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Prática Jurídica 
Constitucional 
e Tributária 
Responsável pelo Conteúdo:
 Prof.ª Me. Meire Cristina de Souza
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Revisão Técnica:
Prof. Dr. Reinaldo Zychan
Apresentação e Noções Gerais
Apresentação e Noções Gerais
 
 
• Permitir visão geral dos principais institutos do direito material e processual em matéria 
constitucional e tributária;
• Introdução ao processo constitucional e ao processo tributário administrativo e judicial.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO 
• Noções Direito Constitucional;
• Noções Direito Tributário.
UNIDADE Apresentação e Noções Gerais
Noções Direito Constitucional 
Supremacia das Normas Constitucionais
O Direito Constitucional é um ramo do Direito Público que tem por finalidade a 
constituição política e jurídica do Estado, ou seja, é o Direito que estrutura o Estado e 
é responsável pela organização, sistematização e integração de todo o ordenamento 
jurídico desse Estado. 
O Direito Constitucional, dessa forma, constitui-se pelas normas fundamen-
tais relativas à estrutura do Estado, isto é, forma de governo, meio de aquisição 
e exercício do poder, repartição vertical e horizontal do poder, estabelecimento 
de seus órgãos administrativos, limites de sua atuação, direitos fundamentais das 
pessoas e suas respectivas garantias, além de regras básicas e gerais da ordem 
social e econômica.
Os Princípios e as Normas Fundamentais do Estado compõem a Constituição 
que, no caso do nosso país, é a Constituição Federal de 1988. 
A Constituição Federal é o conjunto de normas que estabelecem a estrutura do 
Estado e a base de funcionamento de todos os órgãos que irão compor tal Estado, 
bem como o início de todo o ordenamento jurídico que disciplinará as relações entre 
Estado e cidadãos, e dos cidadãos entre si.
A Constituição traz, ainda, expressas em seu texto, normas de direitos e garantias 
fundamentais desses cidadãos que fazem parte do elemento fundamental do Estado, 
qual seja, o povo, e que deverão ser observadas pelos órgãos e agentes do Estado em 
todas as suas esferas de poder.
Sendo a Constituição o conjunto de normas que estruturam o Estado e iniciam o 
ordenamento jurídico de um país, é a partir de suas normas que o ordenamento ju-
rídico irá se estabelecer, seja por meio da legislação nova, seja, ainda, pela recepção 
das normas anteriores ao texto constitucional vigente.
Você Sabia?
O Código Tributário Nacional foi recepcionado pela nossa Constituição Federal de 1988. 
O CTN foi estabelecido pela Lei nº. 5.172, de 25 de outubro de 1966, ainda sob a vigên-
cia da Constituição de 1946, contudo, já no contexto do Regime Militar que foi insta-
lado em 1964.
A Constituição é a certidão de nascimento do Estado e traz a sua estrutura com-
pleta, de forma que todas as Leis e Atos Normativos que compõem o ordenamento 
jurídico de uma Estado devem estar em conformidade com as Normas Constitucio-
nais, assim como todos os entes federativos no exercício de suas funções também 
devem agir em conformidade com as normas estabelecidas na Constituição.
8
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Figura 1
Fonte: Wikimedia Commons
Assim, a supremacia das normas constitucionais corresponde à vinculação total 
de todos os Poderes do Estado ao que estabelece o texto da Constituição, de modo 
que as Leis Infraconstitucionais de todas as esferas de poder sejam compatíveis com 
a Constituição Federal.
O Princípio da Supremacia, dessa forma, requer que todas as situações jurídicas se-
jam compatíveis com os princípios e os preceitos estabelecidos na Constituição. Essa 
conformidade com os ditames constitucionais, contudo, não se preenche apenas com 
a atuação positiva de acordo com a Constituição, sendo necessário controle da cons-
titucionalidade das normas infraconstitucionais, conforme veremos no próximo Item.
A Constituição Federal, assim, é a Lei Maior, a Lei das Leis, a “mãe” do ordena-
mento jurídico de um Estado e está acima de todas as Leis e atos normativos que 
regem um povo. É por meio da Teoria Pura do Direito, obra do jurista Hans Kel-
sen, que se tratou da hierarquia das Leis em uma “estrutura escalonada do Direito”.
Em sua obra, Hans Kelsen afirma que é a Constituição que dá validade a todas as ou-
tras normas. É a Constituição que prevê o Processo Legislativo, ou seja, a forma como as 
Leis e Atos Normativos serão realizados para entrar no ordenamento jurídico de um Esta-
do e, dessa forma, a supremacia da Constituição deve ser observada tanto pelas normas 
infraconstitucionais quanto pelos órgãos e poderes que compõem a estrutura do Estado.
Direitos e garantias fundamentais – Distinção 
Como visto no item anterior, a Constituição Federal traz em seu texto normas que 
estruturam o Estado, que regulam as relações entre os cidadãos e entre o Estado e 
os cidadãos e, ainda, os direitos e garantias fundamentais.
O s direitos fundamentais encontram-se em vários Artigos da Constituição, não 
apenas no Título II, que trata dos Direitos e Garantias Fundamentais. 
9
UNIDADE Apresentação e Noções Gerais
Mas direitos e garantias são a mesma coisa? Existe alguma diferença, uma vez que o Título 
II expressa, nos Artigos 5º ao 17, os direitos e deveres individuais e coletivos (Art. 5º), os di-
reitos sociais (arts. 6º ao 11), os direitos de nacionalidade (arts. 12 e 13), os direitos políticos 
(arts. 14 a 16) e os direitos relacionados o pluralismo político (Art. 17)?
O Título II da Constituição Federal de 1988 expressa, no Artigo 5º e seguintes, a 
declaração dos direitos individuais e coletivos e também as garantias constitucionais 
contra a violação de qualquer direito do cidadão. 
Importante!
Os direitos fundamentais não constituem direitos absolutos, vez que a própria Constitui-
ção pode trazer limitações ao exercício de alguns desses direitos, como, por exemplo, o 
direito de propriedade (Art. 5º, XXII) que é relativizado no Inciso seguinte com a previsão 
de que a propriedade deve atender à sua função social (Art. 5º, XXIII), sob pena de perda 
desse direito por desapropriação (Art. 182, §§ 2º e 4º) ou por usucapião (Art. 183).
Figura 2
Fonte: Pixabay 
Assim, a diferença básica entre direitos e garantias consiste em que, nos primei-
ros, a Constituição declara os direitos da pessoa humana e, no segundo, expressa de 
que forma tais direitos são assegurados pelas Normas Constitucionais.
Dessa forma, o Título II ao expressar os direitos individuais e coletivos, no Ar-
tigo 5º da Constituição, também expressa as garantias e os chamados “remédios 
constitucionais”, que se consistem nas ferramentas disponíveis para a proteção dos 
direitos declarados. 
Sampaio Dória (2016) adverte, entretanto, acerca da correspondência terminoló-
gica que se forma em torno das expressões direitos e garantias, afirmando que “os 
direitos são garantias e as garantias são direitos”.
A finalidade da expressão “direitos fundamentais” está em alcançar situações ju-
rídicas, objetivas e subjetivas, expressas no ordenamento jurídico positivo, para a 
proteção da dignidade, da igualdade e da liberdade da pessoa humana.
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Assim, a s garantias constitucionais, em conjunto, consistem em imposições, po-
sitivas ou negativas, a todos os órgãos do Poder Público estatal, a fim de limitar sua 
conduta para assegurar a observância dos direitos fundamentais ou, em caso de 
violação, sua reintegração ao cidadão.
De acordo com a Constituição, ao Poder Legislativo compete basicamente legislar e fiscalizar 
os atos do Poder Executivo. No âmbito federal, o Poder Legislativo é exercido pelo Congresso 
Nacional – composto pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal. Na Câmara, ficam 
os deputados federais e no Senado, os senadores. No plano estadual, este poder é exercido 
pelas Assembleias Legislativas, por meio dos deputados estaduais, e na esfera municipal quem 
exerce essa função é a câmara legislativa do município, composta pelos vereadores eleitos.
Em se tratando da fiscalização exercida pela Poder Legislativo local, ou seja, pela câmara 
legislativa,é possível que um vereador de determinado município exija de forma individual, 
como parlamentar, informações e documentos sobre assuntos referentes à administração 
municipal com vistas à fiscalização?
O Supremo Tribunal Federal – STF no julgamento do Recurso Extraordinário 865.401/MG 
em 25/04/2018, apreciando o tema 832 da repercussão geral, na relatoria do Ministro Dias 
Toffoli, decidiu por unanimidade, dar provimento ao recurso fixando a seguinte tese: “O 
parlamentar, na condição de cidadão, pode exercer plenamente seu direito fundamental de 
acesso a informações de interesse pessoal ou coletivo, nos termos do Art. 5º, inciso XXXIII, da 
CF e das normas de regência desse direito”. RE 865401, disponível em: https://bit.ly/3altlPf
Podemos observar que o Recurso Extraordinário 865.40, de Minas Gerais, teve 
como base uma ação mandamental, ou seja, um Mandado de Segurança, com a 
finalidade de proteger direito líquido e certo previsto na Constituição Federal em 
seu Artigo 5º, XXXIII, qual seja, o direito à informação. Por meio do Mandado 
de Segurança, foi garantido ao parlamentar, na condição de cidadão, o direito de 
acesso à informação.
O direito à informação consiste em direito fundamental do cidadão e sua garantia 
também está prevista na Constituição expressamente em seu Artigo 5º, LXIX. Assim, 
temos, no caso apresentado, um direito fundamental declarado constitucionalmente 
e uma garantia de proteção desse direito, ambos expressos no Artigo 5º, que traz um 
amplo rol de direitos e deveres individuais e coletivos, assim como garantias para a 
efetivação desses direitos e deveres.
Você Sabia?
Os direitos e garantias individuais e coletivos previstos no Artigo 5º da Constituição 
não se exaurem nos 78 Incisos ali expressos, ou seja, não se trata de rol taxativo, vez 
que o parágrafo 2º do Artigo 5º estabelece a proteção de outros direitos e garantias 
decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos Tratados internacionais 
em que Estado brasileiro seja parte.
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UNIDADE Apresentação e Noções Gerais
Remédios Constitucionais
No item anterior, vimos que a Constituição expressa, em seu texto, os direitos e 
as garantias individuais e coletivos. Vários são os direitos, que não se esgotam no 
Artigo 5º, assim como várias são as garantias, que também podem ser expressas em 
Tratados internacionais, por exemplo.
Nesse contexto, remédios constitucionais são espécies de garantias previstas 
constitucionalmente como instrumentos à disposição do cidadão para provocar a 
intervenção das autoridades competentes a fim de sanar, corrigir, proteger ou resta-
belecer um direito constitucional violado.
O termo “remédios constitucionais” é utilizado na doutrina e na jurisprudência 
pátria para se referir às garantias constitucionais específicas para exigir a proteção a 
direitos individuais ou coletivos. 
Remédios constitucionais, são, portanto, espécies de garantias que, por seu ca-
ráter específico e por sua função saneadora e de restauração, recebem o nome de 
“remédios”, e remédios constitucionais, porque consignados na Constituição (SILVA, 
2019, p. 445).
Na Constituição Federal estão expressas as seguintes espécies de remédios cons-
titucionais: 
a) Direito de petição e obtenção de certidão previsto no Art. 5º, Inc. XXXIV, 
alíneas “a” e “b” respectivamente; 
b) Habeas corpus, previsto no Art. 5º, Inc. LXVIII; 
c) Mandado de Segurança, previsto no Art. 5º, Inc. LXIX; 
d) Mandado de Segurança Coletivo, previsto no Art. 5º, Inc. LXX; 
e) Mandado de Injunção, previsto no Art. 5º, Inc. LXXI; 
f) Habeas data previsto no Art. 5º, Inc. LXXII; 
g) Ação Popular previsto no Art. 5º, Inc. LXXIII.
O direito de petição tem sua origem nas revoluções inglesas de 1628 e sua con-
solidação na Revolução Gloriosa, (Bill of Rights), em 1689, e consiste em direito que 
pertence a uma pessoa de peticionar aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou 
contra ilegalidade ou abuso de poder.
O direito a certidões garante a todos, independentemente do pagamento de taxas, 
a obtenção de certidões em repartições públicas com a finalidade de defesa de direi-
tos e esclarecimentos de situações de interesse pessoal.
O habeas corpus é a garantia mais antiga conquistada pelo cidadão na Magna 
Carta de 1215 na Inglaterra, e consiste em um remédio destinado a tutelar o direito 
de liberdade.
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O Mandado de Segurança Individual consiste em remédio que visa a amparar 
direito pessoal líquido e certo, cuja legitimidade para impetração pertence apenas ao 
titular do direito violado.
O Mandado de Segurança Coletivo, por sua vez, consiste em remédio com a fi-
nalidade de amparar direitos da coletividade de pessoas, cuja legitimidade pertence 
aos partidos políticos com representação no Congresso Nacional e organização sin-
dical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento 
há pelos menos um ano, para defesa dos interesses de seus membros ou associados.
O Mandado de Injunção traduz-se em garantia de Ação Constitucional que permi-
te ao cidadão titular de um direito cujo exercício seja obstado em razão da inexistên-
cia de norma regulamentadora, exigir do Poder Público a injunção para determinar 
prazo razoável para que o impetrado promova a edição da norma regulamentadora 
ou estabelecer as condições em que se dará o exercício dos direitos, das liberdades ou 
das prerrogativas reclamados ou, ainda, se for o caso, as condições em que poderá 
o impetrante promover ação própria visando a exercê-los, caso não seja suprida a 
mora legislativa no prazo determinado.
O habeas data é o remédio para assegurar ao cidadão o conhecimento de infor-
mações importantes relativas à pessoa do impetrante, que constem de registro ou 
bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público, ou ainda, para 
assegurar a retificação de dados quando não houver preferência de fazê-lo por meio 
de processo sigiloso, judicial ou administrativo.
A Ação Popular, por outro lado, consiste em remédio de caráter impessoal, vez 
que qualquer cidadão tem legitimidade para propô-la em defesa do patrimônio públi-
co, histórico e cultural, da moralidade administrativa, do meio ambiente.
Na próxima unidade, veremos o processamento das ações dos principais remé-
dios constitucionais.
Revista de Filosofia do Direito, do Estado e da Sociedade. Os remédios constitucionais e sua 
importância no ordenamento jurídico brasileiro. Disponível em: https://bit.ly/2DF6N07
Controle de constitucionalidade
Conforme estudado no Item 1, vimos que a Constituição prevalece sobre todo o 
ordenamento jurídico em razão do princípio da supremacia das normas constitucio-
nais. A Constituição, assim, prevê mecanismos a serem utilizados para exame da 
inconstitucionalidade das Leis e atos normativos infraconstitucionais. 
O Controle de Constitucionalidade, dessa forma, é previsto com a finalidade de 
adequação das normas infraconstitucionais ao texto da Constituição Federal, de 
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UNIDADE Apresentação e Noções Gerais
forma a garantir a supremacia das normas constitucionais, em decorrência da rigidez 
formal da nossa Lei Maior. 
São Princípios que regem o controle de constitucionalidade das normas:
• Supremacia da Constituição; 
• Hierarquia das normas ou hierarquia das fontes normativas;
• Rigidez Constitucional.
Para se declarar uma norma contrária à Constituição Federal, é necessário que se 
configure em seu texto uma inconstitucionalidade, total ou parcial. A Constituição, 
de fato, estabelece duas formas de inconstitucionalidades: a inconstitucionalidade por 
ação e a inconstitucionalidade por omissão (Art. 102, Inciso I, alínea “a”, e inciso III, 
alíneas “a”, “b” e “c”, e Art. 103, §§ 1º a 3º).
A inconstitucionalidade por ação ocorre quando a produção de atos legislativos ou 
administrativos contrariam as regras ou princípios da Constituição. 
Essa contrariedade será verificada quando a norma padecer de um vício que pode 
se dar na forma como a Constituição estabelece o processo e procedimentosdas 
Leis e atos normativos ou, na matéria disciplinada, quando seu conteúdo é incompa-
tível com o conteúdo da Constituição.
A inconstitucionalidade formal se verifica quando o processo legislativo ou ato 
administrativo de produção da norma são realizados em desconformidade com o 
que estabelece a Constituição, ou seja, o vício formal é aquele que atinge o ato em 
seu processo de elaboração. Um exemplo é Lei complementar aprovada por votação 
com quórum de maioria relativa, padeceria tal norma de vício formal, uma vez que 
a Constituição determina que as Leis complementares serão aprovadas por maioria 
absoluta (Art. 69).
Na inconstitucionalidade material, o vício encontra-se no conteúdo da Lei ou ato 
normativo que está em desacordo com o conteúdo de norma constitucional, ou seja, 
o texto da Lei ou ato normativo contraria princípios e regras constitucionais. Exem-
plo: Lei que estabeleça a perda de um direito previsto na Constituição.
O controle de constitucionalidade, dessa forma, tem por objetivo garantir a or-
dem e a coerência do sistema normativo, e pode se realizar em dois momentos, ou 
seja, de forma preventiva ou repressiva. O controle preventivo de constitucionalidade 
pode ser político e judicial. O controle repressivo, somente ocorre de forma judicial.
O controle político preventivo é realizado durante o processo legislativo da nor-
ma por meio das comissões de constituição e justiça das duas casas do Congresso 
Nacional, responsáveis por analisar preventivamente a constitucionalidade do texto 
em tramitação. 
Pode ainda, ser realizado por meio do veto presidencial, ou seja, a Constituição 
prevê a possibilidade de o Presidente da República vetar totalmente ou parcialmente 
determinados projetos de Leis, e esse veto se justificará por duas razões: contrarie-
dade ao interesse público e inconstitucionalidade (Art. 66, § 1º). 
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Um projeto de Lei vetado parcial ou totalmente por ser considerado inconstitucio-
nal, só adentra ao ordenamento jurídico como Lei, quando esse veto presidencial é 
derrubado pelo Congresso Nacional (Art. 66, §4º). 
De toda forma, uma vez vetado, o controle exercido é o político preventivo, pois o 
projeto, ao seguir para sanção presidencial, ainda não se consubstancia efetivamente 
em Lei.
O controle político repressivo pode ocorrer por meio de Ação Mandamental (Man-
dado de Segurança) quando houver flagrante inobservância do Processo Legislativo 
estabelecido na Constituição ou, ainda, inobservância à legitimidade ou competência 
para iniciativa de propositura de determinada Lei ou ato normativo.
O controle repressivo possui duas vias: a difusa e a concentrada, ambas com 
a finalidade de verificar a adequação das Leis e atos normativos que compõem o 
ordenamento jurídico infraconstitucional, e ambas realizadas pelo poder judiciário. 
Entretanto, o controle exercido pela via concentrada ou controle abstrato é de com-
petência exclusiva do Supremo Tribunal Federal – STF, já o controle pela via difusa 
ou controle concreto, pode ser realizado por qualquer juiz, ou tribunal, respeitando-
-se as diretrizes da legislação processual em vigor.
Dessa forma, o controle difuso, ou seja, controle judicial com base em caso con-
creto, pode ser exercido por qualquer juiz ou tribunal, desde que provocado por meio 
de incidente de inconstitucionalidade. 
Importante!
A declaração de inconstitucionalidade, proferida por juiz ou tribunal no caso concreto, 
somente produzirá efeitos entre as partes que compõem o processo, ou seja, entre autor 
e réu, o que se denomina efeito inter partes.
O controle concentrado de constitucionalidade, ou controle abstrato, é exercido 
apenas pelo STF em ações específicas cujos legitimados para propositura estão re-
lacionados no rol taxativo do Artigo 103 da CF/88. 
Diz-se controle concentrado, porque somente um órgão do poder judiciário tem 
competência para exercer tal controle, e, diz-se abstrato, porque não tem como 
objeto um caso concreto entre autor e réu, o seu objeto será a Lei ou ato normativo 
em si para aferir a constitucionalidade ou não da norma.
As Leis e atos normativos são gerais e abstratos, uma vez que seu regramento 
deve ser observado por todas as pessoas, daí ser denominado também controle abs-
trato de constitucionalidade.
Importante!
A declaração de inconstitucionalidade proferida pela STF no exercício do controle abstra-
to produzirá efeitos para toda a Sociedade, ou seja, efeito erga omnes.
15
UNIDADE Apresentação e Noções Gerais
As ações que fazem parte do controle abstrato de constitucionalidade, e que serão 
estudadas pormenorizadamente na próxima unidade são:
• ADI – Ação direta de inconstitucionalidade (Art. 102, I, a);
• ADC – Ação declaratória de constitucionalidade (Art. 102, I, a);
• ADO – Ação direta de inconstitucionalidade por omissão (Art. 103, § 2º);
• ADPF – Arguição de descumprimento de preceito fundamental (Art. 102, § 1º).
A Ação Direta de Inconstitucionalidade consiste na medida judicial cabível para 
declarar a inconstitucionalidade de Lei ou ato normativo federal ou estadual. A de-
claração de inconstitucionalidade tem por objetivo a defesa da Constituição, cujas 
normas devem prevalecer sobre as normas infraconstitucionais.
A Ação Declaratória de Constitucionalidade é a medida prevista para declarar a 
constitucionalidade de Lei ou ato normativo apenas da esfera federal, cabível nos 
casos de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação da Lei ou ato normativo 
federal, isto é, os estados da federação ou o Distrito Federal, atribuem interpretação 
diversa sobre a mesma Lei ou ato normativo. 
A interpretação deverá ser conforme a vontade do legislador constitucional, con-
tudo, essa interpretação pode variar de tribunal para tribunal, gerando a necessidade 
de conformidade, ou seja, de se declarar tal norma constitucional ou não.
Você Sabia?
As ações diretas de inconstitucionalidade e as ações declaratórias de constitucionalida-
de, são ações ambivalentes, ou seja, possuem natureza dúplice. Assim, a improcedência 
de uma ADI equivale à procedência de uma ADC, e vice e versa, ou seja, a improcedência 
de uma ADC, equivale à procedência de uma ADI. Essa ambivalência está prevista no 
Artigo 24 da Lei nº. 9868/99, que disciplina o processo das ADI, ADC e ADO. Estabelece o 
referido Artigo, que proclamada a constitucionalidade, julgar-se-á improcedente a ação 
direta ou procedente eventual ação declaratória; e, proclamada a inconstitucionalidade, 
julgar-se-á procedente a ação direta ou improcedente eventual ação declaratória.
A ação de inconstitucionalidade por omissão prevê a proteção da eficácia das 
normas constitucionais, vez que, determinando a Constituição que um direito ali 
declarado seja regulamentado por meio de Lei, a inércia ou omissão do legislador 
responsável pela regulamentação, configura a inconstitucionalidade. 
A arguição de descumprimento de preceito fundamental, regulamentada pela Lei 
nº. 9.882/99, possui caráter subsidiário, uma vez que a Lei expressamente veda 
a possibilidade de arguição de descumprimento de preceito fundamental, quando 
houver qualquer outro meio eficaz para sanar a lesividade. Um exemplo é a Lei 
municipal, cujo objeto não conste da respectiva constituição estadual, e que esteja 
em desconformidade com a Constituição Federal, poderá ser objeto do controle 
concreto, por meio de ADPF. 
16
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Importante!
As Leis municipais em regra, serão objeto de controle de constitucionalidade perante o Tribu-
nal de Justiça estadual, considerando que as constituições estaduais em sua maioria, repetem 
o texto do Constituição Federal. Entretanto, algumas Constituições não preveem na íntegra, as 
disposições da CF/88, atendo-se aos temas mais importantes e especificando as peculiarida-
des regionais, dentro do parâmetro da Constituição Federal e, dessa forma, pode acontecer de 
um Município editar norma que esteja em desacordo com a Constituição Federal, sem, contu-
do, violar a Constituição estadual. A não violação da ConstituiçãoEstadual obsta o controle de 
constitucionalidade pelo respectivo Tribunal de Justiça, e no âmbito do STF, seria incabível ADI, 
uma vez que são objetos de ADI as Leis e os atos normativos apenas estaduais e federais. Nesse 
caso, é possível o controle abstrato ou concentrado, por meio da ADPF.
Acórdão ADPF nº 467/MG – Relator(a): GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, julgado em 
29/05/2020. Disponível em: https://bit.ly/31LdMN2
Para a propositura das ações do controle abstrato, a Constituição prevê um rol taxa-
tivo de legitimados relacionados no Artigo 103. Assim, são legitimados para propositura 
das respectivas ações apenas: o Presidente da República, a Mesa do Senado Federal, a 
Mesa da Câmara dos Deputados, a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legis-
lativa do Distrito Federal, o Governador de Estado ou do Distrito Federal, o Procurador 
Geral da República, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, qualquer 
Partido Político que tenha representação no Congresso Nacional e qualquer Confedera-
ção Sindical ou Entidade de Classe, desde que possuam âmbito nacional.
Importante!
A doutrina e a jurisprudência do STF classificam os legitimados relacionados no Artigo 
103 da CF/88, em legitimados universais e legitimados especiais. Entende o STF que o 
Presidente da República, a Mesa do Senado Federal, a Mesa da Câmara do Deputado, o 
Procurador Geral da República e o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil 
são legitimados universais, ou seja, podem propor as ações do controle concentrado em 
face de qualquer Lei ou ato normativo estadual e federal. 
Os legitimados especiais são a Mesa das Assembleia Legislativas dos Estados e a Mesa da 
Câmara Legislativa do Distrito Federal, o Governador de Estado ou do Distrito Federal, o 
partido político com representação no Congresso Nacional e a Confederação Sindical ou 
Entidade de Classe de âmbito nacional. 
Os legitimados especiais somente podem propor as ações do controle concentrado se 
comprovarem o requisito da pertinência temática, estabelecido por meio de interpreta-
ção do STF, ou seja, só podem impugnar uma determinada norma se esta tiver relação 
com as suas finalidades institucionais.
O requisito da pertinência temática, será demonstrado por parte dos governadores e Mesas 
do Poder Legislativo estadual e do DF, se a Lei impugnada disser respeito, de algum modo, 
às respectivas unidades federadas. Já, por parte das confederações e entidades de classe, 
somente se a norma em causa ferir os interesses dos respectivos filiados ou associados. 
17
UNIDADE Apresentação e Noções Gerais
O fenômeno e as formas de controle de constitucionalidade das Leis. 
Disponível em: https://bit.ly/33UpnvE
Trocando Ideias...
No Artigo 103 da Constituição Federal de 1988, está expresso o rol taxativo de legitimados 
para propor as ações do controle concentrado de constitucionalidade. Todavia, a Consti-
tuição em momento algum no seu texto limita essa legitimidade com base em interesses 
regionais ou de associados e categorias, ou seja, com base em uma pertinência temática 
que, para alguns juristas, caracteriza-se com interesse de agir, de forma que a legitimidade 
constitucional prevista no Artigo 103 sofreu uma interpretação restritiva quanto aos gover-
nadores, às Mesas da Assembleia e Câmara legislativas e, ainda, os partidos políticos com 
representação no Congresso, as Confederações sindicais e entidades de classe de âmbito 
nacional. Será que essa interpretação da Constituição reflete a vontade do legislador? 
A posição do STF, contudo, está se tornando menos rígida quanto à exigência da perti-
nência temática. Não há um entendimento consolidado ainda, mas, no julgamento da 
ADI 3961, a corte conheceu da ação e flexibilizou a necessidade de pertinência temática 
para proposição de ações de controle de constitucionalidade. Venceu o voto da ministra 
Rosa Weber, para quem “a ausência de disciplina constitucional ou legal a respeito do 
tema acaba fazendo com que haja grande variação jurisprudencial a respeito do tema, 
ora mais restritiva, ora mais flexível quanto à pertinência”.
Revista Consultor Jurídico. A gradual supressão da exigência da pertinência temática 
em controle abstrato. Disponível em: https://bit.ly/2PM4QRX
Jurisdição constitucional
Para que possamos entrar na prática por meio das ações constitucionais, faz-se 
necessário que tenhamos uma mínima compreensão do âmbito de atuação das nor-
mas constitucionais, de sua força normativa e, principalmente, da interpretação, al-
cance e eficácia de seu texto. Até onde vai a força normativa da Constituição? Quem 
dá a palavra final na interpretação das regras e princípios constitucionais?
O termo jurisdição, conforme aprendemos no início da vida acadêmica como 
estudantes de Direito, significa o limite de atuação do poder judiciário para “dizer o 
direito”, seja no âmbito material, isto é, sobre qual tema o representante desse Poder 
pode atuar, seja no âmbito espacial, melhor dizendo, o limite territorial, no qual o 
poder de “dizer o direito” será exercido.
A jurisdição constitucional, dessa forma, caracteriza-se pela constante aplicação 
da Constituição como parâmetro nas decisões judiciais e, nesse sentido, torna-se 
indispensável a verificação de alguns limites de atuação. 
18
19
O exercício dessa jurisdição é de competência do Poder Judiciário, e a última palavra 
em interpretação do sentido das normas constitucionais, essencial para a efetivação do 
controle de constitucionalidade, é de competência do Supremo Tribunal Federal – STF.
A jurisdição constitucional, nesse contexto, apresenta-se como uma forma de 
controle de constitucionalidade, que pode evidenciar um sentido formal ou material. 
Assim, o que aprendemos sobre controle de constitucionalidade, no Item 4, trata-se, 
também, de jurisdição constitucional, por meio da qual todas as Leis e os atos nor-
mativos devem ser interpretados no limite das normas constitucionais.
A Filosofia Hermenêutica para uma jurisdição constitucional democrática: fundamentação/ 
aplicação da norma jurídica na contemporaneidade. Revista de Direito da Fundação 
Getúlio Vargas, v. 5, n., p. 147. Disponível em: https://bit.ly/30QHWPu
Processo e Legislação Processual Constitucional
O Processo Constitucional consiste na forma de concretização e exercício de di-
reitos fundamentais, e só foi possível a partir da Constituição Brasileira de 1988, ele-
geu o Estado Democrático de Direito como matriz principiológica competente para 
orientar e reger todo o ordenamento jurídico nacional, uma vez que a Constituição é 
fundamento de validade de toda e qualquer norma brasileira.
O exercício de defesa contra qualquer tipo de violação dos direitos fundamentais 
expressos na Constituição somente é possível por meio do Processo. A jurisdição 
constitucional, nesse sentido, também necessita do Processo para prevalecer.
A ssim, o Processo Constitucional constitui-se como um conjunto de princípios e 
regras que norteiam e regem a atuação da jurisdição, assegurando a supremacia das 
normas constitucionais para assegurar a proteção de direitos e garantias fundamen-
tais, bases de sustentação do Estado Democrático de Direito.
A Constituição, nessa linha, estabelece diversas normas processuais de proteção 
aos direitos e garantias fundamentais do cidadão. A legitimidade para propositura 
dos remédios constitucionais, o devido processo legal e a ampla defesa, o duplo grau 
de jurisdição, o controle de constitucionalidade das Leis e atos normativos, são exem-
plos de ferramentas que fazem parte do processo constitucional.
Na próxima Unidade, veremos as Leis específicas que regem as ações do controle 
de constitucionalidade (Leis 9.868/1999 e 9.882/1999), que disciplinam o mandado 
de segurança individual e coletivo, o habeas data e a ação popular (Lei 12016/2009, 
Lei 9507/1997 e Lei 4717/1965).
O que é processo constitucional?, Revista Eletrônica do Curso de Direito – PUC Minas 
Serro, n. 13, jan./jul. 2016. ISSN 2176-977X. Disponível em:https://bit.ly/2DS2Fts
19
UNIDADE Apresentação e Noções Gerais
Legislação
• ADI, ADC e ADO, disponível em: https://bit.ly/2PNntVk
• ADPF, disponível em: https://bit.ly/3iDwXPo
• Mandado de Segurança, disponível em: https://bit.ly/30QLaT2
• Habeas data, disponível em: https://bit.ly/3fVfekI
• Ação Popular, disponível em: https://bit.ly/2XS2wx9
Em Síntese
Até aqui, trabalhamos a importância da Constituição como norma que dá origem e 
validade a todo ordenamento jurídico de um Estado. A supremacia das normas cons-
titucionais assegura que a Legislação infraconstitucional não viole direitos e garantias 
fundamentais, vez que o texto da Constituição traz a proteção dos direitos fundamentais 
por meio dos remédios constitucionais, de garantias ao cidadão e por meio do controle 
de constitucionalidade das Leis e atos normativos tanto de forma concentrada quanto ao 
caso concreto. Essas ações constitucionais serão trabalhadas de modo aprofundado no 
que tange às suas peculiaridades processuais, legitimidade e petição inicial com análise 
de casos concretos e ações do controle concentrado julgadas pelo STF.
Noções Direito Tributário
Sistema Tributário Nacional
O Sistema Tributário Nacional consiste na disposição constitucional de competên-
cias atribuídas à União, Estados, Distrito Federal e Municípios, bem como as limita-
ções constitucionais ao poder de tributar (Arts. 145 a 162), compreendendo, ainda, 
toda a Legislação tributária disposta em Leis complementares, resoluções do Senado 
Federal, Leis federais, Constituições e Leis estaduais e as Leis municipais, que enu-
meram e regulamentam a instituição e a arrecadação de tributos, conforme as com-
petências estabelecidas na Constituição Federal para cada ente federativo tributante.
Em seu Artigo 145, a Constituição disciplina os tributos de competência comum 
entre os entes federativos e estabelece critérios objetivos a serem observados no 
exercício dessa competência, como, por exemplo, o caráter pessoal dos impostos, a 
vinculação gradativa desses segundo a capacidade econômica de cada contribuinte, 
e a determinação expressa de que as taxas não podem ter base de cálculo própria 
de impostos. 
Impostos e taxas são espécies que pertencem ao gênero tributo. O significado de 
tributo está no Artigo 3º da Lei n.º 5.172/1966 que dispõe sobre o sistema tributário 
nacional (Código Tributário Nacional – CTN), e o conceitua como toda prestação 
20
21
pecuniária compulsória, ou seja, que deve em regra, ser paga em dinheiro, e obriga-
tória a todo aquele que pratica o fato gerador da obrigação tributária. 
O Artigo 3º do CTN estabelece, ainda, que tributo e multa não se confundem, 
isto é, tributo é obrigação que surge para o contribuinte que pratica o fato gerador da 
obrigação tributária expressa na Lei, a multa ou sanção, é a consequência que sofre 
o contribuinte por não recolher o tributo no prazo estabelecido em seu lançamento. 
O lançamento do tributo, ainda conforme determina o Artigo 3º do CTN, consiste 
em atividade administrativa plenamente vinculada ao que determina a Lei.
Os tributos no sistema tributário nacional são os impostos, as taxas, as contri-
buições de melhoria, as contribuições em geral e os empréstimos compulsórios. 
Os impostos, as taxas e as contribuições de melhoria, podem ser instituídos e ar-
recadados tanto pela União quanto pelos Estados e Distrito Federal quanto pelos 
Municípios. Quanto aos empréstimos compulsórios, somente a União tem compe-
tência para os instituir.
As contribuições, em sua maioria, são de competência da União, como as contri-
buições sociais, contribuições de intervenção no domínio econômico, etc. 
As contribuições para custeio de regime próprio de previdência social, contudo, 
podem ser instituídas por todos os entes, conforme dispõe o parágrafo 1º do Artigo 
149 que, após a edição da Emenda Constitucional nº 103/2019, serão cobradas 
dos servidores ativos, dos aposentados e dos pensionistas, podendo ter alíquotas 
progressivas de acordo com o valor da base de contribuição ou dos proventos de 
aposentadoria e de pensões.
Por fim, a contribuição para o custeio de iluminação pública, disposta no Artigo 
149-A da Constituição Federal, é de competência privativa dos Municípios e do Dis-
trito Federal.
Figura 3
Fonte: Pixabay
21
UNIDADE Apresentação e Noções Gerais
Principais limitações ao poder de tributar: 
Princípios Constitucionais Tributários
A Constituição Federal, além de trazer a estrutura da distribuição das competên-
cias tributárias de cada ente federativo, estabelece, ainda, limitações a esse poder por 
meio dos Princípios Constitucionais Tributários, que consistem em mandamentos 
com força normativa que norteiam a Legislação tributária em todas as esferas de 
poder, de modo que o contribuinte pode se valer de alguns remédios constitucionais 
para se proteger da violação de qualquer desses princípios.
A partir do Artigo 150, a Constituição enumera as garantias asseguradas ao 
contribuinte, determinando expressamente aos entes tributantes que a exigência ou 
aumento de tributos se dê apenas por meio de Lei, garantindo tratamento isonômi-
co aos contribuintes, proibindo que a Lei tributária gravosa ao contribuinte retroaja 
no tempo e proibindo e estabelecendo a anterioridade da Lei para determinados 
tributos, a fim de garantir ao contribuinte a possibilidade de se programar para o 
pagamento da respectiva obrigação.
O Princípio da Anterioridade previsto na Constituição pode ser pelo prazo de no-
venta dias ou um ano, ao que a doutrina denomina Princípio da Anterioridade Anual 
e Princípio da Anterioridade Nonagesimal, ou seja, a Lei que instituir ou majorar 
tributo só terá eficácia no próximo exercício financeiro ou após noventa dias de sua 
edição quanto a tributos específicos, como o Imposto sobre Produtos Industrializados 
(IPI) e as Contribuições Sociais.
A exceção para essa regra da anterioridade anual e nonagesimal encontra-se em 
tributos como o Imposto de Importação (II), Imposto de Exportação (IE) e Imposto 
sobre Operações Financeiras (IOF).
Assim, a Legislação que majorar ou alterar o Imposto de Importação, de 
Exportação e o IOF terá eficácia imediata, devendo o contribuinte que praticar 
o respectivo fato gerador desses tributos se adequar imediatamente às novas 
regras estabelecidas.
Você Sabia?
A Constituição Federal previa originalmente no Artigo 150 apenas a anterioridade anual, 
ou seja, fixava o intervalo entre a publicação da Lei e o primeiro dia do exercício finan-
ceiro seguinte, de forma a permitir a adequação do contribuinte às novas regras estabe-
lecidas, mas vigentes apenas no ano seguinte. Entretanto, ao se perceber a violação da 
garantia de anterioridade com a edição de Leis nos últimos dias do ano anterior, o legis-
lador constituinte derivado, por meio da Emenda Constitucional 42/2003, acrescentou 
ao Inciso III do Artigo 150, a alínea “c” fixando um prazo mínimo de noventa dias entre a 
publicação da Lei e a possibilidade de exigência do tributo majorado.
22
23
Importante!
Conforme a Súmula Vinculante nº 50 do STF, a norma legal que altera o prazo de reco-
lhimento de obrigação tributária, não se sujeita ao Princípio da anterioridade, vez que 
a proteção garantida pelo respectivo princípio possui o objetivo de evitar que o contri-
buinte seja surpreendido com alteração onerosa nos tributos, a fim de que a Sociedade 
não viva aos sobressaltos, sendo surpreendida com aumento dos tributos de uma hora 
para outra.
Outra limitação ao poder de tributar, ainda no Artigo 150 da CF/88, é a proibição 
de que o tributo possua efeito de confisco, ou seja, que onere de tal forma o sujeito 
passivo a ponto de o valor da obrigação tributária se tornar igual ou superior ao valor 
da base de cálculo do fato gerador.
A Constituição garante ao cidadão o direito de ir e vir e, nesse sentido, também 
limita a administração tributária, de forma que não se permita aos entes federativos 
estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens por meiode tributos interesta-
duais ou intermunicipais.
Importante!
Inobstante à garantia constitucional de não limitação ao tráfego de pessoas e bens, a 
Constituição Federal permite à União, Estados, Distrito Federal e Municípios, a cobrança 
de pedágio pela utilização das vias conservadas pelo Poder Público.
Todos os tributos de competência da União, ou seja, os tributos federais, por força 
do princípio da uniformidade geográfica (Art. 151, I), deverão ter aplicação idêntica 
em todo território nacional, de forma que, não exista diferença quanto ao fato gera-
dor, base de cálculo ou definição dos contribuintes, para os Estados, Distrito Federal 
e Municípios. Nesse sentido, a Constituição, em respeito ao pacto federativo, não 
permite qualquer discriminação em relação aos demais entes federativos, exceto, 
quanto à concessão de incentivos fiscais com vistas a atender peculiaridades especí-
ficas regionais ou locais dos Estados e Municípios brasileiros.
Estabelece, ainda, o texto constitucional, imunidades que impedem a instituição 
de tributos sobre o patrimônio, renda ou serviços, entre os entes federativos, isto é, 
a instituição de imposto de renda sobre os bens e arrecadação de Estados e Municí-
pios, por exemplo. 
Assim, o Município que possui a competência tributária para instituição do IPTU, 
irá exercer tal competência por meio de Lei municipal que não será aplicada aos 
imóveis pertencentes aos Estados, Distrito Federal, assim como aos imóveis que 
pertencem à União.
23
UNIDADE Apresentação e Noções Gerais
Estão imunes, também, à obrigação tributária instituída por Lei os Partidos Políticos, 
os Sindicatos, as Instituições de Educação e de Assistência Social sem Finalidade Lucra-
tiva, observados os requisitos previstos em Lei, por exemplo, a comprovação de atua-
ção sem fins lucrativos, a comprovação de cumprimento das obrigações acessórias etc.
Importante!
A imunidade entre os entes federativos denomina-se IMUNIDADE RECÍPROCA e refere-se 
SOMENTE aos IMPOSTOS. A Imunidade sobre o patrimônio, renda ou serviços das enti-
dades religiosas, Partidos Políticos, Sindicatos de Trabalhadores, Organizações Sociais, 
Institutos, Escolas e Universidades sem fins lucrativos, significa que: a União, os Estados, 
o Distrito Federal e os Municípios não podem cobrar IMPOSTOS sobre a renda, sobre o 
patrimônio e sobre os serviços (IPTU, ISS, ITBI, IPVA, ITCMD, ICMS, IPI, ITR, II, IE, IOF, IR) 
das Igrejas, Organizações Sociais ou Civis sem fins lucrativos, Escolas e universidades 
sem fins lucrativos e institutos. Tais vedações, contudo, compreendem somente o patri-
mônio, a renda e os serviços relacionados às finalidades essenciais das entidades nelas 
mencionadas e não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços relacionados à ex-
ploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos 
privados ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usu-
ário, bem como não exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto 
relativamente ao bem imóvel adquirido por meio de venda realizada pelo Poder Público.
A Constituição também estabelece imunidade de impostos sobre  livros, jornais, 
periódicos e o papel destinado à sua impressão, fonogramas e videofonogramas mu-
sicais produzidos no Brasil, desde que contenham obras musicais ou literomusicais 
de autores brasileiros, ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros, bem 
como, os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, exceto quando 
da etapa de replicação industrial de mídias ópticas de Leitura a laser. Essa limitação 
é denominada pela doutrina de imunidade cultural.
Importante!
A IMUNIDADE sobre livros, jornais e periódicos só se estende à matéria-prima e NÃO SE 
ESTENDE AO VALOR DE VENDA DO PRODUTO FINAL, ou seja, a editora tem imunidade nos 
impostos sobre as matérias primas que adquire para a produção do livro (ICMS e IPI), no 
entanto, quando o produto for vendido, incidirão os impostos pertinentes à venda dele 
e ao lucro obtido. Da mesma forma, a imunidade não se estende à etapa de replicação 
industrial de mídias. 
Relação Jurídico Tributária: a obrigação tributária
A relação jurídico tributária se estabelece quando a pessoa pratica o fato gerador 
da obrigação tributária prevista na respectiva Legislação. Da prática do fato gerador 
surge para o sujeito passivo ou para o contribuinte a obrigação de pagar o respectivo 
tributo ou cumprir determinadas exigências estabelecidas na Legislação tributária.
24
25
Figura 4
Fonte: Pixabay
A obrigação tributária é relação obrigacional entre o fisco e o contribuinte que 
nasce quando o contribuinte pratica o fato gerador previsto na Lei tributária. A obri-
gação tributária pode ser principal ou acessória.
Será principal a obrigação tributária quando o contribuinte tiver de pagar o tributo 
em dinheiro, isto é, obrigação de dar/pagar. Por outro lado, obrigação tributária será 
acessória quando o contribuinte estiver obrigado a fazer ou deixar de fazer (não fazer) 
uma ação determinada na Lei tributária. Obrigação de fazer ou não fazer que, caso 
seja descumprida pelo contribuinte, pode gerar, em consequência, a incidência de 
multa entre outras sanções.
P ara que se configure uma obrigação tributária, é necessário que se verifique a pre-
sença dos seguintes elementos: sujeito ativo, sujeito passivo, Lei tributária descrevendo 
o fato gerador da obrigação e prestação, que poderá ser de pagar, fazer ou não fazer.
O fato gerador da obrigação tributária, enquanto mera expressão da Lei, não 
obriga o cidadão a recolher qualquer tributo, pois consiste, nesse primeiro momento, 
em hipótese de incidência de determinado tributo. 
Uma vez praticada a hipótese expressa na Lei, nasce para o contribuinte a 
obrigação tributária. Essa obrigação, contudo, há de ser efetivamente lançada pela 
Administração tributária de forma a se converter em crédito tributário para o fisco, 
que poderá ser devidamente exigido do contribuinte inadimplente.
Processo Tributário: Princípios
No ordenamento jurídico brasileiro, a Constituição Federal nos traz de forma muito 
clara a garantia da segurança jurídica ao expressar, no Artigo 5º, Inciso XXXVI, que 
a Lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada. Essa 
garantia constitucional consubstancia-se no sobreprincípio da segurança jurídica.
Na primeira parte desse estudo, aprendemos que a Constituição se compõe de 
normas jurídicas que se caracterizam em regras e princípios, sendo os princípios os 
vetores da vontade do legislador constituinte, ou seja, tais normas são carregadas de 
valores que norteiam a atuação de Estado e da sociedade no sentido de proteção do 
25
UNIDADE Apresentação e Noções Gerais
cidadão por meio do Estado Democrático de Direito, ou seja, o Estado instituído e 
regulado pelo Direito.
Para que o Estado possa efetivar os direitos expressos na Constituição, necessário 
se faz que tenha recursos financeiros suficientes para custear a implementação dos 
direitos garantidos, e é por meio dos tributos que tais recursos alimentam a máquina 
administrativa estatal, tributos esses devidos por toda a Sociedade.
Inobstante a necessidade de financiamento do Estado para efetivação dos direi-
tos, em um Estado Democrático de Direito, as normas de proteção ao contribuinte 
devem ser rígidas a fim de garantir que os tributos, compulsórios como o são, sejam 
também justos e adequados à situação de cada contribuinte. Essa rigidez para a pro-
teção dos direitos é que garante a segurança jurídica aos cidadãos e contribuintes.
O princípio da segurança jurídica, assim, reveste-se de extrema importância para 
o processo tributário, seja no âmbito administrativo, seja no processo tributário ju-
dicial, uma vez que, se não houver a garantia de segurança jurídica, o Estado perde 
arrecadação e, consequentemente, perde a capacidade de efetivação e garantia dos 
direitos sociais, assim como de sustento de toda a máquina administrativaestatal, 
necessária ao bom funcionamento de todos os órgãos que a compõem. 
O processo é o caminho utilizado para a restauração ou restabelecimento de um 
direito violado, seja a violação por parte de um indivíduo, por parte de uma pessoa 
jurídica de direito privado ou de direito público, seja por parte do próprio Estado.
Além de todos os princípios constitucionais que norteiam as normas tributárias, 
como o princípio da legalidade, da irretroatividade, anterioridade, isonomia etc., tam-
bém os princípios constitucionais norteadores das normas processuais civis, penais e 
administrativas irão nortear o processo tributário tanto no âmbito judicial quanto no 
seu procedimento administrativo.
Assim, temos como princípios norteadores do processo tributário, o Princípio da 
Ampla Defesa e do Devido Processo Legal e o Princípio da Tipicidade, ou seja, só 
haverá obrigação tributária se houver a tipificação do fato gerador na legislação. 
Outros princípios que irão nortear o processo tributário e o procedimento ad-
ministrativo tributário, são: o Princípio da Moralidade Administrativa, Princípio da 
Publicidade, da Proporcionalidade, da Eficiência, Princípio da Oficialidade, da Cele-
ridade, da Hierarquia, da Motivação e da Finalidade.
Dessa forma, por meio do processo, o cidadão contribuinte pode garantir os 
princípios que o protegem da atuação compulsória estatal, assim como também o 
processo que o contribuinte utilizará possui princípios que garantem a segurança 
jurídica do procedimento até a resolução de eventual conflito que se evidencie entre 
contribuinte e fisco, em qualquer das esferas de governo.
Procedimentos administrativos em matéria tributária
A obrigação tributária como vimos, nasce da prática do fato gerador expresso 
na Legislação tributária. Entretanto, tal obrigação só se converte em exigência se 
26
27
houver o competente lançamento de seu objeto e o não cumprimento por parte do 
sujeito passivo.
O tributo devidamente lançado e dentro do prazo de cumprimento da obrigação, 
contudo, não é passível d e aplicação de multa e juros de mora, enquanto estiver 
pendente consulta tributária formulada pelo contribuinte, desde que dentro do prazo 
legal para o pagamento do tributo.
A consulta tributária, assim, consiste no instrumento que permite ao contribuinte 
expor suas dúvidas à autoridade administrativa fiscal, a fim de obter dela esclareci-
mento quanto a qualquer dúvida ou equívoco que possa existir no lançamento do 
crédito tributário (Art. 161, § 1º do CTN).
Outro procedimento previsto no CTN, é a denúncia espontânea (Art. 138), que 
estimula o arrependimento do contribuinte ao excluir a responsabilidade por infrações 
que sejam objeto de d enúncia espontânea q ue pode, inclusive, ser acompanhada do 
pagamento do tributo acrescido dos juros de mora, desde que não tenha sido iniciado 
qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização antes dessa.
Importante!
A denúncia espontânea, segundo entendimento do STJ por meio da edição da Súmula 
360, não se aplica aos tributos sujeitos a lançamento por homologação regularmente 
declarados, mas pagos após o prazo de vencimento.
Podem ser realizados, ainda, pelo contribuinte, os procedimentos de restituição, 
compensação e ressarcimento de tributos. A restituição de valor pago de forma 
espontânea referente a tributo indevido, ou que possua erro na identificação do 
contribuinte, ou ainda após reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão 
condenatória (CTN Art. 165, I, II e III). 
A compensação é o procedimento que permite ao contribuinte a extinção do 
crédito tributário (CTN Art. 156, II), quando houver tributo a ser restituído cujo valor 
poderá ser compensado com o tributo a pagar. 
Por fim, o ressarcimento de crédito tributário pode ser realizado tanto por meio 
da restituição do pagamento indevido, quanto por meio da compensação desse valor 
com tributo a vencer.
Ações de iniciativa do fisco 
O fisco pode se valer da exigência do crédito tributário cujo pagamento não foi 
realizado pelo contribuinte, por meio da execução fiscal. O processo de execução, 
como sabemos, consiste em meio mais rápido de expropriação de bens do devedor 
para satisfação do débito, desde que exista um título executivo certo, líquido e exigível. 
Na execução fiscal, a necessidade de um título executivo certo e líquido também se faz 
necessária, e a exigibilidade se consubstancia com a inscrição do débito na dívida ativa 
do ente federativo tributante. Assim, a CDA (Certidão de Dívida Ativa) é o título que 
embasa a execução fiscal para expropriação de bens do contribuinte inadimplente.
27
UNIDADE Apresentação e Noções Gerais
A defesa do contribuinte será estudada pormenorizadamente posteriormente, em 
que trataremos das peças e procedimentos específicos de cada ação tributária, como 
a impugnação administrativa, os recursos administrativos, os embargos à execução 
e a exceção de pré-executividade.
Figura 5
Fonte: Pixabay
Ações de iniciativa do contribuinte
As ações de iniciativa do contribuinte se desdobram entre os remédios constitucio-
nais e ações processuais específicas. Assim, temos como meio de iniciativa do con-
tribuinte em defesa dos seus direitos na seara tributária o Mandado de Segurança, a 
Ação Declaratória de Inexistência de Relação Jurídico-Tributária, a Ação Anulatória 
de Débito Fiscal e a Ação de Repetição do Indébito. 
As peculiaridades de cada ação, assim como a peça de cada uma, serão estudadas 
posteriormente, momento em que o estudante aprenderá com base em situações 
concretas a peticionar tanto no âmbito administrativo, quanto no processo judicial 
para defesa dos interesses de seu cliente.
Figura 6 
Fonte: Getty Images
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Jurisdição Constitucional e Tribunais Constitucionais
MORAES, A. de. Jurisdição Constitucional e Tribunais Constitucionais. 3.ed. 
São Paulo: Atlas, 2013.
Curso de Direito Constitucional Positivo
SILVA, J. A. da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 42.ed. – São Paulo: 
Malheiros, 2019.
Curso de Direito Constitucional
TAVARES, A. R. Curso de Direito Constitucional. 14.ed. São Paulo: Saraiva, 2016.
 Vídeos
Saber Direito – Direito Constitucional – Aula 1
https://youtu.be/K2DWqdXWXfk
Saber Direito/TV Justiça – Princípios Constitucionais Tributários – Aula 1
https://youtu.be/M7LkxQxDBVI
Saber Direito – Princípios Constitucionais Tributários – Aula 1
https://youtu.be/M7LkxQxDBVI
Saber Direito – O Processo Tributário – Aula 1
https://youtu.be/LD5kim6evvU
Saber Direito – O Processo Tributário – Aula 2
https://youtu.be/LD5kim6evvU
 Leitura
Processo Constitucional: O Processo como locus devido para o exercício da democracia
SILVA, F. L. A. da. Processo Constitucional: O Processo como locus devido para o 
exercício da democracia. Revista Eletrônica de Direito Processual – REDP, v. 16, 
jul.-dez. 2015, p. 157. 
https://bit.ly/31S2SoN
A Relação Direito e Política: uma Análise da Atuação do Judiciário na História Brasileira
STRECK, L.; TASSINARI, C.; LIMA, D. P. A relação direito e política: uma 
análise da atuação do judiciário na história brasileira, Pensar Revista de Ciências 
Jurídicas, Fortaleza, v. 18, n. 3, 2013. 
https://bit.ly/3izqxkv
Habeas Data – RE 673707/MG
STF – Jurisprudência. Habeas Data – RE 673707/MG.
https://bit.ly/3iBpKPP
O Efeito Vinculante dos Precedentes Judiciais no Processo Tributário Administrativo
29
UNIDADE Apresentação e Noções Gerais
BERNARDES, F. C.; PIRES, R. H. O efeito vinculante dos precedentes judiciais no 
Processo Tributário Administrativo. Revista de Direito Tributário e Financeiro 
Belém, v. 5, n. 2, p. 37-58, jul./dez, 2019.
https://bit.ly/3ixF8wA
Lei Nº 5.172, de 25 de Outubro de 1966
Legislação: Código Tributário Nacional.
https://bit.ly/2XWNeY0
30
31
Referências
BRASIL. STF. Recurso Extraordinário Nº. 865.401/MG. Relator: Ministro Dias 
Toffoli, data de Julgamento: 25/04/2018, Plenário. Disponívelem: <http://portal.
stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=4709214>. Acesso em: 22/07/2020.
CAPARROZ, R. Direito Tributário Esquematizado. 3.ed. São Paulo: Saraiva Edu-
cação, 2019.
CLÈVE, C. M. Direito Constitucional: controle de constitucionalidade. São Paulo: 
Editora Revista dos Tribunais, 2015. v.2.
DORIA, S. Direito Constitucional. 3.ed. São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1953, t. 2, 
p. 257 apud TAVARES, André Ramos. Curso de direito constitucional. 14 ed. São 
Paulo: Saraiva, 2016.
KELSEN, H. Teoria Pura do Direito. 7.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2006. 
p. 246-58.
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