Introdução à Macroeconomia

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AULA 7
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Aula 7: Introdução à Macroeconomia
Princípios e Mensuração da Atividade Econômica
ECONOMIA
SETEMBRO/2011
AULA 7
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Entender melhor os temas de que a Macroeconomia trata.
 Entender quem são e como são medidos alguns dos mais importantes agregados macroeconômicos, como:
Produto
Renda
Despesa
Valor Adicionado
Poupança
OBJETIVOS DA AULA 7 
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AULA 7
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É uma das divisões do estudo da Economia. Analisa o funcionamento da Economia como um todo, a economia de um país; vê o conjunto. 
Ou seja, a visão macro foca no conjunto de indivíduos, empresas, mercados e governo de um país. 
AULA 7
O QUE É A MACROECONOMIA
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PAÍS
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AULA 7
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Keynes,com a obra “Teoria Geral do Emprego do Juro e da Moeda” em 1936, desenvolveu o enfoque da Macroeconomia.
A macroeconomia estuda os chamados agregados econômicos, tais como o produto interno bruto, a renda nacional, inflação, nível de emprego no país e outros.
O estudo macro envolve também o acompanhamento das tendências nos seguintes mercados:
mercado de trabalho (nível salarial, que influencia o nível de emprego) 
mercado financeiro (taxa de juros, estoque de moeda nacional e operações com títulos da dívida pública)
mercado cambial (taxa de câmbio, influencia o saldo comercial e a inflação no país)
AULA 7
O QUE É A MACROECONOMIA
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AULA 7
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AULA 7
A CONTABILIDADE SOCIAL
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Para que seja possível monitorar os agregados econômicos e implementar as medidas macroeconômicas corretas, é preciso medir a atividade da economia, o que é feito pela Contabilidade Social. 
	A Contabilidade Social é o registro do conjunto das transações entre empresas, famílias, governo e setor externo. Consiste na mensuração e registro contábil das variáveis agregadas, ou variáveis macro, que refletem a atividade produtiva do país ao longo de um período de tempo (trim./sem./ano).
No Brasil, a mensuração desses agregados econômicos é feita pelo IBGE (Inst. Brasileiro de Geografia e Estatística).
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AULA 7
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Na Contabilidade Social, considera-se que as famílias são as proprietárias dos recursos de produção; as empresas pagam remunerações pelo uso dos recursos. Para medir os resultados do processo produtivo, temos 3 importantes variáveis agregadas:
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PROCESSO PRODUTIVO AO LONGO DE 1 ANO
Despesa do País soma dos gastos dos agentes com os bens e serviços produzidos aqui
Produto do País soma dos valores dos bens e serviços gerados aqui
Renda do País
soma dos pagamentos aos recursos de produção
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A CONTABILIDADE SOCIAL
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AULA 7
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Em Cont.Social: Produto = Renda = Despesa do País
São formas diferentes de medir o mesmo processo produtivo:
Produto e Despesa: calculados com base nos valores dos bens e serviços.
Renda: calculada com base na remuneração dos fatores de produção
AULA 7
A CONTABILIDADE SOCIAL
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Em 2010, o Brasil gerou um PIB de R$ 3,675 trilhões (Fonte:IBGE). Logo, a Renda do País foi de R$ 3,675, tri. Esse valor nos colocou em 7º. lugar no ranking mundial do PIB 2010 (Fonte:FMI). Comparado ao ano de 2009, o Brasil cresceu 7,5% (ou seja, o PIB 2010 foi maior que o PIB 2009, em 7,5%). 
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AULA 7
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De uma forma simples, como seria o cálculo do valor da produção de um país que só produzisse, p.ex., bananas?
Na realidade, o IBGE faz esse cálculo para vários setores, de todas as regiões do país, e agrega. Há várias formas de se fazer esse cálculo, o que origina vários conceitos de Produto:
* Leia sobre esses conceitos no pdf da tela 4 da Aula 7.
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AULA 7
CÁLCULO DO PRODUTO DO PAÍS
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Preço (médio) bananas x Q produzida de bananas
Produto Interno X Produto Nacional
Produto Real X Produto Nominal
Produto Bruto X Produto Líquido *
Produto a preços de mercado X Produto a custo de fatores *
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AULA 7
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A diferença entre esses conceitos está em se considerar (ou não) a origem dos fatores de produção usados para gerar o Produto.
O Produto feito dentro do país usa fatores (mão de obra, capital, tecnologia…) de residentes, e também de não-residentes. Quais são as remunerações/rendas desses fatores?
	→ lucros e dividendos de empresas, juros, royalties, rendas provenientes de salários...
Quando usamos fatores do exterior, enviamos sua remuneração ao exterior. Por outro lado, outros países usam fatores brasileiros; por isso nos enviam o pagamento. Assim, pode-se calcular um saldo entre pagamentos (rendas) recebidos do exterior e enviados, que se chama Renda Líquida de Fatores Externos (RLFE).
AULA 7
Produto Interno X Produto Nacional
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AULA 7
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O país que tem o saldo da Renda Líquida do Exterior positivo é geralmente desenvolvido, pois “ cede” mais fatores aos demais do que utiliza. Já o país com RLdE negativa (como ainda é o caso do Brasil), usa mais fatores externos, logo envia mais pagamentos ao exterior do que recebe (ainda está em desenvolvimento).
AULA 7
SOBRE A RENDA LÍQUIDA
DE FATORES EXTERNOS
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Saiba diferenciar a Renda Líquida do Exterior (RLdE) do Saldo Comercial do país! A Renda Líquida do Exterior é um saldo sobre as transações com fatores de produção. Já o saldo comercial (Exportações menos Importações), é um cálculo sobre as mercadorias que o país vende.
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AULA 7
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				O que diferencia o Produto Nacional do 				Produto Interno, é a RLdE:
PNB = PIB + RLdE
O conceito NACIONAL soma ao PIB o saldo RLdE (que pode ser positivo ou negativo).
Como passar de Produto Nacional, para o Produto Interno?
PIB = PBN – RLdE
O conceito INTERNO não considera se produzimos com fatores nossos ou de estrangeiros; “não considerar”, significa subtrair a RLdE.
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PRODUTO INTERNO X NACIONAL
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AULA 7
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 O Produto do país é mensurado com base nas transações em um certo período, p. ex., 1 ano. É comum que durante 1 ano, mesmo em países desenvolvidos, haja algum aumento de preços (inflação). O cálculo do Produto que NÃO DESCONTA a inflação ocorrida no ano é o Produto Nominal.
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PRODUTO NOMINAL X REAL
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 Produto Nominal = Produto Real + Inflação
 Produto Real = Produto Nominal - Inflação
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AULA 7
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Para uma medida mais correta do Produto, o ideal é poder “retirar” o efeito de alta dos preços, para refletir o aumento da produção em termos físicos. Isso pode ser feito, quando dividimos o PIB Nominal por um Índice de Preços:
A divisão pelo Índice de Preços para “retirar a inflação” é chamada “deflacionar”.
Uma variável da qual não tiramos o efeito da inflação é chamada NOMINAL (ou, medida a preços correntes). Após deflacionarmos, a variável é chamada de REAL (medida a preços constantes). 
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PRODUTO NOMINAL X REAL
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AULA 7
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Já vimos diferentes formas de calcular o Produto, através dos valores de bens e serviços. Passemos ao cálculo da Renda do País, cujo valor é igual ao do Produto, mas medido de outra maneira:
Notemos que a presença do governo na economia não aparece explicitamente nessa equação; afinal, o governo não é um fator de produção, para ser remunerado.
Mas o governo cobra tributos, faz transferências à sociedade (como pensões e Bolsa Família) e eventualmente concede subsídios às empresas. 
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A RENDA DO PAÍS
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AULA 7
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Os tributos têm o efeito de reduzir a renda em mãos da sociedade, enquanto que as transferências e subsídios elevam essa renda. Se fizermos o cálculo:
teremos o conceito de Renda Disponível, que é a Renda que efetivamente fica em mãos da sociedade.
Por exemplo: a Renda Disponível que fica com as famílias é alocada entre Consumo e Poupança.
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A RENDA DO PAÍS
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Nem sempre os agentes econômicos gastam
de imediato toda a Renda Disponível!
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AULA 7
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Já a Renda Disponível do Governo é alocada em “consumo do governo” (que corresponde aos seus gastos), ou na Poupança do Governo.
Então, o que é Poupança em Contabilidade Social?
É a parte da Renda do País que não foi consumida.
		Não vamos confundir a Poupança do país com a “caderneta de poupança”!! Poupança aqui é tudo que não foi consumido, englobando, p. ex., os estoques de mercadorias que as empresas não venderam.
A Poupança do País cria condições para que haja um Investimento futuro.
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A POUPANÇA DO PAÍS
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Poupança (S) = Renda (Y) – Consumo (C)
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AULA 7
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A Despesa do País equivale a medir os resultados do processo produtivo pela ótica do gasto dos agentes, com bens/serviços gerados nesse processo.
C é o consumo, gasto das famílias
 I é o Investimento em produção, gasto das empresas
G é o gasto do Governo
X são as exportações, nossas vendas ao exterior; gasto do setor externo com bens/serviços do Brasil
M são as importações, nossas compras de bens/serviços do exterior
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A DESPESA DO PAÍS
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DESPESA DO PAÍS = C + I + G + X – M
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AULA 7
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As importações são a única variável que entra na Despesa sendo subtraídas; por quê?
	Por que a Despesa do País soma os gastos dos agentes com bens/serviços DE 1 PAÍS específico.
	Quando se compram importados, o gasto é com mercadorias de outros países (inclusive, deixamos de gastar em um produto local), por isso temos que deduzir as importações da Despesa DO PAÍS.
E aquilo que foi produzido e não foi vendido, entra no cálculo da Despesa?
	Sim, pois os estoques das empresas são contabilizados 	dentro do Investimento em produção.
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DESPESA DO PAÍS x IMPORTADOS
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AULA 7
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Após vermos como são calculados o Produto, a Renda e a Despesa do País, cabe conhecer outra importante variável que se relaciona com a mensuração do processo produtivo: o Valor Adicionado, ou Valor Agregado. Ele permite saber o valor que cada setor de produção (ou cada etapa) gerou para o país.
VBP é o Valor Bruto da Produção e INS são os insumos, ou bens intermediários. Um bem é classificado como intermediário se é usado na composição de outra mercadoria, por exemplo: pneus são um bem intermediário para a produção de carros. 
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O VALOR ADICIONADO
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VA = VBP - INS
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AULA 7
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Observe um exemplo :
Suponha que o setor de bananas produziu R$ 1.000.000 (que é o Valor Bruto da Produção do setor). Para isso, usou R$400.000 de fertilizantes (bens intermediários).
O setor de fertilizantes usou como insumo uma substância “A”, que adquiriu (no país) pelo valor de R$100.000,00. Logo, o VA de cada setor foi:
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O VALOR ADICIONADO
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( VA = VBP – INS)
Bananas
VA= R$1.000.000 - R$400.000 = 600.000
Fertilizantes
 VA= R$400.000 – R$100.000 = 300.000
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O Valor Adicionado também é uma forma de se medir a atividade econômica de um país durante 1 ano.
Agora, vejamos de forma completa a identidade básica já mencionada em slide anterior:
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A IDENTIDADE BÁSICA DA 
CONTABILIDADE SOCIAL
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Produto = Renda = Despesa = VA do País
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