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Homem, Cultura e Sociedade
Vivian Fernandes Carvalho de Almeida
Mestrado em História - Universidade Estadual de Maringá - UEM
Pós-Graduação em Gestão Escolar pela Universidade Estadual do Centro-Oeste - Unicentro
Graduação em História - Universidade Estadual de Maringá - UEM
Graduada em História pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) 
e Mestre na área de Concentração: Política, Movimentos Populacionais 
e Sociais, linha de pesquisa Instituições e História Ideias, com ênfase em 
policiamento. Especialista em Gestão escolar pela Universidade Esta-
dual do Centro-Oeste (Unicentro). Suas pesquisas dão ênfase à Histó-
ria Contemporânea do Brasil e Regional. Coordena o Projeto Docente 
Olhares que estuda a História do Tempo Presente da cidade Maringá 
com acadêmicos do Centro Universitário de Maringá (Unicesumar). Atua 
como professora desde 2009 e, atualmente, é Professora de Mediadora 
e de História Moderna no EaD da Unicesumar.
Angélica de Brito
Mestrado em História - Universidade Estadual de Maringá - UEM
Especialização em História e Humanidades pela Universidade Estadual de Maringá - UEM
Graduação em História - Universidade Estadual de Maringá - UEM
Mestre e graduada em História, pela Universidade Estadual de Ma-
ringá. Tem experiência na área de História, com ênfase em História do 
Brasil e do Paraná, atuando principalmente nos seguintes temas: Brasil 
República, Política e Movimentos Sociais - Anticomunismo no Brasil. 
Trabalha, atualmente, como Professora Mediadora do curso de História 
EaD da Unicesumar.
O conceito “cultura” é discutido há tempos e abarca diversas acepções em linhas gerais. 
Isso porque, ao pensarmos no termo, não podemos compreendê-lo de forma isolada, pois 
é carregado da ação humana e social.
É comum vê-lo sendo utilizado como sinônimo de sabedoria, conhecimento ou mesmo 
condição social. Isso porque, no senso comum, a cultura é entendida como sendo algo 
restrito a indivíduos ou grupos sociais que moram em regiões mais desenvolvidas, pessoas 
com ensino superior, que dominam várias línguas ou mesmo que são melhores remu-
neradas. Viés que contribui com a ideia de que europeus, estadunidenses, japoneses ou 
qualquer grupo que vive em uma região economicamente mais desenvolvida têm mais 
acesso à cultura. Concepção que deriva, em boa parte, da compreensão do social base-
ada fundamentalmente no desenvolvimento material.
Desse modo, regiões ou países menos desenvolvidos economicamente acabam sendo 
classificados como “culturalmente pobres” – entendimento equivocado, pois desconsidera 
a cultura como amostra do desenvolvimento humano desvinculado da produção econô-
mica, ou seja, desvinculado do dinheiro. Esse posicionamento desconsidera o fato de que 
indivíduos que não sabem ler ou escrever também têm e produzem cultura.
Uma das grandes preocupações das ciências humanas, como a História, Sociologia e 
Antropologia, é desconstruir esse tipo de perspectiva, demonstrando que qualquer indiví-
duo ou grupo social humano é, antes de tudo, cultural. Para essas áreas, a cultura deve 
ser compreendida como um dos principais meios de diferenciarmos as sociedades; isso 
porque cada grupo social apresenta dinâmicas específicas, que envolvem maneiras de 
pensar, fazer e interpretar o mundo que os cerca de forma diversa, bem como comparti-
lhar suas experiências entre os membros de seu grupamento social e com outros, propor-
cionando, com essas relações, mudanças graduais e constantes.
Este livro foi especialmente elaborado para introduzir você, caro(a) acadêmico(a), a 
discussões fundamentais acerca da condição do homem enquanto ser social, da cultura 
enquanto produto das relações sociais humanas, bem como de conceitos e discussões im-
prescindíveis em torno do tema. Nesse sentido, na Primeira Unidade, demonstramos por-
que o homem é um ser social e porque, como seres sociais, somos produtos e produtores 
da cultura. Em seguida, apresentamos, na Segunda Unidade, o significado do termo cultura, 
demonstrando que não há cultura superior ou inferior, para isso, abordamos conceitos como 
Relativismo Cultural, Etnocentrismo, bem como as teorias que os envolvem; abordamos, ainda, 
nessa unidade, questões acerca da diversidade cultural. Para finalizar, na Terceira Unidade, 
discorremos acerca de temas que abarcam o conceito de Cultura Popular, o processo de cons-
trução das identidades culturais e o impacto da globalização na sociedade contemporânea e, 
por fim, abordamos questões relacionadas aos processos de diversidade e inclusão. 
Para compreender esse processo de construção e desconstrução existente nas trocas sociais e, 
consequentemente, na construção e desconstrução cultural, você deve estar aberto ao “outro”, 
ao novo, pois só assim perceberá o quanto a cultura é diversa, dinâmica e inovadora. Dito isso, 
desejamos uma leitura proveitosa e significativamente reflexiva.
Boa Leitura!
Homem, Cultura e Sociedade
Identidade, cultura e diversidadeunidade 3
Identidade, cultura e diversidade
Angélica de Brito
Vivian Fernandes Carvalho de Almeida
Prezado(a) acadêmico(a), na terceira e última unidade deste livro, abordaremos conceitos e discussões 
fundamentais para a compreensão da cultura. A primeira delas diz respeito a dois conceitos amplamente 
utilizados e que carecem de aprofundamento para que não sejam empregados de forma equivocada, es-
tamos falando sobre cultura popular e cultura erudita. 
Abordaremos, também, o processo de construção da identidade cultural e a compreensão de seu cará-
ter fluido e móvel. Ressaltando a importância de considerarmos sempre a sua multiplicidade, uma vez que, 
como vimos, as diferenças são elementos-chave para compreensão da cultura. Desse modo, partindo das 
relações entre identidade e alteridade, buscamos compreender a origem desse processo e seus desdobra-
mentos no período pós moderno.
 Para encerrarmos o capítulo e as discussões propostas neste livro, elencamos dois temas ampla-
mente discutidos na atualidade: diversidade e inclusão. Compreender alguns dos mecanismos de exclusão 
presentes em nossa sociedade, pensar a diversidade como contraponto da ideia de homogeneidade e res-
saltar a importância da pluralidade cultural são alguns de nossos desafios. 
Boa leitura!
Homem, Cultura e Sociedade
Identidade, cultura e diversidade
Homem, Cultura e Sociedade
Identidade, cultura e diversidade
Reflexões sobre o conceito de 
cultura popular
No decorrer destas páginas, temos nos esforçado para que você, caro(a) acadê-
mico(a), compreenda que definir Cultura não é algo simples e que, enquanto seres 
sociais, não podemos evitar mudanças em nossos comportamentos e percepções com 
relação ao mundo que nos rodeia. Isso porque nosso contato com o “outro” é contí-
nuo e as trocas simbólicas existentes nas relações sociais não é algo que possa ser 
evitado ou mesmo controlado. É necessário considerarmos que a “distância” entre 
povos distintos é reduzida devido ao fenômeno que conhecemos como globaliza-
ção, e facilitada pela tecnologia, uma vez que a internet nos proporciona uma faci-
lidade de comunicação nunca antes registrada na história. Porém, como afirmamos 
anteriormente, muitas vezes, o que consideramos “óbvio” precisa ser analisado e 
esmiuçado com um pouco mais de cuidado, para que realmente seja compreendido 
de forma satisfatória.
A partir dessa ponderação, nos deteremos em alguns conceitos um tanto delica-
dos e contraditórios, mas que precisam ser apresentados para que possamos garan-
tir uma inserção satisfatória de cada um dos acadêmicos que se debruçará sobre 
essa obra. Referimo-nos à necessidade de discorrermos acerca do que se entende por 
Cultura Popular e Cultura Erudita, uma vez que a utilização de uma já pressupõe 
a existência da outra.
Homem, Cultura e Sociedade
Identidade, cultura e diversidade
Figura 3.1 - Cultura brasileira: Xilogravura.
Fonte: Pinterest (2018).
Cultura popular é um dos conceitos mais controvertidosdentro do estudo da 
cultura. Este é utilizado desde o final do século XVIII e foi aplicado em inúmeros 
contextos e com objetivos diversos, mas, geralmente, sendo utilizado de forma a 
induzir juízos de valor ou homogeneização social, isso quando não envolveu dispu-
tas teóricas ou políticas. Martha Abreu destaca que o conceito de cultura popular
Para muitos, está (ou sempre esteve) em crise, tanto em termos de seus limites 
para expressar uma dada realidade cultural, como em termos práticos, pelo 
Homem, Cultura e Sociedade
Identidade, cultura e diversidade
chamado avanço da globalização, responsabilizada, em geral, pela inter-
nacionalização e homogeneização das culturas.
Por outro lado, se cultura popular é algo que vem do povo, ninguém sabe defi-
ni-lo muito bem. No sentido mais comum, pode ser usado, quantitativamente, em 
termos positivos - “Pavarotti foi um sucesso popular” – e negativos - “o funk é popu-
lar demais”. Para uns, a cultura popular equivale ao folclore, entendido como o 
conjunto das tradições culturais de um país ou região; para outros, inversamente, o 
popular desapareceu na irresistível pressão da cultura de massa (sempre associada 
à expansão do rádio, televisão e cinema) e não é mais possível saber o que é ori-
ginalmente ou essencialmente do povo e dos setores populares (ABREU, 2003, s/p).
Saiba mais
Uma sociedade industrializada é impulsionada pelo consumo, por isso necessita de mecanismos 
adequados capazes de transmitir mensagens com rapidez para um grande número de pessoas, como 
o rádio, a televisão e o cinema. Alguns autores alegam que a comunicação de massa exige “uma 
cultura capaz de homogeneizar”, para que um número significativo de pessoas se identifique com o 
que está sendo apresentado por meio de um determinado produto.
Para algumas reflexões, segue a sugestão de um vídeo que apresenta uma discussão sobre a 
questão cultural no Brasil e a indústria cultural. www.youtube.com.
Como bem pontua Martha Abreu, sem dúvida, para uma grande parcela da 
sociedade, o conceito ainda é relacionado à diferença ou estranhamento cultural 
com relação a outras práticas culturais reconhecidas como mais refinadas dentro de 
um mesmo grupo social. Isso porque, essas diferenças são “vistas como um sistema 
https://www.youtube.com/watch%3Fv%3DD8vduFwPdIk%26t%3D3s
Homem, Cultura e Sociedade
Identidade, cultura e diversidade
simbólico coerente e autônomo, ou, inversamente, como dependente e carente em 
relação à cultura dos grupos ditos dominantes” (ABREU, 2003, s/p). É nesse sen-
tido que entendemos que, ao fazer uso do conceito de “cultura popular” é quase 
inevitável a relação com o que se entende por “cultura erudita”. Façamos algumas 
reflexões para tentar tornar essa discussão mais transparente.
Já afirmamos, nas páginas anteriores, que uma das características principais 
de muitas sociedades contemporâneas é a diversificação interna. Isto é, dentro de 
um mesmo grupo social, há pessoas que se expressam de diversas formas, basta 
pensarmos nas tendências musicais, por exemplo, alguns continuam gostando de 
rock, outros de samba, outros de sertanejo e, para a alegria de uns e desespero de 
outros, temos o funk, que aparentemente tem dominado o gosto musical dos jovens 
há algum tempo.
De qualquer forma, e independentemente de nossos exemplos, o fato é que a 
população se posiciona e se expressa de modos diversos. Também é fato que não 
vivemos em uma sociedade igualitária, por mais que alguns grupos tenham ten-
tado (não convém entrarmos nos detalhes ideológicos que esse assunto gera neste 
livro). Em outras palavras, mesmo antes do capitalismo imperar, já havia desi-
gualdade na distribuição de renda, o que proporcionava, no mínimo, uma frag-
mentação dos grupos sociais. Tivemos escravos e patrícios na antiguidade; servos 
e nobres na medievalidade; burgueses e operários na modernidade, isso apenas 
nos referindo a alguns grupos sociais nomeados no ocidente europeu, pois se nos 
dedicarmos ao estudos das mais distintas civilizações, nos depararemos com uma 
infinidade de exemplos.
Pois bem, a questão aqui posta é que sempre há uma classificação dos dife-
rentes grupos sociais, e essa classificação direta ou indiretamente relaciona-se, na 
esmagadora maioria das vezes, ao poder financeiro que esse grupo detém dentro 
da sociedade que pertence. Em palavras, um pouco mais diretas, temos sempre o 
Homem, Cultura e Sociedade
Identidade, cultura e diversidade
proprietário e o empregado seja no campo ou na cidade.
Pertencendo a um desses grupos, compartilhamos determinados problemas, mas 
não generalizemos, afinal, como temos afirmado exaustivamente, não há homo-
geneização social, inclusivo no quesito financeiro. Assim, não é possível dividir a 
sociedade em patrões e empregados, e para explicar essa dinâmica, faremos uso 
das palavras de José Luiz Santos, que afirma que:
Quando se fala sobre classe social é frequentemente a respeito dessa dife-
renciação que se está fazendo referência. Essas classes sociais têm formas 
de viver diferentes, enfrentam problemas diferentes na sua vida social. 
A diferenciação é, no entanto, mais complexa, pois não se pode dizer 
que as maneiras de viver sejam homogêneas nem dentro da classe tra-
balhadora nem dentro da classe proprietária. [...] Há diferença de renda, 
de estilo de vida, de acesso às instituições públicas [...]. Além do mais, as 
distinções entre as classes sociais nem sempre são tão nítidas na vida coti-
diana [...]. Isso pode ser exemplificado pelo fato de que grandes concen-
trações urbanas costumam registrar uma larga faixa de camadas sociais 
intermediárias, de limites imprecisos e características variadas, as quais são 
rotuladas de classes médias (SANTOS, 1983, p. 51).
Quando afirmamos que a sociedade, mesmo sendo dividida em grupos sociais 
classificados segundo o poder aquisitivo, não pode ser entendida como uma cultura 
homogeneizada, nos referimos ao fato de que temos origens e histórias particulares. 
Por exemplo, uma pessoa pode pertencer à classe média porque passou por uma 
ascensão social recente, o que implica que ela enfrentou situações difíceis, inclu-
sive vivenciando a falta de produtos básicos – experiências que influenciarão em 
suas opiniões, afinal, são essas experiências que a tornam uma pessoa única. Por 
Homem, Cultura e Sociedade
Identidade, cultura e diversidade
outro lado, se a pessoa nasceu em uma família com condições financeiras estáveis, 
sua percepção de mundo será diferente, sua concepção de necessidades básicas, 
inclusive.
Vivemos em um país onde a desigualdade social impera, o que nos proporciona 
o contato com pessoas que enfrentam situações diversas, e comumente o fato de 
sermos classificados na mesma classe social não é suficiente para realmente com-
partilharmos das mesmas experiências, compartilharmos os mesmos hábitos, defen-
dermos as mesmas ideias.
Saiba mais
Segue dois exemplos que expressam um pouco do que apresentamos. Talvez você se identifique 
com algumas das situações, talvez não! Assista o vídeo “Cansei de ser pobre”, disponível em: www.
youtube.com e a letra da música “Burguesinha”, de Seu Jorge, disponível em: www.letras.mus.br
Pense nisso
Você já se percebeu em um grupo em que as declarações com relação a questões cotidianas 
não condiziam com o que você vivenciava? Ou, por vezes, você simplesmente não compreendeu a 
conversa e nem o motivo dos risos proporcionados por certos comparações? Então, é mais ou menos 
a isso que nos referimos.
Estamos nos detendo a esses detalhes para que possamos ter uma noção de como 
conceber essa reflexão acerca da dimensão cultural na sociedade. Em outras pala-
vras, se a cultura é dimensão do processo social, precisamos entendê-la de um modo 
que possamos considerar todas as possíveis particularidades sociais.
https://www.youtube.com/watch%3Fv%3DUmmXiN93btM
https://www.youtube.com/watch%3Fv%3DUmmXiN93btM
https://www.letras.mus.br/seu-jorge/1089741/Homem, Cultura e Sociedade
Identidade, cultura e diversidade
Observe que nossas considerações e exemplos se mantiveram apenas na questão 
financeira, mas, se desejarmos, poderíamos ser mais detalhistas e aproximarmos 
o foco de nossa atenção a grupos e/ou características mais singulares: homens e 
mulheres; crianças, jovens e velhos; ou, ainda, nos voltarmos para as diferenciações 
das afiliações e práticas religiosas; ou sobre as práticas medicas ou alimentares. 
Nossa lista poderia preencher todas as páginas deste livro, tão vasta e diversi-
ficada são as relações sociais, e sabendo que, como apresentamos na primeira uni-
dade, o homem é um ser que aprende e se modifica cotidianamente, fica evidente, 
portanto, que ao pensarmos em sociedade não há espaço para homogeneização. 
Assim, tendo a certeza que essa questão ficou clara, podemos nos voltar para os 
conceitos de cultura erudita e cultura popular sem incorrermos em interpretações 
rasas sobre elas.
Comecemos com algumas observações de Santos, pois estas resumem claramente 
a origem de nossas preocupações ao abordar esses conceitos
A partir de uma ideia de refinamento pessoal, cultura se transformou na des-
crição das formas de conhecimento dominantes nos Estados nacionais que 
se formam na Europa a partir do fim da Idade Média. Esse aspecto das 
preocupações com a cultura nasce assim voltado para o conhecimento eru-
dito ao qual só tinham acesso setores das classes dominantes desses países. 
Esse conhecimento erudito se contrapunha ao conhecimento havido pela 
maior parte da população, um conhecimento que se supunha inferior, atra-
sado, superado, e que aos poucos passou também a ser entendido como 
uma forma de cultura a cultura popular (SANTOS, 1983, p. 54).
 
Considerando esse contexto, é necessário, portanto, que fique claro que as discus-
sões em torno da cultura popular eram e, de certo modo, ainda são tentativas de 
Homem, Cultura e Sociedade
Identidade, cultura e diversidade
classificar as formas de pensamento e o comportamento das populações mais pobres, 
buscando-se compreender as especificidades da dinâmica interna desses grupos, 
principalmente com relação às implicações políticas que podem ter. Contudo, inde-
pendentemente das razões que incentivaram e ainda incentivam o interesse em 
torno da cultura específica da população mais pobre, o fato é que a comparação 
com os hábitos dos grupos dominantes é presente. Isso porque as classes dominantes 
sempre tiveram, historicamente nas mãos, os recursos e instrumentos necessários 
para registrar, das mais variadas formas, aspectos de suas expressões sociais e per-
cepções intelectuais. Santos muito bem resume esse fato com a seguinte explanação:
Aquela origem antiga dessas preocupações continuam a influenciá-la, e 
a cultura popular é pensada sempre em relação à cultura erudita, à alta 
cultura, à qual é de perto associada tanto no passado como no presente 
as classes dominantes. De fato, ao longo da história a cultura dominante 
desenvolveu um universo de legitimidade própria, expresso pela filosofia e 
pela ciência [...] Devido à própria natureza da sociedade de classes em que 
vivemos, essas instituições estão fora do controle das classes dominadas. 
Entende-se por cultura popular as manifestações culturais dessas classes, 
manifestações diferentes da cultura dominante, que estão fora de suas insti-
tuições, que existem independentemente delas, mesmo sendo suas contem-
porâneas (SANTOS, 1983, p. 55).
Nesse sentido, a classificação de cultura popular e cultura erudita surgiu da 
“polarização entre o erudito e o popular, a qual transfere para a dimensão cultural 
a oposição entre os interesses das classes sociais na vida da sociedade” (SANTOS, 
1983, p. 55). Por conta disso, para alguns historiadores contemporâneos, como 
Roger Chartier, por exemplo, é impossível saber, ou sendo um pouco mais radical, 
Homem, Cultura e Sociedade
Identidade, cultura e diversidade
não interessa descobrir o que é “genuinamente do povo pela dificuldade ou mesmo 
impossibilidade de se precisar a origem social das manifestações culturais, em fun-
ção da histórica relação e intercâmbio cultural entre os mundos sociais, em qual-
quer período da História” (apud ABREU, 2013, s/p). Em outras palavras, não 
convém utilizar o conceito para definir o que é culturalmente de origem popular 
ou erudita (pobres X ricos).
Atividade
1. Considere as asserções a seguir e a relação proposta entre elas: 
I - É importante observarmos que é a própria elite cultural da sociedade, ativa em 
suas instituições dominantes, que desenvolve a concepção de cultura popular. 
PORQUE 
II – Ao se prender à construção de seu próprio universo de legitimidade, ignora 
inúmeras manifestações culturais. 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta:
a. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
b. As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta 
da I.
c. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
d. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
e. As asserções I e II são proposições falsas.
Homem, Cultura e Sociedade
Identidade, cultura e diversidade
Atividade
2. Apesar de todos os problemas apontados e dos diferentes sentidos que a expres-
são vem recebendo, 
[...] o conceito é válido e útil [...], porém, é bom não perder de vista que, como 
todo o conceito, o de cultura popular também constrói identidades e possui uma 
história. [...] sempre ligadas aos sujeitos e movimentos sociais que o trouxeram a 
tona (ou o recriaram) e o elegeram como fundamental (ABREU, 2003, s/p). 
Essa história é, para a autora, o cerne das dificuldades relacionadas à aplicação 
do conceito. Sendo assim, é importante nos atentarmos ao fato de que é essen-
cial, enquanto cientistas sociais, estarmos atentos à história do conceito de cultura 
popular, bem como do peso ideológico que este recebeu ao longo de seu desen-
volvimento histórico (ABREU, 2003) e, assim, termos em mente que devemos 
concebê-lo enquanto 
[...] um instrumento que serve para nos auxiliar, não no sentido de resolver, mas no 
de colocar problemas, evidenciar diferenças e ajudar a pensar a realidade social 
e cultural, sempre multifacetada, seja ela a da sala de aula, a do nosso cotidiano, 
ou a das fontes históricas (ABREU, 2003, s/p). 
Pois, após esses séculos de usos e reusos do conceito de cultura popular, diante 
da característica dinâmica proporcionada pela sociedade globalizada da atu-
alidade, mais do que nunca, não é suficiente classificarmos a cultura a partir 
da polarização de grupos sociais, uma vez que o convívio entre os indivíduos de 
ambas proporcionam trocas constantes. Por outro lado, também não podemos 
tratar a cultura com tendências homogeneizantes, uma vez que há uma infinidade 
de especificidades em cada pequeno grupo que nos dispomos a observar. Não 
sendo, portanto, possível nos permitir definir um conceito, de certa forma perigoso 
como esse, para nos referirmos a “fórmulas” imutáveis que restringem a sociedade, 
ignorando toda a constante mutação por qual passa a cultura. 
Homem, Cultura e Sociedade
Identidade, cultura e diversidade
De qualquer forma, Chartier está coberto de razão em alertar, com uma boa dose 
de denúncia, ser o conceito de cultura popular uma categoria erudita, que pre-
tende “delimitar, caracterizar e nomear práticas que nunca são designadas pelos 
seus atores como pertencendo à cultura popular”. Sempre há o risco, continua o 
historiador francês, de se ficar incessantemente procurando uma suposta idade de 
ouro da cultura popular, período onde ela teria existido “matricial e independente”, 
frente a épocas posteriores, onde a dita cultura popular teria começado a ser per-
seguida por autoridades eruditas ou desmantelada pelos irresistíveis impulsos da 
modernidade (ABREU,2003, s/p). 
Com base nas considerações apresentadas nessa breve citação, assinale a alterna-
tiva correta:
a. O autor defende que, sem comprovar a origem de práticas cultuais, com documentos que 
comprovem a declaração pelo grupo social que a detêm, essa pesquisa não será válida.
b. Para o historiador Chartier, ao voltarmos à pesquisa que envolva cultura, não devemos 
esperar encontrar um momento em que a cultura popular e a cultura erudita foram visi-
velmente independentes.
c. É fundamental nos voltarmos à idade de ouro da cultura popular, para compreendermos 
a história desse conceito.
d. A citação faz referência à impossibilidade de se realizar pesquisas sobre a cultura.
e. Para o autor, são necessárias pesquisas que demonstrem os impulsos da modernidade 
como razão principal da desvalorização da cultura popular.
Homem, Cultura e Sociedade
Identidade, cultura e diversidade
Pense nisso
Entre os saberes produzidos e controlados pela elite dominante, citada por Santos (1983), podemos 
citar as instituições da sociedade nacional, tais como a universidade, as academias, as ordens 
profissionais (médicos, advogados, engenheiros e outras), bem como a própria Igreja que, além de 
controlar por séculos a produção do conhecimento, teve o poder de definir o que deveria ser ou não 
divulgado para a sociedade. O controle dessa poderosa instituição influenciou significativamente o 
comportamento da sociedade ocidental.
Construção e interação: debates 
acerca da identidade cultural na 
atualidade
Caro(a) acadêmico(a), ao discutirmos tal temática, é necessário termos em mente 
que a identidade cultural não é algo natural, não nasce com o indivíduo, é fruto 
de uma construção na qual o mundo que nos cerca exerce um importante papel. 
É preciso considerarmos que, assim como a cultura, a identidade cultural não é 
estática e permanente, mas fluida e móvel. De acordo com a definição apresentada 
pelo Dicionário de Direitos Humanos:
A identidade cultural é um sistema de representação das relações entre indi-
víduos e grupos, que envolve o compartilhamento de patrimônios comuns 
como a língua, a religião, as artes, o trabalho, os esportes, as festas, entre 
outros. É um processo dinâmico, de construção continuada, que se alimenta 
de várias fontes no tempo e no espaço (OLIVEIRA, 2010, on-line).
Homem, Cultura e Sociedade
Identidade, cultura e diversidade
Nesse sentido, ao pensarmos em identidade cultural, precisamos ter ciência de 
sua multiplicidade; o Brasil é um exemplo claro disso. Somos todos brasileiros, com-
partilhamos um mesmo território, a grande maioria de nós fala o mesmo idioma, 
no entanto, de norte a sul, de leste a oeste deste vasto território, existe uma imensa 
variedade de costumes, tradições e culturas que resultam de realidades diferentes. 
O gaúcho, o nordestino, o paulista, para nos atermos apenas a divisões regionais, 
certamente apresentam características distintas em inúmeros aspectos.
Para Santos (2011), mais relevante do que adotar uma definição de identi-
dade cultural, é questionar suas origens, segundo o autor:
[...] para compreender a complexidade desse fenômeno, é necessário inter-
rogarmos o porquê e o como da identidade cultural: por que surge esse 
sentimento de pertencimento? Como as identidades culturais são criadas? 
A partir de que são criadas? Como se relacionam com outras categorias 
de compreensão social (ideologia, poder, dominação, simbólico, representa-
ções)? (SANTOS, 2011, p. 145).
Saiba mais
Para saber mais sobre essa diversidade cultural retratada nas artes, por exemplo, acesse o link 
disponível em: noticias.universia.com.br.
Um dos princípios identificado pelo autor, que nos ajuda a compreender esse pro-
cesso, é o de Identidade e Alteridade. Consideremos, aqui, o termo alteridade como 
qualidade ou estado do “outro”, daquilo que é diferente do “nós”. Segundo ele, o 
sentimento de pertencimento a um determinado povo, religião, grupo ou qualquer 
http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2012/05/22/934979/conheca-operarios-tarsila-do-amaral.html
Homem, Cultura e Sociedade
Identidade, cultura e diversidade
outra forma de identidade cultural equivale, em muitos casos, a não pertencer a 
outro. Diversos antropólogos defendem a perspectiva de que a identidade cultural 
se dá por meio dessas relações de interação e interdependência entre o “eu” e o 
“outro”. Nas palavras de Santos (2011, p. 145), “Só afirmamos quem somos, a que 
grupo pertencemos (nação, região, sexo), quando existe um não nós e um outro que 
não faz parte dos nossos”. Nesse sentido, podemos pensar e compreender a constru-
ção da identidade cultural a partir dessa relação entre identidade e diferença.
No período Moderno, quando do surgimento dos Estados Nações, a questão da 
identidade esteve diretamente ligada ao Estado. A constituição da ideia de nação, 
bem como a consciência de pertencimento que ela exige, pode ser fomentada por 
alguns dispositivos utilizados para representar a nação, bem como para produzir 
significados. A língua, a raça e a história, enquanto narrativas que contribuem 
para esse sentido de unidade, foram fundamentais para a formação das identida-
des e culturas nacionais (PACHECO, 2007, on-line).
Caro(a) acadêmico(a), ao abordarmos tal temática, não podemos deixar de 
contemplar, ainda que resumidamente, a obra do sociólogo Stuart Hall A identi-
dade cultural na pós-modernidade. O teórico jamaicano, que viveu e trabalhou 
por muitos anos na Inglaterra, foi um dos fundadores do Centro de Estudos de 
Cultura Contemporânea da Universidade de Birmingham. Seus estudos acarre-
taram mudanças no conceito de cultura na segunda metade do século XX. Hall 
defendia que as explicações pautadas apenas nos fenômenos econômicos e sociais já 
não eram suficientes para se compreender as conjunturas mundiais no final daquele 
período, nesse aspecto, dedicou-se a fomentar o estudo dos fenômenos culturais.
Na referida obra, o autor nos apresenta uma vasta gama de elementos que 
explica a crise de identidade que acomete o sujeito da pós-modernidade, sua tese 
principal. Falemos um pouco a respeito dessa crise. Segundo Hall (2005), esse 
sujeito se encontra fragmentado, deslocado e descentrado em uma polissemia de 
Homem, Cultura e Sociedade
Identidade, cultura e diversidade
identidades das quais ele precisa lidar, tais como seu pertencimento ou suas “pai-
sagens culturais” de nacionalidade, de classe, de etnia, de religiosidade, de língua, 
de sexualidade e de gênero. Segundo o autor, um dos fatores que contribuiu para a 
referida fragmentação foi o fenômeno da globalização, visto que este “[...] contribui 
para o deslocamento das identidades culturais desintegrando-as, homogeneizando
-as, consequentemente, enfraquecendo-as” (HALL, 2005, p. 74).
Convido você, caro(a) acadêmico(a), a retomar os conteúdos trabalhados nas 
aulas de Geografia e História do ensino médio para compreendermos como esse 
fenômeno tão discutido afeta as identidades culturais no mundo inteiro. Vivemos 
em um mundo no qual a tecnologia rompeu a barreira do tempo e do espaço, 
aproximando pessoas e povos. Um mundo que gira em torno da lógica de mercado, 
habitado por empresas e clientes de todos os lugares, idades, segmentos sociais, 
sexualidades etc.
As grandes corporações de empresas que emergiram na atualidade, com o avanço 
da globalização, exercem um papel decisivo na economia mundial e, consequen-
temente, interferem na política e na cultura tanto global como local. O principal 
foco é a conquista de consumidores e o acúmulo de capital. Nessa expansão, todos, 
de alguma maneira, são afetados. Para muitos, o resultado tem sido o desapego das 
tradições étnicas, religiosas e políticas, dos lugares e da própria identidade.
A identidade do sujeito globalizado é marcada pela lógica do consumo. Para 
muitos, a globalização tem contribuído para a desintegração das identidades nacio-
nais em função dacrescente homogeneização cultural imposta por esses fluxos cul-
turais entre povos e nações. Segundo Hall, “a medida em que as culturas nacionais 
tornam-se mais expostas a influências externas, é difícil conservar as identidades 
culturais intactas ou impedir que elas se tornem enfraquecidas através do bombar-
deamento e da infiltração cultural” (HALL, 2005, p. 74).
Homem, Cultura e Sociedade
Identidade, cultura e diversidade
Diversas identidades e culturas se comunicam de um jeito que nunca foi visto na 
história da humanidade. As redes sociais permitem que pessoas dos mais diferentes 
locais mantenham contato. Essas mudanças atravessam fronteiras em escala mun-
dial, interligando comunidades e instituições, tornando o mundo mais interconec-
tado. Atualmente, em função de todas essas transformações, a identidade cultural 
se encontra muito menos fechado e estável do que na modernidade.
Com a integração econômica e com a difusão da informação possibilitadas 
pela globalização e pelo avanço tecnológico, também a cultura e as identi-
dades culturais estão em trânsito constante. Junto com a informação e com 
os produtos, o fluxo de valores, costumes, ideias, estilos, ou seja, das particu-
laridades de cada país, sociedade, comunidade ou grupo é muito grande e 
veloz (PACHECO, 2007. p. 5).
Um exemplo desse fluxo de costumes e valores pode ser encontrado nas praças de 
alimentação de shoppings pelo mundo todo: a comida étnica. Atualmente, é pos-
sível comer um prato tipicamente tailandês nos Estados Unidos ou experimentar 
uma iguaria da culinária japonesa no Brasil. Nossos costumes e hábitos alimentares 
são também afetados por essa dinâmica imposta pela globalização.
Homem, Cultura e Sociedade
Identidade, cultura e diversidade
Figura 3.2 - Globalização e hábitos alimentares: a difusão da comida étnica
Fonte: Eduardo P. (2012).
Diversos autores compartilham dessa perspectiva, acreditam que a globalização 
tem contribuído para o extermínio das culturas locais, no entanto, outra vertente 
de estudiosos argumenta que esses processos de homogeneização têm fomentado 
movimentos de resistência cultural.
Diversidade e inclusão
Caro(a) acadêmico(a), você já parou para pensar no quanto a palavra inclusão 
tem sido utilizada na atualidade? Discursos governamentais, político-partidários, 
educacionais, midiáticos, dentre outros a empregam constantemente, atrelada sem-
pre a concepções democráticas e humanitárias. Tanto ouvimos que, para muitos, 
Homem, Cultura e Sociedade
Identidade, cultura e diversidade
cria-se a falsa ilusão de que vivemos em um período histórico, em que as diferen-
ças, sejam elas étnicas, sociais, religiosas, de gênero, etc., são respeitadas e aceitas.
Ao falarmos em inclusão, estamos, necessariamente, abordando também o seu 
oposto, a exclusão. Os debates e medidas acerca desse tema são pensados e realiza-
dos com o objetivo de incluir sujeitos que, por alguma razão, estão sendo rejeitados 
de um grupo ou comunidade. A exclusão pode se dar por diversos fatores – etnia, 
cor, sexo, orientação sexual, nacionalidade, religião, ideologia, características físicas 
e mentais são apenas alguns deles. Em muitos casos, esse processo de exclusão está 
diretamente ligado a preconceitos. Por serem consideradas de alguma forma “dife-
rentes”, com base em um “padrão de normalidade” socialmente construído, muitas 
pessoas são discriminadas e excluídas em função dessa diferença. 
Tais padrões, assentados nas culturas ocidentais brancas, letradas, mascu-
linas, heterossexuais e cristãs, estão arraigados no imaginário social e natu-
ralizados cotidianamente nos diversos espaços de convivência humana, afe-
tando tanto os chamados grupos minoritários quanto os pertencentes às 
esferas hegemônicas (SILVA; BRANDIM, 2008, p. 54).
Esse processo de exclusão, cujos traços são facilmente identificamos em nossa 
sociedade, não é um fenômeno exclusivo da atualidade. Se observamos no período 
moderno o contexto de constituição dos Estados-Nação e os esforços despendidos em 
prol da construção de uma identidade nacional, constataremos a presença de uma 
lógica de erradicação das diferenças, fosse por meio da assimilação ou da exclusão/
eliminação, como argumenta a autora:
[...] para dar conta de sustentar seus parâmetros de ordem, beleza, limpeza e 
progresso, a modernidade se serviu de uma lógica binária, de um sistema de 
Homem, Cultura e Sociedade
Identidade, cultura e diversidade
classificação e distinção cultural e identitário que visava preservar e garantir 
a conformidade social com esses parâmetros. A modernidade inventou e 
multiplicou os seus “anormais” - para usar uma expressão de Foucault -, 
os sindrômicos, deficientes, monstros e psicopatas, os surdos, os cegos, os 
aleijados, os rebeldes, os pouco inteligentes, os estranhos, os homossexuais, 
os miseráveis, os “outros”. Ela criou instituições com a função de normatizar 
e normalizar os elementos da cultura e criar, reproduzir e legitimar uma cul-
tura, uma identidade e uma consciência nacional, consequentemente, essas 
instituições se tornaram palco da produção, reprodução e do controle da 
alteridade no contexto da modernidade, a fim de purificar, afastar, limpar 
toda “sujeira social” (PACHECO, 2007, p. 4).
Retomamos, aqui, ainda que resumidamente, a ideia de identidade/alteridade 
discutida páginas anteriores, a necessidade de identificar e qualificar o “outro” como 
diferente para a afirmação do “eu” e como esse processo implicou, diversas vezes, na 
rejeição desse “outro”, que passa a ser marginalizado e excluído. Poderíamos citar 
inúmeros outros exemplos de mecanismos de exclusão, muitas vezes criados e utili-
zados pelo próprio Estado, para atender a seus interesses. No entanto, esta é uma 
discussão que, em função de sua amplitude, não nos cabe realizar aqui.
Se pesquisarmos a origem da palavra “diversidade”, descobriremos que ela deriva 
do latim “diversitate” e está diretamente ligada à ideia de diferença e disseme-
lhança. Prezado(a) acadêmico(a), como vimos nos capítulos anteriores, as diferen-
ças constituem um traço marcante na história da humanidade. Da formação dos 
primeiros grupos humanos até a atualidade, foram desenvolvidas distintas formas 
de organização da vida social, de apropriação e uso dos recursos naturais, diferentes 
formas de se entender e explicar a realidade, enfim, diferentes culturas. De norte a 
sul, de leste a oeste do globo, formaram-se sociedades com características diversas e 
Homem, Cultura e Sociedade
Identidade, cultura e diversidade
muito particulares. No entanto, considerar suas particularidades de forma alguma 
pressupõe ignorar a importância das relações estabelecidas entre elas, mesmo por-
que, não podemos esquecer que elas vivem em constante interação.
Como argumenta Santos (1983), é imprescindível entender a cultura conside-
rando sua multiplicidade e particularidade. Ao longo da história, podemos identifi-
car uma enorme variedade de culturas, cada uma delas possui uma lógica interna 
cuja compreensão é essencial para entendermos suas práticas, costumes, concepções 
e as transformações que sofreram ao longo do tempo. Cada traço de uma determi-
nada cultura é produto de um contexto, resulta de elementos muito particulares 
dotados de significado para quem os vive, carrega sua história e está diretamente 
ligado às condições materiais de sua existência.
Figura 3.3 - Cultura e diversidade: a celebração do dia dos mortos no México
Fonte: Pinterest (2018).
Homem, Cultura e Sociedade
Identidade, cultura e diversidade
Apenas para ilustrar, pensemos em um exemplo próximo de nossa realidade. No 
Brasil, país de composição religiosa majoritariamente cristã, muitos fiéis são adep-
tos da tradição do Dia de Finados. Instituído como feriado nacional, nesta data, 
milhares de pessoas em todo o país se dirigem aos cemitérios para rezar e prestar 
homenagens a entes queridos já falecidos. No México,as comemorações em torno 
do “Día de los muertos” possuem um caráter diferenciado. Certamente, a grande 
maioria dos mexicanos têm uma concepção distinta da nossa sobre as práticas e 
ritos envolvidos na hora de homenagear seus mortos. É fundamental que tomemos 
consciência do quanto essas distintas formas de se conceber e significar o que nos 
cerca estão presentes no nosso cotidiano. Convido você, caro(a) acadêmico(a), a 
conhecer um pouquinho mais sobre esta rica cultura, acessando a reportagem indi-
cada em nosso SAIBA MAIS.
 
Saiba mais
Cada sociedade atribui significado aos elementos que compõe o seu dia a dia de forma muito 
particular. Os mexicanos, por exemplo, entre os dias 31 de outubro e 2 de novembro – quando 
comemoramos, no Brasil, o dia de finados – celebram de forma muito festiva a visita dos antepassados 
falecidos à terra. Eles acreditam que estes devem ser recebidos com alegria e festa, não é a toa que a 
comemoração é considerada patrimônio da humanidade pela Unesco. Confira a reportagem sobre o 
“Dia de los muertos” no link a seguir: www.correiobraziliense.com.br
Muito temos discutido sobre a pluralidade cultural ao longo destas páginas, nessa 
perspectiva, podemos pensar o conceito de diversidade, tal qual trabalhado na antro-
pologia, como contraponto à ideia de homogeneidade. Assim, a diversidade que abor-
damos aqui expressa, dentre outras coisas, a necessidade de se respeitar as diferenças, 
compreender que elas fazem parte da nossa vivência, desse modo:
https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/turismo/2016/10/30/interna_turismo%2C554824/dia-dos-mortos-e-comemorado-em-festa-cheia-de-alegria-no-mexico.shtml
Homem, Cultura e Sociedade
Identidade, cultura e diversidade
[...] a expressão diversidade cultural, hoje, compreende a superação tanto 
da negação das diferenças, efetuada pela homogeneidade, como do rela-
tivismo praticado pela absolutização das diferenças. A superação dessas 
visões dicotômicas deve-se fazer por meio de políticas que valorizem a inte-
ração e comunicação entre os diferentes sujeitos e grupos culturais, sem 
homogeneizar, excluir ou guetificar as culturas (CANDAU; KOFF, 2006, p. 
473 apud JUNQUEIRA, 2013). 
Essas políticas devem ser pensadas e instituídas para que a diversidade não seja 
utilizada para hierarquizar culturas, para estabelecer inferiores e superiores, enfim, 
como motivo de desigualdades. Políticas que respeitem as diferenças de cada grupo, 
suas especificidades, mas sem perder de vista o diálogo, a troca de experiências, 
uma vez que, “A luta pelo direito e pelo reconhecimento das diferenças não pode 
se dar de forma separada e isolada e nem resultar em práticas culturais, políticas e 
pedagógicas solitárias e excludentes” (JUNQUEIRA, 2013, p. 283).
O grande desafio que nos é colocado na atualidade consiste em aprender a 
reconhecer e valorizar essa pluralidade cultural, bem como buscar a implementa-
ção de ações efetivas nesse sentido. A preocupação com os problemas gerados em 
função desses antagonismos sociais e culturais é compartilhada por todas as nações. 
Nesse sentido, organizações internacionais, como a ONU, Unesco, Unicef e o Banco 
Mundial, têm se mobilizado para incentivar seus países membros a fomentar dis-
cussões sobre educação, tolerância e respeito à diversidade cultural e criar medidas 
para combater os problemas decorrentes. 
Segundo o site da Unicef Brasil, A Declaração Universal dos Direitos Humanos, 
aprovada na Assembleia Geral das Nações Unidas, em dezembro de 1948, diz 
que não deve haver, em nenhum momento, discriminação por raça, cor, gênero, 
idioma, nacionalidade, opinião ou qualquer outro motivo. No Brasil, a Constituição 
Homem, Cultura e Sociedade
Identidade, cultura e diversidade
Federal de 1988, em seu artigo terceiro, repudia o preconceito de origem, raça, sexo, 
cor, idade e qualquer outra forma de discriminação. Nesse processo, as instituições 
de ensino e todo sistema educacional cumprem um papel fundamental. Para Silva 
e Brandim (2008, p. 56), 
considerar a pluralidade cultural no âmbito da educação envolve pensar for-
mas de reconhecer, valorizar e incorporar as identidades plurais em políticas 
e práticas presentes no currículo. Implica, também, refletir sobre mecanismos 
discriminatórios que tanto negam voz a diferentes identidades culturais, silen-
ciando manifestações e conflitos culturais, assim como buscando torná-las 
homogêneas.
Pense nisso
No ano de 2001, por meio da adoção da Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural, 
a Unesco reconheceu oficialmente a diversidade cultural como uma herança da humanidade, 
comprometendo-se à salvaguarda-la em função de sua importância para conservação da dignidade 
humana. Posteriormente, a Organização das Nações Unidas estabeleceu a data de 21 de maio como 
dia Mundial da Diversidade Cultural para o Diálogo e o Desenvolvimento. Esse reconhecimento, 
por parte de organizações de grande atuação no cenário internacional, evidencia a busca pela 
conscientização da população mundial sobre a riqueza da diversidade cultural a importância de 
compreendê-la cada vez mais.
Caro(a) Acadêmico(a), o convido a pensar e refletir sobre os mecanismos necessários para a 
conscientização popular nesse aspecto.
Prezado(a) acadêmico(a), nesta unidade, buscamos apresentar conceitos e dis-
cussões essenciais para a compreensão da cultura. Conhecer um pouco mais sobre 
Homem, Cultura e Sociedade
Identidade, cultura e diversidade
a construção do processo de diferenciação entre cultura popular e erudita e suas 
implicações sociais, sem sombra de dúvidas, amplia nosso olhar perante as possibili-
dades de interpretação e análise desse tema. Da mesma forma que nossas discussões 
sobre identidade cultural, diversidade e inclusão buscaram fomentar reflexões um 
pouco mais aprofundadas sobre temas que, apesar de aparentemente esgotados, 
nos permitem lançar novos olhares para realidades das quais fazemos parte. 
Atividade
3. Sobre o fenômeno da globalização, analise as afirmativas a seguir e assinale com 
V o que for verdadeiro e com F o que for falso. 
( ) Diversos autores compartilham da opinião que a globalização contribuiu para 
a desintegração e enfraquecimento das identidades culturais. 
( ) Atualmente, a tecnologia rompeu a barreira do tempo e do espaço, aproxi-
mando pessoas e povos, culturas e identidades. 
( ) A lógica capitalista consolidada com a globalização está restrita ao âmbito 
econômico, ou seja, não afeta áreas como a política e a cultura. 
( ) A expansão da chamada “comida étnica” que pode ser encontrada em qual-
quer parte do mundo, é um exemplo do fluxo de costumes acelerado com a glo-
balização. 
A sequência correta é:
a. V, V, V, F.
b. F, F, V, V.
c. V, V, F,V.
d. F, F, F, V.
Homem, Cultura e Sociedade
Identidade, cultura e diversidade
e. F, F, V, F.
Atividade
4. A respeito do processo de construção das identidades culturais, analise as afirma-
tivas a seguir e assinale a alternativa correta. 
I – A identidade cultural é inata ao indivíduo, ou seja, já nasce com ele e inde-
pende do mundo ao seu redor. 
II – A identidade cultural não é estática e permanente, mas sim fluida e móvel. 
III – Como argumenta Santos (2011), o processo de construção da identidade 
cultural é algo particular de cada grupo, ou seja, independe da concepção que 
temos do “outro”. 
IV – Apesar da diversidade de sua composição étnica, o Brasil não pode ser consi-
derado um exemplo de multiplicidade cultural, uma vez que somos um só povo, o 
povo brasileiro. 
É correto o que se afirma em:
a. I apenas.
b. II, apenas.
c. I e III, apenas.
d. II e III, apenas. 
e. I, II, III e IV.
Homem, Cultura e Sociedade
Identidade, cultura e diversidade
Atividade
5. Como vimos nesta unidade, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, apro-
vada na Assembleia Geral das Nações Unidas, em dezembro de 1948, dispõe 
que não deve haver, em nenhum momento,discriminação por raça, cor, gênero, 
idioma, nacionalidade, opinião ou qualquer outro motivo. Com base nessas infor-
mações, analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. 
I - Este documento representa um marco histórico na luta contra todos os tipos de 
discriminação e preconceito. 
PORQUE 
II – A sua aprovação se deu em um contexto em que a discriminação não era um 
problema considerado relevante pelos organismos internacionais. 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta:
a. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
b. As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta 
da I.
c. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
d. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
e. As asserções I e II são proposições falsas.
Homem, Cultura e Sociedade
Identidade, cultura e diversidade
Dica de leitura
Nome do livro: Identidade e Diferença - a Perspectiva dos Estudos Culturais
Editora: Vozes
Autor: Tomaz Tadeu Silva (Org.)
ISBN: 8532624138
como discutimos ao longo deste capítulo, a questão da identidade cultural tem ocupado um lugar 
central nos debates voltados para a teoria social. Partindo da ótica dos estudos culturais, a referida 
obra traz importantes reflexões acerca do tema identidade e diferença. Com uma linguagem simples 
e de leitura prazerosa, os autores abordam uma discussão densa e mais do que atual.
Prezado(a) acadêmico(a), escrever um livro não é fácil, mas encerrá-lo é incomparavel-
mente mais complicado, pois, diante de tudo que que foi abordado, a única certeza que 
temos é a de que muito mais precisava ser explorado, precisava ser dito! Mas como todo 
texto precisa de um ponto final, nestas considerações, nos encaminhamos para o nosso. 
Esperamos que, por intermédio deste livro, nós tenhamos atingido nosso propósito de 
introduzi-lo no entendimento do conceito de cultura. Que tenhamos plantado, nestas pá-
ginas, a certeza de que cultura, enquanto conceito, é extremamente rico, mas o mais 
importante ainda é que ela não se limita à ideia de acesso ao conhecimento erudito ou 
mesmo sistematizado institucionalmente em escolas e academias. Isso porque a cultura 
nasce na consciência coletiva, a partir da vida cotidiana de todo e qualquer indivíduo que 
vive em sociedade.
Ficamos na expectativa de ter-lhe feito compreender que, em todo e qualquer grupa-
mento social, indivíduos interagem e, por meio dessas interações, eles constroem um mun-
do considerado real, que é sua vida cotidiana. É na vida cotidiana formada de “pequenas” 
ações e reações que determinamos práticas e costumes, que interpretamos símbolos, ou 
seja, que construímos nossas culturas e até determinamos as regras para a organização 
e estabelecimento de nossas instituições. Tudo determinado, inicialmente, em nossa vida 
cotidiana, por um aprendizado contínuo e dinâmico.
Esperamos que, diante de todas as nossas abordagens, você, caro(a) acadêmico(a), 
enquanto futuro cientista social, tenha compreendido que, ao se pensar Cultura, não se 
tem espaço para hierarquizá-la. Isso porque a própria história demonstra que toda socie-
dade tem seu tempo, tem seu rítmo e que, por esse motivo, é um equívoco sem preceden-
tes concebermos que uma cultura é inferior ou superior à outra. 
Por fim, gostaríamos de encerrar esta obra destacando a percepção do importante ge-
ógrafo brasileiro, Milton Santos, sobre a cultura popular. Segundo esse autor, ela tem raí-
zes na terra em que vive, simboliza o homem e seu redor, encarna a vontade de enfrentar 
o futuro sem romper com o local, e de, ali, obter a continuidade, por meio da mudança. 
Seu quadro e seu limite são as relações profundas que se estabelecem entre o homem e 
seu meio, mas seu alcance é o mundo.
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