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TCC CURSO SEQUENCIAL SEGURANÇA PÚBLICA E PRIVADA

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1 
INSTITUTO TECNOLÓGICO AVANÇADO - ITA 
GESTÃO EM SEGURANÇA PÚBLICA E PRIVADO 
 
ANDERSON ANTÔNIO ALVES 
GLEISON ANTÔNIO RÔMULO 
WARLEY PATRICK DA SILVA 
 
 
 
PERFIL ETNICO-RACIAL E ESTRUTURA ETÁRIA (BASEADA NA 
PRIMEIRA PRISÃO) DOS RECUPERANDOS DA PENITENCIÁRIA DE 
FORMIGA-MG 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Goías 
2021 
 
 
 
 
 
2 
 
 
ANDERSON ANTÔNIO ALVES 
GLEISON ANTÔNIO RÔMULO 
WARLEY PATRICK DA SILVA 
 
 
PERFIL ETNICO-RACIAL E ESTRUTURA ETÁRIA (BASEADA NA 
PRIMEIRA PRISÃO) DOS RECUPERANDOS DA PENITENCIÁRIA DE 
FORMIGA 
 
 
Trabalho de conclusão do curso sequencial 
Apresentação ao instituto tecnológico avançado 
Como requisito parcial para a obtenção do certificado 
Em gestão em segurança pública e privada. 
 
Orientador:Prof.Pedro Luiz Pereira Neto 
 
 
 
 
Goías 
2021 
 
 
 
3 
RESUMO 
 
 
 
 
Com três estágios da pena: o isolamento inicial, trabalho em conjunto e a liberdade 
condicional, o sistema prisional brasileiro tem por modelo, o sistema irlandês. O 
sistema prisional mineiro, possui os mesmos moldes do sistema prisional brasileiros, 
tendo suas próprias peculiaridades. A penitenciária regional de Formiga/MG, 
apresentou em abril de 2021um perfil étnico racial, semelhante ao perfil étnico racial 
populacional do estado de Minas Gerais, onde a maior percentagem de detentos são 
pardos, seguidos pelos brancos e negros. O perfil etário da população carcerária da 
unidade de Formiga, apresentou maior grupo etário entre as idades de 18 a 24, 
seguidos pelos que possuem 25 e 30 anos, que juntos somam 76,7% dos 
encarcerados. Fatores como socioeconomia, desemprego, consumismo, renda e 
escolaridade podem contribuir para o encarceramento destes grupos, o estímulo do 
poder público a estes grupos e o fomento das discussões sobre a questão carcerária 
podem diminuir a prisão de indivíduos destes grupos etários. 
PALAVRAS CHAVE: Étnico racial, Estrutura etária, população carcerária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1.Introdução.................................................................................5 
2 Histórico....................................................................................5 
3.Artigo de revisão bibliográfica...................................................6 
4.Gráfico.......................................................................................9 
5.Objetivo......................................................................................9 
6.Metodologia..............................................................................10 
7.Resultados................................................................................11 
Conclusões e perspectivas..........................................................13 
Referências..................................................................................15 
 
 
 
5 
 
 
 
1.Introdução 
 
O aparelho penitenciário brasileiro tem por modelo o sistema aplicado na 
Irlanda, o qual considera três estágios de pena, sendo eles: o isolamento inicial, o 
trabalho em conjunto e a liberdade condicional (COSTA, 1999). 
Os sistemas punitivos nascem como resposta às necessidades de sanção 
àqueles que infringem as normas da sociedade e tem a punição como base no 
pensamento de que os direitos coletivos sobrepõem os individuais; as normas 
impostas pelo Estado, agente centralizador do direito legislativo e punitivo, devem ser 
seguidas, sob risco de aplicação de sanção – a qual objetiva reeducar o indivíduo 
novamente para que esteja apto ao convívio em sociedade (CRUZ; SOUZA; 
BATITUCCI, 2004). 
A reclusão apresenta-se como solução natural aos critérios constituídos pelo 
novo sistema de justiça apresentado. Acabando com a punição pública, permitindo 
mensurar a pena, refletindo a aplicação da lei, a qual é considerada igualitária e 
podendo gerar algum tipo de renda por meio do trabalho dos reclusos (FOCAULT, 
2011). 
 
2.Histórico 
A penitenciaria de Formiga, localiza-se na cidade de Formiga, no estado de 
Minas Gerais, inaugurada dia 14/08/2007, com capacidade para 396 detentos, em 
suas dependências foram recuperados detentos de várias cidades de Minas Gerais e 
de outros estados da federação. 
 
 
 
 
6 
3.ARTIGO DE REVISÃO BIBLIOGRÁFICA: 
O fenômeno global do crescimento da população carcerária se expandiu nas 
últimas décadas, resultado de mudanças profundas que se baseia no uso da prisão 
como ferramenta de controle e gerenciamento do crime. De acordo com os números 
oficiais, Estados Unidos, China e Rússia são os países com o maior número de 
pessoas presas, seguido pelo Brasil que em 2008 o Brasil ocupava a quarta posição 
do mundo em número de pessoas presas (ZACKSESKI et. Al. 2016), com 607.731 
presos, correspondendo a uma taxa de encarceramento de 286 presos por 100.000 
habitantes. (Infopen, 2014, p. 11, apud ZACKSESKI et. Al. 2016). 
Em relação à situação econômica dos presidiários, de acordo com o Ministério 
da Justiça, nos países latino-americanos com sérios problemas econômicos e 
sociopolíticos, a prisão torna-se objeto de urgente e indispensável intervenção. Isto 
porque a seletividade do sistema prisional se exerce, majoritariamente, sobre as 
populações com menor poder econômico e social, bastando conferir com os dados do 
Censo Penitenciário Nacional: 95% dos detentos do sistema são de presos pobres 
(Brasil, 1994). 
Em Junho de 2016, a população carcerária brasileira excedeu, pela primeira 
vez na história, a marca de 700 mil pessoas privadas de liberdade, representando um 
aumento de 707% em relação ao total registrado no início da década de 90. Este 
resultado é a o somatório da de toda população carcerária dos sistemas penitenciários 
federal, estaduais e das carceragens de delegacias. No mês de junho de 2016 a 
informação sobre faixa etária da população prisional estava disponível para 514.987 
pessoas (ou 75% da população prisional total). A partir da análise da amostra de 
pessoas sobre as quais foi possível obter dados acerca da idade, podese afirmar que 
55% da população carcerária era formada por jovens, considerados até 29 anos, 
segundo classificação do Estatuto da Juventude (Lei nº 12.852/2013) (Santos & Rosa 
2017). Já em junho de 2017 a população carcerária do Brasil constava de 726.354 
tendo aumento de 4,76% em relação ao ano anterior(Silva, 2019; IBGE 2017). 
No mesmo período no estado de Minas Gerais (Junho de 2016) a faixa etária 
se apresentava as seguintes percentagens: 18 a24 anos 32%, 25 a 29 anos 25%, 30 
a34 18%, 35 a45 18%, 46 a 60 6%, 61 a 70 1% e mais de 70 0%. A percentagem de 
 
 
7 
pessoas presas é de 97% do total nacional (Santos & Rosa 2017). Já em 2019 de 
acordo com Silva 2019 essa percentagem subiu para 10,56% do total nacional. 
Composta pelas seguintes percentagens de faixa etária: 29,9% entre 18 a 24 anos, 
24,1% entre 25 a 29 anos e 19,4% entre 35 a 45 anos. Totalizando 54% da população 
carcerária com até 29 anos de idade. 
Quanto a raça ou cor, Paiva, 2016 relata que em Minas Gerais os pardos são 
considerados predominantes no sistema prisional, com quase 50% do total de presos, 
seguidos pelos brancos e pretos com o percentual de 32,02% e 20,02% 
respectivamente. 
De acordo com Paiva 2016, os números relacionados à faixa etária da 
população mostram a tendência de aumento expressivo e constante dos jovens entre 
18 e 24 anos encarcerados, tanto em termos absolutos como em termos percentuais. 
O número de apenados aumentou em todas as faixas etárias, apresentando uma certa 
tendência de estabilização, exceto os mais jovens entre 18 a 29 anos, a qual ainda há 
a disposição para o crescimento. O incremento considerável, tanto em termos 
absolutos quanto em relativos, referente à faixa etáriaentre os 18 aos 24 anos, onde 
em 2007, haviam 168 encarcerados nesse grupo, em 2013 eles somavam o total de 
14.193, um aumento de 8.447,5 por cento. A outra faixa etária que apresentou um 
aumento é a de 25 a 29 anos, que passa de 5.244 detentos para 11.570, no período 
de estudo. Revelando que os números de custodiados aumentaram em todas as faixas 
etárias, sendo que todas apresentam tendência de estabilização, com exceto a dos 
mais jovens de 18 a 29 anos, a qual há ainda a disposição para o crescimento. 
O cenário em 2013, modifica-se significativamente: onde o sistema passa a ter 
53,84% de jovens adultos, com faixa etária entre 18 a 24 anos, enquanto que em 2007 
haviam 24,51% de pessoas presas pertencentes a essa faixa etária, já a faixa entre 
25 a 29 anos praticamente não se altera, sendo de 23,74% em 2007 passando para 
24,18% em 2013. O grupo dos 30 aos 45 anos, antes a mais significativa, passa a ser 
de 38,62% (Paiva – 2016). 
Ao analisar as taxas de homicídios no país, Cerqueira (2014), as justifica pela 
questão sócio econômica em que o país esteve. 
 
 
8 
Paiva (2016) afirma que a questão econômica está intimamente relacionada à 
criminalidade, sendo que na década de 90, apesar da instabilidade econômica dos 
anos iniciais, o aumento da renda per capita e a diminuição da desigualdade social no 
país, teve o estímulo à redução da criminalidade. Contudo, a diminuição das taxas de 
oferta de trabalho durante toda a década, recaiu principalmente sobre os mais novos, 
levou ao impacto do aumento da criminalidade da faixa da população jovem. 
Ireland (2011) reforça esse argumento afirmando que no Brasil 60% dos presos 
pertencem à classe dos jovens e que as taxas de desemprego entre o grupo entre 18 
a 29 anos é o dobro da registrada no restante dos grupos. 
Em relação à cor ou raça ao longo do período analisado, com total 
predominância dos considerados pardos Paiva (2016) sugere uma certa constância 
na população carcerária. O número daqueles que se consideram pardos é superior às 
demais declarações e se aproxima a 50% da população carcerária, os que se 
consideraram brancos houve uma leve tendência de queda (de 32% em 2007 para 
30,2% em 2013), já os que se consideraram pretos ocorreu uma alta (de 18,36% em 
2007 para 20,8% em 2013). Os pardos e pretos, somaram 68% da população 
carcerária de Minas Gerais, os indivíduos autodeclarados brancos somaram 30% e 
os amarelos representaram 1,8% do total. Entretanto, entre os encarcerados o grupo 
mais representativo foi o de pessoas pardas, seguido de brancas, pretas, amarelas e 
indígenas, sendo que ocorreu uma diferença percentual considerável entre os dois 
primeiros grupos (46,79% de pardos e 31,62% de brancos). Entre a população geral, 
ocorreu a predominância de indivíduos brancos, pardos, pretos, amarelos e indígenas, 
sendo o percentual de brancos e pardos foi bastante próximo (45, 2% e 44%, 
respectivamente). Contudo os estudos de Paiva (2016), demostraram que a população 
total o número de indivíduos considerados pretos foi relativamente menos 
representativo (10% do total) e na população carcerária há a maior incidência deste 
grupo (aproximadamente 21%), indicando que houve uma tendência de maior 
encarceramento de indivíduos pretos. Em relação aos indivíduos autodeclarados 
brancos relatou-se 45% na população total e apenas 30% nos presídios mineiros 
(Paiva – 2016). 
O gráfico 01 exibido por Paiva 2016, apresenta o aumento da população 
carcerária entre os anos de 2007 e 2013. 
 
 
9 
 
 
 
 
4.GRÁFICO- 01: Evolução da população carcerária de Minas Gerais entre 2007 e 
2013. 
 
 Fonte: Paiva – 2016. 
 
A criação de uma política penitenciária surgiu na década de 1980 incentivada 
pela mudança do perfil daqueles que se encontravam encarcerados. O arranjo da 
população carcerária mineira foi impactada com a evolução da sociedade, que deixou 
de ser na sua maioria rural e tornou-se urbana, onde as desigualdades sociais a 
marcaram profundamente e um intenso estímulo ao consumo (Paixão, 1991). 
 
5.OBJETIVO 
 
O objetivo geral buscou descrever o perfil racial e a estrutura etária baseada na 
primeira prisão do encarcerado, para fins de entender qual a idade que propicia a 
prisão, sendo esta, uma ferramenta para atentar ao indivíduo, dando-lhe mais atenção 
e monitorando-o. Os objetivos específicos, atentaram para o levantamento dos grupos 
étnicos, afim de traçar o perfil étnico racial, buscando entender quais são mais 
 
 
10 
influenciados pela criminalidade, além de oferecer ao poder público uma informação 
que busca auxiliar no planejamento da destinação do recursos investidos no sistema 
carcerário do estado de Minas Gerais, além de contribuir para que 
 
6.METODOLOGIA 
A pesquisa de campo realizada neste artigo caracteriza-se como 
qualiquantitativa, realizada em abril de 2021. 
A pesquisa foi aplicada a 623 apenados, do regime fechado dos pavilhões um 
e dois da penitenciaria regional da cidade de Formiga/MG, todos do sexo masculino, 
oriundos em sua maioria dos municípios do estado de Minas Gerais, alguns porém 
pertenciam a outros estados da federação. Onde em relação ao perfil étnico racial, os 
apenados de autodeclaravam pertencerem a um determinado grupo racial. 
As informações foram obtidas através do uso de um questionário (quadro 02), 
que levantou as seguintes informações: 
• Idade; 
• Cor; 
• Data de nascimento; 
• Cidade; 
• Data da primeira prisão. 
Quadro - 02. Pesquisa de campo aplicada aos apenados do pavilhão um e dois da 
penitenciaria de Formiga, em setembro de 2019. 
IDADE: DATA DE NASCIMENTO: 
COR: CIDADE: 
DATA DA PRIMEIRA PRISÃO: 
Fonte: o próprio autor, 2021. 
A análise dos dados foi realizada pelo software Excel versão 2019. 
 
 
 
 
11 
 
 
 
 
7.RESULTADOS 
 
 
 
 A pesquisa de campo avaliou 623 apenados da penitenciaria regional de 
Formiga/MG, onde segundo o perfil étnico racial foram detectados, 326 detentos que 
se declaram pardos, 199 que se declaram brancos e 98 que se declaram negros 
(quadro 03 ), sendo que em percentuais os valores 52,3%, 32% e 15,7% 
respectivamente, o que está em concordância com o percentuais étnicos raciais do 
estado de Minas Gerais, levantado pelo IBGE em 2018, que apresentou os seguintes 
resultados: Brancos 39,7% pretos 11,8% e pardos 48,2% 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quadro - 03. Perfil autodeclarado dos grupos étnicos raciais dos apenados da 
penitenciaria regional de Formiga/MG, abril de 2021. 
 Número de presos 
por perfil etnico racial em abril de 2021. 
 Fonte: O próprio autor – 2021 
 
 
Em relação à idade em que foram presos pela primeira vez, 32 detentos foram 
presos entre as idades de 13 a 17 anos, sendo ainda menores de 18 anos, 402 
detentos foram presos entre 18 a 24 anos, 76 entre 25 a 29 anos, 36 entre 30 e 34 
anos, 30 entre 35 a 45 anos, 12 foram presos após 60 anos de idade e 23 não se 
lembravam e por isso não puderam informar a idade a qual foram presos (Quadro 04). 
Apresentando os percentuais de 5,2%, 64,5%, 12,3%, 5,8%, 4,8%, 1,93%, %, 1,93%, 
3,6% respectivamente, assemelhando-se aos resultados de Paiva (2016). 
 
 
0 
50 
100 
150 
200 
250 
300 
350 
pardo branco Negro 
na penitenciária de Formiga/MG. 
 
 
13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quadro - 04. Faixa etária dos detentos entrevistados durante a pesquisa de campo 
na penitenciária regional de Formiga/MG, abril de 2021. 
 
 Fonte: O próprio autor. 
 
 
CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS 
O perfil étnico racial dos apenados da penitenciária regional de Formiga/MG é 
semelhante ao perfil étnico racial do estado de Minas Gerais, levantado pelo Instituto 
 
0 
50 
100 
150 
200 
250 
300 
350 
400 
450 
 na penitenciária de Formiga/MG.2019 
 
 
14 
Brasileiro de Geografia e estatística (IBGE) em 2018, podendo dizer que o grupo 
étnico racial, ao qual pertence o apenado, não o induz à criminalidade. 
 
https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao/25844- O 
perfil etário dos apenados conclui que o faixa etária entre 18 e 24 anos é a mais 
propensa a se tornar encarcerada, seguida pela faixa etária entre 25 e 29 anos, 
corroborando com Paiva (2016) que em seus estudos também apresentou maiores 
valores para essas faixas etárias. 
Ainda as análises das taxas de homicídios no pais, realizadas por Cerqueira 
(2014), relaciona a criminalidade com a questão socioeconômica, podendo esta 
diminuir ou aumentar as taxas de criminalidade, outra questão relatada por Cerqueira 
é a questão do desemprego, sendo este um do fatores que podem prejudicar o mais 
jovens, fazendo com a taxa de criminalidade possa aumentar nesse grupo. Outro fator 
é relatado por Ireland (2011), o qual afirma que a taxa de desemprego entre os 
indivíduos jovens em 2018 que cresceu drasticamente, elevando o número de 
detentos nessa faixa etária. Julião (2009) e Paixão (1991), afirmam ainda que a prisão 
de indivíduos jovens está relacionado com a sociedade de consumo consolidada e 
com o tráfico de drogas 
Estudos como renda ou escolaridade que podem influenciar no comportamento 
dos jovens não foram abordados nesse trabalho, contudo Paiva (2016), afirma que 
estes fatores, também podem conduzir os jovens à criminalidade e consequentemente 
para a prisão. 
Estimular a economia do país, levando emprego à todas as pessoas sobretudo 
ao mais jovens é uma forma do poder público reduzir a massa carcerária, 
principalmente dos mais jovens, que são os principais responsáveis pelo futuro de 
uma nação, é uma ferramenta crucial para se construir uma sociedade. 
Fomentar as discussões sobre a questão carcerária, contribuirá para a redução 
da violência e das desigualdades sociais e consequentemente o número de detentos 
nas prisões mineiras. 
 
https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao/25844-desigualdades-sociais-por-cor-ou-raca.html?=&t=resultados
https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao/25844-desigualdades-sociais-por-cor-ou-raca.html?=&t=resultados
 
 
15 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BRASIL. Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária. Censo Penitenciário 
Nacional: nível socioeconômico da clientela dos sistemas. Institucional Brasília: 
Ministério da Justiça, Departamento Penitenciário Nacional; 1994. 
CERQUEIRA, Daniel Ricardo de Castro. Causas e consequências do crime no 
Brasil. 196 p. Tese (doutorado) – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, 
Programa de Pós Graduação em Economia, Rio de Janeiro. 2014. 
COSTA, Alexandre Marino. O trabalho prisional e a reintegração social do detento. 
1 ed. Santa Catarina: Insular, 1999. 
CRUZ, Marcus Vinicius Gonçalves da; SOUZA, Letícia Godinho de; BATITUCCI, 
Eduardo Cerqueira. Percurso recente da política penitenciária no Brasil: o caso 
de São Paulo. Revista de Administração Pública, Rio de Janeiro, n. 47, v. 5, pp. 1307-
1325. Disponível em < 
 http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S003476122013000500011&script=sci_arttext>. 
Acesso em 27 de julho de 2014 
FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir: História das violências nas prisões. Tradução 
de Raquel Ramalhete. 39. ed. Petrópolis: Vozes, 2011. 
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. Atlas. São Paulo. 
2002 
IBGE Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias. Dados referentes a 
dezembro de 2016. Infopen, Junho /2017; 
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. 
 201desigualdades-sociaispor-cor-ou-raca.html?=&t=resultados. Acesso em 
15/12/2020 
IRELAND, Timothy D. Educação em prisões no Brasil: direito, contradições e 
desafios. Em Aberto, v. 24, n. 86, pp. 19-39. Brasília. 2011. 
JULIÃO, Elionaldo Fernandes. A ressocialização através do estudo e do trabalho 
no Sistema Penitenciário Brasileiro. Tese (doutorado) 432 p. – Pontifícia 
Universidade Católica do Rio de Janeiro, Programa de Pós Graduação em Ciências 
Sociais, Rio de Janeiro. 2009 
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. Relatório do Grupo de Trabalho do Programa 
Segurança sem Violência. Brasília. 2014. 
PAIVA J. B. O sistema prisional e seus custodiados: uma análise do perfil da 
população carcerária de Minas Gerais. REBESP, Goiânia, v.9, n.2, 2016 
PAIXÃO, Antônio Luiz. Recuperar ou punir? Como o Estado trata o criminoso. 2. 
ed. Cortez São Paulo. 1991. 
https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao/25844-desigualdades-sociais-por-cor-ou-raca.html?=&t=resultados
https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao/25844-desigualdades-sociais-por-cor-ou-raca.html?=&t=resultados
https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao/25844-desigualdades-sociais-por-cor-ou-raca.html?=&t=resultados
https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao/25844-desigualdades-sociais-por-cor-ou-raca.html?=&t=resultados
https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao/25844-desigualdades-sociais-por-cor-ou-raca.html?=&t=resultados
https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao/25844-desigualdades-sociais-por-cor-ou-raca.html?=&t=resultados
https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao/25844-desigualdades-sociais-por-cor-ou-raca.html?=&t=resultados
https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao/25844-desigualdades-sociais-por-cor-ou-raca.html?=&t=resultados
https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao/25844-desigualdades-sociais-por-cor-ou-raca.html?=&t=resultados
https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao/25844-desigualdades-sociais-por-cor-ou-raca.html?=&t=resultados
https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao/25844-desigualdades-sociais-por-cor-ou-raca.html?=&t=resultados
 
 
16 
SANTOS T; ROSA M.I. Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias 
Atualização - Junho de 2016. Ministério da Justiça e Segurança Pública 
Departamento Penitenciário Nacional. 2017. 67 p. 
SILVA M.V.M. Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias Atualização 
- Junho de 2017. Ministério da Justiça e Segurança Pública Departamento 
Penitenciário Nacional. 2019. 87 p. 
ZACKSESKI C; MACHADO B.A; AZEVEDO G. Dimensões do encarceramento e 
desafios da política penitenciária no Brasil. Revista Brasileira de Ciências 
Criminais. RBCCRIM VOL. 126. 2016.

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