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Anatomia Óssea do Crânio

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Aline Barbosa – T32 
 
Crânio 
1. Conceito: 
 O crânio forma uma caixa óssea 
destinada, funcionalmente, a abrigar e a 
proteger o encéfalo. Entretanto, cumpre 
também outras funções importantes: 
o Apresenta cavidades para órgãos da 
sensibilidade específica (visão, audição, 
equilíbrio, olfato e gustação); 
o Possui aberturas para passagem do ar 
e do alimento; 
o Contém maxilas, mandíbula e dentes, 
que são necessários para a 
mastigação. 
 O posicionamento do crânio na posição 
anatômica é orientado pelo plano 
orbitomeático (plano horizontal de 
Frankfurt), no qual as margens inferiores 
das órbitas e as margens superiores dos 
meatos acústicos externos estão no 
mesmo plano horizontal. 
 
 
 É constituído por 22 ossos e pode ser 
dividido em duas grandes porções: 
o Neurocrânio (8 ossos): é a caixa óssea 
do encéfalo e das membranas que o 
revestem, as meninges cranianas. 
Também contém as partes proximais 
dos nervos cranianos e a 
vascularização de encéfalo. Possui um 
teto abobadado, a calvária, e um 
assoalho ou base do crânio.. Os ossos 
que constituem o neurocrâcnio são 
formados por lâminas externas e 
interna, de substância compacta, e por 
uma camada média esponjosa 
chamada díploe. 
 Frontal (1) 
 Esfenoide (1) 
 Etmoide (1) 
 Temporal (2) 
 Parietal (2) 
 Occipital (1) 
o Viscerocrânio (14 ossos): compreende 
os ossos da face que se desenvolvem 
principalmente no mesênquima dos 
arcos faríngeos embrionários. Está 
relacionado com órgãos de dois 
grandes sistemas, o digestório e o 
respiratório. 
 Lacrimal (2) 
 Zigomático (2) 
 Nasal (2) 
 Concha nasal inferior (2) 
 Vômer (1) 
 Maxila (2) 
 Palatino (2) 
 Mandíbula (1) 
 
 
Obs: dentre os 22 ossos que compõem a caixa 
craniana, apenas a mandíbula é móvel, estando em 
conexão com o restante do crânio por uma 
articulação sinonvial, a articulação temporomandibular. 
Os ossos restantes unem-se por articulações 
praticamente imóveis, sendo a maioria fibrosas do tipo 
sutura.
Aline Barbosa – T32 
 
2. Vista Anterior: 
 
 A vista frontal (facial) ou anterior do crânio é formada pelos ossos frontal e zigomático, órbitas, região 
nasal, maxila e mandíbula. 
 A interseção dos ossos frontal e nasal é o násio, que, na maioria das pessoas, está relacionado a uma 
área visivelmente deprimida (ponte do nariz). O násio é um dos muitos pontos craniométricos 
radiográficos usados pela medicina para medir, comparar e descrever a topografia do crânio, além de 
documentar variações anormais. 
 Inferiormente aos ossos nasais está a abertura piriforme, abertura nasal anterior do crânio. O septo nasal 
ósseo pode ser observado através dessa abertura, dividindo a cavidade nasal em partes direita e 
esquerda. Na parede lateral de cada cavidade nasal há lâminas ósseas curvas, as conchas nasais. Os 
espaços situados abaixo das conchas são denominados meatos (superior, médio e inferior). No plano 
mediano, a margem inferior da abertura piriforme apresenta um esporão ósseo aguçado, a espinha nasal 
anterior. 
 Em alguns crânios, a margem supraorbital do osso frontal tem um forame ou incisura supraorbital, que 
dá passagem ao nervo e aos vasos supraorbitais. 
 Logo acima da margem supraorbital existe uma crista, o arco superciliar, que se estende lateralmente a 
partir da glabela. Em geral, essa crista é mais proeminente nos homens. 
 Os ossos zigomáticos, que formam as preminências das bochechas, situam-se nas paredes inferior e 
lateral das órbitas, apoiados sobre as maxilas. Um pequeno forame zigomaticofacial perfura a margem 
lateral de cada osso. Os zigomáticos articulam-se com o frontal, o esfenoide, o temporal e a maxila. 
 As maxilas formam o esqueleto do arco dental superior. Seus processos alveolares incluem as cavidades 
(alvéolos) dos dentes e constituem o osso que sustenta os dentes maxilares. As duas maxilas são unidas 
pela sutura intermaxilar no plano mediano. Elas possuem um forame infraorbital que dá passagem ao 
nervo e aos vasos infraorbitais. Os principais acidentes da maxila são: 
Aline Barbosa – T32 
 
o Corpo da maxila: contém uma cavidade, o seio maxilar; 
o Processo zigomático: se articula com o osso zigomático; 
o Processo frontal: se articula com osso frontal; 
o Processo alveolar: no qual se implantam os dentes superiores nos alvéolos dentais; 
o Processo palatino: se estende medial e horizontalmente para encontrar seu homônimo do lado 
oposto e formar a maior parte do esqueleto do palato duro; 
o Forame infra-orbital.. 
 A mandíbula é um osso em formato e U que tem uma parte alveolar que sustenta os dentes 
mandibulares. Consiste em uma parte horizontal, o corpo, e uma parte vertical, o ramo. Inferiormente aos 
segundos dentes pré-molares estão os forames mentuais para os nervos e vasos mentuais. A 
protuberância mentual, que forma a proeminência do mento, é uma elevação óssea triangular situada 
em posição inferior à sínfise da mandíbula, a união óssea onde se fundem as metades da mandíbula do 
lactente. 
 Órbitas: são duas cavidades ósseas nas quais estão situados os olhos, que contém os seguintes acidentes: 
o Margem supra-orbital: contorno superior da órbita, constituída pelo osso frontal; 
o Incisura supra-orbital: situada na porção medial da margem supra-orbital, aloja o nervo e os vasos 
surpra-orbitais. Em alguns crânios pode ser um forame. Medialmente à incisura a margem supra-
orbital é cruzada pelos nervos supratrocleares; 
o Processo zigomático do osso frontal: continuação da margem supra-orbital, lateralmente; 
o Teto da órbita: formado pelo osso frontal; 
o Margem lateral da órbita: constituída pelos ossos frontal e zigomático; 
o Margem inferior da órbita: constituída pela maxila e zigomático; 
o Margem medial da órbita: constituída pela maxila e pelos ossos frontal e lacrimal; 
o Forame infra-orbital: situado na maxila, abaixo da margem inferior, dá passagem aos vasos e nervos 
infra-orbitais. 
 
 O osso frontal também se articula com o lacrimal, o etmoide e o esfenoide; uma parte horizontal do osso 
(parte orbital) forma o teto da órbita e uma porção do assoalho da parte anterior da cavidade do crânio. 
 
 
Aline Barbosa – T32 
 
 
 
3. Vista Lateral: 
 
Aline Barbosa – T32 
 
 A vista lateral do crânio é formada pelo neurocrânio e viscerocrânio. Os principais constituintes do 
neurocrânio são a fossa temporal, o poro acústico externo e o processo mastoide do temporal. Os principais 
constituintes do viscerocrânio são a fossa infratemporal, o arco zigomático e as faces laterais da maxila e da 
mandíbula. 
 Os limites superior e posterior da fossa temporal são as linhas temporais superior e inferior; o limite anterior 
é representado pelo frontal e pelo zigomático; e o limite inferior é o arco zigomático. A margem superior 
desse arco corresponde ao limite inferior do hemisfério cerebral. O arco zigomático é formado pela união do 
processo temporal do zigomático com o processo zigomático do temporal. 
 O poro acústico externo é a entrada do meato acústico externo, que leva à membrana timpânica. O 
processo mastoide do temporal situa-se posteroinferiormente ao poro acústico externo. Anteromedialmente 
ao processo mastoide se encontra o processo estiloide do temporal, uma projeção fina e pontiaguda. 
 A fossa infratemporal é um espaço irregular situado inferior e profundamente ao arco zigomático e à 
mandíbula e posteriormente à maxila. A limite medial da fossa infratemporal é a lâmina lateral do processo 
pterigoide do esfenoide. Já seu limite lateral é o ramo e o processo coronóide da mandíbula. A fossa 
infratemporal tem como seu principal conteúdo a parte inferior do m. temporal, os mm. Pterigoideos (lateral 
e medial), a a. maxilar e os nn. mandibular e maxilar. 
 Na região anterior da fossa temporal há uma área clinicamente importante de junções ósseas: o ptério. Em 
geral, ele é indicado por suturas que formam um H e unem o frontal, o parietal, o esfenoide (asamaior) e o 
temporal. Menos comum é a articulação de frontal e temporal. Às vezes há um ponto de encontro dos 
quatro ossos. 
 Posteriormente ao processo mastoide situa-se a porção visível do osso occipital, denominada escama do 
osso occipital. A articulação entre o occipital e o temporal é marcada pela sutura occipitomastóidea. 
 
 
 
 
 
Aline Barbosa – T32 
 
 
 
 
Aline Barbosa – T32 
 
 
4. Mandíbula: 
 
 
 
 
 A mandíbula é um osso em formato e U que tem uma parte alveolar que sustenta os dentes 
mandibulares. Consiste em uma parte horizontal, o corpo, e uma parte vertical, o ramo. Inferiormente aos 
segundos dentes pré-molares estão os forames mentuais para os nervos e vasos mentuais. A 
Aline Barbosa – T32 
 
protuberância mentual, que forma a proeminência do mento, é uma elevação óssea triangular situada 
em posição inferior à sínfise da mandíbula, a união óssea onde se fundem as metades da mandíbula do 
lactente. 
 A linha oblíqua é uma crista pouco saliente que se estende, obliquamente, até a margem anterior do 
ramo; 
 Parte alveolar: borda superior do corpo, onde se encontram as cavidades, os alvéolos dentais, que 
recebem os dentes inferiores; 
 Fossa digástrica: depressão irregular situada sobre ou posterior à margem inferior da mandíbula, junto da 
sínfise da mandíbula; 
 Espinhas genianas: duas pequenas projeções irregulares, situadas próximas à linha mediana e destinadas à 
fixação de músculos; 
 Linha milo-hióidea: crista oblíqua que se estende da fossa digástrica, anteriormente, até um ponto situado 
no nível do terceiro dente molar inferior; 
 Fóvea submandibular: depressão situada abaixo da parte média da linha milo-hióidea, alojando parte da 
glândula submandibular; 
 Fóvea sublingual: depressão situada anteriormente à fóvea submandibular, porém posteriormente à linha 
milo-hióidea; aloja a glândula sublingual. 
 A margem superior do ramo da mandíbula é côncava e forma a incisura da mandíbula, que é delimitada, 
anteriormente pelo processo coronóide, e, posteriormente pelo processo condilar; 
 A superfície lateral do ramo é plana e dá inserção ao músculo masseter, um dos músculos mastigadores. 
 O forame da mandíbula serve de canal para o nervo e vasos alveolares inferiores; 
 A língula é uma projeção óssea que limita medialmente o forame da mandíbula; 
 O sulco milo-hiódeo aloja o nervo e os vasos milo-hióideos. 
 
5. Vista Occipital: 
 
 A vista occipital ou posterior do crânio é formada pelo occipício (a protuberância posterior convexa 
da escama occipital), por partes dos parietais e partes mastoideas dos temporais. 
 Em geral, a protuberância occipital externa é palpada com facilidade no plano mediano. No entanto, 
às vezes (sobretudo nas mulheres), é imperceptível. Um ponto craniométrico definido pela 
Aline Barbosa – T32 
 
extremidade da protuberância externa é o ínio. A crista occipital externa desce da protuberância em 
direção ao forame magno. 
 A linha nucal superior, que forma o limite do pescoço, estende-se lateralmente a partir de cada lado 
da protuberância occipital externa. A linha nucal inferior é menos evidente. 
 No centro do occipício, o lambda indica a junção das suturas sagital e lambdóidea; às vezes o lambda 
é palpado como uma depressão. 
 
6. Vista Superior: 
 
 
 A vista superior (vertical) do crânio, em geral um pouco ovalada, alarga-se em sentido posterolateral 
nos túberes (eminências) parietais. 
 A sutura coronal separa o frontal e os parietais, a sutura sagital separa os parietais e a sutura 
lambdóidea separa os parietais e temporais do occipital. 
 O bregma é o ponto de referência craniométrico formado pela interseção das suturas sagital e 
coronal. 
 O vértice, o ponto mais alto da calvária, está perto do ponto médio da sutura sagital 
 O forame parietal é uma abertura pequena e inconstante localizada na região posterior do parietal. 
 
 
 
 
 
 
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7. Vista inferior da base do crânio: 
 
 
Aline Barbosa – T32 
 
 
 
 
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 A base inferior do crânio é a parte inferior do neurocrânio e viscerocrânio menos a mandíbula. Ela é 
constituída pelo arco alveolar da maxila, pelos processos palatinos das maxilas, pelo palatino, 
esfenoide, vômer, temporal e occipital. 
 A parte anterior do palato duro (palato ósseo) é formada pelos processos palatinos da maxila e a 
parte posterior, pelas lâminas horizontais dos palatinos. A margem posterior livre do palato duro 
projeta-se posteriormente no plano mediano como a espinha nasal posterior. Posteriormente aos 
dentes incisivos centrais está a fossa incisiva, uma depressão na linha mediana do palato duro na qual 
se abrem os canais incisivos. 
 Os nervos nasopalatinos direito e esquerdo partem do nariz através de um número variável de 
canais incisivos e forames. Na região posterolateral estão situados os forames palatinos maior e 
menor. 
 Superiormente à margem posterior do palato há duas grandes aberturas: os cóanos (aberturas 
nasais posteriores), separados pelo vômer, um osso plano que constitui grande parte do septo nasal. 
 Encaixado entre o frontal, o temporal e o occipital está o esfenoide, um osso irregular formado por 
um corpo e três pares de processos: asas maiores, asas menores e processos pterigoides. 
 O sulco para a parte cartilagínea da tuba auditiva situa-se medialmente à espinha do esfenoide 
 As depressões na parte escamosa do temporal, denominadas fossas mandibulares, acomodam os 
côndilos mandibulares quando a boca está fechada. 
 A parte posterior da base do crânio é formada pelo occipital, que se articula com o esfenoide 
anteriormente. As quatro partes do occipital estão dispostas ao redor do forame magno. As 
principais estruturas que atravessam esse forame são a medula espinhal (onde se torna contínua 
com o bulbo do encéfalo); as meninges do encéfalo e da medula espinhal; as artérias vertebrais; as 
artérias espinhais anteriores e posteriores; e a raiz espinhal do nervo acessório (NC XI). Nas partes 
laterais do occipital há duas grandes protuberâncias, os côndilos occipitais, por intermédio dos quais o 
crânio articula-se com a coluna vertebral. 
 A grande abertura entre o occipital e a parte petrosa do temporal é o forame jugular, por onde 
emergem do crânio a veia jugular interna (VJ I) e vários nervos cranianos (NC IX ao NC XI). A 
entrada da artéria carótida interna no canal carótico situa-se imediatamente anterior ao forame 
jugular. 
 Os processos mastoides são locais de inserção muscular. 
o Mastoidite: inflamação do processo mastoide; surge como complicações de otites; pode ser crônica 
ou aguda. 
 O forame estilomastóideo, que dá passagem ao nervo facial ( NC VII) e à artéria estilomastóidea, 
situa-se posteriormente à base do processo estiloide. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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8. Vista superior da base do crânio: 
 
 A face superior da base do crânio tem três grandes depressões situadas em diferentes níveis: as fossas 
anterior, média e posterior do crânio, que formam o assoalho côncavo da cavidade do crânio. 
 
o Fossa anterior: as partes inferior e anterior dos lobos frontais do encéfalo ocupam essa fossa, que é a 
mais superior das três. Ela é formada pelo frontal anteriormente, o etmoide no meio, e o corpo e as 
asas menores do esfenoide posteriormente. A parte maior da fossa é formada pelas partes orbitais 
do frontal, que sustentam os lobos frontais do encéfalo e formam os tetos das órbitas. Essa superfície 
tem impressões sinuosas (impressões encefálicas) dos giros (cristas) orbitais dos lobos frontais. A 
crista frontal é uma extensão mediana do frontal. Em sua base está o forame cego do frontal, que dá 
passagem a vasos durante o desenvolvimento fetal. A crista etmoidal é uma crista óssea mediana e 
espessa, situada posteriormente ao forame cego, que se projeta superiormente a partir do etmoide. 
De cada lado dessa cristaestá a lâmina cribriforme do etmoide. Seus muitos forames pequenos dão 
passagem aos nervos olfatórios (NC I), que seguem das áreas olfatárias das cavidades nasais até os 
bulbos olfatórios do encéfalo, situados sobre essa lâmina. 
Aline Barbosa – T32 
 
o Fossa média: possui forma de borboleta, tem uma parte central formada pela sela turca no corpo 
esfenoide e grandes partes laterais deprimidas de cada lado. Situa-se posteroinferiormente à fossa 
anterior, separada dela pelas cristas esfenoidais salientes lateralmente e o limbo esfenoidal no centro. 
As cristas esfenoidais são formadas principalmente pelas margens posteriores salientes das asas 
menores dos esfenoides, que se projetam sobre as partes laterais das fossas anteriormente. Os 
limites mediais das cristas esfenoidais são os processos clinoides anteriores, duas projeções ósseas 
pontiagudas. Uma crista com preeminência variável, o limbo esfenoidal, é o limite anterior do sulco 
pré-quiasmático transversal, que se estende entre os canais ópticos direito e esquerdo. Os ossos que 
formam as partes laterais da fossa são as asas maiores do esfenoide e as partes escamosas dos 
temporais lateralmente, e as partes petrosas dos temporais posteriormente. As partes laterais da 
fossa média do crânio sustentam os lobos temporais do encéfalo. O limite entre as fossas média e 
posterior do crânio é a margem superior da parte petrosa do temporal lateralmente, e uma lâmina 
plana de osso, o dorso da sela do esfenoide, medialmente. A sela turca é a formação óssea em 
formato de sela situada sobre a face superior do corpo do esfenoide, que é circundada pelos 
processos clinoides anteriores e posteriores. Clinoide significa “pé de cama”, e os quatro processos 
(dois anteriores e dois posteriores) circundam a fossa hipofisial, o “leito” da hipófise, como os quatro 
pés de uma cama. A sela turca tem três partes: 
 O tubérculo da sela: uma elevação mediana, que varia de pequena a proeminente e 
forma o limite posterior do sulco pré-quiasmático e o limite anterior da fossa hipofisial. 
 A fossa hipofisial: uma depressão mediana no corpo do esfenoide que acomoda a 
hipófise. 
 O dorso da sela: uma lâmina quadrada de osso que se projeta superiormente a partir do 
corpo do esfenoide. Forma o limite posterior da sela turca, e seus ângulos superolaterais 
proeminentes formam os processos clinoides posteriores. 
 
➔De cada lado do corpo do esfenoide, quatro forames, que formam uma meia-lua, perfuram as raízes das faces 
cerebrais das asas maiores dos esfenoides: 
 Fissura orbital superior: Situada entre as asas maior e menor, abre-se anteriormente para o interior da 
órbita 
 Forame redondo: Situado posteriormente à extremidade medial da fissura orbital superior, segue um trajeto 
horizontal até uma abertura na face anterior da raiz da asa maior do esfenoide para a fossa pterigopalatina, 
uma estrutura óssea entre o esfenoide, a maxila e os palatinos 
 Forame oval: Um grande forame posterolateral ao forame redondo; abre-se inferiormente na fossa 
infratemporal 
 Forame espinhoso: Situado posterolateralmente ao forame oval e se abre na fossa infratemporal perto da 
espinha do esfenoide 
➔O forame lacerado não faz parte da meia-lua de forames. Esse forame irregular situa-se posterolateralmente à 
fossa hipofisial e é um artefato de um crânio seco (Figura 7.12A). Em vida, é fechado por uma lâmina de cartilagem. 
Apenas alguns ramos da artéria meníngea e pequenas veias atravessam verticalmente a cartilagem, transpondo este 
forame. A artéria carótida interna e seus plexos simpático e venoso acompanhantes atravessam a face superior da 
cartilagem (i. e., passam sobre o forame), e alguns nervos atravessam-na horizontalmente, seguindo até um forame 
em seu limite inferior. Na face anterossuperior da parte petrosa do temporal há um estreito sulco do nervo petroso 
maior, que se estende em sentido posterior e lateral a partir do forame lacerado. Também há um pequeno sulco do 
nervo petroso menor. 
o Fossa posterior: A fossa posterior do crânio, a maior e mais profunda das três, aloja o cerebelo, 
a ponte e o bulbo (Figura 7.12B). É formada principalmente pelo occipital, mas o dorso da sela 
Aline Barbosa – T32 
 
do esfenoide marca seu limite anterior central (Figura 7.12A), e as partes petrosa e mastóidea 
dos temporais formam as “paredes” anterolaterais. A partir do dorso da sela há uma inclinação 
acentuada, o clivo, no centro da parte anterior da fossa que leva ao forame magno. 
Posteriormente a essa grande abertura, a fossa posterior do crânio é parcialmente dividida pela 
crista occipital interna em grandes impressões côncavas bilaterais, as fossas cerebelares. A 
crista occipital interna termina na protuberância occipital interna formada em relação à 
confluência dos seios, uma fusão dos seios venosos durais (discutidos mais adiante). Sulcos 
largos mostram o trajeto horizontal do seio transverso e do seio sigmóideo em formato de S. 
Na base da crista petrosa do temporal está o forame jugular, que dá passagem a vários 
nervos cranianos além do seio sigmóideo que sai do crânio como a veia jugular interna (VJI) 
(Figura 7.11; Quadro 7.2). Anterossuperiormente ao forame jugular está o meato acústico 
interno para os nervos facial (NC VII) e vestibulococlear (NC VIII) e a artéria do labirinto. O canal 
do nervo hipoglosso (NC XII) situa-se superiormente à margem anterolateral do forame magno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aline Barbosa – T32 
 
9. Vista Interna (calvária): 
 
 
 Calvária: teto em forma de cúpula; formação: ossificação intramembranosa 
 Presença de numerosos sulcos vasculares que alojam vasos meníngeos 
 O sulco do seio sagital aloja o seio sagital superior da dura-máter, elemento importante na drenagem 
venoso do cérebro. 
 
o Paredes da cavidade do crânio: A espessura das paredes da cavidade do crânio varia nas 
diferentes regiões. Em geral, são mais finas nas mulheres, nas crianças e nos idosos. Os ossos 
tendem a ser mais finos em áreas bem cobertas por músculos, como a parte escamosa do 
temporal. As áreas finas de osso podem ser vistas em radiografias ou segurando-se um crânio 
seco contra uma luz forte. A maioria dos ossos da calvária é formada por lâminas interna e 
externa de osso compacto, separadas por díploe. A díploe consiste em osso esponjoso, que 
contém medula óssea vermelha durante a vida, e através dela passam canais formados por 
veias diploicas. A díploe em uma calvária seca não é vermelha porque a proteína é removida 
Aline Barbosa – T32 
 
durante o preparo do crânio. A lâmina interna do osso é mais fina do que a externa, e algumas 
áreas têm apenas uma fina lâmina de osso compacto sem díploe. A substância óssea do crânio 
é distribuída de modo desigual. Ossos planos e relativamente finos (mas curvos em sua maioria) 
proporcionam a resistência necessária para manter as cavidades e proteger seu conteúdo. 
Entretanto, além de abrigar o encéfalo, os ossos do neurocrânio (e os processos que partem 
dele) são locais de fixação proximal dos fortes músculos da mastigação que se fixam 
distalmente na mandíbula; logo, grandes forças de tração atravessam a cavidade nasal e as 
órbitas, situadas entre eles. Assim, partes espessas dos ossos cranianos formam pilares mais 
fortes ou reforços que conduzem as forças, passando ao largo das órbitas e da cavidade nasal. 
Os principais são o reforço frontonasal, que se estende da região dos dentes caninos entre as 
cavidades nasal e orbital até a parte central do frontal, e o reforço arco zigomático – margem 
orbital lateral, que vai da região dos molares até a parte lateral do frontal e o temporal. Do 
mesmo modo, reforços occipitais conduzem as forças recebidas lateralmente ao forame 
magno provenientes da coluna vertebral. Talvez para compensar o osso mais denso 
necessário nesses reforços, algumas áreas do crânio que não sofrem tanto estresse mecânico 
são pneumatizadas.Aline Barbosa – T32 
 
10. Forames: 
 
 
 
Aline Barbosa – T32 
 
 
 
11. Crânio de um recém-nascido: 
 
 Fontículos ou fontanelas: membranas fibrosas que separam os ossos da calvária de um recém-nascido; a 
palpação pelo médico fornece informações sobre: a progressão do crescimento do frontal e dos 
parietais, o grau de hidratação do lactente (desidratação é indicada pela depressão), a pressão 
intracraniana (pressão elevado é indicada por uma saliência). 
 A sutura frontal divide os ossos frontais do crânio fetal 
 Fontículo anterior➔bregma 
 Fontículo posterior➔lambda 
 As fontanelas permitem que a caixa craniana do bebê se contraia na hora do parto, facilitando a 
passagem pelo canal vaginal e permitem o crescimento do cérebro da criança. 
 Cranioestenose: 
o Fechamento precoce da Sutura sagital➔ calvária fica alongada➔ escafocefalia 
o Fechamento precoce da Sutura coronal➔ crânio em torre➔ acrocefalia 
o Sutura coronal e lambdóidea se fecham em apenas um dos lados➔ plagiocefalia 
o Não crescimento do encéfalo➔ microcefalia 
Aline Barbosa – T32 
 
 
Obs: em alguns adultos observa-se uma sutura frontal persistente; esse resquício é denominado sutura metópica. 
Essa sutura parte do meio da gabela, a área lisa e discretamente deprimida situada entre os arcos superciliares 
 
12. Pontos Craniométricos: 
 
 Ptério: junção da asa maior do esfenoide, parte escamosa do temporal, frontal e parietal; no trajeto da 
divisão anterior da artéria meníngea média. 
 Lambda: ponto na calvária na junção das suturas lambdóidea e sagital. 
 Bregma: ponto na calvária na junção das suturas coronal e sagital. 
 Vértice: ponto superior do neurocrânio, no meio, com o crânio orientado no plano anatômico 
(orbitomeatal ou de Frankfurt). 
 Astério: tem formato de estrela; localizado na junção de três suturas: parietomastóidea, occipitomastóidea 
e lambdóidea. 
 Gabela: proeminência lisa; mais acentuada em homens; nos frontais superiormente à raiz do nariz; parte 
com projeção mais anterior da fronte. 
 Ínio: ponto mais proeminente da protuberância occipital externa. 
 Násio: ponto de encontro das suturas frontonasal e internasal do crânio. 
Aline Barbosa – T32 
 
13. Regiões da cabeça: 
 A cabeça é dividida em 8 regiões para permitir a comunicação exata acerca das estruturas, lesões ou 
afecções: 
 
14. Fratura da maxila e dos ossos associados: 
 Le Fort I: fratura horizontal que segue superiormente ao processo alveolar da maxila, cruza o septo nasal 
ósseo e, possivelmente, as lâminas do processo pterigoide e do esfenoide. 
 Le Fort II: segue das partes posterolaterais dos seios maxilares em sentido superomedial atravé dos 
forames infraorbitais, lacrimais ou etmoides até a ponte do nariz; toda a parte central da face, inclusive o 
palato duro e os processos alveolares, é separada do restante do crânio. 
 Le Fort III: fratura horizontal que atravessa as fissuras orbitais superiores, o etmoide e os ossos nasais, e 
segue em direção lateral através das asas maiores do esfenoide e das suturas frontozigomáticas. A 
fratura concomitante dos arcos zigomáticos separa a maxila e os zigomáticos do restante do crânio. 
 
 
 
 
Aline Barbosa – T32 
 
15. Reabsorção de osso alveolar: 
 A extração de dentes causa reabsorção óssea alveolar na região afetada. 
 Após a perda completa ou extração dos dentes maxilares, as cavidades dos dentes começam a ser 
preenchidas por osso e tem início a reabsorção do processo alveolar. Do mesmo modo, a extração 
de dentes mandibulares causa reabsorção óssea alveolar. 
 Aos poucos o forame mentual aproxima-se da margem superior do corpo da mandíbula. 
 A perda de todos os dentes acarreta diminuição da dimensão vertical da face e prognatismo 
mandibular (sobreoclusão). 
 
16. Osso Hióide: 
 Osso em forma de U, localizado na porção ântero-superior do pescoço, entre a mandíbula e a 
laringe. 
 Ele não se articula com nenhum osso, mas está suspenso pelos ligamentos estilo-hióideos, que se 
fixam nos processos estiloides do crânio 
 O osso hióide possui um corpo, um par de cornos maiores e um par de cornos menores 
 Grupos musculares fixam-se no hióide e, em razão de suas posições são ditos supra-hióideos e infra-
hióideos.

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