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AVALIAÇÃO 1 – TROCADORES DE CALOR BITULARES Niterói, 2021 Relatório: AVALIAÇÃO 1 – TROCADORES DE CALOR BITULARES Aluno: Gabriel da Costa Peçanha Data: 23.junho.2021 2 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 3 1.1 Objetivo ......................................................................................................................................... 3 1.2 Escopo do Estudo de HAZOP ...................................................................................................... 3 1.3 Estrutura padrão do Trocador de Calor Bitubular .................................................................... 3 2. NORMA TEMA - TUBULAR EXCHANGER MANUFACTURERS ASSOCIATION ............ 7 3. TROCADORES BITUBULARES – METODOLOGIA ......................................................... 10 4. APLICAÇÃO NA INDUSTRIA ................................................................................................ 15 4.1 Uso Comum ................................................................................................................................. 15 5. CONCLUSÃO ............................................................................................................................ 16 6. REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA .......................................................................................... 16 C-3 Relatório: AVALIAÇÃO 1 – TROCADORES DE CALOR BITULARES Aluno: Gabriel da Costa Peçanha Data: 23.junho.2021 1. INTRODUÇÃO 1.1 Objetivo o objetivo do presente relatório é detalhar componentes/estrutura/aplicações referentes aos trocadores de calor bitubulares. 1.2 Escopo do Estudo de HAZOP O processo de remoção ou adição de calor a um sistema líquido ou gasoso é indispensável em qualquer processo industrial. Por se tratar de algo tão fundamental, os conhecimentos acerca do funcionamento dos trocadores de calor, principalmente ao que se refere ao seu projeto, são imprescindíveis para se promover quaisquer atividades operacionais oriundos de processos industriais. Os trocadores de calor do tipo bitubulares, tema do trabalho apresentado, são bastante utilizados, seja em indústrias de base, de bens intermediários ou de bens de consumo e, portanto, são alvos de estudos de engenharia para cálculo dimensionamento ou otimização. Durante a disciplina de Operações Unitárias III, é apresentado aos alunos cálculos bases e este trabalho tem o intuito de aprofundar os conhecimentos acerca dele, facilitando também a compreensão dos princípios físicos que regem a troca de calor entre dois fluidos. 1.3 Estrutura padrão do Trocador de Calor Bitubular A unidade básica que constitui este tipo de trocador de calor é formada por duas estruturas tubulares concêntricas, onde a tubulação externa envolve a interna e, no interior de cada uma delas escoará um dos fluidos de troca térmica. Isto ocorre sem permitir que estes fluidos entrem contato diretamente, proporcionando, assim, apenas a troca de calor entre as duas correntes de líquido ou gás que adentrarão o equipamento. A unidade possui um formato de ferradura e é denominada grampo. Figura 1-1: Diagrama simplificado de uma etapa do trocador de calor C-4 Relatório: AVALIAÇÃO 1 – TROCADORES DE CALOR BITULARES Aluno: Gabriel da Costa Peçanha Data: 23.junho.2021 Figura 1-2 – Visão espacial da mesma etapa do trocador de calor da figura 1-1 Estes tipos de trocadores são constituídos, majoritariamente, por um conjunto de grampos, mostrados na figura 1-1 e 1-2, m que formam uma serpentina por onde um dos fluidos escoará no interior do tubo interno e o outro fluido escoará no interior do tubo externo e sobre a face exterior do tubo interno, consequentemente. Através deste contato, ocorrerá o processo de transferência de calor por convecção, tendo em vista que os dois fluidos em temperaturas diferentes estarão em movimento. A transferência de calor por condução que se dá através da parede do tubo interno não é contabilizada devido ao pequeno valor de espessura desta tubulação. A troca de calor entre o fluido de escoamento externo ao tubo interno e a parede do tubo externo também é desconsiderada nos cálculos de projeto. A figura 1-3 mostra as estruturas internas do trocador de calor, onde passa uma corrente dentro do da tubulação ao qual esta inserida no casco. C-5 Relatório: AVALIAÇÃO 1 – TROCADORES DE CALOR BITULARES Aluno: Gabriel da Costa Peçanha Data: 23.junho.2021 Figura 1-3: Estruturas internas do trocador de calor A tubulação mais interna do equipamento possui formato longitudinal na porção envolvida pelo tubo externo, como mostrado na figura 1-3, podendo ou não ser aletada. Nesta seção, a transferência de calor ocorre principalmente no sentido axial. A presença de aletas aumenta a área de troca térmica entre os fluidos, possibilitando um aumento da quantidade de calor trocada entre eles. No entanto, este componente pode também ser prejudicial ao projeto, pois a perda de carga dos fluidos aumenta à medida que a quantidades de acidentes aumentam (joelho). Estes obstáculos físicos aumentam o custo de funcionamento do equipamento, pois demandará maior gasto energético para bombeamento dos fluidos. A tubulação interna do equipamento também possui uma porção que não é envolvida pelo tubo externo e é responsável pela conexão entre cada parte da estrutura. Este trecho da tubulação interna possui formato de ferradura e é denominado curva de retorno. Para cada grampo do equipamento existe uma curva de retorno. Além dos tubos cilíndricos concêntricos por onde os fluidos de troca térmica escoarão, o equipamento possui estruturas auxiliares que são encarregadas de guiar o os fluidos para o interior do trocador e, também, de uma seção para outra. Essas estruturas são acoplamentos hidráulicos, ou flanges, próprios para trocadores de calor. A tubulação externa envolve a porção longitudinal dos tubos internos em cada porção da estrutura. Cada grampo contém duas tubulações externas e todas elas são interligadas através de tubulações auxiliares do tipo “Te”, permitindo, assim, que o fluido de escoamento mais externo percorra todo C-6 Relatório: AVALIAÇÃO 1 – TROCADORES DE CALOR BITULARES Aluno: Gabriel da Costa Peçanha Data: 23.junho.2021 o caminho dento do equipamento. A transferência de calor nessa seção ocorre principalmente de forma radial. Figura 1-4: Flanges de Aço Inoxidável – usados comumente no trocador analisado C-7 Relatório: AVALIAÇÃO 1 – TROCADORES DE CALOR BITULARES Aluno: Gabriel da Costa Peçanha Data: 23.junho.2021 2. NORMA TEMA - TUBULAR EXCHANGER MANUFACTURERS ASSOCIATION A TEMA (Tubular Exchanger Manufacturers Association - Associação de Fabricação de Trocador Tubular) é uma norma americana que serve de base para projetos nacionais e internacionais sendo citada em procedimentos internos de empresas como a Petrobras. Sua versão mais atual encontra- se na décima edição – data do ano de 2019. Seu preço atual é de U$650,00, o que não cotação atual custa por volta de R$3380,00. Na figura 2-1 é apresentado o site da Norma, www.tema.org, e seu preço. Figura 2-1: Site de compra da Norma TEMA A TEMA é uma norma de padronização de construção mecânica dos trocadores de calor tubulares, que leva em consideração diferentes tipos de classes, sendo elas: 1.Casco com passe único: TIPO TEMA E. Os bocais de entrada e saída do casco são localizados em extremidades opostas, podendo ser locados de um mesmo lado ou em lados opostos do casco dependendo do número de chicanas. 2.Casco com dois passes: TIPO TEMA F. Trocadores com dois passes no lado do casco utilizam uma chicana longitudinal e sua utilização tem certas limitações. Com o objetivo de serevitar espessura excessiva de chicana longitudinal, este tipo não é normalmente utilizado quando a perda de carga no casco é elevada isto é , acima de 0,7 bar. Também deve ser evitada sua utilização quando a diferença entre as temperaturas de entrada e saída do casco excedem a marca de 180°C, para evitar a excessiva perda de calor do fluido de um dos passes para o outro através da chicana longitudinal, bem como evitar tensões térmicas na referidas chicanas, casco e espelhos. C-8 Relatório: AVALIAÇÃO 1 – TROCADORES DE CALOR BITULARES Aluno: Gabriel da Costa Peçanha Data: 23.junho.2021 A escolha entre um casco tipo “E” e outro tipo” F” depende das temperaturas inicias e terminais dos fluidos de serviço, o que é calculado no projeto térmico do trocador. Quando a escolha do tipo de casco, recai sobre o tipo “F” devido, a problemas construtivos inerentes a ele, tende-se sempre a optar-se pela utilização de dois cascos tipo “E” em serie. 3.Casco com fluxo bipartido: TIPO TEMA G. No trocador tipo “G”, o fluxo do casco é dividido em dois na sua parte intermediaria e cada metade atua como se fosse um casco tipo “F”. Ou seja, casco com dois passes e chicana longitudinal. 4. Casco com fluxo duplamente bipartido: TIPO TEMA H. No casco “H”, existem duas entradas e duas saídas para o fluxo e cada metade do trocador opera como um casco tipo “G”. 5.Casco com fluxo dividido: TIPO TEMA J. Um casco com fluxo dividido tem um bocal de entrada central e dois bocais de saída ou vice-versa. Neste tipo, no centro do bocal de entrada é colocada uma chicana que divide o fluxo total em dois iguais. O número total de chicanas para este tipo, é sempre impar, com cada uma das metades do casco tendo número par de chicanas. Este tipo de casco representa uma opção a tipo “E”, quando a perda de carga no lado do casco exigir a adoção de cascos tipo “E” em paralelo, tendo em vista que através de cada metade do casco estará circulando metade do fluxo total. 6. Casco tipo chaleira: TIPO TEMA K. O casco tipo chaleira é utilizado somente para refervedores (reboilers) com vaporização total, ou em vaporizadores de planta de potência, que utilizam o calor do vapor exausto das turbinas para produzir água pura por destilação. Os feixes tubulares usados com o casco tipo chaleira podem ser tubos em “U”, cabeçotes flutuantes ou com espelhos fixos. 7. Casco com fluxo cruzado: TIPO TEMA X. O trocador de calor com casco tipo “X”, embora não seja normalmente utilizado, representa uma opção quando a perda de carga admissível do lado do casco é muito pequena. Um trocador de calor com casco “X”, seria em primeira aproximação equivalente a diversos trocadores colocados em paralelo. É apresentado na norma também: nomenclaturas importantes na hora do dimensionamento, as tolerâncias de fabricação, o nível de performance do equipamento, como instalar, operar e fazer a manutenção e diversas aplicações na hora de projetar, comissionar, operar diferentes tipos de trocadores de calor tubulares. É possível no site acessar a 8 edição da norma onde, pelo sumário, consegue-se ver os principais pontos que serão abordados. A figura 2-2 mostra o sumário da 8 edição C-9 Relatório: AVALIAÇÃO 1 – TROCADORES DE CALOR BITULARES Aluno: Gabriel da Costa Peçanha Data: 23.junho.2021 Figura 2-2: Sumário da norma TEMA – 8ª ed. – Língua Inglesa C-10 Relatório: AVALIAÇÃO 1 – TROCADORES DE CALOR BITULARES Aluno: Gabriel da Costa Peçanha Data: 23.junho.2021 3. TROCADORES BITUBULARES – METODOLOGIA Para as avaliações quantitativas necessárias para o projeto de trocadores de calor do tipo bitubular, existem duas propriedades fundamentais que devem ser avaliadas: a transmissão de calor e a perda de carga dentro de cada tubulação. Elas regem o sistema de cálculos e estabelecem diversos fatores importantes para o projeto, como o consumo de energia que será exigido para impulsionar os fluidos por dentro do equipamento, a variação de temperatura que cada fluido obterá após o processo, além de avaliar fatores de incrustação que podem ser gerados com a passagem dos fluidos pelas seções tubulares. Figura 3-1: Corte transversal da seção de tubos coaxiais que compõem um trocador bitubular Inicialmente, para a modelagem dos cálculos, consideraremos que as trocas térmicas ocorrem por convecção (Lei de Resfriamento de Newton) e condução (Lei de Fourier), desprezando-se as trocas de calor pela parede do tubo externo: Condução: 𝑞 = −𝐾𝐴 Convecção: 𝑞 = ℎ 𝐴 𝑑𝑇 Onde h é o coeficiente de película ou de transmissão de calor por convecção, ° ; ° ; . A é a área de troca térmica do sistema, 𝐾 é o coeficiente de transmissão de calor por condução através da parede do tubo e dT é a variação de temperatura ocasionada pela transferência de calor (gradiente de temperatura). A Taxa de calor total do sistema é dada por: 𝑞 = ℎ𝑖 𝐴𝑖 (𝑇 − 𝑇 ) + 2𝜋𝐿𝐾 (𝑇 − 𝑇 ) 𝑙𝑛 + ℎ𝑜 𝐴𝑜 (𝑇 − 𝑇 ) C-11 Relatório: AVALIAÇÃO 1 – TROCADORES DE CALOR BITULARES Aluno: Gabriel da Costa Peçanha Data: 23.junho.2021 Logo, ∴ (𝑇 − 𝑇 ) = 𝑞 1 ℎ𝑖 𝐴𝑖 + 𝑙𝑛 2𝜋𝐿𝐾 + 1 ℎ𝑜 𝐴𝑜 = 𝑞 𝑅𝑡 = 𝑞 1 𝑈 𝐴 Onde U é o coeficiente global de troca térmica, ° , ° ; , que também pode ser definido como: U = , onde A é a área total de troca térmica e Rt é a resistência total oferecida pelo sistema. 1 𝑈 𝐴 = 1 ℎ𝑖 𝐴𝑖 + 𝑙𝑛 2𝜋𝐿𝐾 + 1 ℎ𝑜 𝐴𝑜 Desprezando-se o termo de condução (K→∞), temos: 1 𝑈 𝐴 = 1 ℎ𝑖 𝐴𝑖 + 1 ℎ𝑜 𝐴𝑜 Caso 𝐴 → 𝐴𝑖: = + Caso 𝐴 → 𝐴𝑜: = + Sabendo que o coeficiente de película interno referido à área externa é dado por ℎ𝑖𝑜 = ℎ𝑖 , pode- se reescrever Uo da seguinte forma: 1 𝑈 = 1 ℎ𝑖𝑜 + 1 ℎ𝑜 = ℎ𝑖𝑜 + ℎ𝑜 ℎ𝑖𝑜 ℎ𝑜 ∴ 𝑈 = ℎ𝑖𝑜 ℎ𝑜 ℎ𝑖𝑜 + ℎ𝑜 = 𝑈 C-12 Relatório: AVALIAÇÃO 1 – TROCADORES DE CALOR BITULARES Aluno: Gabriel da Costa Peçanha Data: 23.junho.2021 Uc é o coeficiente global limpo, que é aplicado somente quando o sistema não apresenta formação de incrustações ou presença de aletas na tubulação interna. No entanto, para sistemas reais, sempre existirá formação de incrustações causadas pelos fluidos de escoamento. Portanto, calcula-se um fator de Incrustação Rd que serve para corrigir o valor do coeficiente global de troca térmica, contabilizando-se a perda da eficiência do sistema ocasionada pelas incrustações formadas nas superfícies externa (RDo) e interna (RDi) da tubulação. 1 𝑈 = 1 𝑈 + 𝑅 = 1 𝑈 + 𝑅 + 𝑅 Pode-se definir, portanto, um coeficiente global de troca térmica para a transferência de calor no trocador como UD, que é o Coeficiente Global do Projeto. Desse modo, a equação que descreve a Transmissão de Calor adaptada para o projeto é dada por: 𝑞 = 𝑈 𝐴 ∆𝑇 Como a troca térmica no sistema é realizada por dois fluidos de diferentes naturezas e durante um determinado intervalo de tempo, muitas vezes, ao final do processo, estes terão diferentes valores de variação de temperatura (∆𝑇 ≠ ∆𝑇 , sendo ∆𝑇 a variação de temperatura no terminal frio e ∆𝑇 a variação de temperatura no terminal quente). Quando isto acontece, precisa-se calcular a diferença de temperatura média logarítmica (LMTD), que é dada por: 𝐿𝑀𝑇𝐷 = ∆𝑇 − ∆𝑇 𝑙𝑛 ∆ ∆ Este cálculo pode ser aplicado para os seguintes quatro casos: (I) Fluidos escoando paralelamente sem mudança de estado físico. (10) (II) Fluidos escoando contracorrente sem mudança de estado físico. (10) C-13 Relatório: AVALIAÇÃO 1 – TROCADORES DE CALOR BITULARES Aluno: Gabriel da Costa Peçanha Data: 23.junho.2021 Obs.: Para casos onde pelo menos um dos fluidos apresenta viscosidade µ>1cP no terminal frio, ao invés do LMTD, deverá ser calculada as temperaturas calóricas para o fluido quente (Tc) e para o fluidofrio (tc), dadas por: Tc = T + Fc(T − T ) tc = t + Fc(t − t ) A fração calorífica Fc é obtida no gráfico “AVERAGE FLUID TEMPERATURE” presente na pág.827 do Kern (Internetional Student Edition). Importante lembrar que o coeficiente convectivo (h) é uma função do número de Nusselt (Nu), que é um parâmetro adimensional que relaciona o fluxo de calor convectivo com o fluxo de calor por condução: 𝑁𝑢 = ℎ𝐿 𝐾 Para cada caso de escoamento, levando-se em consideração fatores como temperatura, velocidade de escoamento e área de troca térmica, existem valores de Nu tabelados na literatura. Análise do escoamento: Através desta análise, é possível calcular as perdas de carga que cada fluido sofre dentro do equipamento. Os projetos para implementação de trocadores de calor costumam especificar um valor limite de perda de carga total que o sistema pode atingir, geralmente determinada pela capacidade de bombeamento de fluidos que a planta industrial possui. Normalmente, a faixa de perda de carga recomendada é entre 5 e 10 psi. A Perda de Carga total do sistema pode ser calculada através da seguinte expressão: ∆𝑃 = ∆𝐹 𝜌 144 [𝑝𝑠𝑖] 𝑜𝑛𝑑𝑒: ∆𝐹 = ∆𝐹 + ∆𝐹 + ∆𝐹 ∆Fp é a perda de carga no tubo interno, dada por: ∆𝐹 = 4𝑓𝐺 𝐿 2𝑔𝜌 𝐷 [𝑓𝑡] (III) Fluido frio sofrendo mudança de estado físico durante a troca térmica. (11) (III) Fluido quente sofrendo mudança de estado físico durante a troca térmica. (3) C-14 Relatório: AVALIAÇÃO 1 – TROCADORES DE CALOR BITULARES Aluno: Gabriel da Costa Peçanha Data: 23.junho.2021 Onde: f: fator de atrito (=16/Re para regime laminar e =0,0035+(0,264/Re0,42) para regime turbulento); G : Fluxo mássico; L: Comprimento do tubo interno; g: aceleração da gravidade; ρ: massa específica do fluido; D: Diâmetro do tubo interno. Neste caso, as perdas de cargas localizadas são desconsideradas. O escoamento no tubo externo ocorre na direção radial da tubulação, e, portanto a perda de carga é avaliada no anel e é dada por: ∆𝐹 = 4𝑓𝐺 𝐿 2𝑔𝜌 𝐷 ′ [𝑓𝑡] Onde: f: fator de atrito (=16/Re’ para regime laminar e =0,0035+(0,264/Re’0,42) para regime turbulento); Ga : Fluxo mássico do fluido que escoa no anel; L: Comprimento do tubo interno; g: aceleração da gravidade; ρ: massa específica do fluido; De’: Diâmetro equivalente para a perda de carga (De’=D-d). O Re’ é um novo número de Reynolds calculado para esse caso, dado por: 𝑅𝑒’ = ’ . µ As Perdas de Carga Localizadas no anel não podem ser desprezadas, sendo calculadas por: ∆𝐹 = 𝑛 𝑣 2𝑔 [𝑓𝑡] Onde: n: número de grampos; v : velocidade de escoamento do fluido no anel (v= G/3600ρ); g: aceleração da gravidade. C-15 Relatório: AVALIAÇÃO 1 – TROCADORES DE CALOR BITULARES Aluno: Gabriel da Costa Peçanha Data: 23.junho.2021 4. APLICAÇÃO NA INDUSTRIA 4.1 Uso Comum Além do baixo custo (comparado aos demais equipamentos de troca térmica disponíveis no mercado), este equipamento apresenta outras vantagens, devido a sua capacidade de acomodar bem a expansão térmica de suas tubulações, sem necessitar de juntas de dilatação. Consequentemente, este tipo trocador consegue suportar altos valores de pressão gerados por grandes vazões de fluido, bem como também suportar altas temperaturas e escoamento de líquidos viscosos em seu interior. Portanto, apesar de fornecer menor área de troca térmica em comparação a outros tipos de trocadores, este tipo de equipamento ainda possui muitas aplicações dentro da indústria. Um exemplo disso, é o processo de pasteurização de bebidas não alcoólicas, como é o caso do leite, que necessita de um tratamento térmico capaz de, simultaneamente, esterilizar o líquido e manter suas propriedades nutricionais e organolépticas. Esta técnica realizada com trocadores bitubulares permite prolongar prazo de validade de alimentos sem a necessidade de conservantes, que em sua maioria são artificiais, podendo ser prejudiciais a saúde humana. Figura 4-1: Trocador bitubular utilizado em indústrias do ramo alimentício Figura 8: Trocador bitubular utilizado em indústrias do ramo alimentício Uma outra aplicação dos trocadores de calor do tipo bitubular é na indústria petrolífera, no processo de desemulsificação do petróleo cru com o objetivo de reduzir sua salinidade, e também para reduzir a temperatura do óleo ou do gás natural após estes terem sido submetidos a processo de compressão, condensação ou de aquecimento dentro de uma torre de destilação. C-16 Relatório: AVALIAÇÃO 1 – TROCADORES DE CALOR BITULARES Aluno: Gabriel da Costa Peçanha Data: 23.junho.2021 5. CONCLUSÃO O processo de remoção ou adição de calor a um sistema líquido ou gasoso é indispensável em qualquer processo industrial. Por se tratar de algo tão fundamental, os conhecimentos acerca do funcionamento dos trocadores de calor, principalmente ao que se refere ao seu projeto, são imprescindíveis para se promover quaisquer atividades operacionais oriundos de processos industriais. Para dimensionar, comissionar, fazer as manutenções dos componentes ou estrutura referentes aos trocadores de calor bitubulares é preciso seguir normas, como a TEMA, e precisam ser aplicadas de formas metodológicas de forma a se adequar ao projeto. Neste trabalho, foi possível ver as estruturas internas e externas do trocador bitubular, sua norma a ser seguida, a metodologia de cálculos e aplicações na indústria complementando assim a noção sobre o objeto estudado. 6. REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA STANDARDS OF THE TUBULAR EXCHANGER MANUFACTURES ASSOCIATION. Tema. 8th ed. NovaYork, 1999 Kern, D. Q. Processos de Transmissão de Calor. Editora Guanabara dois S.A., 1980 JUNIOR, CLAUIDO ANTUNES; MONTEGUTTI, MARILISE CRISTINE; HAUS, TIAGO LUIS. (TCC). Dimensionamento de um trocador de calor casco e tubo através do método de bell- delaware para o aproveitamento da energia térmica da água quente de um forno a indução. KECHICHIAN, VIVIANE (Catálogo USP): Tese de Doutorado: Modelagem do processo térmico contínuo de fluidos alimentícios não-newtonianos em trocador de calor bitubular. https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3137/tde-12122011- 150453/publico/Tese_Viviane_Kechichian.pdf PEGORARO, PAULA ROSSATO (Catálogo USP): Distribuição do tempo de residência e letalidade no processamento térmico contínuo de líquidos com escoamento laminar não ideal em trocadores bitubulares. https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3137/tde-10052012- 122241/publico/Dissertacao_Paula_R_Pegoraro.pdf ADRIANO ERIQUE OLIVEIRA LIMA* FREDERICO RIBEIRO DO CARMO**. Criação De Uma Ferramenta Computacional Para Facilitar O Estudo De Trocadores De Calor Bitubulares. Págs. (19–23): http://conexoes.ifce.edu.br/index.php/conexoes/article/view/407/326
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