferreirazombo@gmal.com 
 
II. Humanos - Empresários, administradores e funcionários que ocupam cargos e 
executam funções na empresa. Clientes, consumidores e fornecedores também fazem 
parte dessa categoria; 
III. Financeiros - Dinheiro para investimentos, compra de matéria-prima, pagamento de 
funcionários e pagamento de impostos. 
3.3 Classificação de uma Empresa 
 
As empresas podem ser classificadas em 4 formas: 
I. Quanto à atividade produtiva: 
 
Primárias ou Extrativas – São aquelas que vão à natureza buscar os produtos ou matérias-
primas, ou seja, obtêm os recursos a partir da natureza, como é o caso das pecuárias, agrícolas 
e pesqueiras; 
 
Secundárias – São aquelas que vão à vão buscar o produto nas empresas primárias para 
transformar. Dedicam-se à transformação de matérias-primas, como acontece com as 
indústrias e as da construção civil; 
 
Terciárias – São empresas que se dedicam à prestação de serviços ou ao comércio. 
 
II. Quanto à Propriedade e gestão dos meios de produção: 
 
Privadas – São aquelas cujas propriedades e meios são privados ou particulares; 
Públicas ou Estatais – Quando as propriedades e os meios são públicos ou mistos; 
Mistas – Quando as propriedades e os meios são públicos e privados. 
 
III. Quanto à forma Jurídica: 
1. Sociedade Empresária Limitada (Ltda.) 
2. Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (E.I.R.E.L.I) 
3. Empresa Singular 
 
 
6 Compotas e frutas, Lda. – Cristo & Ferreira / C&F, Lda. engtavares@outlook.pt / ferreirazombo@gmal.com 
4. Empresas Comerciais 
• Sociedade Unipessoal; 
• Sociedade Por quotas; 
• Sociedade Anónima; 
• Sociedade em nome Coletivo; 
Lei n.º 1/04, de 13 de Fevereiro - Lei das Sociedades Comerciais e demais Legislação. 
IV. Quanto à Dimensão. 
O Executivo Angolano vem há muito implementando medidas destinadas a incentivar o 
empresariado privado nacional, em particular, fomentando o desenvolvimento das micro, 
pequenas e médias empresas. 
Note-se que, tradicionalmente, as Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME) têm sido 
dos principais instrumentos de sustentação das economias modernas, incluindo as dos países 
mais desenvolvidos, não apenas por participarem na redução do desemprego, mas também 
por se ajustarem às necessidades das comunidades e, com isso, contribuírem 
significativamente para a redução da informalidade e da pobreza. 
Esse fomento, que tem assento na Lei das Micro, Pequenas e Médias Empresas (Lei n.º 30/11, 
de 13 de Setembro), por sua vez regulamentada pelo Regulamento da Lei n.º 30/11, de 13 de 
Setembro, das Micro, Pequenas e Médias Empresas (aprovado pelo Decreto Presidencial n.º 
43/12, de 13 de Março), verifica-se através da adopção e implementação de uma ambiciosa 
estratégia de fomento das MPME, da simplificação de práticas administrativas, da 
regulamentação e da facilitação do acesso aos mercados e a novas oportunidades de negócios, 
bem como da formalização de parcerias visando o desenvolvimento de novos produtos e 
serviços em geral. 
Importa ainda notar que apenas são consideradas como Micro, Pequenas e Médias Empresas 
as entidades que tenham adoptado, na sua constituição, a forma de sociedades em nome 
colectivo ou sociedades por quotas (artigo 3.º, n.º 1, do Regulamento da Lei n.º 30/11, de 13 
de Setembro, das Micro, Pequenas e Médias Empresas). 
 
 
 
7 Compotas e frutas, Lda. – Cristo & Ferreira / C&F, Lda. engtavares@outlook.pt / ferreirazombo@gmal.com 
 
Por sua vez, as sociedades unipessoais são equiparadas, pelo artigo Sexto, n.º 3, do Ofício 
Circular n.º 4268/GMJDH/2013, de 29 de Agosto de 2013, aos micro, pequenos e médios 
empreendedores, seguindo o enquadramento por categoria e a tipologia definida no artigo 5.º 
da Lei das Micro, Pequenas e Médias Empresas e no artigo 4.º do Regulamento da Lei n.º 
30/11, de 13 de Setembro, das Micro, Pequenas e Médias Empresas. 
As MPME distinguem-se através de dois critérios: o número de trabalhadores efectivos e o 
volume de facturação total anual, sendo esta última a prevalecente sempre que for necessário 
decidir sobre a classificação das mesmas (artigo 5.º, n.º 1, da Lei das Micro, Pequenas e 
Médias Empresas). Nos termos do n.º 2 do artigo 5.º da Lei das Micro, Pequenas e Médias 
Empresas, consideram-se: 
a) Micro – Empresa: Aquelas que empreguem até 10 trabalhadores e/ou tenham uma 
facturação bruta anual não superior em Kz ao equivalente a USD 250 mil; 
 
b) Pequena Empresa: São aquelas que empreguem mais de 10 e até 100 trabalhadores 
e/ou tenham uma facturação bruta anual em Kz superior ao equivalente a USD 250 
mil e igual ou inferior a USD 3 milhões; 
 
c) Média Empresa: São aquelas que empreguem mais de 100 até 200 trabalhadores 
e/ou tenham uma facturação bruta anual em Kz superior ao equivalente a USD 3 
milhões e igual ou inferior a USD 10 milhões. 
Das classificações acima apresentas, quanto a dimensão das empresas onde se enquadra o 
presente trabalho, tem ainda o grupo das grandes empresas. 
d) Grandes Empresas: O número de funcionários é superior a 200 e o volume de 
negócios em Kz é superior a USD 10 milhões. Possui as mais altas tecnologias e 
trabalhadores altamente qualificados. 
 
Todo o conteúdo apresentado acima se baseia as leis angolanas que regem a constituição e 
classificação das empresas. 
 
 
 
 
 
8 Compotas e frutas, Lda. – Cristo & Ferreira / C&F, Lda. engtavares@outlook.pt / ferreirazombo@gmal.com 
4. Impostos sobre rendimento do trabalho (IRT) 
(Lei n.º 18/14, de 22 de Outubro, com as alterações introduzidas pela Lei n.º 28/20, de 22 de Julho). 
Incidência (subjectiva e objectiva) 
O novo CIRT segmenta os rendimentos de trabalho em grupos de tributação, nomeadamente, 
Grupo A, B e C 
4.1 Incidência objectiva 
Grupo A - Todas as remunerações pagas pela entidade patronal aos trabalhadores por conta 
de outrem, incluindo funcionários públicos; 
Neste grupo incluem-se: 
 • Todas as remunerações percebidas pelos trabalhadores por conta de outrem e pagas por 
uma entidade patronal, por força de vínculo laboral como definido nos termos da Lei Geral 
do Trabalho; 
 • Os rendimentosdos trabalhadores cujo vínculo de emprego se encontra regulado pelo 
Regime Jurídico da Função Pública; 
 • Os rendimentos auferidos por titulares dos órgãos sociais das pessoas colectivas; 
Grupo B - Todas as remunerações pagas aos trabalhadores por conta própria, que 
desempenham, de forma independente, actividades profissionais constantes da tabela de 
profissões anexa ao Código, bem como os rendimentos percebidos pelos titulares de cargos 
de gerência e administração ou de órgãos sociais de sociedades. 
Grupo C - Todos os rendimentos recebidos pelo desempenho de actividades industriais e 
comerciais, que se presumem todas as constantes na tabela de lucros mínimos em vigor. 
4.2 Incidência Subjectiva 
 
Rendimentos de: 
a) Pessoas singulares 
b) Com ou sem residência em Angola 
 
 
9 Compotas e frutas, Lda. – Cristo & Ferreira / C&F, Lda. engtavares@outlook.pt / ferreirazombo@gmal.com 
C) Cujos rendimentos sejam obtidos por serviços prestados a pessoas singulares ou colectivas 
com domicílio, ou estabelecimento estável em Angola 
Não sujeição 
Não constituem matéria colectável do IRT: 
As prestações sociais pagas pelo Instituto Nacional da Segurança Social, reconhecidas na 
Legislação de Segurança Social (Subs. de Maternidade, Subs. Aleitamento, Subsídio de 
Funeral, Abono de Família etc.); 
As gratificações de fim de carreira no âmbito da relação jurídica laboral que não ultrapassem 
os limites máximos previstos na Lei Geral do Trabalho; 
Os abonos para falhas, em montante que não ultrapassem o limite máximo estabelecido para 
a função pública; 
O abono de família, pago pela entidade empregadora, em montante que não ultrapasse o 
limite máximo de 5% do ordenado base do trabalhador, excluídos os trabalhadores sujeitos 
ao regime remuneratório da função pública; 
Às contribuições para à segurança social; 
Os subsídios de renda de casa até ao limite de 50% do valor do contrato de arrendamento, 
excluídos os trabalhadores sujeitos ao regime remuneratório da função pública. (carece da 
entrega de cópia do contrato na Repartição Fiscal, caso contrário constitui matéria colectável 
na sua totalidade); 
As compensações pagas a trabalhadores por rescisão contratual independentemente de causa 
objectiva, que não ultrapassem os limites mínimos previstos na Lei Geral do Trabalho; 
Os salários e outras remunerações pagas aos trabalhadoreseventuais agrícolase 
aostrabalhadores domésticoscontratados directamente por pessoas singulares ou agregados 
familiares; 
Os subsídios atribuídos por lei aos cidadãos nacionaisportadores de deficiênciasmotoras, 
sensoriais e mentais; 
 
 
 
10 Compotas e frutas, Lda. – Cristo & Ferreira / C&F, Lda. engtavares@outlook.pt / ferreirazombo@gmal.com 
 
Os subsídios diários, os subsídios de representação, os subsídios de viagem e 
deslocaçãoatribuídos aos funcionários do Estado, que não ultrapassem os limites 
estabelecidos na legislação específica; 
Os subsídios diários de alimentação e transporte, atribuídos a trabalhadores dependentes não 
incluídos no ponto anterior, até ao limite de 30.000 Kwanzas do seu valor agregado 
(alimentação+transporte); 
O reembolso de despesasincorridas pelos trabalhadores dependentes ao serviço da entidade 
patronal (trabalhador entrega facturas de refeição ou bilhetes de viagens e é reembolsado pela 
entidade patronal); 
As gratificações de férias e o subsídio de natalaté ao limite de 100% do salário base do 
trabalhador. 
2.3 Isenções 
 
Estão isentos do IRT: 
• Os rendimentos dos funcionários diplomáticos sempre que haja reciprocidade de 
tratamento; 
• Os rendimentos auferidos pelo pessoal ao serviço de ONG’s quando exista 
reconhecimento prévio por escrito do Director Nacional de Impostos; 
• Os rendimentos auferidos pelos deficientes de guerra, com incapacidade igual ou 
superior a 50%, comprovada com documentação emitida por autoridade competente 
para o efeito; 
• Os rendimentos auferidos por cidadãos nacionais com + de 60 anos que derivem de 
trabalho por conta de outrem; 
• Rendimentos por conta de outrem abaixo do limite de isenção definido na tabela do 
IRT; 
• Rendimentos auferidos por pessoas singulares que prestem serviço militar nos órgãos 
de defesa e ordem interna, mas apenas os resultantes desta actividade; 
 
 
11 Compotas e frutas, Lda. – Cristo & Ferreira / C&F, Lda. engtavares@outlook.pt / ferreirazombo@gmal.com 
• Os rendimentos decorrentes do exercício das actividades dos Grupos de tributação A 
e B, auferidos pelos antigos combatentes, deficientes de guerra e familiares de 
combatentes tombados ou perecidos, desde que devidamente registados no 
Departamento Ministerial de Tutela. 
2.4 Determinação Da Matéria Colectável 
 
Grupo A - Trabalhadores por conta de outrem: 
A matéria colectável é constituída por todas as remunerações expressas em dinheiro ainda 
que auferidas em espécie, de natureza contratual e não contratual, periódicas ou ocasionais 
fixas ou variáveis, independentemente da sua proveniência, local, moeda, forma estipulada 
para o seu cálculo e pagamento, auferidas pelo trabalhador por conta de outrem, deduzidas 
da retribuição global das contribuições obrigatórias para a Segurança Social e das 
componentes remuneratórias não sujeitas ou isentas, nos termos do CIRT. 
• Dedução à retribuição global das contribuições obrigatórias para segurança social; 
• Dedução das componentes remuneratórias não sujeitas ou isentas do imposto; 
• Aplicação da tabela do IRT. 
Grupo B – Trabalhadores constantes da lista de profissões: 
A matéria colectável dos rendimentos pagos por pessoas singulares, colectivas ou 
equiparadas que possuam contabilidade ou modelo de contabilidade simplificada, 
corresponde ao valor do serviço. 
A matéria colectável dos rendimentos pagos por entidades sem contabilidade, é apurada pelo 
próprio sujeito passivo, com base na sua contabilidade, modelo de contabilidade 
simplificada, registos disponíveis sobre compras e vendas ou serviços prestados. 
• Quando os rendimentos forem pagos por pessoas colectivas ou singulares com 
contabilidade organizada – 70% do valor pago. 
• Com base na contabilidade ou registos contabilísticos do sujeito passivo, ou com base 
nos dados de que a administração fiscal disponha 
• São ainda deduzidos à matéria colectável apurada os seguintes encargos: 
o Renda de instalação 
 
 
12 Compotas e frutas, Lda. – Cristo & Ferreira / C&F, Lda. engtavares@outlook.pt / ferreirazombo@gmal.com 
o Remuneração do pessoal permanente não superior a três 
o Consumo de água e energia eléctrica 
o Comunicações 
o Seguros com o exercício da actividade 
o Trabalhos laboratoriais 
o Outras despesas que concorrem para formação do rendimento. Os custos 
referidos acima, são limitados a 30% do rendimento bruto. 
• Os 30% dos rendimentos a título de encargos dedutíveis, não são aplicáveis aos 
titulares dos cargos de gerência e administração ou titulares de órgãos sociais de 
sociedades, devendo os mesmos ser determinado nos termos do Grupo A. 
 Grupo C : 
Quanto aos rendimentos resultantes da pratica de actos de comércio ou desempenho de 
actividade industrial, o rendimento colectável é o constante na Tabela de Lucros Mínimos 
em vigor; 
Quando o volume de facturação exceda quatro vezes o valor máximo correspondente à sua 
actividade, de acordo com Tabela dos Lucros Mínimos, a matéria coletável corresponde ao 
volume total de vendas de bens e serviços não sujeitos a retenção na fonte em sede do Imposto 
Industrial. 
Os contribuintes deste grupo que possuam contabilidade, modelo de contabilidade 
simplificada ou livro de registo de compra e venda e serviços prestados têm direito a deduzir 
até 30% dos custos incorridos. 
2.5 TAXAS 
 
Grupo A 
À matéria colectável apurada por atribuição de rendimentos do Grupo A aplicam-se as taxas 
constantes na tabela anexa ao Código; 
Grupo B 
Aplica-se a taxa efectiva de 10,5% (15% sobre 70% da matéria colectávelapurada), quando 
se refere a retenção na fonte. 
 
 
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Quando se refere ao titular do rendimento, aplica-se a taxa de 15% sobre o valor dos 
rendimentos, após a dedução de 30% do valor, considerando como encargos fiscais ou os 
custos que prove ter gasto, mas até ao limite aqui estabelecido. 
Grupo C 
Quanto aos rendimentos sujeitos a retenção na fonte, nos termos do Código do Imposto 
Industrial, a taxa é de 6,5% (retenção na fonte) 
Quanto aos rendimentos resultantes da prática de actividades industriais ou comerciais, o 
rendimento colectável é o constante na Tabela de Lucros Mínimos em vigor, a taxa de 30%. 
Quando o volume de facturação exceda quatro vezes o valor máximo correspondente a sua 
actividade na Tabela dos Lucros Mínimos, a matéria coletável corresponde ao volume total 
de vendas de bens e serviços não sujeitos a retenção na fonte em sede do Imposto Industrial, 
a taxa é de 6,5%. 
2.6 Liquidação 
 
Grupo A 
A liquidação do imposto devido pela atribuição de rendimentos do Grupo A é efectuada pela 
entidade responsável pelo pagamento destes rendimentos (entidade empregadora), 
mensalmente, após efectuar as deduções legais, aplicando ao valor apurado o disposto na 
tabela de taxa sobre o IRT anexa ao Código e preenchimento do Documento de Liquidação 
de Imposto (Retenção na fonte). 
Grupo B 
É efectuada pela entidade pagadora desses rendimentos, quando se trate de pessoa colectiva 
ou pessoa singular com contabilidade organizada até ao final do mês seguinte ao do 
pagamento (retenção na fonte) 
É efectuada pela entidade pagadora desses rendimentos quando atribuídos aos titulares de 
cargos de gerência ou administração ou titulares de órgãos sociais (retenção na fonte) 
 
 
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É efectuada pelo contribuinte que auferiu o rendimento até ao final do mês de entrega da 
declaração anual de rendimentos, podendo deduzir à colecta do imposto, as retenções na fonte 
feitas pela entidade pagadora (autoliquidação). 
Grupo C 
É efectuada pela entidade pagadora desses rendimentos quanto se tratar de pessoa colectiva 
ou singular que disponha de contabilidade organizada até ao final do mês seguinte ao do 
pagamento (retenção na fonte) 
É efectuada pelo contribuinte através da aplicação da Tabela de Lucros Mínimos ou com 
base nos rendimentos obtidos (volume de facturação), quando o valor exceda quatro vezes o 
limite máximo da actividade, de acordo com Tabela dos Lucros Mínimos. (autoliquidação) 
2.7 Pagamento E Entrega 
O IRT é pago e entregue do seguinte modo: 
 Grupo A 
O imposto devido pela atribuição de rendimentos do Grupo A deverá ser entregue pela 
entidade empregadora, até ao final do mês seguinte ao do respectivo pagamento, na repartição 
fiscal competente sobre a área em que o trabalhador se encontra a desempenhar a prestação 
de trabalho. 
Grupo B 
Quanto aos rendimentos pagos por pessoas colectivas ou pessoas singulares com 
contabilidade organizada, o imposto devido deve ser entregue por estas, até ao final do mês 
seguinte ao do pagamento; 
Pelo titular do rendimento, até ao final do mês em que deve ser entregue a declaração anual 
de rendimentos, quanto aos rendimentos pagos por pessoas, singulares ou colectivas, sem 
contabilidade. 
Grupo C 
Quanto aos rendimentos pagos por pessoas colectivas ou singulares com contabilidade 
organizada, por estas, até ao final do mês seguinte ao do pagamento; 
 
 
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2.8 Penalidades 
 
A falta, inexactidão das várias declarações previstas no CIRT, bem como as omissões nelas 
praticadas são punidas com multa nos termos do Código Geral Tributário 
Os atrasos superiores a 30 dias na escrituração dos registos, são punidos com multa a apurar 
nos termos do Código Geral Tributário no valor mínimo de Kz 50.000. 
Verificado o atraso, e independentemente do procedimento para a aplicação da multa, a 
Repartição Fiscal manda notificar o transgressor para regularizar a sua escrita dentro do prazo 
de 30 dias, com a cominação de que não o fazendo ficará ainda sujeito as multa de Kz 
100.000. 
As entidades responsáveis pela entrega da declarações Modelo 2, quando não apresentarem, 
nos prazos definidos no código, são punidos com a pena de multa de Kz 4.000, por cada 
nome. 
As entidades obrigadas à retenção de imposto na fonte que não cumpram essa obrigação são 
punidas com multa nos termos do Código Geral Tributário, não podendo ser inferior a Kz 
50.000. 
A falta de entrega do imposto, ou a entrega de quantia inferior à descontada é punida com 
multa igual ao dobro do quantitativo do imposto em falta, sem prejuízo de procedimento 
criminal se se presumir a existência de crime (normalmente trata-se de crime de “abuso de 
confiança”, sem prejuízo de poder preencher também os elementos da “fraude fiscal”). 
5. Imposto Sobre o Valor Acrescentado - IVA 
 
5.1 Regime Geral 
Estão enquadrados neste regime todos os contribuintes cadastrados na Repartição Fiscal dos 
Grandes Contribuintes, bem como aqueles que voluntariamente solicitem a sua adesão a este 
regime, desde que verificados os requisitos previstos no artigo 62.º do Código do Imposto 
Sobre o Valor Acrescentado; Volume de negócios ou operações de importação igual ou 
superior a Kz.: 350.000.000,00 (nos 12 meses anteriores); 
 
 
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Todos aqueles, nele já enquadrados; 
Adesão facultativa (contribuintes com o volume inferior ao acima citado). 
Os contribuintes do sector industrial devem obrigatoriamente estar neste regime 
independentemente do volume de negócio 
Os sujeitos passivos deste regime, que praticam operações isentas estão obrigados, 
relativamente a estas operações, ao pagamento do Imposto de Selo sobre o recibo de quitação 
à taxa de 7%, referente à verba 23.3. 
5.2 Regime Simplificado 
 
Volume de negócios ou operações de importação igual ou inferior a Kz.: 350.000.000,00 (nos 
12 meses anteriores); 
Apuramento do imposto devido mensalmente; 
Taxa de 7% sobre o valor efectivamente recebido de operações não isentas, incluindo os 
adiantamentos ou pagamento antecipados; 
Direito à dedução de 7% do total do imposto suportado; 
Na aquisição de serviços a prestadores não residentes, liquidam o imposto à taxa de 7% sobre 
o valor do serviço efectivamente pago. 
Os sujeitos passivos deste regime, que praticam operações isentas estão obrigados, 
relativamente a estas operações, ao pagamento do Imposto de Selo sobre o recibo de quitação 
à taxa de 7%, referente à verba 23.3. 
Os contribuintes do imposto industrial enquadrados no regime simplificado, devem lá 
permanecer desde que o seu volume de negócio não supere os USD 250 Mil; 
5.3 Regime de Exclusão 
Estão enquadrados neste regime todos os contribuintes que possuem um Volume de negócios 
ou operações de importação inferior a Kz.: 10.000.000,00; 
 
 
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Sem qualquer obrigação em sede de IVA. 
Nota: - Os contribuintes do imposto industrial enquadrados no regime simplificado, devem 
lá permanecer desde que o seu volume de negocio não ascenda os USD 250 Mil; 
Todos contribuintes devem fazer a actualização do cadastro independentemente do seu 
enquadramento em IVA ou volume de negócio; 
Será alterado o regulamento do CIVA para ajustar as regras contabilísticas do IVA; 
Ficam dispensadas do procedimento de despacho e do pagamento dos direitos aduaneiros, e 
a taxa devida pela prestação de serviços as mercadorias expedidas pelos correios por 
intermédio de operadores de correio ou carga expresso, ou contidasna bagagem pessoal dos 
viajantes, desde que reúnam os requisitos do conceito de bens de uso pessoal, transportadas 
em quantidades reduzidas e que não excedam por remessa ou por viajante o valor de Kz. 
880 000,00 (oitocentos e oitenta mil Kwanzas). 
5.3 Taxas 
ARTIGO 19.º 
(Taxas do imposto) 
1. A taxa do imposto é de 14% (catorze por cento). 
2. A taxa do imposto de 2% (dois por cento) na importação e operações internas (Regime 
Especial de Cabinda). 
3. A taxa do imposto de 5% (cinco por cento) para alguns meios agricólas na importação e 
operações internas (Lei do OGE 2020 Revisto). 
5.4 Incidência e facto gerador 
ARTIGO 3.º 
(Incidência objectiva) 
1. Estão sujeitas a imposto sobre o valor acrescentado: 
a) As transmissões de bens e as prestações de serviços efectuadas no território nacional, a 
título oneroso por um sujeito passivo agindo nessa qualidade; 
 
 
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b) As importações de bens. 
2. A transmissão de bens ou a prestação de serviços, acessória a outra transmissão de bens 
ou prestação de serviços considera-se parte integral da mesma. 
ARTIGO 4.º 
(Incidência subjectiva) 
1. São sujeitos passivos do imposto: 
2. Qualquer pessoa singular, colectiva ou entidade que exerça, de modo independente, 
actividades económicas, incluindo de produção, de comércio ou de prestação de serviços, 
profissões liberais, actividades extractivas, agrícola, aquícola, apícola, avícola, pecuária, 
piscatória e silvícola; 
3. As pessoas singulares, colectivas ou entidades que realizem importações de bens nos 
termos da legislação aduaneira; 
4. As pessoas singulares, colectivas ou entidades que mencionem indevidamente o Imposto 
sobre o Valor Acrescentado em factura ou documento equivalente; 
5. As pessoas singulares, colectivas ou entidades, sujeitos passivos do imposto, que sejam 
adquirentes de serviços a entidades não residentes sem domicílio, sede ou estabelecimento 
estável no território nacional, nos termos do número 2 do artigo 29.º do presente Código; 
6. São ainda sujeitos passivos do imposto: 
7. O Estado, as entidades governamentais e outros organismos públicos, incluindo, Institutos 
Públicos, Autarquias, Instituições públicas de previdência e segurança social, excepto 
quando atuem dentro dos poderes de autoridade e daí não resultem distorções de 
concorrência; 
8. Os partidos e coligações políticas, os sindicatos e as instituições religiosas legalmente 
constituídas, na medida em que efectuem operações tributáveis. 
9. Não se consideram sujeitos passivos do imposto os assalariados e outras pessoas, na 
medida em que se encontrem vinculados à entidade patronal por um contrato de trabalho, ou 
por contrato que, não sendo um contrato de trabalho, estabeleça vínculos de subordinação no 
 
 
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que diz respeito às condições de trabalho e de remuneração e à responsabilidade da entidade 
patronal. 
5.5 CIVA 
ARTIGO 30.º 
(Pagamento do imposto) 
Sempre que se proceda à liquidação do imposto por iniciativa da Administração Geral 
Tributária, sem prejuízo do disposto no artigo 54.º, é o sujeito passivo imediatamente 
notificado para efectuar o pagamento do imposto em falta e dos acréscimos legais, no prazo 
previsto no Código Geral Tributário. 
A falta de pagamento do imposto e dos acréscimos legais no prazo previsto no número 
anterior determina a extracção pela Administração Geral Tributária da correspondente 
certidão de dívida nos termos estabelecidos na legislação aplicável. 
O imposto devido pelas importações é pago nos serviços aduaneiros competentes no acto do 
desembaraço alfandegário. 
O imposto relativo às transmissões de bens resultantes de actos de arrematação, venda 
judicial ou administrativa, conciliação ou de contratos de transacção é liquidado no momento 
em que é emitida a notificação para o pagamento. A liquidação é efectuada mediante 
aplicação da respectiva taxa ao valor tributável, determinado nos termos da alínea e) do 
número 3 do artigo 17.º. 
5.6 Penalizações 
(Artigo 70º) 
1. A falta ou atraso na submissão eletrónica de qualquer declaração fiscal ou documento 
electrónico exigível implica, para o infractor, o pagamento de multa de 5.862 UCF por cada 
infracção, independentemente da entrega do imposto devido e não arrecadado em 
consequência da transgressão praticada. 
2. Caso haja dolo na falta ou atraso na submissão eletrónica de qualquer declaração ou 
documento, a multa referida no número anterior eleva-se para o dobro. 
 
 
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3. Quando a infracção for regurarizada nos 30 dias imediatos ao fim do prazo legal a multa 
referida do nº 1 reduz-se pela metade. 
4. Presume-se dolosa a falta de submissão de qualquer declaração prevista. 
5. A falta de liquidação, liquidação inferior á devida ou liquidação indevida do imposto em 
facturaou documento equivalente, bem como a falta de entrega , total ou parcial do imposto 
devido aplica-se o disposto no Código Geral Tributário. 
6. Excluem-se do âmbito de aplicação do ponto anterior, o incumprimento do disposto de 
aplicação do nº 2 do artigo 29ºe no artigo 31º, o qual implica para o infractor multa igual ao 
dobro do imposto em falta, com o mínimo correspondente a 569 UCFpor cada infracção. 
Obs.: UCF é o valor de correção fiscal. 1 UCF equivale a 88,00 Kzs. 
6. Insentivos Fiscais 
 
Os Incentivos Fiscais, também conhecidos como benefícios fiscais, tratam-se de um conjunto 
de políticas públicas que promovem a redução ou isenção de impostos, ou seja, pelo não 
recolhimento de certos impostos sobre as empresas como meio de estimular o 
desenvolvimento do país. 
6.3 Regime Fiscal Das Micro, Pequenas E Médias Empresas 
 
Âmbito 
A Lei n.º 30/11, de 13 de Setembro, estabelece dentre outras, medidas de incentivo fiscais às 
Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME). A atribuição desses incentivos ao abrigo desta 
lei tem como finalidade: 
• Fomentar o empresariado nacional; 
• Formalizar a economia; 
• Promover o emprego e autoemprego; 
• Reduzir a pobreza. 
 
 
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O acesso aos incentivos fiscais por parte das MPME pressupõe o seu enquadramento e 
posterior certificação com base na lei e segundo os seguintes critérios: 
Micro Empresas – empresas que tenham até 10 trabalhadores ou uma facturação bruta anual 
do equivalente a USD 250 000,00 (Duzentos e Cinquenta Mil Dólares Americanos); 
Pequenas Empresas – empresas que tenham de 10 a 100 trabalhadores e/ou uma facturação 
bruta anual acima do equivalente a USD 250 000,00 e abaixo do equivalente a USD 
3.000.000,00 (Três Milhões de Dólares Americanos); 
Médias Empresas – empresas que tenham entre 100 a 200 trabalhadores e/ou uma facturação 
bruta anual acima do equivalente a USD 3 000 000,00 (Três Milhões de Dólares Americanos) 
e abaixo do equivalente a USD 10 000 000,00 (Dez Milhões de Dólares Americanos). 
O enquadramento das MPME para efeitos de acesso aos incentivos fiscais pressupõe a 
divisão do território nacional em zonas de incentivo. 
 
Tabela 1 Incentivos fiscais de acordo a divisão do território Nacional 
6.2 Taxa de incentivos Fiscais de acordo as zonas 
As Pequena e Médias Empresas encontram-se isentas do Imposto Industrial, de acordo com 
as zonas em que se enquadram. Considerando a actual taxa de 35%, os incentivos traduzem-
se em: 
• Zona A – 50% - taxa efectiva de 17,5%; 
 
 
22 Compotas e frutas, Lda. – Cristo & Ferreira / C&F, Lda. engtavares@outlook.pt / ferreirazombo@gmal.com 
• Zona B – 35% - taxa efectiva de 22, 75%; 
• Zona C – 20% - taxa efectiva de 28%; 
• Zona D – 10% - taxa efectiva de 31,5%. 
Tratando-sede actividades exclusivamente agrícolas, aquícolas, avícolas, pecuárias, 
piscatórias e silvícolas, os incentivos traduzem-se na: 
• Zona A – 50% - taxa efectiva de 7,5%; 
• Zona B – 35% - taxa efectiva de 9,75%; 
• Zona C – 20% - taxa efectiva de 12%; 
• Zona D – 10% - taxa efectiva de 13,5%. 
Por seu turno, as Micro Empresas, independentemente das zonas em que se encontrem, estão 
exclusivamente sujeitas a uma taxa de 2% sobre as vendas brutas mensais. 
6.3 Obrigações Contabilísticas 
• As Micro Empresas deve utilizar o livro de registo de compra e vendas; 
• As Pequenas Empresas devem utilizar contabilidade simplificada; 
As Médias Empresas devem utilizar contabilidade geral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 Compotas e frutas, Lda. – Cristo & Ferreira / C&F, Lda. engtavares@outlook.pt / ferreirazombo@gmal.com 
7. A Empresa Compotas e Frutas, Lda. 
 
7.1 Contrato de Sociedade por Quotas 
 
A) CRISTO MPUMO TAVARES POMPI 
B) FERREIRA ANTÓNIO ZOMBO 
 
Declaram constituir uma sociedade nos termos dos artigos seguintes: 
Artigo 1.º (Tipo e Firma) 
A sociedade adopta o tipo de sociedade por quotas e a firma, Lda. 
Artigo 2.º (Sede) 
1. A sociedade tem a sede em Luanda, no bairro da Estalagem , distrito urbano/município 
de Viana, à rua Sapú. 
2. Por simples deliberação da gerência podem ser criar sucursais, agências, delegações ou 
outras formas locais de representação no território nacional ou no estrangeiro. 
Artigo 3.º (Objecto) 
A sociedade tem por objecto o exercício da actividade de Indústria podendo em geral 
dedicar-se a outras actividades com objecto diferente daquele que exerce, por si ou através 
da associação ou participação em sociedades, nos termos e amplitude permitidos por lei e 
mediante deliberação da assembleia geral. Artigo 
4.º (Capital Social) 
O capital social integralmente realizado em numerário e já depositado, bem como em espécie 
é de 30.000.000 kwanzas, Trinta Milhões de Kwanzas representando uma quota de igual 
valor nominal, representado pelas seguintes quotas: 
 a)- Uma quota com o valor nominal de 20.000.000 de Kwanzas, pertencente ao sócio 
CRISTO MPUMO TAVARES POMPI; 
b)- Uma quota com o valor nominal de 10.000.000 de Kwanzas, pertencente ao sócio 
FERREIRA ANTÓNIO ZOMBO. 
 
 
 
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Artigo 5.º (Prestações Suplementares) 
Por deliberação dos sócios pode ser exigida a realização de prestações até ao montante global 
de 15.000.000 de kwanzas. 
Artigo 6.º (Cessão de Quotas) 
1. A cessão de quotas a estranhos fica dependente da prévia prestação do consentimento da 
sociedade. 
2. Na cessão onerosa de quotas a estranhos terão direito de preferência a sociedade e os 
sócios, sucessivamente. 
Artigo 7.º (Amortização de Quotas) 
1. A sociedade poderá amortizar qualquer quota, nos seguintes casos: 
a)- Com o consentimento do respectivo titular; 
b)- Em caso de morte ou insolvência do sócio; 
c)- Se sobre mesma recair arresto, arrolamento ou penhora; 
d)- Se a mesma for cedida sem prévio consentimento da sociedade. 
2. A quota amortizada figurará no balanço como tal, podendo, todavia, os sócios deliberar 
nos termos legais a correspondente redução do capital social ou o aumento do valor das 
restantes quotas, ou ainda a criação de uma ou mais quotas de valor nominal compatível para 
alienação a sócios ou a terceiros. 
Artigo 8.º (Gerência) 
1. A administração e representação da sociedade são exercidas por gerentes eleitos em 
assembleia geral. 
2. A assembleia geral delibera se a gerência é remunerada. 
Artigo 9.º (Forma de Obrigar) 
A sociedade obriga-se com a intervenção de um gerente. 
 
 
25 Compotas e frutas, Lda. – Cristo & Ferreira / C&F, Lda. engtavares@outlook.pt / ferreirazombo@gmal.com 
Artigo 10.º (Liquidação) 
Dissolvida a sociedade, todos os sócios serão liquidatários e a liquidação e partilha realizar-
se-á como acordarem. Na falta de acordo, e se algum deles o pretender, será o activo social 
licitado em bloco com obrigação do pagamento do passivo e adjudicado ao sócio que melhor 
preço oferecer, em igualdade de condições. 
Artigo 11.º (Assembleias Gerais) 
Os sócios podem livremente designar quem os representará nas assembleias gerais. 
Artigo 12.º (Disposição Transitória) 
É, desde já, designado como gerente: CRISTO MPUMO TAVARES POMPI. 
 
Aos 05 dias do mês de Maio do ano de 2021. 
 
7.2 Forma Jurídica da Empresa C&F 
 
Como o contrato acima apresenta detalhadamente os artigos desta empresa, A empresa 
Compotas & Frutas – C&F, Lda. Se enquandra no grupo de empresas coletivas na dimensão 
de pequena empresa, contando com um total de 25 funcionários de acordo ao estatuto 
previamente estipulado, conforme a Lei n.º 01/04 de 13 de Fevereiro (Assembleia Nacional, 
2004). 
Sociedade Por Quotas 
Sócios: mínimo de dois sócios. Não são admitidos sócios de indústria. 
Firma: obrigatoriamente, a firma deve terminar com a palavra “Limitada” ou a sua 
abreviatura “Lda.”, podendo escolher-se a primeira parte do nome de entre as seguintes 
opções: 
a) nome composto pelo nome completo ou abreviado de um, alguns, ou de todos os sócios; 
b) expressão alusiva ao ramo de actividade; 
c) conjugação dos elementos a) e b). 
Capital: mínimo equivalente em Kz a US$ 1.000,00 (mil dólares dos Estados Unidos) 
dividido por quotas. 
 
 
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Património 
Património da empresa é independente do património pessoal dos sócios. 
Responsabilidade 
Limitada ao capital social, é este capital que responde perante as dívidas da sociedade. Os 
sócios podem ter acréscimos na sua responsabilidade se o contrato estipulado assim o 
indique. 
Criação da Empresa 
No método tradicional, junto do GUE ou do SIAC. 
Vantagens: 
1. Separação do património da empresa com o património pessoal dos sócios, não 
respondendo este último pelas dívidas da empresa; 
2. Diversificação de experiências e conhecimentos de diferentes sócios; 
3. Maior facilidade em arranjar fundos e investimentos. 
Desvantagens: 
1. Não existe um controlo absoluto da empresa por um empresário; 
2. Um sócio pode ser chamado pelos credores para responder pela totalidade do capital; 
3. Maior complexidade na constituição e dissolução da empresa; 
4. Sócios não podem colocar no seu IRS prejuízos do seu negócio; 
5. Existência de um capital social mínimo. 
Obs.: Alguns aspectos relacionados a este ponto se encontram em anexo. 
7.3 Quem Somos? 
Somos uma empresa nova, porém uma das primeiras na produção de compotas, geleias, 
mameladas e outros doces destinados ao consumo e conservação de frutas em Angola, de 
forma artesanal. 
 
 
 
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Contamos com as mais altas tecnologias de processamento de alimentos, funcionários 
qualificados e profissionais no nosso mercado, para levar até sí os melhores produtos com a 
mais alta qualidade garantindo saúde, boa disposição e também o bem estar de nossos 
parceiros e clientes. 
Possuímos uma unidade de fabrico, onde o ambiente é bastante asseado, uma vez que a 
higiene é um fator fundamental a obtenção de produtos com qualidade. 
Pode se observar na figura abaixo, alguns dos produtos gerados pela nossa empresa: 
 
Figura 1: Compotas - Geleias ilustração dos produtos fabricados pela C&F, Lda. 
7.3.1 Missão 
Oferecer aos consumidores alimentos requintados, desenvolvendo produtos naturais e 
inovadores, proporcionando uma experiência diferenciada. 
Assegur a melhor qualidade de produtos e serviços que vão de encontro às exigências e 
expectivas dos nossos clientes e trabalhar arduamente para sermos capazes de satisfazer os 
requisitos dos nossos clientes e fornecermos serviços em tempo útil. 
 
 
 
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Tornarmo-nos numa empresa que oferece serviços e produtos com a mais alta qualidade. 
Rever os padrões e procedimentos que satisfaçam os nossos clientes, pois a satisfação é 
primordial para garantir que os produtos e serviços tenham o maior rigor em termos de 
qualidade. 
7.3.2 Visão 
Estar entre as melhores marcas de Geleias e Antepastos do pais e ser reconhecida como 
uma empresa sustentável e ecologicamente correta. 
7.3.3 Valores 
1. Cliente, foco de todas as ações; 
2. Respeito aos colaboradores e fornecedores; 
3. Alta qualidade de produtos e serviços; 
4. Comprometimento da empresa e dos colaboradores com resultado final; 
5. Pró-Atividade, Criatividade e Inovação; 
6. Responsabilidade Social e Ambiental; 
7.4 Nossos Produtos 
Como referido acima, a empresa se destina a transformação de frutas em compotas, geleias, 
marmeladas, etc… na base para conservação, aproveitamento e escoamento de frutas 
produzidas no nosso País. 
Temos as seguintes linhas: Geleias Gourmets, Geleias de Frutas, Marmeladas, Molhos e 
Doces & Compotas. Sem corantes e Sem conservantes 
 
Nossos produtos são obtidos da combinação de suco de frutas com açúcar, que depois de 
cozido e frio tem consistência branda, compacta e trêmula. São confecionados com a maior 
variedade de frutas e da melhor qualidade, proporcionando ao cliente o melhor sabor a sua 
mesa. 
 
Além de nos fornecerem vitaminas e sais minerais inerentes, às frutas que foram usadas na 
sua preparação, são ricas fontes de energia. 
 
 
29 Compotas e frutas, Lda. – Cristo & Ferreira / C&F, Lda. engtavares@outlook.pt / ferreirazombo@gmal.com 
 
Todos os produtos são feitos dentro de todas as regras sanitárias, com controle de qualidade 
rigoroso e de modo artesanal. É totalmente seguro comprar os doces da C&F, Lda. 
 
7.4.1 Matéria prima 
Por se tratar de uma indústria que tem como característica fundamental a função de agregar 
valor a matérias primas oriundas de pequenas ou no máximo médias propriedades rurais, fica 
facilitado o relacionamento entre produtor e fornecedor, o que ameniza os problemas de falta 
de fornecimento e manutenção de qualidade. 
A aquisição de matérias primas é bem planejada e varia de acordo com as características do 
estabelecimento, especialmente os hábitos de consumo dos nossos clientes. 
Os principais itens são: frutas, potes de vidro, açúcar e etiquetas. 
7.4.2 Ingredientes 
Além das frutas, são necessárias proporções adequadas de pectina de ácido das frutas e de 
açúcar para se obter geleia. 
7.4.3 Frutas 
As frutas maduras dão à geleia a sua cor e sabor característicos, além de sais minerais e 
vitaminas que contêm. Nas frutas verdes encontramos a pectina e o ácido, substâncias 
importantíssimas no preparo de geleia. 
7.4.4 Pectina 
Para a formação da geleia, compotas, etc… as frutas tem que conter uma substância 
conhecida por pectina. Esta substância se forma pela decomposição da protopectina (hidrato 
de carbono presente nas frutas) pela ação de enzimas. A pectina, quando combinada com 
uma porção adequada de açúcar na presença de ácidos e sais minerais, precipitar-se-á 
formando a geleia. Encontra-se na polpa das frutas perto da casca, ao redor das sementes e 
nos caroços, principalmente em frutas mais verdes do que maduras. À medida que as frutas 
amadurecem, a pectina se transforma em ácido péctico. 
 
 
30 Compotas e frutas, Lda. – Cristo & Ferreira / C&F, Lda. engtavares@outlook.pt / ferreirazombo@gmal.com 
 
O ácido péctico é solúvel em água, razão pela qual tem capacidade de gelatinização. Para 
extrair a pectina é necessário ferver as frutas rapidamente até ficarem um pouco macias. 
Cocção prolongada destrói a capacidade da pectina de formar geleia especialmente em frutas 
muito ácidas. 
Pouca pectina dará uma geleia mole. Quando não estiver segura da presença e qualidade da 
pectina no suco é aconselhável fazer o teste para determinar a sua presença. 
7.4.5 Glicose 
É uma substância ótima para colocar nas geleias, doces em pasta e caldas, e evitar a 
cristalização dos doces. A glicose é um açúcar menos doce do que o açúcar cristal e refinado. 
Podemos substituir 50% dos açúcares comuns das receitas, por glicose. 
7.4.6 Açúcar 
O açúcar também ajuda a dar forma à geleia. Age como preservador, evitando que o produto 
se deteriore com facilidade. Melhora o sabor da geleia e aumenta o seu grau de maciez. 
Esses três fatores: Pectina, Ácido e Açúcar – são interdependentes. 
Os vidros para geleia, devem ser esterilizados e devem ter tampa de metal para ajudar a 
proteger a geleia contra bactérias, poeira e umidade. Devem levar uma camada de parafina 
antes da tampa. 
7.4.7 Ácidos orgânicos 
O ácido é também necessário para dar forma e sabor à geleia. O teor ácido das diferentes 
frutas é variável decrescendo à medida que a fruta amadurece. A quantidade e o tipo de sais 
minerais presentes nas frutas afetam a acidez e, conseqüentemente, a facilidade de a pectina 
precipitar-se para formar a geleia. 
Teste para determinar a acidez do suco das frutas: Se a fruta tiver um sabor ácido, 
característico, geralmente contém ácido suficiente para se fazer geleia. 
 
 
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7.5 Fluxograma De Produção E Etapas Do Processamento 
 
Na Figura abaixo, está apresentado o fluxograma básico de trabalho, utilizado pela empresa 
para obtenção dos nossos produtos. A sequência das etapas podem apresentar pequenas 
alterações ou particularidades de acordo com a fruta que se está trabalhando. As geléias 
podem ser obtidas tanto a partir da fruta “in natura” como de polpas de fruta ou frutas pré-
processadas, congeladas ou preservadas quimicamente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Recepção das Frutas 
As frutas podem ser recebidas em caixas, sacos ou a granel. Devem ser pesadas e neste 
momento, realizam-se as primeiras anotações sobre o estado de conservação e apresentação 
das frutas para acompanhamento do processo. 
Figura 2 Fluxograma do processo de produção 
 
 
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As frutas destinadas à fabricação dos nossos produtos devem estar suficientemente maduras, 
quando apresentam seu melhor sabor, cor e aroma e são ricas em açúcar e pectina. 
Durante o pico de safra ou em determinadas épocas do processamento pode ser necessário 
estocar as frutas por algum tempo até que se possa iniciar o processamento propriamente 
dito. É aconselhável que esta estocagem seja feita sob refrigeração, pois a temperatura 
elevada é prejudicial à qualidade das frutas. 
Para a conservação das peças, a empresa conta com um contentoe frigorífico de 40 pés como 
ilustrada a baixo. 
 
 
 
Figura 3 Contetor Frigorífico para conservação das frutas 
2. Seleção e Lavagem 
A qualidade dos produtos da C&F, Lda é determinada também pela qualidade da matéria 
prima utilizada. As frutas utilizadas devem estar necessariamente sadias. Não devem ser 
utilizadas frutas excessivamente verdes, estragadas, podres ou atacadas por insetos e larvas. 
Devem ser retirados todos os materiais estranhos como folhas, caules, pedras, etc. 
 
 
 
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A seleção cuidadosa é realizada por pessoas treinadas geralmente em mesas de inóx de 
seleção. O ambiente da seleção é bem iluminado, garantido assim maior rigorosidade e 
confiabilidade. 
 
Figura 4 Mesa Inóx para seleção de frutas 
 
Para a retirada da maior parte da terra aderida às frutas deve-se proceder uma pré-lavagem 
que pode ser por imersão ou aspersão. Após esta pré-lavagem, as frutas devem passar a 
máquina principal de lavagem onde são adicionados alguns componentes paramelhorar a 
higiene das mesmas. 
 
Figura 5 - Máquina para lavagem de frutas por borbulhamento 
 
 
 
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3. Descascamento 
As frutas selecionadas e lavadas devem ser novamente pesadas, antes do descascamento para 
que possa avaliar o rendimento e a eficácia do processo de descascamento utilizado. 
A necessidade do descascamento varia com o tipo de fruta a ser processada. Algumas frutas, 
como a manga (certas variedades) e o mamão, por exemplo, precisam ser descascadas, o que 
pode ser feito manualmente utilizando-se facas de aço inoxidável, ou pela máquina para 
descascar as frutas, e nesta etapa, retiram-se também caroços e sementes. 
É necessário que a manipulação das frutas seja feita em mesas limpas, preferencialmente de 
aço inoxidável. Outras frutas como goiaba, pitanga e acerola, podem seguir direto da lavagem 
para o despolpamento. No caso do maracujá, as frutas são cortadas manualmente em metades 
e a polpa é levada à despolpadeira para separação das sementes. 
 
Figura 6 Descascador de Frutas 
4. Despolpamento 
O despolpamento é utilizado para separar a polpa da fruta do material fibroso, sementes, 
cascas, etc. As despolpadeiras são os equipamentos mais utilizados nesta etapa. As partes 
que entrarão em contato com as frutas são construídas em aço inoxidável ou de outros 
materiais apropriados para alimentos. De modo geral, estes equipamentos possuem peneiras 
de diferentes tamanhos de furos e um sistema de condução das frutas por escovas de cerdas 
 
 
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Figura 7 Despolpador de frutas 
 
ou pás de borracha. Este processo consiste em passar as frutas inteiras ou em pedaços 
(conforme o caso) pela despolpadeira. Para a redução do teor de fibras e eventuais defeitos 
da polpa (resíduos, pontos escuros e outros) é necessário que esta polpa seja refinada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. Concentração 
Para o processamento de geléias existem dois métodos básicos: concentração à pressão 
atmosférica e a vácuo. 
Os equipamentos utilizados nestes dois métodos são chamados de tachos. O tacho de escaldar 
precisa apresentar um cesto em aço inox ou cromável, para que as frutas que deverão ser 
escaldadas sejam submersas. 
Se a concentração for excessivamente curta, pode causar pouca ou nenhuma inversão da 
sacarose e incompleta absorção do açúcar pela fruta, podendo favorecer processos osmóticos, 
os quais durante o armazenamento, podem destruir o gel e abaixar a concentração final de 
sólidos solúveis. 
 
 
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Figura 8: Tachos para concentração dos produtos 
6. Enchimento e fechamento da embalagem 
Os recipientes utilizados para geléia apresentam uma grande variedade de tamanhos e 
formatos. O vidro é o material mais utilizado, embora possam também ser empregados latas 
estanhadas com revestimento de verniz e embalagens plásticas. 
Antes do enchimento, os frascos de vidro devem ser lavados com solução detergente a quente 
e enxaguados com água quente, o que, além de facilitar a limpeza, evita o choque térmico 
nesta etapa. Os frascos são transportados invertidos e virados automaticamente na posição 
correta, sendo inspecionados antes do enchimento. Para tal, é usado o equipamento 
pasteurizador é para esterilizar as embalagens de vidro e, do mesmo modo, utilizado para 
pasteurizar o produto. O processo consiste em uma selagem a vapor de vácuo dos potes, com 
a geleia dentro. Assim, assegura-se uma selagem mais efetiva, que evita a presença de ar no 
interior de cada embalagem. 
Como consequência, a sua geleia estará mais protegida e consequentemente apresentará uma 
conservação melhor, com uma durabilidade muito maior do que se houvesse o contato com 
o ar. Após o tratamento, o produto é resfriado, rotulado, empacotado e enviado para a 
estocagem e distribuição. 
 
 
 
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Figura 10 Máquina Envasadora com Mixer e aquecimento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 9: Equipanto pasterizador de garrafas 
 
 
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7. Utensílios diversos 
Por fim, existem alguns utensílios diversos que auxiliam na produção. Por exemplo, talheres 
no geral, pratos, peneiras, tigelas, processadores, e os materiais para higiente também fazem 
parte deste grupo! Tudo o que é necessário para complementar e auxiliar o dia a dia neste 
tipo de trabalho. 
7.6 Contabilidade Gerencial e Financeira da Empresa 
 
Contabilidade gerencial 
É a fase da contabilidade que envolve fornecer informações aos gerentes para uso na própria 
organização. (Garrison - Edição 14) 
Contabilidade Financeira 
É a fase da contabilidade que envolve o relatório de informações financeiras históricas a 
partes externas, como acionistas, credores e reguladores. (Garrison - Edição 14) 
Custos de Produção 
(Garrison Ed.14) A maioria das empresas manufatureiras divide os custos de produção em 
três amplas categorias: materiais diretos, mão de obra direta e custos indiretos de produção. 
Materiais diretos: Os materiais que entram no produto final são chamados de matérias- 
-primas. Na verdade, as matérias-primas referem-se a quaisquer materiais utilizados no 
produto final; e o produto final de uma empresa pode se tornar a matéria-prima de outra 
empresa. 
Com as tabelas abaixo é possível obter dados referentes a empresa feitos com ajuda da 
ferramente excel. Assim sendo, temos os seguintes dados: 
 
Tabela 2 Contabilidade Gerencial - Matéria Prima 
Designação Preços Quantidade Preços*Qtdade. Quantidade2
Goiaba 250,00 AOA 1Kg 200 000,00 AOA 800 Kg
Mamão 200,00 AOA 1Kg 160 000,00 AOA 800 Kg
Banana 200,00 AOA 1Kg 80 000,00 AOA 400 Kg
Morango 800,00 AOA 1Kg 640 000,00 AOA 800 Kg
Açucar 400,00 AOA 1Kg 800 000,00 AOA 2000 Kg
Limão 200,00 AOA 1Kg 120 000,00 AOA 600 Kg
Pera 500,00 AOA 1Kg 160 000,00 AOA 320 Kg
Maçã 400,00 AOA 1Kg 128 000,00 AOA 320 Kg
Laranja 250,00 AOA 1Kg 175 000,00 AOA 700 Kg
Maracujá 300,00 AOA 1Kg 210 000,00 AOA 700 Kg
Canela 400,00 AOA 1Kg 16 000,00 AOA 40 Kg
Total 3 900,00 AOA 11Kg 2 689 000,00 AOA 7,5Ton
Produtos - Matéria Prima compras mensais
 
 
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 Doce de fruta Frasco Despeza 
 Preço Despeza Lucro / Unidade 
De venda 
Despesas para a Produção 
Análise dos custos para a produção dos doces de frutas: 
Para produzir a geleia de goiaba por exemplo, é feito o seguinte cálculo: 
 
 
Nesta quantidade a produção renderia 1 kg de doce de goiaba, seja ele a compota, geleia ou 
outra espécie, e para se saber os custos desta produção e o lucro do mesmo, tem se o seguinte 
cálculo: 
1𝑘𝑔 𝑑𝑒 𝐺𝑜𝑖𝑎𝑏𝑎 + 1𝑘𝑔 𝑑𝑒 𝐴çú𝑐𝑎𝑟 + 
1
4
𝑘𝑔 𝑙𝑖𝑚ã𝑜 = 1 𝑘𝑔 𝑑𝑒 𝐷𝑜𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝐺𝑜𝑖𝑎𝑏𝑎 
 
250𝑘𝑧𝑠 + 400𝑘𝑧𝑠 + 100𝑘𝑧𝑠 = 750 𝑘𝑧𝑠 
O valor de 750 kzs, corresponde à 1 Kg de Doce de goiaba. 
1𝑘𝑔 𝑑𝑜 𝑑𝑜𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑔𝑜𝑖𝑎𝑏𝑎 (750𝑘𝑧𝑠) = 4 𝑓𝑟𝑎𝑠𝑐𝑜𝑠 𝑑𝑒 250𝑔 
 
750 𝑘𝑧𝑠
4
= 187,5 𝑘𝑧𝑠 este valor é o preço que a empresa desembolsa em termos de 
custos diretos, para a produção de 250g de doce de fruta. Para cada frasco ou recepiente 
(embalagem), a empresa desembolsa200kzs. Assim sendo o custo total de produção do 
doce de fruta, sem contar com a mão de obra direta, é de: 
187,5 𝑘𝑧𝑠 + 200 𝑘𝑧𝑠 = 387,5 𝑘𝑧𝑠 
 
O produto final é comercializado ao preço de 800 kzs, deste modo, a empresa tem como lucro: 
800𝑘𝑧𝑠 − 387,5𝑘𝑧𝑠 = 412, 5 𝐾𝑧𝑠 
 
 
O mesmo cálculo se repete para as demais frutas a serem produzidas. Nas tabelas abaixo, 
pode se notar os ganhos. 
 
Designação Preço do produto Quantidade
Goiaba 250,00 AOA 1,0 Kg
Açucar 400,00 AOA 1,0 Kg
Limão 100,00 AOA 0,250 Kg
Custos para produzir o doce de Goiaba
 
 
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Tabela 3: Capacidade Diária de Produção 
 
 
Tabela 4: Faturação Diária - Mensal 
Mão de obra direta 
Consiste em custos de mão de obra que podem ser facilmente (ou seja, física e 
convenientemente) associados a unidades individuais de produtos. Às vezes, a mão de obra 
direta é chamada de mão de obra de toque (touch labor) porque seus trabalhadores tocam no 
produto enquanto é produzido. Exemplos de mão de obra direta incluem os trabalhadores da 
linha de produção. 
 
 
Designação Preço de venda / Unid. Peso Líquido/Unid. Qtdade. Produzida Peso Líquido Total / Produto
Goiaba 800,00 AOA 250 g 100 Frascos 25,0 Kg
Mamão 800,00 AOA 250 g 100 Frascos 25,0 Kg
Banana 800,00 AOA 250 g 50 Frascos 12,50 Kg
Morango 1 300,00 AOA 250 g 100 Frascos 25,0 Kg
Pera 1 000,00 AOA 250 g 40 Frascos 10,0 Kg
Maçã 950,00 AOA 250 g 40 Frascos 10,0 Kg
Laranja 800,00 AOA 250 g 90 Frascos 22,50 Kg
Maracujá 850,00 AOA 250 g 80 Frascos 20,0 Kg
Total 7 300,00 AOA 2000 g 600 Frascos 150,0 Kg
Produção Diária 
Designação Preço de venda / Unid. Peso Líquido/Unid. Qtdade. Produzida Preço / Qtdade. Produzida 
Goiaba 800,00 AOA 250 g 100 Frascos 80 000,00 AOA
Mamão 800,00 AOA 250 g 100 Frascos 80 000,00 AOA
Banana 800,00 AOA 250 g 50 Frascos 40 000,00 AOA
Morango 1 300,00 AOA 250 g 100 Frascos 130 000,00 AOA
Pera 1 000,00 AOA 250 g 40 Frascos 40 000,00 AOA
Maçã 950,00 AOA 250 g 40 Frascos 38 000,00 AOA
Laranja 800,00 AOA 250 g 90 Frascos 72 000,00 AOA
Maracujá 850,00 AOA 250 g 80 Frascos 68 000,00 AOA
Total 7 300,00 AOA 2000 g 600 Frascos 548 000,00 AOA
Total/Mês 219 000,00 AOA 60000 g 18000 Frascos 16 440 000,00 AOA
Faturação Diária / Mensal
 
 
41 Compotas e frutas, Lda. – Cristo & Ferreira / C&F, Lda. engtavares@outlook.pt / ferreirazombo@gmal.com 
 
Os custos de mão de obra que não conseguem ser fisicamente associados a determinados 
produtos, ou que só podem ser associados a um alto custo e inconveniência, são chamados 
de mão de obra indireta. 
Assim como os materiais indiretos, a mão de obra indireta é tratada como parte dos custos 
indiretos de produção, e inclui os custos de mão de obra de serventes, supervisores, 
funcionários de manuseio de materiais e vigias noturnos. Embora os esforços desses 
trabalhadores sejam essenciais, seria impraticável ou impossível associar seus custos com 
precisão a unidades específicas de produtos. Logo, tais custos de mão de obra são tratados 
como mão de obra indireta. 
Custos indiretos de produção 
Os custos indiretos de produção, o terceiro elemento dos custos de produção, incluem todos 
os custos de produção exceto os de materiais diretos e mão de obra direta. Neles, inserem-se 
itens como materiais indiretos, mão de obra indireta, manutenção e reparos nos equipamentos 
de produção, além de aquecimento e energia elétrica, impostos sobre propriedade, 
depreciação e seguro das instalações de produção. 
Uma empresa incorre em custos de aquecimento e energia elétrica, impostos sobre 
propriedade, seguro, depreciação e outros, associados às suas funções de venda e 
administrativas, mas eles não são incluídos como parte dos custos indiretos de produção. 
Apenas os custos associados à operação da fábrica integram os custos indiretos de produção. 
Estes custos podem ter vários sinônimos, como custos indiretos de manufatura, custos 
indiretos da fábrica e ônus da fábrica. 
Custos não relacionados à produção 
Os custos não relacionados à produção geralmente são divididos em duas categorias: 
1. Custos de venda; 
2. Custos administrativos. 
 
 
 
 
42 Compotas e frutas, Lda. – Cristo & Ferreira / C&F, Lda. engtavares@outlook.pt / ferreirazombo@gmal.com 
Custos de venda 
Abrangem todos os custos que são incorridos para assegurar os pedidos dos clientes e fazer 
o produto final chegar até eles. Eles são chamados de custos de recebimento de pedidos e 
custos de cumprimento de pedidos. 
Exemplos de custos de venda incluem propaganda, entrega, viagens de venda, comissões de 
venda, salários de vendedores e custos dos armazéns de produtos finais. 
Custos administrativos 
Incluem todos os custos associados à gestão geral de uma organização. Alguns exemplos de 
custos administrativos são remuneração de executivos, contabilidade geral, custos de 
secretaria, de relações públicas e custos similares envolvidos na administração geral da 
organização. Os custos não relacionados à produção são geralmente chamados de custos de 
venda,gerais e administrativos (VG&A) ou apenas custos de venda e administrativos. 
 
Figura 11: Resumo dos termos relacionados à Custos 
 
 
43 Compotas e frutas, Lda. – Cristo & Ferreira / C&F, Lda. engtavares@outlook.pt / ferreirazombo@gmal.com 
Custos variáveis 
Um custo variável varia, no total, em proporção direta a mudanças no nível de atividade. 
Exemplos comuns de custos variáveis incluem os custos de produtos vendidos para uma 
empresa de merchandising, materiais diretos, mão de obra direta, elementos variáveis dos 
custos indiretos de produção, como materiais indiretos, suprimentos e energia elétrica e 
elementos variáveis das despesas de venda e administrativas, como comissões e custos de 
entrega. 
Custos fixos 
Um custo fixo é um custo que permanece constante, no total, independentemente de 
mudanças no nível de atividade. Exemplos de custos fixos incluem depreciação linear, 
seguros, impostos sobre propriedade, aluguéis, salários de supervisores, salários 
administrativos e propaganda. Ao contrário dos custos variáveis, os custos fixos não são 
afetados por mudanças nas atividades. Consequentemente, à medida que o nível de atividade 
aumenta e diminui, os custos fixos totais permanecem constantes, a menos que sejam 
influenciados por alguma força externa, como o proprietário de um imóvel aumentar sua 
despesa mensal com aluguel. 
Custos mistos 
Um custo misto contém elementos de custos variáveis e fixos. Os custos mistos são 
conhecidos como custos semivariáveis. 
7.6.1 Fluxo de caixa 
Basicamente, o fluxo de caixa é o controle dos recursos financeiros que entram e saem da 
empresa. É uma ferramenta simples para que o empreendedor acompanhe suas 
movimentações financeiras, saiba como mantê-las equilibradas, certificar se faltou ou sobrou 
dinheiro ao fim de um determinado período e se poderá negociar prazos maiores ou menores 
com clientes e fornecedores, por exemplo. 
Ao acompanhar as movimentações financeiras ao longo do tempo, será possível tomar a 
melhor decisão em relação ao capital do negócio. Diante disso, será possível: 
 
 
 
44 Compotas e frutas, Lda. – Cristo & Ferreira / C&F, Lda. engtavares@outlook.pt / ferreirazombo@gmal.com 
 
• Flexibilizar prazos de pagamentos aos consumidores sem comprometer as tarefas da 
empresa; 
• Analisar quando subsidiar as atividades por meio de empréstimos e/ou 
financiamentos; 
• Saber se vai sobrar ou faltar capital futuramente; 
• Compreender quando negociar

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