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introdução Introdução CONFORTO AMBIENTAL E LUMINOTÉCNICA LUMINOTÉCNICA Autor : Me. T ha is Kawamoto Amarães Reviso r : Fern a n da De lmu tte de An dra de INICIAR Caro(a) aluno(a), o projeto luminotécnico, assim como todo tipo de projeto, é um processo marcado por diversas tomadas de decisões. E como você pode imaginar, estas decisões não são arbitrárias e muito menos pautadas apenas em nossa intuição. Para projetarmos a iluminação de um ambiente, iremos utilizar uma série de critérios e requisitos. Em nossos estudos iremos conhecer as propriedades básicas da luz, as grandezas que envolvem e o signi�cado de cada uma delas. Posteriormente, iremos compreender como realizar cálculos para o projeto de iluminação, assim como as formas de representação de um projeto luminotécnico. Discutiremos, também, sobre as opções de lâmpadas e luminárias existentes no mercado. Você irá perceber que, apesar desta grande variedade, existe sempre o modelo mais adequado para cada situação. Caro(a) aluno(a), antes de iniciarmos a criação de projetos é necessário compreendermos alguns dos conceitos básicos de iluminação. No projeto de luminotécnica iremos trabalhar através da manipulação da luz que tem como origem uma fonte arti�cial. Neste sentido, vamos analisar os aspectos pertinentes a luz como componente do espaço, assim como conceitos e grandezas relacionadas a este elemento. Mas a�nal, o que é a luz? Segundo Guerrini (2008), a luz pode ser compreendida como uma energia radiante com propriedades ondulatórias e corpusculares. Isso signi�ca que esta energia é capaz de se propagar no espaço e é formada por um grande número de partículas dotadas de movimento linear, mas sem massa. A luz visível ao olho humano são as radiações eletromagnéticas com comprimento de onda entre 380 nm e 760 nm. Abaixo desta faixa iremos encontrar os raios ultravioletas e acima desta faixa de comprimentos de onda estão os raios infravermelhos. O estudo da iluminação é uma ferramenta essencial para a composição dos espaços. Através da luz é possível adequar o local a determinada prática, como a leitura, por exemplo, criar cenários e até mesmo despertar sensações no usuário. Mas para isso, precisamos compreender as propriedades e suas grandezas as quais estaremos manipulando em projeto. O primeiro destes conceitos é o de �uxo luminoso. O �uxo luminoso, medido em lúmen (lm), é o �uxo de luz emitido por determinada fonte. Já a e�ciência luminosa consiste na relação entre o �uxo luminoso emitido pela fonte e a potência absorvida pela fonte, Conceitos Básicos de Iluminação sendo: E�ciência luminosa Um cuidado importante que devemos tomar é não confundir e�ciência luminosa e intensidade luminosa. Enquanto a e�ciência é usada para comparar o desempenho de uma fonte de luz, a intensidade luminosa é a quantidade de luz emitida por uma fonte em uma determinada direção. Guerrini (2008) aponta que apesar das fontes luminosas apresentarem dimensões �nitas, ao serem observadas a distância podem ser consideradas puntiformes, irradiando luz para todas as direções de modo constante em todos os pontos. Esta grandeza é mensurada através da unidade Candela, abreviada como cd. O iluminamento, por sua vez, é de�nido como densidade de �uxo que incide sobre determinada superfície, sua unidade de medida é o lux (lx). Deste modo, estaremos relacionando �uxo luminoso (lm) e área (m²): Sendo: Iluminamento Fluxo Luminoso Área da Superfície A luminância é a propriedade que descreve a quantidade de emissão de luz que passa através de uma superfície ou é re�etida a partir de um determinado ângulo. Segundo Guerrini (2008), a luminância é uma grandeza que permite a análise da visibilidade de superfícies iluminadas, sua unidade de medida é cd/m²: Sendo: Luminância Intensidade luminosa Área da superfície (lm) = fluxo luminoso (lm) pot ncia(W )ê E = F S E = F = S = L = I S L = I = S = Além das características especí�cas das fontes luminosas, é necessário observamos também os parâmetros relacionados à cor. Neste contexto, analisamos a temperatura de cor e o índice de reprodução de cor. Ao contrário do que possa parecer em um primeiro momento, a temperatura de cor não diz respeito à temperatura da fonte luminosa, o calor emitido por ela, mas sim à tonalidade da cor da luz. Esta temperatura é medida em Kelvin (K), quanto mais baixa esta temperatura, mais amarela a luz, já quanto mais alta a temperatura, mais azul a luz. As faixas entre 1000 K e 3000 K apresentam tons amarelados e as faixas entre 7000 K e 10000 K contam com aspecto mais azulado. Já o índice de reprodução de cor, conhecido como IRC, é a relação entre a cor real de uma superfície e a sua aparência ao ser iluminada por uma fonte arti�cial. Esta grandeza varia de 0 a 100, sendo que uma fonte luminosa com IRC igual a 100 é aquela que apresenta as cores de um objeto de modo mais próximo ao real. praticar Vamos Praticar A luz é uma energia radiante que pode ser proveniente tanto de uma fonte natural, como o sol, quanto de fontes arti�ciais, como as lâmpadas. Para a realização de um projeto luminotécnico é necessário identi�car cada um dos parâmetros que a luz apresenta. Considerando esta a�rmativa, analise as alternativas a seguir e assinale a correta. Figura 3.1: Temperatura de cor. Fonte: 123rf/ Suriya Kankliang a) O índice de reprodução de cor diz respeito à tonalidade da cor da luz. b) A luminância é a relação entre o fluxo luminoso emitido e a potência absorvida pela fonte. c) A intensidade luminosa é a quantidade de luz emitida em determinada direção. d) O iluminamento consiste no fluxo de luz emitido por uma fonte. e) A temperatura de cor é a capacidade da luz de reproduzir as cores dos objetos de modo real. Atualmente existe uma grande variedade de luminárias e lâmpadas no mercado. Com opções disponíveis, o projetista pode �car indeciso no momento de especi�cação em seu projeto luminotécnico. A�nal, como escolher a melhor lâmpada e a melhor luminária para cada situação? Para responder esta pergunta, é preciso conhecermos as particularidades dos principais tipos de luminárias e lâmpadas que iremos encontrar. As luminárias são os dispositivos responsáveis por distribuir e controlar a luz de uma lâmpada. Segundo Pinheiro e Crivelaro (2014), as luminárias podem ser classi�cadas como de: Iluminação indireta: permite que a luz chegue ao ambiente de modo indireto após ser re�etida em uma superfície. Iluminação difusa: permite que a luz seja distribuída de modo homogêneo no ambiente, não há destaque na lâmpada. Tipos de Luminárias e Lâmpadas Iluminação focal: permite que a luz incida de modo especí�co sobre determinada região. O tipo de iluminação deve ser escolhido de acordo com o efeito desejado para o ambiente, assim como as condicionantes do local. Um espaço com forro em gesso, por exemplo, irá permitir mais possibilidades do que um ambiente em laje. A seguir apresentamos alguns dos principais tipos de luminárias com as quais você irá se deparar no mercado: Plafon: encontrado nas opções de sobrepor ou de embutir, pode ser feito em vidro ou plástico. A sua forma, semelhante a um prato raso, pode produzir o efeito de iluminação indireta ou difusa. Embutida: consiste em uma peça embutida no forro. O fechamento pode ser feito em vidro, acrílico ou, até mesmo, sem fechamento, para as lâmpadas halógenas. Pendente: a luminária �ca suspensa, pendurada por �os ao teto. Muitas vezes, sua função no projeto está mais relacionada a decoração, do que como fonte luminosa. Spot direcionável: é indicada para iluminar regiões especí�cas de modo direto, é possível direcionar o �uxo luminoso conforme a necessidade do projeto. Trilho: não é precisamente uma luminária, mas sim uma barra eletri�cada que permite o uso de uma série de spots direcionáveis. Luminária de mesa: permite uma iluminação focal e usualmente é empregada para iluminar superfícies de trabalho. Luminária de pé:possui uma base própria, o que permite que seja posicionada diretamente sobre o piso. As luminárias de pé podem ter tanto �nalidade decorativa quanto funcional. Arandela: esta peça é instalada diretamente na parede. O efeito produzido pela arandela varia conforme o modelo, a iluminação pode ser feita tanto de modo difuso quanto de maneira focal. Re�etor: esta peça comporta lâmpadas que re�etem para uma área mais ampla. O seu uso está associado à iluminação de grandes áreas, como jardins e áreas de lazer. Balizador: é posicionada diretamente no chão. O efeito produzido pelos balizadores consiste na criação de um caminho, direcionando o usuário. Assim como existem diversas opções de luminárias, também há disponível no mercado uma in�nidade de lâmpadas. As lâmpadas são os dispositivos que transformam a energia elétrica em energia luminosa. Basicamente podem ser classi�cadas como: incandescentes, �uorescentes, halógenas, de descarga de alta pressão e LED. As lâmpadas incandescentes são compostas por �lamento, bulbo, gás de enchimento e base. A luz de tom amarelado é gerada através do aquecimento do �lamento por meio da corrente elétrica, deste modo, quanto maior for a temperatura do �lamento, maior a proporção da energia radiada. Este tipo de lâmpada apresenta baixa e�ciência energética e por isso vem sendo gradativamente retirada do mercado. As lâmpadas �uorescentes são compostas por vapor de mercúrio a baixa pressão. Este tipo de lâmpada não emite calor, possui baixo consumo energético e o seu IRC é em média 85. Estão disponíveis no mercado em diversos formatos, como tubular, circular, compacta eletrônica. As lâmpadas halógenas possuem halogênio em seu interior. O IRC deste tipo de lâmpada é igual a 100, ou seja, proporciona uma perfeita reprodução de cores. Apesar disso, as lâmpadas halógenas não são indicadas para todos os ambientes. Este tipo de lâmpada apresenta elevado aquecimento, a sua incidência direta pode desbotar superfícies e até mesmo causar queimaduras na pele. As lâmpadas de descarga de alta pressão funcionam através de reatores que proporcionam uma descarga para ionizar o gás interno da lâmpada (vapor de sódio, vapor de mercúrio, multivapores metálicos e lâmpadas mistas). Para que este processo ocorra leva-se entre dois e quinze minutos. Isso signi�ca que o acendimento completo destas lâmpadas não é imediato. Este tipo de lâmpada possui baixo consumo, grande �uxo luminoso e alta e�ciência. Por este motivo, é utilizada na iluminação pública e indústrias. As lâmpadas de LED são consideradas as lâmpadas mais modernas do mercado. A sigla LED, do inglês, Light Emitting Diode, signi�ca diodo emissor de luz. O consumo de energia do LED é baixo e sua vida útil é extremamente longa quando comparada aos demais tipos de lâmpadas. Um dos pontos negativo do LED é o preço de aquisição, que é relativamente elevado. O IRC do LED varia conforme o modelo da lâmpada, os LEDs de qualidade média contam com IRC entre 80 e 85, enquanto os LEDs de alta qualidade apresentam IRC acima de 90. praticar Vamos Praticar Em um projeto luminotécnico o projetista deve especi�car não apenas as luminárias, mas também as lâmpadas que serão utilizadas no ambiente. Considerando o apresentado, assinale a alternativa que corresponda ao tipo de lâmpada de maior e�ciência energética, baixo consumo e maior vida útil. a) Lâmpada halógena. b) Lâmpada incandescente. c) Lâmpada fluorescente. d) Lâmpada de LED. e) Lâmpada fluorescente compacta. Para a elaboração de um projeto luminotécnico, é necessário estarmos atentos a diversos critérios. Segundo Tregenza e Loe (2015), é possível criar um projeto sem realizar nenhum cálculo. Com a experiência e anos de prática é viável, por exemplo, fazer o projeto de iluminação de um quarto sem necessariamente calcular �uxos luminosos. Através da análise do ambiente, o número e tamanho de aberturas, o projetista adapta a quantidade de lâmpadas e luminárias para que �que adequado ao espaço. No entanto, nem sempre isso é praticável. Em diversos momentos iremos nos deparar com situações que irão demandar metodologias de cálculo para determinar a quantidade de lâmpadas no projeto. Espaços que abrigam atividades especí�cas, como salas de aulas e escritórios, demandam uma quantidade de iluminação adequada para o bom desempenho das tarefas. Um erro comum é achar que é melhor “errar pelo excesso” do que faltar iluminação. Na grande maioria dos casos, tanto o excesso de iluminação quanto a sua falta é prejudicial ao projeto e, consequentemente, ao usuário. Enquanto o excesso de luz causa ofuscamento, a sua falta pode gerar fadiga ao realizarmos as atividades. Deste modo, iremos analisar os métodos de estimativa do nível de iluminação. Estes podem ser divididos em métodos de �uxo luminoso total e fórmulas analíticas (TREGENZA; LOE, 2015). Cada um destes métodos opera a partir de uma abordagem distinta. Assim, para cada caso é necessário avaliar qual o modelo é mais adequado. Os métodos de �uxo luminoso total consideram apenas a quantidade total de luz em Critérios de Projeto e Metodologia de Cálculo um espaço e a área da superfície sobre a qual está incidindo. Neste sentido, empregamos o método dos lumens. Através do método dos lumens é possível termos uma estimativa de quantas lâmpadas são necessárias no ambiente. Segundo a de�nição de iluminância, temos que: A partir desta de�nição, utilizamos a seguinte fórmula: Sendo: coe�ciente de utilização coe�ciente de depreciação O coe�ciente de utilização varia conforme a distribuição e absorção de luz pelas luminárias, as dimensões do ambiente (índice do local), as cores de paredes e tetos (fator de re�exão). Para o cálculo do índice do local podemos empregar a seguinte fórmula: Sendo: índice do local (fator do local) comprimento do ambiente (m) largura do ambiente (m) altura da luminária ao plano de trabalho (m) A partir do índice do local (ou fator do local, como também é conhecido), é possível analisar as tabelas fornecidas pelos fabricantes de lâmpadas para determinar o coe�ciente de utilização em cada caso. O coe�ciente de depreciação leva em conta que uma luminária perde sua e�cácia ao Ilumin ncia(lux) =â fluxo luminoso incidente sobre uma superf cí rea da superf cie (m )Á í 2 F luxo luminoso (lumens) = ilumin ncia (lux) x rea do ambiente (mâ á 2 μ xd μ : d : K = C x L (C x L) x H K : C : L : H : longo de sua vida útil. Fatores como o tempo, assim como a poeira e sujeira que acumulam, reduzem a e�ciência. Este coe�ciente é fornecido pelo fabricante da lâmpada. Podemos estimar de modo aproximado este coe�ciente de acordo com o tempo de manutenção segundo a tabela a seguir. Tabela 3.1 – Coe�ciente de depreciação. Fonte: Guerrini (2008, p. 76). Após calcularmos qual o �uxo luminoso total necessário para o ambiente, é possível determinar a quantidade de lâmpadas através da seguinte equação: Sendo: quantidade de lâmpadas Nas fórmulas analíticas iremos encontrar o método do ponto a ponto. Segundo este método devemos considerar uma fonte luminosa pontual que produz uma iluminância de modo homogêneo. Este método é utilizado quando as dimensões da fonte luminosa são muito pequenas com relação ao plano que é iluminado. Para determinar a iluminância neste caso, iremos utilizar a fórmula a seguir: n = fluxo luminoso total fluxo luminoso de cada l mpadaâ n : Ilumin ncia no ponto (lux) =â I θ x cos θ3 d2 Sendo: intensidade luminosa(candelas) ângulo entre a vertical à superfície receptora e o ponto a ser iluminado distância vertical entre a fonte de luz e o plano do objeto Uma fonte luminosa, de modo geral, não emite uma potência luminosa igual em todas as direções. Por este motivo devemos considerar que: Para que uma área seja iluminada de modo uniforme é necessário determinarmos o espaçamento entre luminárias e entre a luminária e a parede. Deste modo, devemos observar as seguintesexpressões: Distância entre luminárias ≤ 1,5 x Altura da luminária ao plano de trabalho Distância entre luminária e parede ≤ 0,75 x Altura da luminária ao plano de trabalho Lembre-se, caro(a) aluno(a), os cálculos de luminotécnica são modelos abstratos de um processo físico. Isso signi�ca que estes modelos são simpli�cações do mundo real no qual iremos trabalhar com um número limitado de variáveis. No mundo real a distribuição da luz é complexa e instável.' praticar I : θ : d : Ilumin ncia (lux) =â Intensidade luminosa Altura 2 praticar Vamos Praticar Uma das metodologias empregadas para o projeto luminotécnico de um ambiente é o método do ponto a ponto. Segundo este modelo, considerarmos uma única fonte luminosa no ambiente incidindo sobre uma superfície. Considerando este método, calcule a iluminância para o ponto A na �gura a seguir. Considere: D= 2,00 m I 30°= 1296 cd Cos 30°= 0,86 a) 206 lux. b) 100 lux. c) 1206 lux. d) 412 lux. e) 278 lux. O projeto luminotécnico pode ser criado em diversos contextos. É possível criarmos um projeto para uma edi�cação já pronta e em uso, ou então de modo simultâneo com o projeto arquitetônico e projetos complementares de uma edi�cação. Independentemente da etapa na qual o projeto luminotécnico está sendo elaborado, ele deverá conter uma série de informações para permitir sua correta execução. O projetista deverá elaborar peças grá�cas como planta de forro, cortes e detalhamentos. Além disso, é necessário também apresentar a especi�cação de lâmpadas e luminárias. O forro de um ambiente pode ser executado nos mais diversos materiais. Atualmente os materiais mais aplicados nesta função são o gesso, madeira, isopor, lã de vidro, lã de rocha e PVC. Precisamos estar atentos ao material no qual o forro será realizado, pois alguns são incompatíveis com a iluminação embutida. O pé direito do ambiente, e consequentemente a distância entre as fontes luminosas e as superfícies, também é um ponto a ser observado. Esta altura tem impacto direto na relação de escala dentro do ambiente. Enquanto espaços com pé direito elevado causam a sensação de amplitude, o pé direito reduzido enfatiza a sensação de proteção e fechamento. Na planta de forro devemos indicar os níveis do forro, as luminárias e as cotas, tanto gerais do ambiente quanto aquelas que “amarram” as luminárias. Lembre-se que na cotagem das luminárias é necessário cotar o eixo, e não a peça inteira. Observe o Projeto Luminotécnico exemplo na �gura a seguir. É importante lembrarmos que a iluminação, além de ser necessária para �ns utilitários, como para permitir a leitura de um livro, também exerce um papel de criação de cenários no ambiente projetado. O modo como operamos a luz é capaz de despertar estímulos psicológicos no usuário. Desta forma, um mesmo espaço pode tanto apresentar uma atmosfera lúdica, quanto um ar mais sóbrio, tudo depende do modo como trabalhamos a sua iluminação. Mesmo em um local totalmente funcional a iluminação não deve ser pensada apenas de modo a atender as tarefas visuais. É necessário nos preocuparmos com a ambiência de tais espaços. Segundo Tregenza e Loe (2015), a percepção que temos de um ambiente é in�uenciada pela natureza de todos os materiais que estão naquele espaço. Deste modo, tanto as superfícies de piso, paredes e teto, quanto às superfícies dos móveis e objetos, fazem parte da nossa percepção. No momento do projeto luminotécnico, devemos considerar como a iluminação irá interagir com tais superfícies, destacando ou atenuando brilhos, cores e texturas das mesmas. Ao criarmos um projeto luminotécnico é necessário decidir, ainda, se os usuários serão conscientemente estimulados pela iluminação e pelas cores ou não. Enquanto as lâmpadas de tonalidade amarela são mais relaxantes e confortáveis, as luzes de tom azulado e branco são mais estimulantes. praticar Vamos Praticar A planta de forro é uma das peças grá�cas elaboradas pelo projetista durante um projeto luminotécnico. Este desenho pode ser apresentado em conjunto com a planta de iluminação, uma vez que é necessário prever a compatibilização entre estas interfaces. Considerando esta a�rmativa, assinale a alternativa correta. a) O material do forro não influencia no tipo deiluminação. b) Além da planta é recomendado apresentar corte do forro. c) O projeto luminotécnico deve ser realizado apósa finalização da execução do projeto arquitetônico. d) Na planta de forro é indicado apenas o material do forro. e) Na planta de iluminação é necessário cotar comprimento e largura das luminárias indicadas. indicações Material Complementar L IVRO Iluminação no Design de Interiores Malcom Innes Editora: GG ISBN: 9788565985376 Comentário: O projeto luminotécnico é uma das etapas em um projeto de interiores. Na leitura sugerida você irá observar como a iluminação correta é capaz de transformar os ambientes. Neste guia ilustrado você irá aprofundar os seus conhecimentos sobre os princípios técnicos de iluminação e a sua aplicabilidade prática em projetos. F ILME Gravidade Ano: 2013 Comentário: O �lme indicado conta a história de dois astronautas que �cam presos no espaço e precisam encontrar um meio para sobreviverem. É interessante observarmos a fotogra�a deste �lme, que tem uma paleta escura. Perceba como a temperatura da luz, que hora é mais amarela e em outros momentos é mais azul, é usada para transmitir sensações ao espectador. TRAIL ER conclusão Conclusão O projeto luminotécnico tem como objetivo criar espaços seguros e confortáveis para o usuário. A iluminação interfere diretamente na percepção do espaço e por este motivo, também colabora na ambiência dos lugares. Para atender a todas estas expectativas, o projetista deve conhecer uma série de critérios e particularidades relacionadas a iluminação. Deste modo, em nossos estudos discutimos aspectos como as propriedades da luz e suas grandezas, os tipos de lâmpadas e luminárias que podem ser aplicadas em projeto e as metodologias de cálculos empregadas no projeto luminotécnico. Discutimos também sobre a representação grá�ca do projeto e quais são os pontos chave para a criação de um ambiente adequado considerando a experiência do usuário. referências Referências Bibliográ�cas GUERRINI, Délio Pereira. Iluminação: teoria e projeto. 2.ed. São Paulo: Érica, 2008. PINHEIRO, Antonio Carlos da Fonseca Bragança; CRIVELARO, Marcos. Conforto Ambiental: iluminação, cores, ergonomia, paisagismo e critérios para projetos. 1.ed. São Paulo: Érica, 2014. TREGENZA, Peter; LOE, David. Projeto de iluminação. 2.ed. Porto Alegre: Bookman, 2015.
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