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Unidade IV Gestão de Estoques

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Prévia do material em texto

Administração 
de Materiais
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Me. Brena Bezerra Silva
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Gestão de Estoques
• Estoques;
• Previsão de Demanda e Gestão de Estoques;
• Controle de Estoques.
 · Apresentar as características da Gestão de Estoques e os métodos e 
ferramentas quantitativas para controle de estoques.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Gestão de Estoques
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você 
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão 
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Gestão de Estoques
Contextualização
Os estoques são acúmulos de materiais, necessários a quase todos os tipos de 
indústrias; porém, investir em compras de materiais é um investimento em bens, 
sem retorno imediato para a Empresa. 
Dessa forma, como Engenheiros de Produção, devemos gerenciar adequadamente 
até que ponto pode investir em estoques, sem que haja prejuízo monetário para a 
Empresa, ao mesmo tempo em que atendemos as necessidades da Empresa.
Nessa Unidade, iremos estudar os estoques e as ferramentas existentes para o 
gerenciamento dos estoques.
Vamos à leitura? 
A seguir iremos estudar sobre o que são estoque.
Bons estudos!
8
9
Estoques
Manter um estoque significa guardar itens para atender de forma mais rápida os 
clientes, sejam eles internos ou externos, atuando como um regulador de fluxo entre 
o suprimento e a demanda (FERNANDES; GODINHO FILHO, 2010; MARTINS; 
ALT, 2009).
Devido à sua função de regulador entre os diversos estágios de produção, uma 
Empresa não pode trabalhar sem estoques (DIAS, 2009).
São os estoques que permitem que, se algum estágio da produção “falhar”, o 
próximo estágio possa continuar normalmente, ao ser utilizado o material estocado 
necessário para a sequência. 
Esse princípio da “falha” pode ser aplicado, também, às oscilações de oferta 
e demanda, devido ao fato de os estoques atuarem como um pulmão (buffer) 
entre um estágio e outro da produção, funcionando como uma garantia contra a 
incerteza (SLACK et al., 2016; GASNIER, 2005). 
Os estoques também podem ser estratégicos ou especulativos, conforme 
Gasnier (2005). 
Um estoque estratégico deve ser feito quando existe algum risco de desabas-
tecimento de um item considerado essencial para a operação da Empresa ou para 
seu faturamento, assumindo um papel de reserva contingencial para diminuir os 
impactos da falta de oferta. 
Já o estoque especulativo é uma modalidade na qual a Empresa compra um 
item quando seus preços estão em baixa e o vende quando o preço apresenta uma 
recuperação em seu Mercado. 
A manutenção de um estoque pode representar um valor grande do dinheiro 
vinculado ao Capital de giro de uma Empresa; portanto, é importante que este 
tenha o menor tamanho possível e que este tamanho definido não afete o nível de 
serviço desejado pela Empresa (SLACK et al., 2016; FERNANDES; GODINHO 
FILHO, 2010). 
Em outras palavras, podemos definir que o estoque de uma Empresa deve ser 
grande o suficiente para atender às suas necessidades e deve custar o mínimo 
possível aos cofres dessa Organização. 
De acordo com Francischini e Gurgel (2015), ter um estoque, automaticamente, 
significa que a Empresa esteja consumindo os seguintes recursos: recursos finan-
ceiros (valor de compra e pagamento de seguro de mercadorias, por exemplo); 
espaço no chão de fábrica; movimentos desnecessários por parte dos trabalhado-
res; mão de obra para controle, recebimento e expedição de mercadorias; perdas 
e danos causados pela não utilização do item estocado no prazo estipulado pelo 
fabricante ou por acidentes com as mercadorias em questão. 
9
UNIDADE Gestão de Estoques
Os estoques devem ser pensados apenas para atender às necessidades da Em-
presa. Caso contrário, são considerados desperdício. Teóricos adeptos à TEORIA 
do Just-in-time enfatizam que uma Empresa não deve pensar no estoque como um 
mal necessário, e sim como um efeito encobridor de práticas ineficientes do produ-
tor ou do fornecedor, e que as causas de tais efeitos devem ser combatidas a fim de 
que eles não ocorram mais. (FRANCISCHINI; GURGEL, 2015)
Traçando um paralelo com a análise realizada no parágrafo anterior, chegaremos 
à conclusão dada por Slack et al. (2016) que afirma que “o estoque deve acumular-
-se apenas quando suas vantagens superarem suas desvantagens”. Logo, então, 
para que esta condição imposta seja válida, é necessária a adoção de estratégias de 
redução de custos dos estoques. 
Quanto aos tipos de estoques existentes, Fernandes e Godinho Filho (2010) 
alegam que existem três grandes grupos: estoque de insumos; estoques que 
estão sendo processados e estoques de itens finais. 
Os estoques de insumos podem ser divididos em quatro grupos: matérias-
-primas, componentes comprados, materiais de consumo (matérias que a 
produção consome, mas que não fazem parte da composição do produto final) e 
material auxiliar (por exemplo, ferramentas). 
Os estoques que estão sendo processados estão relacionados aos produtos 
ainda em fase de produção ou com estoques em processo. 
Já os estoques de itens finais podem ser tanto de produtos acabados, como 
também de peças de reposição. 
Previsão de Demanda e Gestão de Estoques
Para garantir que os estoques consumam somente o necessário dos recursos 
financeiros e de espaço da Empresa, é necessário o estudo da quantidade de volume 
de produtos que serão estocados. Esse estudo é feito por métodos de previsão. 
A seguir, serão apresentados os métodos de previsão.
Previsões de estoque e a dependência da demanda
Uma previsão visa a antever o quanto é necessário comprar para o atendimento 
da demanda. As previsões para estoques são pautadas na previsão do consumo 
de um material, sendo que ela o ponto de partida para todo o planejamento de 
estoques (DIAS, 2010). 
A demanda assume um papel de variável não controlável (FERNANDES; GODINHO 
FILHO, 2010), podendo variar em relação ao planejado; porém o planejado deve ser 
considerado sempre como o cenário mais provável (DIAS, 2010). 
10
11
Antes de definir a demanda de matérias-primas, é necessário estabelecer a de-
manda para os produtos acabados. Existem grupos classificatórios para as técnicas 
de previsão de consumo. Tais técnicas são definidas por Dias (2009) como:• Projeção: considera que o cenário atual irá repetir o passado, seja em número 
de vendas, seja em evolução desse número dentro do horizonte de planeja-
mento atual, ou os dois. São usadas técnicas exclusivamente quantitativas;
• Explicação: busca explicar as vendas do passado usando leis que as relacionam 
com outras variáveis de evolução previsível ou conhecida;
• Predileção: funcionários experientes e conhecedores de fatores influentes 
nas vendas e no mercado estabelecem o nível de evolução das vendas futuras. 
Os itens demandados podem ser dependentes ou independentes, conforme 
classificação de Fernandes e Godinho Filho (2010). 
Os itens de demanda dependente são itens cuja demanda depende da demanda 
de outro produto. 
Já os itens de demanda independente possuem demanda desassociada da de-
manda de qualquer outro produto. 
Um exemplo claro de demanda dependente são as matérias-primas emprega-
das para a fabricação de qualquer tipo de produto. Sem a demanda por produtos 
finais, não existe a demanda por matéria prima. Já um exemplo de demanda in-
dependente são os próprios produtos finais.
Previsão de demanda
Conforme descrito, as demandas de itens para estoque estão ligadas às demandas 
de produção de itens finais. Logo, então, deve-se realizar um processo de projeção 
de demanda. A previsão de demanda é importante para o planejamento de ações 
antecipadas (TUBINO, 2017). 
Uma previsão de demanda estruturada possui cinco passos, que estão detalhados 
na Figura 1.
Objetivo
do Modelo
Coletar
e Analisar Dados 
Selecionar a Técnica
de Previsão
Obter
Previsões
Monitorar
o Modelo
· De�nir as razões pela qual o modelo se justi�ca.
· Coletar dados históricos e relevantes e com base
neles identi�car técncias de previsões apropriadas.
· Eleger as técnicas de previsão adequadas.
· Aplicar as técnicas de previsão para obter as projeções futuras
da demanda, obtendo, assim, as previsões.
· Acompanhar o modelo para veri�car dados referentes à
extensão do erro (diferença entre a demanda real e a prevista)
Figura 1 – Etapas para uma previsão
11
UNIDADE Gestão de Estoques
Realizando-se de forma atenta todos os passos na sequência da Figura 1, além 
de se realizar uma previsão de demanda consistente, obtêm-se dados relevantes 
para ajuste de modelos de previsão futuros. Existem diversos modelos de previsão 
de demanda. 
Alguns deles serão apresentados a seguir:
• Último período: método mais simples existente, ele apenas usa como previsão 
para o próximo período o valor real do período anterior (DIAS, 2009); 
• Média móvel: a previsão para o próximo período é calculada pela média dos 
valores de consumo em n períodos anteriores (DIAS, 2009). Sua fórmula de 
cálculo é expressa matematicamente como:
P
C C C Cn
n
=
+ + +1 2 3
Onde:
P = Previsão de consumo
C = Consumo nos períodos anteriores
n = número de períodos considerados.
• Média móvel ponderada: variação da média móvel. Aqui, os valores dos 
períodos mais próximos recebem um peso maior que os valores anteriores 
(DIAS, 2010). 
Esse método é expresso matematicamente pela fórmula a seguir:
P
C PS C PS Cn PSn
PS PS n
=
∗( ) + ∗( ) + ∗( )
+ +
1 1 2 2
1 2
Onde:
P = Previsão de consumo
C = Consumo nos períodos anteriores 
OS = Peso atribuído ao período
n = número de períodos considerados 
Controle de Estoques
O controle de estoques define-se como um fluxo de informações que permite 
a comparação entre os resultados reais e os planejados para a atividade de Gestão 
(FRANCISCHINI; GURGEL, 2015). 
12
13
Recomenda-se que essas atividades de controle sejam feitas de maneira formal 
e documentada. 
Para que o controle seja implantado, é essencial que sejam determinados, pri-
meiramente, os índices que serão monitorados. 
Deve existir previamente uma expectativa para o resultado desses índices es-
colhidos e o fluxo de informações na Empresa deve ser claro (FRANCISCHINI; 
GURGEL, 2015). 
Este fluxo de informações pode estar expresso em documentos impressos 
ou eletrônicos. 
Franscischini e Gurgel (2015) destacam alguns destes documentos: 
• Requisição de compras: documento gerado pelo estoque para o Departamento 
de Compras para solicitar a aquisição de um item para a reposição do estoque;
• Requisição de fabricação: documento gerado pelo estoque para a produção 
para a fabricação de um item para a reposição de estoque; 
• Pedido de cotação: útil para obter informações sobre prazos de entrega e 
preços de aquisição; uma solicitação é feita do Departamento de Compras 
para os fornecedores;
• Pedido de compra: documento gerado pelo Departamento de Compras para 
o fornecedor, autorizando a compra de um item;
• Nota fiscal: documento legal que formaliza a operação de compra e venda;
• Requisição de material: formalização do pedido de retirada de uma determinada 
quantidade de um item para o consumo feito pelo usuário. 
O controle realizado por meio dessa documentação auxilia na elaboração de 
diversos indicadores de Gestão de estoque, devido ao seu caráter padronizador 
das operações das quais um estoque participa. Esses indicadores serão mais bem 
detalhados ao longo deste Material.
Níveis de Suprimentos 
Os níveis de suprimentos, também chamados de nível de serviço ou ainda 
nível de atendimento, é um indicador para medir o quão eficaz foi o estoque para 
atender as solicitações dos usuários (MARTINS; ALT, 2009).
De acordo com o nível de serviço, é proporcional a eficiência do Sistema. 
A relação matemática para o nível de serviço é explicada pela fórmula a 
seguir, de acordo com Martins e Alt (2009) e Paoleschi (2014): 
Nível de serviço (%)
Número de requisições atendidas
Número de requisições efetuadas
= ∗100
13
UNIDADE Gestão de Estoques
Controle de Estoques
A Gestão de Estoques é composta pelo conjunto de ações necessárias para o 
administrador verificar se os estoques estão sendo bem utilizados, bem localizados 
perante o seu local de utilização e devidamente controlados. (MARTINS; ALT, 2009)
Os objetivos de administrar estoques estão diretamente relacionados à caracterís-
tica de ser uma parte do capital de investimento da Empresa “parado”, aguardando 
utilização. Espera-se que o gerenciamento de estoques seja capaz de otimizar os in-
vestimentos, aumentando o uso eficiente dos meios internos e minimizando a quan-
tidade de capital investido. (FRANCISCHINI; GURGEL, 2015)
O gerenciamento de estoques adquire grande importância em dois pontos de 
vista: o operacional e o financeiro. 
No nível operacional, a importância e a justificativa da existência dos estoques 
estão relacionadas ao seu papel de regulador entre o ritmo da produção e os lead 
times de suprimentos, além de funcionar como uma garantia perante algum aumento 
brusco de demanda (FRANCISCHINI; GURGEL, 2015; MOREIRA, 2012). 
Já no nível financeiro, devido ao fato de a taxa de retorno do investimento ser 
medida pela divisão entre os valores do lucro bruto pelo capital investido, ter um 
nível alto de estoques, compromete essa taxa, justamente pelo fato de o dinheiro 
gasto em estoque ser considerado parte desse capital (MOREIRA, 2012). 
A administração de estoques deve conciliar, da melhor maneira possível, os objetivos 
dos Departamentos de Vendas, Compras, Produção e Financeiro, de maneira a não 
prejudicar as operações da Empresa (FRANCISCHINI; GURGEL, 2015). 
A Figura 2 mostra esse relacionamento.
ADMINISTRAÇÃO
DOS ESTOQUES
VENDASFINANCEIRO
COMPRAS PRODUÇÃO
Figura 2 – Relacionamentos da Gestão de Estoques
14
15
Esses departamentos podem ter relação conflituosa entre disponibilidade de 
estoques e capital disponível para esta atividade, conforme Dias (2010). 
Se olharmos a perspectiva referente às vendas, é interessante a manutenção 
de estoques altos para o pronto atendimento dos clientes. Já na perspectiva do 
financeiro, os níveis de estoque devem ser baixos para minimizar o capital investido; 
porém, cada área tem seu conjunto de preocupações, relatadas a seguir, conforme 
Dias (2010): 
• Compras:preocupam-se com descontos nas quantidades compradas, 
buscando a economia de recursos;
• Produção: deseja eliminar o risco de falta de materiais e fabricar em gran-
des quantidades; 
• Financeiro: no nível de aquisição de materiais, o financeiro se preocupa com 
o capital investido, os juros a serem pagos, o risco de perdas e obsolescência 
e o aumento do custo de armazenagem. Já no nível de produtos acabados, as 
preocupações em capital investido e custos de armazenagem continuam;
• Vendas: preocupam-se com nível de produtos acabados, com a rápida entrega de 
mercadorias, com a boa imagem da Empresa e a melhora nos índices de vendas.
Níveis de estoque
O estoque mínimo, também conhecido como estoque de segurança, é a quan-
tidade determinada para a cobertura de atrasos eventuais no suprimento, variações 
de demanda, visando a garantir o funcionamento pleno do Sistema Produtivo, sem 
o risco de faltas (PALOESCHI, 2014; DIAS, 2009; FERNANDES; GODINHO 
FILHO, 2010). 
É o estoque mínimo que garante a segurança do Sistema Produtivo contra 
as variações impostas; porém, seu custo é permanente e deve ser calculado de 
maneira que não onere o orçamento da Organização (PALOESCHI, 2014). 
De acordo com Dias (2009), o estoque mínimo pode ser determinado por 
meio de uma fixação de uma determinada projeção mínima (projeção estimada 
de consumo) ou por cálculos com base estatística. Em Dias (2009) e Martins e Alt 
(2010) podem ser encontrados diversos métodos diferentes para chegar a um valor 
de estoque mínimo.
Já o estoque máximo é igual à soma do estoque mínimo com o lote de com-
pra no momento do seu recebimento (PALOESCHI, 2014). O estoque máximo 
em condições normais varia entre os limites dos níveis máximos e mínimos e é 
influenciado pela capacidade de armazenagem que a Empresa tem a sua disposição 
(DIAS, 2009).
15
UNIDADE Gestão de Estoques
Curva Dente de Serra
Ferramenta tradicional para a visualização dos movimentos de entrada e saída 
de estoque de um determinado item, a Curva Dente de Serra é um gráfico no qual 
temos representado no eixo horizontal o Tempo (T) para o consumo (geralmente 
em meses), e no eixo vertical tem-se representadas as quantidades em unidades do 
item em questão (DIAS, 2010). 
A Figura 3 apresenta um exemplo do Gráfico Dente de Serra.
Quantidade
Tempo
(T)
140
100
80
60
40
20
120
DNOSAJJMAMFJ
Consumo
Re
po
siç
ão Consumo
Figura 3 – Curva Dente de Serra
Percebe-se que o tempo nessa curva está estabelecido em meses e o consumo 
se comporta de forma uniforme, até chegar ao nível zero, para depois ser reposto 
até seu nível atual; porém, o consumo não costuma se comportar dessa maneira, 
tendo oscilações de consumo que podem ocasionar faltas (rupturas), conforme 
apresentado na Figura 4.
Quantidade
Tempo
(T)
140
100
80
60
40
20
120
DNOSAJJMAMFJ
SAJJ
-20
-40
-60
-80
0
Figura 4 – Curva Dente de Serra com ponto de ruptura
16
17
O ponto de ruptura é sinalizado quando existe necessidade de um item e ele se 
encontra zerado. O estoque deixa de atender as necessidades, como no exemplo 
da Figura 3, em que existiu a necessidade de 80 unidades e elas não estavam 
disponíveis. 
O gerenciamento e o controle de estoque não devem permitir que uma situação 
dessa aconteça, encontrando uma solução otimizada para a situação.
A determinação de um estoque de segurança colabora diretamente para que as 
chances de ocorrer tal situação sejam mínimas. 
Modelo de Reposição Contínua 
O Modelo de Reposição Contínua, também conhecido como Sistema de 
Estoque Mínimo, Sistema do Ponto de Reposição, é um Sistema de Reposição 
de Estoque que prevê que sempre teremos uma emissão de ordem de reposição 
quando o estoque chega a um determinado nível, chamado de Ponto de Pedido 
(FERNANDES; GODINHO FILHO, 2010). 
A Figura 5 ilustra a lógica de funcionamento desse Sistema de Reposição.
Qu
an
tid
ad
e
Tempo
Qmax
Qmin
d
PP
Q
t
Figura 5 – Representação do Sistema de Revisão Contínua
Vemos na imagem que o estoque é limitado a uma Quantidade Máxima (Qmax) 
e a demanda (d) vai sendo consumida ao longo do tempo, até chegar ao Ponto de 
Pedido (PP). 
Chegando a PP, é feito um pedido de certa Quantidade Q e esta mercadoria é 
disponibilizada depois de decorrido um tempo de lead time (t). 
O Qmin representa o estoque de segurança estabelecido para tal produto. O valor 
de PP deve contemplar o lead time e o estoque de segurança. Tubino (2008) define 
a fórmula para cálculo do ponto de pedido como PP = d * t + Qmin.
17
UNIDADE Gestão de Estoques
Modelo de Reposição Periódica 
O modelo de reposição periódica prevê a emissão de uma Ordem de 
Reposição de Estoque em intervalos de tempo constante (por exemplo, a cada 30 
dias), na qual a quantidade de pedido deve ser igual ao estoque máximo, subtraído 
da quantidade em mãos do item (FERNANDES; GODINHO FILHO, 2010). 
A Figura 6 explica o funcionamento desse modelo:
Ní
ve
l d
e E
sto
qu
e
Dias
Q1
250
50
150
200
100
0
T T T
0
L
3330
L
1815 45
Alvo
Pe
di
do
 de
 Q
1
Pe
di
do
 de
 Q
2
Ch
eg
ad
a d
e Q
2
Ch
eg
ad
a d
e Q
1
Q2
Q1
Q2
Figura 6 – Modelo de Reposição Periódica
No Sistema de Reposição Periódica, o período de reposição (T) é de 15 dias e 
tem-se um leadtime (L) de 3 dias. 
Nota-se que os pedidos obedecem a ordem de serem do tamanho exato da 
diferença entre a quantidade máxima e a quantidade consumida no período. 
Curva ABC
A curva ABC, chamada também de Classificação ABC ou Regra de Pareto, 
é um Sistema de Classificação de itens presentes em um estoque de acordo com a 
sua importância estratégica para a Empresa, categorizando cada item dentro de três 
recortes: o de alta importância (Classe A), o de média importância (Classe B) e o 
de baixa importância (Classe C) (FERNANDES; GODINHO FILHO, 2010). 
18
19
Essa classificação é feita por meio de critérios de desempenho. Fernandes e 
Godinho Filho (2010) apontam que tais critérios são: volume de vendas, faturamento, 
lucro e participação de Mercado, referentes a um dado período. 
Slack et al. (2016) apontam que, geralmente, 80% das vendas de uma operação 
correspondem por 20% de todos os itens estocados. Os mesmos autores descrevem 
as classificações da curva ABC como: 
• Itens Classe A: representam 20% de itens de alto valor, que representam 
80% do valor total do estoque;
• Itens Classe B: itens de valor médio, geralmente, são 30% dos itens que 
representam 10% do valor total dos itens estocados;
• Itens Classe C: itens de baixo valor, compostos pela quantidade de 50% dos 
itens, que representam apenas 10% do valor dos estoques.
Gurgel e Francischini (2015) sugerem alguns passos para realizar uma análise 
utilizando a Curva ABC. Primeiramente, deve ser feita uma análise do cenário 
dos estoques, coletando dados referentes a custos unitários e quantidades para o 
cálculo dos custos totais. Depois de obtidas essas informações, deve ser gerada 
uma Tabela para ordenar os dados de forma crescente.
A Tabela 1 apresenta um modelo de organização dos dados para a construção 
da Curva ABC.
Tabela 1 – Dados ordenados para Classifi cação ABC
Item Qtd. em estoque (1) Custo unitário em R$/un. (2) Custo total (1) * (2) em R$ Ordem
A 5 2000,00 10000,00 3º
B 10 70,00 700,00 10º
C 1 800,00 800,00 9º
D 100 50,00 5000,00 5º
E 5000 1,50 7500,00 4º
F 800 100,00 80000,00 1º
G 40 4,00 160,00 11º
H 50 20,00 1000,00 8º
I 4 30,00 120,00 12º
J 240 150,00 36000,00 2º
K 300 7,50 2250,00 6º
L 2000 0,60 1200,00 7º
Total 144730,00
Fonte: Gurgel e Francischini, 2015
19
UNIDADE Gestão de Estoques
Depois de ordenados os dados, devem ser calculados o custo total e os percentuais 
do custo total acumulado. A Tabela 2 exibe esses cálculos depois de realizados.
Tabela 2 – Ordenação dos dados para construção da Curva ABC
Ordem Item Custo total acumulado (R$) Percentuais (%)
1º F 80000,00 55,3
2º J 116000,00 80,1
3º A 126000,00 87,1
4º E 133500,00 92,2
5º D 138500,00 95,7
6º K 140750,00 97,3
7º L 141950,00 98,1
8ºH 142950,00 98,8
9º C 143750,00 99,3
10º B 144450,00 99,8
11º G 144610,00 99,9
12º I 144730,00 100,00
Fonte: adaptado de Gurgel e Francischini (2015)
Após a ordenação e a definição dos percentuais, deve-se traçar a Curva ABC. 
No eixo horizontal, constam os itens do estoque já ordenados, e no eixo vertical, 
os percentuais de custos totais acumulados. 
Na Figura 7, temos a Curva ABC construída para o exemplo.
F J IGBCHLKDEA Itens
%
A B C
100
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
80,1
95,7
Figura 7 – Curva ABC
20
21
Após a curva montada, deve ser feita a análise dos resultados. No modelo 
apresentado, vemos que os itens F e J representam 80,1% dos valores totais dos 
estoques e 16,7% do número de itens; logo, eles podem ser classificados como 
itens classe A. 
Já os itens A, E e D representam 15,6% dos valores acumulados e 25% dos itens 
dos estoques, podendo ser classificados como itens classe B. O restante dos itens é 
considerado classe C, pois representa 4,3% dos valores acumulados e 58,3% dos 
itens totais.
Essa classificação ajuda diretamente na tomada de decisão em situações de re-
dução de custos. Por exemplo, se for realizada uma redução de custos de 20% do 
valor dos itens classe A (dois itens), temos 20% * 80,1% = 16% de redução dos 
valores totais.
Já, se for feita uma redução de custos de 50% nos itens classe C (sete itens), 
teremos 50% * 4,3% = 2,2%, ou seja, ao se trabalhar na redução de dois itens, 
os resultados serão mais significativos do que se trabalhar na redução de custos de 
sete outros itens.
Giro de Estoque
O giro de estoque mede quantas vezes o estoque se renovou num determi-
nado período de tempo, sendo uma relação entre o consumo anual e o estoque 
médio do produto (DIAS, 2010; ALT; MARTINS, 2010). 
A fórmula básica de cálculo para o giro de estoques é dada por:
Giro
Consumo médio
Estoque médio
=
O ideal para as Empresas é que o estoque gire constantemente para evitar 
perdas de materiais e investimentos desnecessários (PAOLESCHI, 2014). 
Esse indicador pode ser usado como benchmarking entre as Empresas, lembran-
do de que o giro pode ser calculado de forma segmentada (matérias-primas, com-
ponentes comprados, produtos acabados) ou de forma global (incluindo insumos, 
estoques em processo) (DIAS, 2010; FERNANDES; GODINHO FILHO, 2010).
Cobertura 
A cobertura ou antigiro é um indicador que tem por objetivo mostrar a quan-
to tempo de consumo equivale o estoque real ou o estoque médio, sendo que o 
período pode ser determinado em dias, meses, anos etc. (DIAS, 2010).
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UNIDADE Gestão de Estoques
Seu cálculo é dado por:
Cobertura
Estoque médio
Consumo
=
Um exemplo de cálculo de cobertura de estoque é apresentado por Dias 
(2010): se existe um estoque de 3000 unidades e um consumo em uma taxa de 
2000 unidades mensais, por quanto tempo essas 3000 unidades irão cobrir as 
necessidades de estoque?
Cobertura
3000
2000
= 1,5 mês=
Custos de estoque 
Qualquer espécie de armazenamento de materiais gera determinados custos 
que são: juros, depreciação, aluguel, equipamentos de movimentação, seguros, 
obsolescência, salários e seguros entre outros (DIAS, 2010). 
Todos esses custos podem ser agregados em quatro tipos, conforme Francischini 
e Gurgel (2015): custos de aquisição, custos de armazenagem, custo de pedido 
e custo de falta. 
Os custos de aquisição estão relacionados aos valores pagos pela Empresa 
para a compra dos materiais de estoque. Apesar de ser um custo relativamente 
independente da alçada do Gestor de Estoques (depende mais das negociações feitas 
na área de compras), ele impacta diretamente no valor do material em estoque. 
Para calcular os custos de aquisição basta multiplicar as quantidades adquiridas pelo 
valor unitário do item. 
Os custos de armazenagem são os custos relacionados à armazenagem física 
dos materiais. É de responsabilidade do Gestor de Estoques manter esse custo o 
mais baixo possível. Os cálculos dos custos de armazenagem são feitos de forma 
individual e podem ser feitos por meio da fórmula: Custo de Armazenagem (CA) 
= Estoque médio (EM) * Preço médio unitário (PMU) * Tempo em estoque (T) 
* Custo de armazenagem unitário (CAm). Cada um dos itens da fórmula precisa 
ser calculado. 
O EM pode ser calculado pela divisão dos itens presentes no estoque pelo tempo. 
Já o PMU é calculado pela seguinte equação, onde PU é o Preço Unitário de 
aquisição do estoque e Q é a Quantidade de itens adquiridos:
PMU
PU * Q
Q
=
Já o cálculo de CAU envolve diversos fatores, conforme relacionados no Quadro 1.
22
23
Quadro 1 – Fatores para cálculo do CAm
Fatores Descrição Cálculos
Juros
Juros médios recebidos em aplicações 
financeiras ou rentabilidade mínima 
exigida pela empresa
J =
Juros no tempo T
Valor Médio no Estoque no tempo T
Aluguel Aluguel pago pela área de armazenagem CAI =
Custo de Aluguel do Estoque no tempo T
Valor Médio do Estoque no tempo T
Seguros
Prêmios de seguros pagos pela empresa. 
O custo de seguro varia com o valor do 
estoque segurado
SEG =
Seguros pagos no tempo T
Valor Médio do Estoque no tempo T
Perdas e 
Danos
Valor de materiais danificados, 
obsoletos e desaparecidos do estoque 
em determinado intervalo de tempo T
PD =
Valor da perdas no tempo T
Valor Médio do Estoque no tempo T
Impostos Imposto predial, alfandegário e outros IMP =
Impostos pagos no tempo T
Valor Médio do Estoque no tempo T
Movimentação
Custos com transporte, manuseio, 
embalagem, manutenção de 
equipamentos, etc.
MOV =
Custos de Movimentação no tempo T
Valor Médio do Estoque no tempo T
Mão-de-obra
Salários, encargos e benefícios 
adicionais pagos ao pessoal operacional 
da área de estocagem
MDO =
Custos de Mão-de-obra no tempo T
Valor Médio do Estoque no tempo T
Despesas
Despesas com luz, telefone, material 
de escritório, serviços de terceiros, 
EPIs, veículos e outras despesas 
administrativas
DES =
Despesas Gerais no tempo T
Valor Médio do Estoque no tempo T
Total Custo unitário de armazenagem CAMU = J + CAI + SEG + PD + IMP + MOV + MOD + DES 
Fonte: Francischini e Gurgel, 2015.
O custo de armazenagem aumenta conforme a quantidade de itens do estoque 
médio aumenta. Por essa razão, é importante manter em estoque apenas as quan-
tidades necessárias para manter o nível de serviço desejado. 
Lote Econômico de compra e produção 
O Lote Econômico é uma abordagem que busca encontrar o melhor equilíbrio 
entre as vantagens e as desvantagens de se manter um relativo item em estoque 
(SLACK et al., 2016). 
O importante nessa abordagem é minimizar os custos de aquisições, visando 
aos aspectos referentes à utilidade de se manter o item em estoque e, se essa 
manutenção se provar relevante, qual a quantidade a se comprar desse item 
(FRANCISCHINI; GURGEL, 2015; DIAS, 2010). 
O Lote Econômico de Compra (LEC) representa a quantidade de itens que 
pode ser comprada em cada pedido feito pela Empresa, que representa o menor 
custo total de estoque e que estará disponível assim que a mercadoria chegar ao 
recebimento (FRANCHISCINI; GURGEL, 2010). 
Geralmente, são calculados para períodos anuais. Sua fórmula é calculada pela 
equação a seguir, onde temos que C é o Custo do pedido; D é a taxa de Demanda, 
23
UNIDADE Gestão de Estoques
que é dada pela divisão entre a quantidade em estoque e o período de tempo pelo 
qual se deseja elaborar o lote:
LEC
C D
CAm
=
∗2
Já o Lote Econômico de Produção (LEP) assume premissas semelhantes as 
do LEC; porém, aqui, ao invés de se comprar os itens, eles são fabricados pela 
própria Organização e isso faz com que sua disponibilização em estoque siga uma 
velocidade de produção dada pela Fábrica. (FRANCHISCINI; GURGEL, 2010).
A lógica de funcionamento dessa abordagem pode ser mais bem compreendida 
na Figura 8.
Tempo
Qmáx
Tp
Quantidade
em estoque
Formação
de estoque
(p – d)
Consumo
de estoque
(d)
Tc
Figura 8 – Funcionamento do LEP
Na Figura 8, podemos ver que a formação do estoque máximo (Qmax) é dada 
por uma relação entre o que é produzidoem um período de tempo (p) e o que 
é demandado (d) nesse período de consumo (Tc), sendo que essa produção deve 
acontecer até o alcance de Qmax por um tempo de produção (Tp). 
Após alcançar Qmax, não se produz mais p e passa a existir apenas atividades de 
consumo durante um tempo (Tc) até o início do próximo ciclo de produção. 
O cálculo para se encontrar o valor do LEC se dá pela fórmula:
LEP
Cf D
CAm
d
p
=
∗
−





2
1
24
25
São necessários alguns cuidados antes do cálculo do LEP. Aqui, D continua se 
referindo à demanda total durante o período de tempo, e d refere-se à demanda 
durante o período Tc (ou seja, a demanda durante o período de consumo), podendo 
as demandas ter períodos de consumo diferentes. Já os períodos de formação de 
estoque (Tp) e de consumo do estoque máximo (Tc) devem ter a mesma unidade 
de tempo. No exemplo a seguir, contido em Franscischini e Gurgel (2015), será 
explicado como chegar ao valor LEP.
Exemplo
Calcular o valor de LEP para um item de demanda anual de 2600 unidades, 
que possui um custo de fabricação de R$230,00, velocidade de produção de 200 
produtos por semana e um custo anual unitário de armazenamento de R$12,00. 
Resolução
Temos uma Demanda anual (D) e uma velocidade de produção de 200 produtos/
semana. Isso indica que temos um período de consumo em semanas; logo, a 
demanda de período (d) deve ser traduzida em semanas (fazemos isso dividindo a 
demanda anual por 52, que é o número de semanas que há no ano). Agora, basta 
a aplicação da fórmula para se chegar ao valor do LEP:
LEP =
∗ ∗
−


















= ≅
2 230 00 2600
12 00 1
2600
52
200
364 5
,
,
, 3365 unidades
Mostramos alguns métodos de Gestão de Estoques.
Espero que tenha feito uma boa leitura.
A seguir, referências complementares para melhores esclarecimentos sobre as 
práticas na Gestão de Estoques.
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UNIDADE Gestão de Estoques
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Análise da Gestão de Estoques por interveniência do Gráfico Dente de Serra em uma Empresa de batata frita
GONÇALVES, Wellington et al. Análise da Gestão de Estoques por interveniência 
do Gráfico Dente de Serra em uma Empresa de batata frita. Brazilian Journal of 
Production Engineering, v. 1, n. 1, 2015.
How consumer demand affects order quantity in practice: an empirical study on inventory management decisions 
in fashion retailing
CHAN, Hau-Ling;CHOI, Tsan-Ming; HO, Yee-Man. How consumer demand affects 
order quantity in practice: an empirical study on inventory management decisions in 
fashion retailing, International Journal of Inventory Research, v. 3, n. 2, 2016.
 Leitura
Gestão de Estoques a partir da lista de materiais (bill of materials): o caso de um hospital universitário
OLIVEIRA, Caetano Oliveira de. Gestão de Estoques a partir da lista de materiais (bill 
of materials): o caso de um hospital universitário. (Trabalho de Conclusão de Curso em 
Engenharia de Produção) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul – Escola de 
Engenharia. Rio Grande do Sul: UFRGS, 2017.
https://goo.gl/nZDqfy
A importância de práticas adequadas de Gestão de Estoques de materiais críticos para a produção: um estudo de 
caso em uma Siderúrgica
VASCONCELOS, Indira Winnie. A importância de práticas adequadas de Gestão de 
Estoques de materiais críticos para a produção: um estudo de caso em uma Siderúrgica. 
2016. 88 f. (Monografia – Graduação em Engenharia de Produção) – Instituto de Ciências 
Exatas e Aplicadas, Universidade Federal de Ouro Preto, João Monlevade. 2016.
https://goo.gl/pXjxp1
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Referências
DIAS, Marco Aurélio P. Administração de materiais: uma abordagem logística. 
4.ed. São Paulo: Atlas, 2009.
FERNANDES, F. C. F.; GODINHO FILHO, M. Planejamento e Controle de 
Produção: dos Fundamentos ao essencial. São Paulo: Atlas, 2010. 
LIMA, R. Sistema de Revisão Periódica de Estoques. 2013. Disponível em: 
<http://aprendendogestao.com.br/sistema-de-revisao-periodica-de-estoques/>. 
Acesso em: 13 jun. 2018.
MARTINS, Petrônio Garcia; ALT, Paulo Renato Campos. Administração de 
Materiais e Recursos Patrimoniais. 3.ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
MOREIRA, D. A. Administração das Operações e Produções. 2.ed. 2009. São 
Paulo: Cengage Learning, 2009.
OLIVEIRA, U. M. B.; CARVALHO, F. L. S. Comparação das técnicas de previsão 
de demanda para controle de estoques de embalagem para computadores. 
XXXIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO: A 
GESTÃO DOS PROCESSOS DE PRODUÇÃO E AS PARCERIAS GLOBAIS 
PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DOS SISTEMAS PRODUTIVOS. 
Salvador, BA, Brasil, 8 a 11 de outubro de 2013.
SLACK, N. et al. Administração da Produção. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2016
TUBINO, D. F. Planejamento e Controle de Produção: teoria e prática. 3.ed. 
São Paulo: Atlas, 2017.
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Outros materiais