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Fiel Depositario - Romenia - In Company

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Fiel Depositário
Romênia Marinho Rocha Rodrigues
Capacitadora CRC SP: SP00136
cursos.aduaneiras.com.br • cursos.cenofisco.com.br
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_P
Proibida a reprodução total ou parcial. 
Os infratores serão processados na forma da lei.
Este material é parte integrante do programa do curso 
Fiel Depositário.
ATENÇÃO:
Para facilitar a sua consulta, 
nesta apostila consta a referência da legislação 
aplicável ao tema.
Em razão de constantes alterações, 
não transcrevemos os normativos e dispositivos 
citados e/ou mencionados, 
a fim de evitar que fique desatualizada e 
prejudique o cumprimento dos procedimentos.
Informações Úteis
• Assistência Aduaneiras
Na Aduaneiras, o processo de aprendizado não termina com 
o final das aulas. Os participantes têm assistência direta 
com o instrutor do curso, via e-mail: instrutor@aduaneiras.
com.br, por mais 30 dias após o encerramento das aulas, 
para solucionar dúvidas e discutir questões que surgirem na 
prática e que estejam relacionadas aos temas abordados em 
sala de aula.
• Avaliação
No final do curso, você preencherá um questionário de 
avaliação, cujo objetivo é analisar o programa desenvolvido.
• Certificado
Você receberá o Certificado de Frequência no término 
do curso. Lembre-se que ele somente será fornecido ao 
participante com o mínimo de 75% de frequência.
• Intervalo para coffee-break
Procure respeitar o intervalo para não prejudicar o 
andamento das aulas.
 Romênia Marinho Rocha Rodrigues
– Advogada e Consultora especializada em Direito Aduaneiro, Tributário e Comércio Exterior
– Bacharela em Administração com habilitação em Comércio Exterior
– Especialista em Direito e Negócios Internacionais (UFSC)
– Especialista em Comércio Exterior para Empresas de Pequeno Porte (UCB)
– Membro da Comissão de Direito Aduaneiro, Marítimo e Portuário da OAB/PR
– Membro das Comissões de Aduana e Facilitação do Comércio, Direito e Prática Comercial e Tributação da ICC-
Brasil
– Despachante Aduaneiro (RDA 6D/00.0115), aprovada no 1º exame da Receita Federal do Brasil para OEA
– Agente de Comércio Exterior pelo MDIC
– Docente em Instituições de Ensino Superior
– Consultora desde 1993 em exportação, importação, tributação aduaneira, transporte e seguro de transporte 
internacional e câmbio
– Atua há 25 anos em consultoria, assessoria técnica e auditoria privada em negócios internacionais
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 Hierarquia e fontes da legislação
Constituição Federal
Emenda Constitucional / Tratados Internacionais DH
Leis Complementares
Leis Ordinárias / Medidas Provisórias / Leis Delegadas /
Decretos Legislativos / Resoluções
Decretos regulamentares / Instruções ministeriais / 
Circulares / Resoluções / Portarias / Atos Declaratórios / 
Ordens de Serviços / etc...
1. INTRODUÇÃO ÀS PRÁTICAS COMERCIAIS 
 hierarquia e fontes da legislação
 teoria e classificação dos contratos
 conhecimento de transporte
 conhecimento de depósito
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 Teoria dos contratos 
 Conceito
 Requisitos
 Função
 Classificação 
 Lei 10.406/02 (Código Civil)
Fontes primárias
 Leis
 Tratados Internacionais
 Jurisprudência
Fontes secundárias
 normas infralegais
Fonte material
Costumes
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 Teoria dos contratos – requisitos de validade
Agente capaz
 Objeto lícito, possível, determinado ou determinável; 
 Forma prescrita ou não defesa em lei
 Teoria dos contratos - conceito
 É um instrumento jurídico que expressa um acordo
de vontades, seja bilateral ou plurilateral, que sujeita
as partes a observância da lei para criar, modificar,
resguardar, transferir, extinguir direitos e obrigações.
 É um instrumento jurídico que, observados os
requisitos de validade, faz lei entre as partes.
 Todo contrato é um negócio jurídico bilateral quanto
a sua formação.
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 Teoria dos contratos – requisitos de validade
Agente capaz – pessoa jurídica – representação
Art. 47. Obrigam a pessoa jurídica os atos dos
administradores, exercidos nos limites de seus poderes
definidos no ato constitutivo.
Art. 1.015. No silêncio do contrato, os administradores
podem praticar todos os atos pertinentes à gestão da
sociedade; não constituindo objeto social, a oneração ou a
venda de bens imóveis depende do que a maioria dos sócios
decidir.
 Teoria dos contratos – requisitos de validade
Agente capaz
- Pessoa jurídica
- Pessoa com capacidade plena 
- Pessoa relativamente incapaz por intermédio de seu 
assistente 
- Pessoa absolutamente incapaz por intermédio de seu 
representante 
Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando:
I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz;
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 Teoria dos contratos – requisitos de validade
Agente capaz – pessoa jurídica – representação –
administrador provisório
Art. 49. Se a administração da pessoa jurídica vier a
faltar, o juiz, a requerimento de qualquer interessado,
nomear-lhe-á administrador provisório.
 Teoria dos contratos – requisitos de validade
Agente capaz – pessoa jurídica – representação 
Art. 48. Se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as
decisões se tomarão pela maioria de votos dos presentes,
salvo se o ato constitutivo dispuser de modo diverso.
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular as
decisões a que se refere este artigo, quando violarem a lei ou
estatuto, ou forem eivadas de erro, dolo, simulação ou
fraude.
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 Teoria dos contratos – requisitos de validade
 forma prescrita e não defesa em lei
Art. 107 - A validade da declaração de vontade não
dependerá de forma especial, senão quando a lei
expressamente a exigir.
Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando:
...
IV - não revestir a forma prescrita em lei;
 Teoria dos contratos – requisitos de validade
 Objeto lícito, possível, determinado ou determinável
Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando:
...
II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto;
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 Teoria dos contratos - função
 Social
Art. 421. A liberdade contratual será exercida nos limites da
função social do contrato.
Art. 2.035, Parágrafo único. Nenhuma convenção prevalecerá 
se contrariar preceitos de ordem pública, tais como os 
estabelecidos por este Código para assegurar a função social 
da propriedade e dos contratos.
 Teoria dos contratos – anulação dos negócios 
jurídicos
Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência para
pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contado:
I - no caso de coação, do dia em que ela cessar;
II - no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de
perigo ou lesão, do dia em que se realizou o negócio
jurídico;
III - no de atos de incapazes, do dia em que cessar a
incapacidade.
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Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé 
e os usos do lugar de sua celebração.
§ 1º A interpretação do negócio jurídico deve lhe atribuir o sentido que:
I - for confirmado pelo comportamento das partes posterior à celebração 
do negócio;
II - corresponder aos usos, costumes e práticas do mercado relativas ao 
tipo de negócio;
III - corresponder à boa-fé;
IV - for mais benéfico à parte que não redigiu o dispositivo, se 
identificável; e
V - corresponder a qual seria a razoável negociação das partes sobre a 
questão discutida, inferida das demais disposições do negócio e da 
racionalidade econômica das partes, consideradas as informações 
disponíveis no momento de sua celebração.
§ 2º As partes poderão livremente pactuar regras de interpretação, de 
preenchimento de lacunas e de integração dos negócios jurídicos diversasdaquelas previstas em lei.
 Teoria dos contratos – princípios
 Autonomia da vontade 
 Consensualismo
 Boa-fé 
 Obrigatoriedade de convenção (pacta sunt servanda)
 Teoria da imprevisão (rebus sic standibus)
 Relatividade dos efeitos do negócios jurídico 
contratual
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 Classificação dos contratos
 Quanto a vantagem
- oneroso: ambas as partes percebem vantagens
- gratuito: apenas uma das partes percebe vantagem
 Classificação dos contratos
 Quanto a obrigação
- bilateral: gera obrigação para ambas as partes
- unilateral: gera obrigação para apenas uma das partes
- plurilateral: gera obrigação para várias partes
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 Classificação dos contratos
 Quanto a forma
- solene: requer a observância de determinada forma legal
- não solene: não há forma legal determinada.
Art. 107. A validade da declaração de vontade não
dependerá de forma especial, senão quando a lei
expressamente a exigir.
 Classificação dos contratos
 Quanto ao equilíbrio nas prestações
- comutativo: equilíbrio entre as prestações e há certeza que 
a obrigação será adimplida
- aleatório: incerteza das partes quanto ao adimplemento de 
alguma obrigação 
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 Contrato de depósito
 Classificação do depósito
- regular ou ordinário
- Irregular
- oneroso
- gratuito
- voluntário
- necessário
- judicial
- civil ou comercial
 Classificação dos contratos
 Quanto ao aperfeiçoamento
- consensuais: dependem da vontade
- reais: dependem da entrega material do objeto contratado 
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 Forma 
- escrita
- verbal
- outros 
constituição dos armazéns gerais: 
Dec. 1.102/1903 
 Classificação do depósito alfandegado
regular (coisa infungível, coisa móvel). 
oneroso (recebe contrapartida)
necessário (obrigatório) e neste, pode ser legal.
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(1) direito de retenção se suspeitar que a coisa tem origem dolosa
(faz devolução em juízo); se o bem for judicialmente embargado;
em caso de execução; se oneroso, só devolve a coisa se receber e
por despesas e perdas e danos, inclusive.
(2) proibido usar a coisa do depositante, exceto se autorizado por
este
(3) não pode opor contra o depositante compensação. A exceção é
se o depositante também for depósito e o depositário for
depositante no depósito daquele. A exceção é somente em função
de outro depósito.
- subdepósito: depositar algo que o depositário tenha em depósito
pode se autorizado pelo depositante, porém responde para este se
algo acontecer com o bem depositado (culpa in eligendo)
 Contrato de depósito
 Estatuto do Depositário:
- guardar a coisa com cuidado
- dever de restituir a coisa assim que for requerido, exceto
por dever de retenção (ex: depósito aduaneiro, decisão
judicial, suspeita de coisa obtida de forma dolosa)
- deve restituir também os frutos e os agregados do bem
depositado
- direito de retenção¹
- direito de pedir caução
- vedação ao uso do bem do depositante²
- vedação em opor compensação³
- dever de sigilo
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 Conhecimento de depósito
- É um título especial de crédito
- Emitido mediante solicitação do depositante
- Pode ser emitido com a garantia (warrant)
- Alguém recebe móvel para guardar, para restituir posteriormente.
-Elementos: depositante, bem depositado, depositário e 
remuneração*
- Emitente: Administrador do Armazém Geral (depositário)
- Tomador: Proprietário das mercadorias (depositante)
- O CD representa o título de propriedade mercadorias. Nele,
depositário descreve pormenorizadamente que determinada
mercadoria encontra-se em seu poder.
-Warrant representa uma garantia pignoratícia dos bens 
depositados, portanto, de direito real, concedido a favor daquele que 
concede um empréstimo.
- No caso perda do bem decorrente de (caso fortuito, força maior,
fato do príncipe, causa administrativa vinda do estado – ex:
declaração de perdimento) o depositário não se obriga a restituir
o depositante, mas deve PROVAR a causa pela qual a coisa se
perdeu
- No furto / roubo o depositário tem o dever de readquirir a coisa
ou outra no lugar (subrogada) para entregá-la ao depositante
- Não podendo mais guardar a coisa ou se o depositante não
puder receber => ação de consignação em pagamento
- Depositário infiel: se não devolver a coisa. Era previsto prisão
de até 1 ano. Porém, não existe mais prisão civil do depositário
infiel. Cabe então a tutela específica: busca e apreensão, multa
diária, perdas e danos e responsabilização criminal por crime de
peculato-desvio.
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 Requisitos: 
- Número
- especificação que podem ser transferidos por endosso*
- designação (conhecimento de depósito e warrant)
- denominação do armazém geral e endereço
- qualificação do depositante (nome, profissão, domicílio)
- lugar e prazo do depósito (início da armazenagem)
- objeto do depósito (natureza, qualidade e quantidade das 
mercadorias)
- segurador e valor do seguro contra incêndio
- declaração dos tributos e encargos incidentes sobre a mercadorias 
depositadas
- data de emissão
- assinatura do emitente
- CD + W = propriedade plena, podendo o depositante negociar a
mercadoria e transferi-la a terceiro, sem movimentação física do
bem. Ambos são títulos nominativos, que circulam por endosso.
- Os 2 títulos são emitidos juntos pelo armazém geral, mas pode
circular separado. O endosso pode ser junto ou separado.
- Se forem endossados separadamente: os titulares tem direitos
diferentes: Quem tiver o warrant tem uma garantia real, um penhor
sobre as mercadorias depositadas (direito de penhor), podendo
ofertar essa garantia para algo. (Ex: abertura de uma carta de crédito
em que o banco exige uma garantia); Quem tiver somente o CD,
tem a propriedade de uma mercadoria gravada com ônus real, ou
seja, o bem está garantindo uma obrigação. Daí esse proprietário só
conseguiria retirar as mercadorias do armazém se o warrant
(garantia) estiver paga. Se não estiver, o portador do CD deve
consignar o valor do warrant no conhecimento para retirar as
mercadorias.
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I - número, local e data de emissão ou de sua substituição,
conforme o caso;
II - nome, número de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas
Jurídicas (CNPJ) e endereço do depositário;
III - nome, número de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas
Jurídicas (CNPJ) ou no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e
endereço, do vendedor e do mandatário;
IV - nome e endereço do comprador;
V - número da DDE e das Notas Fiscais referentes à exportação;
VI - peso líquido, peso bruto, e valor da mercadoria na condição
de venda;
VII - data de vencimento; e
VIII - número do CDA original e CNPJ do respectivo emissor, em
caso de substituição.
(IN SRF 266/02)
Art. 5º A admissão no regime será autorizada para mercadoria:
...
III - discriminada em conhecimento de depósito emitido pelo
permissionário ou concessionário do recinto autorizado a operar o
regime;
...
§ 3º O conhecimento de depósito emitido para mercadoria a ser
admitida no regime, denominado Conhecimento de Depósito
Alfandegado (CDA), será emitido eletronicamente e obedecerá às
formalidades estabelecidas na legislação comercial, devendo
conter, sem prejuízo de outros estabelecidos naquela legislação, os
seguintes dados:
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§ 8º A apresentação do CDA à fiscalização aduaneira terá efeito
declaratório da identidade e da quantidade da mercadoria
recebida pelo depositário.
...
Art. 6º A mercadoria admitida no regime será considerada
exportada para o exterior para os efeitos fiscais, creditícios e
cambiais, e terá tratamentode mercadoria estrangeira,
sujeitando-se à legislação de regência das importações.
Art. 7º O comprador, por si ou por seu mandatário, poderá
transferir o CDA a terceiro mediante endosso em preto.
§ 1º O endossatário sucederá ao endossante nas obrigações
administrativas, cambiais e fiscais.
§ 2º A transferência não interrompe a contagem do prazo de
vigência do regime.
§ 4º O CDA deverá conter, ainda, campo específico para a
identificação completa das saídas parciais e dos números das
respectivas Notas de Expedição (NE).
§ 5º O CDA emitido pelo permissionário ou concessionário que
administre o recinto alfandegado comprova o depósito, a tradição
e a propriedade da mercadoria e a data de sua emissão,
autorizada a admissão ao regime, determina o início da vigência
deste e equivale à data de embarque da mercadoria para o
exterior.
§ 6º Os CDA terão numeração própria e o controle produzido
pelo administrador do recinto os segregará dos demais
conhecimentos de depósito.
§ 7º O depositário deverá emitir o CDA com tantas vias quantas
forem necessárias para atender às finalidades fiscais e
comerciais.
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com as cautelas da praxe comercial, substituí-lo por outro, nos
termos do art. 8º.
Art. 10. Será facultado ao depositário, a pedido do comprador:
I - emitir mais de um CDA para uma mesma exportação, por
ocasião da admissão no regime, fracionando-a em lotes, inclusive
se houver apenas um Registro de Exportação; ou
II - dividir em lotes a exportação objeto de um CDA emitido, por
meio da emissão de novos CDA a eles correspondentes, em
substituição ao CDA original, nos termos do art. 8º.
§ 1º Os CDA correspondentes aos lotes de uma exportação
deverão ter a mesma data de emissão.
§ 2º O valor de cada lote deverá corresponder à qualidade e
quantidade da respectiva mercadoria.
§ 3º A identificação do lote deverá constar no CDA.
§ 4º A divisão em lotes será desnecessária no caso de expedição
parcelada para o exterior de mercadorias cobertas pelo mesmo
CDA, sem prejuízo dos controles específicos estabelecidos nesta
Instrução Normativa.
Art. 8º O CDA deverá ser substituído por outro, com nova
numeração, nas seguintes situações:
I - alteração do destino original;
II - divisão da partida em lotes;
III - transferência do mandatário, desde que admitidos os
requisitos para o credenciamento; e
IV - transferência de mercadoria submetida ao regime entre
depositários, mediante autorização do comprador.
§ 1º A emissão de novo CDA em substituição a anterior não
extingue o regime.
§ 2º Na hipótese prevista no § 1º, a data de vencimento do novo
CDA deverá corresponder à do original.
Art. 9º No caso de extravio, furto, inutilização acidental ou
ocorrência de outro fato fortuito que prive o comprador da posse
do CDA ou da possibilidade de utilizar o documento, o
depositário poderá, sob sua inteira responsabilidade e
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 Extinção
- pagamento do warrant antecipadamente ou no vencimento e 
retirada da mercadoria mediante a restituição dos dois títulos ao 
armazém geral
- execução do warrant 
 Efeitos da emissão:
- As mercadorias depositadas não podem ser objeto de penhora,
embargo, sequestro, arresto ou qualquer outra constrição, exceto por
dívidas de seu portador.
- as mercadorias só poderão ser retiradas mediante a restituição do
conhecimento de depósito e warrant ao depositário.
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- Por ser um título de crédito, pode ser transferida a propriedade
da mercadoria pelo instituto do endosso (em preto).
- Assim, o endossatário tem a propriedade da mercadoria com o
pagamento do frete ou desde que este esteja pago.
- O endossante responde pela existência da mercadoria no
momento do endosso. Caso esta inexista, é responsável cambial
pelo valor do título.
- O transportador responde por: dano a mercadoria, atraso no
transporte e deterioração química*
- São excludentes da responsabilidade do transportador:
acondicionamento indevido, vício intrínseco da mercadoria e
força maior
- A posse do conhecimento é presunção de propriedade da
mercadoria.
 Conhecimento de transporte
 É um contrato de transporte (embarque, carga, frete)*
 Classifica-se como um contrato de adesão
 Os conhecimentos de transporte variam de acordo com
a modalidade de transporte.
Podem ser: AWB; BL ; CRT; TIF/DTA
 Recibo de entrega da carga a bordo do veículo transportador
 É um título de crédito
 É título representativo de posse ou propriedade da mercadoria
 É documento de cobrança do frete
 Leis especiais e Código Civil.
O conhecimento de transporte original, ou documento de efeito
equivalente, constitui prova de posse ou de propriedade da
mercadoria (DL 37/66, art. 46, caput, com redação dada pelo DL
2.472/88, art. 2º)
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 Conhecimento de transporte aéreo
 Requisitos 
 Vias 3 originais
 Não precisa ser assinado 
 Responsabilidade do expedidor pelas informações e as 
consequências delas
 Contrato e aceite da carga 
 Protesto: 7 dias (14 dias*) . É pré requisito para oposição de 
responsabilidade em face do transportador.
 Persiste desde o aceite da carga até o período que o transportador 
a tem sob sua custódia 
 Lei nº 7.565/86 e Decreto nº 20.704/31.
 Conhecimento de transporte marítimo
 Requisitos mínimos 
 Prazo: 24 horas após ultimada a carga
 Substituição conhecimento: condicionada a entrega de todos os 
originais previamente emitidos 
 Extravio: condicionada a fiança 
 Emissão conforme: faz prova de todos os interessados na carga , 
no frete e perante os seguradores
 Oposição: falsidade, quitação, embargo, deposito judicial, 
penhora, arresto ou perdimento por causa justificada 
 Lei 556/1850; Decreto 6.759/09
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 Conhecimento de transporte ferroviário 
 Decreto 99.704/90 - ATIT
 Decreto 1.832/96 - RTF
 Decreto 2.681/12
 IN SRF 12/1993 – TIF/DTA
 Conhecimento de transporte rodoviário 
 Decreto nº 99.704/90 - ATIT
 IN Conjunta RF/MEFP nº 058/91 – CRT 
 IN SRF nº 056/91 e IN SRF 248/02 – MIC/DTA 
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 Conhecimento de transporte multimodal
Ao OTM é facultada a descarga direta de mercadoria importada, 
desde que esta permaneça em recinto alfandegado, no aguardo de 
despacho aduaneiro
 Nos casos em que ocorrer manipulação da carga ou rompimento 
de dispositivo de segurança fiscal, o transbordo de mercadorias, 
objeto de transporte multimodal internacional, no percurso em que 
estiverem sob controle aduaneiro, deverá ser realizado em recinto 
alfandegado
 Lei 9.611/1998 e Decreto 3.411/2000
 Conhecimento de transporte multimodal
 É o transporte feito por diversos modais: avião, navio, caminhão,
trem.
 O Operador de transporte multimodal (OTM) é responsável pela
emissão do conhecimento único e pelo transporte
 É responsável pelos contratados. Este tem ação de regresso
contra o causador do dano
 Não pode alegar falhas de terceiros para eximir sua
responsabilidade
 Pode representar o exportador /importador nos despachos
aduaneiros de mercadorias
A desunitização, armazenagem, consolidação e desconsolidação
de cargas na importação, bem como a conclusão da operação de
transporte no regime especial de trânsito aduaneiro deverão ser
realizadas em recinto alfandegado
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2. INTRODUÇÃO À LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
 exportação
 importação
 porto seco, terminal alfandegado, recintos alfandegados 
regulamentação fiscal para alfandegamento de porto, redex
 cabotagem
 siscomex
 despachante aduaneiro
 entrepostamento e mercadoria apreendida 
 regimes aduaneiros especiais: Trânsito Aduaneiro, Recof, 
Drawback, Depósito Alfandegado Certificado*, Reporto.
 processo de consulta e inaptidão 
infrações e penalidades 
Art. 811. O exercício da atividade de operador de transporte multimodal, no
transporte multimodal internacional de cargas, depende de habilitação pela
Secretaria da Receita Federal do Brasil, para fins de controle aduaneiro
§ 1o Para a habilitação, que será concedida pelo prazo de dez anos, prorrogável por
igual período, será exigido do interessado o cumprimento dos seguintes requisitos,
sem prejuízo de outros que venham a ser estabelecidos pela Secretaria da Receita
Federal do Brasil:
I - comprovação de registro na Secretaria-Executiva do Ministério dos Transportes;
II - compromisso da prestação de garantia em valor equivalente ao do crédito
tributário suspenso, conforme determinação da Secretaria da Receita Federal do
Brasil, mediante depósito em moeda, fiança idônea, inclusive bancária, ou seguro
aduaneiro em favor da União, a ser efetivada quando da solicitação de operação de
trânsito aduaneiro; e
III - acesso ao SISCOMEX e a outros sistemas informatizados de controle de carga
ou de despacho aduaneiro.
§ 2o Está dispensada de apresentar a garantia a que se refere o inciso II do § 1o a
empresa cujo patrimônio líquido, comprovado anualmente, por ocasião do balanço,
exceder R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais).
§ 3o Na hipótese de representação legal de empresa estrangeira, o patrimônio
líquido do representante, para efeito do disposto no § 2o, poderá ser substituído por
carta de crédito de valor equivalente.
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 Exportação
 Decreto-lei 37/66
 Regulamento Aduaneiro (RA) - Decreto 6.759/09
 Despacho de Exportação (IN SRF 28/94 e alterações)
 Despacho por DU-E (IN RFB 1.702/17)
 Despacho por DSE (IN SRF 611/06)
 Redex (IN SRF 114/01)
Livro I - Da jurisdição aduaneira e do controle aduaneiro de 
veículos
Livro II - Dos impostos de importação e de exportação
Livro III - Dos demais impostos, e das taxas e contribuições
Livro IV - Dos regimes aduaneiros especiais e dos aplicados
em áreas especiais
Livro V - Do controle aduaneiro de mercadorias
Livro VI - Das infrações e das penalidades
Livro VII - Do crédito tributário, do processo fiscal e do 
controle administrativo específico
Livro VIII – Das disposições finais e transitórias
 Estrutura do Regulamento Aduaneiro – Decreto 6.759/09
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 Legislação aduaneira geral
 Porto Seco - RA
 Terminal alfandegado - Lei 12.815/13; RA; Portaria RFB 
3.518/11.
 Recintos alfandegados - RA
 Siscomex - Dec. 660/92
 Processo de consulta – Lei 9.430/96
 Inaptidão – Lei 9.430/96
 Infrações e penalidades - RA
 Entrepostamento e mercadoria apreendida – RA; IN SRF 
241/02
 Importação
 Decreto-lei 37/66
 Regulamento Aduaneiro (RA) - Decreto 6.759/09
 IN SRF 680/06
 Despacho por DSI - IN SRF 611/06
 NIC - IN RFB 800/07 e ADE COREP nº 2/2008
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Art. 9o Os recintos alfandegados serão assim declarados pela
autoridade aduaneira competente, na zona primária ou na zona
secundária, a fim de que neles possam ocorrer, sob controle
aduaneiro, movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de:
I - mercadorias procedentes do exterior, ou a ele destinadas, inclusive
sob regime aduaneiro especial;
II - bagagem de viajantes procedentes do exterior, ou a ele
destinados; e
III - remessas postais internacionais.
Parágrafo único. Poderão ainda ser alfandegados, em zona
primária, recintos destinados à instalação de lojas francas.
Art. 10. A Secretaria da Receita Federal do Brasil poderá, no âmbito
de sua competência, editar atos normativos para a implementação do
disposto neste Capítulo.
 Despachante aduaneiro: DL 2.472/88; Portaria Coana
125/2015; IN RFB 1.209/11
Cabotagem, DL 37/66; RA; Portaria RFB 3.518/11.
 Regulamentação fiscal para alfandegamento de porto – RA; IN
SRF 397/04
 Regimes aduaneiros especiais:
Drawback – RA; Portaria Secex 44/20
Recof – RA; IN RFB 1.291/12
Trânsito Aduaneiro – RA e IN SRF 248/02; IN RFB 1702/17
Depósito Alfandegado Certificado – RA; IN SRF 266/02
Reporto – RA; IN RFB 1.370/13
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Art. 13-A. Compete à Secretaria da Receita Federal do Brasil definir os
requisitos técnicos e operacionais para o alfandegamento dos locais e
recintos onde ocorram, sob controle aduaneiro, movimentação,
armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias procedentes do
exterior, ou a ele destinadas, inclusive sob regime aduaneiro especial,
bagagem de viajantes procedentes do exterior, ou a ele destinados, e
remessas postais internacionais
§ 1º Na definição dos requisitos técnicos e operacionais de que trata
o caput, a Secretaria da Receita Federal do Brasil deverá estabelecer:
I - segregação e proteção física da área do local ou recinto, inclusive entre
as áreas de armazenagem de mercadorias ou bens para exportação, para
importação ou para regime aduaneiro especial;
II - disponibilização de edifícios e instalações, aparelhos de informática,
mobiliário e materiais para o exercício de suas atividades e, quando
necessário, de outros órgãos ou agências da administração pública
federal;
III - disponibilização e manutenção de balanças e outros instrumentos
necessários à fiscalização e ao controle aduaneiros;
Art. 11. Portos secos são recintos alfandegados de uso público nos quais
são executadas operações de movimentação, armazenagem e despacho
aduaneiro de mercadorias e de bagagem, sob controle aduaneiro.
§ 1o Os portos secos não poderão ser instalados na zona primária de
portos e aeroportos alfandegados.
§ 2o Os portos secos poderão ser autorizados a operar com carga de
importação, de exportação ou ambas, tendo em vista as necessidades e
condições locais.
Art. 12. As operações de movimentação e armazenagem de mercadorias
sob controle aduaneiro, bem como a prestação de serviços conexos, em
porto seco, sujeitam-se ao regime de concessão ou de permissão .
Parágrafo único. A execução das operações e a prestação dos serviços
referidos no caput serão efetivadas mediante o regime de permissão, salvo
quando os serviços devam ser prestados em porto seco instalado em imóvel
pertencente à União, caso em que será adotado o regime de concessão
precedida da execução de obra pública.
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§ 3º A Secretaria da Receita Federal do Brasil poderá dispensar a
implementação de requisito previsto no § 1º, considerando as
características específicas do local ou recinto
Art. 13-B. A pessoa jurídica responsável pela administração do local
ou recinto alfandegado, referido no art. 13-A, fica obrigada a
observar os requisitos técnicos e operacionais definidos pela
Secretaria da Receita Federal do Brasil.
Art. 13-C. O disposto nos arts. 13-A e 13-B aplica-se também aos
responsáveis que já exerciam a administração de locais e recintos
alfandegados em 21 de dezembro de 2010.
...
IV - disponibilização e manutenção de instrumentos e aparelhos de inspeção
não invasiva de cargas e veículos, como os aparelhos de raios X ou
gama;
V - disponibilização de edifícios e instalações, equipamentos, instrumentos e
aparelhos especiais para a verificação de mercadorias frigorificadas,
apresentadas em tanques ou recipientes que não devam ser abertos durante o
transporte, produtos químicos, tóxicos e outras mercadorias que exijam
cuidados especiais para seu transporte, manipulação ou armazenagem;
e
VI - disponibilização de sistemas, com acesso remoto pela fiscalização
aduaneira, para:
a) vigilância eletrônica do recinto; e
b) registro e controle:
1. de acesso de pessoas e veículos; e
2. das operações realizadas com mercadorias, inclusive seus
estoques.
§ 2º A utilização dos sistemas referidos no inciso VI do § 1º deverá ser
supervisionada por Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e
acompanhada por ele por ocasião da realização da conferência aduaneira.
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Art. 689. Aplica-se a pena de perdimento da mercadoria nas seguintes
hipóteses, por configurarem dano ao Erário:
...
XXI - importada e que for considerada abandonada pelo decurso do prazo de
permanência em recinto alfandegado, nas hipóteses referidas no art. 642;
...
Art. 642. Considera-se abandonada a mercadoria que permanecer em recinto
alfandegado sem que o seu despacho de importação seja iniciado no decurso
dos seguintes prazos:
I - noventa dias:
a) da sua descarga; e
b) do recebimento do aviso de chegada da remessa postal internacional sujeita
ao regime de importação comum;
II - quarenta e cinco dias:
a) após esgotar-se o prazo de sua permanência em regime de entreposto
aduaneiro;
b) após esgotar-se o prazo de sua permanência em recinto alfandegado de zona
secundária; e
c) da sua chegada ao País, trazida do exterior como bagagem, acompanhada
ou desacompanhada; e
 REDEX
- Recinto não alfandegado de zona secundária para despacho aduaneiro de
exportação
- Pode estar localizado no estabelecimento do próprio exportador ou em
endereço específico para uso comum de vários exportadores.
- A prestação de serviços aduaneiros fica condicionada ao cumprimento das
normas para o despacho aduaneiro de exportação.
- A fiscalização aduaneira, é feita: (I) por equipe de fiscalização deslocada, em
caráter eventual quando as operações de exportação forem eventuais; (II) por
equipe de fiscalização designada, em caráter permanente, quando, em
instalações de uso coletivo, a demanda justificar a adoção dessa medida.
- Nas operações de exportação eventuais, o titular da unidade da SRF
jurisdicionante poder fixar prazo diferente daquele da norma de despacho
aduaneiro de exportação para que o exportador apresente o pedido de realização
do despacho no Redex
- O reconhecimento de demanda que justifique equipe de caráter pemanente
será reconhecida em Ato Declaratório Executivo (ADE) do Superintendente
Regional da Receita Federal, com jurisdição sobre o Redex, que receberá
código específico ao recinto no Siscomex
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Art. 669. Para efeitos deste Decreto, entende-se por cabotagem o transporte 
efetuado entre portos e aeroportos nacionais
Art. 670. As mercadorias nacionais ou nacionalizadas, destinadas ao
mercado interno em transporte de cabotagem, não poderão ser depositadas
em recinto alfandegado.
Parágrafo Único – A autoridade aduaneira, para atender a situações
especiais, poderá autorizar o depósito das mercadorias de que trata o caput
em recinto alfandegado, no prazo e nas condições que estabelecer.
III - sessenta dias da notificação a que se refere o art. 640.
§ 1o Considera-se também abandonada a mercadoria que permaneça em 
recinto alfandegado, e cujo despacho de importação:
I - não seja iniciado ou retomado no prazo de trinta dias da ciência
a) da relevação da pena de perdimento aplicada; ou
b) do reconhecimento do direito de iniciar ou de retomar o despacho; ou
II - tenha seu curso interrompido durante sessenta dias, por ação ou por 
omissão do importador
§ 2o O prazo a que se refere a alínea “b” do inciso II do caput é de setenta e 
cinco dias, contados da data de entrada da mercadoria no recinto.
...
Art. 644. Serão declarados abandonados os bens que permanecerem em 
recinto alfandegado sem que o seu despacho de importação seja iniciado em 
noventa dias:
...
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Art. 5º As mercadorias em tráfego de cabotagem, quando realizado para portos e
aeroportos alfandegados, ou partir desses locais, poderão ser armazenadas em tais
locais desde que estejam depositadas em áreas segregadas, nos termos do art.
7º desta Portaria, e expressamente autorizadas em ato do titular da unidade de
despacho jurisdicionante.
...
Art. 7º A segregação dentro do recinto será exigida entre as áreas de armazenagem
de mercadorias ou bens:
I - importados;
II - destinados à exportação; ou
III - amparados por regime aduaneiro especial.
§ 1º A segregação entre essas áreas deve ser de tal forma que ofereça obstáculo à
passagem de uma para outra.
§ 2º A dimensão das áreas segregadas dentro do recinto poderá ser alterada pela
administradora em razão de conveniência e do volume das cargas a armazenar,
desde que seja preservada a efetividade do controle aduaneiro sobre a movimentação
interna de mercadoria e observado o disposto no art. 27 desta Portaria.
§ 3º Fica dispensada a segregação dos silos, tanques e outras estruturas destinadas
ao armazenamento de granéis.
§ 4º O titular da unidade de despacho jurisdicionante poderá dispensar a
segregação em outras hipóteses, considerando as características específicas do local
ou recinto.
Art. 13. O alfandegamento de portos, aeroportos e pontos de fronteira 
somente poderá ser efetivado:
I - depois de atendidas as condições de instalação do órgão de fiscalização 
aduaneira e de infra-estrutura indispensável à segurança fiscal;
II - se atestada a regularidade fiscal do interessado 
III - se houver disponibilidade de recursos humanos e materiais; e
IV - se o interessado assumir a condição de fiel depositário da mercadoria 
sob sua guarda.
...
§ 2o Em se tratando de permissão ou concessão de serviços públicos, o 
alfandegamento poderá ser efetivado somente após a conclusão do devido 
procedimento licitatório pelo órgão competente, e o cumprimento das 
condições fixadas em contrato.
... 
§ 4o Poderão, ainda, ser alfandegados silos ou tanques, para 
armazenamento de produtos a granel, localizados em áreas contíguas a porto 
organizado ou instalações portuárias, ligados a estes por tubulações, 
esteiras rolantes ou similares, instaladas em caráter permanente.
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Art. 808. São atividades relacionadas ao despacho aduaneiro de 
mercadorias, inclusive bagagem de viajante, na importação, na exportação 
ou na internação, transportadas por qualquer via, as referentes a:
I - preparação, entrada e acompanhamento da tramitação e apresentação de 
documentos relativos ao despacho aduaneiro;
II - subscrição de documentos relativos ao despacho aduaneiro, inclusive 
termos de responsabilidade;
III - ciência e recebimento de intimações, de notificações, de autos de 
infração, de despachos, de decisões e de outros atos e termos processuais 
relacionados com o procedimento de despacho aduaneiro;
IV - acompanhamento da verificação da mercadoria na conferência 
aduaneira, inclusive da retirada de amostras para assistência técnica e 
perícia;
V - recebimento de mercadorias desembaraçadas;
§ 1º Somente mediante cláusula expressa específica do mandato poderá o 
mandatário subscrever termo de responsabilidade em garantia do 
cumprimento de obrigação tributária, ou pedidos de restituição de indébito 
ou de compensação.
Art. 809. Poderá representar o importador, o exportador ou outro interessado, no exercício das 
atividades referidas no art. 808, bem assim em outras operações de comércio exterior
...
IV - o despachante aduaneiro, em qualquer caso.
Art. 810. O exercício da profissão de despachante aduaneiro somente será permitido à pessoa física 
inscrita no Registro de Despachantes Aduaneiros, mantido pela Secretaria da Receita Federal do Brasil
§ 1o A inscrição no registro a que se refere o caput será feita, a pedido do interessado, atendidos os 
seguintes requisitos:
I - comprovação de inscrição há pelo menos dois anos no Registro de Ajudantes de Despachantes 
Aduaneiros, mantido pela Secretaria da Receita Federal do Brasil;
II - ausência de condenação, por decisão transitada em julgado, à pena privativa de liberdade;
III - inexistência de pendências em relação a obrigações eleitorais e, se for o caso, militares;
IV - maioridade civil;
IV-A - nacionalidade brasileira;
V - formação de nível médio; e
VI - aprovação em exame de qualificação técnica.
§ 2o Na execução das atividades referidas no art. 809, o despachante aduaneiro poderá contratar 
livremente seus honorários profissionais§ 3o A competência para a inscrição nos registros a que se referem o caput e o inciso I do § 1o será do 
chefe da unidade da Secretaria da Receita Federal do Brasil com jurisdição aduaneira sobre o domicílio 
do requerente.
§ 9o A aplicação do disposto neste artigo não caracterizará, em nenhuma hipótese, qualquer vinculação 
funcional entre os despachantes aduaneiros, ajudantes de despachante aduaneiro e a administração 
pública.
§ 10. É vedado, a quem exerce cargo, emprego ou função pública, o exercício da atividade de 
despachante ou ajudante de despachante aduaneiro.
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 Inaptidão
- Para o CNPJ da pessoa jurídica que deixa de apresentar declarações e
demonstrativos em 2 (dois) exercícios consecutivos;
- Para quem não comprove a origem, a disponibilidade e a efetiva transferência,
se for o caso, dos recursos empregados em operações de comércio exterior. A
comprovação se dá mediante prova do regular fechamento da operação de
câmbio com a identificação dos intervenientes (inclusive integrantes do quadro
societário e gerencial
- Para pessoa jurídica que não for localizada no endereço informado ao CNPJ
-Os documentos emitidos por pessoa inapta não produzirá efeitos tributários em
favor de terceiros interessados, não se aplicando aos casos em que o adquirente
de bens, direitos e mercadorias ou o tomador de serviços comprovarem a
efetivação do pagamento do preço respectivo e o recebimento dos bens, direitos
e mercadorias ou utilização dos serviços.
- Lei 11.491/09; 10.637/02
 Processo de Consulta
- Instância Única*
- (*Recurso Especial para Solução de Divergência) – 30 dias
- Ônus da prova
- Competências:
Unidade Central da SRFB nas consultas formuladas por órgão central da
APFederal ou entidade representativa de categoria econômica ou
profissional de âmbito nacional;
Unidade Regional da SRFB, nos demais casos.
- Soluções de Consulta:
Sobre interpretação da legislação tributária federal: baseada em normas da
SRFB (se aplica o Dec. 70.235/72)
Sobre Classificação Fiscal de mercadorias: Aplicabilidade dos arts. 46 a 53
do Dec 70.235/72 e art. 48 da Lei 9.430/96 e as normas complementares
da SRFB (IN RFB nº1.464/14)
- Lei 9.430/96
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 definições
I - porto organizado: bem público construído e aparelhado para
atender a necessidades de navegação, de movimentação de
passageiros ou de movimentação e armazenagem de mercadorias, e
cujo tráfego e operações portuárias estejam sob jurisdição de
autoridade portuária;
II - área do porto organizado: área delimitada por ato do Poder
Executivo que compreende as instalações portuárias e a
infraestrutura de proteção e de acesso ao porto organizado;
III - instalação portuária: instalação localizada dentro ou fora da
área do porto organizado e utilizada em movimentação de
passageiros, em movimentação ou armazenagem de mercadorias,
destinadas ou provenientes de transporte aquaviário;
IV - terminal de uso privado: instalação portuária explorada
mediante autorização e localizada fora da área do porto
organizado;
3. LEI 12.815/2013
 definições 
 autorização 
 intervenientes 
 operação e trabalho portuário 
 infrações e penalidades 
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IX - concessão: cessão onerosa do porto organizado, com vistas à
administração e à exploração de sua infraestrutura por prazo
determinado;
X - delegação: transferência, mediante convênio, da administração
e da exploração do porto organizado para Municípios ou Estados,
ou a consórcio público, nos termos da Lei nº 9.277, de 10 de maio
de 1996 ;
XI - arrendamento: cessão onerosa de área e infraestrutura
públicas localizadas dentro do porto organizado, para exploração
por prazo determinado;
XII - autorização: outorga de direito à exploração de instalação
portuária localizada fora da área do porto organizado e
formalizada mediante contrato de adesão; e
V - estação de transbordo de cargas: instalação portuária
explorada mediante autorização, localizada fora da área do porto
organizado e utilizada exclusivamente para operação de transbordo
de mercadorias em embarcações de navegação interior ou
cabotagem;
VI - instalação portuária pública de pequeno porte: instalação
portuária explorada mediante autorização, localizada fora do porto
organizado e utilizada em movimentação de passageiros ou
mercadorias em embarcações de navegação interior;
VII - instalação portuária de turismo: instalação portuária
explorada mediante arrendamento ou autorização e utilizada em
embarque, desembarque e trânsito de passageiros, tripulantes e
bagagens, e de insumos para o provimento e abastecimento de
embarcações de turismo;
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 definições
I - capatazia: atividade de movimentação de mercadorias nas
instalações dentro do porto, compreendendo o recebimento,
conferência, transporte interno, abertura de volumes para a
conferência aduaneira, manipulação, arrumação e entrega, bem
como o carregamento e descarga de embarcações, quando
efetuados por aparelhamento portuário;
II - estiva: atividade de movimentação de mercadorias nos conveses
ou nos porões das embarcações principais ou auxiliares, incluindo
o transbordo, arrumação, peação e despeação, bem como o
carregamento e a descarga, quando realizados com equipamentos
de bordo;
XIII - operador portuário: pessoa jurídica pré-qualificada para
exercer as atividades de movimentação de passageiros ou
movimentação e armazenagem de mercadorias, destinadas ou
provenientes de transporte aquaviário, dentro da área do porto
organizado.
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 definições
I - dragagem: obra ou serviço de engenharia que consiste na
limpeza, desobstrução, remoção, derrocamento ou escavação de
material do fundo de rios, lagos, mares, baías e canais;
II - draga: equipamento especializado acoplado à embarcação ou à
plataforma fixa, móvel ou flutuante, utilizado para execução de
obras ou serviços de dragagem;
III - material dragado: material retirado ou deslocado do leito dos
corpos d’água decorrente da atividade de dragagem e transferido
para local de despejo autorizado pelo órgão competente;
IV - empresa de dragagem: pessoa jurídica que tenha por objeto a
realização de obra ou serviço de dragagem com a utilização ou não
de embarcação; e
V - sinalização e balizamento: sinais náuticos para o auxílio à
navegação e à transmissão de informações ao navegante, de forma
a possibilitar posicionamento seguro de acesso e tráfego.
III - conferência de carga: contagem de volumes, anotação de suas
características, procedência ou destino, verificação do estado das
mercadorias, assistência à pesagem, conferência do manifesto e
demais serviços correlatos, nas operações de carregamento e
descarga de embarcações;
IV - conserto de carga: reparo e restauração das embalagens de
mercadorias, nas operações de carregamento e descarga de
embarcações, reembalagem, marcação, remarcação, carimbagem,
etiquetagem, abertura de volumes para vistoria e posterior
recomposição;
V - vigilância de embarcações: atividade de fiscalização da entrada
e saída de pessoas a bordo das embarcações atracadas ou
fundeadas ao largo, bem como da movimentação de mercadorias
nos portalós, rampas, porões, conveses, plataformas e em outros
locais da embarcação; e
VI - bloco: atividade de limpeza e conservação de embarcações
mercantes e de seus tanques, incluindo batimento de ferrugem,
pintura, reparos de pequena monta e serviços correlatos.
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 autorização
II - o autorizatário promova os investimentos necessários para a
expansão e modernização das instalações portuárias, na forma do
regulamento.
§ 3º A Antaq adotará as medidas para assegurar o cumprimento
dos cronogramas de investimento previstos nas autorizações e
poderá exigir garantias ou aplicarsanções, inclusive a cassação da
autorização.
Art. 9º Os interessados em obter a autorização de instalação
portuária poderão requerê-la à Antaq a qualquer tempo, na forma
do regulamento.
-
 autorização
Serão exploradas mediante autorização, precedida de chamada ou
anúncio públicos e, quando for o caso, processo seletivo público, as
instalações portuárias localizadas fora da área do porto
organizado, compreendendo as seguintes modalidades:
I - terminal de uso privado;
II - estação de transbordo de carga;
III - instalação portuária pública de pequeno porte;
IV - instalação portuária de turismo;
§ 1º A autorização será formalizada por meio de contrato de
adesão, que conterá as cláusulas essenciais previstas no caput do
art. 5º , com exceção daquelas previstas em seus incisos IV e VIII.
§ 2º A autorização de instalação portuária terá prazo de até 25
(vinte e cinco) anos, prorrogável por períodos sucessivos, desde
que:
I - a atividade portuária seja mantida; e
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 operação e trabalho portuário
Art. 26. O operador portuário responderá perante:
I - a administração do porto pelos danos culposamente causados à
infraestrutura, às instalações e ao equipamento de que a
administração do porto seja titular, que se encontre a seu serviço
ou sob sua guarda;
II - o proprietário ou consignatário da mercadoria pelas perdas e
danos que ocorrerem durante as operações que realizar ou em
decorrência delas;
III - o armador pelas avarias ocorridas na embarcação ou na
mercadoria dada a transporte;
IV - o trabalhador portuário pela remuneração dos serviços
prestados e respectivos encargos;
V - o órgão local de gestão de mão de obra do trabalho avulso
pelas contribuições não recolhidas;
 intervenientes
Art. 22. A Secretaria de Portos da Presidência da República
coordenará a atuação integrada dos órgãos e entidades públicos
nos portos organizados e instalações portuárias, com a finalidade
de garantir a eficiência e a qualidade de suas atividades, nos
termos do regulamento.
...
Art. 24. Compete ao Ministério da Fazenda, por intermédio das
repartições aduaneiras:
...
Art. 32. Os operadores portuários devem constituir em cada porto
organizado um órgão de gestão de mão de obra do trabalho
portuário, destinado a:
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§ 2º A atividade de movimentação de carga a bordo da embarcação
deve ser executada de acordo com a instrução de seu comandante
ou de seus prepostos, responsáveis pela segurança da embarcação
nas atividades de arrumação ou retirada da carga, quanto à
segurança da embarcação.
...
Art. 29. As cooperativas formadas por trabalhadores portuários
avulsos, registrados de acordo com esta Lei, poderão estabelecer-se
como operadores portuários.
VI - os órgãos competentes pelo recolhimento dos tributos
incidentes sobre o trabalho portuário avulso; e
VII - a autoridade aduaneira pelas mercadorias sujeitas a controle
aduaneiro, no período em que lhe estejam confiadas ou quando
tenha controle ou uso exclusivo de área onde se encontrem
depositadas ou devam transitar.
Parágrafo único. Compete à administração do porto responder
pelas mercadorias a que se referem os incisos II e VII
do caput quando estiverem em área por ela controlada e após o seu
recebimento, conforme definido pelo regulamento de exploração do
porto.
Art. 27. As atividades do operador portuário estão sujeitas às
normas estabelecidas pela Antaq.
§ 1º O operador portuário é titular e responsável pela coordenação
das operações portuárias que efetuar.
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VII - arrecadar e repassar aos beneficiários os valores devidos
pelos operadores portuários relativos à remuneração do
trabalhador portuário avulso e aos correspondentes encargos
fiscais, sociais e previdenciários.
Parágrafo único. Caso celebrado contrato, acordo ou convenção
coletiva de trabalho entre trabalhadores e tomadores de serviços, o
disposto no instrumento precederá o órgão gestor e dispensará sua
intervenção nas relações entre capital e trabalho no porto.
...
Art. 40. O trabalho portuário de capatazia, estiva, conferência de
carga, conserto de carga, bloco e vigilância de embarcações, nos
portos organizados, será realizado por trabalhadores portuários
com vínculo empregatício por prazo indeterminado e por
trabalhadores portuários avulsos.
Art. 32. Os operadores portuários devem constituir em cada porto
organizado um órgão de gestão de mão de obra do trabalho
portuário, destinado a:
I - administrar o fornecimento da mão de obra do trabalhador
portuário e do trabalhador portuário avulso;
II - manter, com exclusividade, o cadastro do trabalhador portuário
e o registro do trabalhador portuário avulso;
III - treinar e habilitar profissionalmente o trabalhador portuário,
inscrevendo-o no cadastro;
IV - selecionar e registrar o trabalhador portuário avulso;
V - estabelecer o número de vagas, a forma e a periodicidade para
acesso ao registro do trabalhador portuário avulso;
VI - expedir os documentos de identificação do trabalhador
portuário; e
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Art. 47. As infrações estão sujeitas às seguintes penas, aplicáveis
separada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade da falta:
I - advertência;
II - multa;
III - proibição de ingresso na área do porto por período de 30
(trinta) a 180 (cento e oitenta) dias;
IV - suspensão da atividade de operador portuário, pelo período de
30 (trinta) a 180 (cento e oitenta) dias; ou
V - cancelamento do credenciamento do operador portuário.
Parágrafo único. Sem prejuízo do disposto nesta Lei, aplicam-se
subsidiariamente às infrações previstas no art. 46 as penalidades
estabelecidas na Lei nº 10.233, de 5 de junho de 2001 , separada ou
cumulativamente, de acordo com a gravidade da falta.
 infrações e penalidades
Art. 46. Constitui infração toda ação ou omissão, voluntária
ou involuntária, que importe em:
I - realização de operações portuárias com infringência ao
disposto nesta Lei ou com inobservância dos regulamentos
do porto;
II - recusa injustificada, por parte do órgão de gestão de
mão de obra, da distribuição de trabalhadores a qualquer
operador portuário; ou
III - utilização de terrenos, área, equipamentos e instalações
portuárias, dentro ou fora do porto organizado, com desvio
de finalidade ou com desrespeito à lei ou aos regulamentos.
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Art. 78-E. Nas infrações praticadas por pessoa jurídica, também
serão punidos com sanção de multa seus administradores ou
controladores, quando tiverem agido com dolo ou culpa.
Art. 78-F. A multa poderá ser imposta isoladamente ou em
conjunto com outra sanção e não deve ser superior a R$
10.000.000,00 (dez milhões de reais).
Art. 78-J. Não poderá participar de licitação ou receber outorga
de concessão ou permissão, e bem assim ter deferida autorização, a
empresa proibida de licitar ou contratar com o Poder Público, que
tenha sido declarada inidônea ou tenha sido punida nos cinco anos
anteriores com a pena de cassação ou, ainda, que tenha sido titular
de concessão ou permissão objeto de caducidade no mesmo
período.
(Lei 10.233/01)
Art. 78-A. A infração a esta Lei e o descumprimento dos deveres
estabelecidos no contrato de concessão, no termo de permissão e
na autorização sujeitará o responsável às seguintes sanções,
aplicáveis pela ANTT e pela ANTAQ, sem prejuízo das de natureza
civil e penal:
I - advertência;
II - multa;
III - suspensão
IV - cassação
V - declaração de inidoneidade.
VI - perdimento do veículo.
...
2o A aplicação da sanção prevista no inciso IV do caput, quando se
tratar de concessão de porto organizado ou arrendamento e
autorização de instalação portuária, caberá ao poder concedente,
mediante proposta da Antaq.
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Art. 18. O importador, o exportador ou o adquirentede mercadoria
importada por sua conta e ordem têm a obrigação de manter, em boa guarda
e ordem, os documentos relativos às transações que realizarem, pelo prazo
decadencial estabelecido na legislação tributária a que estão submetidos, e
de apresentá-los à fiscalização aduaneira quando exigidos:
§ 1o Os documentos de que trata o caput compreendem os documentos de
instrução das declarações aduaneiras, a correspondência comercial,
incluídos os documentos de negociação e cotação de preços, os instrumentos
de contrato comercial, financeiro e cambial, de transporte e seguro das
mercadorias, os registros contábeis e os correspondentes documentos fiscais,
bem como outros que a Secretaria da Receita Federal do Brasil venha a
exigir em ato normativo
§ 5o O disposto no caput aplica-se também ao despachante aduaneiro, ao
transportador, ao agente de carga, ao depositário e aos demais intervenientes
em operação de comércio exterior quanto aos documentos e registros
relativos às transações em que intervierem, na forma e nos prazos
estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.
 Documentos
 Registro da carga
 Custódia da mercadoria
 Informações e comunicações
 Entrega da mercadoria 
 FUNDAF
 Vedações e excepcionalidades
 Penalidades
 Habilitação nos sistemas da RFB
O FIEL DEPOSITÁRIO E A LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
(Regulamento Aduaneiro e Portaria ALF Vitória nº 73/2012)
OBRIGAÇÕES DO DEPOSITÁRIO
DIREITOS DO DEPOSITÁRIO
 Tarifa de armazenagem
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Art. 20. Os documentos instrutivos de declaração aduaneira ou necessários ao 
controle aduaneiro podem ser emitidos, transmitidos e recepcionados 
eletronicamente, na forma e nos prazos estabelecidos pela Secretaria da 
Receita Federal do Brasil.
...
§ 2o Os documentos eletrônicos referidos no caput são válidos para os efeitos 
fiscais e de controle aduaneiro, observado o disposto na legislação sobre 
certificação digital e atendidos os requisitos estabelecidos pela Secretaria da 
Receita Federal do Brasil.
Art. 21. Para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer 
disposições legais excludentes ou limitativas do direito de examinar 
mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis de efeitos comerciais ou 
fiscais, dos comerciantes, industriais ou produtores, ou da obrigação destes de 
exibi-los.
Parágrafo único. Os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal e os 
comprovantes dos lançamentos neles efetuados serão conservados até que 
ocorra a prescrição dos créditos tributários decorrentes das operações a que se 
refiram.
Art. 19. As pessoas físicas ou jurídicas exibirão aos Auditores-Fiscais da 
Receita Federal do Brasil, sempre que exigidos, as mercadorias, livros das 
escritas fiscal e geral, documentos mantidos em arquivos magnéticos ou 
assemelhados, e todos os documentos, em uso ou já arquivados, que forem 
julgados necessários à fiscalização, e lhes franquearão os seus 
estabelecimentos, depósitos e dependências, bem assim veículos, cofres e outros 
móveis, a qualquer hora do dia, ou da noite, se à noite os estabelecimentos 
estiverem funcionando.
§ 1o As pessoas físicas ou jurídicas, usuárias de sistema de processamento de 
dados, deverão manter documentação técnica completa e atualizada do 
sistema, suficiente para possibilitar a sua auditoria, facultada a manutenção 
em meio magnético, sem prejuízo da sua emissão gráfica, quando solicitada.
§ 2o As pessoas jurídicas que utilizarem sistemas de processamento eletrônico 
de dados para registrar negócios e atividades econômicas ou financeiras, 
escriturar livros ou elaborar documentos de natureza contábil ou fiscal ficam 
obrigadas a manter, à disposição da Secretaria da Receita Federal do Brasil, 
os respectivos arquivos digitais e sistemas, pelo prazo decadencial previsto na 
legislação tributária.
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Art. 63. A mercadoria descarregada de veículo procedente do exterior será 
registrada pelo transportador, ou seu representante, e pelo depositário, na 
forma e no prazo estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.
§ 1º O volume que, ao ser descarregado, apresentar-se quebrado, com 
diferença de peso, com indícios de violação ou de qualquer modo avariado, 
deverá ser objeto de conserto e pesagem, fazendo-se, ato contínuo, a devida 
anotação no registro de descarga, pelo depositário.
§ 2º A autoridade aduaneira poderá determinar a aplicação de cautelas fiscais 
e o isolamento dos volumes em local próprio do recinto alfandegado, inclusive 
nos casos de extravio ou avaria.
Art. 24. No exercício de suas atribuições, a autoridade aduaneira terá livre 
acesso: 
...
II - aos locais onde se encontrem mercadorias procedentes do exterior ou a ele 
destinadas.
Parágrafo único. Para o desempenho das atribuições referidas no caput, a 
autoridade aduaneira poderá requisitar papéis, livros e outros documentos, 
bem como o apoio de força pública federal, estadual ou municipal, quando 
julgar necessário.
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Art. 815. A remuneração devida ao Fundo Especial de Desenvolvimento e 
Aperfeiçoamento das Atividades de Fiscalização pelos permissionários ou 
concessionários de recintos alfandegados, e pelos beneficiários de regimes 
aduaneiros especiais ou aplicados em áreas especiais, se for o caso, observará 
a legislação específica, inclusive as normas complementares editadas pela 
Secretaria da Receita Federal do Brasil.
Art. 495. A admissão no regime ocorrerá com a emissão, pelo depositário, de 
conhecimento de depósito alfandegado, que comprova o depósito, a tradição e 
a propriedade da mercadoria.
Parágrafo único. Para efeitos fiscais, creditícios e cambiais, a data de emissão 
do conhecimento referido no caput equivale à data de embarque ou de 
transposição de fronteira da mercadoria.
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Art. 711. Aplica-se a multa de um por cento sobre o valor aduaneiro da mercadoria:
...
III - quando o importador ou beneficiário de regime aduaneiro omitir ou prestar de 
forma inexata ou incompleta informação de natureza administrativo-tributária, 
cambial ou comercial necessária à determinação do procedimento de controle 
aduaneiro apropriado.
§ 1o As informações referidas no inciso III do caput, sem prejuízo de outras que 
venham a ser estabelecidas em ato normativo da Secretaria da Receita Federal do 
Brasil, compreendem a descrição detalhada da operação, incluindo:
I - identificação completa e endereço das pessoas envolvidas na transação: 
importador ou exportador; adquirente (comprador) ou fornecedor (vendedor), 
fabricante, agente de compra ou de venda e representante comercial;
II - destinação da mercadoria importada: industrialização ou consumo, 
incorporação ao ativo, revenda ou outra finalidade;
III - descrição completa da mercadoria: todas as características necessárias à 
classificação fiscal, espécie, marca comercial, modelo, nome comercial ou científico 
e outros atributos estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil que 
confiram sua identidade comercial;
IV - países de origem, de procedência e de aquisição; e
V - portos de embarque e de desembarque.
Art.. 735, § 7o Ao sancionado com suspensão, cassação ou cancelamento, 
enquanto perdurarem os efeito da sanção, é vedado o ingresso em local sob 
controle aduaneiro, sem autorização do titular da unidade jurisdicionante.
Art. 728, § 2º O recolhimento das multas previstas na alínea “b” do inciso 
III do caput e nas alíneas “d”, “e” e “f” do inciso VII do caput não garante 
o direito a regular operação do regime ou do recinto, nem a execução da 
atividade, do serviço ou do procedimento concedidos a título precário.
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c) a quem, por qualquer meio ou forma, omissiva ou comissiva, embaraçar, 
dificultar ou impedir ação de fiscalizaçãoaduaneira, inclusive no caso de não-
apresentação de resposta, no prazo estipulado, a intimação em procedimento 
fiscal;
d) a quem promover a saída de veículo de local ou recinto sob controle 
aduaneiro, sem autorização prévia da autoridade aduaneira;
...
f) por deixar de prestar informação sobre carga armazenada, ou sob sua 
responsabilidade, ou sobre as operações que execute, na forma e no prazo 
estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, aplicada ao 
depositário ou ao operador portuário;
...
VII - de R$ 1.000,00 (mil reais):
a) por volume depositado em local ou recinto sob controle aduaneiro, que não 
seja localizado;
d) por dia, pelo descumprimento de requisito, condição ou norma operacional 
para habilitar-se ou utilizar regime aduaneiro especial ou aplicado em áreas 
especiais, ou para habilitar-se ou manter recintos nos quais tais regimes sejam 
aplicados, exceto os requisitos técnicos e operacionais referidos no art. 13-
A;
Art. 728. Aplicam-se ainda as seguintes multas:
I - de R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais), por contêiner ou qualquer veículo 
contendo mercadoria, inclusive a granel, ingressado em local ou recinto sob 
controle aduaneiro, que não seja localizado;
...
III - de R$ 10.000,00 (dez mil reais):
a) por desacato à autoridade aduaneira; ou
b) por dia, pelo descumprimento de requisito estabelecido no art. 13-A ou pelo 
seu cumprimento fora do prazo fixado com base no art. 13C
IV - de R$ 5.000,00 (cinco mil reais):
...
b) por mês-calendário, a quem não apresentar à fiscalização os documentos 
relativos à operação que realizar ou em que intervier, bem como outros 
documentos exigidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, ou não 
mantiver os correspondentes arquivos em boa guarda e ordem;
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X - de R$ 200,00 (duzentos reais):
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b) para a pessoa que ingressar em local ou recinto sob controle aduaneiro sem 
a regular autorização; e
e) por dia, pelo descumprimento de requisito, condição ou norma operacional 
para executar atividades de movimentação e armazenagem de mercadorias sob 
controle aduaneiro, e serviços conexos, exceto os requisitos técnicos e 
operacionais referidos no art. 13-A; e ...
VIII - de R$ 500,00 (quinhentos reais):
a) por ingresso de pessoa em local ou recinto sob controle aduaneiro sem a 
regular autorização, aplicada ao administrador do local ou recinto;
b) por tonelada de carga a granel depositada em local ou recinto sob controle 
aduaneiro, que não seja localizada;
...§ 5o Nas hipóteses referidas nos incisos I e II, na alínea “a” do inciso VII, na 
alínea “b” do inciso VIII, no inciso IX e na alínea “a” do inciso X, do caput, o 
responsável será intimado a informar a localização do contêiner, veículo, 
volume ou mercadoria.
§ 6o A informação a que se refere o § 5o deverá ser prestada:
I - no prazo de cinco dias da ciência da intimação, nas hipóteses referidas no 
inciso I, na alínea “a” do inciso VII e na alínea “b” do inciso VIII, do caput; e
II - no prazo de um dia, nos demais casos.
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Art. 737. A pena de perdimento decorrente de infração de que não tenha
resultado falta ou insuficiência de recolhimento de tributos federais poderá ser
relevada com base no disposto no art. 736, mediante a aplicação da multa
referida no art. 712.
...
§ 3o A entrega da mercadoria ao importador, na hipótese deste artigo, está
condicionada à comprovação do pagamento da multa e ao cumprimento das
formalidades exigidas para o respectivo despacho de importação, sem prejuízo
do atendimento das normas de controle administrativo.
Art. 698. O importador, depois de aplicado o perdimento da mercadoria
considerada abandonada na hipótese a que se refere o inciso XXI do art. 689,
mas antes de efetuada a sua destinação, poderá requerer a conversão dessa
penalidade em multa equivalente ao valor aduaneiro da mercadoria.
Parágrafo único. A entrega da mercadoria ao importador, na hipótese do
caput, está condicionada à comprovação do pagamento da multa e ao
cumprimento das formalidades exigidas para o respectivo despacho de
importação, sem prejuízo do atendimento das normas de controle
administrativo.
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Art. 728, § 7º. Não prestada a informação de que trata o § 5º nos prazos 
fixados no § 6º, aplica-se a multa pela não localização, prevista neste artigo, e 
a multa constante da alínea “c” do inciso III do caput do art. 702.
...
X - de R$ 200,00 (duzentos reais):
...
b) para a pessoa que ingressar em local ou recinto sob controle aduaneiro sem
a regular autorização; e
Art. 702. Aplicam-se as seguintes multas, proporcionais ao valor do imposto 
incidente sobre a importação da mercadoria ou o que incidiria se não houvesse 
isenção ou redução:
...
III - de cinqüenta por cento:
...
c) pelo extravio de mercadoria;
Art. 647. Decorridos os prazos previstos nos arts. 642 e 644, sem que tenha
sido iniciado o despacho de importação, o depositário fará, em cinco dias,
comunicação à unidade da Secretaria da Receita Federal do Brasil com
jurisdição sobre o recinto alfandegado, relacionando as mercadorias e
mencionando todos os elementos necessários à identificação dos volumes e
do veículo transportador.
§ 1o Feita a comunicação dentro do prazo previsto, a Secretaria da Receita 
Federal do Brasil, com os recursos provenientes do Fundo Especial de 
Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das Atividades de Fiscalização, efetuará 
o pagamento, ao depositário, da tarifa de armazenagem devida até a data em 
que retirar a mercadoria.
§ 2o Caso a comunicação não seja efetuada no prazo estipulado, somente será 
paga pela Secretaria da Receita Federal do Brasil a armazenagem devida até o 
término do referido prazo, ainda que a mercadoria venha a ser posteriormente 
alienada.
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II - suspensão, pelo prazo de até 12 (doze) meses, do registro, licença,
autorização, credenciamento ou habilitação para utilização de regime
aduaneiro ou de procedimento simplificado, exercício de atividades
relacionadas com o despacho aduaneiro, ou com a movimentação e
armazenagem de mercadorias sob controle aduaneiro, e serviços conexos, na
hipótese de:
a) reincidência em conduta já sancionada com advertência;
b) atuação em nome de pessoa que esteja cumprindo suspensão, ou no interesse
desta;
c) Revogado;
d) delegação de atribuição privativa a pessoa não credenciada ou habilitada;
e) prática de qualquer outra conduta sancionada com suspensão de registro,
licença, autorização, credenciamento ou habilitação, nos termos de legislação
específica; ou
f) agressão ou desacato à autoridade aduaneira no exercício da função;
h) atraso, por mais de 3 (três) vezes, em um mesmo mês, na prestação de
informações sobre carga e descarga de veículos, ou movimentação e
armazenagem de mercadorias sob controle aduaneiro;
i) descumprimento de requisito, condição ou norma operacional para habilitar-
se ou utilizar regime aduaneiro especial ou aplicado em áreas especiais, ou
para habilitar-se ou manter recintos nos quais tais regimes sejam aplicados; ou
j) descumprimento de obrigação de apresentar à fiscalização, em boa ordem,
os documentos relativos à operação em que realizar ou em que intervier, bem
como outros documentos exigidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil;
ou
k) descumprimento de determinação legal ou de outras obrigações relativas ao
controle aduaneiro previstas em ato normativo não referidas às alíneas c a j;
Art. 735. Os intervenientes nas operações de comércio exterior ficam sujeitos
às seguintes sanções:
I - advertência, na hipótese de:
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g) ação ou omissão dolosa tendente a subtrair ao controle aduaneiro, ou dele
ocultar, a importação ou a exportação de bens ou de mercadorias; ou
h) prática de qualquer outra conduta sancionada comcancelamento ou
cassação de registro, licença, autorização, credenciamento ou habilitação, nos
termos de legislação específica.
...
III - cancelamento ou cassação do registro, licença, autorização,
credenciamento ou habilitação para utilização de regime aduaneiro ou de
procedimento simplificado, exercício de atividades relacionadas com o
despacho aduaneiro, ou com a movimentação e armazenagem de mercadorias
sob controle aduaneiro, e serviços conexos, na hipótese de:
a) acúmulo, em período de 3 (três) anos, de suspensão cujo prazo total supere
12 (doze) meses;
b) atuação em nome de pessoa cujo registro, licença, autorização,
credenciamento ou habilitação tenha sido objeto de cancelamento ou cassação,
ou no interesse desta;
c) exercício, por pessoa credenciada ou habilitada, de atividade ou cargo
vedados na legislação específica;
d) prática de ato que embarace, dificulte ou impeça a ação da fiscalização
aduaneira, para benefício próprio ou de terceiros;
e) revogado;
f) sentença condenatória, transitada em julgado, por participação, direta ou
indireta, na prática de crime contra a administração pública ou contra a ordem
tributária;
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b) será lavrado auto de infração para aplicação da sanção administrativa
correspondente;
c) serão aplicadas, na hipótese de nova suspensão, restrições à operação no
recinto, regime ou procedimento simplificado, de acordo com a gravidade da
infração, ou
III - de cancelamento ou cassação, o sancionado terá trinta dias para tomar as
providências necessárias ao encerramento da operação do recinto, regime ou
procedimento simplificado.
§ 8º Nas hipóteses em que conduta tipificada nas alíneas “d”, “e” ou “f” do 
inciso VII do art. 728 ensejar também a imposição de sanção referida no caput, 
após a aplicação definitiva da sanção administrativa:
I - de advertência, se ainda não houver sido sanada a irregularidade:
a) o infrator será notificado a saná-la, iniciando-se com sua ciência da
notificação a contagem diária da multa a que se refere o art.
728;
b) será lavrado novo auto de infração para aplicação da sanção administrativa 
de suspensão; e
c) serão aplicadas restrições à operação no recinto, regime ou procedimento 
simplificado, de acordo com a gravidade da infração.
II - de suspensão, se ainda não houver sido sanada a irregularidade, após o
cumprimento da penalidade de suspensão:
a) será lavrado auto de infração para aplicação da multa a que se refere o art.
728, de R$ 1.000,00 (um mil reais) por dia, contando-se o período desde o
primeiro dia útil subsequente à data da ciência da notificação a que se refere a
alínea “a” do inciso I até a data da lavratura do auto de infração;
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A habilitação, nos sistemas da RFB, do representante do transportador
marítimo e do preposto do fiel depositário estará sujeita aos procedimentos
estabelecidos na Portaria ALF Vitória nº 73/2012.
 O pedido de habilitação do preposto do fiel depositário se dá via processo
administrativo.
 O requerimento informando o período de vinculação entre a empresa e o
preposto deve observar a validade da procuração.
 O requerimento deve ser instruído com cópia autenticada dos documentos
relacionados no art. 12.
A análise do pedido é do servidor localizado na Satec e decidido pelo Chefe
daquela Seção ou seu substituto.
 O transportador marítimo e o administrador do recinto alfandegado
deverão comunicar a Satec eventual demissão ou destituição do empregado
da condição de preposto, bem como a revogação de procuração, quando
ocorrer na vigência da vinculação.
 anotação deve ser cancelada após 5 anos, da data da efetivação
conceito de interveniente: exportador, importador, beneficiários de regime 
especial e procedimentos simplificados, despachantes e ajudantes aduaneiros, 
transportador, agente de carga, otm, depositário, administrador de recinto 
alfandegado, perito e qualquer outra pessoa que tenha relação com comex.
 conceito de contumaz: atraso sem motivo justificado ocorrido em mais de
20% das operações de TA realizadas no mês, se superior a 5 o número de
operações
critérios para determinação do prazo para aplicação da sanção: natureza e 
gravidade da sanção; danos causados; antecedentes.
 conceito de reincidente: sancionado com advertência e cometer a mesma 
conduta no período de 365 dias da data aplicação da sanção ou não sanar a 
irregularidade após 1 mês da aplicação da sanção, quando passível de 
regularização.
 reinscrição – após 2 anos da data da aplicação da sanção de cancelamento 
ou cassação
 Na suspensão, cassação ou cancelamento, é vedado o ingresso em local sob 
controle aduaneiro, sem autorização do titular da unidade jurisdicionante.
Sanções Administrativas – observações importantes
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Art. 647. Decorridos os prazos previstos nos arts. 642 e 644, sem que tenha
sido iniciado o despacho de importação, o depositário fará, em cinco dias,
comunicação à unidade da Secretaria da Receita Federal do Brasil com
jurisdição sobre o recinto alfandegado, relacionando as mercadorias e
mencionando todos os elementos necessários à identificação dos volumes e
do veículo transportador.
§ 1o Feita a comunicação dentro do prazo previsto, a Secretaria da Receita
Federal do Brasil, com os recursos provenientes do Fundo Especial de
Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das Atividades de Fiscalização, efetuará
o pagamento, ao depositário, da tarifa de armazenagem devida até a data em
que retirar a mercadoria.
§ 2o Caso a comunicação não seja efetuada no prazo estipulado, somente será
paga pela Secretaria da Receita Federal do Brasil a armazenagem devida até o
término do referido prazo, ainda que a mercadoria venha a ser posteriormente
alienada.
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60 Fiel Depositário
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61Fiel Depositário
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62 Fiel Depositário
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63Fiel Depositário
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64 Fiel Depositário
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