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ECO034.ApostilaMicro-012011

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12/08/2010
1
I.Introdução
Economia 
Prof. Ângelo Cardoso Pereira
Conteúdo da Aula
1. Os 10 Princípios da Economia
1. As pessoas enfrentam tradeoffs
2. O custo de alguma coisa é aquilo de que você desiste para obtê-la
3. As pessoas racionais pensam na margem
4. As pessoas reagem a incentivos
5. O comércio pode ser bom para todos
6. Os mercados são geralmente uma boa maneira de organizar a atividade 
econômica
7. Às vezes os governos podem melhorar os resultados dos mercados
8. O padrão de vida de um país depende de sua capacidade de produzir bens e 
serviços
9. Os preços sobrem quando o governo emite moeda demais
10. A sociedade enfrenta um tradeoff de curto prazo entre inflação e 
desemprego
2. Análise Positiva x Análise Normativa
3. Objeto da Ciência Econômica: a lei da Escassez
4. Microeconomia e Macroeconomia
5. Problemas econômicos básicos
6. O Fluxo Circular da Renda
7. Curva de Possibilidades de Produção
1. Os 10 princípios da Economia
1. As pessoas enfrentam tradeoffs
Em Economia, tradeoff é uma expressão que define uma 
situação de escolha conflitante, isto é, quando uma 
ação econômica que visa à resolução de determinado 
problema acarreta, inevitavelmente, outro.
Para conseguirmos algo que queremos, geralmente 
precisamos abrir mão de outra coisa de que gostamos: a 
tomada de decisões exige escolher um objetivo em 
detrimento de outro.
Portanto, quando as pessoas estão agrupadas em 
sociedade, deparam-se com tipos diferentes de 
tradeoffs.
12/08/2010
2
1. Os 10 princípios da Economia
1. As pessoas enfrentam tradeoffs
EFICIÊNCIA
(máximo possível a partir dos 
recursos disponíveis)
vs.
EQUIDADE
(distribuição justa)
2. Os 10 princípios da Economia
2. O custo de alguma coisa é aquilo de que você 
desiste para obtê-la
Como as pessoas enfrentam tradeoffs, a tomada de 
decisões exige comparar os custos e benefícios de 
possibilidade alternativas de ação. Em muitos casos, 
contudo, o custo de uma ação não é tão claro quanto 
pode parecer à primeira vista.
O custo de oportunidade de um item é aquilo de que você 
abre mão para o obter. Ao tomarem qualquer decisão, 
os tomadores de decisões precisam estar cientes dos 
custos de oportunidade que acompanham cada ação 
possível.
2. Os 10 princípios da Economia
3. As pessoas racionais pensam na margem
Os economistas usam o termo mudanças marginais para 
descrever pequenos ajustes incrementais a um plano de 
ação existente. Lembre-se de que “margem” pressupõe 
a existência de extremos, portanto, mudanças 
marginais são ajustes ao redor dos “extremos” daquilo 
que você está fazendo.
Um tomador de decisões racional executa uma ação se, e 
somente se, o benefício marginal da ação ultrapassa o 
custo marginal.
12/08/2010
3
2. Os 10 princípios da Economia
4. As pessoas reagem a incentivos
Como as pessoas tomam decisões por meio da 
comparação entre custos e benefícios, seu 
comportamento pode mudar quando os custos ou 
benefícios mudam. Em outras palavras, as pessoas 
reagem a incentivos.
Os formuladores de políticas públicas nunca devem se 
esquecer dos incentivos, já que muitas políticas alteram 
os custos e benefícios para as pessoas e, portanto, 
alteram seu comportamento.
2. Os 10 princípios da Economia
5. O comércio pode ser bom para todos
O comércio permite que as famílias e os países e 
especializem naquilo que sabem fazer de 
melhor e desfrutem de uma maior variedade de 
bens e serviços.
2. Os 10 princípios da Economia
6. Os mercados são geralmente uma boa maneira 
de organizar a atividade econômica
Como vimos, a especialização em uma determinada função 
e o comércio são formas eficientes que precisam ser 
organizadas.
Tal organização (alocação) é feita nos mercados, um 
conjunto de compradores e vendedores dispostos a 
ofertar e demandar determinado produto ou serviço.
12/08/2010
4
2. Os 10 princípios da Economia
7. Às vezes os governos podem melhorar os 
resultados dos mercados
Quando os mercados são ineficientes, os 
governos podem interferir tentando fazer 
desaparecer externalidades e assimetria de 
informações.
FALHA DE MERCADO
(alocação ineficiente do mercado)
EXTERNALIDADES
(impactos em terceiros da ação de um agente)
PODER DE MERCADO
(capacidade de influenciar indevidamente os preços do mercado)
2. Os 10 princípios da Economia
8. O padrão de vida de um país depende de sua 
capacidade de produzir bens e serviços
A capacidade de produzir bens e serviços em uma 
economia (Produto Interno Bruto – PIB) está 
diretamente relacionada com o padrão de vida 
da população a qual se submete a 
riqueza/produto formado (produtividade).
2. Os 10 princípios da Economia
9. Os preços sobem quando o governo emite 
moeda demais
Se o governo, através da autoridade monetária, 
decidir emitir moeda de maneira excessiva, 
pode ocasionar em aumento do nível geral dos 
preços, ou seja, inflação.
12/08/2010
5
2. Os 10 princípios da Economia
10. A sociedade enfrenta um tradeoff de curto
prazo entre inflação e desemprego
Através da Curva de Phillips podemos montar uma 
relação inversa entre o nível geral de preços 
(inflação) e a taxa de desemprego.
3. Análise Positiva x Análise 
Normativa
Para ajudar a esclarecer os dois papéis que os economistas 
desempenham, começaremos examinando o uso da 
linguagem. Como cientistas e conselheiros políticos têm 
objetivos diferentes, usam a linguagem de maneiras 
diferentes.
Declarações positivas são aquelas que tentam descrever o 
mundo como ele é.
Declarações normativas são aquelas que tentam 
prescrever o mundo como deveria ser.
4. A Lei da Escassez
Em Economia tudo se resume a uma restrição quase que física: a lei da 
escassez, isto é, produzir o máximo de bens e serviços a partir dos 
recursos escassos disponíveis a cada sociedade.
Se uma quantidade infinita de cada bem pudesse ser produzida, se os 
desejos humanos pudessem ser completamente satisfeitos, não 
importaria que uma quantidade excessiva de certo bem fosse de 
fato produzida.
Portanto, a Economia é o estudo da escassez dos bens e dos recursos, 
dada as necessidades ilimitadas da sociedade.
12/08/2010
6
5. Microeconomia e Macroeconomia
Microeconomia é o estudo de como a famílias e 
empresas tomam decisões e de como 
interagem nos mercados.
Macroeconomia é o estudo dos fenômenos da 
economia como um todo, incluindo inflação, 
desemprego e crescimento econômico.
6. Problemas econômicos básicos
Nas bases de qualquer comunidade se encontra sempre a 
seguinte tríade de problemas econômicos básicos:
O QUE produzir? – Isto significa quais os produtos deverão
ser produzidos e em que quantidade deverão ser
colocados à disposição dos consumidores.
COMO produzir? – Isto é, por quem serão produzidos os
bens e serviços, com que recursos e de que maneira ou
processo técnico.
PARA QUEM produzir? – Ou seja, para quem se destinará a
produção, fatalmente para os que têm renda
6. Problemas econômicos básicos
É muito fácil entender que: QUAIS, QUANTO, COMO e 
PARA QUEM produzir não seriam problemas se os 
recursos utilizáveis fossem ilimitados.
Todavia, na realidade existem ilimitadas necessidades e 
limitados recursos disponíveis e técnicas de fabricação. 
Baseada nessas restrições, a Economia deve optar 
dentre os bens a serem produzidos e os processos 
técnicos capazes de transformar os recursos escassos 
em produção.
12/08/2010
7
6. Problemas econômicos básicos
Necessidades humanas 
ilimitadas
X
Recursos produtivos 
escassos
Escassez Escolha
O que e quanto
Como
Para quem
(produzir)
D’1
7. Fluxo Circular de Renda
O Fluxo Circular de Renda é uma forma
esquemática de apresentarmos as inter-
relações entre os agentes econômicos que
compõem nossa sociedade, juntamente com a
organização e propriedade dos fatores de
produção.
Os agentes econômicos são:
•Unidades Familiares
•Empresas
•Governo
•Resto do Mundo
7. Fluxo Circular de Renda
•Unidades Familiares:
•Indivíduos empregados;
•Aposentados e pensionistas;
•Todos que recebem renda.
•Empresas:
•Unidadesque compõem o aparelho de
produção;
•Produtoras de bens e serviços;
•Reúnem, organizam e remuneram os fatores
de produção.
12/08/2010
8
7. Fluxo Circular de Renda
•Governo:
•Centro de produção de serviços coletivos;
•Agente coletivo que contrata trabalho das
unidades familiares e parcela da produção
da empresas para proporcionar serviços
úteis à sociedade;
•Governo federal, estadual e municipal.
•Resto do Mundo
•Unidades familiares, empresas e governo de
outros países.
7. Fluxo Circular de Renda
Os fatores de produção são:
1) Recursos naturais ou Terra: elementos da 
natureza suscetíveis de serem incorporados às 
atividades econômicas.
2) Mão-de-obra ou Trabalho: conjunto da 
população em idade ativa disponível na 
sociedade.
3) Capital: conjunto de edifícios, máquinas, 
equipamentos e instalações que a sociedade 
dispõe para efetuar a produção
7. Fluxo Circular de Renda
12/08/2010
9
7. Fluxo Circular de Renda
8. A Curva de Possibilidades de 
Produção - CPP
A CPP é um gráfico que mostra as várias combinações de 
produto que a economia pode produzir potencialmente, 
dados os fatores de produção e a tecnologia disponíveis.
É a fronteira máxima que a economia pode produzir, dado 
os recursos produtivos limitados. Mostra as alternativas 
de produção da sociedade, supondo os recursos 
plenamente empregados.
Representa o tradeoff enfrentado pela sociedade, de que 
nada é de graça, ou seja, obtemos alguma coisa abrindo 
mão de outra.
8. A Curva de Possibilidades de 
Produção
Fronteira de Possibilidades 
de Produção
0
250
450
600
700
750
0
100
200
300
400
500
600
700
800
0 100 200 300
Qtd. Produzida de X
Q
td
. P
ro
d
. Y
12/08/2010
10
Fronteira de 
Possibil idades de 
Produção
Qtd. Produzida de X
Q
td
. 
P
ro
d
. 
Y
A
B
C
D
250200150
750
450
250
Neste ponto o custo de
oportunidade é zero, pois 
não é necessário sacrifício
de recursos produtivos para
aumentar a produção de um
bem, ou mesmo, dois bens.
Ponto A – Capacidade Ociosa
(Ineficiência)
8. A Curva de Possibilidades de 
Produção
8. A Curva de Possibilidades de 
Produção
Pontos B,C 
Não há como produzir 
mais, sem reduzir a 
produção do outro.
- Combinações de produto -
(Nível de produto Eficiente / 
Pleno Emprego)
Ponto D
Nível impossível de 
produção. Posição 
inalcançável no 
período imediato.
Fronteira de 
Possibil idades de 
Produção
Qtd. Produzida de X
Q
td
. 
P
ro
d
. 
Y
A
B
C
D
250200150
750
450
250
8. A Curva de Possibilidades de 
Produção
Lei dos custos de oportunidade crescentes
Dadas como inalteradas as capacidades tecnológicas e de
produção de uma economia e estando o sistema a operar a
níveis de pleno emprego, a obtenção de quantidades adicionais
de determinada classe de produto implica necessariamente a
redução das quantidades de outra classe.
Em resposta a constantes reduções impostas à classe que
estará sendo sacrificada, serão obtidas quantidades adicionais
cada vez menos expressivas da classe cuja produção estará
sendo aumentada, devido à relativa e progressiva
inflexibilidade dos recursos de produção disponíveis e em
uso.
12/08/2010
11
8. A Curva de Possibilidades de 
Produção
Três conceitos:
1. Atividade
econômica de
curto prazo
2. Crescimento
econômico
3. Desenvolvimento
econômico
Fronteira de Possibilidades 
de Produção
Qtd. Produzida de X
Q
td
. P
ro
d
. Y
250
450
600
700
750
150100 20050 250
II.Mecanismos de Oferta e 
Demanda nos Mercados
Economia 
Prof. Ângelo Cardoso Pereira
Conteúdo da Aula
1. Conceitos Iniciais
2. A Demanda em um Mercado
1. Relação entre Preço e Quantidade Demanda
2. Deslocamentos da Curva de Demanda
3. A Teoria do Consumidor
3. A Oferta em um Mercado
1. Relação entre Preço e Quantidade Ofertada
2. Deslocamentos da Curva de Oferta
4. Equilíbrio em um Mercado
1. Oferta e Demanda Reunidas
2. Mudanças no Equilíbrio
3. Estudo de Caso
5. Exercícios
12/08/2010
12
1. Conceitos Iniciais
Oferta e Demanda são as forças que fazem a 
Economia funcionar.
A Teoria da Oferta e da Demanda considera como 
compradores e vendedores se comportam e 
como interagem uns com os outros no 
mercado.
1. Conceitos Iniciais
Mas, o que é mercado???
Mercado é um grupo de compradores e 
vendedores de um particular bem ou serviço.
Compradores determinam a demanda e 
vendedores determinam a oferta.
1. Conceitos Iniciais
Os mercados assumem diferentes formas, às vezes 
altamente organizados. Porém, são mais 
freqüentemente “menos organizados”.
Trataremos de tais discussões sobre os diversos tipos de 
mercados mais a frente. 
Só nos interessa, por enquanto, entender que lidaremos 
com as forças de oferta e demanda em mercados 
perfeitamente competitivos, um mercado em que, além 
de oferecer bens e serviços homogêneos, há tantos 
compradores e vendedores que cada um deles tem 
impacto insignificante sobre o preço de mercado.
12/08/2010
13
1. Conceitos Iniciais
Quando começarmos a analisar os mercados 
através de curvas de oferta e demanda 
admitiremos a hipótese
CETERIS PARIBUS
Ou seja,
todos os demais fatores estarão sendo mantidos 
constantes.
2. A Demanda em um Mercado
Para os Economistas, demanda representa o desejo de 
comprar bens ou serviços.
Muitas vezes usa-se também a palavra procura como 
sinônimo de demanda.
A quantidade que o consumidor planeja comprar de cada 
mercadoria depende de sua capacidade de compra e 
esta capacidade é condicionada pela renda que o 
consumidor tem e pelos preços de mercado.
Recordando: Em um mercado, quem determina a demanda???
2. A Demanda em um Mercado
1. Relação entre Preço e Quantidade Demanda
A quantidade demandada de um bem é a quantidade 
desse bem que os compradores desejam e podem 
comprar.
Como veremos, são muitas as características que 
determinam a quantidade demandada de qualquer 
bem, mas, ao se analisar como funcionam os mercados, 
há um determinante que representa um papel central: o 
preço do bem.
12/08/2010
14
2. A Demanda em um Mercado
1. Relação entre Preço e Quantidade Demanda
Vejamos como funciona essa relação:
Imagine você...se estivesse desejoso de consumir balas, com 
uma dada renda, quantas compraria se o preço fosse R$ 0,10? 
E agora? Quantas compraria se o preço subisse para R$ 0,25?
Seu desejo e vontade de comprar balas representa sua demanda
pelas mesmas! A quantidade que você transaciona no 
mercado (que você deseja e pode comprar) representa sua 
quantidade demandada por balas! 
O que você descobriu?
2. A Demanda em um Mercado
1. Relação entre Preço e Quantidade Demanda
LEI DA DEMANDA
A QUANTIDADE DEMANDADA DE UM BEM VARIA 
INVERSAMENTE COM O PREÇO DO MESMO.
Ou seja, um aumento de preço (com tudo o mais 
mantido constante – ceteris paribus), ocasiona uma 
diminuição da quantidade demandada, enquanto 
uma diminuição no preço (com tudo o mais 
permanecendo constante - ceteris paribus), ocasiona 
um aumento da quantidade demandada.
2. A Demanda em um Mercado
1. Relação entre Preço e Quantidade Demanda
Preço 
Quantidade 
Demandada
R$ 0,10 20
R$ 0,25 15
R$ 0,50 10
R$ 1,00 7
R$ 1,25 3
R$ 1,50 0
Curva de Demanda por balas
R$ -
R$ 0,25
R$ 0,50
R$ 0,75
R$ 1,00
R$ 1,25
R$ 1,50
0 5 10 15 20
Quantidades Demandadas
P
re
ço
s
ESCALA DE DEMANDA
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15
2. A Demanda em um Mercado
1. Relação entre Preço e Quantidade Demanda
Preço 
Quantidade 
Demandada
R$ 0,10 20
R$ 0,25 15
R$ 0,50 10
R$ 1,00 7
R$ 1,25 3
R$ 1,50 0
Curva de Demanda por balas
R$ -
R$ 0,25
R$ 0,50
R$ 0,75
R$ 1,00
R$ 1,25
R$ 1,50
0 5 10 15 20
Quantidades Demandadas
P
re
ço
s
2. A Demanda em um Mercado
1. Relação entre Preço e Quantidade Demanda
Preço 
Quantidade 
Demandada
R$ 0,10 20
R$ 0,25 15
R$ 0,50 10
R$ 1,00 7
R$ 1,25 3
R$ 1,50 0
Curva de Demanda por balas
R$ -
R$ 0,25
R$ 0,50
R$ 0,75
R$ 1,00
R$ 1,25
R$ 1,50
0 5 10 15 20
Quantidades Demandadas
P
re
ço
s
2. A Demanda em um Mercado
1. Relação entrePreço e Quantidade Demanda
A lei da demanda define uma correlação negativa entre preços e
quantidades, ou seja, se o preço sobe a quantidade demanda
diminui e vice-versa.
Entretanto há situações atípicas, que denominamos excessões à
lei da demanda, pois preços e quantidades estabelecem uma
correlação positiva. São elas:
1. Para níveis de renda muito baixa, ceteris paribus, a demanda
por alguns produtos essenciais aumenta com o aumento dos
preços. São os chamados bens de Giffen.
2. Para níveis de renda muito alta, ceteris paribus, a demanda
por alguns produtos superfluos ou ostentatórios, aumenta
com o aumento dos preços. São os chamados bens de
Veblen.
12/08/2010
16
2. A Demanda em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Demanda
A curva de demanda do mercado por um determinado 
bem ou serviço depende de algumas variáveis.
O que acontece com a demanda por margarina se o 
consumidor passar a gostar mais de manteiga?
O que acontece com a demanda por carros se mais 
consumidores estão dispostos a dirigir?
O que acontece com a demanda por sapatos hoje se 
você espera que tais preços aumentem futuramente?
2. A Demanda em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Demanda
Portanto, a curva de demanda é função de algumas 
variáveis que a deslocam:
a) Renda
b) Preço dos bens complementares
c) Preço dos bens substitutos
d) Gostos
e) Expectativas
f) Número de compradores
2. A Demanda em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Demanda
a) Renda
Uma renda menor significa que você tem menos
renda para seus gastos totais, de modo que precisará
gastar menos com alguns bens.
• Se a demanda por um bem diminui quando a
renda cai, o bem é chamado de bem normal.
• Se a demanda por um bem aumenta quando a
renda cai, o bem é chamado de bem inferior.
12/08/2010
17
2. A Demanda em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Demanda
b) Preços dos bens complementares
Se os bens X e Y são complementares, o aumento
do preço de X leva a uma redução na demanda por Y (e
vice-versa).
Exemplo: Se o preço do sorvete aumentar, você
provavelmente comprará menos sorvete e, muito
provavelmente, comprará menos cobertura de chocolate,
pois ambos os bens são consumidos juntos.
2. A Demanda em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Demanda
c) Preços dos bens substitutos
Se os bens X e Y são substitutos, o aumento do
preço de X leva a um aumento na demanda por Y (e vice-
versa).
Exemplo: Se o preço da manteiga aumentar, você
provavelmente comprará menos manteiga e, como são
bens substitutos, passará a comprar mais margarina.
2. A Demanda em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Demanda
d) Gostos
O mais óbvio determinante de sua demanda (assim
como da determinação da demanda de todo o mercado)
são seus gostos.
Exemplo: Se você gostar mais de computadores do que de
celulares, sua demanda por computadores será maior que
sua demanda por celulares
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18
2. A Demanda em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Demanda
e) Expectativas
Suas expectativas com relação ao preço de um
determinado bem ou serviço futuramente também
determinam sua demanda atual pelo bem ou serviço.
Exemplo: Se você espera que o preço dos calçados se
eleve daqui a uma semana, você comprará mais calçados
hoje.
2. A Demanda em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Demanda
f) Número de compradores
A demanda total do mercado depende da
quantidade de consumidores que participam do mercado.
Exemplo: Se o mercado de camisetas tiver um aumento no
número de compradores, a demanda pelo bem em
questão aumentará.
2. A Demanda em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Demanda
Observe como as curvas de demanda se deslocam:
D’1
D’’1
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19
2. A Demanda em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Demanda
Variável Uma Mudança Nesta 
Variável...
Preço Representa um movimento ao longo 
da curva de demanda
Lei
Renda Desloca a curva de demanda
P
e
rfil
Preços dos bens 
relacionados
Desloca a curva de demanda
Gostos Desloca a curva de demanda
Expectativas Desloca a curva de demanda
Número de 
compradores
Desloca a curva de demanda
2. A Demanda em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Demanda
Síntese
FATORES QUE INFLUENCIAM
Preço do bem (Px)
Renda do consumidor (Y)
Hábitos e gostos do consumidor (H)
Preço de outros bens (Pz)
Etc
FUNCÃO GERAL DA DEMANDA
Qdx = f (Px, Pz,Y, H, etc)
2. A Demanda em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Demanda
Síntese
FATORES QUE INFLUENCIAM
Preço do bem (Px)
Renda do consumidor (Y)
Hábitos e gostos do consumidor (H)
Preço de outros bens (Pz)
Etc
FUNCÃO GERAL DA DEMANDA
Qdx = f (Px, Pz,Y, H, etc)
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2. A Demanda em um Mercado
3. A Teoria do Consumidor
Analisemos agora, de uma forma mais técnica, qual o 
motivo relacionado com a declividade para a direita da 
curva de demanda.
Trataremos da utilidade marginal.
Para começar, vamos distinguir entre a utilidade total 
obtida do consumo de certa quantidade de um bem e a 
satisfação proporcionada pelo último item consumido.
2. A Demanda em um Mercado
3. A Teoria do Consumidor
A utilidade marginal (UMg) mede, pois, a satisfação 
adicional obtida pelo consumo de uma unidade adicional 
de determinado bem.
Ou seja, é a variação da utilidade total pela variação da 
quantidade do bem que é consumida:
2. A Demanda em um Mercado
3. A Teoria do Consumidor
Portanto, o consumidor levará em conta sua utilidade 
marginal para maximizar sua satisfação em consumir certa 
quantidade de bens.
Nos deparamos, agora, com o princípio da utilidade 
marginal decrescente: à medida que se consome mais de 
determinada mercadoria, quantidades adicionais que 
forem consumidas vão gerar cada vez menos utilidade.
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2. A Demanda em um Mercado
3. A Teoria do Consumidor
A inclinação cada vez mais acentuada da curva de utilidade total 
reflete a propriedade da utilidade marginal decrescente.
A maximização da utilidade ocorrerá somente 
quando o consumidor tiver satisfeito o princípio 
da igualdade marginal, isto é, tiver igualado a 
utilidade marginal por dólar despendido em cada 
uma das mercadorias.
2. A Demanda em um Mercado
3. A Teoria do Consumidor
2. A Demanda em um Mercado
3. A Teoria do Consumidor
TEXTOS (Pindyck):
Dinheiro compra felicidade?
Utilidade marginal e felicidade.
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3. A Oferta em um Mercado
Enquanto os consumidores determinam a 
demanda de um mercado, os 
produtores/vendedores determinam a oferta de 
bens e serviços no mesmo.
A quantidade ofertada de qualquer bem ou 
serviço é a quantidade que os vendedores querem 
e podem vender.
3. A Oferta em um Mercado
1. Relação entre Preço e Quantidade Ofertada
Como veremos, são muitas as características que 
determinam a quantidade ofertada de qualquer 
bem, mas, novamente, o preço do bem
representa um papel fundamental em nossa 
análise.
Vejamos como isso funciona...
3. A Oferta em um Mercado
1. Relação entre Preço e Quantidade Ofertada
Se você fosse um vendedor de sapatos e 
percebesse que o preço do bem no mercado 
aumentou. 
O que você faria: aumentaria a quantidade de 
sapatos ofertada ou diminuiria tal quantidade???
Como você é um maximizador de lucros, 
provavelmente aumentará a quantidade 
ofertada de sapatos.
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3. A Oferta em um Mercado
1. Relação entre Preço e Quantidade Ofertada
Se você fosse um vendedor de sapatos e 
percebesse que o preço do bem no mercado 
aumentou. 
O que você faria: aumentaria a quantidade de 
sapatos ofertada ou diminuiria tal quantidade???
Como você é um maximizador de lucros, 
provavelmente aumentará a quantidade 
ofertada de sapatos.
2. A Oferta em um Mercado
1. Relação entre Preço e Quantidade Ofertada
LEI DA OFERTA
A QUANTIDADE OFERTADA DE UM BEM VARIA 
DIRETAMENTE COM O PREÇO DO MESMO.
Ou seja, um aumento de preço (com tudo o mais mantido 
constante – ceteris paribus), ocasiona um aumento da 
quantidade ofertada, enquanto uma diminuição no preço 
(com tudo o mais permanecendo constante - ceteris paribus), 
ocasiona uma diminuição da quantidadeofertada.
2. A Oferta em um Mercado
1. Relação entre Preço e Quantidade Ofertada
Preço 
Quantidade 
Ofertada
R$ 0,10 0
R$ 0,25 3
R$ 0,50 7
R$ 1,00 10
R$ 1,25 15
R$ 1,50 20
Curva de Oferta por sapatos
R$ -
R$ 0,25
R$ 0,50
R$ 0,75
R$ 1,00
R$ 1,25
R$ 1,50
0 5 10 15 20
Quantidades Demandadas
P
re
ço
s
ESCALA DE OFERTA
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24
2. A Oferta em um Mercado
1. Relação entre Preço e Quantidade Ofertada
Preço 
Quantidade 
Ofertada
R$ 0,10 0
R$ 0,25 3
R$ 0,50 7
R$ 1,00 10
R$ 1,25 15
R$ 1,50 20
Curva de Oferta por sapatos
R$ -
R$ 0,25
R$ 0,50
R$ 0,75
R$ 1,00
R$ 1,25
R$ 1,50
0 5 10 15 20
Quantidades Demandadas
P
re
ço
s
2. A Oferta em um Mercado
1. Relação entre Preço e Quantidade Ofertada
Preço 
Quantidade 
Ofertada
R$ 0,10 0
R$ 0,25 3
R$ 0,50 7
R$ 1,00 10
R$ 1,25 15
R$ 1,50 20
Curva de Oferta por sapatos
R$ -
R$ 0,25
R$ 0,50
R$ 0,75
R$ 1,00
R$ 1,25
R$ 1,50
0 5 10 15 20
Quantidades Demandadas
P
re
ço
s
3. A Oferta em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Oferta
A curva de oferta do mercado por um determinado bem 
ou serviço depende de algumas variáveis.
O que acontece com a oferta de sorvete se o preço do 
leite está baixo?
O que acontece com a oferta de carros hoje se as 
montadoras esperam que o preço dos veículos aumente 
no futuro?
O que acontece com a oferta de livros se mais escritores 
estão trabalhando?
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3. A Oferta em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Oferta
Portanto, a curva de oferta é função de algumas variáveis 
que a deslocam:
a) Preço dos insumos
b) Tecnologia
c) Expectativas
d) Número de vendedores
3. A Oferta em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Oferta
a) Preço dos insumos
Quando o preço dos insumos aumenta, torna-se
menos lucrativo para a empresa produzir um bem ou
serviço, de modo que a oferta diminui. Logo, se o preço
dos insumos diminui, então a empresa estará mais disposta
a ofertar tal bem, auferindo lucros maiores. Ou seja, o
preço dos insumos está relacionado negativamente com a
oferta de um bem.
Exemplo: Imagine que você produza sorvetes. Se o preço
do leite e do açúcar subirem substancialmente, você
ofertará menos sorvetes para não incorrer em prejuízos.
3. A Oferta em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Oferta
b) Tecnologia
A tecnologia utilizada para transformar insumos em
produtos é outro determinante da oferta. A invenção de
máquinas que reduzem a quantidade de trabalho
necessária, além de reduzir os custos das empresas,
aumentam a oferta do bem em questão.
Exemplo: Se novas máquinas mais eficientes para a
produção de carros forem inventadas, então as empresas
poderão diminuir seus custos demitindo pessoal e ofertar
mais carros ao mercado.
12/08/2010
26
3. A Oferta em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Oferta
c) Expectativas
A oferta de um bem hoje, pode refletir a
expectativa dos vendedores amanhã. Se uma empresa
espera que o preço de seus produtos aumentem no futuro,
ela estocará parte de sua produção atual e ofertará menos
hoje.
d) Número de vendedores
Assim como aconteceu com a demanda, quanto
maior o número de vendedores de determinado bem ou
serviço no mercado, maior será a oferta daquele bem e
vice-versa.
Exemplo: Se um setor do mercado, digamos o mercado de
cadeiras, está sendo lucrativo, mais empresas podem estar
tentadas a entrar no mesmo e, então, a oferta de cadeiras
no mercado aumentará.
3. A Oferta em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Oferta
Variável Uma Mudança Nesta Variável...
Preço Representa um movimento ao longo da curva 
de oferta
Preço dos insumos Desloca a curva de oferta
Tecnologia Desloca a curva de oferta
Expectativas Desloca a curva de oferta
Número de 
vendedores
Desloca a curva de oferta
3. A Oferta em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Oferta
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3. A Oferta em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Oferta
Variável Uma Mudança Nesta 
Variável...
Preço Representa um movimento ao longo 
da curva de oferta
Lei
Preço dos 
insumos
Desloca a curva de oferta
P
e
rfil
Tecnologia Desloca a curva de oferta
Expectativas Desloca a curva de oferta
Número de 
vendedores
Desloca a curva de oferta
Síntese
FATORES QUE INFLUENCIAM
Preço do bem X (Px)
Preço dos insumos utilizados na produção (Pi)
Tecnologia (T)
Preço de outros bens (Pz)
Etc
FUNCÃO GERAL DA OFERTA
Qox = f (Px, Pi, T, Pz, etc)
3. A Oferta em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Oferta
4. Equilíbrio em um Mercado
Estudamos as curvas de demanda e de oferta 
isoladamente.
Porém, os mercados são compostos de vendedores 
(ofertantes) e compradores (demandantes) de bens e 
serviços.
Portanto, devemos reunir as curvas de oferta e demanda e 
encontrar o ponto de equilíbrio.
Consideraremos que os mercados estudados se encontram 
em concorrência perfeita.
12/08/2010
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4. Equilíbrio em um Mercado
1. Oferta e Demanda reunidas
A situação na qual o preço atinge um nível em que a 
quantidade demanda e a quantidade ofertada são iguais é 
denominado equilíbrio.
O preço de equilíbrio é aquele que iguala a quantidade 
ofertada e a quantidade demandada.
A quantidade de equilíbrio é a quantidade ofertada e a 
quantidade demandada ao preço de equilíbrio.
Observe o seguinte exemplo:
Preço de Equilíbrio
Quantidade de Equilíbrio
4. Equilíbrio em um Mercado
1. Oferta e Demanda reunidas
Ao preço de equilíbrio, a quantidade dos bens que os 
compradores desejam e podem comprar é exatamente 
igual à quantidade que os vendedores desejam e podem 
vender.
O preço de equilíbrio é por vezes chamado de preço de 
ajustamento de mercado porque, a esse preço, o mercado 
está satisfeito: os compradores compram tudo o que 
desejavam comprar e os vendedores tudo o que 
desejavam vender.
4. Equilíbrio em um Mercado
1. Oferta e Demanda reunidas
12/08/2010
29
Portanto, um preço que não o de equilíbrio pode acarretar:
a) Excesso de oferta: uma situação em que a quantidade 
ofertada é maior que a quantidade demandada.
b) Excesso de demanda: uma situação em que a 
quantidade demandada é maior que a quantidade 
ofertada.
4. Equilíbrio em um Mercado
1. Oferta e Demanda reunidas
4. Equilíbrio em um Mercado
1. Oferta e Demanda reunidas
Excesso de oferta
Excesso de demanda
Esses desequilíbrios não se verificam em uma economia 
considerando um determinado período de tempo, pois as 
atividades dos diversos compradores e vendedores 
conduzem automaticamente o mercado em direção ao 
preço de equilíbrio.
Chegamos à lei da oferta e da demanda: o preço de 
qualquer bem se ajusta para trazer a quantidade ofertada 
e a quantidade demandada desse bem para o equilíbrio.
4. Equilíbrio em um Mercado
1. Oferta e Demanda reunidas
12/08/2010
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4. Equilíbrio em um Mercado
2. Mudança no Equilíbrio
Analisaremos a partir de agora o que chamamos estática 
comparativa: variações nas curvas de oferta e demanda 
que modificam o equilíbrio de um ponto de equilíbrio 
inicial para um novo ponto de equilíbrio.
Seguiremos 3 etapas...
1) Analisar se o acontecimento desloca a curva de oferta 
ou a curva de demanda (ou as duas);
2) Analisar em qual direção a curva se desloca,
3) Usar o diagrama de oferta e demanda para ver como o 
deslocamento altera o preço e a quantidade de equilíbrio.
4. Equilíbrio em um Mercado
2. Mudança no Equilíbrio
Exemplo 1: Suponhamos que o tempo fique muito quente 
num determinado verão. Como isso afeta o mercado de 
sorvete?
Deveremos descobrir qual curva se relaciona com o 
acontecimento e verificar qual efeito sobre ela. Como está 
mais quente, os consumidores “mudam” seus gostos 
temporariamente, o que se reflete na curva de demanda. 
Como consomem mais sorvete, a demanda aumenta, 
deslocando-se para a direita. Usemos, então, o diagrama 
para ver o que acontece com o ponto de equilíbrio.
4. Equilíbrio em um Mercado
2. Mudança no Equilíbrio
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E1
E2
4. Equilíbrio em um Mercado
2. Mudança no Equilíbrio
Exemplo 2: Suponhamos que, num outro verão, um 
furacãodestrua parte da safra de cana-de-açúcar e que 
isso aumente o preço do açúcar. Como isso afeta o 
mercado de sorvete?
O açúcar é um insumo para a produção de sorvete. Logo, 
com a elevação dos custos de produção, os vendedores 
reduzirão sua produção, o que afeta a curva de oferta, 
deslocando-a para a esquerda, pois houve uma diminuição 
da oferta de sorvetes no mercado.
4. Equilíbrio em um Mercado
2. Mudança no Equilíbrio
E1
E2
4. Equilíbrio em um Mercado
2. Mudança no Equilíbrio
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Vide livro de Introdução à Economia, de N. Gregory 
Mankiw, Capítulo 4 para mais informações, inclusive 
quanto ao deslocamento simultâneo das curvas de oferta 
e demanda.
4. Equilíbrio em um Mercado
2. Mudança no Equilíbrio
4. Equilíbrio em um Mercado
3. Síntese
Variação na quantidade demandada
Deslocamento sobre a curva (∆ Px = ∆ Lei)
Variação na demanda
Deslocamento da curva (∆ Pz,Y, H, etc = ∆ Perfil)
Variação na quantidade ofertada 
Deslocamento sobre a curva (∆ Px = ∆ Lei)
Variação na oferta
Deslocamento da curva (∆ Pi, T, Pz, etc = ∆ Perfil)
4. Equilíbrio em um Mercado
3. Síntese
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5. Exercícios
Exercício 1
Considere o mercado de minivans. Para cada um dos eventos abaixo, 
indique se a oferta ou a demanda são afetadas e de que maneira:
a) As pessoas decidem ter mais filhos.
b) Uma greve dos metalúrgicos aumenta o preço do aço.
c) Os engenheiros desenvolvem novas máquinas automatizadas para a 
produção de minivans.
d) O preço dos utilitários esporte aumenta.
e) Uma queda no mercado de ações reduz o poder aquisitivo das 
pessoas.
Exercício 2
Pesquisas de mercado revelaram as seguintes informações 
sobre o mercado de barras de chocolate: a escala de 
demanda pode ser representada pela equação QD = 1600 –
30P, onde QD é a quantidade demandada e P, o preço. A 
escala de oferta pode ser representada pela equação QS = 
1400 + 70P, onde QS é a quantidade ofertada. Calcule o 
preço de equilíbrio e a quantidade de equilíbrio no 
mercado de barras de chocolate.
Resposta: P = 2 e QO = QS = 1540
5. Exercícios
Exercício 3
Continue considerando a escala de demanda representada 
pela equação QD = 1600 – 30P e a escala de oferta 
representada pela equação QS = 1400 + 70P. Se o governo 
tabelar um preço mínimo de R$ 5 por barra de chocolate, 
haverá excesso de oferta ou de demanda? De quanto?
Resposta: Excesso de oferta de 300 
5. Exercícios
12/08/2010
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III.Elasticidades
Economia 
Prof. Ângelo Cardoso Pereira
Conteúdo da Aula
1. Conceitos Iniciais
2. Elasticidade da Demanda
1. Elasticidade-preço da demanda e seus determinantes
2. Cálculo da Elasticidade-preço
3. Receita Total e Elasticidade-preço
4. Outras Elasticidades da Demanda
3. Elasticidade da Oferta
1. Elasticidade-preço da oferta e seus determinantes
2. Cálculo da Elasticidade-preço
4. Exercícios
1. Conceitos Iniciais
O preço do bem se ajusta para conduzir a quantidade 
ofertada e a quantidade demandada do bem ao 
equilíbrio. Para aplicarmos essa análise básica, 
precisamos, antes, desenvolver mais uma ferramenta: 
o conceito de elasticidade.
A elasticidade, uma medida da resposta dos compradores 
e vendedores às mudanças das condições do mercado, 
nos permite analisar a oferta e a demanda com maior 
precisão.
12/08/2010
35
2. Elasticidade da Demanda
Quando introduzimos o conceito de demanda no capítulo 
passado nossa discussão foi qualitativa, não 
quantitativa, ou seja, discutimos a direção em que a 
quantidade demandada se move, mas não a dimensão 
do movimento.
Para medirem o quanto os consumidores reagem a 
mudanças dessas variáveis, os economistas usam o 
conceito de elasticidade.
2. Elasticidade da Demanda
1. Elasticidade-preço da demanda e seus determinantes
A lei da demanda afirma que uma queda no preço de um 
bem aumenta a quantidade demandada dele. 
A elasticidade-preço da demanda mede o quanto a 
quantidade demandada reage a uma mudança no 
preço.
A demanda por um bem é chamada de elástica se a 
quantidade demandada responde substancialmente a 
mudanças no preço. Diz-se que a demanda por um 
bem é inelástica se a quantidade demandada responde 
pouco a mudanças no preço.
A elasticidade-preço da demanda d qualquer bem mede o 
quanto os consumidores estão dispostos a deixar de 
adquirir do bem á medida que seu preço aumenta.
2. Elasticidade da Demanda
1. Elasticidade-preço da demanda e seus determinantes
12/08/2010
36
Podemos apresentar algumas regras gerais sobre o que 
determina a elasticidade-preço da demanda:
a) Disponibilidade de substitutos próximos: bens com 
substitutos próximos tendem a ter demanda mais 
elástica porque é mais fácil para os consumidores 
trocá-los por outros.
2. Elasticidade da Demanda
1. Elasticidade-preço da demanda e seus determinantes
b) Bens necessários e bens supérfluos: os bens necessários 
tendem a ter demanda inelástica, enquanto que a 
demanda por bens supérfluos (ou bens de luxo) tende 
a ser elástica.
c) Definição do mercado: as elasticidades da demanda em 
qualquer mercado depende de como traçamos os 
limites deste. Mercados definidos de forma restrita 
tendem a ter demanda mais elástica do que mercados 
definidos de forma ampla, uma vez que é mais fácil 
encontrar substitutos para bens definidos de maneira 
restrita.
2. Elasticidade da Demanda
1. Elasticidade-preço da demanda e seus determinantes
d) Horizonte de tempo: os bens tendem a apresentar 
demanda mais elástica em horizontes de tempo mais 
longos (as pessoas reagirão à variação dos preços).
2. Elasticidade da Demanda
1. Elasticidade-preço da demanda e seus determinantes
12/08/2010
37
Os economistas calculam a elasticidade-preço da demanda 
como a variação percentual da quantidade demandada 
dividida pela variação percentual do preço:
2. Elasticidade da Demanda
2. Calculo da Elasticidade-Preço
a) Perfeitamente Inelástica: A quantidade demandada não 
responde a variações no preço.
2. Elasticidade da Demanda
2. Calculo da Elasticidade-Preço
b)Demanda Inelástica: A quantidade demandada não 
responde fortemente a variações no preço.
2. Elasticidade da Demanda
2. Calculo da Elasticidade-Preço
12/08/2010
38
c) Elasticidade Unitária: A quantidade demandada varia na 
mesma porcentagem do preço.
2. Elasticidade da Demanda
2. Calculo da Elasticidade-Preço
d) Demanda Elástica: A quantidade demandada responde 
fortemente a variações no preço.
2. Elasticidade da Demanda
2. Calculo da Elasticidade-Preço
e) Perfeitamente Elástica: A quantidade demandada varia 
infinitamente com qualquer variação no preço.
2. Elasticidade da Demanda
2. Calculo da Elasticidade-Preço
12/08/2010
39
2. Elasticidade da Demanda
3. Receita Total e Elasticidade-preço
A receita total é a quantia paga pelos compradores e 
recebida pelos vendedores de um bem, calculada 
como o preço do bem multiplicado pela quantidade 
vendida.
A receita total varia de acordo com a elasticidade-preço da 
curva de demanda.
Se a demanda for inelástica (ou seja, se a variação do 
preço for maior que a variação da quantidade) um 
aumento no preço causará uma diminuição pequena 
no quantidade demandada e, portanto, um aumento 
na receita total.
Se a demanda for elástica (ou seja, se a variação da 
quantidade for maior que a variação do preço) um 
aumento no preço causará uma diminuição grande no 
quantidade demandada e, portanto, uma queda na 
receita total.
2. Elasticidade da Demanda
3. Receita Total e Elasticidade-preço
Ilustram uma regra geral:
a) Quando a demanda é inelástica, o preço e a receita 
total movem-se na mesma direção.
b) Quando a demanda é elástica o preço e a receita total 
movem-se em direções opostas.
c) S a demanda tem elasticidade unitária a receita total 
permanece constante quando o preço varia.
2. Elasticidade da Demanda
3. Receita Total e Elasticidade-preço
12/08/2010
40
Elasticidade-Renda da Demanda: medida do quanto a 
quantidade demandada de um bem responde a uma 
variação na renda dos consumidores, calculada assim:2. Elasticidade da Demanda
4. Elasticidade-Renda
2. Elasticidade da Demanda
4. Elasticidade-Renda
Bens com elasticidades-renda positivas são conhecidos 
por bens normais, ou seja, a quantidade demandada 
aumenta com o aumento da renda.
Bens com elasticidades-renda negativas são conhecidos 
por bens inferiores, ou seja, a quantidade demandada 
diminui com o aumento da renda.
Elasticidade preço-cruzada da demanda: mede o quanto a 
quantidade demandada de um bem varia à medida 
que o preço de um outro bem varia. É calculada como:
2. Elasticidade da Demanda
5. Elasticidade-Preço Cruzada
12/08/2010
41
O fato de a elasticidade preço cruzada ser um número 
positivo ou negativo depende de os dois bens em 
questão serem substitutos ou complementares.
Bens substitutos: EPc > 0
Bens complementares: EPc < 0
2. Elasticidade da Demanda
4. Outras Elasticidades da Demanda
3. Elasticidade da Oferta
1. Elasticidade-preço da Oferta e seus determinantes
A elasticidade-preço da oferta mede o quanto a quantidade 
ofertada responde a mudanças no preço. A oferta de um 
bem é chamada de elástica se a quantidade ofertada 
responde substancialmente a mudanças no preço. A 
oferta é chamada de inelástica se a quantidade ofertada 
responde pouco a mudanças no preço.
A elasticidade preço da oferta depende da flexibilidade que os 
vendedores têm de mudar a quantidade do bem que 
produzem e do horizonte de tempo.
Por exemplo, qual é a elasticidade-preço dos terrenos de 
frente para o mar?
Muito inelástica, pois é quase impossível aumentar a oferta 
desse bem
3. Elasticidade da Oferta
1. Elasticidade-preço da Oferta e seus determinantes
12/08/2010
42
Calcularemos a elasticidade-preço da oferta pela variação 
percentual da quantidade ofertada pela variação 
percentual do preço do bem.
3. Elasticidade da Oferta
1. Elasticidade-preço da Oferta e seus determinantes
3. Elasticidade da Oferta
2. Cálculo da Elasticidade-preço
As curvas de oferta apresentam os mesmo tipos de 
elasticidade das curvas de demanda, ou seja:
a) Perfeitamente inelástica
b) Inelástica
c) Unitária
d) Elástica
e) Perfeitamente elástica
a) Perfeitamente Inelástica: A quantidade ofertada não 
responde a variações no preço.
3. Elasticidade da Oferta
2. Cálculo da Elasticidade-preço
12/08/2010
43
b) Oferta Inelástica: A quantidade ofertada não responde 
fortemente a variações no preço.
3. Elasticidade da Oferta
2. Cálculo da Elasticidade-preço
c) Elasticidade Unitária: A quantidade ofertada varia na 
mesma porcentagem do preço.
3. Elasticidade da Oferta
2. Cálculo da Elasticidade-preço
d) Oferta Elástica: A quantidade ofertada responde 
fortemente a variações no preço.
3. Elasticidade da Oferta
2. Cálculo da Elasticidade-preço
12/08/2010
44
e) Perfeitamente Elástica: A quantidade ofertada varia 
infinitamente com qualquer variação no preço.
3. Elasticidade da Oferta
2. Cálculo da Elasticidade-preço
4. Exercícios
1. Suponha que os viajantes a negócios e os turistas tenham
as seguintes demandas por passagens aéreas de Nova
York para Boston:
a) À medida que o preço aumenta de R$ 200,00 para R$
250,00, qual é a elasticidade-preço da demanda para (i) os
viajantes a negócios e (ii) os turistas? (Use o método do
ponto médio em seus cálculos)
b) Por que a elasticidade dos turistas seria diferente da dos
viajantes a negócios?
Preço
Quantidade demandada 
(viajantes a negócios)
Quantidade 
demandada 
(turistas)
R$ 150,00 2100 1000
R$ 200,00 2000 800
R$ 250,00 1900 600
R$ 300,00 1800 400
2. Os medicamentos têm demanda inelástica e os
computadores têm demanda elástica. Suponhamos
que um avanço tecnológico dobre a oferta dos
produtos (ou seja, a quantidade ofertada a cada
preço será o dobro da original).
a) O que acontecerá com o preço de equilíbrio e a
quantidade de equilíbrio em cada mercado?
b) Que produto sofrerá uma grande variação no preço?
c) Que produto sofrerá uma grande variação na
quantidade?
d) O que acontecerá com a despesa total dos
consumidores com cada produto?
4. Exercícios
12/08/2010
45
3. Para uma elasticidade-preço igual a -2, preveja se o
faturamento total de um produto aumenta ou
diminui quando ocorre um aumento de 10% em seu
preço. Lembre que o faturamento é dado pela
multiplicação da quantidade pelo preço. Faça o
mesmo exercício para uma elasticidade-preço igual a -
0,5 e depois, para -1.
4. Exercícios
IV.Excedentes do Consumidor
e do Produtor
Economia 
Prof. Ângelo Cardoso Pereira
Conteúdo da Aula
1. Conceitos Iniciais
2. O Excedente do Consumidor
3. O Excedente do Produtor
4. Eficiência de Mercado
12/08/2010
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1. Conceitos Iniciais
Anteriormente, vimos como, nas economias de mercado, 
as forças de oferta e demanda determinam o preço e a 
quantidade vendida dos bens e serviços.
Descrevemos a maneira como a sociedade aloca os 
recursos escassos sem abordar diretamente a questão 
de que se essa alocação é desejável.
1. Conceitos Iniciais
“Nossa análise foi positiva (aquilo que é) e não normativa 
(aquilo que deveria ser)”
Estudaremos, portanto, a chamada economia do bem-
estar, o estudo de como a alocação de recursos afeta o 
bem-estar econômico.
2. O Excedente do Consumidor
Iniciemos, então, nosso estudo do bem-estar com os 
benefícios que os compradores recebem por sua 
participação no mercado.
Observemos o exemplo:
Imagine que você é fã de Bob Marley e que está 
interessado em comprar o primeiro álbum dele. 
Digamos que você esteja disposto a pagar R$100,00 
pelo mesmo, porém, a pessoa que está pretendendo 
vendê-lo, quer R$ 80,00 pelo álbum.
Que benefício você obtém da compra do álbum?
12/08/2010
47
2. O Excedente do Consumidor
Medimos o excedente do consumidor pela diferença entre 
a quantia que o comprador está disposto a pagar (a 
quantia máxima que um comprador pagará por um bem; o 
valor que o comprador atribui ao bem) menos a quantia 
que ele realmente paga.
2. O Excedente do Consumidor
Usaremos a curva de demanda para media os excedentes 
de todos os consumidores de um mercado.
Já sabemos que a curva de demanda reflete o quanto os 
consumidores estão dispostos a pagar por uma 
determinada quantidade de bens e serviços.
2. O Excedente do Consumidor
Observe o exemplo:
12/08/2010
48
2. O Excedente do Consumidor
Como o preço afeta o excedente do consumidor???
Se o preço cair, o excedente do consumidor aumentará ou 
diminuirá? E se o preço subir?
Vejamos no gráfico a seguir:
2. O Excedente do Consumidor
Observe o exemplo:Valor para o consumidor 1
Valor para o consumidor 2
Valor para o consumidor 3
3. O Excedente do Produtor
Medimos o excedente do produtor pela diferença entre o 
montante que um vendedor recebe e o seu custo de 
produção.
Imagine que um pintor tenha um custo de produção de R$ 
300,00 pelo seu serviço. Se lhe é pago o valor de R$ 500,00 
seu excedente é de R$ 200,00.
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3. O Excedente do Produtor
Usaremos a curva de oferta para media os excedentes de 
todos os produtores de um mercado.
Já sabemos que a curva de oferta reflete o quanto os 
produtores estão dispostos a receber por uma 
determinada quantidade de bens e serviços.
3. O Excedente do Produtor
Da mesma forma que fizemos a análise do 
excedente do consumidor, podemos fazer agora a 
análise do excedente do produtor.
Observe o exemplo:
3. O Excedente do Produtor
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4. Eficiência de Mercado
O excedente do consumidor e o excedente do produtor 
são as ferramentas básicas dos economistas para estudar o 
bem-estar dos compradores e vendedores.
Uma “medida possível de bem-estar” é a soma dos 
excedentes do consumidor e dos excedentes do produtor, 
que chamamos de excedente total.
4. Eficiência de Mercado
Para entender melhor essa medida do bem-estar 
econômico, lembre-se de como medimos os excedentes 
do consumidor e do produtor.
Definimos excedente do consumidor como:
Excedente do consumidor = Valor para compradores –
Quantia paga pelos compradores
De maneira similar, medimos o excedentedo produtor 
como:
Excedente do produtor = Quantia recebida pelos 
vendedores – Custo para vendedores
4. Eficiência de Mercado
Quando somamos os excedentes do consumidor e do 
produtor, temos:
Excedente total = Valor para os compradores – Quantia 
paga pelos compradores + Quantia recebida pelos 
vendedores – Custo para vendedores
A quantia paga pelos compradores é igual à quantia 
recebida pelos vendedores; com isso, podemos escrever o 
excedente total como:
Excedente total = Valor para os compradores – Custo para 
vendedores
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4. Eficiência de Mercado
O excedente total de um mercado é o valor total atribuído 
pelos compradores dos bens, medido por sua disposição 
para pagar, menos o custo total dos vendedores que 
fornecem esses bens.
Se uma alocação de recursos é eficiente, dizemos que ela 
maximiza o excedente total recebido por todos os 
membros da sociedade. Se uma alocação não é eficiente, 
então parte dos ganhos do comércio entre compradores e 
vendedores não está sendo obtida.
4. Eficiência de Mercado
A eficiência máxima do mercado é atingida quando oferta e demanda 
se igualam. Nesse ponto, o valor para compradores é igual ao custo 
para vendedores, o que maximizará o excedente total.
V.Estruturas de Mercado
Economia 
Prof. Ângelo Cardoso Pereira
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Conteúdo da Aula
1. Introdução 
2. Mercado em Concorrência Perfeita
3. Monopólio 
4. Oligopólio
5. Concorrência Monopolística
6. Estruturas do Mercado de Fatores
1. Conceitos Iniciais
As várias formas ou estruturas de mercado dependem 
fundamentalmente de 3 características:
a) número de empresas que compõem esse mercado;
b) tipo do produto (se as firmas fabricam produtos 
idênticos ou diferenciados);
c) se existem ou não barreiras ao acesso de novas 
empresas nesse mercado.
Mercado atomizado: mercado com infinitos vendedores e 
compradores (como “átomos”), de forma que um agente 
isolado não tem condições de afetar o preço de mercado. 
Assim, o preço de mercado é um dado fixado para empresas 
e consumidores (são price-takers, isto é, tomadores de 
preços pelo mercado)
Produtos Homogêneos: todas as firmas oferecem um 
produto semelhante, homogêneo. Não há diferenças de 
embalagem, qualidade nesse mercado.
Características básicas:
1. Concorrência Pura ou Perfeita
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Mobilidade de firmas: não há barreiras para o ingresso de 
empresas no mercado.
Racionalidade : os empresários sempre maximizam lucro e 
os consumidores maximizam satisfação ou utilidade 
derivada do consumo de um bem, ou seja, os agentes agem 
racionalmente.
Transparência do mercado: consumidores e vendedores 
têm acesso a toda informação relevante, sem custos, isto é, 
conhecem os preços, qualidade, os custos , as receitas e os 
lucros dos concorrentes; 
Características básicas:
1. Concorrência Pura ou Perfeita
Obs.: Uma característica do mercado em concorrência 
perfeita é que, a longo prazo, não existem lucros extras ou 
extraordinários (onde as receitas supram os custos), mas 
apenas os chamados lucros normais, que representam a 
remuneração implícita do empresário (seu custo de 
oportunidade, ou o que ele ganharia se aplicasse seu capital 
em outra atividade. 
Características básicas:
1. Concorrência Pura ou Perfeita
Características básicas:
2. Monopólio
- uma única empresa produtora do bem ou serviço;
- não há produtos substitutos próximos;
- existem barreiras à entrada de firmas concorrentes.
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As barreiras de acesso podem ocorrer de várias formas:
Monopólio puro ou natural = devido à alta escala de 
produção requerida, exigindo um elevado montante de 
investimento. A empresa monopolística já está estabelecida 
em grandes dimensões e tem condições de operar com 
baixos custos. Torna-se muito difícil alguma empresa 
conseguir oferecer a um preço equivalente à firma 
monopolista;
Patentes = direito único de produzir o bem. 
Características básicas:
2. Monopólio
Controle de matérias-primas chaves = Exemplo : o controle 
das minas de bauxita pelas empresas produtoras de 
alumínio. 
Monopólio estatal ou institucional, protegido pela 
legislação, normalmente em setores estratégicos ou de 
infra-estrutura. 
Obs.: Diferentemente da concorrência perfeita, como 
existem barreiras à entrada de novas empresas, os lucros 
extraordinários devem persistir também a longo prazo em 
mercados monopolizados.
Características básicas:
2. Monopólio
Definido de duas formas:
- pequeno nº de empresas no setor. Ex. Indústria 
automobilística.
- ou um pequeno nº de empresas domina um setor 
com muitas empresas. Ex.: Brahma e Antártica. 
3. Oligopólio
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Devido à existência de empresas dominantes, elas têm o 
poder de fixar os preços de venda em seus termos, 
defrontando-se normalmente com demandas relativamente 
inelásticas, em que os consumidores têm baixo poder de 
reação a alterações de preços.
No oligopólio, assim como no monopólio, há barreiras para 
a entrada de novas empresas no setor.
Características básicas:
3. Oligopólio
Tipos de oligopólio: 
com produto homogêneo (alumínio, cimento);
com produto diferenciado (automóveis).
Obs.: A longo prazo os lucros extraordinários permanecem, 
pois as barreiras à entrada de novas firmas persistirão.
3. Oligopólio
Características básicas:
Formas de atuação das empresas:
• concorrem entre si, via guerra de preços ou de 
promoções (forma de atuação pouco freqüente);
• formam cartéis (conluios, trustes).
Cartel é uma organização (formal ou informal) de 
produtores dentro de um setor, que determina a política 
para todas as empresas do cartel. O cartel fixa preços e a 
repartição (cota) do mercado entre as empresas. 
Características básicas:
3. Oligopólio
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• muitas empresas, produzindo um dado bem ou serviço;
• cada empresa produz um produto diferenciado, mas com 
substitutos próximos;
• cada empresa tem um certo poder sobre os preços, dado 
que os produtos são diferenciados, e o consumidor tem 
opções de escolha, de acordo com sua preferência. 
Obs.: Como não existem barreiras para a entrada de firmas, a 
longo prazo há tendência apenas para lucros normais (RT=CT),
como em concorrência perfeita, ou seja, os lucros extraordinários 
a curto prazo atraem novas firmas para o mercado, aumentando 
a oferta do produto, até chegar-se a um ponto em que persistirão 
lucros normais, quando então cessa a entrada de concorrentes.
Características básicas:
4. Concorrência Monopolística
Características
Concorrência
Perfeita
Monopólio
Oligopólio
Concorrência
Monopolística
Muito grande
Só há uma 
empresa
Pequeno
Grande
Homogêneo
Produto
nº de
Empresas
Controle
de Preços
Ingresso
Não há subs-
titutos próxi-
mos
Pode ser ho-
mogêneo ou
diferenciado
Diferenciado
Rigidez
Empresa
com poder
Poder c/
interde-
pendência
Pouca mar-
gem de
manobra
Sem
barreiras
Há barrei-
ras p/ as
novas
Sem
barreiras
Há barrei-
ras p/ as
novas
Síntese
Concorrência Perfeita = existe uma oferta abundante do fator 
de produção (ex.: mão-de-obra não especializada), o que torna 
o preço desse fator constante. 
Monopsônio = Há somente um comprador para muitos 
vendedores dos serviços dos insumos. 
Oligopsônio = Existem poucos compradores que dominam o 
mercado para muitos vendedores. Ex.: Indústria de laticínios.
Monopólio bilateral = Ocorre quando um monopsonista, na 
compra do fator de produção, defronta-se com um 
monopolista na venda desse fator. 
5. Estrutura do Mercado de Fatores de 
Produção

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